Cenário Econômico Internacional – 25/02/2022

Cenário Econômico Internacional – 25/02/2022

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Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

  • G20 diz que acordo global sobre impostos corporativos deve entrar em vigor em 2023
  • Na ONU, países condenam atos da Rússia; representante do país diz estar ‘aberto para a diplomacia’
  • ONU: Incêndios florestais pioram globalmente, governos despreparados
  • Ucranianos tomam rota de fuga e UE e ONU se preparam para refugiados
  • Mercado acionário dos EUA
  • Dólar
  • Acordo de US$ 40 bilhões entre Argentina e FMI está próximo, apesar de protestos
  • Williams, do Fed de NY, diz que será apropriado aumentar juros em março
  • Reunião Biden-Putin é discutida à medida que os temores de guerra na Ucrânia se aproximam
  • Indicador antecedente da economia dos EUA tem queda inesperada em janeiro
  • EUA e aliados anunciam mais sanções contra a Rússia, mas reservam ações mais duras
  • EUA e Meta discutem sobre data de julgamento antitruste
  • Trudeau revoga lei de emergências usada para lidar com protestos de caminhoneiros no Canadá
  • Governadores dos EUA pedem ação rápida na conta de financiamento de chips de US$ 52 bilhões
  • Mercado acionário europeu
  • BCE alerta para exposição bancária da zona do euro a setor imobiliário
  • Rainha Elizabeth II testa positivo para Covid; sintomas leves
  • Putin reconhece duas regiões separatistas da Ucrânia como independentes
  • Scholz da Alemanha suspende certificação Nord Stream 2 em meio a tensões Rússia/Ucrânia
  • Economia da Alemanha deve encolher novamente no 1º trimestre, diz BC
  • Regras da UE visam transferência ilegal de dados para governos de fora do bloco
  • Crise ucraniana coloca riscos para bancos e crescimento econômico europeu
  • Rússia começa operação de invasão à Ucrânia
  • Mercado acionário na Ásia
  • China anuncia sanções a americanas Raytheon e Lockheed por acordo com Taiwan
  • Pequenas empresas de Hong Kong dizem que sobrevivência está em jogo à medida que as restrições da Covid-19 aumentam
  • Kim da Coreia do Norte parabeniza China pelas Olimpíadas e diz que juntos vão frustrar ameaças dos EUA
  • Ministro das Finanças do Japão diz que Tóquio coordenará com o G7 para lidar com a Ucrânia
  • China planeja cortes de impostos maiores em 2022 para impulsionar crescimento
  • Taiwan olha com cautela para a China em meio à crise na Ucrânia, mas sem alarme imediato
  • Japão impõe sanções à Rússia por ações na Ucrânia
  • Tesla planeja nova fábrica em Xangai para mais que dobrar a capacidade da China
  • Raisi do Irã e Emir do Catar assinam acordos bilaterais em Doha
  • Egito produz 30 milhões de doses da vacina Vaccera-Sinovac
  • Aramco negocia com empresas chinesas para novos investimentos, confirma CEO
  • Irã diz que negociações nucleares chegaram a ‘ponto sensível’
  • Aramco fecha acordo de gasoduto de US$ 15,5 bilhões com BlackRock, Hassana e outros investidores globais

G20 diz que acordo global sobre impostos corporativos deve entrar em vigor em 2023

Os ministros das Finanças do G20 se comprometeram na sexta-feira (18) a implementar uma revisão global das regras tributárias corporativas transfronteiriças no próximo ano, diante das preocupações de que o cumprimento do prazo possa ser difícil.

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que tem liderado as negociações desde o início, disse que o acordo “ainda está nos trilhos”, mas precisará de compromisso político para entrar em vigor no próximo ano.

Anos de negociações tiveram resultado em outubro passado, quando quase 140 países chegaram a um acordo sobre uma alíquota mínima de 15% sobre as multinacionais e concordaram em dificultar que empresas como Google, Amazon e Facebook evitem impostos por meio da declaração de seus lucros em jurisdições de baixa tributação.

Os detalhes técnicos estão sendo elaborados na OCDE, com sede em Paris, para que os países possam trazer as novas regras aos seus escopos jurídicos até o próximo ano.

Os ministros das Finanças do G20 disseram em comunicado conjunto, após uma reunião nesta sexta-feira, que estão comprometidos em garantir que as novas regras entrem em vigor globalmente em 2023.

“No entanto, a tarefa é assustadora e precisamos de sua orientação e apoio político para garantir que o progresso seja feito em tempo hábil”, disse em relatório o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, a ministros das Finanças do G20.

“Precisamos contar com sua capacidade de entrar em acordo para garantir que entreguemos isso no prazo”, acrescentou.

Na ONU, países condenam atos da Rússia; representante do país diz estar ‘aberto para a diplomacia’

A Organização das Nações Unidas (ONU) e a maioria dos países membros do Conselho de Segurança condenaram na segunda-feira (21) à noite a decisão da Rússia de reconhecer a independência de repúblicas separatistas na Ucrânia e de enviar tropas às regiões.

Mais cedo na segunda-feira, o presidente russo Vladimir Putin assinou dois decretos que reconhecem as “repúblicas populares” de Donetsk e Lugansk (as regiões separatistas) e pedem ao ministério da Defesa que “as Forças Armadas da Rússia (assumam nas regiões) as funções de manutenção da paz”.

“As fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia permanecerão inalteradas, sem importar as declarações e os atos da Rússia”, afirmou o embaixador ucraniano nas Nações Unidas, Sergiy Kyslytsya.

A Ucrânia pediu à Rússia para anular a decisão e “retornar à mesa de negociações e proceder uma retirada imediata e verificável de suas tropas de ocupação”.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que o presidente Vladimir Putin ter falado de uma “força de manutenção da paz”, para justificar a entrada nos territórios separatistas, é um absurdo. “Sabemos o que realmente são”, disse ela.

A secretária-geral adjunta da ONU para Assuntos Político, Rosemary DiCarlo, lamentou as decisões e atos da Rússia. “As próximas horas e dias serão críticos. O risco de um grande conflito é real e deve ser evitado a qualquer custo”, afirmou ela na reunião de emergência convocada principalmente pelos países ocidentais.

Incêndios florestais pioram globalmente, governos despreparados

Um planeta em aquecimento e mudanças nos padrões de uso da terra significam que mais incêndios florestais queimarão grandes partes do globo nas próximas décadas, causando picos de poluição por fumaça insalubre e outros problemas que os governos estão mal preparados para enfrentar, de acordo com um relatório da ONU divulgado na quarta-feira (23).

O oeste dos EUA, o norte da Sibéria, o centro da Índia e o leste da Austrália já estão vendo mais incêndios, e a probabilidade de incêndios florestais catastróficos em todo o mundo pode aumentar em um terço até 2050 e mais de 50% na virada do século, de acordo com o relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Áreas antes consideradas seguras contra grandes incêndios não estarão imunes, incluindo o Ártico, que o relatório disse que “provavelmente sofrerá um aumento significativo nas queimadas”.

As florestas tropicais na Indonésia e no sul da Amazônia da América do Sul também devem aumentar os incêndios florestais, concluiu o relatório.

“Os incêndios florestais incontroláveis ​​e devastadores estão se tornando uma parte esperada dos calendários sazonais em muitas partes do mundo”, disse Andrew Sullivan, da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organization na Austrália, um dos autores do relatório.

O relatório descreve um ciclo de piora: a mudança climática traz mais seca e temperaturas mais altas que facilitam o início e a propagação de incêndios e, por sua vez, essas chamas liberam mais carbono na atmosfera à medida que queimam florestas e turfeiras.

Algumas áreas, incluindo partes da África, estão vendo a diminuição dos incêndios florestais, em parte porque mais terras estão sendo dedicadas à agricultura, disse o coautor do relatório Glynis Humphrey, da Universidade da Cidade do Cabo.

Mas pesquisadores da ONU disseram que muitas nações continuam gastando muito tempo e dinheiro no combate a incêndios e não o suficiente para evitá-los. As mudanças no uso da terra podem piorar os incêndios, como a extração de madeira que deixa para trás detritos que podem queimar facilmente e florestas que são incendiadas intencionalmente para limpar a terra para a agricultura, disse o relatório.

Ucranianos tomam rota de fuga e UE e ONU se preparam para refugiados

A primeira grande crise de segurança na Europa em anos corre o risco de rapidamente se transformar em uma crise humanitária. A coluna apurou que agências das Nações Unidas, em coordenação com governos europeus, estão traçando planos e cenários para um fluxo importante de refugiados ucranianos. Algumas das projeções chegam a falar em 5 milhões de possíveis refugiados, dependendo da intensidade da guerra.

Nas primeiras horas de quinta-feira (24), longas filas de carros deixando algumas das cidades já eram vistas na Ucrânia. Em Kiev, as imagens de um enorme trânsito circulam pelas redes sociais, enquanto outra parte da população busca refúgio em estações do metrô e os distribuidores de dinheiro são tomados por uma população que busca alguma garantia.

Nos países vizinhos, a ordem também é a de se preparar nos postos de fronteira. A região já abriga há anos 2 milhões de ucranianos que deixaram seu país em busca de emprego.

No caso da Polônia, o governo estima que poderia ver um fluxo de refugiados que atingiria 1 milhão de pessoas. Há dois dias, a comissária de Migração da UE, Ylva Johansson, liderou uma missão de técnicos para Varsóvia para desenhar um plano de acolhimento.

Na ONU, porém, o alerta é de que a situação crítica da Ucrânia nos últimos anos jamais gerou uma generosidade dos países europeus. O pacote humanitário solicitado pelas Nações Unidas de US$ 190 milhões no final de 2021 não conseguiu reunir nem 10% do valor que necessita para atender aos ucranianos mais necessitados.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (21), as bolsas de valores de Nova York não tiveram operações, devido ao feriado do Dia do Presidente.

Na terça-feira (22), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, com o mercado reagindo à escalada das tensões na Ucrânia e aos anúncios de sanções por países ocidentais à Rússia. Em segundo plano, ficaram no radar dos investidores os resultados do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) e da confiança do consumidor dos Estados Unidos. O índice Dow Jones teve queda de 1,42%, em 33.596,61 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,01%, a 4.304,76 pontos. E o índice Nasdaq teve em queda de 1,23%, a 13.381,52 pontos.

Na quarta-feira (23), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, depois de a Ucrânia declarar estado de emergência e o Departamento de Estado norte-americano dizer que uma invasão russa à ex-república soviética continua potencialmente iminente. O índice Dow Jones teve queda de 1,38%, a 33.131,76 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,84%, a 4.225,50 pontos. E o índice Nasdaq teve em queda de 2,57%, a 13.037,49 pontos.

Na quinta-feira (24), as bolsas de valores de Nova York operavam em queda, com papéis bancários liderando as perdas, conforme a invasão russa da Ucrânia provocava uma liquidação generalizada nos mercados globais. Por volta das 13h00, o índice Dow Jones registrava queda de 2,21%, a 32.399,37 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 1,34%, a 4.168,98 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 0,40%, a 13.455,36 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 18.02.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (18) cotado a R$ 5,14 com alta de 0,52%. A moeda operou em baixa durante todo o dia e chegou a R$ 5,11 na mínima da sessão, por volta das 14h.

Na segunda-feira (21) – O dólar à vista registrou queda de 0,64%, cotado a R$ 5,1070 na venda. Apesar do clima de cautela no exterior em meio às incertezas sobre o desfecho da crise envolvendo Rússia e Ucrânia, o dólar abriu a semana em queda firme no mercado doméstico de câmbio. O dólar oscilou entre R$ 5,155 na máxima e R$ 5,0754 na mínima.

Na terça-feira (22) – O dólar à vista registrou queda de 1,07%, cotado a R$ 5,0521 na venda. O dólar caiu pela terceira vez seguida e atingiu a menor cotação em quase oito meses. Operadores voltaram a identificar fluxo de recursos externos para ativos domésticos, em meio à rotação global de portfólios que favorece países produtores de commodities e com taxa de juros mais elevadas. O dólar oscilou entre R$ 5,0976 na máxima e R$ 5,0451 na mínima.

Na quarta-feira (23) – O dólar à vista registrou queda de 0,95%, cotado a R$ 5,0042 na venda. Com o dólar chegando a operar abaixo de 5 reais pela primeira vez em quase oito meses e fechando perto das mínimas do dia, em meio a um contínuo frisson pela divisa brasileira que tem como pano de fundo a busca de investidores internacionais por ativos considerados baratos e com maior potencial de rentabilidade. O dólar oscilou entre R$ 5,0976 na máxima e R$ 5,0451 na mínima.

Na quinta-feira (24) – Por volta das 14h16, o dólar operava em alta de 2,82% cotado a R$ 5,1487 na venda. Os investidores aguardam anúncios de novas medidas de retaliação, como sanções econômicas mais duras e envio de tropas e armamentos para a região do Leste europeu pelos aliados da Ucrânia.

Acordo de US$ 40 bilhões entre Argentina e FMI está próximo, apesar de protestos

O acordo da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para reestruturar mais de 40 bilhões de dólares em dívidas está se aproximando da linha de chegada, apesar de protestos no país sul-americano, que tem uma longa e difícil história com o credor global.

Os dois lados estão em negociações há mais de um ano para renovar uma linha de crédito falida de 57 bilhões de dólares, aberta em 2018 sob o governo do ex-presidente conservador Mauricio Macri. A renovação poderia impedir o país de mergulhar em crises econômica, cambial e da dívida.

Um acordo final, que pode variar de 40 a 45 bilhões de dólares, parece provável nas próximas semanas, após um “entendimento” da Argentina com o FMI alcançado no fim de janeiro. O acordo ainda precisa da aprovação da diretoria do FMI e de apoio no Congresso da Argentina, em que alguns parlamentares têm se oposto abertamente ao pacto.

“Entendemos que pode ser em breve”, disse a porta-voz presidencial Gabriela Cerruti em entrevista coletiva quando questionada sobre o envio do acordo ao Congresso.

“Vamos chegar ao melhor acordo possível que nos ajudará a começar a encontrar uma solução para a maior dívida que a Argentina já assumiu e também a maior que o FMI já concedeu.”

As negociações difíceis com o FMI ao longo do ano passado derrubaram as ações e os preços dos títulos soberanos da Argentina, que estão à beira de preços compatíveis com território de calote, mesmo após uma grande reestruturação de dívida no montante de 110 bilhões de dólares com credores privados em 2020.

Alguns meios de comunicação locais relataram que um acordo poderia ser alcançado já neste fim de semana, embora autoridades tenham subestimado essa possibilidade nos bastidores, sinalizando que isso provavelmente acontecerá mais para o fim do mês.

“Meu entendimento era de que na próxima sexta-feira (25) um acordo sobre (a carta de intenção) seria selado e depois de 1º de março seria enviado ao Congresso”, disse uma fonte oficial.

Outra fonte do governo com conhecimento das negociações disse que não há “nada a dizer” neste momento: “Continuamos a trabalhar. Não há novidades para o fim de semana. Claro que (o acordo) está mais perto e teremos de estar atentos na próxima semana ou na seguinte.”

Ambos os lados estão ansiosos para selar um consenso antes que os pagamentos do acordo de 2018 comecem a vencer, a partir de março, com a Argentina enfrentando baixas reservas em moeda estrangeira e sendo atingida por uma seca que está pesando na produção de grãos.

Williams, do Fed de NY, diz que será apropriado aumentar juros em março

Será apropriado que o Federal Reserve comece a aumentar os juros em março em resposta à inflação elevada e ao forte crescimento do emprego, disse o presidente do Fed de Nova York, John Williams.

“Com a economia forte de hoje e a inflação bem acima da nossa meta de 2% no longo prazo, é hora de iniciar o processo de mover a faixa-alvo (dos juros) de volta a níveis mais normais”, disse Williams em comentários preparados para evento virtual organizado pela New Jersey City University e pelo Instituto Guarini para Educação Internacional e Mobilidade Econômica.

“Em particular, espero que seja apropriado aumentar a faixa-alvo em nossa próxima reunião, em março.”

Depois que os aumentos das taxas de juros estiverem em andamento, o próximo passo seria o Fed começar a reduzir suas participações em Treasuries e títulos lastreados em hipotecas, disse Williams. Ele espera que esse processo comece ainda neste ano.

Williams disse esperar que o Produto Interno Bruto (PIB) real dos EUA cresça um pouco menos de 3% em 2022 e que a taxa de desemprego caia para cerca de 3,5% até o fim do ano.

Ele projeta que a inflação medida pelo índice PCE arrefecerá para cerca de 3% e cairá ainda mais no próximo ano, à medida que os desafios no lado da oferta se dissiparem.

Reunião Biden-Putin é discutida à medida que os temores de guerra na Ucrânia se aproximam

Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia concordaram provisoriamente em se reunir em um último esforço diplomático para impedir a invasão da Ucrânia por Moscou, enquanto bombardeios pesados ​​continuaram na segunda-feira (21) em um conflito no leste da Ucrânia que teme desencadear a ofensiva russa.

O presidente francês Emmanuel Macron procurou intermediar uma possível reunião entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente russo, Vladimir Putin, em uma série de telefonemas que se arrastaram pela noite.

O gabinete de Macron disse que ambos os líderes “aceitaram o princípio de tal cúpula”, a ser seguida por uma reunião de cúpula mais ampla também envolvendo outras “partes interessadas relevantes para discutir segurança e estabilidade estratégica na Europa”. Acrescentou que as reuniões “só podem ser realizadas com a condição de que a Rússia não invada a Ucrânia”.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que o governo deixou claro que “estamos comprometidos em buscar a diplomacia até o momento em que uma invasão começar”. Ela observou que “atualmente, a Rússia parece estar continuando os preparativos para um ataque em grande escala à Ucrânia muito em breve”.

O gabinete de Macron disse que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, devem estabelecer as bases para a cúpula quando se reunirem na quinta-feira (24).

Seguiu-se uma enxurrada de ligações de Macron a Putin, Biden e também ao primeiro-ministro britânico Boris Johnson e ao presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy.

O Kremlin ainda não comentou sobre o anúncio de uma possível cúpula Putin-Biden, mas disse o tempo todo que Putin está sempre aberto para tal encontro.

A possível reunião oferece uma nova esperança de evitar uma invasão russa que, segundo autoridades americanas, pode começar a qualquer momento, com cerca de 150.000 soldados russos reunidos perto da Ucrânia.

Indicador antecedente da economia dos EUA tem queda inesperada em janeiro

Um indicador que mede a atividade econômica futura dos Estados Unidos registrou queda em janeiro pela primeira vez em quase um ano diante do ressurgimento dos casos de Covid-19, da inflação elevada e de interrupções na cadeia de suprimentos, sustentando perspectivas de que o crescimento desacelerará no primeiro trimestre.

O Conference Board informou nesta sexta-feira que seu indicador antecedente da economia caiu 0,3% no mês passado, a primeira queda desde fevereiro de 2021, após avançar 0,7% em dezembro.

Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria 0,2%.

As estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre estão em grande parte abaixo de taxa anualizada de 2,0%. A economia norte-americana cresceu a ritmo de 6,9% no quarto trimestre do ano passado.

EUA e aliados anunciam mais sanções contra a Rússia, mas reservam ações mais duras

Os Estados Unidos e seus aliados divulgaram mais sanções contra a Rússia nesta quarta-feira devido ao reconhecimento por Moscou de duas áreas separatistas no leste da Ucrânia, ao mesmo tempo, em que deixaram claro que estão mantendo medidas mais duras na reserva no caso de uma invasão em grande escala pelos russos.

As sanções da União Europeia que entram em vigor nesta quarta-feira adicionarão a uma lista negra todos os membros da câmara baixa do Parlamento russo que votaram pelo reconhecimento das regiões separatistas da Ucrânia, congelando seus bens e proibindo viagens.

O Reino Unido seguiu os Estados Unidos ao anunciar novas restrições que proíbem a Rússia de emitir novos títulos em seus mercados.

As medidas seguem as ações anunciadas na terça-feira (22), incluindo o congelamento da aprovação de um novo gasoduto russo pela Alemanha e a imposição de novas sanções dos EUA aos bancos russos.

Mas nenhuma das medidas anunciadas até agora visa diretamente o presidente russo, Vladimir Putin, ou espera-se que tenham graves consequências de médio prazo para Moscou, que tem mais de 630 bilhões de dólares em reservas internacionais.

Os preços do petróleo caíram em relação às máximas de sete anos de terça-feira, uma vez que ficou claro que a primeira onda de sanções provavelmente não afetaria o fornecimento da commodity.

Países ocidentais temem que a Rússia planeje uma invasão total da Ucrânia depois que Putin anunciou na segunda-feira (21) que estava reconhecendo duas pequenas regiões controladas desde 2014 por separatistas vistos pelo Ocidente como representantes de Moscou. Putin também assinou um decreto permitindo que forças russas fossem enviadas para lá.

Washington descreveu as ações da Rússia como o início de uma “invasão”, mas como o ataque militar em massa que eles previram não se materializou, tiveram que calibrar sua resposta.

“Haverá sanções ainda mais duras a oligarcas-chave, a organizações-chave na Rússia, limitando o acesso da Rússia aos mercados financeiros, se houver uma invasão em grande escala da Ucrânia”, disse a secretária de Relações Exteriores britânica, Liz Truss.

Ela anunciou planos para impedir a Rússia de emitir novas dívidas externas em Londres, uma medida tomada anos atrás pelos Estados Unidos. Moscou disse que responderia emitindo qualquer nova dívida localmente em rublos por enquanto.

EUA e Meta discutem sobre data de julgamento antitruste

Os reguladores dos EUA e a Meta Platforms Inc estão em desacordo sobre quando iniciar um julgamento antitruste de alto nível, com a Comissão Federal de Comércio propondo dezembro de 2023 e a controladora do Facebook pedindo mais tempo.

De acordo com um arquivamento conjunto no Tribunal Distrital dos EUA em Washington na terça-feira, a FTC propôs uma data de início para 11 de dezembro de 2023 para permitir tempo para a descoberta, incluindo a produção de documentos e dados.

Representantes do Meta, que inclui Facebook, Instagram e WhatsApp, chamaram o cronograma proposto de “irrealista e injusto para o Meta” e disseram que precisavam até 13 de fevereiro de 2024 para concluir a descoberta.

No mês passado, um juiz dos EUA rejeitou a oferta da empresa de mídia social de arquivar o processo do governo e disse que a FTC tinha um caso plausível que deveria permitir o prosseguimento.

No processo, o governo dos EUA acusa a Meta de esmagar ou comprar rivais e busca forçar a empresa a vender o aplicativo de compartilhamento de fotos Instagram e o aplicativo de mensagens WhatsApp.

O processo é um dos maiores desafios que o governo dos EUA trouxe contra uma empresa de tecnologia como parte de um esforço maior para enfrentar o amplo poder de mercado da Big Tech.

Trudeau revoga lei de emergências usada para lidar com protestos de caminhoneiros no Canadá

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou na quarta-feira (23) que a lei de emergências para lidar com os protestos de caminhoneiros no país será revogada.

“Após uma análise cuidadosa, estamos prontos para confirmar que a situação não é mais uma emergência”, disse Trudeau em entrevista coletiva. “Portanto, o governo federal encerrará o uso da Lei de Emergências.”

O mecanismo, chamado de Emergencies Act, havia sido usado apenas uma vez na história do país. A lei dá ao governo federal mais poderes para lidar com os manifestantes antivacina.

O premiê havia dito que não usaria a lei para acionar os militares contra os manifestantes e afirmou, há nove dias, que ela seria temporária e “geograficamente limitada”.

O Emergencies Act pode ser acionado em casos de “crise nacional” e confere maiores poderes ao governo federal.

Todas as ações sob a lei de emergências devem respeitar a Carta dos Direitos e das Liberdades que integra a Constituição canadense.

Há semanas um comboio de caminhoneiros vinha se manifestado contra as restrições da Covid-19 no país, que exige a apresentação de passaporte de vacina para cruzar a fronteira.

O autointitulado “Comboio da Liberdade”, com centenas de motoristas e apoiadores, chegou a bloquear a Ambassador Bridge, mais importante ligação entre Canadá e EUA, por cinco dias.

Governadores dos EUA pedem ação rápida na conta de financiamento de chips de US$ 52 bilhões

Um grupo bipartidário de 22 governadores pediu na quinta-feira aos líderes no Congresso que ajam rapidamente para finalizar US$ 52 bilhões em financiamento do governo para subsidiar a produção de chips semicondutores.

Uma escassez persistente de chips em toda a indústria interrompeu a produção nas indústrias automotiva e eletrônica, em particular, forçando algumas empresas a reduzir a produção.

“Todos nós podemos apontar para as indústrias em nossos estados que foram impactadas da fabricação de automóveis a eletrônicos de consumo, eletrodomésticos, dispositivos médicos, agricultura, defesa e muito mais”, escreveram os governadores em uma carta.

A governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, democrata, liderou a carta, incluindo os governadores da Califórnia, Nova York, Pensilvânia, Nova Jersey, Illinois, Indiana, Ohio, Nova Jersey, Nevada, Carolina do Norte, Indiana, Kentucky, Massachusetts, Connecticut, Oregon, Utah, Vermont, Idaho, Wisconsin, West Virginia e Washington.

A Câmara dos EUA em 4 de fevereiro aprovou por pouco um projeto de lei destinado a aumentar a competitividade americana com a China e US$ 52 bilhões para impulsionar a fabricação de semicondutores nos EUA.

A aprovação do projeto estabelece negociações com o Senado sobre a legislação de compromisso, que deve ser aprovada em ambas as câmaras antes de ser enviada à Casa Branca para a assinatura do presidente Joe Biden.

O Senado votou por 68 a 32 para aprovar seu próprio projeto de lei – a Lei de Inovação e Concorrência dos EUA, em junho, que inclui US$ 52 bilhões em chips e autoriza US$ 190 bilhões em tecnologia e pesquisa dos EUA para competir com a China.

O financiamento inclui US$ 2 bilhões para incentivar a produção de semicondutores de “nó maduro” usados ​​pela indústria automobilística e em dispositivos médicos, máquinas agrícolas e algumas aplicações de defesa nacional.

Whitmer disse em comunicado que o financiamento de chips é necessário porque “milhares de empregos na cadeia de suprimentos automotiva e em vários setores estão em risco”.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (21), as bolsas europeias fecharam em queda, com papéis de automóveis e tecnologia liderando as perdas depois que comentários do Kremlin minimizaram esperanças de uma solução diplomática para a maior crise militar da Europa em décadas. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,30%, a 454,81 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 2,04%, a 6.788,34 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 2,07%, a 14.731,12 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 2,46%, a 5.493,49 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,18%, a 8.488,90 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,39%, a 7.484,33 pontos.

Na terça-feira (22), as bolsas europeias fecharam mistas, com ganhos nos papéis de automóveis e viagens sendo compensados pelos riscos geopolíticos, com alguns países ocidentais impondo sanções à Rússia depois que ela enviou tropas a duas regiões separatistas no leste da Ucrânia. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,07%, a 455,12 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,01%, a 6.787,60 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,26%, a 14.693,00 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,52%, a 5.464,92 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,05%, a 8.493,20 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,13%, a 7.494,21 pontos.

Na quarta-feira (23), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, com sensível deterioração do sentimento de risco na reta final do pregão. O agravamento da crise geopolítica envolvendo a Ucrânia ainda concentra as atenções de investidores, que monitoraram também dados econômicos e balanços corporativos na região. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,28%, a 453,86 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,10%, a 6.780,67 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,42%, a 14.631,36 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,62%, a 5.430,93 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,63%, a 8.440,10 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,05%, a 7.498,18 pontos.

Na quinta-feira (24), as bolsas europeias fecharam em queda, com as atenções voltadas para o cenário geopolítico, a temporada de balanços da Europa ficou em segundo plano. Nas últimas horas, AB InBev, Telefónica, Anglo American e Lloyds divulgaram seus últimos resultados financeiros. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 3,28%, a 438,96 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 3,83%, a 6.521,05 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 3,96%, a 14.052,10 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,52%, a 5.348,28 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 2,86%, a 8.198,50 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 3,88%, a 7.207,38 pontos.

BCE alerta para exposição bancária da zona do euro a setor imobiliário

A Supervisão Bancária do Banco Central Europeu (BCE) identificou a exposição de bancos para o setor imobiliário comercial (CRE, na sigla em inglês) e residencial (RRE, na sigla em inglês) como uma das vulnerabilidades principais em uma avaliação de risco do órgão para os anos entre 2022 e 2024, publicada na sexta-feira (18).

Em relação ao setor imobiliário comercial, a exposição de bancos é “substancial”, afirma o BCE. Cerca de 8% de todos os empréstimos dos bancos supervisionados e 20% de seus empréstimos corporativos estão ligados ao setor. Em valores absolutos, a exposição é “particularmente alta” na Alemanha, França e Itália, aponta o BCE. Enquanto em outros países, ela é relativamente mais robusta, com 40% do total de empréstimos corporativos ligados a imóveis comerciais na Estônia, Eslovênia e Chipre.

Os supervisores do BCE consideraram o setor imobiliário comercial europeu como vulnerável, dada uma série de preocupações. A pandemia atingiu o CRE durante seu pico de um ciclo. “No início da pandemia, as avaliações baseadas no mercado financeiro, como os índices de confiança de investimento imobiliário, caíram acentuadamente e a atividade de transações nos mercados de CRE caiu para a metade de seus níveis normais, sugerindo que os riscos estavam começando a se materializar no mercado”, observam.

Com maior número de pessoas trabalhando em casa e comprando online, mudanças estruturais podem acontecer no mercado. Um aluguel mais baixo, como é esperado no médio prazo, pode enfraquecer a posição financeira de mutuários e provocar maiores perdas de créditos para bancos.

Os gargalos de oferta prolongados também foram destacados pelo BCE, dados os consequentes aumentos de custos para a produção. Bancos com uma carteira mais exposta a propriedades em desenvolvimento estarão, portanto, sob maior risco, avaliam os supervisores. O setor imobiliário comercial também é “altamente exposto” aos riscos da transição climática, dados os níveis elevados de consumo de energia e emissão de gases de efeito estufa.

O setor imobiliário residencial também está sendo estudado, uma vez que dados confirmam a maior demanda por empréstimos relacionados. “O risco crescente de correções de preços nos mercados imobiliários residenciais da zona do euro e o aumento observado do endividamento das famílias são motivo de preocupação para os supervisores”, diz o BCE.

Em um esforço para investigar como os bancos podem lidar com tais mercados, a Supervisão Bancária informou estar fazendo uma revisão de uma amostra de bancos com maior exposição ao setor de imóveis comerciais. Em relação aos residenciais, o órgão incluirá uma revisão de bancos com esse tipo de investimento na carteira. “Os supervisores examinarão minuciosamente as avaliações de solvência dos bancos e os padrões de empréstimos para hipotecas residenciais recém-criadas e pedirão aos bancos que resolvam quaisquer deficiências”, afirmou, em nota.

Rainha Elizabeth II testa positivo para Covid; sintomas leves

A rainha Elizabeth II teve um teste positivo para Covid-19. A informação foi confirmada no domingo (20) pelo Palácio de Buckingham. Até o momento, a monarca de 95 anos teve apenas sintomas leves, comparáveis a um resfriado. O gabinete da rainha informou que a monarca está totalmente vacinada contra a Covid-19.

“Sua Majestade está com sintomas leves de resfriado, mas espera continuar com tarefas leves em Windsor na próxima semana. Ela continuará recebendo atendimento médico e seguirá todas as orientações apropriadas”, informou o Palácio.

No entanto, todo o cuidado parece ser pouco com a saúde da soberana, principalmente depois que ela precisou ser hospitalizada em outubro passado para exames. O Palácio de Buckingham nunca divulgou os motivos da internação.  A agenda do aniversário de seus 70 anos de reinado está lotada.

A partir de março, ela tem uma série de encontros e aparições públicas, entre elas, uma cerimônia em 29 de março em memória ao príncipe Philip, que faleceu no ano passado.

Putin reconhece duas regiões separatistas da Ucrânia como independentes

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou pela TV que reconhece duas regiões separatistas da Ucrânia, Luhansk e Donetsk, como independentes, em mais um passo que ajuda a incendiar a crise naquela parte do leste europeu.

Em uma dura mensagem recheada de argumentos históricos, ele alegou que as terras ancestrais do leste ucraniano são russas. Disse ainda que a Ucrânia moderna é uma invenção da União Soviética. “A Ucrânia é parte integrante da nossa história”, afirmou.

“Acho necessário tomar uma decisão que deveria ter sido tomada há muito tempo, reconhecer imediatamente a independência e a soberania da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk”, discursou, antes de assinar dois documentos.

O líder russo afirmou que a Ucrânia não foi capaz de formar um estado sólido desde o fim da URSS e, por isso, depende de países estrangeiros como os EUA. Segundo ele, o governo ucraniano é um regime fantoche dos americanos e está buscando criar armas nucleares.

Putin se queixou de que, quando a URSS se desintegrou, houve a promessa de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), pararia de se expandir, mas isso não ocorreu. E que, fazendo parte da Otan, a Ucrânia servirá de base de ataques contra a Rússia. O vizinho vem sendo inundado de armas estrangeiras, alegou.

Especialistas afirmam que o movimento pode inflamar ainda mais o impasse sobre uma escalada militar russa perto da Ucrânia que tem alimentado temores do Ocidente de que Moscou possa invadir. A Rússia nega qualquer plano de invasão e acusa o Ocidente de histeria.

Scholz da Alemanha suspende certificação Nord Stream 2 em meio a tensões Rússia/Ucrânia

O chanceler alemão Olaf Scholz colocou a certificação do gasoduto Nord Stream 2 no gelo na terça-feira (22), depois que a Rússia reconheceu formalmente duas regiões separatistas no leste da Ucrânia, segundo a Reuters.

“Devemos reavaliar a situação, em particular em relação ao Nord Stream 2”, disse Scholz em entrevista coletiva com seu colega irlandês, acrescentando que o ministério da economia analisará novamente o processo de certificação devido às ações da Rússia.

Seus comentários vieram horas depois que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, insistiu que seu país continuaria a fornecer suprimentos ininterruptos de gás natural aos mercados mundiais.

O líder fez os comentários em uma carta enviada à conferência do Fórum dos Países Exportadores de Gás, realizada em Doha.

O gasoduto Nord Stream 2, que verá o fluxo de gás da Rússia para a Alemanha, provou ser controverso, com alguns sentindo que o projeto deve ser interrompido em resposta a uma Moscou cada vez mais agressiva.

Economia da Alemanha deve encolher novamente no 1º trimestre, diz BC

A economia da Alemanha deve encolher novamente no trimestre atual, conforme uma nova onda de infecções por Coronavírus tem impedido muitas pessoas de irem trabalhar, disse o banco central alemão, prevendo uma recuperação durante a primavera do hemisfério Norte.

A maior economia da Europa entrou em retração nos últimos três meses de 2021, quando seu enorme setor industrial foi impactado por problemas de oferta.

Tais problemas estão agora diminuindo, mas a rápida disseminação da variante Ômicron está afetando serviços e emprego no geral.

“Ao contrário das ondas anteriores da pandemia, não é apenas a atividade no setor de serviços que provavelmente é afetada por medidas de contenção (da pandemia) e mudanças comportamentais”, escreveu o Banco Central da Alemanha em relatório mensal.

“Em vez disso, a ausência do trabalho relacionada à pandemia provavelmente diminuirá a atividade econômica acentuadamente também em outros setores”.

O BC alemão acrescentou que a indústria doméstica está fornecendo “um impulso positivo” à economia graças à redução dos gargalos de oferta e à alta demanda, preparando o terreno para uma recuperação na primavera caso a pandemia diminua.

Regras da UE visam transferência ilegal de dados para governos de fora do bloco

Amazon, Microsoft e outros provedores de serviços de nuvem e processamento de dados terão que estabelecer mecanismos para impedir que governos de fora da União Europeia obtenham acesso ilegal a dados dos países do bloco, de acordo com o esboço de um projeto de lei da Comissão Europeia.

A Lei de Dados, publicada na quarta-feira (23), estabelece direitos e obrigações sobre o uso de dados corporativos e de consumidores da União Europeia gerados em aparelhos e máquinas inteligentes, bem como em bens de consumo.

“Queremos garantir maior justiça na alocação do valor criado pelos dados”, disse a chefe digital da Comissão, Margrethe Vestager, em entrevista coletiva.

A executiva da União Europeia disse que as novas regras vão liberar um enorme volume de dados para uso e que devem acrescentar 270 bilhões de euros de Produto Interno Bruto adicional até 2028.

A Lei de Dados também impõe requisitos contratuais e padrões de interoperabilidade em serviços de nuvem e de borda para facilitar a mudança para um rival e o uso de dados entre setores.

Os usuários de dispositivos conectados poderão acessar os dados gerados por eles, que normalmente só são acessíveis aos fabricantes de dispositivos, e compartilhá-los com outras empresas que fornecem serviços de pós-venda ou outros serviços inovadores baseados em dados.

As empresas serão obrigadas a fornecer determinados dados aos governos durante emergências públicas, como inundações ou incêndios florestais.

A Lei de Dados precisará ser discutida com os governos e parlamentares da União Europeia antes que entre em vigor.

Crise ucraniana coloca riscos para bancos e crescimento econômico europeu

Assim como os bancos europeus estão prometendo grandes retornos traçando uma linha da crise da Covid, novos perigos estão vindo do Leste que podem pesar nos resultados e na qualidade de crédito dos bancos europeus mais expostos.

Os maiores riscos, no entanto, não devem vir da Ucrânia. No final de setembro de 2021, a exposição de bancos estrangeiros que reportam a Bank International Settlements para residentes ucranianos era de US$ 13,5 bilhões antes das transferências de risco, com bancos franceses e austríacos respondendo por cerca de metade do total.

De acordo com uma pesquisa da Scope Ratings assinada por Marco Troiano (responsável pela classificação das instituições financeiras), isso “não apresenta riscos de crédito substanciais”, uma vez que “apenas um punhado de grupos bancários europeus mantém uma presença local significativa”, incluindo o Raiffeisen Centrobank, BNP Paribas e Kredobank do PKO.

“Embora os bancos estrangeiros sejam grandes players no mercado ucraniano, o tamanho de seus balanços é limitado a alguns bilhões de euros e é financiado principalmente por depósitos locais, deixando os bancos expostos principalmente por meio de suas participações limitadas a algumas centenas de milhões de euros. euros”, explica-se no estudo da agenda de rating.

O principal perigo vem da Rússia. De acordo com o cenário base da agência alemã, o país poderá enfrentar “sanções mais duras” se as tensões sobre a Ucrânia se intensificarem e, dependendo da intensidade das medidas, o impacto na economia poderá variar, afetando “negativamente a qualidade das atividades bancárias locais”.

A nível macroeconômico, as tensões geopolíticas contínuas na Europa de Leste têm o poder de atenuar as perspectivas de crescimento econômico em toda a Europa, que se baseia nas importações de gás natural da Rússia.

“Os altos preços da energia são um fator-chave nas atuais pressões inflacionárias e podem ameaçar a recuperação pós-Covid”, aponta Scope, segundo o qual a escalada do conflito pode ter “um impacto na confiança do mercado global, especialmente em países onde as bolsas de valores estão sendo negociados em ou perto de máximos históricos.”

“Uma desaceleração nas perspectivas econômicas seria prejudicial para as receitas bancárias e a qualidade dos ativos, enquanto a inflação mais alta poderia pesar nos esforços de corte de custos”, acrescentou.

Rússia começa operação de invasão à Ucrânia

A Rússia iniciou na madrugada de quinta-feira (24) (no horário de Brasília) uma operação militar de invasão da Ucrânia. Após o início das mobilizações russas, houve registro de explosões e ataques a unidades de fronteiras ucranianas, além de mobilizações de tanques. As ofensivas da Rússia fizeram as sirenes de emergência dispararem na Ucrânia e o presidente Volodymyr Zelensky adotar lei marcial no país.

Os ataques começaram após o presidente russo, Vladimir Putin, ter dado sinal verde àquilo que definiu como “operação militar especial” da Rússia no leste da Ucrânia e mandar recado para aqueles que tentarem intervir. O anúncio foi feito por Putin, na noite de ontem, durante um pronunciamento transmitido em cadeia nacional.

Tomei a decisão de conduzir uma operação militar especial. Nossa análise concluiu que nosso confronto com essas forças ucranianas é inevitável. Algumas palavras para aqueles que seriam tentados a intervir: a Rússia responderá imediatamente e você terá consequências que nunca teve antes em sua história. Disse Vladimir Putin, ao anunciar a operação militar na Ucrânia.

Putin descreveu a medida como uma resposta às ameaças ucranianas e disse que visa a “desmilitarização e a desnazificação”.

Logo após o discurso, repórteres da rede americana CNN disseram ter ouvido explosões em Kiev, capital da Ucrânia, e em Kharkiv, a segunda maior cidade, localizada no nordeste do país. Segundo agências de notícias, o governo ucraniano confirmou que a Rússia iniciou os ataques contra o seu território. O anúncio do presidente russo ocorre no momento em que o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) se reúne em Nova York para denunciar a invasão ao território ucraniano.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (21), as bolsas asiáticas fecharam em queda, com investidores atentos à situação da Ucrânia e após a China deixar suas principais taxas de juros inalteradas. O índice Xangai teve queda de 0,0042%, a 3.490,61 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,78%, a 26.910,87 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,65%, a 24.170,07 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,36%, a 4.634,31 pontos.

Na terça-feira (22), as bolsas asiáticas fecharam em queda, pressionadas por uma nova escalada nas tensões entre Ucrânia e Rússia. O índice Xangai teve queda de 0,96%, a 3.457,15 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,71%, a 26.449,61 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,69%, a 23.520,00 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,30%, a 4.574,15 pontos.

Na quarta-feira (23), as bolsas asiáticas fecharam em alta, com papéis de alta tecnologia e empresas de nova energia liderando os ganhos, em meio à recuperação da entrada de fluxos após liquidação provocada pelas tensões entre Rússia e Ucrânia. O índice Xangai teve alta de 0,93%, a 3.489,15 pontos. O índice japonês Nikkei permaneceu fechado, devido a um feriado. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,60%, a 23.660,28 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,07%, a 4.623,05 pontos.

Na quinta-feira (24), as bolsas asiáticas fecharam em queda, acompanhando a liquidação nas ações globais depois de a Rússia ter atacado a Ucrânia após o presidente russo, Vladimir Putin, ter autorizado o que chamou de operação militar especial. O índice Xangai teve queda de 1,70%, a 3.429,96 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,81%, a 25.970,82 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 3,21%, a 22.901,56 pontos. O índice CSI300 teve queda de 2,03%, a 4.529,32 pontos.

China anuncia sanções a americanas Raytheon e Lockheed por acordo com Taiwan

A China anunciou na segunda-feira (21) que vai impor novas sanções às americanas Raytheon Technologies e Lockheed Martin por terem fechado contratos de vendas de armas com Taiwan. Porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin anunciou a punição durante coletiva diária, citando uma nova lei de sanções estrangeiras que entrou em vigor em 2021.

O gesto foi em resposta a um contrato de US$ 100 milhões aprovado por Washington para a manutenção de sistemas de defesa de mísseis de Taiwan pelas duas empresas.

“A China mais uma vez pede que o governo dos EUA e partes relevantes…interrompam as vendas de armas a Taiwan e rompam laços militares com Taiwan”, disse Wang.

Ainda segundo o porta-voz, “a China continuará tomando todas as medidas necessárias para salvaguardar seus interesses de segurança e soberania com firmeza, de acordo com o andamento da situação”.

Taiwan é uma ilha autônoma que a China alega ser parte de seu território. Os dois lados se separaram durante a guerra civil de 1949.

Os EUA não têm relações formais com Taiwan, mas são seu principal aliado.

Pequenas empresas de Hong Kong dizem que sobrevivência está em jogo à medida que as restrições da Covid-19 aumentam

O restaurante Pasta Zone de Hong Kong perdeu sua multidão no início de janeiro, quando as autoridades impuseram um toque de recolher às 18h para ajudar a conter a Covid-19. Algumas semanas depois, quando o governo pediu às pessoas que trabalhassem em casa, a multidão do almoço também evaporou.

Isso reduziu os negócios em dois terços, disse a co-proprietária Yvonne Chan, acrescentando que o restaurante provavelmente poderia sobreviver por seis meses em tais condições.

As autoridades de saúde dizem que essas restrições permanecerão em vigor para 16 tipos de negócios, incluindo restaurantes como o Chan’s, ou até mesmo apertadas, até que o governo atinja sua meta declarada de “zero Covid” de erradicar qualquer surto.

“Não sabemos o que fazer. Nossas mãos estão atadas”, disse Chan.

Sem medidas de alívio sem precedentes no orçamento de Hong Kong para 2022-23 na quarta-feira (23), é difícil ver como a economia pode evitar contrair novamente depois de sair no ano passado de sua recessão mais prolongada, que durou de 2019 a 2020, dizem economistas.

O governo prometeu apoio além da última rodada de subsídios no valor de HK$ 27 bilhões (US$ 3,46 bilhões) anunciada este ano, mas não sinalizou nenhuma medida específica para o próximo orçamento.

Os departamentos de finanças e comércio não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

Em sua postagem regular de domingo, o secretário de Finanças, Paul Chan, disse que o governo precisa “fazer o melhor” para oferecer apoio financeiro às pessoas, pequenas e médias empresas e restaurar a confiança.

A Câmara Geral de Comércio de Hong Kong disse que são necessárias medidas orçamentárias ousadas para “evitar o fechamento de empresas”.

Suas propostas incluíam ajuda para empregados e pequenas empresas nas indústrias afetadas; apostilas de vouchers de consumo aos moradores; e cortes pontuais de 100% nos lucros, salários e impostos de renda, limitados a HK$ 20.000 (US$ 2.564).

As restrições atuais, que fecharam bares, academias, salões de beleza e uma dúzia de outros tipos de locais, e a maioria das pessoas trabalhando em casa, são mais rígidas do que em 2020.

Espera-se que o atual surto, o quinto e maior em Hong Kong, piore, potencialmente atingindo até 30.000 infecções por dia até o final de março, de cerca de 7.000 agora, dizem alguns epidemiologistas.

Kim da Coreia do Norte parabeniza China pelas Olimpíadas e diz que juntos vão frustrar ameaças dos EUA

O norte-coreano Kim Jong Un prometeu fortalecer a cooperação com a China e, juntos, “frustrar” ameaças e políticas hostis dos Estados Unidos e seus aliados, informou a mídia estatal na terça-feira (22).

Kim fez as observações em uma mensagem verbal ao presidente chinês Xi Jinping, parabenizando-o pela conclusão bem-sucedida das Olimpíadas de Pequim, disse a agência de notícias estatal KCNA em um resumo.

A Coreia do Norte e a China estão defendendo e promovendo o socialismo, enquanto “frustram a política hostil indisfarçada e a ameaça militar dos EUA e suas forças satélites” ao fortalecer a cooperação estratégica e a unidade, disse Kim.

Kim elogiou os Jogos por deixarem uma marca na história e disse que, sob a liderança de Xi, a China perseverou diante de uma “crise de saúde sem precedentes e das manobras das forças hostis”.

A Coreia do Norte não participou dos Jogos, que terminaram no domingo (20).

Em uma carta anterior das autoridades esportivas em janeiro, a Coreia do Norte culpou “forças hostis” e os riscos da Covid-19 por não poder comparecer.

Os atletas norte-coreanos não foram elegíveis para competir sob sua bandeira nacional depois que o país não enviou uma equipe para os Jogos Olímpicos de Tóquio no ano passado, citando preocupações com a Covid-19.

A China tem sido o único grande aliado da Coreia do Norte desde que os dois assinaram um tratado em 1961.

Ministro das Finanças do Japão diz que Tóquio coordenará com o G7 para lidar com a Ucrânia

O Japão vai se coordenar com as economias avançadas do Grupo dos Sete (G7) para lidar com a situação da Ucrânia, enquanto observa cuidadosamente como isso pode afetar sua economia, disse o ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, na terça-feira (22).

Suzuki também disse a repórteres após uma reunião de gabinete que observaria de perto qualquer impacto do aumento das taxas de juros nos países ocidentais na economia do Japão.

O Japão provavelmente se juntará às sanções lideradas pelos EUA contra a Rússia, incluindo a proibição de exportação de chips e outras tecnologias importantes, informou o jornal Yomiuri na terça-feira (22).

China planeja cortes de impostos maiores em 2022 para impulsionar crescimento

A China anunciará cortes maiores de impostos e taxas neste ano e intensificará os pagamentos a governos locais para compensar o impacto nas receitas, disse o ministro das Finanças, Liu Kun, na terça-feira (22), em meio a esforços para apoiar uma economia em desaceleração.

Os cortes de impostos serão maiores em 2022 do que os 1,1 trilhão de iuanes (173,56 bilhões de dólares) em reduções anunciados ano passado, disse Liu em entrevista coletiva de imprensa, sem especificar o tamanho das reduções planejadas.

“Este ano, o governo central aumentará significativamente o tamanho das transferências de pagamentos, especialmente as transferências de pagamentos gerais, continuando a favorecer regiões com dificuldades e áreas subdesenvolvidas”, disse Liu.

Os pagamentos planejados para os governos locais ajudarão em grande parte a compensar o impacto dos cortes de impostos e taxas nas receitas dos governos locais, disse ele, acrescentando que essas transferências superaram 8 trilhões de iuanes em 2021.

A forte recuperação econômica da China ante o tombo induzido pela pandemia começou a perder força em meados do ano passado, pressionada por problemas de dívida no mercado imobiliário e medidas rígidas de combate ao Coronavírus que afetaram a confiança e os gastos do consumidor.

Taiwan olha com cautela para a China em meio à crise na Ucrânia, mas sem alarme imediato

Taiwan teme que Pequim possa tirar vantagem de um Ocidente distraído para aumentar a pressão sobre a ilha em meio à crise na Ucrânia, mas não houve manobras incomuns das forças chinesas nos últimos dias, disseram autoridades em Taipei.

O governo, sempre alerta ao que considera provocações chinesas, criou no mês passado um grupo de trabalho da Ucrânia sob o Conselho de Segurança Nacional. A China vê Taiwan como seu próprio território e intensificou a atividade militar perto da ilha autônoma durante os últimos dois anos.

A presidente Tsai Ing-wen disse em uma reunião do grupo de trabalho na quarta-feira (23) que Taiwan deve aumentar sua vigilância e alerta sobre as atividades militares na região e combater a desinformação estrangeira, embora ela não tenha mencionado diretamente a China.

Embora o governo de Taiwan diga que a situação da ilha e a da Ucrânia são “fundamentalmente diferentes”, Tsai expressou “empatia” pela situação da Ucrânia devido à ameaça militar que a ilha enfrenta da China.

O ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, alertou em duas entrevistas à mídia estrangeira este mês que eles estavam observando de perto para ver se a China aproveitaria a crise na Ucrânia para atacar.

“A China pode pensar em usar uma ação militar contra Taiwan a qualquer momento, e precisamos estar preparados para isso”, disse ele à ITV News da Grã-Bretanha.

Um alto funcionário de Taiwan familiarizado com o planejamento de segurança do governo disse à Reuters que as chances de um repentino aumento da tensão militar “não são altas”, mas que Taipei está observando atentamente quaisquer atividades chinesas incomuns.

Japão impõe sanções à Rússia por ações na Ucrânia

O Japão está impondo sanções à Rússia por suas ações na Ucrânia, disse o primeiro-ministro Fumio Kishida na quarta-feira (23), classificando as medidas de Moscou como uma violação inaceitável da soberania ucraniana e do direito internacional.

Na terça-feira, nações ocidentais impuseram novas sanções a bancos e elites russos depois que Moscou ordenou que tropas fossem para regiões separatistas do leste da Ucrânia.

As sanções do Japão incluem a proibição da emissão de títulos russos no Japão e o congelamento dos ativos de certos indivíduos russos, bem como a restrição de viagens ao Japão, disse Kishida.

“As ações da Rússia claramente prejudicam a soberania da Ucrânia e vão contra a lei internacional. Mais uma vez criticamos esses movimentos e instamos fortemente a Rússia a retornar às discussões diplomáticas”, disse ele.

“A situação continua bastante tensa e continuaremos a monitorá-la de perto.”

Os detalhes das sanções serão elaborados e anunciados nos próximos dias, acrescentou.

O Japão tem reservas suficientes de petróleo e gás natural liquefeito (GNL) para que não haja um impacto significativo no fornecimento de energia no curto prazo, disse Kishida.

Caso os preços do petróleo subam ainda mais, ele disse que consideraria todas as medidas possíveis para limitar o impacto sobre empresas e famílias.

Kishida disse que o Japão permanecerá em contato próximo com outras nações do G7 e com a comunidade internacional.

“Se a situação piorar, agiremos rapidamente para tomar mais medidas”, acrescentou.

Os mercados japoneses foram fechados na quarta-feira por um feriado nacional.

A postura de endurecimento do Japão contrasta com a abordagem diplomática mais branda a Moscou adotada pelos governos japoneses no passado, tentativas de garantir o retorno das ilhas ocupadas pelas forças russas no final da Segunda Guerra Mundial.

Tesla planeja nova fábrica em Xangai para mais que dobrar a capacidade da China

A Tesla planeja começar a trabalhar em uma nova fábrica em Xangai já no próximo mês, como parte de um plano para mais que dobrar a capacidade de produção na China para atender à crescente demanda por seus carros no país e nos mercados de exportação, duas pessoas familiarizadas com o assunto disseram à Reuters.

Assim que a nova fábrica estiver totalmente operacional, a Tesla terá capacidade para produzir até 2 milhões de carros por ano em sua instalação ampliada em Xangai, principal centro de exportação da empresa, segundo as pessoas, que pediram para não serem identificadas ao discutir ainda a iniciativa privada.

A nova fábrica estará localizada nas proximidades de sua base de produção existente em Lingang, Pudong New Area.

A Tesla se recusou a comentar.

A expansão, se for adiante, daria capacidade de produção dedicada à Tesla no maior mercado automobilístico do mundo, no mesmo nível de marcas mais estabelecidas na China.

Em comparação, a Toyota Motor Corp produziu 1,6 milhão de veículos na China em 2021. A General Motors produziu 1,4 milhão com seu principal parceiro chinês SAIC Motor Corp. A Volkswagen planeja ter capacidade para fabricar 1 milhão de EVs na China até 2023.

O custo da expansão planejada e o cronograma de conclusão da Tesla não foram imediatamente conhecidos.

Raisi do Irã e Emir do Catar assinam acordos bilaterais em Doha

O presidente do Irã chegou ao Catar para uma cúpula de países exportadores de gás, informou a agência de notícias estatal na segunda-feira (21).

A IRNA disse que o presidente Ebrahim Raisi está liderando uma delegação ao Fórum de Países Exportadores de Gás em Doha, projetado para desenvolver a cooperação econômica, energética e política entre o Irã e o Catar. É a primeira viagem ao exterior de Raisi desde que assumiu o cargo em agosto, e ele é o primeiro presidente iraniano a visitar Doha em 11 anos.

A IRNA disse que cinco ministros, incluindo aqueles que lideram as políticas externa e petrolífera do país, acompanharam o presidente iraniano.

Raisi deve falar na cúpula na terça-feira.

O presidente do Irã e o emir xeque Tamim bin Hamad Al-Thani do Catar assinaram uma série de acordos bilaterais em Doha na segunda-feira, mostraram a televisão estatal iraniana e a rede Al-Jazeera do Catar.

Os acordos incluíam dois acordos de energia, mas mais detalhes não estavam disponíveis imediatamente.

Egito produz 30 milhões de doses da vacina Vaccera-Sinovac

O Egito produziu mais de 30 milhões de doses da vacina Vaccera-Sinovac Covid-19 e poderá produzir 100 milhões de doses este ano, disse Khaled Abdel Ghaffar, ministro interino da saúde e população.

Cairo também entregou o primeiro lote de 500.000 doses de vacinas Covid-19 produzidas localmente à Autoridade Palestina, acrescentou ele durante uma entrevista coletiva conjunta com o embaixador chinês no Egito, Liao Liqiang.

Abdel Ghaffar disse que seu país busca se tornar um centro regional para a produção de vacinas. O Egito está se preparando para exportar vacinas Covid-19 fabricadas localmente para países africanos.

Liao se referiu à cooperação entre Egito e China na produção de vacinas Covid-19 durante a pandemia.

Ele disse que seu país forneceu ao Egito 67 milhões de doses de vacinas chinesas e pretende enviar 60 milhões de doses este ano.

Aramco negocia com empresas chinesas para novos investimentos, confirma CEO

O presidente e CEO da Saudi Aramco, Amin H Nasser, revelou o interesse da empresa em investir na China.

Ao falar com a imprensa na International Petroleum Technology Conference 2022 em Riad, Nasser afirmou que a Aramco tem um enorme interesse em investir na potência econômica.

“A China é uma parte importante do setor. Definitivamente, estamos procurando mais investimentos na China. E estamos atualmente em discussões com vários de nossos parceiros na China”, disse Nasser em resposta a uma pergunta do Arab.

No entanto, Nasser se recusou a divulgar mais sobre quaisquer investimentos em potencial.

Um relatório recente da Bloomberg afirmou que a Aramco está mantendo conversas iniciais com parceiros, incluindo a empresa estatal de defesa Norinco, sobre o desenvolvimento de um complexo petroquímico e de refino de US$ 10 bilhões na China.

As conversas iniciais deveriam começar em 2020. No entanto, devido ao crash do petróleo desencadeado pela pandemia de Covid-19, elas não prosseguiram.

Com o preço do petróleo bruto se aproximando de US$ 100 o barril, a Aramco pode agora dar uma nova olhada neste investimento naquele que é seu maior mercado de exportação.

Irã diz que negociações nucleares chegaram a ‘ponto sensível’

As negociações em Viena sobre a retomada de um acordo nuclear de 2015 entre o Irã e as potências mundiais chegaram a um ponto sensível e os países ocidentais devem adotar uma abordagem realista para resolver os assuntos restantes, disse o ministro das Relações Exteriores do Irã nesta quarta-feira (23), e ponto importante, disse Hossein Amirabdollahian durante uma entrevista coletiva com seu colega de Omã em Teerã.

“Nós nos perguntamos se o lado ocidental pode adotar uma abordagem realista para analisar os pontos restantes das negociações.”

A Reuters informou na semana passada que um acordo EUA-Irã está tomando forma em Viena após meses de negociações indiretas para reviver o pacto nuclear abandonado em 2018 pelo então presidente dos EUA, Donald Trump, que também reimpôs extensas sanções ao Irã.

O acordo de 2015 entre o Irã e as potências mundiais limitaram o enriquecimento de urânio de Teerã para dificultar o desenvolvimento de material para armas nucleares, se assim o desejar, em troca do levantamento das sanções internacionais contra Teerã.

Aramco fecha acordo de gasoduto de US$ 15,5 bilhões com BlackRock, Hassana e outros investidores globais

A Aramco e um consórcio de investidores internacionais, liderado por afiliadas da BlackRock e Hassana, anunciaram hoje o fechamento bem-sucedido de um acordo de gasoduto de US$ 15,5 bilhões.

Os investidores adquiriram 49% de participação na Aramco Gas Pipelines Co., uma subsidiária da Aramco, de acordo com um comunicado. A Aramco mantém a participação majoritária de 51% na empresa e também mantém a propriedade total e o controle operacional da rede de gasodutos.

O consórcio inclui os principais investidores institucionais, incluindo, entre outros, Keppel Infrastructure Trust, Silk Road Fund e China Merchants Capital.

Como parte da transação, anunciada pela primeira vez em dezembro de 2021, a Aramco Gas Pipelines Co. e a Aramco firmaram um contrato de arrendamento e relocação de 20 anos em conexão com a rede de gasodutos da Aramco.

O anúncio segue o fechamento de uma transação de infraestrutura de US$ 12,4 bilhões em conexão com a rede estabilizada de oleodutos de petróleo bruto da Aramco em junho de 2021.

Paralelamente à transação de hoje, a Aramco também assinou um memorando de entendimento com a BlackRock, para explorar oportunidades conjuntas em futuros projetos de transição energética relacionados à infraestrutura de energia de baixo carbono.

O presidente e CEO da Aramco, Amin H. Nasser, disse: “Este acordo é nossa segunda transação de infraestrutura de referência em menos de um ano e outro grande passo em nossa estratégia de criação de valor de longo prazo. Ao mesmo tempo em que a Aramco aumenta a produção de gás e busca novas oportunidades em fontes de energia de baixo carbono na próxima década, espera-se que a importância de nossa infraestrutura energética em relação à segurança e confiabilidade energética global cresça em importância”.

Larry Fink, presidente e CEO da BlackRock, disse: “Temos o prazer de fechar esta transação histórica e aprofundar nossa parceria com a Aramco assinando um Memorando de Entendimento para desenvolver juntos infraestrutura de energia de baixo carbono. Chegar a um mundo net zero não acontecerá da noite para o dia. Isso exige que mudemos o mix de energia em etapas incrementais para alcançar um futuro de energia verde. Incumbentes ousados ​​e com visão de futuro, como a Aramco, têm o conhecimento técnico e o capital para desempenhar um papel crucial nessa transformação, e estamos ansiosos por nossa futura colaboração”.

Sob este acordo, a Aramco Gas Pipelines Co. receberá uma tarifa paga pela Aramco para os produtos de gás especificados que fluem através da rede, respaldado por compromissos mínimos de rendimento. A transação não impõe nenhuma restrição aos volumes de produção da Aramco.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
25/02/2022