Cenário Econômico Internacional – 18/02/2022

Cenário Econômico Internacional – 18/02/2022

Cenário Econômico Internacional – 18/02/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

  • FMI pede ao G20 das Finanças ação sobre a dívida dos países pobres
  • Banco Mundial transfere alguns funcionários da Ucrânia, mas mantém operações
  • Dívidas privadas são risco oculto a países em desenvolvimento, alerta Banco Mundial
  • Choque de demanda por trás de gargalos globais deve diminuir em meses, diz OMC
  • Mercado acionário dos EUA
  • Dólar
  • EUA responderão ‘pronta e decisivamente’ em caso de invasão russa à Ucrânia, diz Biden em telefonema a Zelensky
  • Canadá libera ponte na fronteira com os EUA que ficou bloqueada em protestos contra restrições sanitárias da Covid
  • Intel faz nova aposta em chips e compra israelense Tower por US$ 5,4 bilhões
  • Trudeau recorre a lei de emergências para lidar com protestos de caminhoneiros no Canadá
  • Senado confirma a escolha de Biden pela FDA apesar das divisões políticas
  • Biden saúda anúncio de retirada de tropas russas, mas alerta que invasão da Ucrânia ainda é clara possibilidade
  • Vendas no varejo dos EUA batem expectativas em janeiro com alta de 3,8%
  • Produção industrial dos EUA sobe 1,4% em janeiro ante dezembro
  • Mercado acionário europeu
  • Google é criticado por dominar publicidade online na Europa
  • Indústria alemã está lidando melhor com gargalos, diz Ministério da Economia
  • Ucrânia quer reunião com Rússia em até 48 horas para discutir escalada de tensão
  • Alemanha leiloa bônus de 5 anos com juro positivo pela primeira vez em 4 anos
  • Reino Unido ameaça impedir empresas russas de levantar dinheiro em Londres
  • Site do ministério da defesa da Ucrânia sofre ataque cibernético
  • Justiça da União Europeia aprova mecanismo para punir Polônia e Hungria
  • Produção industrial da zona do euro sobe 1,2% em dezembro ante novembro, bem acima do esperado
  • Mercado acionário na Ásia
  • Empresas estrangeiras em Mianmar enfrentam escolhas difíceis após golpe
  • AIEA inicia missão para revisar liberação de água em Fukushima
  • Vendas de automóveis na China caem pelo 8º mês seguido; Covid afeta produção
  • Índia proíbe mais 54 aplicativos chineses por questões de segurança
  • Economia do Japão se recupera com aumento de gastos, mas Ômicron afeta perspectivas
  • China começa 2022 na contramão de outras economias e reduz juros
  • Eve e Skyports anunciam parceria para desenvolver mobilidade avançada no Japão
  • Al Rajhi Capital vê as receitas do petróleo saudita saltarem após a transferência de ações da Aramco para o PIF
  • Líbano aprova US$ 18 milhões para realizar eleições em maio
  • Gabinete saudita aprova licença para banco digital local de US$ 440 milhões apoiado pelo PIF
  • AIEA se une à Arábia Saudita para programa de energia nuclear
  • Líder supremo do Irã pede progresso na energia nuclear em meio a negociações

FMI pede ao G20 das Finanças ação sobre a dívida dos países pobres

O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera o apoio dos países do G20 a suas propostas destinadas a fortalecer o marco de reestruturação da dívida dos países pobres em um momento em que o risco de calote aumenta, informou um porta-voz da instituição.

Um G20 de ministros das Finanças está previsto entre 17 e 18 de fevereiro em Jacarta, capital da Indonésia. A diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, e a número dois da instituição, Gita Gopinath, vão participar remotamente, afirmou Gerry Rice, porta-voz do FMI em uma coletiva de imprensa.

Georgieva tinha estimado no começo de dezembro que sem a ajuda do G20 alguns países corriam o risco de “um colapso econômico”.

Também tinha avançado na ideia de uma “suspensão temporária do serviço da dívida” para os países que tiverem feito uma solicitação de reestruturação, durante todo o prazo das negociações, lembrou Gerry Rice.

No início da pandemia de Covid-19, os países ricos do G20 ofereceram aos países pobres uma moratória de sua dívida até o fim de 2020 antes de voltarem a estender este prazo até o fim de 2021.

Paralelamente, criaram em novembro de 2020 um “marco comum” para reestruturar ou anular a dívida de países que assim o solicitassem. Mas por enquanto, os credores privados, particularmente os chineses, freiam sua aplicação.

Banco Mundial transfere alguns funcionários da Ucrânia, mas mantém operações

O Banco Mundial disse na segunda-feira (14) que está realocando temporariamente alguns de seus funcionários da Ucrânia e suspendeu missões ao país devido às tensões na fronteira com a Rússia, mas suas operações de financiamento no país continuarão.

“A principal prioridade do Grupo Banco Mundial é manter nossos funcionários e suas famílias seguros. De acordo com nossa política de retirada, a realocação temporária de funcionários está em andamento e medidas de segurança reforçadas estão em vigor”, afirmou a instituição em comunicado interno visto pela Reuters.

O documento não forneceu detalhes sobre para onde ou quantos funcionários estão sendo realocados.

Um porta-voz do Grupo Banco Mundial disse que as operações do credor de desenvolvimento na Ucrânia, continuarão acrescentando: “Para esse fim, a equipe continuará trabalhando em nosso programa da Ucrânia e de locais alternativos”.

Desde que a pandemia de Covid-19 começou, em 2020, o Banco Mundial forneceu quase 1,3 bilhão de dólares em financiamento à Ucrânia.

A Rússia sugeriu na segunda-feira (14) que está pronta para continuar os diálogos com o Ocidente para tentar neutralizar a crise de segurança, enquanto uma autoridade ucraniana disse que Kiev está preparada para fazer concessões a Moscou.

Dívidas privadas são risco oculto a países em desenvolvimento, alerta Banco Mundial

Os países em desenvolvimento precisam fortalecer rapidamente seus setores financeiros, disse o Banco Mundial na terça-feira (15), alertando que os riscos estão aumentando junto com a inflação, as taxas de juros e a falta de transparência sobre dívidas soberanas e privadas.

O Banco Mundial destacou suas preocupações de longa data com a falta de transparência sobre empréstimos chineses e empréstimos garantidos no setor de dívida soberana, mas também chamou a atenção para os riscos crescentes do setor privado em seu mais recente Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial.

As pesquisas do banco mostraram que 46% das pequenas e médias empresas nos países em desenvolvimento devem ficar para trás nos pagamentos da dívida dentro de seis meses, mas o número foi duas vezes maior em certos países, disse a economista-chefe Carmen Reinhart em entrevista à Reuters.

A parcela de empréstimos inadimplentes permaneceu abaixo do que se temia no início da pandemia, mas Reinhart disse que políticas de tolerância e padrões contábeis relaxados podem estar obscurecendo um “problema oculto de empréstimos inadimplentes”.

“O que te pega no final não é tanto o que você vê, mas o que você não vê“, disse ela, alertando contra a complacência com a saúde financeira das famílias e empresas. “Temo que em muitos países não estejamos nem na fase de reconhecimento.”

O relatório pede maiores esforços para melhorar a transparência sobre a dívida do setor privado, uma gestão mais proativa de empréstimos inadimplentes, incluindo soluções extrajudiciais, bem como um trabalho acelerado para lidar com o estresse da dívida soberana.

Choque de demanda por trás de gargalos globais deve diminuir em meses, diz OMC

Os gargalos no comércio global são mais o resultado de picos de demanda do que de problemas na cadeia de suprimentos, com a pressão devendo diminuir nos próximos meses, disse o economista-chefe da Organização Mundial do Comércio (OMC).

A OMC havia pensado em outubro que a demanda por bens desaceleraria no início de 2022. No entanto, isso foi antes de a variante Ômicron do Coronavírus levar a restrições à atividade, incluindo o adiamento da reunião ministerial da OMC.

O economista-chefe do órgão, Robert Koopman, disse que os consumidores continuaram a direcionar os gastos para bens em vez de serviços, já que não podiam ou preferiram não jantar fora ou viajar nas férias.

Koopman disse que, para o comércio de mercadorias, o excesso de demanda provavelmente explica de dois terços a três quartos da aparente escassez de bens.

“Ainda permanece que essa mudança de composição na demanda, apoiada por políticas fiscais e monetárias apropriadamente agressivas e rápidas, resultou nesse cenário em que muitas pessoas escrevem sobre interrupções na cadeia de suprimentos”, disse ele à Reuters.

“Estou bastante confiante de que nos próximos três ou quatro meses veremos as pressões inflacionárias serem reduzidas”, disse ele, referindo-se à maioria dos bens comercializados e sem considerar um novo choque geopolítico ou sanitário.

Algumas empresas, no entanto, têm alertado que os canais comerciais ficaram tão obstruídos que pode demorar até o próximo ano para que os negócios voltem ao normal.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (14), as bolsas de valores de Nova York fecharam a maioria em queda, em uma sessão marcada pela volatilidade inspirada pelas preocupações com a tensão entre Ucrânia e Rússia. Ao longo do dia, relatos sobre uma potencial incursão militar tiveram impacto nos papéis, enquanto tratativas diplomáticas entre os principais líderes envolvidos foram observadas. O índice Dow Jones teve queda de 0,49%, a 34.566,17 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,38%, a 4.401,67 pontos. E o índice Nasdaq fechou estável a 13.790,92 pontos.

Na terça-feira (15), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, com sinais de diminuição das tensões ao longo da fronteira entre Rússia e Ucrânia embalando uma sessão de demanda por risco. O índice Dow Jones teve alta de 1,22%, a 34.988,84 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,58%, a 4.471,07 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 2,53%, a 14.139,76 pontos.

Na quarta-feira (16), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, o mercado monitorou o desenrolar da crise envolvendo Rússia e Ucrânia e os dados de vendas no varejo e da produção industrial de janeiro dos Estados Unidos. Além disso, a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve também esteve no radar. O índice Dow Jones teve queda de 0,16%, em 34.934,27 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,09%, a 4.475,01 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,11%, a 14.124,09 pontos.

Na quinta-feira (17), as bolsas de valores de Nova York operavam em queda, com a escalada das tensões entre o Ocidente e a Rússia em torno da Ucrânia elevando o nervosismo de investidores, num dia em que o ânimo era abalado também pela decepção com alguns balanços corporativos. Por volta das 14h17, o índice Dow Jones registrava queda de 1,09%, a 34.551,88 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 1,20%, a 4.421,45 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 1,80%, a 14.340,99 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 11.02.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (04) cotado a R$ 5,2428 com alta de 0,01%. Em um dia marcado por tensões externas, o dólar fechou estável após operar em baixa durante quase toda a sessão, mas acumulou a quinta semana consecutiva de queda.

Na segunda-feira (14) – O dólar à vista registrou queda de 0,46%, cotado a R$ 5,2185 na venda. Com relatos de fluxo de recursos estrangeiros para ativos domésticos e perspectiva cada vez maior de taxa Selic na casa de 12%, o dólar à vista recuou no mercado doméstico de câmbio na sessão. O dólar oscilou entre R$ 5,2665 na máxima e R$ 5,1957 na mínima.

Na terça-feira (15) – O dólar à vista registrou queda de 0,72%, cotado a R$ 5,1807 na venda. Sinais de que a Rússia pode abandonar eventual plano de invadir a Ucrânia, após notícias de desmobilização parcial das tropas russas na fronteira entre os dois países, abriram espaço para uma redução dos prêmios de risco mundo afora, levando a uma rodada de enfraquecimento global da moeda norte-americana. O dólar oscilou entre R$ 5,2173 na máxima e R$ 5,1667 na mínima.

Na quarta-feira (16) – O dólar à vista registrou queda de 1,02%, cotado a R$ 5,1279 na venda. O dólar emendou o terceiro pregão seguido de queda na sessão de quarta-feira (16), marcada por recuperação dos preços das commodities e enfraquecimento global da moeda norte-americana. Operadores voltaram a relatar forte apetite de estrangeiros por ativos domésticos (bolsa e renda fixa) e fechamento de câmbio por parte de exportadores. O dólar oscilou entre R$ 5,1773 na máxima e R$ 5,1279 na mínima.

Na quinta-feira (17) – Por volta das 14h16, o dólar operava em alta de 0,65% cotado a R$ 5,1611 na venda. O dólar amplia discretamente alta no mercado local, sem renovar máximas, após a divulgação de indicadores da economia norte-americana piores que o esperado pelo mercado. Antes dos dados, a moeda oscilava ao redor dos R$ 5,13 no mercado à vista.

EUA responderão ‘pronta e decisivamente’ em caso de invasão russa à Ucrânia, diz Biden em telefonema a Zelensky

Os presidentes dos Estados Unidos e da Ucrânia, Joe Biden e Volodymyr Zelensky, conversaram por telefone no domingo (13) sobre o aumento da tensão na área de fronteira com a Rússia. Os dois líderes teriam concordado que seguirão com a diplomacia para dissuadir as tensões impostas pela presença militar russa na fronteira.

Em um comunicado da Casa Branca, o governo americano afirmou que os EUA responderão “pronta e decisivamente” em caso de invasão russa à Ucrânia.

O presidente americano afirmou ao seu homólogo ucraniano que os americanos estão comprometidos com a integridade territorial da Ucrânia e sua soberania.

“O presidente Biden deixou claro que os EUA responderão pronta e decisivamente, com seus aliados e parceiros, a qualquer futura agressão da Rússia contra a Ucrânia”, diz o comunicado.

O conselheiro de Segurança dos Estados Unidos, Jake Sullivan, disse neste domingo que a Rússia acelerou sua atividade militar na fronteira com Ucrânia.

Ele disse ainda, em entrevista à televisão americana, que o mundo “precisa estar preparado” e que Moscou pode encenar um pretexto para invasão.

“Os EUA não darão à Rússia a oportunidade de um ‘ataque surpresa’ à Ucrânia”, disse Sullivan que garantiu seguir compartilhando informações da Inteligência com este país do leste europeu.

Sullivan, que participou do programa “State of the Union”, da rede americana CNN, não comentou sobre a possibilidade de uma invasão russa na quarta-feira (16), segundo especulações publicadas na imprensa americana.

Canadá libera ponte na fronteira com os EUA que ficou bloqueada em protestos contra restrições sanitárias da Covid

A polícia canadense liberou, no domingo (13), a ponte Ambassador, bloqueada por pessoas contrárias às medidas anti-Covid e contra a vacina, em uma operação elogiada por Washington, que espera a reabertura desta passagem estratégica entre os Estados Unidos e o Canadá. Os protestos, entretanto, prosseguiam no país, particularmente na cidade de Ottawa.

Liz Sherwood-Randall, conselheira de Segurança Nacional do presidente americano, Joe Biden, elogiou “os esforços decisivos da força pública (canadense) ao longo da fronteira para conseguir a suspensão completa de todos os bloqueios”.

“As autoridades canadenses têm a intenção de reabrir a ponte Ambassador hoje, após terem concluído as verificações de segurança necessárias”, acrescentou em um comunicado.

Na semana passada, Washington tinha pressionado Ottawa, pedindo-lhe para usar “os poderes federais” para pôr fim ao bloqueio com “sérias consequências” para a economia americana, devido à importância do comércio que circula pela ponte.

Um forte contingente policial mobilizado nos arredores da ponte na manhã deste domingo deteve manifestantes e rebocou veículos.

A polícia liberou o acesso à ponte no sábado (12), mas as autoridades não informaram quando a circulação será plenamente restabelecida.

O prefeito da cidade vizinha de Windsor comemorou que “a crise econômica nacional na ponte Ambassador tinha terminado hoje”, frente ao alto custo financeiro do bloqueio.

Intel faz nova aposta em chips e compra israelense Tower por US$ 5,4 bilhões

A Intel está comprando a fabricante de chips israelense Tower Semiconductor Ltd por 5,4 bilhões de dólares, disseram as empresas na terça-feira (15).

A Intel está pagando 53 dólares por ação pela Tower, especializada em chips analógicos usados ​​em carros, sensores médicos e gerenciamento de energia, bem acima do preço de fechamento de 33,13 dólares na Nasdaq na segunda-feira.

As ações da Tower listadas em Tel Aviv subiram 36,4%.

A aquisição aprofundará a presença da Intel em um setor dominado pela taiwanesa TSMC, a maior fabricante de chips do mundo, em um momento em que a escassez global de semicondutores prejudicou a produção de uma gama enorme de produtos, que vão de smartphones a carros.

A Tower atende a empresas que projetam chips, mas terceirizam a fabricação, bem como fabricantes de dispositivos integrados, e tem capacidade para mais de 2 milhões de wafers, discos de silício nos quais os chips são feitos, por ano, disseram as empresas.

A Tower Semiconductor mudou seu nome de TowerJazz em 2020.

A transação deve ser concluída em cerca de 12 meses e já foi aprovada por unanimidade pelos dois conselhos. O acordo ainda está sujeito a certas aprovações regulatórias, incluindo a aprovação dos acionistas da Tower.

A Intel disse que pretende financiar a aquisição com dinheiro de seu balanço.

A Tower, disseram as empresas, permanecerá independente até o fechamento do negócio. Em seguida, a companhia será integrada ao Intel Foundry Services (IFS), que a Intel estabeleceu há um ano para ajudar a atender à crescente demanda global por capacidade de fabricação de semicondutores.

Trudeau recorre a lei de emergências para lidar com protestos de caminhoneiros no Canadá

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, acionou na segunda-feira (14) a lei de emergências para lidar com os protestos de caminhoneiros no país.

“O governo federal invocou a Lei de Emergências para complementar a capacidade provincial e territorial de fazer frente aos bloqueios e ocupações”, disse Trudeau em entrevista coletiva. O mecanismo, chamado de Emergencies Act, nunca havia sido usado antes na história do país. A lei dá ao governo federal mais poderes para lidar com os manifestantes antivacina.

O premiê negou qualquer intenção de usar a lei para acionar os militares contra os manifestantes e afirmou que ela será temporária e “geograficamente limitada”.

O Emergencies Act pode ser acionado em casos de “crise nacional” e confere maiores poderes ao governo federal.

Com a medida, o governo pode, em teoria:

  • requisitar bens, serviços e pessoas
  • dizer às pessoas aonde ir, aonde não ir
  • proibir manifestações e reuniões públicas

Todas as ações sob a lei de emergências devem respeitar a Carta dos Direitos e das Liberdades que integra a Constituição canadense.

Há semanas um comboio de caminhoneiros tem se manifestado contra as restrições da Covid-19 no país, que exige a apresentação de passaporte de vacina para cruzar a fronteira.

O autointitulado “Comboio da Liberdade”, com centenas de motoristas e apoiadores, chegou a bloquear a Ambassador Bridge, mais importante ligação entre Canadá e EUA, por cinco dias.

Senado confirma a escolha de Biden pela FDA apesar das divisões políticas

O Senado confirmou por pouco a escolha do presidente Joe Biden para liderar a Food and Drug Administration, superando um emaranhado de controvérsias políticas que ameaçavam inviabilizar o que inicialmente se esperava ser uma confirmação fácil.

A votação de 50 a 46 significa que o Dr. Robert Califf, um cardiologista e pesquisador médico proeminente, vai novamente liderar a poderosa agência reguladora, que ele chefiou brevemente durante o final do governo do presidente Barack Obama.

A FDA não tem um líder permanente há mais de um ano, apesar de desempenhar um papel central no esforço de resposta a Covid-19, revisando as vacinas, medicamentos e testes usados ​​para combater a pandemia.

A votação tênue ressalta a crescente polarização política em torno das questões de saúde que a FDA supervisiona e contrasta com o apoio esmagador de Califf há apenas seis anos. O Senado anteriormente o havia confirmado para o cargo por 89 votos a 4.

Califf agora herda uma série de revisões e decisões pendentes na agência, que regula várias indústrias multibilionárias, incluindo medicamentos prescritos e vendidos sem receita, dispositivos médicos, produtos de tabaco e a maioria dos alimentos.

A lista de tarefas de Califf também inclui compromissos específicos que ele fez com os legisladores do Senado para conquistar o cargo. Em particular, ele prometeu lançar rapidamente uma revisão abrangente de analgésicos opioides como o OxyContin, que ajudou a desencadear a pior epidemia de drogas da história dos EUA após a aprovação do FDA na década de 1990.

Conflito na Ucrânia pode levar inflação nos EUA a 10% ao ano, mostra análise

O custo de vida nos Estados Unidos já é considerado muito alto. A crise Rússia–Ucrânia pode piorar ainda mais.

Os preços do petróleo saltaram bem acima de US$ 90 o barril nas últimas semanas, à medida que o risco de uma invasão russa aumentou.

Se a crise Rússia-Ucrânia levar o petróleo a cerca de US$ 110 o barril, a inflação nos Estados Unidos ultrapassaria 10% ano a ano, de acordo com uma nova análise da RSM compartilhada exclusivamente com a CNN.

A economia dos Estados Unidos não registra 10% de inflação desde outubro de 1981, segundo estatísticas do governo.

“Estamos falando de um choque real de curto prazo”, disse Joe Brusuelas, economista-chefe da RSM.

A Rússia é o segundo maior produtor mundial de petróleo e gás natural e suprimentos globais de petróleo. E essa crise chega em um momento em que o mercado mundial de energia já está lutando para acompanhar a demanda. O JPMorgan alertou que qualquer interrupção nos fluxos de petróleo da Rússia “facilmente” enviaria o petróleo para US$ 120 o barril.

“Aquecer a casa e colocar gasolina no carro ficará mais caro logo após a invasão russa”, disse Brusuelas, acrescentando que haverá um “choque na confiança do consumidor” e diminuição do investimento corporativo.

Os preços do petróleo nos EUA atingiram US$ 95 o barril na segunda-feira (14) pela primeira vez desde 2014. Mas o petróleo reverteu o curso na terça-feira (15), caindo abaixo de US$ 92 o barril na esperança de uma desescalada entre a Rússia e a Ucrânia.

A taxa atual de inflação, os preços ao consumidor subiram 7,5% em janeiro em relação ao ano anterior, é a mais alta desde fevereiro de 1982. O alto custo de vida pesou muito no sentimento do consumidor, que caiu no início deste mês para uma nova baixa de uma década.

Brusuelas estima que um aumento de aproximadamente 20% nos preços do petróleo para cerca de US$ 110 elevaria os preços ao consumidor em 2,8 pontos percentuais ao longo dos 12 meses seguintes, elevando a inflação acima do limite de 10%. Isso contrariaria as atuais expectativas de que a inflação esfriasse gradualmente de níveis elevados.

No entanto, o impacto para a economia em geral pode ser menos dramático.

Vendas no varejo dos EUA batem expectativas em janeiro com alta de 3,8%

As vendas no varejo dos Estados Unidos se recuperaram com força em janeiro, em meio a um aumento nas compras de veículos e outros bens, mas os preços mais altos podem atenuar seu impacto sobre o crescimento econômico neste trimestre.

As vendas no varejo subiram 3,8% no mês passado, informou o Departamento de Comércio na quarta-feira (16). Os dados de dezembro foram revisados para baixo, mostrando queda de 2,5%, em vez de 1,9%, conforme relatado anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters previam alta de 2,0% nas vendas varejistas, com as estimativas variando de 0,7% a 4,4%.

Excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação, as vendas varejistas avançaram 4,8% no primeiro mês de 2022.

Os dados de dezembro foram revisados para baixo para mostrar queda de 4,0% no chamado núcleo das vendas no varejo, em vez dos 3,1% relatados anteriormente.

O núcleo das vendas corresponde com mais proximidade ao componente dos gastos do consumidor do Produto Interno Bruto (PIB).

Com os preços mais elevados respondendo por parte do aumento nas vendas, o núcleo das vendas no varejo ajustado pela inflação foi mais fraco, o que pode manter os gastos do consumidor em uma trajetória mais lenta de crescimento no início do primeiro trimestre.

As chamadas vendas reais no varejo são importantes na medição do crescimento dos gastos do consumidor. Em dezembro, o gasto real do consumidor recuou 1%.

As estimativas de crescimento econômico nos Estados Unidos para o primeiro trimestre estão em grande parte abaixo de uma taxa anualizada de 2%. A economia norte-americana cresceu a um ritmo de 6,9% no quarto trimestre. Em 2021, o crescimento foi o mais forte desde 1984.

Produção industrial dos EUA sobe 1,4% em janeiro ante dezembro

A produção industrial dos Estados Unidos subiu 1,4% em janeiro ante dezembro, informou o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O resultado superou a previsão de alta de 0,5% feita por analistas consultados pelo The Wall Street Journal.

Os índices de manufatura e mineração aumentaram 0,2% e 1,0% respectivamente, enquanto o de utilidades saltou 9,9%, informou o Fed.

Já a capacidade de utilização da indústria aumentou 1 ponto porcentual no mês passado, a 77,6%, acima da expectativa do mercado (76,7%).

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (14), as bolsas europeias fecharam em queda, com a escalada das tensões geopolíticas envolvendo a Ucrânia preocupando investidores. Além disso, agentes do mercado ainda acompanham expectativas sobre próximos passos envolvendo a política monetária dos EUA. Investidores seguem atentos à possibilidade de aumento nas taxas de juros, por parte do Federal Reserve, como uma resposta à alta da inflação. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,92%, a 460,57 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 2,27%, a 6.852,20 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 2,02%, a 15.113,97 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,49%, a 5.507,66 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 2,55%, a 8.573,80 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,69%, a 7.531,59 pontos.

Na terça-feira (15), as bolsas europeias fecharam em alta, após informações de que algumas tropas russas perto da Ucrânia estavam retornando às bases, enquanto notícias corporativas positivas também ajudaram o sentimento. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,43%, a 467,56 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,86%, a 6.979,97 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,98%, a 15.412,71 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 2,47%, a 5.643,62 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,68%, a 8.718,00 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,03%, a 7.608,92 pontos.

Na quarta-feira (16), as bolsas europeias fecharam mistas, impulsionadas por papéis focados em commodities com tensões entre Rússia e Ucrânia no foco, enquanto a empresa de telecomunicações sueca Ericsson caiu após investigações mostrarem má conduta. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,07%, a 467,23 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,21%, a 6.964,98 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,11%, a 15.396,07 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,34%, a 5.662,88 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,22%, a 8.737,20 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,07%, a 7.603,78 pontos.

Na quinta-feira (17), as bolsas europeias fecharam em queda, em meio às crescentes preocupações com uma guerra no Leste Europeu, com mensagens contraditórias sobre os movimentos de tropas russas na fronteira com a Ucrânia injetando volatilidade nos negócios. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,74%, a 464,31 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,26%, a 6.946,82 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,67%, a 15.267,63 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,077%, a 5.658,54 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,76%, a 8.671,10 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,87%, a 7.537,37 pontos.

Google é criticado por dominar publicidade online na Europa

O Conselho Europeu de Editores (EPC) registrou uma queixa contra o modelo de publicidade digital do Google, considerando que a empresa favorece seus próprios serviços no buscador. A crítica fortalece a investigação da Comissão Europeia sobre a gigante priorizar seus negócios com publicidade online em detrimento dos rivais. A investigação foi aberta em junho do ano passado.

O conselho, que inclui membros como Axel Springer, News UK, Conde Nast, Bonnier News e Editorial Prensa Iberica, reclamou que o Google tem um domínio adtech sobre os editores. “Já é hora de a Comissão Europeia impor medidas ao Google que realmente mudem, e não apenas desafiem seu comportamento”, disse o presidente do EPC, Christian Van Thillo, em comunicado.

“O Google alcançou o controle integral de anúncios no setor de tecnologia, ostentando participações de mercado de até 90/100% em anúncios”, completou Van Thillo. Segundo relatórios, a companhia faturou US$ 147 bilhões com anúncios online em 2020, mais do que qualquer outra empresa no mundo.

Como apurado pela Reuters, um porta-voz da empresa explicou que “quando os editores optam por usar nossos serviços de publicidade, eles mantêm a maior parte da receita, e todos os anos pagamos bilhões de dólares diretamente aos parceiros de publicação em nossa rede de anúncios”.

Não é a primeira vez que o Google é multado por práticas anticompetitivas. Ainda neste mês, a empresa foi processada em 2,1 bilhões de euros por uma plataforma sueca. Já em novembro de 2021, a companhia perdeu um recurso no Tribunal Geral da União Europeia após anos de análise de recursos e teve oficializada uma multa de 2,42 bilhões de euros.

Indústria alemã está lidando melhor com gargalos, diz Ministério da Economia

A indústria alemã parece estar lidando melhor com os gargalos de fornecimento de importantes bens intermediários e matérias-primas, informou o Ministério da Economia do país na segunda-feira (14).

As empresas industriais esperam que os gargalos diminuam por volta do meio do ano, o que, combinado com uma alta nos pedidos acumulados, está criando uma perspectiva mais positiva, disse o ministério em seu relatório mensal.

O ministério acrescentou que um alívio dos gargalos de oferta, junto a preços de energia um pouco mais baixos, deve reduzir a pressão inflacionária.

Ucrânia quer reunião com Rússia em até 48 horas para discutir escalada de tensão

A Ucrânia convocou uma reunião com a Rússia e outros membros de um grupo estratégico de segurança europeu para discutir as crescentes tensões em sua fronteira.

O ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, disse que a Rússia ignorou os pedidos formais para explicar o aumento das tropas na região.

Ele afirmou que o “próximo passo” é solicitar uma reunião nas próximas 48 horas para “transparência” sobre os planos russos.

A Rússia negou ter intenções de invadir a Ucrânia, apesar do acúmulo de cerca de 100 mil soldados nas fronteiras do país vizinho.

Kuleba disse que a Ucrânia, na sexta-feira (11), exigiu respostas da Rússia sob as regras do Documento de Viena, um acordo sobre questões de segurança adotado pelos membros da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que inclui a Rússia.

“Se a Rússia é séria quando fala sobre a indivisibilidade da segurança no espaço da OSCE, deve cumprir seu compromisso com a transparência militar para diminuir as tensões e aumentar a segurança para todos”, afirmou o ministro.

Algumas nações ocidentais alertaram que a Rússia está se preparando para uma invasão, com os EUA dizendo que a ação poderia começar com bombardeios aéreos “a qualquer momento”.

Mais de uma dúzia de países pediram a seus cidadãos que deixem a Ucrânia, e alguns retiraram funcionários diplomáticos da capital, incluindo os EUA.

Mas o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que criticou o “pânico” que pode se espalhar por essas alegações, disse que não tem provas de que a Rússia esteja planejando uma invasão nos próximos dias.

Alemanha leiloa bônus de 5 anos com juro positivo pela primeira vez em 4 anos

A Alemanha vendeu bônus de 5 anos do governo com yield positivo pela primeira vez em quatro anos, em leilão na terça-feira (15). O fato reflete a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) poderá elevar os juros antes do até então projetado.

O Banco Central da Alemanha (Bundesbank) informou que o yield médio de um leilão de bônus de 0% com vencimento em abril de 2027 ficou em 0,04%.

Em março de 2018, houve oferta similar com retorno de 0,05%.

A Agência Financeira da Alemanha é a responsável por gerenciar a dívida federal, enquanto o Bundesbank conduz os leilões de dívida.

Reino Unido ameaça impedir empresas russas de levantar dinheiro em Londres

O Reino Unido pode impedir que empresas russas levantem capital em Londres e detenham propriedade de empresas em Londres e em outros lugares se a Rússia invadir a Ucrânia, disse o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, na terça-feira (15).

Reino Unido, Estados Unidos, União Europeia e outros aliados alertaram que vão impor pesadas sanções econômicas à Rússia no caso de uma invasão.

A Rússia diz que não tem planos de invasão e que algumas unidades militares estavam retornando às suas bases.

Na semana passada, o Reino Unido implementou uma nova legislação que permite impor sanções mais amplas do que anteriormente a entidades e indivíduos russos determinados a desestabilizar a Ucrânia ou apoiar o governo russo.

“O que estamos fazendo é mirar em bancos russos específicos, empresas russas e garantir que tomemos medidas, ou tomemos ainda mais medidas, para desnudar a fachada das propriedades russas, seja nesta cidade ou em qualquer outro lugar”, disse Johnson a repórteres.

“E também tomar medidas para impedir que as empresas russas levantem capital nos mercados financeiros de Londres. Portanto, esse é um pacote muito, muito duro.”

Johnson também afirmou que, embora tenha visto alguns sinais de uma abertura diplomática com a Rússia sobre a Ucrânia, as informações mais recentes sobre o que estava acontecendo ainda não eram encorajadoras.

Site do ministério da defesa da Ucrânia sofre ataque cibernético

O site do ministério da defesa da Ucrânia foi atacado por hackers durante a terça-feira (15) e permanece fora do ar até a última atualização desta reportagem.

O governo ucraniano confirmou o ataque e disse que se passa por uma intervenção por DDOS (sigla utilizada para quando há um movimento de sobrecarga de acessos no site, fazendo com que ele saia do ar).

Por conta da queda de transmissão do site, dois grandes bancos locais (PrivatBank e Oschadbank) não estão conseguindo realizar transações e seus aplicativos para celular estão fora do ar, informou a agência Reuters.

Ainda não há confirmação da origem do ataque.

A Ucrânia tem sido alvo de diversos ataques cibernéticos nos últimos anos, com as suspeitas sempre recaindo sobre a Rússia (que sempre nega qualquer envolvimento).

No mais recente deles, no dia 13 de janeiro, alguns sites do governo ucraniano também sofreram ataques cibernéticos em massa. Foi o caso do Ministério das Relações Exteriores, do Gabinete de Ministros, da Política Agrária, do Conselho de Segurança e Defesa e do Ministério da Educação e Ciência.

Naquele momento um dos sites reproduzia uma frase em três idiomas, ucraniano, polonês e russo, dizendo que todos os dados ucranianos carregados na rede se tornaram públicos.

Justiça da União Europeia aprova mecanismo para punir Polônia e Hungria

O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) indeferiu na quarta-feira (16) os recursos de Polônia e Hungria, confirmando a validade do chamado “mecanismo de condicionalidade” da União Europeia, que condiciona o acesso aos fundos europeus ao respeito ao Estado de direito.

“O tribunal rejeita integralmente as ações movidas pela Hungria e pela Polônia”, disse o TJCE, em nota, afirmando que o mecanismo “foi adotado sobre uma base jurídica adequada” e “respeita os limites das competências atribuídas à União Europeia e o princípio da seguridade jurídica”.

O dispositivo permite privar de fundos europeus um país em que sejam constatadas violações do Estado de direito que afetem ou possam afetar os interesses financeiros da União Europeia “de um modo suficientemente direto”.

Em comunicado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou a decisão, classificando-a como um “aval” às ações tomadas até agora por Bruxelas.

“As decisões de hoje confirmam que estamos no caminho certo. A Comissão agora analisará cuidadosamente o argumento das sentenças e seu possível impacto nas próximas etapas.” “Atuaremos com determinação”, acrescentou a política alemã no Twitter.

A Comissão Europeia pode propor a suspensão ou redução dos pagamentos. Para que isso ocorra, é necessário o apoio de pelo menos 15 dos 27 membros do bloco.

A decisão do tribunal confirma a opinião do advogado-geral, que havia rejeitado em dezembro os recursos interpostos pela Hungria e pela Polônia contra esse dispositivo de “condicionalidade”.

Assim que a decisão foi divulgada, a Hungria denunciou um “abuso de poder” por parte do Executivo europeu, e a Polônia acusou um “ataque contra sua soberania”.

Produção industrial da zona do euro sobe 1,2% em dezembro ante novembro, bem acima do esperado

A produção industrial da zona do euro subiu 1,2% em dezembro ante novembro de 2021, segundo dados com ajustes sazonais publicados pela agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.

O resultado veio bem acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam leve alta de 0,1% na produção.

Na comparação anual, a produção industrial do bloco teve expansão de 1,6% em dezembro.

Neste caso, a projeção do mercado era de queda de 1%.

A Eurostat também revisou os números de produção industrial de novembro, para ganho mensal de 2,4% e queda anual de 1,4%. Com informações da Dow Jones Newswires.

Para o grupo dos 27 países que compõem a União Europeia, a produção industrial subiu 2,6% em dezembro ante novembro e cresceu 2,5% em relação a dezembro de 2021.

Entre os estados-membros para os quais existem dados disponíveis, os maiores aumentos mensais foram registados na Irlanda (+10,3%), Lituânia (+6,2%) e Luxemburgo (+5,1%). As maiores diminuições foram observadas na República Tcheca (-2,9%), Áustria (-1,1%) e Itália (-1%).

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (14), as bolsas asiáticas fecharam em queda, em meio a temores sobre uma possível invasão da Ucrânia pela Rússia. Além da questão geopolítica, investidores na Ásia e em outras partes do mundo seguem atentos à perspectiva de que os juros nos EUA subam de forma agressiva, com a inflação norte-americana no maior nível em quatro décadas. O índice Xangai teve queda de 0,98%, a 3.428,88 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 2,23%, a 27.079,59 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,41%, a 24.556,57 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,08%, a 4.551,69 pontos.

Na terça-feira (15), as bolsas asiáticas fecharam mistas, ainda pressionadas por tensões geopolíticas entre Ucrânia e Rússia. O apetite por risco na Ásia é prejudicado por temores de que a Ucrânia seja invadida pela Rússia. O índice Xangai teve alta de 0,50%, a 3.446,09 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,79%, a 26.865,19 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,82%, a 24.355,71 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,06%, a 4.600,10 pontos.

Na quarta-feira (16), as bolsas asiáticas fecharam em alta, favorecidas por um alívio nas tensões entre Ucrânia e Rússia e após dados oficiais mostrarem que a inflação chinesa está desacelerando. O índice Xangai teve alta de 0,57%, a 3.465,83 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 2,22%, a 27.460,40 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,49%, a 24.718,90 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,39%, a 4.617,99 pontos.

Na quinta-feira (17), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, um dia após o Federal Reserve falhar em trazer novidades em sua última ata de política monetária, mas com o apetite por risco ainda comprometido por desdobramentos da crise envolvendo Ucrânia e Rússia. O índice Xangai teve alta de 0,06%, a 3.468,04 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,83%, a 27.232,87 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,30%, a 24.792,77 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,24%, a 4.629,16 pontos.

Empresas estrangeiras em Mianmar enfrentam escolhas difíceis após golpe

A gigante da cerveja japonesa Kirin se tornou na segunda-feira (14) a mais recente empresa estrangeira a anunciar que estava deixando Mianmar após um golpe no ano passado e uma repressão militar à dissidência.

Os investidores afluíram ao país depois que os militares relaxaram seu controle de ferro em 2011, abrindo caminho para reformas democráticas e liberalização econômica no país de mais de 50 milhões de habitantes.

Mas grupos de direitos humanos pressionaram empresas estrangeiras a repensar suas atividades em Mianmar após o golpe de fevereiro de 2021 e uma repressão subsequente que, segundo grupos de monitoramento locais, deixou mais de 1.500 mortos.

O governo dos EUA alertou no mês passado as empresas em todo o mundo que fazer negócios com Yangon corria “o risco de se envolver em condutas que podem expô-las a riscos significativos de reputação, financeiros e legais”.

Investidores e comerciantes foram alertados especificamente para evitar empresas estatais, o setor de gemas e metais preciosos, projetos imobiliários e de construção e o negócio de armas.

As gigantes da energia TotalEnergies e Chevron disseram no mês passado que deixariam sua parceria com uma empresa apoiada pelos militares que opera um campo de gás no Mar de Andaman após pressão de grupos de direitos humanos.

AIEA inicia missão para revisar liberação de água em Fukushima

Uma força-tarefa da Agência Internacional de Energia Atômica iniciou uma missão na segunda-feira (14) no Japão para revisar a controversa liberação planejada de água tratada da usina nuclear de Fukushima no oceano.

Mais de um milhão de toneladas de água processada se acumularam nos tanques da usina danificada desde que ela entrou em colapso após um tsunami em 2011 e o espaço de armazenamento está se esgotando.

Um extenso sistema de bombeamento e filtragem remove a maioria dos elementos radioativos, e o Japão diz que o plano de diluir e liberar a água ao longo de várias décadas é seguro.

A AIEA endossou a liberação, que diz ser semelhante ao descarte de águas residuais em usinas nucleares em outros lugares.

Mas o plano adotado pelo governo em abril passado, que deve começar em março de 2023, despertou a ira dos países vizinhos por questões ambientais e de segurança.

Também gerou forte oposição das comunidades pesqueiras locais, que temem que isso prejudique anos de trabalho para restaurar a confiança em seus frutos do mar.

A operadora da usina TEPCO e o governo japonês estão esperançosos de que o monitoramento da AIEA do processo aumentará a confiança.

“Esta semana realizaremos uma missão para revisar a ação, planos, dados e documentos relevantes, para avaliar sua conformidade com as disposições incluídas nas normas internacionais de segurança”, disse Gustavo Caruso, diretor e coordenador do departamento de segurança e proteção nuclear da AIEA.

Ele disse que a força-tarefa estaria examinando elementos como a “caracterização radiológica da água a ser descartada” e também o impacto nas pessoas e no meio ambiente.

O diretor de gestão de água tratada da TEPCO, Junichi Matsumoto, disse que a empresa já está estudando o projeto de infraestrutura e operações para o plano de descarga “com prioridade na segurança e também para conter o impacto na reputação da região”.

“Esperamos melhorar ainda mais a objetividade e a transparência desse processo por meio desta revisão”, acrescentou ele, em uma reunião com a AIEA e funcionários do governo japonês.

Vendas de automóveis na China caem pelo 8º mês seguido; Covid afeta produção

As vendas de carros da China recuaram pelo oitavo mês consecutivo, no momento em que surtos de Covid-19 em algumas cidades do país prejudicam a produção automobilística. As vendas de carros de passageiros no varejo recuaram 4,4% em janeiro, na comparação anual, a 2,09 milhões de veículos, informou a Associação de Carros de Passageiros da China.

A entidade espera que o maior mercado do mundo siga fraco em fevereiro, em quadro de desaceleração econômica, maior escrutínio sobre o setor imobiliário e surtos esporádicos de Covid-19 que podem continuar a enfraquecer a demanda dos consumidores.

A Toyota Motor informou que suas vendas na China recuaram 21,5% no mês passado, na comparação anual. As vendas de duas joint ventures da Volkswagen na China tiveram baixas de 19,9% e 17,9% em janeiro, segundo os dados da associação. A Toyota e a Volkswagen fecharam fábricas na cidade de Tianjin, no norte chinês, por mais de uma semana no mês passado, após a cidade reportar dezenas de casos de Covid-19.

As vendas da Nissan tiveram baixa de 8,7% e as da Honda, de 6,9%.

Também em janeiro, as vendas de carros elétricos e híbridos mais que dobraram na comparação anual, a 347 mil, segundo a mesma entidade. A Tesla vendeu 59.845 carros em sua fábrica em Xangai, 67,8% deles exportados para fora da China.

As fabricantes de carros elétricos sofrem pressão crescente, devido ao aumento dos preços do lítio e de outros materiais, bem como pela redução de subsídios do governo para a compra de veículos elétricos novos, diz a associação.

Índia proíbe mais 54 aplicativos chineses por questões de segurança

Impulsionada por preocupações de segurança, a Índia bloqueou o acesso a 54 aplicativos móveis, principalmente de origem chinesa, entre eles o jogo Free Fire, de propriedade da Sea Ltd disseram fontes do governo na terça-feira (15), confirmando reportagens da mídia no dia anterior.

As autoridades indianas não fizeram comentários formais. A Sea, com sede na cidade de Cingapura, no sudeste asiático, também não fez comentários imediatos.

A Índia baniu um total de 321 aplicativos desde que a tensão política começou com seu vizinho gigante em 2020, levando à proibição inicial do país do sul da Ásia de 59 aplicativos chineses, incluindo o TikTok.

As ações da Sea caíram 18,4% em Nova York na segunda-feira, tirando mais de US$ 16 bilhões do valor de mercado da empresa, após relatos da última proibição.

Questionado sobre a proibição em sua assembleia geral anual na segunda-feira, Sea disse aos acionistas que a empresa estava “trabalhando nisso”, de acordo com uma pessoa que participou da reunião.

A Índia acredita que os dados do usuário estavam sendo enviados por meio dos aplicativos para servidores na China, disse à Reuters a fonte do governo, que pediu anonimato de acordo com a política.

“Isso permitirá que eles compilem enormes dados pessoais”, disse a fonte.

Essa coleta permitiria que os dados fossem extraídos, coletados, analisados ​​e perfilados, provavelmente por “elementos hostis à soberania e integridade da Índia e por atividades prejudiciais à segurança nacional”, acrescentou a fonte.

A proibição representa problemas para a Sea, já que seu aplicativo de comércio eletrônico, Shopee, já enfrenta pedidos de boicote de comerciantes na Índia, que a acusam de práticas comerciais que prejudicam os comerciantes offline.

Economia do Japão se recupera com aumento de gastos, mas Ômicron afeta perspectivas

A economia do Japão se recuperou nos últimos três meses de 2021 uma vez que a queda nos casos do Coronavírus ajudou a aumentar o consumo, embora o aumento dos custos de matérias-primas e o salto em novas infecções pela variante Ômicron afetem as perspectivas.

O presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda, também destacou a tensão na Ucrânia como novo risco para a previsão do Banco do Japão de uma recuperação econômica moderada.

A terceira maior economia do mundo expandiu a uma taxa anualizada de 5,4% entre outubro e dezembro depois de contrair 2,7% no trimestre anterior, mostraram dados do governo na terça-feira (15), abaixo da expectativa do mercado de avanço de 5,8%.

Em 2021, a economia japonesa registrou crescimento de 1,7%, marcando sua primeira expansão anual em três anos. Em 2020, o tombo foi de 4,5%.

Alguns analistas preveem que a economia vai recuar de novo no trimestre atual uma vez que o aumento dos casos de Covid-19 mantém as famílias longe das compras e problemas na cadeia de oferta afetam a produção industrial.

“A economia vai provavelmente estagnar entre janeiro e março ou pode até mesmo contrair, dependendo de como a variante Ômicron afeta o consumo no setor de serviços”, disse Takeshi Minami, economista-chefe do Instituto de Pesquisa Norinchukin.

O crescimento econômico deveu-se principalmente a um aumento de 2,7% na base trimestral do consumo privado, que responde por mais da metade do Produto Interno Bruto japonês.

Os gastos de capital avançaram 0,4%, em linha com a expectativa do mercado. A demanda externa deu contribuição positiva ao crescimento, sinal de que as exportações continuaram a se beneficiar da recuperação global.

China começa 2022 na contramão de outras economias e reduz juros

As principais economias do mundo, em especial os Estados Unidos, o Reino Unido e os países da União Europeia, atravessaram boa parte de 2021 registrando uma escalada da inflação, e, com isso, viram a intensificação do debate em torno de altas juros, que devem ocorrer agora em 2022. Mas a realidade é diferente na segunda maior economia mundial.

Com um crescimento de 8,1% em seu Produto Interno Bruto (PIB) e uma inflação ao consumidor de 0,9% em 2021, a China começa 2022 com discussões bem diferentes das outras grandes economias.

Se a onda inflacionária deve levar a alta nos juros em várias nações, como ocorre no Brasil, na China o governo quer estimular a atividade, o que inclui reduzir os juros. De dezembro para cá, várias taxas já foram cortadas.

Economistas consultados pelo CNN Brasil Business afirmam que o movimento ainda pode continuar, mas que 2022 deve mostrar outros métodos empregados para aquecer a economia, em um esforço importante para a economia global.

Em um cenário de desaceleração econômica, a redução de taxas de juros é uma política bastante usual para aquecer a economia. A medida aumenta o acesso ao crédito e estimula o consumo. Seguindo essa cartilha, a China já realizou várias baixas de juros entre dezembro e janeiro.

Eve e Skyports anunciam parceria para desenvolver mobilidade avançada no Japão

A Eve UAM, LLC, empresa da Embraer, e a Skyports Pte Ltd, líder em fornecimento de infraestrutura para veículos elétricos de decolagem e aterrissagem vertical (eVTOL) de passageiros e cargas, anunciaram na quinta-feira (17) uma parceria que apoiará o desenvolvimento de um novo Conceito de Operações (Conops) para Mobilidade Aérea Avançada (AAM), incluindo Mobilidade Aérea Urbana (UAM), para o departamento de Aviação Civil do Japão (JCAB). A iniciativa visa oferecer uma visão compartilhada de espaço aéreo, operação, infraestrutura e outros benefícios que capacitem a operação AAM no país.

Em nota, a fabricante brasileira destaca que a colaboração envolve parceiros, como Kanematsu Corporation, maior empresa comercial japonesa com negócios na indústria aeroespacial, e a Japan Airlines (JAL), principal companhia aérea japonesa para transporte doméstico e internacional.

“A Eve realizou parcerias com a Skyports em múltiplos e diversos conceitos no mundo todo, formando uma cooperação que avalia o ecossistema AAM requerido para ambientes operacionais distintos em diversas partes do mundo. Essa experiência única beneficia o preparo do CONOPS do Japão e assegura que as necessidades dos usuários, da comunidade japonesa e de outros públicos interessados sejam levadas em consideração”, afirma a empresa.

Duncan Walker, CEO da Skyports, destaca em nota que estão honrados de conseguir trazer conhecimento único em fornecimento de infraestrutura para que o JCAB possa acelerar a adesão de mobilidade aérea avançada no Japão.

“Estamos animados em fazer a parceria com a Skyports neste novo projeto que introduzirá a mobilidade aérea sustentável avançada no Japão. Nossas colaborações têm desenhado ecossistemas de mobilidade distintos e otimizados, em todo o mundo, e estamos ansiosos em usar esta experiência para ajudar o JCAB a estabelecer o CONOPS no Japão”, afirma André Stein, co-CEO da Eve. A Embraer lembra que a Eve tem se dedicado a viabilizar e dimensionar com segurança o ecossistema AAM de forma global. “Seu portfólio de soluções, que inclui o eVTOL, uma rede global abrangente de serviços e suporte e uma solução de gerenciamento de tráfego aéreo, fazem da Eve uma parceira confiável e experiente no preparo do Japão para o futuro da AAM”, diz a empresa.

Al Rajhi Capital vê as receitas do petróleo saudita saltarem após a transferência de ações da Aramco para o PIF

A Arábia Saudita verá um aumento em suas receitas de petróleo após a transferência de 4% das ações da Aramco para o fundo soberano do Reino, segundo estimativas da Al Rajhi Capital.

Espera-se agora que o Reino reporte um superávit de SR125 bilhões este ano em maior receita de petróleo, acima dos SR90 bilhões (US$ 40 bilhões) estimados anteriormente pelo governo.

O braço de investimentos do banco Al Rajhi diz que as receitas do petróleo estão a caminho de atingir SR680 bilhões após a transação avaliada em SR 300 bilhões.

As estimativas de Al Rajhi Capita para a receita do petróleo saudita são baseadas em uma produção média de 10,5 milhões de barris por dia e um preço médio do Brent de US$ 80.

O príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman anunciou a transferência para o Fundo de Investimento Público, informou a SPA no domingo (13).

Ele disse que o estado continua sendo o maior acionista da Saudi Aramco após o processo de transferência, já que possui mais de 94% das ações da empresa.

Líbano aprova US$ 18 milhões para realizar eleições em maio

O governo do Líbano aprovou na terça-feira (15) a alocação de 360 ​​bilhões de libras libanesas (US$ 18 milhões) para realizar uma eleição parlamentar, disse o ministro de Telecomunicações Johnny Corm à Reuters após uma reunião de gabinete.

O Líbano entrou em colapso financeiro em 2019 e algumas autoridades levantaram preocupações sobre o possível adiamento das eleições devido a restrições financeiras.

Falando após a sessão do gabinete, o ministro interino da Informação Abbas Halabi citou o primeiro-ministro Najib Mikati dizendo que a última votação em 2018 custou ao estado US$ 54 milhões, mas apenas uma quantia muito menor estava disponível agora.

As Nações Unidas e os governos ocidentais pediram repetidamente aos líderes libaneses que realizem eleições a tempo e atribuam o financiamento apropriado, em meio a temores de que partidos políticos poderosos possam tentar usar a crise financeira como pretexto para adiar a votação.

A eleição de 15 de maio seria a primeira para a legislatura de 128 membros desde os protestos em massa em outubro de 2019 contra as elites políticas amplamente vistas como responsáveis ​​por décadas de corrupção e má gestão.

A coordenadora especial das Nações Unidas para o Líbano, Joanna Wroneka, na terça-feira “enfatizou a importância de realizar as eleições a tempo”, disse um comunicado da ONU.

“Espero que o Conselho de Ministros aprove o orçamento eleitoral, para que os preparativos possam prosseguir rapidamente e nenhuma sombra de incerteza paira sobre a eleição”, disse Wroneka, segundo o comunicado.

Gabinete saudita aprova licença para banco digital local de US$ 440 milhões apoiado pelo PIF

O Gabinete Saudita aprovou uma licença para um banco digital local a ser estabelecido com um capital de SR1,65 bilhão (US$ 440 milhões), confirmou o Banco Central do Reino.

O D360 Bank será constituído por meio de um consórcio de investidores pessoas físicas e jurídicas, liderado pela Derayah Financial Company, sendo o Fundo de Investimento Público um dos principais investidores.

Com a licença recém emitida, o número total de bancos licenciados no Reino chegará a 35, incluindo 11 bancos locais, três bancos digitais locais e 21 agências bancárias estrangeiras, segundo a SAMA.

Isso faz parte dos esforços do banco central para apoiar a inovação e manter a estabilidade financeira, de acordo com os objetivos do Programa de Desenvolvimento do Setor Financeiro como parte da Visão Saudita 2030.

AIEA se une à Arábia Saudita para programa de energia nuclear

A Agência Internacional de Energia Atômica está trabalhando com Arábia Saudita, Egito e Jordânia para desenvolver a infraestrutura para um programa de energia nuclear, de acordo com seu diretor-geral.

Falando durante uma aparição virtual no Fórum Internacional de Energia em 16 de fevereiro em Riad, Rafael Mariano Grossi disse que a energia nuclear pode ser uma ferramenta importante para lidar com as mudanças climáticas na mitigação e na adaptação.

“O que há de especial na energia nuclear é que ela é comprovada, escalável e disponível”, disse Grossi.

Grossi observou que os principais produtores de petróleo e gás estão reconhecendo o benefício da energia atômica, e a região do Oriente Médio usará mais energia nuclear no futuro para atender às necessidades de energia.

Líder supremo do Irã pede progresso na energia nuclear em meio a negociações

O líder supremo do Irã prometeu na quinta-feira (17) que seu país vai acelerar o desenvolvimento de seu programa nuclear civil, enquanto as principais potências mundiais continuam as delicadas negociações em Viena para reviver o histórico acordo nuclear de Teerã.

Em um discurso televisionado, o aiatolá Ali Khamenei exortou a importância da energia nuclear para o Irã, afirmando novamente que não tinha interesse em armas nucleares.

As observações de Khamenei pareciam claramente direcionadas aos países envolvidos nas negociações de Viena.

“Os inimigos estão fazendo movimentos cruéis contra nossa questão de energia nuclear, (colocando) sanções à energia nuclear que eles sabem que é pacífica”, disse ele. “Eles não querem que o Irã alcance esse grande e significativo progresso.”

O acordo, que o ex-presidente Donald Trump abandonou há quase quatro anos, concedeu alívio das sanções ao Irã em troca de restrições em seu programa atômico. O principal negociador nuclear do Irã, Ali Bagheri Kani, twittou na quarta-feira que as partes estavam “mais perto do que nunca” de um acordo.

Mas as negociações pararam repetidamente nos últimos meses, enquanto os negociadores iranianos pressionam por exigências de linha dura, exasperando os diplomatas ocidentais.

Khamenei, que até agora permaneceu em silêncio sobre as negociações em andamento, chamou as alegações de que o Irã estava buscando uma bomba de “absurdo”, dizendo que elas deveriam privar o Irã de seu direito legítimo à energia nuclear.

“Se não buscarmos (energia nuclear pacífica) hoje, amanhã será tarde”, disse ele.

O Irã há muito insiste que seu programa nuclear é pacífico. Mas os passos do país longe de suas obrigações sob o acordo de 2015 alarmaram seu arqui-inimigo Israel e as potências mundiais.

Desde então, Teerã começou a enriquecer urânio com até 60 por cento de pureza, um pequeno passo técnico dos 90 por cento necessários para fazer uma bomba atômica e girando centrífugas muito mais avançadas do que as permitidas pelo acordo.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
18/02/2022