Cenário Econômico Internacional – 04/03/2022

Cenário Econômico Internacional – 04/03/2022

Cenário Econômico Internacional – 04/03/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

  • Conselho de Segurança aprova reunião de emergência da Assembleia Geral da ONU
  • Mais de 660 mil refugiados fogem da Ucrânia, diz ONU
  • Swift desconectará entidades russas assim que receber instruções legais para isso
  • FMI e Banco Mundial preparam pacote de socorro à Ucrânia
  • Mercado acionário dos EUA
  • Dólar
  • Jogada nuclear de Putin pode tornar situação “muito, muito mais perigosa”, diz autoridade dos EUA
  • Empresas de telecomunicações canadenses bloqueiam emissora estatal russa RT
  • Biden diz que os americanos não devem se preocupar com guerra nuclear
  • Inflação nos EUA deve ficar acima do esperado nos próximos anos
  • Argentina encaminhará acordo com o FMI ao Congresso esta semana, diz presidente
  • México se recusa a impor sanções econômicas à Rússia
  • Em aceno inédito, chefe do Fed diz que apoia alta de 0,25 ponto nos juros em março
  • Inflação avança em ritmo robusto nos EUA, diz Livro Bege
  • Mercado acionário europeu
  • UE diz que 300 mil refugiados já deixaram a Ucrânia, muitos mais são esperados
  • Sanções da União Europeia ao Banco Central russo entram em vigor
  • Rússia e Ucrânia começam reunião para negociações em Belarus
  • Filial do maior banco da Rússia pode falir após onda de saques
  • Maior banco da Rússia, Sberbank anuncia saída do mercado europeu
  • Gigante de transporte marítimo Maersk se afasta da Rússia e isolamento do país se aprofunda
  • Conflito na Ucrânia: Reino Unido relaxa regras de visto para refugiados
  • Rússia diz que economia está sofrendo “sérios golpes”, mas há margem de segurança
  • Mercado acionário na Ásia
  • Coreia do Norte dispara possível míssil balístico pela primeira vez em um mês
  • China diz que se opõe a sanções após proibição SWIFT a bancos russos
  • PMI da indústria chinesa sobe a 50,2 em fevereiro
  • PMI industrial do Japão cai para 52,7 em fevereiro, diz IHS Markit
  • População com patrimônio líquido ultra alto de Cingapura deve crescer quase 300% até 2026
  • A crise na Ucrânia é um grande desafio para a China
  • China não aderirá a sanções contra Rússia, diz órgão regulador bancário
  • Bangladesh estabelece meta de enviar 1 milhão de trabalhadores ao exterior em 2022
  • Ministro egípcio culpa intransigência da Etiópia pela falta de progresso nas negociações da barragem
  • Déficit orçamentário real da Arábia Saudita em 2021 cai para US$ 19,6 bilhões
  • Plataformas da sociedade civil pressionam para que mulheres libanesas cheguem ao parlamento
  • Valor de mercado da Saudi Aramco atinge US$ 2,3 trilhões após outro aumento recorde de ações
  • Empresa de tecnologia saudita Master Works levanta US$ 40 milhões na primeira rodada de financiamento

Conselho de Segurança aprova reunião de emergência da Assembleia Geral da ONU

O Conselho de Segurança da ONU aprovou no domingo (27) a resolução que agenda para segunda-feira (28) uma sessão extraordinária da Assembleia Geral da ONU sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia.

A resolução, promovida pelos Estados Unidos e pela Albânia, foi aprovada por 11 países, com o voto contrário da Rússia e a abstenção de China, Índia e Emirados Árabes – para este tipo de resolução, nenhum país tem direito a veto. O diplomata Ronaldo Costa Filho confirmou o voto brasileiro a favor da reunião de emergência.

A Assembleia Geral das Nações Unidas conta com 193 membros e não existe direito a veto.

O objetivo dessa sessão da Assembleia Geral é “que os 193 membros da ONU se posicionem” sobre a guerra que eclodiu devido à invasão russa à Ucrânia e sobre “a violação da Carta das Nações Unidas”.

Mais de 660 mil refugiados fogem da Ucrânia, diz ONU

Desde 24 de fevereiro, mais de 660 mil pessoas fugiram da Ucrânia para países vizinhos em virtude de ataques da Rússia. Os dados constam no mais recente levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado na terça-feira (01).

Shabia Mantoo, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), disse que há relatos de pessoas esperando até 60 horas para entrar na Polônia, enquanto as filas na fronteira romena chegam a 20 quilômetros.

A estimativa da ONU é a de que quatro milhões de ucranianos devem fugir do país em busca de refúgio. Os ucranianos não precisam de visto para entrar na União Europeia (UE) ou na Suíça. Apenas os países da UE já receberam pelo menos 300 mil refugiados ucranianos.

Swift desconectará entidades russas assim que receber instruções legais para isso

A Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (Swift, na sigla em inglês) divulgou comunicado no qual declara estar em contato com autoridades para entender quais entidades russas estariam sujeitas a medidas de restrição aos seus serviços. Ainda, afirma que a desconexão dessas entidades será feita “assim que recebermos instruções legais” para isso.

“Estamos cientes da declaração conjunta de líderes da Comissão Europeia, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos, que expressa sua intenção de implementar novas medidas para restringir o acesso de bancos russos selecionados aos nossos serviços de mensagens financeiras. As decisões diplomáticas levaram a Swift aos esforços para acabar com esta crise, e sempre cumpriremos as leis de sanções aplicáveis”, descreve o comunicado.

A Swift também lamenta as “trágicas consequências humanas” da invasão da Ucrânia pela Rússia e destaca que continuará a apoiar “a estabilidade econômica, a resiliência e a prosperidade em todo o sistema financeiro global, para apoiar a resolução e a recuperação de longo prazo”.

FMI e Banco Mundial preparam pacote de socorro à Ucrânia

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (Bird) anunciaram que estão preparando um pacote de crédito para socorrer a Ucrânia no valor de US$ 5,2 bilhões.

Conforme declaração conjunta da diretora-gerente FMI, Kristalina Georgieva, e do presidente do Bird, David Malpass, ambos “estão profundamente chocados e entristecidos pelo devastador custo humano e econômico causado pela guerra na Ucrânia”.

De acordo com o texto, o FMI pretende liberar uma linha de crédito adicional de US$ 2,2 bilhões, por meio do acordo de stand-by até junho. O Bird, por sua vez, prepara um pacote de apoio de US$ 3 bilhões para a Ucrânia “nos próximos meses, começando pelo desembolso rápido de US$ 350 milhões que será submetido à aprovação do Conselho na próxima semana.

Outros US$ 200 milhões serão desembolsados para saúde e educação. “Este pacote incluirá a mobilização de financiamento de vários parceiros de desenvolvimento e congratulamo-nos com o apoio já anunciado de muitos parceiros bilaterais”, disse o texto.

A declaração ainda destacou que a alta dos preços das commodities deverá alimentar ainda mais o risco de inflação, que atinge mais os pobres. “As perturbações nos mercados financeiros continuarão a piorar se o conflito persistir. As sanções anunciadas nos últimos dias também terão um impacto econômico significativo. Estamos avaliando a situação e discutindo as respostas políticas apropriadas com nossos parceiros internacionais”, afirmou o texto.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (28), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, com o mercado de olho na escalada da guerra na Ucrânia e com países anunciando mais sanções para pressionar a Rússia. Em segundo plano, investidores acompanharam a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e comentários do presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic. O índice Dow Jones teve queda de 0,49%, a 33.892,60 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,24%, a 4.373,94 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,41%, a 13.751,40 pontos.

Na terça-feira (01), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, pressionadas pelos temores de investidores acerca do conflito na Ucrânia, prestes a completar uma semana desde a invasão da Rússia. Preocupado com os impactos da guerra e de sanções aplicadas à Rússia à economia global, o mercado se afastou de ativos de risco, prejudicando índices acionários mundo afora. O índice Dow Jones teve queda de 1,76%, a 33.294,95 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,55%, a 4.306,26 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,59%, a 13.532,46 pontos.

Na quarta-feira (02), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, depois que o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizou que o banco central dos EUA provavelmente promoverá uma elevação de juros menor do que alguns investidores temiam. O índice Dow Jones teve alta de 1,79%, a 33.891,35 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,86%, a 4.386,54 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,62%, a 13.752,02 pontos.

Na quinta-feira (03), as bolsas de valores de Nova York operavam em queda, depois que o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, apontou um aperto monetário cauteloso em meio à crise na Ucrânia. Por volta das 13h30, o índice Dow Jones registrava queda de 0,37%, a 33.765,43 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,50%, a 4.364,70 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 1,00%, a 14.101,05 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 25.02.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (25) cotado a R$ 5,1557 com alta de 0,99%. Fatores técnicos e montagem de posições defensivas na véspera do feriado de Carnaval, quando não haverá negócios no mercado doméstico, levaram o dólar a subir nesta sexta-feira (25). Esse movimento se deu na contramão da tendência global de enfraquecimento da moeda norte-americana, em meio à retomada do apetite por risco diante da expectativa de um desfecho rápido do conflito na Ucrânia, após sinais de abertura de diálogo entre os invasores russos e o governo ucraniano.

Na segunda-feira (28) – Com nova corrida à segurança da divisa norte-americana em meio à continuidade do conflito militar na Ucrânia e a aplicação de novas sanções à economia da Rússia em resposta à invasão comandada por Moscou. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis rivais, subiu 0,09%, aos 96,707 pontos.

Na terça-feira (01) – O dólar avançou ante a maioria de suas moedas rivais nesta terça-feira, 1º, com investidores avessos ao risco em meio a novas ofensivas russas na Ucrânia e anúncios de sanções pelos países do ocidente. Tanto na Europa quanto em Nova York, os principais índices apresentaram queda no pregão de hoje, refletindo a cautela dos mercados. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis rivais, subiu 0,72%, aos 97,409 pontos.

Na quarta-feira (02) – O dólar à vista registrou queda de 0,94%, cotado a R$ 5,1073 na venda. Uma onda de recuperação de ativos de risco no exterior, em meio a declarações em tom cauteloso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e à valorização expressiva dos preços das commodities, na esteira de gargalos de oferta provocados pelas sanções econômicas à Rússia, abriu espaço para uma nova rodada de apreciação do real. O dólar oscilou entre R$ 5,2236 na máxima e R$ 5,1033 na mínima.

Na quinta-feira (03) – Por volta das 13h33, o dólar operava em queda de 1,21% cotado a R$ 5,0456 na venda. Esse movimento de apreciação do real frente ao dólar é apoiado em fluxos de investidores estrangeiros que estavam montados em outros países e também possivelmente de milionários russos sob sanções dos aliados da Ucrânia.

Jogada nuclear de Putin pode tornar situação “muito, muito mais perigosa”, diz autoridade dos EUA

A ordem do presidente russo, Vladimir Putin, de colocar as forças nucleares russas em alerta máximo durante a invasão da Ucrânia é uma escalada que pode tornar as coisas “muito, muito mais perigosas”, disse uma autoridade militar dos Estados Unidos, no domingo (27).

Putin deu a ordem enquanto Washington avalia que as forças russas estão sofrendo reveses inesperados no campo de batalha na invasão que já dura quatro dias devido à forte resistência ucraniana e falhas de planejamento que deixaram algumas unidades sem combustível ou outros suprimentos, disseram autoridades dos EUA.

O Pentágono soube do aumento do alerta russo a partir do anúncio televisionado de Putin, disse o alto funcionário militar dos EUA, em vez de por fontes de espionagem norte-americanas.

Logo após Putin falar, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, o general Mark Milley, presidente do Estado-Maior Conjunto; e o principal comandante dos EUA para a Europa, general Tod Wolters, realizaram uma reunião pré-agendada mais cedo em que discutiram a decisão do presidente russo.

Embora Washington ainda estivesse coletando informações, a atitude de Putin foi preocupante, disse a autoridade, falando sob condição de anonimato.

“Trata-se, essencialmente, de colocar forças em jogo que, se houver um erro de cálculo, as coisas podem ficar muito, muito mais perigosas”, disse o funcionário.

Questionado se os EUA continuariam a fornecer assistência militar à Ucrânia após o anúncio de Putin, o funcionário disse: “Esse apoio vai avançar.”

Enquanto os mísseis choviam sobre cidades ucranianas, milhares de civis, principalmente mulheres e crianças, fugiam do ataque russo para países vizinhos.

A capital Kiev ainda estava nas mãos do governo ucraniano, com o presidente, Volodymyr Zelenskiy, reunindo o povo para a defesa da cidade.

Os EUA avaliam que a Rússia disparou mais de 350 mísseis contra alvos ucranianos até agora, alguns atingindo infraestrutura civil. Mas a autoridade dos EUA expressou profunda preocupação com o que o Pentágono acredita ser indicações de que as forças russas – que parecem se concentrar sobre alvos militares – podem estar mudando de estratégia.

Citando uma ofensiva russa na cidade ucraniana de Chernihiv, ao norte de Kiev, o funcionário citou os primeiros sinais de que a Rússia estava adotando táticas de cerco.

“Parece que eles estão adotando uma mentalidade de cerco, que qualquer estudante de tática e estratégia militar diria que quando isso acontece a probabilidade de danos colaterais aumenta”, disse o funcionário.

Empresas de telecomunicações canadenses bloqueiam emissora estatal russa RT

As principais operadoras de cabo canadenses disseram que retirariam a emissora estatal russa RT de sua programação de canais em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.

A Rogers Communications e a Bell da BCE disseram no domingo (27) que o RT não estaria mais disponível em seus sistemas. A TELUS também twittou que a Telus Optik TV estava se juntando ao movimento.

A Shaw Communications removeu o RT a partir de segunda-feira (28), dizendo que os usuários que assinassem o RT como um serviço de escolha e pagamento receberiam um crédito no próximo ciclo de cobrança.

A Comissão Canadense de Radiotelevisão e Telecomunicações não respondeu imediatamente ao pedido de comentário.

O ministro canadense do Patrimônio, Pablo Rodriguez, elogiou Bell por restringir a RT, dizendo que a Rússia está conduzindo uma guerra de informação em todo o mundo. Rogers substituiria o RT por uma transmissão da bandeira ucraniana, disse ele.

“RT é o braço de propaganda do regime de Putin que espalha desinformação. Não tem lugar aqui”, acrescentou Rodriguez.

A União Europeia também baniu o RT e a agência de notícias Sputnik. Na semana passada, o bloco divulgou sanções à editora-chefe da RT, Margarita Simonyan, chamando-a de “uma figura central” da propaganda russa.

O Canadá se juntou a outros países aumentando as sanções contra Moscou, fechando seu espaço aéreo para aeronaves russas.

Biden diz que os americanos não devem se preocupar com guerra nuclear

Os norte-americanos não devem se preocupar com a guerra nuclear, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, na segunda-feira (28). A fala vem um dia depois que o presidente russo, Vladimir Putin, colocou as equipes nucleares da Rússia em alerta máximo.

Os Estados Unidos disseram nesta segunda que não detectaram nenhuma mudança “concreta” na posição nuclear da Rússia.

“Ainda estamos monitorando e acompanhando a questão muito de perto”, disse um alto funcionário do Pentágono a repórteres, um dia após o anúncio do presidente russo. “Não acredito que vimos nada de concreto como resultado de sua decisão. Pelo menos não por enquanto”, acrescentou.

O funcionário reconheceu que era “difícil saber o que estava por trás da ordem de Putin”. Mas “o simples fato de mencionar” ou “ameaçar” com um “uso de forças nucleares” é “inútil e representa uma escalada significativa” na invasão à sua vizinha Ucrânia, lamentou, reafirmando que a Otan “nunca” ameaçou a Rússia.

No domingo (27), Belarus, aliada da Rússia, realizou um referendo que elimina a obrigação de que a ex-república soviética permaneça uma “zona livre de armas nucleares”.

As potências ocidentais denunciaram essa medida, que acreditam permitir que Moscou transfira armas nucleares para Belarus, outro vizinho da Ucrânia e que também faz fronteira com vários países da Aliança Atlântica.

Quando perguntado se movimentos desse tipo foram observados, o funcionário do Pentágono respondeu que “não”.

Ele também assegurou que, no momento, não há evidências de que haja soldados belarussos na Ucrânia como reforço das forças russas.

Inflação nos EUA deve ficar acima do esperado nos próximos anos

Estudo conduzido pela Associação Nacional de Economia para Empresas (Nabe, na sigla em inglês) dos Estados Unidos mostrou que a maior parte dos especialistas entrevistados acredita que há risco da inflação ficar acima do esperado nos próximos anos, sendo impulsionada pelos salários, e que os riscos para e economia americana em 2022 são sobretudo de baixa.

Na pesquisa, 30% identificam os erros da política monetária como o maior risco de queda para a economia, enquanto 77% dos entrevistados sugerem que uma espiral de preços salariais já está ocorrendo ou será um grande risco em 2022.

Os participantes do painel antecipam um crescimento mais suave no primeiro trimestre de 2022 e veem o crescimento se recuperando no segundo e terceiro trimestres. A projeção mediana para o crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2022 é de 1,8%, abaixo dos 7,0% no quarto trimestre de 2021, antes de subir para 4,0% no segundo trimestre de 2022 e depois diminuir novamente para 3,0% no terceiro trimestre de 2022, aponta a pesquisa.

A projeção para inflação foi elevada, e os entrevistados esperam que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) deva subir 3,6% na comparação anual no quarto trimestre de 2022, em comparação com 2,8% projetado na pesquisa de dezembro. O CPI deverá moderar até o final de 2023 para 2,4% na comparação anual.

Em consonância com o aumento das expectativas de inflação, as projeções de alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) também aumentaram ante a pesquisa de dezembro. A previsão mediana para o final do ano de 2022 é de 1,125%, acima da mediana de 0,375% da pesquisa de dezembro, segundo o estudo.

Argentina encaminhará acordo com o FMI ao Congresso esta semana, diz presidente

O governo argentino enviará esta semana o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para aprovação do Congresso, disse o presidente Alberto Fernández na terça-feira (01).

O país chegou a um entendimento com o FMI no fim de janeiro em torno de um novo acordo para ajudar a reduzir os 40 bilhões de dólares que o país deve e não consegue pagar. Aquele acordo ainda precisava ser ajustado antes de receber aprovação final.

Em fala na abertura das sessões legislativas ordinárias, Fernández, de centro-esquerda, disse que “a partir desta semana esperamos que estará nas mãos dos parlamentares nacionais considerar a aprovação do acordo fechado com a equipe do Fundo Monetário Internacional”.

Fernández precisa que o Congresso aprove os detalhes do acordo, com a pressão crescendo à medida em que se aproxima o prazo de meados de março para pagamentos de 2,8 bilhões de dólares ao FMI. O acordo também precisará ser aprovado pelo conselho do FMI.

Em janeiro, o governo argentino anunciou que havia chegado a um entendimento com o FMI para substituir um empréstimo de 57 bilhões de dólares concedido em 2018. A líder do FMI, Kristalina Georgieva, disse na ocasião que ainda havia muito trabalho a ser feito.

Fernández também anunciou a extensão de uma linha de swap cambial com a China para alavancar as reservas do banco central argentino.

México se recusa a impor sanções econômicas à Rússia

O México não adotará sanções econômicas à Rússia por invadir a Ucrânia, disse o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador.

Ele também criticou o que chamou de censura da imprensa estatal russa por empresas de mídia social.

“Não vamos adotar nenhum tipo de represália econômica porque queremos ter boas relações com todos os governos do mundo”, disse López Obrador em entrevista coletiva.

A posição de López Obrador contrasta com as amplas sanções internacionais impostas à Rússia em resposta às ações do presidente Vladimir Putin.

A Rússia construiu fortes laços com vários governos na América Latina, especialmente com administrações autoritárias em Cuba, Venezuela e Nicarágua, mas seus laços com o México são vistos como limitados devido às fortes relações Estados Unidos-México.

Em aceno inédito, presidente do Fed diz que apoia alta de 0,25 ponto nos juros em março

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que “a inflação está alta em nível que não vejo desde quando estava na universidade, ou seja, há 50 anos”. Em depoimento na Câmara dos Representantes, ele ressaltou que “estamos prontos para adotar uma série de altas de juros”.

De acordo com Powell, o Fed empregará seus instrumentos de política monetária para controlar a inflação, e “estamos em boa posição para viabilizar a estabilidade de preços com crescimento”.

“A taxa de juros neutra nos EUA está entre 2,0% e 2,5% (ao ano) e talvez precisaremos subir o juro além da taxa neutra, mas ainda não sabemos”, disse o presidente do Fed.

A guerra na Ucrânia adicionou uma novidade no posicionamento da autoridade monetária. Diante do choque de custos que pode impactar a inflação, que já estava no maior patamar dos últimos 40 anos, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, resolveu antecipar o que vai propor no próximo encontro do Comitê de Política Monetária do BC americano.

“Estou inclinado a propor uma alta de 0,25 ponto percentual. Estamos preparados para agir com mais agressividade, elevando os juros acima dos 25 pontos por uma ou mais reuniões e a inflação não cair até o final do ano como esperamos”, disse Powell em seu depoimento ao Congresso americano.

Mas afirmou que o Fed está preparado para agir de forma mais agressiva posteriormente, caso a inflação não recue conforme o esperado. “Esperamos que seja apropriado aumentar a faixa-alvo para a taxa de juros em nossa reunião deste mês”, disse Powell, acrescentando que o Fed deve promover na sequência, ainda este ano, reduções em sua carteira de títulos do governo, atualmente de cerca de US$ 8,5 trilhões.

Inflação avança em ritmo robusto nos EUA, diz Livro Bege

A inflação ao consumidor cresceu a um ritmo robusto nos EUA no início deste ano e as empresas continuaram repassando aumentos de custos para os clientes, apesar dos impactos da Ômicron e do mercado de trabalho apertado na atividade, reportou o Livro Bege do Federal Reserve, Banco Central do país.

As pressões da inflação nos EUA permaneceram elevadas, com o custo de insumos sendo mencionado como principal fator contribuinte em um amplo intervalo de indústrias, conforme o levantamento.

O Livro Bege é um estudo feito pelas 12 regionais do Banco Central americano junto às empresas e dá uma visão geral da atividade, emprego e preços de cada região, servindo de base para as decisões de política monetária do Fed.

Ainda de acordo com o documento, empresas norte-americanas observaram custos de mão de obra, somadas a uma escassez contínua de materiais, como demais causadores para os preços elevados para as empresas.

“As empresas relataram uma maior capacidade de repassar os preços aos consumidores. Na maioria dos casos, a demanda permaneceu forte, apesar da alta dos preços”, complementou o Livro Bege.

Para os próximos meses, as companhias norte-americanas informaram esperar aumentos adicionais de preços, à medida que continuam a repassar os aumentos de custos dos insumos.

O levantamento mostrou que a economia dos EUA cresceu a um ritmo modesto a moderado de janeiro a meados de fevereiro.

O Livro Bege também registrou a interrupção, ainda que momentânea, do ritmo de recuperação da atividade empresarial em decorrência da alta de casos da Covid-19 no período, relatada em especial no setor de hospitalidade, por conta da variante Ômicron da Covid-19.

Isso, somado a um clima severo em algumas partes dos EUA, são fatores que reduziram os gastos de consumidores nos primeiros meses deste ano, segundo o documento. Para os próximos seis meses, as perspectivas econômicas gerais dos distritos consultados pelo Fed permaneceram estáveis, e geralmente otimistas, embora os distritos consultados pelo Fed tenham destacado o elevado grau de incerteza.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (28), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, o foco do mercado segue no conflito bélico entre Rússia e Ucrânia, dias após a invasão de Moscou ao território do país vizinho. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,15%, a 452,86 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,39%, a 6.658,83 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,73%, a 14.461,02 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,24%, a 5.563,14 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,087%, a 8.479,20 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,42%, a 7.458,25 pontos.

Na terça-feira (01), as bolsas europeias fecharam em queda, com resultados corporativos fracos e nervosismo com a crise na Ucrânia, enquanto a Rússia mantém seu ataque depois que negociações de cessar-fogo entre os dois países não avançaram. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 2,37%, a 442,37 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 3,94%, a 6.396,49 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 3,85%, a 13.904,85 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,17%, a 5.498,27 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 3,43%, a 8.188,20 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,72%, a 7.330,20 pontos.

Na quarta-feira (02), as bolsas europeias fecharam em alta, mesmo diante de um crescimento nas tensões da invasão russa na Ucrânia. Os investidores buscaram uma recuperação hoje, apesar da escalada nos conflitos, o que tem reduzido o fluxo para os papéis dos governos e elevado seus rendimentos. Não à toa, o setor bancário foi um dos mais beneficiados na sessão. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,90%, a 446,33 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,59%, a 6.498,02 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,69%, a 14.000,11 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,34%, a 5.516,96 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,62%, a 8.321,00 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,36%, a 7.429,56 pontos.

Na quinta-feira (03), as bolsas europeias fecharam em queda, revertendo ganhos da abertura, enquanto investidores seguem tensos com a guerra russo-ucraniana e digerem indicadores e balanços corporativos locais. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,96%, a 437,58 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,84%, a 6.378,37 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 2,16%, a 13.698,40 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,88%, a 5.468,22 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 3,69%, a 8.014,00 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 2,57%, a 7.238,85 pontos.

UE diz que 300 mil refugiados já deixaram a Ucrânia, muitos mais são esperados

Pelo menos 300 mil refugiados ucranianos entraram no território da União Europeia até agora, e o bloco precisa se preparar para um número ainda maior deles, disse a comissária de Assuntos Internos da UE, Ylva Johansson, no domingo (27).

“Estou orgulhosa de como os cidadãos europeus nas fronteiras estão mostrando solidariedade concreta com os ucranianos que fogem desta guerra terrível e agressiva”, disse ela a repórteres ao chegar para uma reunião especial de ministros do Interior da UE em Bruxelas para discussão sobre as consequências da guerra na Ucrânia.

Ela disse que anunciará uma plataforma de solidariedade na reunião para apoiar os ucranianos que fogem de seu país e os países da UE mais afetados pela chegada de refugiados no momento.

Sanções da União Europeia ao Banco Central russo entram em vigor

As sanções da União Europeia ao Banco Central russo entraram em vigor na madrugada de segunda-feira (28). Segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, as restrições incluem uma proibição de transações com o instituto financeiro.

Além disso, todos os ativos do banco na União Europeia deverão ser congelados para impedir o financiamento da guerra do presidente Vladimir Putin contra a Ucrânia.

As sanções são consideradas tão pesadas quanto a exclusão de instituições financeiras russas da rede de comunicações bancárias Swift.

As medidas punitivas da União Europeia combinadas com as dos seus parceiros do G7 fazem com que cerca de metade das reservas financeiras do Banco Central da Rússia seja congelada, segundo afirmou o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, na noite de domingo (27).

De acordo com especialistas, a medida impede, por exemplo, que a Rússia consiga usar suas reservas em moeda estrangeira para estabilizar o rublo. A moeda russa está apresentando queda acentuada, o que trará mais dificuldades para a população da Rússia.

Na segunda-feira (28), o rublo alcançou uma baixa recorde em relação ao dólar, apesar do anúncio do Banco Central da Rússia de que lançaria uma série de medidas para apoiar os mercados domésticos, afetados pelas sanções.

Nem todas as reservas do Banco Central russo podem ser bloqueadas, segundo Borrell, porque nem todos estão presentes em estados ocidentais. Ele disse que a UE não pode bloquear reservas em Moscou ou na China, por exemplo, acrescentando que a Rússia vem ocultando cada vez mais reservas em países onde elas não podem ser bloqueadas.

Rússia e Ucrânia começam reunião para negociações em Belarus

Começou na segunda-feira (28), por volta das 8h (horário de Brasília), uma reunião entre delegações de Ucrânia e Rússia em Belarus para tratar sobre o conflito na região. Nenhum dos dois presidentes envolvidos na guerra participam do encontro, que não tem hora para acabar. Na reunião, a Ucrânia exigirá um cessar-fogo “imediato” e a retirada das tropas russas. A Rússia não quis revelar sua posição antes do encontro.

Hoje, a invasão russa à Ucrânia entrou no quinto dia. A capital, Kiev, e a segunda maior cidade ucraniana, Kharkiv, amanheceram com explosões, segundo relatório do serviço estatal de informação do país.

As Forças Armadas ucranianas, porém, dizem que o Exército russo parece ter diminuído o ritmo da ofensiva hoje, quando são aguardadas negociações entre as duas nações.

Com a tensão na região, a Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) também terá uma reunião de emergência hoje. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que as próximas 24 horas serão “cruciais” para o país. Na segunda-feira (28), Zelensky divulgou uma mensagem direcionada aos soldados russos falando para que deixem a Ucrânia.

“Abandonem seu equipamento, saiam daqui. Não acreditem em seus comandantes, não acreditem em seus propagandistas. Apenas salvem suas vidas”, afirmou em russo. Zelensky também pede que a UE (União Europeia) “admita urgentemente” a entrada da Ucrânia no bloco.

Filial do maior banco da Rússia pode falir após onda de saques

Cidadãos russos voltaram a fazer filas para sacar dinheiro em meio à uma desvalorização recorde do rublo, a moeda nacional. Além fazerem resgates em caixas eletrônicos, como fizeram no domingo (27), eles correram às agências bancárias, que abriram suas portas na segunda-feira (28).

Em outros países onde bancos russos têm filiais, também houve corrida por saques, o que levou o Banco Central Europeu a afirmar que a filial europeia de um dos maiores bancos russos, o Sberbank, poderia quebrar.

O Sberbank Europe AG, com sede na Áustria, e suas filiais na Croácia e na Eslovênia, “tiveram saídas de depósitos significativas como resultado do impacto das tensões geopolíticas”, explicou o organismo de supervisão bancária do BCE em um comunicado.

A entidade alertou que “no futuro próximo, é provável que o banco não possa pagar suas dívidas ou outros passivos à medida que vencerem”. As retiradas provocaram uma “deterioração de sua liquidez” e “não há medidas disponíveis com possibilidades realistas” de restabelecer o fluxo de caixa da instituição.

Os dois maiores bancos russos, Sberbank e VTB Bank, têm sido desde quinta-feira (24) alvo de sanções americanas, que buscam limitar suas transações internacionais devido à invasão russa da Ucrânia.

As sanções dirigidas ao sistema bancário russo foram reforçadas no sábado com o anúncio de sua exclusão da plataforma de transações bancárias internacionais Swift.

Maior banco da Rússia, Sberbank anuncia saída do mercado europeu

O grupo Sberbank, principal banco da Rússia, anunciou na quarta-feira (02) a saída do mercado europeu, diante das duras sanções ocidentais que enfrenta em represália pela invasão da Ucrânia.

“Na situação atual, o Sberbank decidiu se retirar do mercado europeu“, afirma o banco em um comunicado divulgado por agências de notícias russas.

Na segunda-feira (28), o Banco Central Europeu (BCE) já tinha alertado para o risco de uma “quebra” para filial europeia do Sberbank, após “saídas de depósitos significativas”.

As filiais europeias do banco enfrentam “saídas irregulares de fundos e ameaças à segurança de seus funcionários e agências”, acrescenta o comunicado.

O grupo informou que o Sberbank não está em condições de aportar liquidez a suas filiais europeias devido a um dispositivo do Banco Central russo.

O banco está presente em oito países europeus: Alemanha, Áustria, Croácia, República Tcheca, Hungria, Eslovênia, Sérvia e Bósnia Herzegovina.

“As filiais (europeias) do Sberbank dispõem de um nível elevado de capital e ativos, os fundos dos clientes estão garantidos, de acordo com as legislações locais”, afirmou o banco.

A filial do Sberbank na Suíça não está envolvida, informou em comunicado Polina Trizonova, diretora de comunicação do banco: “A filial do Sberbank na Suíça não faz parte do grupo Sberbank Europa. O banco na Suíça continua funcionando normalmente”.

As sanções da União Europeia buscam impedir que os bancos russos tenham acesso aos mercados internacionais de capital.

Gigante de transporte marítimo Maersk se afasta da Rússia e isolamento do país se aprofunda

A gigante do transporte marítimo Maersk interromperá temporariamente todo o transporte de contêineres de e para a Rússia, aprofundando o isolamento do país à medida que a invasão da Ucrânia desencadeia um êxodo de empresas ocidentais.

O Ocidente impôs pesadas restrições à Rússia para fechar sua economia e bloqueá-la do sistema financeiro global, tornando-a efetivamente “investível” e incentivando as empresas a interromper vendas, cortar laços e descartar dezenas de bilhões de dólares em investimentos.

As restrições fecharam o espaço aéreo para aeronaves russas, excluíram alguns bancos russos da rede financeira global SWIFT e restringiram a capacidade de Moscou de usar seus 630 bilhões de dólares em reservas estrangeiras.

As empresas de energia BP e Shell abandonaram posições multibilionárias, enquanto os principais bancos, companhias aéreas, fabricantes de automóveis e outros cortaram remessas, encerraram parcerias e classificaram as ações da Rússia como inaceitáveis.

“Espero ver uma série de anúncios semelhantes nos próximos dias”, disse Sonia Kowal, presidente da Zevin Asset Management em Boston, acrescentando que o desinvestimento do grande fundo soberano da Noruega apoiaria a mudança.

A Maersk, que opera rotas de transporte de contêineres para São Petersburgo e Kaliningrado no Mar Báltico, Novorossiysk no Mar Negro e Vladivostok e Vostochny na costa leste da Rússia, disse que todo o transporte de contêineres para a Rússia será temporariamente interrompido.

O grupo de petróleo e gás TotalEnergies também disse que não fornecerá mais capital para novos projetos na Rússia, seguindo movimentos da Shell, BP e da norueguesa Equinor para sair de posições no país rico em energia.

Grandes empresas de tecnologia estão equilibrando apelos para fechar serviços na Rússia com o que consideram a missão de dar voz à dissidência e ao protesto.

Conflito na Ucrânia: Reino Unido relaxa regras de visto para refugiados

Boris Johnson disse que o Reino Unido pode receber 200.000 ou mais refugiados ucranianos à medida que o governo estende sua ajuda a mais pessoas que fogem da guerra.

O esquema que permite a vinda de parentes próximos de ucranianos estabelecidos no Reino Unido será ampliado para incluir pais adultos, avós, filhos maiores de 18 anos e irmãos.

As empresas do Reino Unido também poderão patrocinar a entrada de um ucraniano no país.

As mudanças seguem as críticas de que o Reino Unido está fazendo menos do que os países da UE.

Acredita-se que cerca de sete milhões de pessoas tenham sido deslocadas pela invasão russa da Ucrânia e as Nações Unidas relatam que mais de 500.000 pessoas fugiram do país.

Os membros da UE concordaram em permitir a entrada de refugiados ucranianos por até três anos sem primeiro pedir asilo, com mais de 280.000 pessoas entrando na Polônia até agora.

Em comunicado ao Parlamento, a secretária do Interior, Priti Patel, disse que o governo do Reino Unido anunciou um pacote de medidas “generoso” e “sem precedentes” para ajudar os ucranianos e seus familiares a entrar no Reino Unido.

Ela disse aos parlamentares que o esquema familiar e a via de patrocínio permitiriam aos ucranianos viver no Reino Unido por 12 meses iniciais e poderiam trabalhar e acessar serviços públicos.

Cidadãos britânicos e ucranianos estabelecidos no Reino Unido poderão trazer membros da família extensa para o Reino Unido. Por exemplo, um irmão de uma pessoa estabelecida poderá vir para o Reino Unido com seu cônjuge e filho.

Mas, respondendo aos apelos para renunciar a todos os vistos para os ucranianos, Patel disse que as tropas russas estavam “procurando se infiltrar” nas forças ucranianas e que havia “extremistas no terreno” na Ucrânia.

Dado isso e a “vontade do presidente russo Vladimir Putin de fazer violência em solo britânico”, Patel disse: “não podemos suspender nenhuma verificação de segurança ou biométrica das pessoas que recebemos em nosso país”.

Rússia diz que economia está sofrendo “sérios golpes”, mas há margem de segurança

A economia russa está sofrendo “sérios golpes”, reconheceu o Kremlin, enquanto o crescente isolamento do país aumenta ainda mais a pressão sobre seu sistema financeiro cambaleante.

Apple, ExxonMobil, Ford, Boeing e Airbus se juntaram a uma lista de empresas que fecharam ou suspenderam suas operações na Rússia em resposta à invasão da Ucrânia, e o braço europeu do maior banco da Rússia entrou em colapso após uma corrida em seus depósitos. O rublo enfraqueceu novamente para ser negociado a US$ 112.

“A economia da Rússia está passando por sérios golpes”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em conversa com jornalistas estrangeiros. “Mas há uma certa margem de segurança, há potencial, há alguns planos, o trabalho está em andamento.”

Peskov estava respondendo a uma pergunta sobre a observação do presidente dos EUA, Joe Biden, em seu discurso sobre o Estado da União, de que a economia russa havia sido deixada “se recuperando” das sanções ocidentais.

O Sberbank (SBRCY), o maior credor da Rússia, disse na quarta-feira (2) que está deixando a Europa, com exceção da Suíça, depois que os reguladores bancários na Áustria forçaram o fechamento de sua subsidiária da UE com sede em Viena.

O Banco Central Europeu havia alertado no início desta semana que o Sberbank Europa provavelmente iria falir depois que os depositantes correram para retirar seu dinheiro após a imposição de sanções ocidentais ao credor e grande parte do sistema financeiro da Rússia.

O Sberbank disse que suas subsidiárias enfrentaram “uma saída excepcional de fundos e várias preocupações de segurança em relação a seus funcionários e escritórios”, disse o grupo em comunicado, acrescentando que foi impedido de socorrê-los por uma ordem do banco central russo.

As sanções bancárias fazem parte de um pacote mais amplo de medidas tomadas pelo Ocidente, sem precedentes em escala contra uma economia de importância da Rússia, com o objetivo de cortar o financiamento do esforço de guerra do presidente russo, Vladimir Putin. A França estima que US$ 1 trilhão em ativos russos foram congelados, incluindo cerca de metade das reservas de guerra do governo russo.

Moscou respondeu com uma série de medidas de emergência destinadas a evitar o colapso financeiro, interromper o fluxo de dinheiro para fora do país e preservar suas reservas em moeda estrangeira. O banco central mais que dobrou as taxas de juros para 20% e proibiu os corretores russos de vender títulos detidos por estrangeiros.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (28), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, puxadas por empresas do setor de energia à medida em que se agrava o conflito entre Rússia e Ucrânia e com as novas sanções anunciadas pelo Ocidente contra a Rússia. O índice Xangai teve alta de 0,32%, a 3.462,31 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,19%, a 26.526,82 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,24%, a 22.713,02 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,18%, a 4.581,65 pontos.

Na terça-feira (01), as bolsas asiáticas fecharam em alta, indicadores da China foram analisados por investidores, mas continuou a haver certa cautela com a invasão militar russa na Ucrânia. O índice Xangai teve alta de 0,77%, a 3.488,831 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,20%, a 26.844,72 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,21%, a 22.761,71 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,83%, a 4.619,69 pontos.

Na quarta-feira (02), as bolsas asiáticas fecharam em queda, com as fabricantes de veículos a nova energia liderando as perdas conforme os investidores descartam ações com valorizações maiores, enquanto as preocupações com o impacto de sanções agressivas contra a Rússia também pesaram no sentimento. O índice Xangai teve queda de 0,13%, a 3.484,19 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,68%, a 26.393,03 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,84%, a 22.343,92 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,89%, a 4.578,60 pontos.

Na quinta-feira (03), as bolsas asiáticas fecharam mistas, seguindo o desempenho positivo de Nova York, após o presidente do Federal Reserve defender ontem um aumento de juros mais moderado. Na China, por outro lado, os mercados ficaram no vermelho após dados fracos de atividade do setor de serviços. O índice Xangai teve queda de 0,09%, a 3.481,11 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,70%, a 26.577,27 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,55%, a 22.467,34 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,59%, a 4.551,63 pontos.

Coreia do Norte dispara possível míssil balístico pela primeira vez em um mês

A Coreia do Norte disparou o que poderia ser um míssil balístico no domingo (27), disseram autoridades militares da Coreia do Sul e do Japão, no que seria o primeiro teste desde que o país com armas nucleares realizou um número recorde de lançamentos em janeiro.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul informou que a Coreia do Norte disparou um suposto míssil balístico em direção ao mar ao largo de sua costa leste de um local perto de Sunan, onde fica o aeroporto internacional de Pyongyang.

O aeroporto foi o local de testes de mísseis, incluindo um par de mísseis balísticos de curto alcance disparados em 16 de janeiro.

O ministro da Defesa do Japão, Nobuo Kishi, disse que o míssil de domingo (27) pode ter voado até 600 km.

“Houve lançamentos frequentes desde o início do ano, e a Coreia do Norte continua a desenvolver rapidamente a tecnologia de mísseis balísticos”, disse Kishi em comunicado televisionado. A Coreia do Norte está ameaçando a segurança do Japão, da região e da comunidade internacional, disse ele.

O último teste da Coreia do Norte foi em 30 de janeiro, quando disparou um míssil balístico de alcance intermediário Hwasong-12.

A maior arma testada desde 2017, o Hwasong-12 teria voado a uma altitude de cerca de 2.000 km (1.200 milhas) e alcance de 800 km (500 milhas). Isso culminou um mês recorde de lançamentos de mísseis principalmente de curto alcance em janeiro.

O lançamento de domingo (27) ocorreu menos de duas semanas antes das eleições presidenciais da Coreia do Sul em 9 de março, em meio a temores de alguns em Seul e Tóquio de que Pyongyang possa avançar com o desenvolvimento de mísseis enquanto a atenção internacional está focada na Rússia invasão da Ucrânia.

“Este lançamento ocorre quando a comunidade internacional está respondendo à invasão russa da Ucrânia, e se a Coreia do Norte está fazendo uso dessa situação, é algo que não podemos tolerar”, disse Kishi.

O Conselho de Segurança Nacional da Coreia do Sul convocou uma reunião de emergência para discutir o lançamento, que chamou de “lamentável”, de acordo com um comunicado da Casa Azul presidencial.

“Lançar um míssil balístico em um momento em que o mundo está se esforçando para resolver a guerra na Ucrânia nunca é desejável para a paz e a estabilidade no mundo, na região e na península coreana”, disse o comunicado.

China diz que se opõe a sanções após proibição SWIFT a bancos russos

O Ministério das Relações Exteriores da China reiterou na segunda-feira (28) sua oposição ao uso do que chama de sanções ilegais e unilaterais, depois que países ocidentais decidiram bloquear alguns bancos russos do sistema de pagamentos internacionais SWIFT.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, falando em uma coletiva de imprensa diária regular, também rejeitou um apelo da Casa Branca no domingo (27) para a China condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia, dizendo que a China sempre está do lado da paz e da justiça e decide sua posição no mérito.

A China se recusou a condenar o ataque da Rússia à Ucrânia ou chamá-lo de invasão, e repetidamente pediu negociações, reconhecendo o que descreve como preocupações legítimas de segurança da Rússia.

Os países ocidentais vêm aumentando as sanções que estão intensificando a pressão sobre o presidente russo, Vladimir Putin.

“Somos contra o uso de sanções para resolver problemas, ainda mais contra sanções unilaterais sem mandato internacional. China e Rússia continuarão a cooperação comercial regular com base no espírito de respeito mútuo e igualdade, igualdade e benefício mútuo”, disse Wang.

Wang não abordou diretamente questões sobre como as sanções SWIFT teriam impacto no comércio bilateral com a Rússia, ou se a China aumentaria as compras de commodities russas, incluindo energia, para ajudar seu vizinho gigante.

A China é o maior parceiro comercial da Rússia, e Putin e seu colega chinês Xi Jinping se aproximaram cada vez mais ao longo dos anos. No início deste mês, os países assinaram uma ampla parceria estratégica destinada a combater a influência dos EUA e disseram que não teriam “áreas ‘proibidas’ de cooperação”.

PMI da indústria chinesa sobe a 50,2 em fevereiro, diz NBS

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da indústria da China subiu de 50,1 em janeiro a 50,2 em fevereiro, informou na terça-feira (01) o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês). O avanço é o quarto consecutivo e contrariou a expectativa de queda a 49,9 dos economistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

A marca de 50 separa contração da expansão na pesquisa. Apesar do impulso inesperado, um graduado estatístico do NBS, Zhao Qinghe, disse que o avanço na produção e nas atividades da indústria desacelerou, afetado pelo feriado do Ano Novo Lunar.

O subíndice de produção nas fábricas recuou de 50,9 em janeiro a 50,4 em fevereiro. Já o de novas encomendas subiu de 49,3 em janeiro a 50,7 no mês passado. O de novas encomendas de exportação foi de 48,4 a 49,0.

Também foi divulgado na terça (01) o PMI de serviços, que subiu de 50,3 em janeiro a 50,5 em fevereiro. O PMI que inclui serviços e a atividade de construção avançou de 51,1 em janeiro a 51,6 em fevereiro.

PMI industrial do Japão cai para 52,7 em fevereiro, diz IHS Markit

O índice de gerente de compras (PMI, pela sigla em inglês) industrial do Japão caiu de 55,4 em janeiro para 52,7 em fevereiro, segundo pesquisa final divulgada pela IHS Markit em parceria com o Jibun Bank. Leituras acima da marca de 50 apontam expansão na atividade.

Segundo a IHS Markit, apesar de as empresas do setor manufatureiro japonês sinalizarem uma nova melhoria das condições de operação em fevereiro, a leitura mais fraca do indicador deveu-se ao declínio nos níveis de produção, pois houve aumento da escassez de materiais, e os casos de Covid pesaram na produção. Além disso, interrupções contínuas na cadeia de suprimentos e atrasos na entrega sobrecarregaram os fabricantes, resultando em uma intensificação das pressões sobre os preços de insumos.

“Em uma tentativa de proteger contra mais atrasos e aumentos de preços, as empresas aumentaram os estoques na taxa mais acentuada na história da pesquisa”, diz o documento.

População com patrimônio líquido ultra alto de Cingapura deve crescer quase 300% até 2026

Embora a pandemia da Covid-19 tenha resultado em uma interrupção significativa nos estilos de vida e nos meios de subsistência, o segmento super-rico da população testemunhou um aumento recorde de riqueza durante esse período. 

De acordo com o The Wealth Report 2022 by Knight Frank, divulgado em 1º de março, a população mundial de indivíduos com patrimônio líquido ultra alto (UHNWIs), definidos como aqueles com patrimônio líquido de US$ 30 milhões (S$ 40,7 milhões) ou mais, incluindo seus residência primária, aumentou 9,3% em 2021, após um crescimento de 2,4% em 2020.

Nos próximos cinco anos, Knight Frank prevê que a população global de UHNWI crescerá mais 28%. Tomando uma visão de dez anos (2016 a 2026), ele prevê que a população global de UHNWI mais que dobrará de 348.355 para 783.615. A Ásia ultrapassará a Europa como o segundo maior centro de riqueza, indicou o relatório. A América do Norte continua na pole position.

Durante esse período, prevê-se que Cingapura tenha testemunhado um crescimento de 268% em sua população UHNWI para quase 6.000. Essa taxa de crescimento classifica Cingapura em segundo lugar depois da Nova Zelândia (270%).

“A localização geográfica estratégica de Cingapura como porta de entrada para cidades na Ásia-Pacífico, bem como a disponibilidade de infraestrutura moderna, um ambiente pró-negócios estáveis e recém-criados ricos de indústrias de crescimento e empreendedorismo relacionados à pandemia, levaram a uma concentração de riqueza e uma crescente população ultra-rica”, disse Wendy Tang, diretora-gerente do grupo Knight Frank Singapore.

A crise na Ucrânia é um grande desafio para a China

A crise Ucrânia-Rússia está representando um grande desafio para a China em muitas frentes.

A relação diplomática cada vez mais estreita entre a Rússia e a China pode ser vista nos Jogos de Inverno, com Putin chegando a Pequim como um dos poucos líderes mundiais conhecidos a comparecer.

Significativamente, Putin esperou até o fim dos Jogos para reconhecer as duas regiões separatistas da Ucrânia e enviar tropas para apoiá-las.

Em seus pronunciamentos públicos, o governo chinês instou todos os lados a diminuir as tensões na Ucrânia.

Mas agora que a Rússia dispensou toda essa restrição, onde isso deixa a posição oficial da China à medida que os confrontos aumentam?

 O governo chinês acredita que não pode ser visto como um apoio à guerra na Europa, mas também quer fortalecer os laços militares e estratégicos com Moscou.

O parceiro comercial número um da Ucrânia é a China e Pequim gostaria de manter boas relações com Kiev, mas isso pode ser difícil de sustentar quando está claramente tão alinhado com o governo que está enviando suas tropas para o território ucraniano.

Há também o potencial de represálias comerciais da Europa Ocidental contra a China se for considerada como apoiando a agressão da Rússia.

Além disso, um refrão constante dos líderes da China é que ela não interfere nos assuntos internos de outros e que outros países não devem interferir em seus assuntos internos.

Mas na semana passada, em um movimento surpreendente, a China se absteve de uma votação do Conselho de Segurança da ONU condenando a invasão da Ucrânia.

Alguns analistas esperavam que Pequim se juntasse à Rússia na votação contra a moção, mas o fato de que não foi descrito como uma “vitória para o Ocidente”, e é um sinal da não interferência de Pequim.

A China, no entanto, ainda está longe de condenar a situação, com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, se recusando a se referir ao que está acontecendo lá como uma “invasão”.

Há também relatos não confirmados que Pequim estava ciente da situação e deliberadamente fez vista grossa.

De acordo com uma reportagem do New York Times citando autoridades americanas não identificadas, os EUA nos últimos meses pediram repetidamente à China que interviesse e dissesse à Rússia para não invadir a Ucrânia.

No entanto, o relatório acrescenta que as autoridades descobriram mais tarde que Pequim havia compartilhado essa informação com Moscou, dizendo que os EUA estavam tentando semear a discórdia e que a China não tentaria impedir os planos russos.

China não aderirá a sanções contra Rússia, diz órgão regulador bancário

A China não aderirá à adoção de sanções contra a Rússia liderada pelo Ocidente, disse o órgão regulador bancário do país na quarta-feira (02), acrescentando que acredita que o impacto dessas medidas sobre a segunda maior economia do mundo será limitado.

O país asiático, que se recusou a condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia, tem repetidamente criticado o que chama de sanções ilegais e unilaterais.

“No que diz respeito às sanções financeiras, nós não as aprovamos, especialmente as sanções lançadas unilateralmente, porque elas não funcionam bem e não têm fundamento legal”, disse Guo Shuqing, presidente da Comissão Reguladora de Bancos e Seguros da China, em entrevista coletiva.

“Não participaremos de tais sanções. Continuaremos a manter as trocas econômicas e comerciais normais com as partes relevantes”, disse ele.

China e Rússia têm se aproximado cada vez mais nos últimos anos, inclusive como parceiras comerciais. O comércio total entre os dois países saltou 35,9% no ano passado, para um recorde de 146,9 bilhões de dólares, segundo dados da alfândega chinesa, com a Rússia servindo como uma importante fonte de petróleo, gás, carvão e commodities agrícolas e registrando superávit comercial com a China.

“O impacto das sanções na economia e no setor financeiro da China até agora não é muito significativo”, acrescentou Guo. “No geral, elas não terão muito impacto (na China), mesmo no futuro.”

Bangladesh estabelece meta de enviar 1 milhão de trabalhadores ao exterior em 2022

Bangladesh está buscando enviar 1 milhão de trabalhadores para o exterior este ano e diversificar os destinos da migração laboral, disse um alto funcionário do emprego no exterior, enquanto o país aumenta sua campanha de vacinação contra a Covid-19 para atingir a meta.

Mais de 10 milhões de bengaleses vivem e trabalham no exterior, principalmente no Oriente Médio. Eles são o segundo maior contribuinte das remessas externas do país depois do setor de vestuário. Somente no ano passado, eles enviaram mais de US$ 22 bilhões de volta para casa, de acordo com dados do Bureau of Manpower Employment and Training.

“Temos um plano de exportar 1 milhão de trabalhadores migrantes para diferentes países ao redor do mundo e estamos trabalhando para explorar todas as possibilidades a esse respeito”, disse Mohammed Abdul Kader, secretário adicional de emprego, política e pesquisa do Ministério de Bem-Estar e Bem-Estar dos Expatriados. Emprego no Exterior, disse ao Arab.

A meta do governo quase dobra o número de trabalhadores que Bangladesh exportou no ano passado, quando as restrições da Covid-19 limitaram as viagens pelo mundo.

As autoridades estão esperançosas que conseguirão atingir a meta, pois a maioria da população do país já foi vacinada contra o vírus.

“Atualmente, não há país no mundo que aceite migrantes sem ter as duas doses da vacina. Uma vez que atingimos o marco de vacinação estabelecido pela Organização Mundial da Saúde, isso certamente nos manterá à frente no envio de trabalhadores migrantes para o mercado mundial, em comparação com nossos vizinhos”, disse Kader. Kader disse que, com a maioria de sua população vacinada, o governo de Bangladesh planeja expandir sua migração de mão de obra para países europeus.

Ministro egípcio culpa intransigência da Etiópia pela falta de progresso nas negociações da barragem

Mohamed Abdel-Aty, Ministro de Recursos Hídricos e Irrigação, disse que as negociações da Barragem Renascença estão atualmente congeladas “devido à intransigência etíope”.

A Etiópia anunciou há alguns dias que o primeiro-ministro Abi Ahmed havia inaugurado a primeira fase de geração de eletricidade a partir da barragem.

O Egito disse que a decisão da Etiópia de iniciar unilateralmente a operação da Barragem Renascença é uma violação da Declaração de Princípios de 2015.

Abdel-Aty disse que seu país está ansioso para chegar a um “acordo legal justo e vinculante sobre as regras de enchimento e operação da barragem”, enfatizando a prontidão do estado para lidar com todos os cenários relacionados à crise da barragem na Etiópia.

“A barragem etíope é grande e deve haver um acordo vinculativo, troca de dados e cooperação com o lado etíope para alcançar uma situação vantajosa para todos, não uma ação unilateral”, disse ele.

O ministro disse que todas as agências do Estado trabalham neste dossier, cada uma por direito próprio, sendo que o Ministério da Irrigação só se preocupa com a parte técnica no que diz respeito à barragem da Etiópia, salientando que o ministério provê as necessidades hídricas através do aproveitamento cada gota de água.

O Estado egípcio tomou as medidas necessárias para racionalizar o consumo de água, disse ele, e diversificar as fontes de produção para evitar crises.

Abdel-Aty disse que o Egito é um dos países com maior escassez de água no mundo e é 97% dependente das águas do rio Nilo. “O aumento da população representa um grande desafio para os recursos hídricos, e espera-se que a população total no Egito chegue a mais de 175 milhões de pessoas em 2050, representando uma grande pressão sobre os recursos hídricos.” A população hoje é de cerca de 100 milhões de pessoas.

Egito, Sudão e Etiópia estão negociando desde 2011 para chegar a um acordo sobre o enchimento e operação da barragem, mas longas rodadas de negociações entre os três países ainda não produziram um acordo.

Deficit orçamentário real da Arábia Saudita em 2021 cai para US$ 19,6 bilhões

A Arábia Saudita relatou um déficit orçamentário mais estreito para 2021 em relação ao que foi estimado anteriormente em dezembro, mostrou o Ministério das Finanças em um novo comunicado de dados.

Apesar de um salto nos gastos do governo, o déficit real do Reino caiu para SR73,4 bilhões (US$ 19,6 bilhões) do déficit estimado de SR85 bilhões.

As receitas do ano ficaram em SR 966 bilhões, um aumento de SR 36 bilhões em relação às estimativas de dezembro, enquanto as despesas aumentaram SR 24 bilhões para 1,04 trilhão de SR, mostraram os dados divulgados na segunda-feira (28).

O déficit para o quarto trimestre sozinho foi de SR68,1 bilhões, já que os resultados foram pouco alterados em relação ao que o governo anunciou em dezembro. As receitas totais foram de SR269 bilhões e as despesas atingiram SR337 bilhões.

Plataformas da sociedade civil pressionam para que mulheres libanesas cheguem ao parlamento

A Plataforma Feminista da Sociedade Civil do Líbano divulgou uma lista de demandas dirigidas a candidatos masculinos e femininos nas eleições parlamentares marcadas para meados de maio, enquanto o país continua a contar com suas baixas taxas de representação política feminina.

A plataforma exortou os candidatos a se comprometerem a “alcançar a plena igualdade entre mulheres e homens, incluí-la em suas prioridades como futuras parlamentares e trabalhar seriamente para garantir a plena participação das mulheres nos níveis de tomada de decisão”.

Também foi solicitado aos candidatos que todas as decisões que tomem estejam livres de todas as formas de violência ou discriminação.

Os detalhes foram reiterados em entrevista coletiva realizada na segunda-feira, faltando 15 dias para o fechamento da porta de candidaturas às próximas eleições.

Há apenas cinco candidatas do sexo feminino registradas nas listas do Ministério do Interior em todo o Líbano.

Claudine Aoun, chefe da Comissão Nacional para Mulheres Libanesas, disse: “As mulheres no Líbano estão presentes em todos os campos econômicos, culturais e científicos, e sua porcentagem no judiciário e em algumas profissões privadas é próxima ou superior a 50%”.

Ela acrescentou: “Mas a porcentagem de mulheres no parlamento não excede 4,7% e não excede 6% nos conselhos municipais e, no governo, é reduzida a um ministro”.

Suas observações vieram quando a comissão realizou uma reunião com representantes de partidos políticos no Líbano no âmbito da implementação do plano de ação nacional para a Resolução 1325 do Conselho de Segurança da ONU sobre mulheres, segurança e paz, aprovado pelo governo libanês.

A comissão, com o apoio da ONU Mulheres, pediu o aumento da participação das mulheres em órgãos representativos em todo o país e em cargos de liderança nos setores público e político.

Em outubro passado, o parlamento rejeitou a emenda de um texto na lei eleitoral para incluir uma cota para mulheres, o que irritou a única deputada mulher no bloco parlamentar de Desenvolvimento e Libertação liderado pelo presidente do parlamento Nabih Berri.

Ela se retirou da sessão e disse: “Eles se recusaram até a discutir a proposta em um momento em que falam diariamente sobre o papel da mulher e a necessidade de sua participação na vida política pública. Eles falharam conosco.”

As mulheres libanesas obtiveram o direito de votar e concorrer como candidatas em 1953.

Valor de mercado da Saudi Aramco atinge US$ 2,3 trilhões após outro aumento recorde de ações

As ações da gigante petrolífera Aramco atingiram o nível mais alto de sua história, de 43,1 euros (US$ 11,5) na quarta-feira (02), impulsionadas por um rali no mercado de energia.

Isso elevou o valor de mercado da gigante do petróleo para US$ 2,3 trilhões, posicionando-a como a segunda maior empresa avaliada em todo o mundo depois da Apple Inc.

As ações foram negociadas em níveis recordes algumas vezes recentemente, quebrando um novo recorde a cada poucos dias.

Às 11h48, as ações recuaram ligeiramente para SR42,85, tendo saltado 3,38% durante o dia.

Os preços do petróleo subiram significativamente antes da reunião da OPEP+, onde os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados se reunirão para discutir a produção de petróleo.

O petróleo Brent atingiu US$ 111 durante as negociações de quarta-feira (02), depois de se estabelecer em US$ 105 no dia anterior, e o WTI de referência dos EUA se aproximou de US$ 110 por barril às 11h44, horário saudita.

Empresa de tecnologia saudita Master Works levanta US$ 40 milhões na primeira rodada de financiamento

A Master Works, empresa de dados e informações digitais com sede na Arábia Saudita, fechou um dos maiores negócios de tecnologia da Arábia Saudita, levantando SR150 milhões (US$ 40 milhões) em investimentos.

A transação foi feita pela Merak Capital, empresa de investimentos focada em empresas de tecnologia e licenciada pela Capital Market Authority da Arábia Saudita.

Marcando a primeira rodada de investimentos da empresa, os recursos serão usados ​​para preparar a Master Works para uma listagem pública na Arábia Saudita, disse a empresa à Arab News em entrevista. No entanto, não tem planos para angariar fundos adicionais através de dívida.

“Nosso objetivo é continuar desenvolvendo produtos inovadores locais, contando com a experiência de nossa equipe bem qualificada para alcançar nossas ambições futuras e ser um modelo único em investimentos em tecnologia no Reino”, Hani Al-Lehaibi, fundador da Master Works disse.

Al-Lehaibi acrescentou que a Master Works pretende expandir seu portfólio de produtos e continuar focando em dados e transformação digital. A empresa também planeja acelerar sua estratégia de pesquisa e desenvolvimento para criar mais soluções prontas para o mercado, expandir ainda mais geograficamente e desenvolver uma estratégia de M&A bem definida visando tecnologias emergentes locais.

Al-Lehaibi disse que está extremamente empolgado com o enorme tamanho de SR30 bilhões do mercado de serviços de TI saudita, que deve crescer a uma taxa anual composta de 10% nos próximos três anos. Esse crescimento é impulsionado pelas megatendências globais e pela disrupção do mercado local que está acelerando a demanda por produtos e soluções da Master Works, acrescentou. Fundada em 2010 por Hani Al-Lehaibi e Bandar Al-Amri, a Master Works oferece produtos e serviços em vários campos de tecnologia em gerenciamento de dados, inteligência artificial, desenvolvimento de software e robótica. Com sede em Riad, eles também têm operações no Egito, Emirados Árabes Unidos, Jordânia e Índia.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
04/03/2022