Cenário Econômico Nacional – 31/01/2022

Cenário Econômico Nacional – 31/01/2022

Cenário Econômico Nacional – 31/01/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central


Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • Banco Central comunica vazamento de dados de 160,1 mil chaves Pix
  • SP: capital tem recorde de 74% das famílias endividadas em 2021
  • Brasil empobrece em 10 anos e tem mais da metade dos domicílios nas classes D e E
  • Busca por financiamento sobe 2% em dezembro e fecha 2021 com alta de 20%
  • Arrecadação federal soma R$ 1,87 trilhão e bate recorde em 2021
  • Confiança do consumidor recua 1,4 ponto em janeiro, aponta FGV
  • Brasil tem déficit em transações correntes de US$ 5,9 bilhões em dezembro e rombo é de 1,75% do PIB em 2021
  • Faturamento da indústria de máquinas e equipamentos sobe 21,6% em 2021
  • Dívida pública federal cresce 12% em 2021 e Tesouro vê estoque de até R$6,4 trilhões no final deste ano
  • IGP-M: inflação do aluguel fica em 1,82% em janeiro
  • PDT confirma pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República
  • Bolsonaro veta R$ 3,2 bilhões no Orçamento de 2022; libera R$ 1,7 bilhão a reajustes e R$ 4,9 bilhões no fundo eleitoral
  • Governo empurra para março decisão sobre reajustes de servidores
  • PEC sobre combustíveis ‘não impõe’ redução de tributo, diz Bolsonaro
  • Bolsonaro desiste de ir à cúpula na Colômbia e Mourão vai representá-lo
  • Desempenho de Moro em pesquisas ameaça causar debandada no Podemos
  • Secretários de Fazenda dos estados aprovam congelamento do ICMS sobre combustíveis por mais 2 meses
  • Ipespe mostra Lula ainda 20 pontos à frente de Bolsonaro; Moro empata com Ciro no terceiro lugar
  • Acordo com Alckmin seria bom para o Brasil, diz Lula
  • Garotinho articula volta à política como deputado e recebe Bolsonaro no Rio
  • Google vai abrir 200 novas vagas em São Paulo, Belo Horizonte e em home office até 2023
  • Embraer fecha acordo para venda de até 50 aeronaves em negócio de US$ 3,9 bilhões
  • IHS Towers faz acordo com Torresur para compra de 2.115 torres de telefonia no Brasil
  • Gol contrata financiamento de US$ 600 milhões para renovação da frota
  • Senacon multa TIM em R$ 600 mil por cortar internet em plano ilimitado
  • Marfrig investe US$ 7 milhões em startups Quiq e Takeoff Technologies
  • Firjan: indústria do RJ deve perder R$ 260 milhões em janeiro com avanço da Ômicron
  • Confiança de serviços no Brasil cai a mínima em 8 meses em janeiro, diz FGV
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB
  • Mercado acionário e câmbio

Banco Central comunica vazamento de dados de 160,1 mil chaves Pix

Cerca de 160,1 mil clientes da Acesso Soluções de Pagamento tiveram dados das chaves Pix vazadas, informou na sexta-feira (21) o Banco Central (BC). Esse foi o segundo vazamento de dados desde o lançamento do sistema instantâneo de pagamentos, em novembro de 2020.

Segundo o Banco Central, o vazamento ocorreu em dados cadastrais, que não afetam a movimentação de dinheiro. Dados protegidos pelo sigilo bancário, como saldos, senhas e extratos, não foram expostos.

O incidente ocorreu entre 3 e 5 de dezembro e expos dados como nome de usuário, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), instituição de relacionamento, número de agência e número da conta. Todas as pessoas que tiveram informações expostas serão avisadas por meio do aplicativo da Acesso ou do internet banking da instituição.

O Banco Central ressaltou que esses serão os únicos meios de aviso para a exposição das chaves Pix e pediu para os clientes desconsiderarem comunicações como chamadas telefônicas, SMS e avisos por aplicativos de mensagens e por e-mail.

A exposição de dados não significa necessariamente que todas as informações tenham vazado, mas que ficaram visíveis para terceiros durante algum tempo e podem ter sido capturadas. O Banco Central informou que o caso será investigado e que sanções poderão ser aplicadas, como multa, suspensão ou até a exclusão da Acesso do sistema do Pix.

Em nota, a Acesso Pagamentos esclareceu ter tomado medidas para garantir a segurança dos dados. “Reforçamos que tomamos, de forma tempestiva, todas as providências necessárias para garantir a segurança das informações mantidas pela companhia e o nosso compromisso em manter o mercado e nossos parceiros informados”, informou o comunicado.

A instituição de pagamentos orientou os clientes que forem comunicados do vazamento a ficarem atentos para possíveis golpes, como envios de links para falsos sites que capturem senhas bancárias. A Acesso ressaltou que os únicos canais oficiais de comunicação são o aplicativo e o site da empresa.

A Acesso é uma instituição de pagamento que oferece serviços como banco digital, plataformas para aplicações financeiras e cartões recarregáveis. Em agosto, ocorreu o vazamento de dados 414,5 mil chaves Pix por número telefônico do Banco do Estado de Sergipe (Banese). Assim como desta vez, na ocasião foram vazados dados cadastrais, sem a exposição de senhas e de saldos bancários.

Inicialmente, o Banco Central tinha divulgado que o vazamento no Banese tinha atingido 395 mil chaves, mas o número foi revisado mais tarde. Por determinação da Lei Geral de Proteção de Dados, a autoridade monetária mantém uma página em que os cidadãos podem acompanhar incidentes relacionados com a chave Pix ou demais dados pessoais em poder do Banco Central.

SP: capital tem recorde de 74% das famílias endividadas em 2021

A capital paulista encerrou o ano de 2021 com número recorde de famílias endividadas: 2,98 milhões de lares com algum tipo de dívida. A taxa de endividados está subindo desde novembro de 2020, chegando a 74,5% em dezembro passado, recorde para a série histórica da pesquisa, iniciada em 2010. Os dados, divulgados, são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Já a inadimplência, quando o devedor não honra o pagamento, e entra nas listas de “nome sujo”, apresentou estabilidade em 2021. Em dezembro passado, o porcentual das famílias com dívidas em atraso ficou em 20,2% ou 805,5 mil famílias.

O tempo de comprometimento da dívida chegou, em dezembro, à média de 7,9 meses, maior nível desde junho de 2020. O dado reflete que as famílias estão postergando os compromissos o máximo possível. Segundo a FecomercioSP, o cartão e os carnês, por exemplo, estão sendo utilizados para diluição do compromisso no longo prazo, com objetivo de aliviar o bolso momentaneamente.

“Com o desemprego e a inflação levando a uma retração do poder de compra, para se defender do aumento dos preços as famílias têm buscado o crédito como alternativa para manter o consumo, inclusive de itens essenciais. Prova disso, é que, no mês passado, a modalidade de cartão de crédito atingiu novo recorde entre os endividados (87%). Em dezembro de 2020, o porcentual era de 71,3%”, destacou a FecomercioSP em nota.

Brasil empobrece em 10 anos e tem mais da metade dos domicílios nas classes D e E

O Brasil ficou mais pobre em dez anos. Entre 2012 e 2022, a fatia de domicílios brasileiros que integra as classes D e E aumentou de 48,7% para 51%, mostra um levantamento realizado pela consultoria Tendências.

Em números absolutos, são 37,7 milhões de domicílios compondo a base social neste ano.

O país não tem um critério único para classificar as classes de renda. Pelo levantamento da Tendências, as classes D e E são compostas pelos domicílios com renda mensal de até R$ 2,8 mil.

Nesse levantamento de 10 anos, a piora da mobilidade social mostra um importante revés para o Brasil. Desde o início dos anos 2000 até meados da década passada, o país viu o fortalecimento da classe C e parecia, enfim, se consolidar como uma economia de classe média, em 2004, 64% dos domicílios integravam as classes D e E, enquanto 22,4% pertenciam ao grupo da classe C.

Mas a recessão observada entre 2014 e 2016 e os efeitos econômicos detonados pela pandemia de Coronavírus interromperam esse processo.

“A crise do biênio 2015 e 2016 provocou efeitos negativos na mobilidade social. Houve a ampliação das classes D e E e o enxugamento da classe média”, afirma Lucas Assis, economista da Tendências. “O quadro já não era tão favorável, e a pandemia ampliou ainda mais as desigualdades.”

Busca por financiamento sobe 2% em dezembro e fecha 2021 com alta de 20%

A busca por financiamento no Brasil voltou a subir em dezembro após cair 8% em novembro. No último mês de 2021, o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC) subiu 2% na comparação mensal e cresceu 11% em relação a dezembro de 2020. Com isso, a alta em 2021 atingiu 20%.

O INDC, que mede o número de solicitações de financiamentos nos segmentos de varejo, bancos e serviços, mostra que a primeira categoria foi destaque na comparação mensal, após apresentar três quedas consecutivas. A busca por crédito no setor varejista teve aumento de 22%, puxado pelos segmentos de vestuário (81%), lojas de departamento (80%) e supermercados (9%).

A expansão registrada no setor de varejo em dezembro é típica do período, reconhece o diretor de Produtos e Sucesso do Cliente da Neurotech, Fabio Kruzich. “Esse incremento da busca por crédito neste segmento é bem comum no mês de dezembro, com os consumidores aproveitando as promoções das festas de final de ano e gastando um pouco mais com os presentes de Natal”, afirma.

Em seguida ao varejo, aparece o INDC de serviços, que cresceu 19% em dezembro ante novembro. No entanto, a procura por financiamento em bancos e instituições caiu 9% no último mês de 2021. Conforme Kruzich, trata-se de um movimento considerado natural e aguardado pelo segmento financeiro. “Vemos a realidade bater à porta e a demanda arrefecer, mas é esperada uma retomada a partir de janeiro, o que também é um movimento sazonal”, explica.

Já no acumulado dos 12 meses, o destaque ficou com o segmento de serviços, cuja alta foi de 92%, seguido do varejo, com 36%; e bancos e financeiras, 8%. O setor de serviços ainda mostrou crescimento expressivo, de 106%, em dezembro passado frente a dezembro de 2020, informa a Neurotech, empresa especialista na criação de soluções avançadas de inteligência artificial.

Arrecadação federal soma R$ 1,87 trilhão e bate recorde em 2021

A recuperação da economia e os impostos sobre lucros e rendimentos garantiram arrecadação recorde em 2021. Segundo números divulgados na terça-feira (25) pela Receita Federal, o governo federal arrecadou R$ 1,879 trilhão no ano passado, crescimento de 17,36% em relação ao registrado em 2020, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O resultado veio levemente acima da previsão dos especialistas. Segundo o Prisma Fiscal, pesquisa mensal com analistas de mercado divulgada pelo Ministério da Economia, as instituições financeiras estimavam arrecadação de R$ 1,864 trilhão em 2021.

Depois de desacelerar em novembro, a arrecadação cresceu em dezembro, somou R$ 193,902 bilhões no mês. Isso representa alta de 10,76% em relação ao registrado em dezembro de 2020, também descontada a inflação.

O montante também é recorde para o mês e foi influenciado pelo crescimento econômico e pelo aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), em vigor desde outubro. Impulsionou a arrecadação no ano passado o recolhimento extraordinário de R$ 40 bilhões em Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em 2021.

Isso ocorreu porque as empresas tiveram lucros maiores que o previsto no ano passado e tiveram de pagar impostos extras nas declarações de ajuste. Segundo o novo secretário especial da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, o resultado de 2021 deve ser comemorado, porque a economia ainda está sob efeito da pandemia de covid-19. Ele afirmou que os dados preliminares de janeiro indicam a continuidade da retomada em 2022.

“O aumento da arrecadação em 2021 foi muito expressivo. Há muito o que comemorar, considerando que ainda estamos em meio a uma pandemia. Tivemos aumento expressivo em tributos sobre lucros e rendimentos das empresas e também no Imposto de Renda de pessoas físicas”, declarou Gomes.

Outro fator que explicou a alta da arrecadação em 2021 foi a diminuição dos diferimentos (adiamentos de pagamentos de tributos) que vigorou em 2020. Isso reforçou o caixa do governo em R$ 19,7 bilhões em 2021. O aumento das alíquotas do IOF, que financiou o Auxílio Brasil no fim do ano passado, contribuiu com R$ 2,13 bilhões.

Confiança do consumidor recua 1,4 ponto em janeiro, aponta FGV

A confiança do consumidor recuou 1,4 ponto em janeiro e atingiu 74,1 pontos. Nas médias móveis trimestrais, a retração é de 0,7 ponto, para 74,8 pontos, após ter se mantido relativamente estável no mês anterior. Esses são dados do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) divulgado na terça-feira (25) dentro da publicação da Sondagem do Consumidor.

Para os pesquisadores, a piora das expectativas para os próximos meses, ao mesmo tempo em que a avaliação sobre a situação atual se acomodou depois de recuar em dois meses seguidos, contribuiu para a diminuição da confiança em janeiro. Enquanto o Índice de Situação Atual (ISA) teve alta de 0,5 ponto, passando para 66,1 pontos, o Índice de Expectativas (IE) caiu 2,7 pontos, chegando a 80,7 pontos.

A coordenadora das Sondagens, Viviane Seda Bittencourt, observou que a confiança dos consumidores começa o ano em queda, influenciada pelo aumento do pessimismo em relação aos próximos meses. No entanto, na visão de Viviane, a retomada do auxílio emergencial e uma percepção mais favorável sobre o mercado de trabalho parecem ter contribuído para a redução da distância entre a confiança dos consumidores de alta e baixa renda. A coordenadora alerta que ainda há incertezas que podem influenciar o comportamento do consumidor, que depende também da evolução do mercado de trabalho.

“A piora das expectativas com relação à situação econômica geral e às finanças familiares, no entanto, sugerem que a relativa satisfação com a situação corrente em janeiro pode ser temporária, havendo ainda muita incerteza quanto à evolução do endividamento das famílias de baixa renda. A mudança desse cenário continuará dependendo da recuperação do mercado de trabalho, controle da inflação, e redução da incerteza, num ano que se inicia com surto de Ômicron e Influenza e termina com as eleições”, disse.

A relativa estabilidade das avaliações dos consumidores sobre a situação atual retrata a alta de 0,8 ponto no indicador que mede a satisfação sobre as finanças pessoais, alcançando 60 pontos, após dois meses de quedas consecutivas. Já o indicador que mede as percepções sobre a situação econômica atual variou 0,2 ponto para 73 pontos. Apesar disso, a FGV destacou que os dois se mantêm em patamar muito baixo em termos históricos.

Brasil tem déficit em transações correntes de US$ 5,9 bilhões em dezembro e rombo é de 1,75% do PIB em 2021

O Brasil registrou déficit em transações correntes de 5,891 bilhões de dólares em dezembro, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central na quarta-feira (26).

Com isso, o déficit em 12 meses passou a 1,75% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 1,69% em 2020.

O resultado veio melhor que o déficit de 6,5 bilhões de dólares esperado por analistas em pesquisa da Reuters.

Por sua vez, os investimentos diretos no país no mês (IDP) ficaram negativos em 3,935 bilhões de dólares, ante expectativa no mercado de um número positivo de 3,1 bilhões de dólares.

Para o mês de janeiro, o BC projetou um déficit em transações correntes de 8,4 bilhões de dólares e IDP de 3,2 bilhões de dólares.

Até o dia 21 deste mês, o fluxo cambial ficou negativo em 1,179 bilhão de dólares, disse ainda o BC.

Faturamento da indústria de máquinas e equipamentos sobe 21,6% em 2021

A receita líquida do setor de indústria de máquinas e equipamentos no país aumentou 21,6% em 2021, na comparação com o ano anterior, revela balanço da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). A média mensal de receita em 2021 ficou em R$ 18,5 bilhões e o total anual, em R$ 222,4 bilhões.

Na comparação mensal, em dezembro de 2021, as receitas líquidas de vendas mantiveram a desaceleração observada desde o início do segundo semestre, um total de R$ 17,1 bilhões, o que representa queda de 6,9% em relação ao mês de novembro. Ainda assim, houve crescimento de 0,4% na comparação com dezembro de 2020.

A receita líquida interna de dezembro teve queda de 9,9% na comparação com o mesmo mês do ano anterior e aumento de 25,3% no ano de 2021 na comparação com 2020. A receita em dezembro de 2021 chegou a R$ 11 bilhões e a R$ 168 bilhões em todo o ano.

Já as exportações de máquinas e equipamentos recuaram em dezembro de 2021 (31,8%) na comparação com o mês anterior. No entanto, frente a dezembro do ano anterior, houve aumento de 46,4% em dezembro, quando se alcançou receita de US$ 1 bilhão, o que resultou em crescimento acumulado no ano de 34,2%, chegando ao total de US$ 9,3 bilhões em 2021. Em dezembro de 2021, o valor acumulado das exportações representou 24,4% da receita de vendas do setor.

Nas importações de máquinas e equipamentos, também houve crescimento no mês de dezembro (7,3%) na comparação com novembro e na comparação interanual (26,7%). No ano, o crescimento acumulado chegou a 23,4%.

Segundo a Abimaq, as importações estabilizaram-se em nível observado antes da pandemia da Covid-19, ao redor de US$ 1,8 bilhão por mês.

Dívida pública federal cresce 12% em 2021 e Tesouro vê estoque de até R$6,4 trilhões no final deste ano

A dívida pública federal subiu 12,06% em 2021 em relação ao ano anterior, para 5,614 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional na quarta-feira (26), prevendo que ao final de 2022 o estoque pode chegar a até 6,4 trilhões de reais.

Em valores absolutos, o crescimento no ano passado foi de 604 bilhões de reais. Com isso, a dívida ficou dentro do intervalo de 5,5 trilhões a 5,8 trilhões de reais estabelecido como meta no Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro para 2021.

Em dezembro sobre novembro, a dívida pública federal aumentou 2,09%. Na mesma base de comparação, a dívida interna subiu 2,22% em dezembro, somando 5,349 trilhões de reais.

Em 2021, o custo médio do estoque da dívida pública federal subiu para 8,91%, ante 8,37% no encerramento do ano anterior. O custo médio das emissões da dívida interna, por sua vez, atingiu 8,49%, ante 4,44% em dezembro de 2020.

O prazo médio da dívida reverteu uma tendência de queda em anos anteriores e subiu de 3,6 anos em 2020 para 3,8 anos no fim de 2021.

O Tesouro também conseguiu uma ampliação da reserva de liquidez da dívida pública, que alcançou 1,186 trilhão de reais, ante 1,097 trilhão de reais em 2020.

No fechamento de 2021, o volume de títulos a vencer em 12 meses ficou fora do que havia sido estabelecido como meta pelo Tesouro em maio do ano passado, quando o PAF foi revisado. O patamar ficou em 21%, abaixo da meta de 22% a 27%.

A participação dos papéis prefixados também ficou fora dos limites estabelecidos no PAF pelo Tesouro. Esses títulos viram sua representatividade cair a 28,9% do total no ano, frente a 34,8% em dezembro de 2020. O patamar ficou abaixo da meta de 31% a 35% para o ano.

“Embora abaixo dos limites do PAF, esse resultado deve ser visto como positivo, pois se refletiu em um menor risco de refinanciamento, derivado da menor concentração de dívida no curto prazo”, afirmou o Tesouro em relatório.

Os títulos atrelados à Selic, por sua vez, passaram de 34,8% no final de 2020 para 36,8%, dentro da meta de 33% a 37%. Esse movimento de redução de prefixados em favor de títulos pós fixados se deu em meio ao aumento das incertezas fiscais e da maior aversão a risco no cenário internacional no segundo semestre do ano passado, destacou o Tesouro.

Os papeis indexados à inflação fecharam 2021 em 29,3% da dívida, acima do patamar de 25,3% registrado um ano antes, sendo que a referência para o ano era de 26% a 30%.

Já os títulos remunerados pelo câmbio tiveram participação de 5,0% da dívida total, ante 5,1% em dezembro de 2020, mas também dentro da faixa de 3,0% a 7,0% fixada como meta.

A participação de não residentes na dívida pública interna teve a primeira alta desde 2015, passando de 9,2% para 10,6%. Parte do resultado, segundo o subsecretário da Dívida Pública do Tesouro, Otávio Ladeira, é consequência das elevações de juros pelo Banco Central em ritmo mais intenso do que outros países emergentes.

IGP-M: inflação do aluguel fica em 1,82% em janeiro

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 1,82% em janeiro, após variar 0,87% no mês anterior, informou na sexta-feira (28) a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com o resultado, o índice acumula alta de 16,91% em 12 meses. Em janeiro de 2021, o índice havia subido 2,58% e acumulava alta de 25,71% em 12 meses.

A “inflação do aluguel” fechou 2021 com alta de 17,78%. Apesar de desacelerar em 2021, o IGP-M registrou a segunda maior alta anual desde 2002, atrás somente do resultado de 2020.

O IGP-M é conhecido como ‘inflação do aluguel’ por servir de parâmetro para o reajuste de diversos contratos, como os de locação de imóveis. Além da variação dos preços ao consumidor, o índice também acompanha o custo de produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e dos insumos da construção civil.

Desde 2020, o índice tem subido bem acima da inflação oficial do país, medida pelo IPCA. O IBGE divulgou nesta semana que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, acumula alta de 10,20% em 12 meses.

Composição do IGP-M

  • O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que possui peso de 60% na composição do IGP-M, subiu 2,3% em janeiro, após alta de 0,95% em dezembro. As maiores pressões vieram dos bens finais (0,75%), puxado pelos bens de investimento (2,07%); bens intermediários (1,05%), puxado por materiais e componentes para a manufatura (1,33%); e matérias-primas brutas (4,95%), puxado por minério de ferro (18,26%), soja em grão (4,05%) e milho em grão (5,64%).
  • O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, variou 0,42% em janeiro, ante 0,84% em dezembro. A maior influência veio do grupo transportes (-0,17%), com destaque para a gasolina, cuja taxa passou de 2,24% em dezembro para -1,62% em janeiro.
  • O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no IGP-M, ficou em 0,64%, ante 0,30% em dezembro. Os três grupos componentes subiram na passagem de dezembro para janeiro: Materiais e Equipamentos (0,48% para 1,05%), Serviços (0,57% para 1,28%) e Mão de Obra (0,10% para 0,14%).

“A inflação ao produtor segue espalhada. Os preços dos bens de investimento subiram 2,07%, ante 0,78%, em dezembro de 2021. Já os preços de materiais e componentes para manufatura avançaram para 1,33%, depois de subirem 0,40% no mês passado. Por fim, o minério, embalado pela escalada do preço internacional, fechou janeiro com alta de 18,26% e respondeu por 52% do resultado do Índice de Preços ao Produtor Amplo”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.

PDT confirma pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República

O PDT confirmou na sexta-feira (21) em Brasília a pré-candidatura do ex-governador do Ceará Ciro Gomes à Presidência da República.

O lançamento da pré-candidatura ocorreu em ato na sede do PDT em Brasília, no encerramento da convenção nacional do partido. Antes mesmo desse anúncio oficial, no entanto, Ciro já manifestava o desejo de concorrer à presidência – e era tratado como pré-candidato pela legenda.

“Acabamos de aprovar a pré-candidatura de Ciro Gomes, por unanimidade, por aclamação”, anunciou o presidente nacional do PDT e ex-ministro Carlos Lupi. O lema da campanha, divulgado nesta sexta, será “a rebeldia da esperança”.

Entre os presentes no ato de lançamento da pré-candidatura de Ciro Gomes, estavam Cid Gomes (PDT-CE), senador; André Figueiredo (PDT-CE), deputado; Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza (CE).

O evento também foi marcado por homenagens ao ex-governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola, fundador do PDT, que morreu em 2004. Se vivo, Brizola completaria 100 anos no sábado (22).

Após ser confirmado como pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro fez um discurso de cerca de uma hora, no qual apresentou propostas e teceu críticas a adversários, principalmente a Lula, Jair Bolsonaro e Sergio Moro.

Ciro disse que os inimigos que precisam ser combatidos no Brasil são a pobreza, a violência, a fome, a desigualdade, o desemprego, o baixo salário, a péssima educação, a corrupção, o racismo, a opressão das pessoas e do meio ambiente.

No campo das propostas, o pré-candidato afirmou que vai promover uma revisão da reforma trabalhista implementada no governo Michel Temer e que acabará com o teto de gastos, que fixa limite para as despesas públicas.

Bolsonaro veta R$ 3,2 bilhões no Orçamento de 2022; libera R$ 1,7 bilhão a reajustes e R$ 4,9 bilhões no fundo eleitoral

O presidente Jair Bolsonaro sancionou o Orçamento de 2022 com a previsão de 1,7 bilhão de reais para reajustes de servidores públicos e 4,9 bilhões de reais para alimentar o fundo eleitoral, mas promoveu um veto de 3,2 bilhões de reais com o objetivo de recompor verbas de pessoal.

O texto da lei foi publicado no Diário Oficial da União de segunda-feira (24) com data retroativa referente à última sexta-feira (21), dia limite para que o presidente sancionasse o texto.

Com o objetivo de recompor verbas destinadas à folha de pessoal, o veto do presidente alcançou 3,184 bilhões de reais. Desse total, foi feito um corte de 1,361 bilhão de reais nas chamadas emendas de comissão, verbas para obras e projetos indicados pelas comissões do Congresso. Também foi vetado 1,823 bilhão de reais em verbas discricionárias, recursos não obrigatórios voltados ao custeio da máquina pública e investimentos.

Na justificativa do veto, o presidente afirmou que essas liberações feriam dispositivos da Constituição e contrariavam o interesse público.

O corte foi muito inferior às estimativas anteriores do governo. Nas últimas semanas, cálculos da equipe econômica apontavam que o Orçamento aprovado pelo Congresso precisaria de um veto de até 9 bilhões de reais para recompor gastos subestimados pelos parlamentares, incluindo despesas com pessoal e verbas para a Receita Federal e outros órgãos.

No fechamento das contas na semana passada, porém, membros do Ministério da Economia informaram que o restante da insuficiência poderá ser recomposto por meio de remanejamentos feitos ao longo do ano.

Foram preservadas no texto as emendas indicadas pelo relator do Orçamento, no valor de 16,5 bilhões de reais. Entre as previsões asseguradas, também está o montante de 89,1 bilhões de reais para o programa Auxílio Brasil.

A cifra de 1,7 bilhão reservada para reajustes salariais foi incluída no Orçamento após pressão de Bolsonaro para que o governo conceda o benefício a policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários. A autorização da verba deflagrou uma onda de protestos em outras categorias do serviço público.

A equipe econômica argumenta que a rubrica trata genericamente de recursos para reestruturação de carreiras e aumento de remunerações, sem especificar quais setores. Portanto, não haveria uma decisão tomada sobre quem será beneficiado.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, é contra a concessão de reajustes. Nos bastidores, ele tem afirmado que dar aumento a carreiras específicas vai gerar uma reação em cadeia, com elevação das pressões de outras categorias.

O texto sancionado por Bolsonaro ainda deu aval ao repasse de 4,9 bilhões de reais ao fundo eleitoral de campanhas neste ano. O valor, porém, ainda deve aumentar.

O texto original do Executivo fixava um montante de 2,1 bilhões para o fundo, mas o projeto foi alterado pelos deputados e senadores, ampliando essa destinação para 4,9 bilhões de reais.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), etapa anterior da formulação das contas federais, autorizou que o fundo de campanha seja de até 5,7 bilhões de reais.

De acordo com duas fontes do Ministério da Economia, após a manutenção do valor de 4,9 bilhões de reais na sanção do texto, o governo deve fazer uma suplementação nessa conta para que o valor do fundo alcance 5,7 bilhões de reais.

De acordo com o Palácio do Planalto, o texto sancionado pelo presidente prevê uma despesa de 4,730 trilhões de reais em 2022 pelo governo federal, sendo 1,9 trilhão de reais referente ao refinanciamento da dívida pública.

O resultado primário previsto no Orçamento de 2022 é de déficit de 79,3 bilhões de reais, abaixo da meta prevista na lei de diretrizes orçamentárias de 2022, que fixava valor de 170,5 bilhões de reais.

Governo empurra para março decisão sobre reajustes de servidores

A sanção do Orçamento 2022 pelo governo deixou claro que o Palácio do Planalto jogou a decisão sobre reajustes salariais para servidores federais para o fim de março.

Dois auxiliares do presidente Jair Bolsonaro afirmaram ao G1 que após a reação de outras categorias ao anúncio de um reajuste apenas às forças de segurança, ele decidiu esperar mais algumas semanas, na tentativa de encontrar uma saída que traga menos desgaste.

Por ser ano eleitoral, o início de abril é o prazo limite para definir gastos desse tipo.

O Orçamento traz previsão de R$ 1,7 bilhão para reajustes. O valor, apesar de não estar 100% confirmado para esse fim, é originalmente reservado para carreiras de segurança: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Federal (Depen).

Segundo auxiliares próximos do presidente Jair Bolsonaro, ele foi convencido temporariamente pela equipe econômica a não dar reajustes a apenas algumas categorias neste ano, por conta da pressão de outras categorias, que querem tratamento isonômico e chegaram a entregar cargos de confiança.

Mas as mesmas categorias policiais, próximas do presidente e com grande capacidade de pressão, insistem que Bolsonaro precisa cumprir a promessa de reorganizar as carreiras, dando o reajuste.

Na sanção do Orçamento, um novo fato surgiu em relação a possíveis reajustes para servidores. Bolsonaro vetou R$ 3,18 bilhões previstos para despesas dos ministérios em geral. Com isso, economistas ouvidos pelo blog entendem que há uma possibilidade de o governo tentar usar parte dessa recomposição de recursos para outros reajustes e benesses a servidores. Alertam, entretanto, que não há espaço para um reajuste linear a todos os servidores.

PEC sobre combustíveis ‘não impõe’ redução de tributo, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que está sendo negociada com o Congresso para baixar impostos sobre combustíveis autoriza e não impõe a redução dos tributos pela União e pelos Estados, como já havia indicado o secretário executivo da Casa Civil, Jônathas Castro, em um podcast publicado pela pasta na sexta-feira (21). “A PEC autoriza, não impõe, que o presidente da República e os governadores diminuam, ou zerem, os valores do PIS/Cofins/Cide e ICMS dos combustíveis”, disse, em publicação em suas redes sociais.

Segundo Bolsonaro, a medida deve prever a possibilidade de baratear a gasolina, etanol, diesel, gás de cozinha e energia elétrica, por meio da redução dos tributos. Segundo ele, não há “nada de atrito”.

“Mesmo sem PEC, já zeramos o imposto federal do gás de cozinha (botijão de 13 kg)”, disse, em referência à redução a zero da alíquota de PIS/Cofins no início do ano passado.

O movimento do governo com a negociação da PEC é visto, em parte, como uma pressão para governadores reduzirem o ICMS, que vem sendo alvo do chefe do Planalto com a escalada dos preços no último ano.

Conforme mostrou o Broadcast/Estadão, só a redução a zero dos impostos federais sobre combustíveis e energia poderia gerar uma perda de arrecadação de R$ 57 bilhões ou até maior. Já o impacto para o consumidor seria pequeno, de R$ 0,18 a R$ 0,20 no caso do preço do litro do combustível.

A proposta em negociação entre governo e Congresso para zerar os tributos sobre combustíveis e energia tem potencial de tirar R$ 65 bilhões dos cofres do Tesouro Nacional. Se todos os Estados encampassem essa desoneração, a perda de receitas subiria a R$ 240 bilhões.

Bolsonaro desiste de ir à cúpula na Colômbia e Mourão vai representá-lo

O presidente Jair Bolsonaro desistiu de ir à Cartagena (Colômbia) para participar da Cúpula do Prosul, Fórum para Progresso e Desenvolvimento da América do Sul, e decidiu enviar como representante do governo brasileiro o vice-presidente Hamilton Mourão.

“O presidente da República, Jair Bolsonaro, não irá a Cartagena para a III Cúpula do Prosul. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, participará da reunião”, confirmou o Itamaraty, em resposta à Reuters por e-mail.

A cúpula do Prosul está marcada para ocorrer na quinta-feira, dia 27. Na semana passada, a chancelaria brasileira chegou a confirmar a ida de Bolsonaro à reunião em comunicado de credenciamento de imprensa.

O governo não deu uma justificativa oficial para a desistência do presidente. Um ministro palaciano ouvido pela Reuters creditou a decisão à morte da mãe do presidente, ocorrida na semana passada, e à realização da missa de 7º dia, marcada para a quinta-feira, mesmo dia da cúpula.

Bolsonaro voltou do Suriname na sexta-feira (21) e cancelou uma viagem à Guiana para comparecer ao enterro de dona Olinda, que havia sido internada na quarta, em Eldorado (SP).

O presidente voltou a Brasília no sábado e teve agenda normal na manhã de segunda-feira, mas cancelou os compromissos da tarde e suspendeu toda a agenda oficial até quarta. De acordo com um auxiliar, para respeitar o luto. No entanto, está despachando normalmente no Palácio do Planalto.

Desempenho de Moro em pesquisas ameaça causar debandada no Podemos

O baixo rendimento do pré-candidato à Presidência Sergio Moro nas pesquisas eleitorais tem preocupado seu partido, o Podemos, que tenta evitar uma debandada de seus filiados. Na última pesquisa divulgada, do PoderData, por exemplo, Moro aparece com apenas 8% das intenções de voto.

Políticos que estudam deixar o Podemos e que conversaram com a reportagem sob a condição de anonimato atribuem o mau desempenho a uma estratégia de marketing “falha”.

Segundo esses discordantes, a campanha do ex-ministro o colocou em destaque na mídia durante meses, o que acabou “enfraquecendo o discurso” do pré-candidato. Além disso, avaliam que os marqueteiros poderiam ter usado os políticos mais próximos de Moro, principalmente para mostrar uma maior “unidade partidária”.

Eles ressaltam que, durante as poucas viagens que Moro já fez na pré-campanha, o ex-juiz não aproveitou os bons oradores do partido, como o general Santos Cruz, em eventos, entrevistas e programas, em especial de rádio, que participou.

Segundo os políticos, que não quiseram ter os nomes publicados, esse isolamento de Moro fez com que ele fosse considerado o único culpado pelo mau desempenho nas pesquisas, o que consequentemente pode levar à debandada no partido.

A sigla também prevê que políticos de outras agremiações que haviam se comprometido a mudar para o Podemos na esteira de Moro descumpram a promessa.

Durante o ato de filiação do ex-ministro Santos Cruz, em novembro de 2021, a presidente nacional do partido, a deputada federal Renata Abreu (SP), afirmou ao UOL que o Podemos mantinha conversas com integrantes de outros partidos, em especial, insatisfeitos do PSDB, do PL e do União Brasil.

Secretários de Fazenda dos estados aprovam congelamento do ICMS sobre combustíveis por mais 2 meses

O Confaz (Comitê Nacional de Política Fazendária) aprovou na quinta-feira (27) a prorrogação até 31 de março, ou seja, por mais dois meses, o congelamento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dobrado sobre os combustíveis.

A informação foi divulgada pelo Conselho que reúne os secretários de Fazenda dos estados. Tomada por unanimidade, com voto favorável dos 27 secretários de Fazenda dos estados e do Distrito Federal, a decisão foi antecipada pelo jornalista Valdo Cruz, colunista do g1, na quarta-feira (26).

Os governadores chegaram a anunciar, em meados deste mês, que o congelamento do ICMS sobre combustíveis não seria renovado, mas depois recuaram.

A medida ocorre em meio à alta dos combustíveis, provocada pelo aumento do petróleo no mercado internacional e pela disparada do dólar, fatores levados em conta pela Petrobras para calcular o preço do nas refinarias.

Em comunicado, os secretários de Fazenda informaram, porém, que os governadores defenderam que sejam criadas “soluções estruturais para a estabilização dos preços dos combustíveis, como um fundo de equalização de preços”.

Eles avaliaram, ainda, que só o congelamento do ICMS “não é suficiente para impedir os reajustes dos combustíveis, visto que os elementos centrais dos aumentos são a variação do dólar e a política da Petrobras de paridade com o mercado internacional do petróleo”.

Pelo modelo anterior, que deixa de vigorar até o fim de março, cada estado define o chamado “preço médio ponderado ao consumidor final” a cada 15 dias. Como mudava a cada 15 dias, todo aumento de preço nas refinarias altera o preço médio e eleva o ICMS.

Com o congelamento do preço médio ponderado até março, os aumentos da Petrobras anunciados nos últimos meses não serão considerados na base de cálculo do ICMS, atenuando o impacto dos reajustes dos combustíveis nas refinarias.

Entretanto, esse congelamento do preço médio ponderado não impedirá que eventuais reajustes anunciados pela Petrobras nas refinarias sejam repassados aos preços dos combustíveis na bomba.

Ipespe mostra Lula ainda 20 pontos à frente de Bolsonaro; Moro empata com Ciro no terceiro lugar

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a dianteira de 20 pontos percentuais sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) para a eleição presidencial deste ano, de acordo com pesquisa Ipespe divulgada na quinta-feira (27), com 44% das intenções de voto, contra 24% de Bolsonaro.

Lula e Bolsonaro mantiveram os mesmos percentuais registrados nas últimas duas pesquisas, feitas no dia 8 deste mês e em dezembro do ano passado.

O Ipespe mostra ainda que se mantém a dificuldade de construção de uma terceira via, apesar da variada apresentação de candidatos. Nenhum deles chega aos dois dígitos nas intenções de voto.

O ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro Sergio Moro (Podemos) aparece empatado com Ciro Gomes (PDT), ambos com 8%. Moro oscilou negativamente, dentro da margem de erro, e perdeu um ponto em relação a pesquisa feita no início do mês. Já Ciro ganhou um ponto.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), aparece com 2%, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), ficaram com 1% cada. Felipe D’Ávila (Novo) não pontuou.

Um segundo cenário, sem a participação de Moro, mostra que os votos do ex-juiz se espalhariam, indo em parte para Bolsonaro, que oscilaria, dentro da margem de erro, para 26% das intenções de voto. Doria subiria para 4% e Ciro para 9%.

Nas simulações de segundo turno, a pesquisa mostra que Lula mantém a liderança, vencendo em todos os cenários. No mais provável nesse momento, o ex-presidente venceria Bolsonaro por 54% a 30%.

Já o atual presidente perderia em todos os cenários pesquisados, sendo o mais apertado contra Moro, em que o ex-juiz venceria por 35% a 28%.

Acordo com Alckmin seria bom para o Brasil, diz Lula

Em negociações para fechar um acordo que leve o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para uma aliança eleitoral no pleito de outubro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que falta a decisão do ex-governador sobre o partido ao qual irá se filiar, mas que um acerto seria bom para ambos e para o Brasil.

“O problema se a gente vai fazer depende de dois fatores: da minha decisão de ser candidato ou não, que ela deverá se dar agora no final de fevereiro ou começo de março, e da filiação do companheiro Alckmin a um partido que faça aliança com o PT”, disse o ex-presidente em entrevista à rádio CBN do Vale do Paraíba.

As negociações, vistas inicialmente como improváveis por aliados e adversários de Lula, começaram em outubro, antes de Alckmin deixar em definitivo o PSDB, e avançaram bem, até esbarrarem nas dificuldades de negociação entre o PT e o PSB, uma das legendas candidatas a receber o ex-tucano.

A ideia, a princípio, é que o ex-governador se filie ao PSB para concorrer a vice-presidente na chapa encabeçada por Lula. No entanto, o acordo depende dos dois partidos conseguirem chegar a acertos regionais e esbarram, principalmente, na insistência dos dois lados de manter candidatos ao governo de São Paulo, Márcio França, no caso do PSB, e Fernando Haddad, no caso do PT.

Lula deixou claro que seu interesse em incluir Alckmin em sua chapa visa a intenção de ter uma aliança eleitoral o mais ampla possível.

“Eu preciso voltar para fazer mais, e para fazer mais eu preciso de mais gente do meu lado. Por isso eu estou conversando com todo mundo. Por isso, que dê certo essa conversa. Espero que Alckmin escolha o partido certo, que faça aliança com PT e espero que o PT compreenda a necessidade de fazer aliança”, afirmou.

Há resistências a uma aliança com o ex-governador dentro do próprio PT, e há quem compare Alckmin a Michel Temer, vice-presidente de Dilma Rousseff e apontado como um dos articuladores do impeachment da ex-companheira de chapa. Lula, no entanto, já disse a interlocutores que não tem receio sobre isso e, na entrevista, deixou claro que confia no ex-governador.

“Eu tenho confiança no Alckmin, eu fui presidente oito anos, sempre tive uma relação com Alckmin, sempre foi uma relação de respeito, institucional. E se der certo a gente construir essa aliança vai ser bom para Alckmin, vai ser bom para mim, vai ser bom para o Brasil”, afirmou.

Garotinho articula volta à política como deputado e recebe Bolsonaro no Rio

Sem ocupar cargos públicos há seis anos, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (sem partido) articula sua volta à vida política como deputado federal pelo União Brasil, partido que deve ser criado com a fusão de DEM e PSL.

As conversas em busca de sustentação eleitoral já começaram. Garotinho e os filhos, a deputada federal Clarissa Garotinho (PROS-RJ) e o prefeito de Campos dos Goytacazes (RJ), Wladimir Garotinho, vão receber na próxima segunda-feira (31) o presidente Jair Bolsonaro (PL), que terá agenda no Norte fluminense.

Para se candidatar, Garotinho precisa pagar uma multa em um processo por calúnia contra o juiz federal Marcelo Leonardo Tavares. No próximo dia 31 será julgado o último recurso, em que o ex-governador pede a redução no valor da multa de R$ 312 mil para R$200 mil. O ex-governador pretender concorrer a um mandato na Câmara dos Deputados, e Clarissa vai definir até março se disputa uma vaga de deputada estadual ou senadora. Já a ex-governadora Rosinha Matheus não pretende voltar à política.

Os Garotinho aguardam a formalização do União Brasil para se filiar, enquanto acertam as condições das candidaturas com o atual presidente do PSL no estado, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho.

Google vai abrir 200 novas vagas em São Paulo, Belo Horizonte e em home office até 2023

O Google anunciou na segunda-feira (24) o projeto de dobrar sua força de trabalho no setor da engenharia no Brasil até o fim de 2023. A empresa planeja abrir 200 novas vagas, para Belo Horizonte, onde já possui um centro de engenharia, e São Paulo, onde pretende reforçar o time de engenharia. Haverá também vagas 100% home office.

As candidaturas poderão ser feitas no site do Google Carreiras. Neste momento, já estão abertas vagas presenciais em áreas consideradas essenciais, como privacidade e segurança de dados. Essas posições adotam o formato híbrido, com três dias no escritório e dois em casa.

Segundo comunicado da empresa, o objetivo da iniciativa é “manter o protagonismo do Brasil na pesquisa e desenvolvimento de produtos da plataforma”. Hoje, de cada dez resultados na busca, pelo menos um leva a marca do Centro de Engenharia em Belo Horizonte. Os engenheiros brasileiros estiveram envolvidos na criação de produtos como a Busca por Sintomas, o Family Link e o painel da Busca com resultados de partidas esportivas.

“Atualmente, o Brasil é um dos mercados mais importantes para nós”, afirma Fabio Coelho, presidente do Google Brasil. “Investir em talento local nos ajuda a ter um ‘olhar brasileiro’ para os nossos produtos e, ao mesmo tempo, mostra para o mundo a capacidade dos nossos profissionais, já que estamos falando de soluções usadas globalmente.”

Uma solução recente criada pelos engenheiros de BH foi a aplicação de IA para deixar a busca mais natural e intuitiva em recursos como o ‘Coisas para saber’, que exibe tópicos diversos relacionados com a consulta.

Embraer fecha acordo para venda de até 50 aeronaves em negócio de US$ 3,9 bilhões

A Embraer anunciou acordo com a Azorra, empresa de leasing norte-americana, para venda de até 50 aeronaves em um negócio avaliado em US$ 3,9 bilhões.

O acordo foi divulgado pela Embraer na segunda-feira (24) e prevê a venda de 20 aeronaves da família E2, além de mais 30 direitos de compra.

As entregas terão início em 2023 e o negócio permite que a Azorra adquira aeronaves E190-E2 ou E195-E2.

A Azorra é uma locadora de aeronaves norte-americana que desde 2007 tem em sua carteira aviões da empresa brasileira.

IHS Towers faz acordo com Torresur para compra de 2.115 torres de telefonia no Brasil

A IHS Towers, uma das maiores operadoras e desenvolvedoras de infraestruturas de telecomunicações compartilhadas do mundo, assinou um acordo para adquirir a São Paulo Cinco Locação de Torres (SP5), empresa do Grupo Torresur, por 315 milhões de dólares.

O portfólio da SP5 inclui 2.115 torres de telecomunicações espalhadas por 25 dos 27 Estados do Brasil. Com a aquisição, a IHS Towers passará a deter aproximadamente 7.000 torres no Brasil, além de rede de fibra secundária que abrange aproximadamente 6,4 milhões de residências.

A aquisição deverá gerar receita e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de cerca de 38 milhões e 36 milhões de dólares, respectivamente, no primeiro ano após o fechamento do acordo.

A SP5 será integrada aos negócios brasileiros existentes da IHS Towers. O acordo está sujeito a aprovações regulatórias e deve ser concluído no primeiro trimestre de 2022.

Gol contrata financiamento de US$ 600 milhões para renovação da frota

A Gol fechou um financiamento de até US$ 600 milhões com a Castlelake LP para financiar a aquisição de novas aeronaves 737 MAX 8.

A transação contemplará 10 arrendamentos financeiros e 2 sale-leasebacks. A taxa de juros para os arrendamentos financeiros é de aproximadamente 6% a.a., o que representa uma redução em relação aos custos de arrendamentos operacionais das aeronaves atuais na frota.

Os recursos originados pela transação cobrirão 100% do custo de aquisição das novas aeronaves e provem recursos adicionais que serão direcionados para obrigações e custos de devolução das aeronaves 737 NG da GOL. A Companhia espera devolver até 18 aeronaves 737 NG em 2022, e um total de 34 aeronaves NG até o final de 2025, o que deverá contribuir ainda mais com a redução de custos unitários.

A entrega dessas 12 aeronaves Boeing 737 MAX adicionais começa em janeiro de 2022, em linha com o plano da GOL de acelerar a transformação de sua frota e possuir metade de suas aeronaves sob arrendamentos financeiros até 2026. No 3T21, a companhia firmou contratos para 26aeronaves adicionais MAX 8, e atualmente possui um total de 102 aeronaves Boeing 737 MAX a serem entregues.

Por fim, a Gol destaca que o Boeing MAX também é um componente chave na meta da companhia para atingir a neutralidade de carbono até 2050, já que essa aeronave consome 15% menos combustível, produz 16% menos emissões de carbono e 40% menos ruído.

Senacon multa TIM em R$ 600 mil por cortar internet em plano ilimitado

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça decidiu que a TIM deve pagar uma multa de R$ 600 mil. A operadora perdeu um processo em que foi acusada de não informar devidamente seus clientes sobre o bloqueio da internet ao fim da franquia.

O processo foi aberto ainda em 2015, quando as empresas de telecomunicação costumavam anunciar planos “ilimitados”, mas cortavam as conexões quando a franquia expirava. Em junho de 2020, saiu a primeira decisão, obrigando a operadora a pagar R$ 800 mil.

A TIM recorreu, mas a Senacon ainda entendeu que a operadora obteve vantagens com ofertas e publicidades desse tipo, sem assegurar que os consumidores tivessem direito a informações adequadas. Mesmo assim, a multa foi reduzida de R$ 800 mil para R$ 600 mil. O “desconto” é dado para empresas que aderem à plataforma consumidor.gov.br.

A decisão foi publicada no Diário Oficial da União. A TIM tem 30 dias para pagar a multa.

Não é a primeira vez que a Senacon decide que a TIM deixou de informar corretamente seus clientes sobre as condições dos planos.

Em 2020, a operadora foi multada em R$ 3,1 milhões por publicidade enganosa e abusiva. O processo corria desde 2013 e dizia respeito aos antigos planos Infinity Pré, que oferecia ligações a R$ 0,25 para números da própria empresa, sem limite de minutos.

O órgão decidiu que a empresa havia ofendido os princípios de transparência, confiança e boa-fé, além do equilíbrio nas relações de consumo. Uma investigação iniciada pela Justiça descobriu que a empresa derrubava as ligações para os clientes fazerem novas chamadas e pagarem mais R$ 0,25.

Marfrig investe US$ 7 milhões em startups Quiq e Takeoff Technologies

A Marfrig anunciou na quarta-feira (26) que foram realizados dois investimentos externos em startups correlacionadas e complementares aos negócios da companhia.

O primeiro investimento foi na empresa brasileira Quiq, plataforma digital que simplifica a gestão de pedidos online dos restaurantes, conectando os diversos aplicativos de delivery diretamente aos sistemas de PDV (Ponto de Venda). O Quiq é uma joint venture liderada pelo hub de tecnologia 4all e outros nove sócios de importantes redes de food-service.

O segundo investimento foi na empresa norte americana Takeoff Technologies. Fundada em meados de 2016 por José Vicente Aguerrevere e Max Pedró, a companhia já conta com mais de 250 funcionários que trabalham na criação e soluções automatizadas de atendimento e gerenciamento de estoque de alimentos para redes de supermercado e pequenos comércios, otimizando assim a gestão e maximizando a rentabilidade por meio de automação e soluções baseadas em dados para atendimento a demanda crescente de e-commerce.

Os investimentos somam aproximadamente US$ 7 milhões e estão alinhados com a estratégia de crescimento da companhia.

Firjan: indústria do RJ deve perder R$ 260 milhões em janeiro com avanço da Ômicron

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) calcula que devido aos novos casos de Covid-19 em todo o Estado do Rio, a perda potencial na indústria fluminense pode chegar a R$ 260 milhões em apenas um mês. Somente no setor de óleo e gás, já são mais de 1,5 mil petroleiros contaminados.

O cálculo da Firjan considera o valor da produção diária por trabalhador da indústria, o protocolo de segurança, com isolamento social de pelo menos cinco dias, e a média móvel de 4.288 novos casos de covid confirmados no Estado do Rio de 23 de dezembro a 10 de janeiro.

A estimativa faz parte de uma pesquisa feita pelo Laboratório de Biologia Molecular da Firjan e o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), que demonstrou a presença da variante Ômicron em 91 das 95 amostras selecionadas entre os testes positivos realizados nos trabalhadores da indústria do Estado do Rio de Janeiro este mês. Foram feitos 567 testes, dos quais 245 deram positivo para a Covid-19.

Do total, foram selecionadas 95 amostras para o sequenciamento genético do SARS-CoV-2, que indica qual a variante presente. Somente quatro eram da variante Delta, predominante no ano passado. As demais eram da Ômicron, que chegou ao Brasil no final de 2021. O sequenciamento utilizou amostras com alta carga viral, o que facilita a detecção da variante.

“O levantamento confirma a percepção do crescimento da Ômicron e de sua alta transmissibilidade. Os pesquisadores alertam para a importância da vacinação e da manutenção dos protocolos de segurança e cuidados contra a Covid-19 no ambiente de trabalho”, alerta o estudo.

Confiança de serviços no Brasil cai a mínima em 8 meses em janeiro, diz FGV

A confiança do setor de serviços iniciou 2022 em seu menor patamar em oito meses, com a mais recente onda de Covid-19 agravando uma tendência de desaceleração dos últimos meses, de acordo com dados divulgados na sexta-feira (28) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em janeiro, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 4,3 pontos, para 91,2 pontos, mínima desde maio de 2021 (88,1). Essa foi sua terceira baixa mensal consecutiva e a queda mais intensa desde março de 2021 (-5,6 pontos).

“O resultado negativo desse mês parece refletir a desaceleração que já vinha sendo sinalizada nos últimos meses, mas com o acréscimo da nova onda da pandemia.”, explicou em nota o economista da FGV Ibre Rodolpho Tobler.

“Além do cenário macroeconômico ainda difícil e da cautela dos consumidores, a volta de algumas medidas restritivas já impacta a atividade do setor e liga o sinal de alerta sobre o ritmo dos próximos meses”, acrescentou o especialista, alertando que será difícil ver recuperação da confiança enquanto esses fatores persistirem.

O Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, caiu 3,1 pontos em janeiro, para 89,4 pontos, menor patamar desde junho de 2021 (88,7).

Já o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, recuou 5,5 pontos, a 93,2 pontos, mínima desde maio de 2021 (92,4).

Entre os segmentos do setor de serviços, o destaque negativo foi dos serviços prestados às famílias, o que, segundo Tobler, é reflexo dos surtos recentes da variante Ômicron do Coronavírus e de influenza.

No início deste mês, dados do IBGE mostraram que o setor de serviços brasileiro apresentou em novembro avanço de 2,4% na comparação com outubro, maior taxa de crescimento desde fevereiro de 2021 (+4,0%).

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

Faltando uma semana para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que determinará o aumento da taxa de juros no dia 2 de fevereiro, o Bank of America elevou sua previsão para o ciclo de alta: 150 pontos base, levando a taxa Selic de 9,25% para 10,75%, voltando aos dois dígitos pela primeira vez desde 2017. Os números batem com as sinalizações do BC.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (31), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 11,75%, ante 11,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 1,82% em janeiro, dando início a 2022 com aceleração da alta ante taxa de 0,87% em dezembro, mostraram dados divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O resultado ficou pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 2,00%, e leva o índice a acumular nos 12 meses até janeiro alta de 16,91%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda -feira (31), a projeção para o IGP-M ficou em 6,99%, ante 6,54% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,58% em janeiro, após ter registrado taxa de 0,78% em dezembro, mostram os dados divulgados na quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 10,20% nos últimos 12 meses, abaixo dos 10,42% observados nos 12 meses imediatamente anteriores, e menor valor desde outubro de 2021.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda -feira (31), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 5,38%, ante 5,15% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O FMI (Fundo Monetário Internacional) revisou mais uma vez as projeções para o crescimento da economia brasileira. Para 2022, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil tem aumento previsto de 0,3%, antes a projeção era de crescimento de 1,5%.

O percentual é em relação ao crescimento estimado de 2021, que deve ficar em 4,7%, ante 5,2% previsto anteriormente pelo FMI. As projeções indicam um cenário econômico muito mais difícil do que o indicado nas projeções de outubro. Os dados estão no relatório “Panorama Econômico Mundial”, divulgado na terça-feira feira (25) pelo órgão.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda -feira (31), A projeção para o PIB ficou em 0,30%, ante 0,29% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (24), o Ibovespa fechou em queda, refletindo o aumento da aversão global a risco em semana que reserva a decisão de política monetária do Fed, o BC norte-americano, na quarta-feira (26). Como pano de fundo, o temor de que um conflito militar possa vir a ocorrer entre Rússia e Ucrânia, em tensão geopolítica que envolve ainda Estados Unidos e Europa ocidental. O índice Ibovespa teve queda de 0,92%, a 107.937,11 pontos. O volume financeiro somou R$ 35,1 bilhões.

Na terça-feira (25), o Ibovespa fechou em alta, influenciado pelas altas em papéis relacionados a commodities, como a Petrobras, e bancos. Pegando carona, o dólar e as taxas dos juros futuros caíram. Tanto na cena doméstica quanto na externa, o foco dos investidores é a reunião do Federal Reserve amanhã (26) e o conflito Rússia-Ucrânia. O índice Ibovespa teve alta de 2,10%, a 110.203,77 pontos. O volume financeiro somou R$ 28,9 bilhões.

Na quarta-feira (26), o Ibovespa fechou em alta, reduzindo ganhos no final após as bolsas em Wall Street virarem para queda após sinais do Federal Reserve (Fed) quanto à inflação, com perspectivas de alta de juros nos próximos meses. O índice Ibovespa teve alta de 1,24%, a 111.573,60 pontos. O volume financeiro somou R$ 30,4 bilhões.

Na quinta-feira (27), o Ibovespa fechou em alta, a terceira alta seguida, novamente se descolando das bolsas em Wall Street que caíram após decisão de política monetária e em meio a resultados de empresas. O índice teve impulso de ações dos setores de varejo e financeiro, enquanto papéis de saúde pressionaram na ponta oposta. O índice Ibovespa teve alta de 1,19%, a 112.611,65 pontos. O volume financeiro somou R$ 35,4 bilhões.

Na sexta-feira (28), por volta das 12h34, o índice Ibovespa operava em queda de 0,70%, a 111.822,14 pontos. Após três altas seguidas e diante de nova sessão negativa em Wall Street. Investidores também digeriam dados de crédito divulgados pelo Banco Central, que mostraram avanço no saldo total em dezembro frente a novembro. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 0,62%, a 111.910,10 pontos. O volume financeiro somou 36,9 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (28), por volta das 12h49, o dólar registrava queda de 0,26%, cotado a R$ 5,4093 na venda. Caminhando para encerrar a semana em baixa apesar de um rali recente da divisa norte-americana no exterior.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (28) cotado a R$ 5,3915, abaixo da linha psicológica de 5,40 reais, com a estabilização dos mercados globais e uma recuperação de Wall Street no fim do dia abrindo caminho para mais demanda por risco e vendas da moeda norte-americana.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
31/01/2022