Cenário Econômico Nacional – 07/03/2022

Cenário Econômico Nacional – 07/03/2022

Cenário Econômico Nacional – 07/03/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • Contas de luz continuam com valor extra
  • Contas públicas fecham janeiro com superávit de R$ 101,8 bilhões
  • Guedes: redução de IPI tem impacto de curto prazo no IPCA, mas esse não é objetivo
  • PIX e fim do auxílio emergencial tiram de circulação R$ 45 bilhões em cédulas e moedas, indica Banco Central
  • Guerra entre Rússia e Ucrânia pode impactar economia do Brasil
  • Paulo Guedes manifesta otimismo sobre economia brasileira: “surpresa positiva”
  • PIB per capita do Brasil deve voltar a cair neste ano e só recupera nível pré-crises em 2029, aponta FGV
  • Argentina sinaliza ter trigo suficiente para atender Brasil, diz Abitrigo
  • Balança comercial tem superávit de US$ 4,04 bilhões no melhor mês de fevereiro em cinco anos
  • Brasil sai da recessão técnica no 4º trimestre e PIB cresce 4,6% em 2021
  • Após ordem de Moraes, Telegram bloqueia perfis de Allan dos Santos
  • Presidente: posição do Brasil sobre conflito na Ucrânia é de cautela
  • Guedes: Brasil não está neutro no conflito entre Rússia e Ucrânia
  • Por razões de segurança, embaixador brasileiro na Ucrânia e equipe deixam a capital Kiev
  • Brasil vai apoiar resolução contra Rússia na ONU, mas não quer isolar Moscou e defende saída negociada para a guerra
  • Planalto fica desconfortável com saia justa causada por diplomata ucraniano
  • Ministra da Agricultura vai ao Canadá para tentar suprir demanda por fertilizante
  • Disputas regionais e indefinição sobre federações marcam início na quinta-feira (03) da ‘janela partidária’
  • Governo seguirá política de redução de impostos, diz Bolsonaro
  • General e ex-ministro Eduardo Pazuello é transferido para a reserva remunerada do Exército
  • Anfavea: Redução do IPI é relevante e bem-vinda
  • Alpargatas anuncia sinal verde para sair da Osklen
  • GPA fecha acordo para vender até 17 lojas por R$ 1,2 bilhão; Assaí alugará pontos
  • IRB Brasil reduz prejuízo líquido no 4º trimestre para R$ 371 milhões
  • Brasileira BSBIOS anuncia aquisição de fábrica de biodiesel na Suíça
  • FipeZap: Preços dos imóveis sobem 0,49% em fevereiro, mas perdem para a disparada da inflação
  • Buser consegue na Justiça remover fake news sobre transporte pirata
  • Startups recebem US$ 763 milhões em aportes de venture capital em fevereiro
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB
  • Mercado acionário e câmbio

Contas de luz continuam com valor extra

Os consumidores que recebem o benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica terão bandeira verde em março. Com isso, não haverá acréscimo na conta de luz dos beneficiários. A decisão foi anunciada na sexta-feira (25) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Para os demais usuários, no entanto, continua vigente a bandeira Escassez Hídrica, no valor de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.

Segundo o governo, esse valor extra foi necessário para cobrir os custos de energia, que ficaram mais caros em decorrência do enfrentamento do período de escassez de recursos hídricos, em 2021, o pior em 91 anos. A bandeira Escassez Hídrica segue em vigor até abril de 2022.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, acredita que a partir de abril a bandeira de Escassez Hídrica deixará de ser aplicada. “Acreditamos que a bandeira Escassez Hídrica não será necessária a partir de abril. Ela foi utilizada para pagar o custo adicional de geração de energia. Como nós não tínhamos água para gerar as nossas usinas hidrelétricas, tivemos que contratar energia no exterior, da Argentina, do Uruguai, e tivemos que usar nossas usinas termelétricas, que são mais caras, por conta do petróleo, do óleo, por conta do gás”.

Contas públicas fecham janeiro com superávit de R$ 101,8 bilhões

As contas públicas do país registraram um superávit primário recorde em janeiro, informou o Banco Central (BC). O montante, maior de toda a série histórica, foi de R$ 101,8 bilhões, ante superávit primário de R$ 58,4 bilhões em janeiro de 2021. Nos doze meses encerrados em janeiro, o superávit primário do setor público consolidado atingiu R$ 108,2 bilhões, equivalente a 1,23% do Produto Interno Bruto (PIB).

Os dados estão no relatório de estatísticas fiscais do BC. Segundo o banco, no mês de janeiro, o resultado do superávit primário do setor público consolidado foi de R$ 77,4 bilhões para o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional); R$ 20 bilhões para estados e municípios e R$ 4,4 bilhões para as empresas estatais.

O resultado primário é formado pelas receitas menos os gastos com juros, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. Assim, quando as receitas superam as despesas, há superávit primário.

Os juros nominais do setor público consolidado atingiram R$ 17,8 bilhões em janeiro, frente a R$ 40,4 bilhões em janeiro de 2021. De acordo com o BC, o resultado das operações de swap cambial contribuiu para essa redução.

No acumulado em doze meses, os juros nominais alcançaram R$ 425,7 bilhões (4,86% do PIB) em janeiro de 2022, comparativamente a R$ 315,7 bilhões (4,2% do PIB) nos doze meses até janeiro de 2021.

A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) fechou janeiro em R$ 5 trilhões, o que corresponde a 56,6% do PIB, uma redução de 0,6 ponto percentual do PIB no mês.

Já a dívida bruta do governo geral (DBGG), que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais, chegou a R$ 7 trilhões ou 79,6% do PIB. Uma redução de 0,7 ponto percentual do PIB em relação ao mês anterior.

Guedes: redução de IPI tem impacto de curto prazo no IPCA, mas esse não é objetivo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na sexta-feira (25), que a redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 25% deve ter sim impacto na inflação no curto prazo, mas argumentou que a medida não tem o objetivo de conter a alta de preços e sim fortalecer a indústria.

“Tem um impacto de curto prazo sim no IPCA, mas é uma medida de política industrial e não de política inflacionária. Tira mesmo um pouco da pressão dos preços industriais, vai dar uma derrubadinha no IPCA, mas o que vai determinar se vai ter inflação é a atuação do Banco Central”, afirmou.

O ministro disse ainda que a redução do IPI abre espaço para uma nova redução futura no Imposto sobre Importação de bens. No fim do ano passado, o governo anunciou um corte de 10% nas alíquotas do Imposto de Importação de 87% dos bens que compõem a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) – muitos deles industrializados.

“Vamos abrir o Brasil, mas respeitamos o nosso parque industrial. Enquanto não aliviássemos a indústria, seria uma covardia abrir de repente. Estávamos devendo a eles”, reconheceu. “Mas se os preços industriais continuarem subindo, podemos baixar em mais 10% a tarifa e abrir um pouco mais a economia. Não é a nossa intenção, mas pode haver uma nova rodada de redução da TEC neste ano”, avisou.

De acordo com o Ministério da Economia, a medida representará um incremento de R$ 467 bilhões no PIB em 15 anos e de R$ R$ 314 bilhões em investimentos em 15 anos. O secretário especial de Estudos Econômicos da pasta, Adolfo Sachsida, destacou que essa é a sexta medida de redução de tributos do atual governo, citando o fim do adicional de multa de 10% do FGTS, a redução do DPVAT, a queda nas taxas da CVM, a redução do adicional de frete da Marinha Mercante e a própria redução da em 10% da TEC no ano passado.

PIX e fim do auxílio emergencial tiram de circulação R$ 45 bilhões em cédulas e moedas, indica Banco Central

Com o fim do auxílio emergencial e o início do PIX, o chamado “meio circulante” brasileiro, que engloba cédulas em circulação, encolheu cerca de R$ 44,8 bilhões desde o fim de 2020, segundo dados do Banco Central.

No fechamento do ano retrasado, R$ 370,4 bilhões em cédulas e moedas circulavam pela economia brasileira, valor que caiu para R$ 339 bilhões no fim de 2021. O recuo registrado no último ano, o primeiro desde o plano Real (1994), foi de R$ 31,4 bilhões.

Além disso, mais R$ 13,3 bilhões foram retirados de circulação na parcial deste ano. Em 22 de fevereiro, última posição divulgada pelo BC, o meio circulante havia recuado para R$ 325,6 bilhões.

Segundo o BC, a busca dos bancos por recursos, motivados pela demanda da população e do comércio, é o que determina a variação do dinheiro em circulação.

“A fabricação de cédulas e moedas visa atender à variação da demanda, mas também à substituição de cédulas desgastadas e à manutenção de estoques adequados”, segundo o banco.

O Banco Central observou que em 2020, em parte devido a efeitos causados pela crise sanitária da Covid-19, o meio circulante apresentou “crescimento atípico, bastante superior ao crescimento anual médio observado nos últimos anos antes deste período”.

Naquele ano, o governo pagou mais de R$ 290 bilhões em auxílio emergencial, parte desse valor em espécie, para combater os efeitos da pandemia. O valor do benefício era de R$ 600. Entre abril e dezembro de 2020, o crescimento do meio circulante foi de R$ 110,905 bilhões.

Em 2021, com queda no valor do auxílio emergencial (benefícios de R$ 150 a R$ 375) e todos recursos sendo transferidos por meio de conta poupança digital da Caixa aos beneficiários, a demanda por papel-moeda começou a cair.

Além disso, também entrou em funcionamento, em novembro de 2020, o PIX, sistema de transferência em tempo real, disponibilizado pelo BC, que aumentou o volume de pagamentos eletrônicos e diminuiu a necessidade de recursos em espécie para pagamentos à vista.

“O surgimento de novos meios de pagamento sempre apresenta impactos sobre os hábitos de uso dos meios de pagamento anteriormente existentes, sendo necessário algum tempo para que a evolução desses impactos possa ser claramente mapeada”, avaliou o BC.

Guerra entre Rússia e Ucrânia pode impactar economia do Brasil

A guerra da Rússia e da Ucrânia pode produzir impactos econômicos a mais de 10 mil quilômetros de distância. O Brasil pode sentir os efeitos do conflito por meio de pelo menos três canais: combustíveis, alimentos e câmbio. A instabilidade no Leste europeu pode não apenas impactar a inflação como pode resultar em aumentos adicionais nos juros, comprometendo o crescimento econômico para este ano ao reduzir o espaço para a melhoria dos preços e do consumo.

Segundo a pesquisa Sondagem da América Latina, divulgada nesta semana pela Fundação Getulio Vargas (FGV), as turbulências na Ucrânia devem agravar as incertezas que pairam sobre a economia global nos últimos meses. No Brasil, os impactos deverão ser ainda mais intensos. Uma das razões é a exposição maior aos fluxos financeiros globais que o restante da América Latina, com o dólar subindo e a bolsa caindo mais que na média do continente.

A própria pesquisa, que ouviu 160 especialistas em 15 países, constatou a deterioração do clima econômico. Na média da América Latina, o Índice de Clima Econômico caiu 1,6 ponto entre o quarto trimestre de 2021 e o primeiro trimestre deste ano, de 80,6 para 79 pontos. No Brasil, o indicador recuou 2,8 pontos, de 63,4 para 60,6 pontos, e apresentou a menor pontuação entre os países pesquisados.

Grande parte da queda atual deve-se ao Índice de Situação Atual, um dos componentes do indicador, que reflete o acirramento das tensões internacionais e o encarecimento do petróleo no início de 2022. O outro componente, o Índice de Expectativas, continuou crescendo, tanto no continente como no Brasil, mas a própria FGV adverte que o indicador que projeta o futuro também pode deteriorar-se caso o conflito entre Rússia e Ucrânia se prolongue.

Segundo a FGV, existem diversos canais pelos quais a crise entre Rússia e Ucrânia pode chegar à economia brasileira. O principal é o preço internacional do petróleo, cujo barril do tipo Brent encerrou a semana em US$ 105, no maior nível desde 2014. O mesmo ocorre com o gás natural, produto do qual a Rússia é a maior produtora global, cujo BTU, tipo de medida de energia, pode chegar a US$ 30, segundo disse nesta semana em entrevista coletiva o diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, Rodrigo Costa.

O Brasil usa o gás natural para abastecimento das termelétricas. Para o diretor da estatal, a perspectiva é que a elevação dos reservatórios das usinas hidrelétricas no início do ano possa compensar, pelo menos nesta fase de início de conflito.

Em relação à gasolina, a recuperação da safra de cana-de-açúcar está reduzindo o preço do álcool anidro, o que também ajuda a segurar a pressão do barril de petróleo num primeiro momento. Desde novembro do ano passado, o litro do etanol anidro acumula queda de 24,6% em São Paulo, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo.

As maiores pressões sobre combustíveis estão ocorrendo sobre o diesel, que não tem a adição de etanol e subiu 3,78% em janeiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que funciona como prévia da inflação oficial.

Paulo Guedes manifesta otimismo sobre economia brasileira: “surpresa positiva”

Em entrevista à TV Bloomberg, em Nova York, o ministro da Economia, Paulo Guedes, manifestou otimismo sobre a economia brasileira, apesar dos efeitos negativos que a guerra entre Rússia e Ucrânia devem provocar em todo o mundo. Segundo ele, o país deve crescer neste ano e apresentar uma taxa de inflação “menor que a dos Estados Unidos”.

Ao falar dos impactos inflacionários para a economia mundial do conflito entre Rússia e Ucrânia, Guedes afirmou que “estamos apenas começando a nos recuperar da pandemia. Não é bom para o mundo”. Para ele, a economia mundial passa por um processo sincronizado de desaceleração do crescimento, enquanto a inflação está subindo em vários países.

As consequências da guerra só podem agravar esses efeitos e, segundo ele, um dos desdobramentos imediatos da guerra na Ucrânia podem ser pressões sobre os preços internacionais de alimentos, grãos, fertilizantes e energia.

Guedes ponderou, no entanto, que o Brasil está “fora de sintonia” com a economia mundial, pois está crescendo. “O Brasil está em outra direção”, afirmou. “Até o fim do ano, teremos US$ 200 bilhões em compromissos de investimento, em contratos já assinados de investimentos privados”, disse. O ministro citou ainda que são recursos para portos, concessões de rodovias e setor elétrico, que ele disse serem equivalentes a “dois Planos Marshall”, referindo -se ao programa. Patrocinado pelos EUA, de reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial.

O ministro foi questionado sobre a posição “neutra” de Jair Bolsonaro sobre o conflito militar. Ele afirmou que o Brasil votou duas vezes no Conselho de Segurança das Nações Unidas condenando a guerra e votará novamente assim. “Queremos que o conflito se resolva de forma pacífica o mais rápido possível”, disse.

PIB per capita do Brasil deve voltar a cair neste ano e só recupera nível pré-crises em 2029, aponta FGV

Mesmo com o crescimento da economia brasileira em 2021 e a superação de boa parte das perdas de 2020, ainda deve levar mais 7 anos para a população brasileira recuperar a renda e o nível de riqueza que tinha em 2013, último ano antes das últimas crises, quando foi registrada a melhor marca histórica do Produto Interno Bruto (PIB) per capita no país.

A previsão é de levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) antecipado ao G1.

O resultado oficial do PIB e do PIB per capita de 2021 será divulgado nesta sexta-feira (04) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os analistas estimam que a economia brasileira cresceu ao redor de 4,5%, após o tombo de 3,9% em 2020, enquanto que o PIB per capita cresceu um pouco menos.

O PIB per capita é o resultado da relação entre a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e o número de habitantes. Como o Brasil continua registrando crescimento populacional, quando há uma retração na economia, o nível de riqueza e renda da população costuma encolher de forma mais acentuada que o PIB.

Em outras palavras, o bolo ficou menor e passou a ter que ser dividido com mais pessoas, deixando o brasileiro mais pobre.

O PIB per capital funciona como um termômetro para avaliar o bem estar e nível de renda de uma nação, apesar de suas limitações, devido às desigualdades do país e pelo fato das riquezas não serem distribuídas da mesma forma para toda a população.

Pelos cálculos do Ibre, o país precisaria crescer a um ritmo de pelo 3% ao ano daqui pra frente para retomar até 2026, ainda durante o próximo mandato presidencial, o patamar de riqueza e renda que vigorava antes do abalo da recessão de 2014-2016. Cenário considerado atualmente “quase impossível”.

O cenário base estima que só em 2029 o PIB per capita irá recuperar o nível de 2013, mas, para isso, o país precisa manter uma taxa de crescimento média anual da economia de 2,4%.

“A nossa projeção tem inclusive viés de baixa, uma vez que entendemos que 2022 e 2023 ainda serão anos difíceis. Voltar para uma média de crescimento de PIB de mais de 2% não é trivial. E, se a gente conseguir isso, é só em 2029 que retoma o patamar pré-crises. Ou seja, 16 anos depois do pico de 2013”, afirma economista Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre e autora do levantamento.

Argentina sinaliza ter trigo suficiente para atender Brasil, diz Abitrigo

A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) disse na quinta-feira (03) que o Brasil não terá problemas de abastecimento do cereal no curto prazo, decorrentes da guerra na Ucrânia, pois a Argentina sinalizou ter oferta suficiente para atender as necessidades brasileiras.

Além disso, a associação afirmou à Reuters em nota que o volume vindo da Rússia é considerado muito pequeno e não há registro de compras do trigo da Ucrânia.

A Rússia é o maior exportador mundial de trigo e a Ucrânia ocupa a quarta posição neste ranking. Juntos, os dois países são responsáveis por cerca de 30% das exportações globais do cereal, o que corresponde a 210 milhões de toneladas, disse a Abitrigo, ressaltando que o impacto para todos os importadores da commodity estará nos custos.

“É inevitável que a crise da Ucrânia afete diretamente os preços do trigo a nível mundial”, afirmou.

Balança comercial tem superávit de US$ 4,04 bilhões no melhor mês de fevereiro em cinco anos

O Ministério da Economia informou na quinta-feira (03) que a balança comercial registrou superávit de US$ 4,049 bilhões em fevereiro deste ano.

O resultado é de superávit quanto as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, isto é, as importações superam as vendas externas, o resultado é deficitário.

Segundo o ministério, os dados de fevereiro não refletem nenhum movimento relacionado ao conflito entre Rússia e Ucrânia, o mês de fevereiro teve apenas um dia útil após o início do confronto.

Ao todo, segundo o governo:

  • as exportações somaram US$ 22,913 bilhões;
  • as importações somaram US$ 18,863 bilhões.

De acordo com o Ministério da Economia, esse foi o maior saldo comercial, para fevereiro, desde 2017. Portanto, foi o melhor resultado para esse mês em cinco anos. A série histórica tem início em 1989.

Na parcial do primeiro bimestre deste ano, segundo dados oficiais, o saldo comercial positivo somou US$ 3,835 bilhões. Isso representa um aumento de 137,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o superávit somou US$ 1,616 bilhão.

Nos dois primeiros meses do ano, as vendas externas somaram US$ 42,548 bilhões, com aumento de 29% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já as compras do exterior totalizaram US$ 38,713 bilhões, com crescimento de 23,8%.

De acordo com o governo, as exportações pela média diária registraram alta de 32,6% em fevereiro na comparação com o mesmo período do ano passado, e bateram recorde para esse mês.

Brasil sai da recessão técnica no 4º trimestre e PIB cresce 4,6% em 2021

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 4,6% em 2021, segundo divulgou na sexta-feira (04) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 8,7 trilhões.

O resultado ficou em linha com o esperado pelo mercado e vem após o tombo histórico de 3,9% com a pandemia em 2020.

“Esse avanço recuperou as perdas de 2020, quando a economia brasileira encolheu 3,9% devido à pandemia”, destacou o IBGE. Apesar de ter encerrado o ano passado 0,5% acima do patamar pré-pandemia (4º trimestre de 2019), o PIB continua 2,8% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014.

Já o PIB per capita alcançou R$ 40.688,1 em 2021, um avanço real de 3,9% ante o ano anterior.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O crescimento da economia brasileira em 2021 foi puxado principalmente pela recuperação do setor de serviços, em meio ao avanço da vacinação e flexibilização das medidas de restrição para conter a propagação do Coronavírus.

O crescimento de 4,6% da economia em 2021 foi puxado pelas altas nos serviços (4,7%) e na indústria (4,5%), que juntos representam 90% do PIB do país. Por outro lado, a agropecuária teve queda de 0,2% no ano passado.

Do lado da demanda, o consumo das famílias avançou 3,6% e o do governo subiu 2%. Já os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) avançaram 17,2%.

A taxa de investimento no ano de 2021 foi de 19,2% do PIB, acima dos 16,6% registrados em 2020. A taxa de poupança foi de 17,4% ante 14,7% em 2020.

No 4º trimestre, o avanço foi de 0,5% em relação aos 3 meses anteriores, após ter registrado quedas de 0,3% no 2º trimestre e de 0,1% no 3º trimestre. Ao voltar a crescer na reta final do ano, a economia saiu da recessão técnica, caracterizada por dois trimestres seguidos de retração.

Frente ao 4º trimestre de 2020, o PIB avançou 1,6%, a quarta alta seguida, após quatro trimestres no campo negativo nesta comparação.

Após ordem de Moraes, Telegram bloqueia perfis de Allan dos Santos

O aplicativo de mensagens Telegram bloqueou neste sábado (26) três perfis ligados ao blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. A providência foi tomada após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Na decisão que ordenou a medida, o ministro tinha estabelecido que o aplicativo de mensagens poderia ser retirado do ar por 48 horas e ter de pagar multa de R$ 100 mil, caso não cumprisse a ordem.

Segundo as investigações, as contas estavam sendo utilizadas para propagar discurso de ódio e disseminar informações falsas.

A informação sobre a decisão que determinou o bloqueio das contas foi divulgada na sexta-feira (25) pelo jornal Folha de São Paulo e confirmada pela TV Globo.

Moraes afirmou, no documento, que os canais de Allan dos Santos estavam sendo usados “como verdadeiros escudos protetivos para a prática de atividades ilícitas, conferindo ao investigado uma verdadeira cláusula de indenidade penal para a manutenção do cometimento dos crimes já indicados pela Polícia Federal, não demonstrando o investigado qualquer restrição em propagar os seus discursos criminosos”.

Pontuou também que ele usou o alcance dos perfis no Telegram “como parte da estrutura destinada à propagação de ataques ao Estado Democrático de Direito, ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Senado Federal, além de autoridades vinculadas a esses órgãos”.

“Efetivamente, o uso do Telegram se revela como mais um dos artifícios utilizados pelo investigado para reproduzir o conteúdo que já foi objeto de bloqueio nestes autos, burlando decisão judicial, o que pode caracterizar, inclusive, o crime de desobediência a decisão judicial”, escreveu o ministro.

O aplicativo é apontado como uma ferramenta que dissemina discurso de ódio e serve de veículo para disseminação de publicações falsas.

No Brasil, a plataforma, que tem sido utilizada principalmente pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, resiste a contatos para cumprir ordens judiciais e para fechar acordos de cooperação para combater fake news.

Presidente: posição do Brasil sobre conflito na Ucrânia é de cautela

O presidente Jair Bolsonaro disse no domingo (27) que o voto do Brasil em resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia é livre, com equilíbrio.

Ele acrescentou que o Brasil não defende “nenhuma sanção ou condenação ao presidente Putin”.

“Nossa posição tem que ser de bastante cautela, não podemos ao tentar solucionar um caso que é grave, ninguém é a favor de guerra em lugar nenhum do mundo, trazemos problemas gravíssimos para toda a humanidade e para o nosso país que também está nesse contexto”, afirmou em entrevista coletiva à imprensa, no Forte dos Andradas, no Guarujá, litoral de São Paulo.

Bolsonaro disse ainda que conversou, neste domingo, com presidente da Rússia, Vladimir Putin, por telefone, sobre a guerra e questões comerciais, como a importação de fertilizantes pelo Brasil. “Estive conversando com o presidente Putin, mais de duas horas de conversa. Tratamos de muita coisa. A questão dos fertilizantes foi a mais importante. Tratamos do nosso comércio. E obviamente ele falou alguma coisa sobre a Ucrânia, mas me reservo a não entrar em detalhes da forma como vocês gostariam”, disse Bolsonaro.

Para o presidente, o conflito deve chegar, em breve, a uma solução. “Não acredito que vá se prolongar. Até pela diferença bélica de um país para outro. A gente espera que países da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] não potencializem esse problema que está para ser resolvido, no meu entender”, declarou.

Guedes: Brasil não está neutro no conflito entre Rússia e Ucrânia

Ao ser questionado sobre a posição “neutra” do presidente Jair Bolsonaro sobre a guerra na Ucrânia, o ministro da Economia Paulo Guedes, afirmou que o Brasil votou duas vezes no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para condenar a invasão.

O ministro foi entrevistado pela Bloomberg TV em Nova York após encontros com investidores internacionais.

“O Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas votou duas vezes e votará novamente para condenar a invasão da Ucrânia. Dito isso, nós desejamos que o assunto seja resolvido de uma maneira pacífica tão cedo quanto possível”, disse o ministro na entrevista em inglês.

E continuou:

“O mundo está em desaceleração sincronizada, a inflação está subindo em todo o mundo e isso pode só piorar o futuro da economia mundial”

O Brasil é membro rotativo do Conselho de Segurança e apoiou, na semana passada, uma resolução que critica a agressão russa. O encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, disse que o presidente Bolsonaro estaria ‘mal-informado’ sobre a guerra.

Por razões de segurança, embaixador brasileiro na Ucrânia e equipe deixam a capital Kiev

O embaixador brasileiro na Ucrânia, Norton de Andrade Mello Rapesta, divulgou na terça-feira (01) um vídeo em rede social avisando que, por razões de segurança, ele e sua equipe deixaram Kiev, capital da Ucrânia.

Na semana passada, a Rússia iniciou uma invasão à Ucrânia. O confronto já é considerado o maior ataque de um país contra outro desde a Segunda Guerra Mundial. Na terça-feira (01), a Rússia atacou as duas principais cidades da Ucrânia.

No vídeo divulgado na terça (01), Rapesta disse também que permanecerá na Ucrânia até retirar todos os brasileiros que desejarem sair do país.

De acordo com o Itamaraty, as atividades da embaixada brasileira em Kiev serão transferidas para Lviv e Chisinau, capital da Moldávia. O ministério também informou na terça (01) que dois postos de atendimento consular serão abertos nestas cidades.

Nesta segunda-feira (28), em entrevista exclusiva à GloboNews, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse que os embaixadores deixariam Kiev e partiriam para Lviv caso a “segurança e a capacidade de trabalho” da equipe fosse comprometida.

“Há várias missões diplomáticas que se mudaram pra cidade de Lviv que fica cerca setenta quilômetros da fronteira com a Polônia. Talvez nós tenhamos que fazer isso as condições em Kiev chegarem ao ponto que impeça a segurança e a capacidade de trabalho do nosso pessoal”, disse França.

Brasil vai apoiar resolução contra Rússia na ONU, mas não quer isolar Moscou e defende saída negociada para a guerra

O Brasil vai seguir na sua linha de votar a favor da resolução contra a invasão da Rússia na Ucrânia na Assembleia da ONU, mas negocia para que o texto a ser votado não isole totalmente Moscou e abra espaço para que o presidente russo, Vladimir Putin, aceite uma saída negociada para o conflito.

Segundo assessores presidenciais, a diplomacia brasileira está participando das negociações do texto final da resolução que será submetido à votação na quarta-feira (02) na ONU e busca que nele “as portas não sejam fechadas” para uma negociação. Um assessor disse que é preciso construir um texto que crie condições para que outros países apoiem a resolução e, ao mesmo tempo, leve a Rússia de fato para a mesa de negociação.

Na avaliação do governo brasileiro, é preciso encontrar um caminho para uma saída negociada deste conflito, porque, se ele prolongar e a Rússia for totalmente isolada do mundo, os demais países vão começar a sofrer as consequências, principalmente na sua economia. Há, ainda, o risco de alguns fundos que têm posição aplicada em ativos russos possam quebrar, trazendo grande instabilidade para o sistema financeiro.

A votação está prevista para ocorrer hoje à tarde, na Assembleia da ONU convocada depois que a Rússia usou seu poder de veto quando foi votada uma resolução no Conselho de Segurança da entidade condenando a invasão russa na Ucrânia. A votação no conselho foi na última sexta-feira (25) e teve os votos favoráveis de onze países, incluindo o Brasil, com abstenção da China, Índia e Emirados Árabes Unidos.

Há, por exemplo, uma tentativa hoje de conquistar o apoio da China para a resolução que será votada na assembleia. Um termo da resolução deve mudar. Em vez de condenar, o texto, ainda em elaboração, pode deplorar a invasão russa. Na prática, significa condenar, mas num termo mais diplomático, e que foi usado pelo governo chinês ao tratar do tema com o ministro das relações exteriores da Ucrânia.

Planalto fica desconfortável com saia justa causada por diplomata ucraniano

O entorno mais próximo do presidente Jair Bolsonaro já não esconde mais o desconforto com a saia justa causada pelas cobranças públicas do encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach.

Em entrevistas nos últimos dias, o diplomata ucraniano tem desconstruído o discurso não só do presidente Bolsonaro de neutralidade, como também a posição oficial do Itamaraty. Na terça-feira (01), Tkach chegou a afirmar que não se pode aplicar o conceito de “imparcialidade” em um conflito no qual se sabe quem é o agressor.

A declaração foi dada pelo diplomata durante uma entrevista na sede da embaixada, em Brasília, após Tkach ser questionado sobre a declaração do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, que afirmou à GloboNews que o presidente quis dizer “imparcialidade” quando falou sobre neutralidade em relação a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Na ocasião, o diplomata ucraniano também cobrou uma manifestação de “solidariedade” do presidente brasileiro, como ele tinha feito com a Rússia.

Para aliados do Planalto, essas declarações acabam por expor a posição de Bolsonaro diante da invasão da Ucrânia. A maior preocupação é que as manifestações de simpatia ao presidente russo, Vladimir Putin, desgastem a imagem do próprio Bolsonaro em ano eleitoral com os desdobramentos da guerra e as imagens dramáticas vindas da Ucrânia.

“Essa é uma guerra que todo mundo está acompanhando ao vivo. É preciso recalibrar o discurso. Caso contrário, haverá desgaste de imagem aqui no Brasil, pois será difícil explicar essa posição”, admitiu ao G1 um interlocutor próximo de Bolsonaro.

Ministra da Agricultura vai ao Canadá para tentar suprir demanda por fertilizante

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, acaba de marcar para o dia 12 de março uma visita ao Canadá.

O Canadá foi o quarto maior fornecedor de adubos ou fertilizantes químicos em 2021, atrás apenas de Rússia, China e Marrocos.

O objetivo é contornar uma potencial falta de fertilizantes no mercado em razão da invasão russa na Ucrânia.

Dentre os nutrientes mais importantes, destacam-se os chamados macronutrientes primários: nitrogênio (que faz a planta crescer), fósforo (faz a planta ficar forte) e potássio (que faz a planta amadurecer). Mas é no mercado de potássio em que está a nossa maior dependência externa.

O Brasil importa 95% do potássio que utiliza em suas lavouras e o conflito pode provocar uma onda de desabastecimento, impactando brutalmente a oferta e o preço dos produtos agrícolas.

“Estamos dependentes da guerra para abastecer parte do mercado de potássio. Sem ele, pode haver frustração da próxima safra (que começa a ser plantada no segundo semestre)”, disse uma fonte do setor.

Como o Canadá figura entre os maiores exportadores do planeta, a saída foi buscar alternativas caso a situação se agrave.

Segundo dados da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência, utilizados pelo Ministério da Agricultura e obtidos pelo G1, 80% do potássio utilizado no mundo vem de países como Canadá, Israel, Rússia, Belarus e da Alemanha.

Como a preocupação do governo é alta, a ministra da Agricultura pediu uma reunião com oficiais canadenses para saber o quanto a mais o país pode fornecer ao Brasil.

Disputas regionais e indefinição sobre federações marcam início na quinta-feira (03) da ‘janela partidária’

A chamada “janela partidária”, período no qual deputados federais, estaduais e distritais ficam autorizados a trocar de partido sem correr o risco de perder o mandato, começa na quinta-feira (03) em meio a disputas na Câmara dos Deputados envolvendo palanques nos estados e a cisão na base governista.

Na semana passada, o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), reclamou publicamente do papel do presidente Jair Bolsonaro, de quem é aliado, durante as negociações visando a janela partidária.

Pereira disse que Bolsonaro “só atrapalhou” as articulações do Republicanos por novos filiados.

O presidente da República tem levado seus aliados para o PL, partido comandado por Valdemar Costa Neto e ao qual Bolsonaro se filiou no final do ano passado.

Essa tensão política tem explicação: além de poder para influenciar decisões no Congresso, o tamanho da bancada de deputados federais define a participação dos partidos no fundo partidário, ou seja, a quantia que cada um deles vai receber.

A distribuição do fundo, a cada ano, sempre leva em conta o tamanho das bancadas eleitas. Portanto, a troca da janela partidária não vai interferir nas quantias a serem recebidas pelos partidos em 2022. Mas pode influenciar na quantidade de deputados que os partidos vão eleger nas eleições de outubro.

A janela é aberta em todo ano eleitoral, começa sempre a seis meses da data pleito e dura 30 dias.

Um parlamentar que trocar de partido fora desse período, sem apresentar à Justiça Eleitoral uma justa causa, corre o risco de perder o mandato. Isso porque a Justiça Eleitoral entende que os mandatos de deputados federais, estaduais e distritais pertencem aos partidos, não ao eleito, e o partido pode reivindicar na Justiça o mandato do parlamentar que saiu.

A trocas devem ser comunicadas oficialmente até 1º de abril. A partir de 2 de abril, quem ainda não estiver filiado a um partido não pode ser candidato nas eleições de 2022.

Governo seguirá política de redução de impostos, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que o governo irá continuar reduzindo impostos, a exemplo do ocorrido com o IPI, e que autorizou o ministro da Economia, Paulo Guedes, a seguir essa política.

“Vamos continuar diminuindo impostos. É uma política da Economia. Logicamente eu dei o aval. E o ministro Paulo Guedes resolveu diminuir o IPI e ele tem chamado essa diminuição de IPI de nova industrialização ou reindustrialização do nosso Brasil”, disse o presidente em sua transmissão ao vivo semanal pelas redes sociais.

O governo publicou na semana passada decreto em que reduziu as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 25% para todos os produtos com exceção de tabaco, na tentativa de conter a inflação e reestimular a indústria.

Segundo Guedes, a medida implicará em renúncia de 20 bilhões de reais ao ano.

General e ex-ministro Eduardo Pazuello é transferido para a reserva remunerada do Exército

O general de divisão Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde do governo Jair Bolsonaro, foi transferido para a reserva remunerada do Exército. Ele fez o pedido ao presidente no dia 21 de fevereiro, e foi atendido na sexta-feira (04), com a publicação no “Diário Oficial da União”.

A transferência vale a partir do dia 28 de fevereiro. O pedido do ex-ministro antecipa a aposentadoria dele da instituição, que seria automática a partir de 31 de março, segundo as regras do Exército.

Ao passar para a reserva, o ex-ministro fica liberado para se candidatar nas eleições de outubro deste ano. Mesmo antes de Pazuello deixar o ministério, aliados bolsonaristas o incentivavam a disputar uma vaga no Congresso pelo Rio de Janeiro ou Amazonas, estado no qual atuou em parte da carreira como general.

“O Centro de Comunicação Social do Exército informa que a Diretoria de Civis, Inativos, Pensionistas e Assistência Social (DCIPAS) recebeu, no dia 21 de fevereiro, requerimento do General de Divisão Eduardo Pazuello solicitando a sua passagem para a reserva remunerada. O requerimento será processado e o ato formal de passagem para a reserva, publicado oportunamente no Diário Oficial da União”, informou o Exército.

Pazuello foi pressionado a se aposentar após participar de ato político com o presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Ele já não era ministro. Apesar de o Regulamento Disciplinar do Exército determinar punição para integrantes que “manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária”, o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, argumentou que não houve indisciplina.

O ex-ministro foi promovido a general de brigada do Exército em 2014 e, em 31 de março de 2018, a general de divisão, último grau da carreira para oficiais intendentes, como Pazuello.

Anfavea: Redução do IPI é relevante e bem-vinda

A Anfavea, entidade que representa as montadoras instaladas no País, considerou “bem-vinda” a redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

“É sempre muito bem-vinda qualquer proposta que alivie a pesada carga tributária que incide sobre a indústria de transformação no Brasil, sabidamente uma das mais elevadas do mundo”, comentou, em nota, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.

A extinção do IPI e a simplificação do sistema tributário são pautas defendidas pela associação das montadoras há bastante tempo, lembrou o executivo, para quem o corte do imposto cobrado dos produtos industrializados foi “relevante”.

“A redução do Custo Brasil é benéfica não só para o setor industrial, mas também para a geração de empregos, para os consumidores e para a sociedade como um todo”, concluiu o presidente da Anfavea.

Alpargatas anuncia sinal verde para sair da Osklen

A Alpargatas comunicou na noite da sexta-feira (25) que a venda da totalidade de sua participação na Osklen, equivalente a 60% do capital social, para a DASS Nordeste Calçados e Artigos Esportivos foi aprovada, sem restrições, pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A decisão definitiva deve ser conhecida 15 dias após a medida, período durante o qual pode haver recursos ou avocação pelo Tribunal do Cade.

A Alpargatas afirmou também, em comunicado, que o fechamento da operação está sujeito ainda ao cumprimento de outras condições precedentes.

O valor do negócio, segundo comunicados divulgados em novembro e janeiro passados, foi de R$ 400 milhões.

GPA fecha acordo para vender até 17 lojas por R$ 1,2 bilhão; Assaí alugará pontos

O GPA anunciou um acordo para a alienação de até 17 imóveis próprios da empresa para o fundo imobiliário Brazel Properties por cerca de R$ 1,2 bilhão.

Segundo comunicado ao mercado, os imóveis serão posteriormente alugados pela cadeia de atacarejo Assaí por um prazo de 25 anos, renováveis por mais 15 anos. O fechamento da transação ainda requer aprovação das autoridades concorrenciais.

Tanto GPA quanto Assaí são controlados pelo grupo francês Casino Guichard Perrachon.

O negócio ocorre à medida que o GPA busca converter lojas de hipermercados da bandeira Extra Hiper em unidades de atacarejo que serão operadas pelo Assaí.

Em outubro do ano passado, em linha com esse plano, o GPA divulgou um acordo de R$ 5,2 bilhões para a venda de 71 lojas ao Assaí.

De acordo com o comunicado desta sexta-feira, a maior parte das lojas envolvidas na transação já foram cedidas ao Assaí, com expectativas de que os pontos remanescentes sejam transferidos até o final do primeiro trimestre deste ano.

O Assaí espera abrir cerca de 50 novas lojas em 2022, sendo 10 orgânicas, com previsão de abertura no primeiro semestre, e 40 conversões para o formato atacarejo, com inaugurações esperadas para o segundo semestre.

As demais lojas convertidas deverão ser inauguradas até o final do primeiro trimestre de 2023, disse o Assaí, reiterando que tem como objetivo atingir 100 bilhões de reais em faturamento e mais de 300 lojas em operação em 2024.

O GPA, por sua vez, afirmou que inicia o ano com “estrutura mais enxuta, foco nas bandeiras de maior rentabilidade e performance e aceleração da plataforma digital”, mencionando também a conversão de seus hipermercados em lojas Pão de Açúcar e Mercado Extra.

IRB Brasil reduz prejuízo líquido no 4º trimestre para R$ 371 milhões

O ressegurador IRB Brasil viu seu prejuízo líquido diminuir no quarto trimestre ante um ano antes, em meio a uma melhora do resultado financeiro e patrimonial, mas registrou consumo de caixa no período e aumento de sinistros.

O IRB teve prejuízo líquido de R$ 370,9 milhões no quarto trimestre de 2021, uma redução de 42,4% frente as perdas de R$ 644,2 milhões reportadas para o mesmo período do ano anterior.

Segundo a empresa, o resultado foi negativamente impactado pelos sinistros retidos, que foram 53,7% superiores aos do quarto trimestre de 2020 e marcaram R$ 1,29 bilhão.

“O aumento da sinistralidade total do quarto trimestre é reflexo da elevação no componente PSL (Provisões de Sinistros a Liquidar), que se refere aos avisos de sinistros que a companhia recebeu no período e que apresentaram aumento de 148,3% em relação ao quarto trimestre de 2020.”

Essa elevação, segundo a empresa, decorre principalmente de sinistros contratados em “anos de subscrição anteriores a 2020”.

O índice de sinistralidade total foi de 123,5% no período, aumento de 31,4 pontos percentuais na comparação anual.

Os prêmios emitidos totalizaram R$ 2,06 bilhões de outubro a dezembro, o que representa leve queda de 0,9% na base anual, com o recuo das operações no exterior, parte de estratégia já divulgada pela companhia, compensado por expansão no Brasil. O prêmio retido cresceu 59,4% e o prêmio ganho aumentou 14,7%.

A companhia teve consumo de caixa de R$ 1,2 bilhão no trimestre, pressionada pelo pagamento de sinistros e repasse de prêmios por cessão de riscos.

O IRB disse no comunicado de resultados que a posição de não divulgar projeções segue mantida.

Brasileira BSBIOS anuncia aquisição de fábrica de biodiesel na Suíça

A BSBIOS, maior produtora de biodiesel do Brasil, anunciou na quarta-feira (02) a aquisição de 100% da fábrica MP Biodiesel, situada na Suíça, como parte de um plano de posicionar a companhia como uma das maiores produtoras do biocombustível no mundo.

A aquisição da fábrica em Domdidier, no Cantão de Friburgo, que usa óleo de cozinha usado como matéria-prima, marca uma nova etapa da inserção da empresa no mercado internacional, com destaque para o mercado europeu. O grupo já desenvolvia relações comerciais com a Europa a partir de uma subsidiária na Suíça.

“Estamos orgulhosos de dar mais este passo, que reafirma nossa orientação de internacionalizar a BSBIOS. Com a operação, nos tornamos um produtor multinacional de combustível renovável, negociando e operando biocombustíveis de segunda geração”, disse o presidente da BSBIOS, Erasmo Carlos Battistella, em nota.

Segundo a companhia, o processo de produção permite que o biodiesel da unidade suíça seja considerado de segunda geração.

“A operação no país tem potencial de crescimento e a planta está situada no centro da Europa, o que nos dá uma posição estratégica no continente”, acrescentou Battistella.

A empresa não divulgou o valor da aquisição.

A BSBIOS disse que pretende realizar investimentos nos próximos seis meses para melhor a eficiência do processo de fabricação, além da ampliação da capacidade e capacitação da equipe comercial.

A equipe da BSBIOS também estuda a ampliação de oferta no curto prazo por meio de parceria com redes de distribuição e ampliação da estrutura de abastecimento.

A empresa adquirida tem um faturamento estimado de 45 milhões de reais, com capacidade anual para produzir 5,6 milhões de litros de biodiesel.

A unidade adquirida também tem um papel local importante para oferecer uma solução ambiental para a questão do destino adequado do Óleo de Cozinha Usado (UCO).

Seguindo a exigência da legislação local, a planta utiliza exclusivamente o UCO de canola e, em menor proporção, de girassol como matéria-prima.

Outro destaque é a qualidade do biodiesel produzido, que tem o ponto de entupimento a frio (CFPP) a -20ºC. No Brasil, o ponto é de -5ºC. Na Suíça, a mistura mínima do biocombustível ao diesel fóssil é de 7% (B7).

O grupo brasileiro, que conta com duas unidades industriais, em Passo Fundo (RS) e em Marialva (PR), com capacidade de produzir 936 milhões de litros de biodiesel/ano, também está expandindo atuação internacional por meio da construção de uma unidade de diesel e querosene de aviação renováveis no Paraguai.

FipeZap: Preços dos imóveis sobem 0,49% em fevereiro, mas perdem para a disparada da inflação

O preço de venda dos imóveis residenciais registrou um aumento de 0,49% em fevereiro, segundo o Índice FipeZap divulgado na quarta-feira (02). No mês passado, a alta foi de 53%.

A alta apurada pelo Índice FipeZap em fevereiro deve ficar abaixo do avanço projetado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o boletim Focus, do Banco Central, a inflação deve ter subido 0,83% no mês passado.

No primeiro bimestre do ano, os preços dos imóveis residenciais avançaram 1,02%, também abaixo da inflação esperada para o período (1,39%).

Em novembro, a maioria das capitais monitoradas pelo Índice FipeZap teve alta no preço médio de venda dos imóveis. A exceção foi Porto Alegre (BA), que se manteve estável. Os maiores aumentos foram observados em Vitória (ES/ 2,36%), Goiânia (GO/2,25%) e Campo Grande (MS/1,50%).

No acumulado em 12 meses, o Índice FipeZap tem alta de 5,71%, enquanto a expectativa para a inflação é de 10,37%.

Entre as capitais, o levantamento mostrou que o preço do metro quadrado foi mais caro em São Paulo (SP/R$ 9.787), Rio de Janeiro (RJ/R$ 9.682) e Vitória (ES/R$ 8.843).

Os valores mais baixos, por outro lado, foram observados em Campo Grande (MS/R$ 4.749), João Pessoa (PB/R$ 5.015) e Goiânia (GO/R$ 5.333).

Buser consegue na Justiça remover fake news sobre transporte pirata

Uma ação movida pelo aplicativo Buser na Justiça estadual de São Paulo identificou o autor de uma montagem em redes sociais que vincula a empresa ao transporte pirata. A postagem da foto de um acidente de ônibus, com um falso comunicado atribuído à Buser, foi feita por uma pessoa usuária de e-mail corporativo de uma das empresas do Grupo Guanabara. O conglomerado é controlado pela família do empresário Jacob Barata Filho, um dos maiores empresários de ônibus do Rio.

A Buser conseguiu que a Justiça determinasse a retirada da postagem das redes sociais. A empresa de transportes informou que, com base nos dados obtidos na ação, pretende processar civil e criminalmente os responsáveis. Mas não adiantou se a ação será contra a empresa, o autor da postagem ou ambos. O GLOBO não localizou Rodrigo Mont Alvern, de Fortaleza, identificado no processo como um dos proprietários do endereço IP do dispositivo usado para fazer a postagem. A Buser afirma que Alvern é funcionário do Grupo Guanabara.

Em nota, o Grupo Guanabara não confirmou se Alvern é ligado à empresa, mas disse estar à disposição para levantar a informação entre os mais de dois mil funcionários que tem no Ceará. Acrescentou que não pode se manifestar sobre o processo porque não teve acesso à ação. “Chama a atenção que a ação seja proposta pela Buser logo após ter sido proibida de operar justamente no Ceará por transporte ilegal e irregular. Esta não é uma decisão isolada. A Buser tem enfrentado sucessivas derrotas na Justiça em todo o país”, diz um trecho da nota.

Startups recebem US$ 763 milhões em aportes de venture capital em fevereiro

O volume total de investimentos em venture capital recebidos pelas startups brasileiras em fevereiro deste ano foi de US$ 763 milhões em 40 aportes, o que supera em 129% o volume total investido no mesmo mês de 2021 (US$ 333 milhões, em 55 aportes). Os dados constam no relatório mensal “Inside Venture Capital”, elaborado pela plataforma Distrito, que mapeia o setor.

As principais captações do mês foram a rodada Série D de US$ 300 milhões do banco espanhol BBVA (MC:BBVA) na fintech Neon, que se tornou um “unicórnio”; o R$ 1 bilhão levantado com investidores pela Velvet; e a rodada Série B de R$ 530 milhões da gestora Warburg Pincus na empresa de tecnologia Sólides.

“Foi mais um mês muito bom para o ecossistema de startups no Brasil”, avalia Gustavo Gierun, cofundador e sócio do Distrito, que acredita que as rodadas de venture capital até o final de 2022 devem superar, mesmo que não muito, os US$ 9,4 bilhões do total de 2021.

“Neste momento, ainda é difícil prever o que vai acontecer no mercado, com toda essa instabilidade e o cenário desafiador que temos visto no Brasil e no mundo. Mas continuamos acreditando no crescimento desse mercado, com mais startups e melhores empreendedores solucionando problemas complexos da sociedade”, afirma Gierun.

O setor mais aquecido continua sendo o de fintechs, que ficou com US$ 567,6 milhões das captações em fevereiro, ante US$ 76,4 milhões no mesmo mês em 2021 e US$ 3,7 bilhões no total do ano passado.

As HRtechs (startups voltadas para recursos humanos) vêm em seguida neste mês, com a captação de US$ 102 milhões.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (07), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 12,25%, ante 12,25% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) avançou 1,83 em fevereiro, após alta de 1,82% em janeiro, informou na sexta-feira (25), a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou abaixo da mediana da pesquisa Estadão/Broadcast que indicava alta de 1,86% para o indicador, com estimativas de 1,24% a 2,30%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (07), a projeção para o IGP-M ficou em 8,66%, ante 8,54% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

Em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia e à decisão do governo de baixar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 25%, a mediana apurada para IPCA, índice de inflação oficial, de 2022 avançou pela sétima semana consecutiva no Relatório Focus, cada vez mais distante do teto da meta deste ano (5,0%). No relatório divulgado na quarta-feira (02), pelo Banco Central, a previsão mediana para 2023 também voltou a subir marginalmente e a de 2024 seguiu aumentando, em sinal de desancoragem em relação à meta.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (07), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 5,65%, ante 5,60% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

Após desabar em 2020, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil fechou 2021 em alta de 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões, informou na sexta-feira (04) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse avanço recuperou as perdas de 2020, quando a economia brasileira encolheu 3,9% devido à pandemia da Covid-19. O mercado financeiro esperava um crescimento de 4,5%, passada a fase mais intensa da pandemia.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (07), a projeção para o PIB ficou em 0,42%, ante 0,30% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (28), o Ibovespa não teve operações, devido ao carnaval.

Na terça-feira (01), o Ibovespa não teve operações, devido ao carnaval.

Na quarta-feira (02), o Ibovespa fechou em alta, com forte desempenho das ações de commodities, especialmente do complexo minero-siderúrgico, em ajuste a três dias de avanço para a cotação da matéria-prima na China, o Ibovespa retornou do feriado em alta. O índice Ibovespa teve alta de 1,80%, a 115.173,61 pontos. O volume financeiro somou R$ 32,6 bilhões.

Na quinta-feira (03), o Ibovespa fechou em queda, perdendo terreno na parte da tarde, em linha com a piora dos mercados em Wall Street, diante de incertezas ligadas aos impactos da guerra na Ucrânia na economia global. O índice Ibovespa teve queda de 0,01%, a 115.165,55 pontos. O volume financeiro somou R$ 32,2 bilhões.

Na sexta-feira (04), por volta das 13h16, o índice Ibovespa operava em queda de 1,49%, a 113.446,45 pontos. Diante de humor negativo no cenário externo, após uma ofensiva russa contra a maior usina nuclear da Europa, localizada na Ucrânia, levar a um incêndio em um centro de treinamento na unidade, posteriormente controlado. A tensão com o conflito na Ucrânia contrapunha dados de emprego nos Estados Unidos e de atividade econômica no Brasil acima das expectativas. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 0,60%, a 114.473,78 pontos. O volume financeiro somou R$ 28,2 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (04), por volta das 13h30, o dólar registrava alta de 1,16%, cotado a R$ 5,087 na venda. Conforme investidores reagiam a dados de emprego mais fortes do que o esperado nos Estados Unidos e monitoravam os desdobramentos envolvendo a guerra na Ucrânia. Apesar da valorização do dólar, a disparada dos preços das commodities e o ambiente doméstico de juros altos mantinham uma percepção de viés positivo para a moeda brasileira no curto prazo.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (04) cotado a R$ 5,0783, com investidores recompondo parte das posições em dia de rali global da moeda norte-americana, reflexo da busca por segurança diante do recrudescimento das incertezas acerca da guerra entre Rússia e Ucrânia.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
07/03/2022