Cenário Econômico Internacional – 04/02/2022

Cenário Econômico Internacional – 04/02/2022

Cenário Econômico Internacional – 04/02/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

  • Mundo ultrapassa 10 bilhões de vacinas contra Covid aplicadas
  • Conselho de Segurança da ONU se reúne para debater situação na Ucrânia
  • Enormes volumes de lixo hospitalar Covid-19 ameaçam a saúde, diz OMS
  • Georgieva, do FMI, diz que enfrentar pandemia ajudará economia a se recuperar mais rapidamente e reduzirá inflação
  • Mercado acionário dos EUA
  • Dólar
  • Senado norte-americano está perto de acordo sobre sanções à Rússia, dizem senadores
  • Biden se reunirá com líder do Catar à medida que crise de energia na Europa se aproxima
  • Daly, do Fed, apoia elevação dos juros em março e taxa de 1,25% até fim do ano
  • EUA e Rússia entram em conflito sobre Ucrânia em reunião da ONU
  • Argentina e China assinam contrato para construir usina nuclear
  • Autoridade dos EUA diz que China não cumpriu “Fase 1” de acordo comercial
  • Ex-presidente do Uruguai Mujica aconselha presidente eleito do Chile Boric a superar diferenças ideológicas para não aprofundar distância entre países
  • Dirigente do Fed defende quatro altas de juros ao longo de 2022 nos EUA
  • Mercado acionário europeu
  • Diante de impasse político, Sergio Mattarella é reeleito presidente da Itália
  • Partido Socialista vence eleição legislativa de Portugal
  • PIB da zona do euro desacelera no 4º trimestre e cresce 5,2% em 2021
  • Rússia afirma que não recuará diante de ameaças de sanções dos EUA
  • Empresários italianos fraudaram € 440 milhões em créditos fiscais de vírus, diz polícia
  • Taxa de desemprego na zona do euro cai para mínima recorde em dezembro de 2021
  • Putin diz que Ocidente ignorou preocupações russas de segurança
  • Reino Unido: PMI de serviços avança a 54,1 em janeiro, acima da previsão
  • Mercado acionário na Ásia
  • Ministro do Gabinete de Hong Kong renuncia após participar de festa de aniversário em restaurante
  • Coreia do Norte diz que testou míssil Hwasong-12 e tirou fotos do espaço
  • Evergrande é pressionada a vender terreno em HK usado como garantia de empréstimo
  • Banco Central do Japão está sob menos pressão para mudar meta de rendimentos do que o mercado pensa, dizem fontes
  • Um ano desde a tomada do poder militar, oposição de Mianmar realiza ‘greve silenciosa’
  • Com Ômicron, internações aumentam em Tóquio e ocupação de leitos ultrapassa 50%
  • Atividade fabril da Coreia do Sul em janeiro cresce no ritmo mais rápido em 6 meses
  • Emirados Árabes Unidos anuncia imposto corporativo de 9%
  • Arábia Saudita atrai investimentos de US$ 2 bilhões em computação em nuvem nos últimos dois anos
  • Retorno do Egito ao índice JPMorgan tranquiliza investidores, diz ministro das Finanças
  • Executivo da Visa diz que adoção saudita de pagamentos sem contato está entre as mais altas do mundo
  • Turistas nos Emirados Árabes Unidos ignoram ataques de mísseis houthis

Mundo ultrapassa 10 bilhões de vacinas contra Covid aplicadas

Puxado pela China e pela Índia, o mundo ultrapassou as 10 bilhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas, apontam dados do “Our World in Data”, projeto ligado à Universidade de Oxford.

Os dois países mais populosos do planeta, que concentram cerca de 36% da população mundial, foram responsáveis pela aplicação de 46% de todos os imunizantes administrados até agora.

O mundo tem quase 7,8 bilhões de habitantes, e há mais vacinas contra a Covid-19 aplicadas do que habitantes pois quase todos os imunizantes já disponíveis são aplicados em mais de uma dose.

Além disso, diversos países estão aplicando doses de reforço na população para ampliar a resposta imune das pessoas, que tende a cair ao longo dos meses, e enfrentar novas ondas causadas por novas variantes, como a Ômicron.

Os países mais populosos lideram a administração de vacinas contra a Covid-19 em termo absolutos, mas nações com menos habitantes se destacam na vacinação proporcional.

Mas China e Índia, os países mais populosos do mundo (e que mais aplicaram doses), não são os que têm o maior percentual da população imunizada.

Até o momento, os chineses já aplicaram 207 doses a cada 100 habitantes e os indianos, “apenas” 117.

Enquanto os países menos desenvolvidos aplicaram apenas 92 milhões de imunizantes (0,14 doses por habitante), os mais desenvolvidos já aplicaram 2,2 bilhões (1,81 doses por habitante), quase 1.200% a mais.

Conselho de Segurança da ONU se reúne para debater situação na Ucrânia

O Conselho de Segurança da ONU se reúne na segunda-feira (31) a pedido do governo dos Estados Unidos que, ao lado de seus aliados da Otan, tenta dissuadir a Rússia de invadir a Ucrânia, ao mesmo tempo que prepara sanções contra Moscou.

“Mais de 100.000 tropas russas estão mobilizadas e a Rússia organiza outros atos de desestabilização contra Ucrânia, o que constitui uma ameaça à paz, à segurança internacional e à Carta da ONU”, afirmou a embaixadora americana nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield.

Diante da ameaça de invasão, a Ucrânia pediu no domingo à Rússia que retire suas tropas e mantenha o diálogo com os países ocidentais se “realmente” deseja reduzir a tensão.

Estados Unidos e Reino Unido ameaçaram adotar novas sanções contra a Rússia. Autoridades britânicas afirmaram que terão como alvos os diversos interesses econômicos russos.

Em Washington, congressistas democratas e republicanos anunciaram que o Congresso está perto de alcançar um acordo sobre um projeto de lei que prevê novas sanções econômicas contra a Rússia.

Entre a bateria de sanções mencionadas, o Reino Unido e os Estados Unidos apontam ao gasoduto estratégico Nord Stream 2 entre a Rússia e a Alemanha ou inclusive o acesso russo a transações em dólares, principal moeda do comércio internacional.

Diante das novas ameaças, Moscou exigiu ser tratado em igualdade de condições por Washington.

“Queremos relações boas, equitativas, de respeito mútuo com os Estados Unidos, como com todos os países do mundo”, declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

A Rússia “não quer permanecer em uma posição” na qual sua segurança “seja violada diariamente”, continuou Lavrov.

Na segunda-feira (31) a Rússia provavelmente tentará impedir a reunião dos 15 membros do Conselho de Segurança, mas o organismo “está unido”, segundo a embaixadora americana.

“Nossas vozes estão unidas para pedir aos russos uma explicação”, disse Thomas-Greenfield.

“Vamos entrar no salão dispostos a ouvir. Mas não vamos ser distraídos por sua propaganda”, afirmou.

“E estaremos preparados para responder a qualquer desinformação que tentem apresentar durante a reunião”, advertiu.

Enormes volumes de lixo hospitalar Covid-19 ameaçam a saúde, diz OMS

Seringas descartadas, kits de teste usados ​​e frascos de vacina antigos da pandemia de Covid-19 se acumularam para criar dezenas de milhares de toneladas de resíduos médicos, ameaçando a saúde humana e o meio ambiente, informou um relatório da Organização Mundial da Saúde na terça-feira (01).

O material, parte do qual pode ser infeccioso, já que o Coronavírus pode sobreviver em superfícies, potencialmente expõe os profissionais de saúde a queimaduras, ferimentos com agulhas e germes causadores de doenças, segundo o relatório.

As comunidades próximas a aterros mal administrados também podem ser afetadas pelo ar contaminado da queima de resíduos, má qualidade da água ou pragas transmissoras de doenças, acrescentou.

O relatório pede reforma e investimento, inclusive por meio da redução do uso de embalagens que causaram uma corrida pelo plástico e o uso de equipamentos de proteção feitos de materiais reutilizáveis ​​e recicláveis.

Estima-se que cerca de 87.000 toneladas de equipamento de proteção individual (EPI), ou o equivalente ao peso de várias centenas de baleias azuis, foram encomendadas por meio de um portal da ONU até novembro de 2021, acredita-se que a maioria tenha acabado como lixo.

O relatório também menciona cerca de 140 milhões de kits de teste com potencial para gerar 2.600 toneladas de lixo principalmente plástico e resíduos químicos suficientes para encher um terço de uma piscina olímpica.

Além disso, estima que cerca de oito bilhões de doses de vacina administradas globalmente produziram 144.000 toneladas adicionais de resíduos na forma de frascos de vidro, seringas, agulhas e caixas de segurança.

O relatório da OMS não citou exemplos específicos de onde ocorreram os acúmulos mais notórios, mas se referiu a desafios como o limitado tratamento e descarte oficial de resíduos na Índia rural, bem como grandes volumes de lodo fecal de instalações de quarentena em Madagascar.

Mesmo antes da pandemia, cerca de um terço das instalações de saúde não estavam equipadas para lidar com as cargas de resíduos existentes, disse a OMS. Isso foi tão alto quanto 60% nos países pobres, disse.

Georgieva, do FMI, diz que enfrentar pandemia ajudará economia a se recuperar mais rapidamente e reduzirá inflação

A pandemia de Covid-19 permanece sendo o maior risco para a economia global e está contribuindo para o aumento da inflação em muitos países, disse a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva.

Georgieva pediu esforços redobrados para impulsionar a vacinação e reforçar as defesas contra o Coronavírus, dizendo que isso ajudará a aliviar as interrupções na cadeia de suprimentos e combater a inflação, junto às altas de juros que agora estão na mira do Federal Reserve dos Estados Unidos e de outros bancos centrais.

A chefe do FMI admitiu que a inflação acabou sendo um “problema econômico e social mais significativo” do que o esperado, e disse que os economistas subestimaram o impacto do consumo represado e dos choques climáticos nos preços dos alimentos.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (31), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, que marcou o fim de um mês volátil para Wall Street, com o índice de tecnologia Nasdaq evitando por pouco seu pior início de ano já registrado, e o S&P 500 apresentando seu desempenho mais fraco em janeiro desde 2009. O índice Dow Jones teve alta de 1,17%, a 35.131,86 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,89%, a 4.515,55 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 3,41%, a 14.239,88 pontos.

Na terça-feira (01), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, após mais uma sessão marcada pela volatilidade. No radar das mesas de operação, estiveram falas de diversos dirigentes do Federal Reserve. Os resultados trimestrais de empresas e dados dos Estados Unidos também foram acompanhados. O índice Dow Jones teve alta de 0,78%, a 35.405,24 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,69%, a 4.546,54 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,75%, a 14.346,00 pontos.

Na quarta-feira (02), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, na quarta sessão consecutiva de ganhos após um início de ano turbulento, com o mercado amparado pelos resultados sólidos da Alphabet, controladora do Google, e da fabricante de chips Advanced Micro Devices. O índice Dow Jones teve alta de 0,63%, a 35.629,33 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,94%, a 4.589,38 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,5%, a 14.417,55 pontos.

Na quinta-feira (03), as bolsas de valores de Nova York operavam em queda, após previsão pessimista da Meta Platforms (NASDAQ:FB), dona do Facebook, derrubar o setor de tecnologia mais amplo, ameaçando reverter uma recuperação nos mercados. Por volta das 14h25, o índice Dow Jones registrava queda de 0,86%, a 35.322,27 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 1,62%, a 4.514,89 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 2,97%, a 14.689,37 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 28.01.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (28) cotado a R$ 5,3915 com queda de 0,61%. A moeda engatou ainda a terceira semana de perdas, com baixa de 1,22%. Nas três semanas, a desvalorização é de 4,27%.

Na segunda-feira (31) – O dólar à vista registrou queda de 1,56%, cotado a R$ 5,3059 na venda. Com as operações locais acompanhando o rali de fim de mês em ativos de risco em uma semana a ser marcada por decisões de política monetária e dados de emprego nos EUA. O dólar oscilou entre R$ 5,3978 na máxima e R$ 5,2850 na mínima.

Na terça-feira (01) – O dólar à vista registrou queda de 0,62%, cotado a R$ 5,2732 na venda. Menor valor em quatro meses e meio, com os mercados domésticos aproveitando o novo dia de recuo global da divisa norte-americana para seguir desarmando posições, na véspera da decisão de juros pelo Banco Central. O dólar oscilou entre R$ 5,3170 na máxima e R$ 5,2658 na mínima.

Na quarta-feira (02) – O dólar à vista registrou alta de 0,07%, cotado a R$ 5,2763 na venda. Em um dia de expectativa em relação aos juros básicos no Brasil, o dólar fechou praticamente estável, com a primeira alta após quatro quedas seguidas. O dólar oscilou entre R$ 5,3145 na máxima e R$ 5,2567 na mínima.

Na quinta-feira (03) – Por volta das 13h58, o dólar operava em alta de 0,52% cotado a R$ 5,3044 na venda. Com agentes do mercado digerindo a indicação do Banco Central, na véspera, de que desacelerará o ritmo de seu ciclo de aperto monetário.

Senado norte-americano está perto de acordo sobre sanções à Rússia, dizem senadores

Os senadores dos Estados Unidos estão muito perto de chegar a um acordo sobre uma lei que vai garantir sanções à Rússia pelas ações realizadas na Ucrânia, incluindo medidas que serão implementadas antes de uma eventual invasão, disseram os dois principais senadores que trabalham no projeto de lei no domingo (30).

Os senadores Bob Menendez e James Risch, respectivamente o presidente e o principal nome do Partido Republicano no Comitê de Relações Exteriores do Senado, disseram que devem avançar com o projeto esta semana.

“Eu diria que estamos a uma jarda de fechar o projeto”, disse Menendez no programa “Estado da União”, da CNN, usando uma referência de futebol americano que significa uma jogada que está muito próxima do objetivo final, o touchdown.

“O que não há dúvida é que há uma incrível determinação bipartidária de apoio à Ucrânia, uma união bipartidária incrivelmente forte que trará graves consequências à Rússia caso ela invada a Ucrânia e, em alguns casos, consequências pelo que ela já fez”, disse Menendez.

Algumas destas medidas incluem sanções massivas contra os bancos russos mais importantes e também sobre a dívida soberana russa, bem como mais assistência bélica à Ucrânia.

Questionado se as sanções só entrariam em vigor após qualquer invasão ou se seriam preventivas, Risch disse: “Acho que é uma combinação de ambos”.

Biden se reunirá com líder do Catar à medida que crise de energia na Europa se aproxima

O presidente Joe Biden recebeu o líder governista do Catar na Casa Branca na segunda-feira (31), enquanto ele espera que o país rico em gás intensifique mais uma vez para ajudar o Ocidente, que enfrenta a perspectiva de uma crise energética na Europa. A Rússia invade a Ucrânia.

O Catar desempenhou um papel central ao ajudar as evacuações militares dos EUA no verão passado de ajudantes afegãos e cidadãos dos EUA no Afeganistão, abriga a maior base aérea americana no Oriente Médio e serviu como intermediário com o Talibã nas últimas três administrações dos EUA enquanto tentavam para encerrar a guerra mais longa da América.

Agora, com cerca de 100.000 soldados russos concentrados na fronteira com a Ucrânia, especialistas dizem que o Catar, o segundo maior exportador mundial de gás natural liquefeito, ou GNL, está ansioso para ajudar Biden novamente, mas só poderá oferecer assistência limitada se a Rússia interromper ainda mais o fluxo de abastecimento de energia para a Europa.

“O Catar vê isso como uma oportunidade de melhorar ainda mais seu relacionamento com os EUA depois do Afeganistão'”, disse Yesar Al-Maleki, economista de energia do Instituto do Oriente Médio em Washington. “Mas vai ser muito difícil de fazer porque não há excesso de oferta.”

O Catar já está produzindo em plena capacidade com grande parte de seu fornecimento sob contrato para a Ásia. Mesmo que alguns aliados dos EUA no Pacífico, incluindo Índia, Japão e Coreia do Sul, sejam persuadidos a desviar alguns pedidos de GNL contratados para a Europa, isso terá apenas um pequeno impacto para amenizar o golpe, de acordo com analistas de energia.

A Casa Branca disse que Biden e o emir do Qatar, Tamim bin Hamad Al Thani, também usariam a reunião de segunda-feira (31) para discutir a segurança no Oriente Médio e a situação no Afeganistão, onde as condições humanitárias se deterioraram após a retirada militar dos EUA no ano passado e a tomada do Talibã. Os líderes também devem discutir o status dos esforços dos EUA para ressuscitar o acordo nuclear de 2015 com o Irã.

Mas os esforços para traçar planos de contingência caso a Rússia tome medidas para cortar o fornecimento de gás à Europa talvez seja o assunto mais urgente em sua agenda.

Os preços futuros do gás natural subiram na semana passada em meio a crescentes temores do mercado de que um possível conflito poderia atrapalhar as exportações russas que transitam pela Ucrânia para a Europa. A crise foi agravada pela Rússia, que normalmente fornece cerca de 40% do suprimento de gás natural da Europa, reduzindo suas exportações em cerca de 25% no quarto trimestre de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020, apesar dos altos preços mundiais.

Qualquer invasão russa na Ucrânia quase certamente desencadearia sanções econômicas dos EUA e de seus aliados europeus. Isso pode levar à escassez de petróleo e gás em todo o mundo e, provavelmente, a preços mais altos de energia que podem causar tremores na economia global.

Daly, do Fed, apoia elevação dos juros em março e taxa de 1,25% até fim do ano

O Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos, deve começar a subir os juros, que estão perto de zero, em março e pode elevá-los confortavelmente a 1,25% até o fim do ano para ajudar a conter a inflação, mas continuar apoiando a economia, disse a presidente do Fed de San Francisco, Mary Daly, na segunda-feira (31).

“Se você chegar a esse ponto, digamos que seja essa a realidade, isso é um bom aperto, mas também há um pouco de acomodação deixada no sistema porque a taxa terminal de juros é de 2,5%, então você está apoiando a economia, não tirando completamente o estímulo e causando disrupções, mas tirando algumas das acomodações extraordinárias que fornecemos”, disse Daly em entrevista à Reuters Breakingviews.

“Acho que equilíbrio é a coisa apropriada a se fazer com a incerteza que enfrentamos.”

EUA e Rússia entram em conflito sobre Ucrânia em reunião da ONU

Houve confrontos furiosos entre enviados russos e americanos no Conselho de Segurança da ONU, depois que os EUA convocaram uma reunião para discutir o aumento de tropas de Moscou em suas fronteiras com a Ucrânia.

A embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, disse que a mobilização foi a maior que a Europa já viu em décadas.

Seu colega russo acusou os EUA de fomentar a histeria e interferência inaceitável nos assuntos da Rússia.

Os EUA e o Reino Unido prometeram mais sanções se a Rússia invadir a Ucrânia.

A secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, disse que está sendo preparada uma legislação que visaria uma gama maior de indivíduos e empresas próximas ao Kremlin do que é atualmente possível.

Uma autoridade dos EUA disse que as sanções de Washington significam que indivíduos próximos ao Kremlin seriam cortados do sistema financeiro internacional.

A Rússia colocou cerca de 100.000 soldados, tanques, artilharia e mísseis perto das fronteiras da Ucrânia.

Os esforços diplomáticos continuam, com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, devendo conversar com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, ainda na terça-feira (01).

Os EUA disseram que receberam uma resposta por escrito da Rússia a uma proposta dos EUA destinada a diminuir a crise na Ucrânia. Mas horas depois, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia disse que isso não era verdade e uma fonte disse à agência de notícias Ria que ainda estava preparando uma resposta.

Um porta-voz do Departamento de Estado disse que os EUA continuam totalmente comprometidos com o diálogo e continuarão a consultar de perto seus aliados e parceiros, incluindo a Ucrânia.

Enquanto isso, vários líderes europeus estão viajando para a Ucrânia na terça-feira para negociações. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, está voando para Kiev depois de prometer trabalhar com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para encontrar uma solução diplomática para os argumentos com Moscou e “evitar mais derramamento de sangue”.

O primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki e o primeiro-ministro holandês Mark Rutte também estão indo para a capital ucraniana.

Argentina e China assinam contrato para construir usina nuclear

Argentina e China assinaram na terça-feira (01) um contrato para a construção de uma quarta usina nuclear no país sul-americano, por um investimento de 8 bilhões de dólares, informou a agência pública de notícias Télam.

O anúncio da construção da usina de Atucha III, que ficará localizada em Lima, 100 quilômetros ao norte de Buenos Aires, foi feito na véspera da viagem oficial do presidente Alberto Fernández a Pequim, de 4 a 6 de fevereiro.

Segundo o acordo firmado entre a estatal Nucleoelétrica Argentina e a Corporação Nuclear Nacional da China, a construção da usina tipo HPR-100, com 1.200 megawatts de energia elétrica (MWe) de potência bruta e vida útil de 60 anos, criará 7.000 empregos e 40% de fornecedores argentinos.

A China, segundo parceiro comercial da Argentina, fornecerá a engenharia, construção, aquisição, início e entrega do Atucha III, cujo reator utilizará urânio enriquecido como combustível e água clara como refrigerante e moderador.

A Argentina, pioneira regional nesse campo há meio século, possui outras três usinas nucleares (Atucha I e II, também em Lima, e Embalse, em Córdoba, no centro do país), que fornecem até 7,5% de energia elétrica no país, segundo estimativas privadas.

O presidente da Nucleoelétrica Argentina, José Luis Antúnez, disse que a nova usina ajudará o país a “abastecer a demanda de eletricidade com energia básica, limpa, segura e sustentável, e combater os efeitos das mudanças climáticas que afetam o planeta”.

Autoridade dos EUA diz que China não cumpriu “Fase 1” de acordo comercial

A China não cumpriu seus compromissos sob a “Fase 1” do acordo comercial de dois anos que expirou no final de 2021, e as discussões sobre o assunto com Pequim continuam, disse a vice-representante comercial dos Estados Unidos, Sarah Bianchi.

“Sabe, está realmente claro que os chineses não cumpriram seu compromisso na ‘Fase 1’. Isso é algo que estamos tentando abordar”, disse Bianchi em fórum virtual organizado pela Associação Internacional de Comércio de Washington.

No acordo, assinado pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump em janeiro de 2020, a China prometeu aumentar as compras de produtos agrícolas e manufaturados, energia e serviços dos EUA em 200 bilhões de dólares em relação aos níveis de 2017 durante 2020 e 2021.

Até novembro passado, a China havia atingido apenas cerca de 60% dessa meta, de acordo com dados comerciais compilados por Chad Bown, membro sênior do Instituto Peterson de Economia Internacional.

O acordo evitou a escalada de uma guerra comercial de quase três anos entre as duas maiores economias do mundo, mas deixou em vigor tarifas sobre centenas de bilhões de dólares em importações de ambos os lados do Pacífico.

Bianchi, cuja pasta inclui questões comerciais da China e da Ásia, não identificou as medidas que o governo Biden está tomando para manter a China comprometida com suas promessas da ‘Fase 1’, que também incluíam ceder maior acesso ao mercado chinês para os setores de biotecnologia agrícola e serviços financeiros dos EUA.

“Não é nosso objetivo escalar aqui. Mas certamente estamos analisando todas as ferramentas que temos disponíveis para garantir que sejam responsabilizados”, disse Bianchi, sem fornecer detalhes.

Ela disse que os Estados Unidos estão tentando promover um “relacionamento estável” com a China, mas os dois países estão num “estágio difícil no relacionamento”.

“Para ser super sincera, as conversas não são fáceis. Elas são muito difíceis. Mas, sabe, da minha perspectiva, o importante é que estamos conversando e eles serão inabalavelmente honestos”, disse Bianchi.

Ela disse que o Escritório da Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês) está enfatizando que a ajuda estatal da China a empresas e que políticas e práticas econômicas antimercado são uma “séria ameaça aos interesses econômicos norte-americanos”.

Ex-presidente do Uruguai Mujica aconselha presidente eleito do Chile Boric a superar diferenças ideológicas para não aprofundar distância entre países

Prestes a assumir o governo do Chile, o presidente eleito Gabriel Boric ouviu do ex-presidente do Uruguai José Mujica um apelo para que a nova geração progressista da América Latina evite os erros cometidos por seus antecessores.

A conversa entre os dois, no programa “Nada a Perder”, transmitido pela rádio uruguaia M24, foi mais uma sessão de conselhos de um veterano líder ao mais jovem expoente da esquerda latino-americana.

“Tenho confiança na sua capacidade e no vento fresco de ter uma visão aberta do mundo progressista”, disse Mujica, aos 86 anos, a Boric, que tem 35.

O presidente eleito do Chile se mostrou humilde por ter o uruguaio como referência de liderança. Disse que tenta aplicar uma das sugestões de Mujica: “Avançar passo a passo para não cair de um precipício, mas nunca parar de subir”.

“Cuide do seu coração e da sua moral, porque, quando você está no topo, não precisa esquecer os que estão embaixo”, advertiu o ex-presidente uruguaio.

No comando do país entre 2010 e 2015, o ex-presidente observou que andar como cão e gato por diferenças ideológicas só prejudica o futuro dos povos. Citou como exemplo o bom relacionamento que manteve com seus homólogos Sebastián Piñera, do Chile, e Juan Manuel Santos, da Colômbia.

“Fez muito mal julgar as realidades de nossos países a partir das trincheiras de nossas ideias porque, se há diferenças, elas são inevitáveis, e assumimos atitudes que aprofundam as diferenças, o único que fazemos é aumentar a distância entre nós.”

Mujica fez campanha para Boric na eleição que o consagrou presidente, em dezembro passado, e no bate-papo não economizou conselhos. “Lembre-se sempre, você tem que deixar a semente, a luta é mais longa do que a nossa vida humana e, portanto, coletiva”.

Nessa roda-viva, prosseguiu, os governos devoram os partidos, os governos tendem a atolar-se burocraticamente e os partidos permanecem. “Você tem que governar, mas não matar o que vai ficar depois de você e de sua geração”.

Dirigente do Fed defende quatro altas de juros ao longo de 2022 nos EUA

O presidente da distrital de Filadélfia do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Patrick Harker, defendeu quatro elevações do juro básico nos Estados Unidos em 2022. As altas seriam de 25 pontos-base cada, como declarou em entrevista à emissora Bloomberg TV.

Segundo ele, o BC americano poderia subir o juro em 50 pontos-base caso a inflação volte a subir vertiginosamente, mas ressaltou que está “menos convencido” de que este seria o passo adequado.

Para o dirigente, que tem direito a voto nas reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) este ano, o Fed não está atrás da curva pois a forte inflação nos EUA é provocada principalmente por desequilíbrios entre oferta e demanda, algo que o Fed “pode fazer muito pouco” para resolver, segundo ele. Ao mesmo tempo, Harker ressaltou a necessidade de “agir agora” para tentar controlar a subida nos preços.

Ele ainda previu que o relatório de empregos (conhecido como “payroll”) de janeiro, que será divulgado na próxima sexta-feira (4), virá fraco somente por causa do impacto temporário da variante Ômicron do Coronavírus sobre o mercado de trabalho americano. Desta forma, Harker sinalizou que o dado não deve tirar o combate à inflação do foco do Fed.

Por fim, o banqueiro central evitou comentar de forma definitiva sobre a futura redução do balanço de ativos do BC, algo que deve começar a ser realizado após o ciclo de alta do juro ser iniciado. Harker disse que o processo deve ser mais “acelerado” que da última vez que o Fed o realizou, mas defendeu que seja feito de forma a não provocar turbulência nos mercados.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (31), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, após a divulgação de indicadores econômicos na região. Em linha com o movimento observado em Nova York, as ações do setor de tecnologia se destacaram no último pregão de um mês turbulento nos negócios, em recuperação parcial após perdas recentes. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,72%, a 468,88 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,48%, a 6.999,20 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,99%, a 15.471,20 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,77%, a 5.564,35 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,03%, a 8.612,80 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,02%, a 7.464,37 pontos.

Na terça-feira (01), as bolsas europeias fecharam em alta, os índices mostram força, mesmo com a apreensão dos investidores com relação à tensão entre Estados Unidos e Rússia, e as divulgações das políticas monetárias e taxas de juros do Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE), na próxima quinta-feira (03). O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,13%, a 474,20 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,43%, a 7.099,49 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,96%, a 15.619,39 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,10%, a 5.625,56 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,32%, a 8.726,70 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,96%, a 7.535,78 pontos.

Na quarta-feira (02), as bolsas europeias fecharam em alta, os índices mostram força, mesmo com a apreensão dos investidores com relação à tensão entre Estados Unidos e Rússia, e as divulgações das políticas monetárias e taxas de juros do Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE), na próxima quinta-feira (03). O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,13%, a 474,20 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,43%, a 7.099,49 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,96%, a 15.619,39 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,10%, a 5.625,56 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,32%, a 8.726,70 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,63%, a 7.583,00 pontos.

Na quinta-feira (03), as bolsas europeias fecharam em queda, depois de acumularem ganhos ao longo da semana, na expectativa para decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE). Investidores também digerem dados econômicos e balanços da região, e acompanham os índices futuros de Nova York, que caem na esteira do balanço decepcionante da controladora do Facebook. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,80%, a 468,43 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,54%, a 7.005,63 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,57%, a 15.368,47 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,87%, a 5.579,15 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,27%, a 8.689,40 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,71%, a 7.528,84 pontos.

Diante de impasse político, Sergio Mattarella é reeleito presidente da Itália

Após quase uma semana de debates e seis turnos de votação sem alcançar um consenso, o parlamento italiano decidiu reeleger no sábado (29) Sergio Mattarella para a presidência do país. Aos 80 anos, o atual chefe de Estado, que não era candidato, começará um novo mandato de sete anos.

Mattarella foi reeleito com 759 votos entre os 1.009 grandes eleitores (senadores, deputados e responsáveis regionais convocados para a votação). Ele aceitou iniciar um novo mandato diante do impasse político que se consolidou durante uma semana de debates intensos entre os parlamentares.

O processo, feito com votos secretos e sem candidatos oficiais, começou na segunda-feira (24). Apesar de todos os partidos políticos com representação no Parlamento, com exceção o Irmãos da Itália de extrema-direita, fazerem parte da coalizão do governo, a divisão reinou durante o pleito.

Apesar das negociações, poucos nomes se destacavam. Os representantes do bloco de direita se abstiveram em alguns turnos, enquanto os do bloco de esquerda votaram em branco várias vezes, confirmando a reputação da eleição presidencial italiana, muitas vezes comparada aos conclaves para escolher o novo papa.

O chefe de Estado tem um papel secundário na vida política italiana, já que o poder é concentrado principalmente nas mãos do presidente do Conselho, o equivalente do primeiro ministro, cargo ocupado atualmente por Mario Draghi. No entanto, o presidente tem o poder de dissolver o Parlamento em caso de crise, dá a última palavra na escolha do premiê e pode recusar o mandato se considerar que as coalizões de governo são muito frágeis.

O próprio Draghi chegou a ser apontado como favorito para substituir Mattarella, mas logo foi boicotado pelos grandes eleitores. Todos temiam que, em caso de vitória do presidente do Conselho, a complexa coalizão que ele dirige e que levou meses para ser formada desmorone, desencadeando eleições antecipadas, antes das legislativas previstas para 2023.

Mattarella, que disse várias vezes que não queria permanecer no cargo, acabou sendo escolhido pela falta de outros candidatos de peso e como uma solução para manter a estabilidade em um momento de retomada econômica da terceira economia da zona euro após a crise sanitária ligada à pandemia de Covid-19. “Essa é uma notícia maravilhosa para os italianos”, declarou Draghi em um comunicado.

Partido Socialista vence eleição legislativa de Portugal

O primeiro-ministro socialista de Portugal, António Costa, venceu as eleições legislativas antecipadas realizadas no domingo (30) e conquistou a maioria no parlamento.

Às 22h (horário de Brasília), com 99,1% das urnas apuradas, o Partido Socialista, de Costa, tinha 41,68% dos votos, o que rendia para a legenda 117 cadeiras, uma a mais do que o necessário para garantir a maioria absoluta no parlamento de 230 assentos.

Na sequência, aparecia o Partido Social Democrata (PSD), liderado por Rui Rio, com 27,8% dos votos, levando 71 cadeiras.

As pesquisas de opinião chegaram a apontar um empate técnico entre os dois partidos.

O Chega, de extrema-direita, despontava como a terceira força, com pouco mais de 7% dos votos e 12 assentos no parlamento.

O primeiro-ministro socialista expressa orgulho por ter “virado a página da austeridade orçamentária” aplicada pela direita após a crise financeira mundial com a aliança histórica, batizada de geringonça, formada em 2015 com os partidos da esquerda radical, Bloco de Esquerdas e os comunistas.

Mas, quando o governo minoritário também almejava “virar a página da pandemia” com uma taxa de vacinação recorde e a liberação dos fundos de estímulo econômico europeus, seus aliados rejeitaram o projeto de orçamento para 2022, o que provocou a convocação de eleições antecipadas.

“Apesar de um certo desencanto com o Partido Socialista, a maioria dos eleitores considera que Costa tem mais competência e experiência para governar que Rio, um economista de 64 anos elogiado por sua sinceridade e autenticidade”, explica a cientista política Marina Costa Lobo.

PIB da zona do euro desacelera no 4º trimestre e cresce 5,2% em 2021

O crescimento econômico da zona do euro desacelerou no quarto trimestre de 2021 contra os três meses anteriores, mas ainda registrou forte expansão anual uma vez que o bom desempenho de França e Itália compensaram um trimestre muito mais fraco na Alemanha.

Segundo estimativa preliminar divulgada na segunda-feira (31) pela agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, a economia da zona do euro cresceu 5,2% em 2021, em relação a 2020, com base em dados trimestrais ajustados sazonalmente e ao calendário.

Desta forma, a região se recuperou parcialmente das desastrosas perdas de 2020, ano marcado pelos efeitos da pandemia de Coronavírus, destaca a agência France Presse. A queda de 6,4% em 2020 foi a pior da série histórica da Eurostat.

No quarto trimestre de 2021, o PIB avançou 0,3% na área do euro e 0,4% no conjunto de países da União Europeia (UE), na comparação com o trimestre anterior. Frente ao 4º trimestre de 2000, houve avanço de 4,6% na zona do euro e de 4,8% na UE.

O resultado dos 3 últimos meses do ano representou uma desaceleração da recuperação. No terceiro trimestre de 2021, o PIB cresceu 2,3% na área do euro e 2,2% na UE, na comparação com o 2º trimestre.

Economistas consultados pela Reuters esperavam alta trimestral de 0,3% e aumento anual de 4,7%, conforme a economia continua a se recuperar de lockdowns causados por ondas da pandemia de Coronavírus.

A Eurostat destacou que essas estimativas preliminares do PIB são baseadas em fontes de dados ainda incompletas e sujeitas a revisões. A próxima divulgação está prevista para o dia 15 de fevereiro.

Entre os maiores avanços no 4º trimestre, destaque para Espanha (2%), Portugal (1,6%) e Suécia (1,4%).

A França, segunda maior economia da zona do euro, registrou crescimento trimestral de 0,7% no quarto trimestre e expansão de 5,4% na base anual, enquanto a Itália registrou alta de 0,6% e 6,4% respectivamente.

A Alemanha, maior economia da região, deve o desempenho mais fraco, com contração de 0,7% na comparação trimestral e crescimento de apenas 1,4% na base anual.

A economia europeia iniciou um processo de recuperação a partir do segundo trimestre de 2020, mas persistem as preocupações com o impacto da pandemia na cadeia de abastecimento nos países do bloco.

Além disso, a propagação da variante Ômicron gerou dúvidas sobre a capacidade da economia europeia de manter o atual ritmo de crescimento.

Rússia afirma que não recuará diante de ameaças de sanções dos EUA

A Rússia não vai recuar diante da ameaça de sanções dos Estados Unidos, motivadas pelas tensões na Ucrânia, afirmou a embaixada russa em Washington horas antes da conversa telefônica prevista para terça-feira (01) entre os chefes da diplomacia das duas potências.

“Não vamos recuar e ficar quietos, ouvindo as ameaças de sanções dos Estados Unidos”, afirmou a embaixada em um texto publicado em sua página do Facebook. “É Washington e não Moscou que gera tensões”.

A nota foi divulgada poucas horas de uma conversa por telefone entre o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, e o secretário de Estado americano, Antony Blinken, para abordar a situação na Ucrânia.

As tensões entre os dois países aumentaram nas últimas semanas, com acusações diretas dos EUA de que a Rússia planeja invadir a Ucrânia. Na segunda-feira (31), os países trocaram farpas na ONU, em uma reunião do Conselho de Segurança para debater a crise.

A Casa Branca afirmou na segunda-feira (31) que está preparada para impor sanções contra pessoas próximas ao presidente russo, Vladimir Putin, em caso de um ataque, reforçando uma ameaça que o próprio presidente americano, Joe Biden, já havia feito.

A Rússia deslocou mais de 100 mil soldados para a fronteira com a Ucrânia, o que provoca temores nos países ocidentais sobre a preparação de uma ofensiva. Os russos já invadiram o país vizinhos em 2014, quando anexou a Crimeia, uma região ucraniana que ocupa até hoje.

Apesar dos exercícios na fronteira, os russos têm reiterado diversas vezes que não pretendem invadir a Ucrânia. A embaixada russa afirmou que os soldados “não ameaçam ninguém” e que o país tem o “direito soberano” de mobilizar suas Forças Armadas em seu território.

Empresários italianos fraudaram € 440 milhões em créditos fiscais, diz polícia

A polícia italiana disse que desmantelou um grupo de empresários acusados ​​de enganar o governo em 440 milhões de euros em créditos fiscais.

As autoridades realizaram 80 buscas em todo o país na segunda-feira (31), de Trentino, no Norte, até a ilha da Sicília.

Os créditos fiscais em questão foram concedidos como parte de medidas governamentais para ajudar empresas em dificuldades durante a pandemia do Covid-19.

A investigação foi iniciada depois que a polícia tomou conhecimento de relatórios de transações suspeitas de empresas inexistentes ou empresas falidas.

Investigações posteriores mostraram que uma organização criminosa, envolvendo cerca de 12 empresários do núcleo, “estava totalmente dedicada à criação e comercialização de créditos fiscais falsos”, disse o comunicado.

A polícia disse em comunicado que 35 pessoas foram alvo de mandados de prisão, prisão domiciliar ou outras medidas restritivas.

O governo da Itália aprovou uma série de medidas para tentar manter as empresas italianas à tona no início da pandemia durante um bloqueio nacional.

Taxa de desemprego na zona do euro cai para mínima recorde em dezembro de 2021

O desemprego na zona do euro caiu para seu nível mais baixo já registrado em dezembro, mostraram dados, prova da força da recuperação econômica e da eficácia dos esquemas de trabalho de meio período usados ​​para preservar empregos durante os bloqueios pandêmicos.

O escritório de estatísticas da União Europeia, Eurostat, disse que a taxa de desemprego nos 19 países que compartilham o euro caiu para 7,0% da força de trabalho, ante 7,1% revisados ​​em novembro, a taxa mais baixa já registrada desde que as medições começaram em abril de 1998.

Economista consultado pela Reuters esperava uma taxa de desemprego de 7,1%. O Eurostat disse que 11,481 milhões de pessoas estavam desempregadas na zona do euro em dezembro, uma queda de 185 mil pessoas em relação a novembro.

O baixo número recorde de desemprego provavelmente será um fator que contribui para as já altas pressões inflacionárias causadas por gargalos na cadeia de suprimentos, à medida que a economia mundial se recupera acentuadamente da recessão causada pela pandemia de Coronavírus.

Putin diz que Ocidente ignorou preocupações russas de segurança

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse na terça-feira (01) que o Ocidente ignorou as principais preocupações de seu país em relação à segurança na região.

“Está claro agora que as principais preocupações russas foram ignoradas”, disse Putin em sua 1ª entrevista coletiva em mais de um mês.

Moscou, que tenta evitar um avanço da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) para o leste, vem aumentando sua presença militar na fronteira com a Ucrânia.

“Nós não percebemos considerações a três de nossas preocupações principais: a expansão da Otan, a recusa em retirar armamentos de ataque das áreas próximas às fronteiras e o retorno da infraestrutura militar ao que era em 1997, quando assinamos o acordo Rússia-Otan”, disse Putin.

A tensão neste território tem escalado nas últimas semanas, ainda que os russos insistam em não ter intenções de invadir novamente o país vizinho.

Os Estados Unidos, no entanto, acreditam no “perigo iminente” de uma invasão e ameaçam os russos com fortes sanções caso algum ataque seja feito contra a Ucrânia.

Na semana passada, os membros da Otan responderam formalmente a uma série de exigências russas que pediam garantias de que a Ucrânia não iria integrar a aliança militar do Ocidente.

Reino Unido: PMI de serviços avança a 54,1 em janeiro, acima da previsão

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços do Reino Unido subiu de 53,6 em dezembro para 54,1 em janeiro, segundo dados finais divulgados na quarta-feira (02) pela IHS Markit em parceria com a CIPS.

O resultado ficou bem acima da leitura preliminar de janeiro, de 53,3, e também da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 53,4. Já o PMI composto britânico, que engloba serviços e indústria, avançou de 53,6 para 54,2 no mesmo período.

Também neste caso, a estimativa prévia havia sido bem menor, de 53,4. O avanço dos PMIs acima da marca de 50 mostra que a atividade econômica britânica se expandiu em ritmo mais forte no último mês.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (31), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, seguindo o desempenho positivo de Wall Street do fim da semana passada, em meio a feriados na China e em outras partes da região. O índice Xangai não teve operações devido ao feriado do ano novo lunar. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,07%, a 27.001,98 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,07%, a 23.802,26 pontos. O índice CSI300 não teve operações devido ao feriado do ano novo lunar.

Na terça-feira (01), as bolsas asiáticas fecharam em alta, após mais uma rodada de ganhos em Wall Street. O índice Xangai não teve operações devido ao feriado do ano novo lunar. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,28%, a 27.078,48 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong não teve operações devido ao feriado do ano novo lunar. O índice CSI300 não teve operações devido ao feriado do ano novo lunar.

Na quarta-feira (02), as bolsas asiáticas fecharam em alta, depois que os ganhos em Wall Street melhoraram o apetite por risco e levaram investidores a buscar ações que foram liquidadas no mês passado e aquelas com perspectivas robustas. O índice Xangai não teve operações devido ao feriado do ano novo lunar. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,68%, a 27.533,60 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong não teve operações devido ao feriado do ano novo lunar. O índice CSI300 não teve operações devido ao feriado do ano novo lunar.

Na quinta-feira (03), as bolsas asiáticas fecharam sem direção única, o mercado acionário japonês interrompeu série de quatro dias de ganhos, pressionado pela fraqueza nos futuros do Nasdaq, com os investidores vendendo ações de tecnologia em meio a preocupações com o negócio de jogos do Sony Corp e a queda no lucro trimestral da Panasonic. O índice Xangai não teve operações devido ao feriado do ano novo lunar. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,06%, a 27.241,31 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong não teve operações devido ao feriado do ano novo lunar. O índice CSI300 não teve operações devido ao feriado do ano novo lunar.

Ministro do Gabinete de Hong Kong renuncia após participar de festa de aniversário em restaurante

Um ministro do Gabinete de Hong Kong renunciou na segunda-feira (31) por participar de uma festa de aniversário ao lado de dezenas de autoridades e legisladores poucos dias depois que o governo da cidade pediu às pessoas que evitassem grandes reuniões para combater um surto de Coronavírus.

“Apresentei hoje minha renúncia ao chefe do Executivo e pretendo deixar o cargo hoje”, disse o secretário de Assuntos Internos, Caspar Tsui, em comunicado.

“Como um dos principais funcionários que lidera a luta anti-epidemia, não dei o melhor exemplo durante o recente surto”, acrescentou.

A renúncia de Tsui é um golpe para a administração da chefe-executiva Carrie Lam, cujo tempo no cargo foi marcado por enormes protestos e uma subsequente repressão à dissidência que transformou Hong Kong.

A festa de aniversário de 3 de janeiro em um restaurante de tapas para Witman Hung, membro do principal órgão legislativo da China, tornou-se uma fonte de constrangimento para Lam, já que seu governo segue uma política rígida de “zero-Covid” semelhante à de Pequim.

A lista de convidados surgiu depois que as autoridades de saúde rastrearam uma pessoa infectada até a festa.

Entre as mais de 200 pessoas presentes estavam mais de uma dúzia de altos funcionários, incluindo a polícia da cidade, chefes de imigração e anticorrupção, bem como 20 legisladores.

Embora a festa não fosse ilegal na época sob as rígidas regras de distanciamento social de Hong Kong, o chefe de saúde da cidade havia alertado as pessoas três dias antes para evitar grandes grupos.

Lam disse que as autoridades não deram o exemplo e ordenaram uma investigação.

Tsui, de 45 anos, era uma estrela política em ascensão preparada pelo maior partido pró-Pequim de Hong Kong, o DAB, que prosperou ainda mais sob um novo sistema político “apenas patriotas” imposto por Pequim que criminalizou grande parte da oposição tradicional pró-democracia.

Coreia do Norte diz que testou míssil Hwasong-12 e tirou fotos do espaço

A Coreia do Norte confirmou na segunda-feira (31) que testou um míssil balístico de alcance intermediário (IRBM) Hwasong-12 no domingo (30), segundo a agência de notícias estatal KCNA, a primeira vez que um míssil com capacidade nuclear desse tamanho foi lançado. desde 2017.

O lançamento foi relatado pela primeira vez pelas autoridades sul-coreanas e japonesas no domingo. Analistas e autoridades disseram que o teste parece envolver um míssil balístico de alcance intermediário (IRBM), que a Coreia do Norte não testa desde 2017, quando suspendeu os testes de seus maiores mísseis e suas armas nucleares.

“O teste de disparo de inspeção foi realizado com o objetivo de inspecionar seletivamente o míssil balístico de longo alcance Hwasong-12 de médio alcance terra-terra e verificar a precisão geral deste sistema de armas”, disse a KCNA. A Coreia do Norte disse anteriormente que o Hwasong-12 pode transportar uma “ogiva nuclear pesada de grande porte”.

A KCNA disse que o lançamento do míssil foi realizado de forma a garantir a segurança dos países vizinhos e que a ogiva de teste foi equipada com uma câmera que tirou fotos enquanto estava no espaço.

Fotos divulgadas pela mídia estatal mostraram imagens espaciais da Coreia do Norte e áreas vizinhas através de uma lente de câmera redonda. A Coreia do Norte tirou essas fotos pela primeira vez em 2017, disseram analistas.

O líder Kim Jong Un não teria participado do teste, que foi pelo menos o sétimo lançamento em janeiro, um dos mais movimentados de todos os tempos para o programa de mísseis da Coreia do Norte.

Evergrande é pressionada a vender terreno em HK usado como garantia de empréstimo

A China Evergrande anunciou que recebedores foram nomeados para um terreno em Hong Kong (HK) que a gigante do setor imobiliário chinês usou como garantia de um empréstimo de US$ 520 milhões. Em comunicado enviado para a Bolsa de Hong no fim de domingo (30), a Evergrande disse que foi notificada do ocorrido na quarta-feira (26), mas não citou o nome do credor.

Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, o credor é a Oaktree Capital, gestora de dívidas em risco com sede em Los Angeles (EUA) que usou o terreno como garantia de um empréstimo que concedeu à Evergrande. Na semana passada, o jornal britânico The Financial Times noticiou que a Oaktree estava se mobilizando para assumir o controle do terreno.

A Evergrande disse que vai buscar aconselhamento jurídico sobre o assunto e previu que a nomeação de recebedores e a possível venda do terreno não terá impacto concreto nas operações ou na posição financeira do grupo. A empresa afirmou também que a questão não afeta seus esforços de reestruturação de dívida.

Banco Central do Japão está sob menos pressão para mudar meta de rendimentos do que o mercado pensa, dizem fontes

Um recente aumento constante nas taxas de juros de longo prazo provavelmente não fará o Banco do Japão ajustar sua meta de rendimentos, pois a instituição pode usar outras ferramentas para moderar qualquer aumento indesejado nos custos dos empréstimos, segundo fontes familiarizadas com o pensamento do Banco Central.

Os mercados estão repletos de especulações de que o banco central japonês poderia mudar sua meta de controle da curva de rendimentos dos atuais yields de dez anos para as taxas dos títulos de cinco anos, à medida que os rendimentos dos papéis do governo japonês aumentam em linha com o avanço das taxas de juros globais.

Mas, com o rendimento de dez anos ainda abaixo do teto implícito de 0,25% do Banco do Japão, as autoridades veem pouca necessidade de intervir com força para reduzir os yields, disseram três fontes à Reuters.

“O rendimento de dez anos ainda está se movendo dentro da faixa que o banco define em torno de sua meta”, disse uma das fontes. “Os movimentos recentes não são algo com o que se preocupar muito”, disse outra fonte.

A taxa do título referencial de dez anos atingiu 0,185% na segunda-feira (31), o nível mais alto desde o início da política de juros negativos do Banco Central, há seis anos, apesar das repetidas garantias do Banco do Japão de que não havia pressa em apertar a política monetária.

Um ano desde a tomada do poder militar, oposição de Mianmar realiza ‘greve silenciosa’

Os opositores do regime militar em Mianmar marcaram o aniversário de um ano da tomada do poder pelo Exército com uma greve nacional na terça-feira (01) para mostrar sua força e solidariedade em meio à preocupação com o que se tornou uma disputa cada vez mais violenta pelo poder.

A “greve silenciosa” procurou esvaziar as ruas das cidades e vilas de Mianmar, fazendo com que as pessoas ficassem em casa e as empresas fechassem as portas das 10h às 16h.

Em Yangon, a maior cidade do país, e em outros lugares, fotos nas redes sociais mostraram que ruas normalmente movimentadas estavam quase vazias.

O aniversário também atraiu a atenção internacional, especialmente de nações ocidentais que criticam o golpe militar, como os Estados Unidos.

Em um comunicado, o presidente Joe Biden pediu que os militares revertam suas ações, libertem a líder civil destituída do país, Aung San Suu Kyi, e outros detidos e se envolvam em um diálogo significativo para devolver Mianmar ao caminho da democracia.

A tomada do poder pelos militares em 1º de fevereiro de 2021 derrubou o governo eleito de Suu Kyi, cujo partido Liga Nacional para a Democracia estava prestes a iniciar um segundo mandato de cinco anos depois de obter uma vitória esmagadora nas eleições de novembro do ano anterior. Os militares disseram que agiram porque houve fraude eleitoral generalizada nas pesquisas, uma alegação de que observadores eleitorais independentes disseram não ter visto nenhuma evidência séria.

Manifestações não violentas generalizadas seguiram a tomada do exército inicialmente, mas a resistência armada surgiu depois que os protestos foram reprimidos com força letal. Cerca de 1.500 civis foram mortos, mas o governo não conseguiu reprimir a insurgência, que alguns especialistas da ONU agora caracterizam como uma guerra civil.

Com Ômicron, internações aumentam em Tóquio e ocupação de leitos ultrapassa 50%

Mais da metade dos leitos hospitalares de Tóquio reservados para pacientes com Covid-19 estavam ocupados na quarta-feira (02) um nível que as autoridades já assinalaram anteriormente como critério para solicitar um estado de emergência.

A capital e a maior parte do Japão estão agora sob restrições para conter casos recorde de Coronavírus movidos pela variante ômicron, mais transmissível.

Tóquio reservou quase 7.000 leitos hospitalares para pacientes com Covid, e as internações aumentaram acentuadamente este mês, chegando a 50,7% da ocupação. As novas infecções foram de 14.445.

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, havia dito que 50% de ocupação dos leitos seria um limite para solicitar uma declaração de emergência ao governo central.

Mas na semana passada ela disse aos repórteres que tal pedido não seria automático e também levaria em consideração as opiniões dos especialistas em saúde e o número de casos graves.

Na segunda-feira (31), o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que o governo não estava atualmente considerando declarar o estado de emergência.

As atuais medidas de restrição permitem aos governadores regionais determinar que restaurantes e bares encurtem seus horários de expediente e deixem de servir bebidas alcoólicas.

Um estado de emergência completo, não utilizado no Japão desde setembro do ano passado, envolveria medidas mais rígidas, tais como multas para empresas que não cumprem as determinações, bem como limites de comparecimento em eventos esportivos e concertos.

Atividade fabril da Coreia do Sul em janeiro cresce no ritmo mais rápido em 6 meses

A atividade fabril da Coreia do Sul cresceu no ritmo mais acentuado desde julho do ano passado, com a produção e novos pedidos aumentando, mas os problemas persistentes da cadeia de suprimentos pesaram nas perspectivas, mostrou uma pesquisa do setor privado nesta quinta-feira (03).

O índice dos gerentes de compras (PMI) da IHS Markit saltou para 52,8 em janeiro em termos dessazonalizados de 51,9 em dezembro, ficando acima da marca de 50 pontos que indica expansão da atividade pelo 16º mês consecutivo.

As novas encomendas de exportação de produtos manufaturados sul-coreanos retornaram ao território expansionista de 50,4 de 49,5 em dezembro com a melhora da demanda dos Estados Unidos, Europa e China, em um sinal de que o comércio global continuará se recuperando da pandemia.

Os volumes de produção aumentaram pela primeira vez em quatro meses em janeiro, graças ao aumento de novos pedidos.

“Os fabricantes sul-coreanos entraram em 2022 com a melhoria mais forte nas condições operacionais em seis meses. A leitura melhorada do PMI de Manufatura ocorreu quando as empresas relataram um aumento renovado na produção e a melhoria mais acentuada nas entradas de novos pedidos desde julho”, disse Usamah Bhatti, um economista da IHS Markit, em nota que acompanha os dados.

“Dito isso, a interrupção da cadeia de suprimentos continuou a impedir uma recuperação mais forte da atividade e da demanda no setor manufatureiro”.

A pesquisa disse que uma recuperação mais forte foi prejudicada pela escassez sustentada de materiais e pelo impacto da variante Ômicron.

Emirados Árabes Unidos anuncia imposto corporativo de 9%

Os Emirados Árabes Unidos anunciaram que um novo imposto corporativo de 9% será cobrado das empresas a partir de 1º de junho de 2023.

As empresas estarão sujeitas ao imposto a partir do início do primeiro exercício financeiro que começa em ou após junho de 2023.

Uma taxa de 9% incidirá sobre lucros acima de 375.000 dirhams (US$ 102.096).

“Como uma jurisdição líder em inovação e investimento, os Emirados Árabes Unidos desempenham um papel fundamental para ajudar as empresas a crescer, local e globalmente”, disse Younis Haji Al Khoori, subsecretário do Ministério das Finanças, acrescentando: “A certeza de um mercado competitivo e melhor em O regime tributário corporativo de classe, juntamente com a extensa rede de tratados de dupla tributação dos Emirados Árabes Unidos, consolidará a posição dos Emirados Árabes Unidos como um centro líder mundial para negócios e investimentos.”

Arábia Saudita atrai investimentos de US$ 2 bilhões em computação em nuvem nos últimos dois anos

A Arábia Saudita atraiu mais de 7,5 bilhões de libras esterlinas (US$ 2 bilhões) em investimentos em computação em nuvem durante os últimos dois anos, disse o vice-ministro de Desenvolvimento Tecnológico do Ministério das Comunicações, Nawaf D. Al-Hoshan, à Asharq.

O governo da Arábia Saudita implementou várias iniciativas para atrair mais investimentos estrangeiros e incentivar empresas não sauditas, incluindo startups, a investir no Reino. Incentivos fiscais e de investimento foram algumas dessas medidas, disse.

Muitas empresas internacionais anunciaram planos de mudar sua sede para Riad para oportunidades de investimento. Os nomes dessas empresas serão anunciados durante o LEAP 2022, acrescentou Al-Hoshan.

A Arábia Saudita lançou o Programa Nacional de Tecnologia de Desenvolvimento, ou NTDP, com um orçamento estimado de SR2,5 bilhões. O programa é o maior programa governamental, de apoio a startups, empreendedores e investidores do setor de tecnologia da informação.

Retorno do Egito ao índice JPMorgan tranquiliza investidores, diz ministro das Finanças

Mohamed Maait, ministro das Finanças do Egito, disse que seu país se juntou oficialmente ao JPMorgan GBI-EM Global Diversified Index, a partir de segunda-feira, 31 de janeiro.

“A entrada do Egito neste índice estimula os investidores a investir na compra de instrumentos de dívida emitidos pelo país para fornecer liquidez para financiar projetos e prover despesas”, acrescentou ontem em declarações televisionadas, explicando que a presença do Egito no índice dá tranquilidade aos investidores.

“A presença do Egito no índice significa que o Egito cumpriu as condições que o qualificam para existir neste índice e o coloca como um país atraente para investimentos”, acrescentou Maait.

Ele explicou que “apenas dois países da África estão presentes no índice, ou seja, Egito e África do Sul, e 90% dos investidores estrangeiros que foram entrevistados sobre a entrada do Egito no índice apoiaram a entrada do Egito no índice JPMorgan, e isso dá uma indicação de impressões dos investidores sobre a economia egípcia”.

O Ministro das Finanças explicou que isso vem na direção da visão dos investidores sobre o Egito de forma positiva, explicando que “o Egito entrou no índice e saiu dele depois de 2011. O caos que se seguiu enviou mensagens negativas sobre a situação e a economia do Egito”.

“Após a reforma econômica e a restauração do nosso equilíbrio, a elevação da classificação de crédito do Egito abriu caminho para corrigir o caminho difícil, e o Egito foi novamente incluído no índice”, disse ele.

Ele explicou que há cerca de três anos, o Ministério das Finanças começou a tentar juntar o Egito novamente ao índice depois que saiu em junho de 2011.

Executivo da Visa diz que adoção saudita de pagamentos sem contato está entre as mais altas do mundo

A Arábia Saudita testemunhou uma das maiores curvas de adoção de pagamentos sem contato do mundo nos últimos três anos, disse o presidente regional da Visa para a Europa Central e Oriental, Oriente Médio e África ao Arab.

A participação dos pagamentos sem contato no total de transações presenciais no Reino passou de porcentagens de um dígito para 95% no período, de acordo com Andrew Torre.

Falando à margem da conferência LEAP em Riad, ele acrescentou: “Estamos muito orgulhosos de ter feito parceria com Mada e o governo aqui para habilitar esta tecnologia. A infraestrutura é incrivelmente importante para permitir muitos novos casos de uso e parceiros fintech em soluções digitais.”

Olhando para a força de trabalho da Arábia Saudita, Torre disse que o grande número de trabalhadores estrangeiros no Reino deve oferecer amplas oportunidades para a Visa em termos de remessas offshore.

“Se você pensar em grande parte da força de trabalho aqui, eles são de outro lugar. E é incrivelmente importante poder enviar dinheiro de volta para casa, para entes queridos e famílias”, explicou.

Torre indicou que sua empresa oferece uma solução Visa Direct que permite que as pessoas enviem dinheiro para qualquer um de seus 3,7 bilhões de cartões ou diretamente para contas bancárias em 88 países.

Quando perguntado sobre criptomoedas e seu status legal ambíguo, o presidente regional respondeu que é importante permitir suas transações usando os cartões da empresa onde for legal. No último trimestre, a Visa testemunhou US$ 2,5 bilhões em transações, usando cartões Visa, vinculadas a contas criptográficas.

“A criptomoeda é, em alguns aspectos, vista como um ativo para poder acessar contas subjacentes e as economias associadas a elas”, disse Torre.

Além disso, ele disse que o crescimento do comércio eletrônico no Oriente Médio mais que dobrou e continua aumentando após a pandemia, citando a Arábia Saudita como um exemplo em que 57% dos pagamentos de varejo são digitais.

Turistas nos Emirados Árabes Unidos ignoram ataques de mísseis houthis

Turistas que migram para os Emirados Árabes Unidos em busca do sol de inverno parecem não se intimidar pelos recentes ataques de mísseis ao Estado do Golfo pelo grupo Houthi do Iêmen.

Os dados sugerem que a indústria do turismo, centrada em Dubai, está crescendo, com hoteleiros e agentes de reservas relatando alta demanda, apesar da renovação das restrições de viagem da Covid-19 em muitos países no final do ano passado.

As praias estão lotadas e os restaurantes prosperam, com a feira mundial Expo trazendo mais visitantes ao centro comercial, financeiro e turístico do Oriente Médio.

“Sinto-me super seguro”, disse Daniel Rivlin, 22, falando na Expo horas depois que os Emirados Árabes Unidos disseram que interceptaram um míssil balístico disparado pelos houthis no mesmo dia em que o presidente israelense Isaac Herzog estava visitando.

“Sinto-me seguro como israelense estando em Dubai. Me sinto seguro sendo estrangeiro em Dubai”, acrescentou.

De outubro a março, quando muitos europeus trocam invernos gelados pela ensolarada Península Arábica, é a alta temporada para a indústria do turismo, que, segundo a agência de classificação S&P, representou 13% do produto interno bruto de Dubai em 2020.

De acordo com Hopper, um mecanismo de busca de viagens que usa dados históricos para prever e analisar preços de voos, as buscas pelos Emirados Árabes Unidos ficaram estáveis ​​na primeira quinzena de janeiro e aumentaram 22% no final do mês.

Os houthis disseram que também lançaram drones em Dubai, lar do edifício mais alto do mundo e da roda gigante, cujos shoppings chamativos são um ímã para os turistas.

“Os Emirados Árabes Unidos, graças à sua liderança, são um lugar tão seguro que nem menciona o que pode ter sido. Não há sensação de insegurança ou medo entre nós ou turistas”, disse um turista, acrescentando que os ataques “não tiveram nenhum impacto”.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
04/02/2022