Cenário Econômico Nacional – 14/03/2022

Cenário Econômico Nacional – 14/03/2022

Cenário Econômico Nacional – 14/03/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • Equipe econômica é contra subsídio a combustível e prefere projeto do ICMS, diz fonte
  • Ipea: Investimentos avançam 17,2% em 2021
  • FGV: Quase 60% das famílias de baixa renda começaram o ano de 2022 inadimplentes
  • Inflação pelo IGP-DI cai para 1,50% em fevereiro
  • Governo avalia proposta de gastar R$ 27 bilhões para subsidiar combustíveis por três meses
  • Produção industrial recua 2,4% em janeiro
  • Cesta básica sobe em todas as capitais pesquisadas pela Dieese
  • Com alta dos juros, custo da dívida pública dispara e deve alcançar patamar recorde neste ano
  • IPCA: inflação acelera para 1,01% em fevereiro, maior taxa para o mês desde 2015
  • Começam a valer os reajustes de gasolina, diesel e gás de cozinha
  • Podemos abre procedimento disciplinar contra deputado Arthur do Val
  • Comissão do Senado pauta projeto que acaba com trabalho intermitente
  • Governo discute congelamento temporário de preços de combustíveis pela Petrobras
  • Conselho de Ética da Alesp recebe pedidos de cassação de Arthur do Val
  • Alckmin acerta filiação ao PSB para ser vice de Lula
  • Governo exonera presidente do Ipea e nomeia auxiliar de Guedes como substituto
  • Pacheco avaliou que teria muito a perder se entrasse na disputa presidencial
  • Câmara aprova PEC que permite troca de juízes entre tribunais de diferentes estados
  • Governadores vão ao STF contra mudança no ICMS sobre combustíveis aprovado pelo Congresso
  • Bolsonaro critica reajuste da Petrobras e diz que estatal poderia ter esperado
  • Vendas de imóveis em São Paulo sobem 6% em janeiro
  • Abertura de lojas surpreende e tem saldo positivo
  • Startup de compras coletivas de alimentos Trela recebe aporte de US$ 25 milhões
  • Mercado Livre sofre ataque hacker e diz que dados de 300 mil usuários foram acessados
  • Vendas nos shoppings crescem 10% em janeiro, na comparação anual, diz Abrasce
  • CNI: só 10% das empresas usam financiamento público para pesquisa
  • Setor de viagens corporativas perdeu cerca de R$ 100 bilhões em 2 anos de pandemia
  • C&A: lucro líquido soma R$ 154 milhões no 4º trimestre; alta de 41,2%
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB
  • Mercado acionário e câmbio

Equipe econômica é contra subsídio a combustível e prefere projeto do ICMS, diz fonte

A equipe econômica é totalmente contra o plano estudado por parte do governo para implementar um programa de subsídio a combustíveis, informou à Reuters uma fonte do Ministério da Economia a par das negociações, em meio às tratativas na gestão Jair Bolsonaro para reduzir preços desses produtos ao consumidor.

De acordo com esse integrante do governo, a área econômica considera “muito melhor” o projeto de lei que tramita no Congresso para alterar a fórmula de cálculo do ICMS, ainda que o relator do texto tenha incluído na medida uma expansão de 1,9 bilhão de reais em 2022 no programa que paga auxílio gás a famílias carentes.

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo de segunda-feira (07) afirma que pode ser anunciada nesta semana medida que seguiria o modelo adotado em 2018 no governo do então presidente, Michel Temer, para subsidiar combustíveis.

Segundo o jornal, a ideia é ter um valor fixo de referência para a cotação e subsidiar a diferença entre este valor e a cotação internacional do petróleo.

O gasto seria financiado, ainda de acordo com o Estadão, com os recursos dos dividendos pagos pela Petrobras à União e da participação especial, que funciona como os royalties do petróleo, mas incide somente sobre a produção de grandes campos.

A fonte ouvida pela Reuters confirma a existência da discussão interna no governo sobre a medida, mas afirma que a equipe econômica rejeita o plano.

Procurados pela Reuters, o Palácio do Planalto, o Ministério da Economia e a Petrobras não responderam de imediato.

Para esse membro do Ministério da Economia, Estados e municípios deveriam reduzir a tributação do ICMS porque foram favorecidos por medidas adotadas pelo governo federal nos últimos anos. A elevação do preço dos combustíveis também engordou o caixa dos governos regionais.

Projeto que tramita no Senado para alterar a forma de cobrança do ICMS já está em fase de discussão no plenário. O texto também reforça o orçamento do auxílio gás a famílias carentes.

Na semana passada, Jair Bolsonaro disse que não irá interferir na Petrobras, mas afirmou que a companhia sabe “da sua responsabilidade” e sugeriu que, diante de um momento de crise, a estatal diminua sua margem de lucro para evitar uma disparada dos preços dos combustíveis.

A petroleira, no entanto, é pressionada a reajustar os preços, que estão defasados após a disparada do barril de petróleo no mercado internacional com o conflito entre Rússia e Ucrânia.

Como mostrou a Reuters nesta segunda, executivos da Petrobras vão buscar esta semana a aprovação do governo para aumentar os preços dos combustíveis em suas refinarias, disseram duas pessoas próximas às discussões. Os aumentos de preços são sensíveis no Brasil devido à taxa de inflação de dois dígitos em 12 meses e diante das eleições em outubro, nas quais o presidente Jair Bolsonaro concorrerá à reeleição.

Ipea: Investimentos avançam 17,2% em 2021

Os investimentos avançam no Brasil e, no acumulado de 12 meses, em 2021, têm crescimento de 17,2%, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os dados são do Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF).

A FBCF é composta por máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos. A evolução do indicador representa aumento da capacidade produtiva da economia e a reposição da depreciação do estoque de capital fixo.

Considerando apenas dezembro, o indicador mostra um crescimento de 2,7% na comparação entre dezembro e novembro de 2021, na série com ajuste sazonal. Com isso, o quarto trimestre fechou com uma alta de 0,4%. Nas comparações com os mesmos períodos de 2020, enquanto dezembro registrou uma queda de 6,4%, o quarto trimestre cresceu 3,4%.

O consumo aparente de máquinas e equipamentos, que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida às importações, apresentou um avanço de 9,3% em dezembro, encerrando o quarto trimestre com uma alta de 3,7%.

A produção nacional de máquinas e equipamentos avançou 0,5% em dezembro e a importação cresceu 11% no mesmo período. Com isso, as importações cresceram 5,9% no quarto trimestre. A produção nacional, por sua vez, encerrou o período com uma queda de 1,6%. No acumulado em doze meses, a demanda interna por máquinas e equipamentos registrou um aumento de 23,6%.

Os investimentos em construção civil também avançaram em dezembro, na série dessazonalizada, registrando alta de 0,6%. Com isso, o segmento registrou um avanço de 0,7% no quarto trimestre, encerrando 2021 com expansão de 12,8%.

FGV: Quase 60% das famílias de baixa renda começaram o ano de 2022 inadimplentes

Quase 60% das famílias de baixa renda começaram o ano de 2022 inadimplentes, segundo um quesito especial da Sondagem do Consumidor apurada pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Se considerado todo o universo da pesquisa, 32% dos entrevistados afirmaram que havia pelo menos uma pessoa de sua residência com dívidas em atraso. A inflação foi o principal motivo apontado pelos consumidores como justificativa para o atraso no pagamento de contas (mencionado por 30,1%), seguida pela dificuldade em aumentar a renda (25,6%) e dificuldade em conseguir emprego (16,5%).

A Sondagem do Consumidor separa os consumidores em quatro faixas de renda familiar. No grupo mais pobre, que recebe até R$ 2.100,00 mensais, 57,7% tinham alguém na família com dívidas em atraso. Na faixa com renda familiar entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 mensais, 38,5% declararam morar com alguém inadimplente.

No grupo que recebe de R$ 4.800,01 a R$ 9.600,00 mensais, 23,8% dos lares tinham alguém com dívida em atraso. Já na faixa mais rica, que recebe acima de R$ 9.600,00 mensais, apenas 10,2% das famílias tinham algum nível de inadimplência.

Segundo a FGV, o quesito especial foi incluído na pesquisa de janeiro, quando foram coletadas informações de 1.465 domicílios, entre os dias 01 e 22 daquele mês.

Inflação pelo IGP-DI cai para 1,50% em fevereiro

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve inflação de 1,50% em fevereiro deste ano, taxa menor que a de janeiro último (2,01%) e fevereiro de 2021 (2,71%). A informação foi divulgada na terça-feira (08), no Rio de Janeiro, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com o resultado, o indicador registra inflação de 3,55% no ano. Em 12 meses, o acumulado chega a 15,35%, abaixo dos 29,95% registrados em 12 meses em fevereiro de 2021.

A queda de janeiro para fevereiro foi puxada por três subíndices que compõem o IGP-DI. A inflação do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, caiu de 2,57% em janeiro para 1,94%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,49% em janeiro para 0,28% em fevereiro. Já a inflação do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) recuou de 0,71% para 0,38%.

Governo avalia proposta de gastar R$ 27 bilhões para subsidiar combustíveis por três meses

Em reunião na terça-feira (08), ministros e autoridades do governo apresentaram uma proposta de subsídio para os combustíveis por três meses que pode custar cerca de R$ 27 bilhões aos cofres públicos.

A ideia apresentada seria de um subsídio a partir de um gatilho de US$ 95 o barril de petróleo. Acima disso, o governo arcaria com R$ 300 milhões por ponto percentual de defasagem, na terça-feira (08), o preço do barril alcançou quase US$ 130.

Os R$ 27 bilhões levariam em conta a possibilidade de o governo subsidiar até 30% de defasagem da Petrobras.

Hoje, a estimativa é que os preços já estejam com uma defasagem acima desse percentual, chegando a quase 40%. A Petrobras não reajusta os preços da gasolina e diesel há 55 dias.

Com as novas medidas anunciadas pelos EUA nesta terça-feira, de proibição da importação de petróleo russo, os preços internacionais podem subir ainda mais.

A reunião na tarde desta terça não terminou com acordo. Por cerca de duas horas, debateram o tema os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia), Bento Albuquerque (Minas e Energia), além dos presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto, e da Petrobras, general Silva e Luna.

Há uma concordância em apoiar a aprovação do PL 11, projeto a ser votado amanhã no Senado e que prevê a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de forma “monofásica”, ou seja, em uma única fase da cadeia de produção. E que todos os estados tenham alíquotas uniformes.

Produção industrial recua 2,4% em janeiro

A produção industrial recuou 2,4% em janeiro de 2022 frente ao mês anterior, eliminando, assim, grande parte da expansão de 2,9% de dezembro de 2021. Com o resultado, a indústria está 3,5% abaixo do patamar de antes do início da pandemia de Covid-19, em fevereiro de 2020, e 19,8% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Em relação janeiro de 2021, a queda foi de 7,2%.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada na quarta-feira (09), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Verificamos que o mês de janeiro está bem caracterizado pela perda de dinamismo e de perfil disseminado de queda, uma vez que todas as grandes categorias econômicas mostram recuo na produção, tanto na comparação com o mês anterior quanto na comparação com janeiro de 2021”, disse, em nota, o gerente da pesquisa, André Macedo.

Segundo ele, a expansão verificada em dezembro de 2021 pode ter relação com a antecipação da produção, porque janeiro é um mês marcado por férias coletivas.

Observou que o comportamento negativo do setor industrial registrado em janeiro é algo que já vem sendo observado há mais tempo, com o ano de 2021 tendo registrado oito taxas negativas.

“Até no indicador acumulado dos últimos 12 meses, no qual a indústria permanece em crescimento, com expansão de 3,1%, os avanços perdem cada vez mais a intensidade. Em agosto de 2021, a taxa chegou a 7,2%. Em setembro, foi para 6,5%, 5,7% em outubro, 5% em novembro e 3,9% em dezembro.”, afirmou Macedo.

Na comparação com dezembro de 2021, 20 das 26 atividades industriais pesquisadas tiveram queda na produção. Frente a janeiro de 2021, 18 registraram recuo.

“A indústria vem sendo afetada pela desarticulação das cadeias produtivas por conta da pandemia, tendo no encarecimento dos custos de produção e na dificuldade para obtenção de insumos e matéria-prima para a produção do bem final, características importantes desse processo. Além disso, os juros e a inflação em elevação, juntamente com um número ainda elevado de trabalhadores fora do mercado de trabalho, ajudam a explicar o comportamento negativo da indústria.”, avaliou Macedo.

Segundo o IBGE, entre as atividades, as influências negativas mais importantes na passagem de dezembro de 2021 para janeiro de 2022 foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,4%) e indústrias extrativas (-5,2%), após acumularem expansão de 18,2% e de 6% nos dois últimos meses de 2021, respectivamente. Frente a janeiro de 2021, essas atividades foram as que mais impactaram negativamente o índice geral, com queda de 23,5% na primeira e de 6,7% na segunda.

“O segmento de veículos automotores é um exemplo importante de desarticulação da cadeia produtiva, já que tem dificuldades na obtenção de insumos importantes para a produção do bem final. Já o setor extrativo, em janeiro de 2022 teve a extração do minério de ferro bastante afetada pelas chuvas em Minas Gerais”, disse o gerente da pesquisa.

Cesta básica sobe em todas as capitais pesquisadas pela Dieese

O custo da cesta básica de alimentos aumentou em fevereiro nas 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo levantamento divulgado pelo Dieese, as maiores altas foram em Porto Alegre (3,4%), Campo Grande (2,78%), Goiânia (2,59%) e Curitiba (2,57%).

Em 12 meses, comparando fevereiro com o mesmo mês de 2021, as maiores altas ocorreram em Campo Grande (23%), Natal (19,9%) e Recife (16,9%).

A cesta mais cara é a de São Paulo, que custa R$ 715,65, seguida pelas de Florianópolis (R$ 707,56), do Rio de Janeiro (R$ 697,37) e de Porto Alegre (R$ 695,91). Apesar de ter o maior custo do conjunto de itens básicos, a cesta do paulistano foi a que teve o menor aumento em fevereiro (0,25%). Em Florianópolis, houve alta de 1,72% e de 0,66% no Rio de Janeiro em fevereiro.

Aracaju tem a cesta mais barata, estimada em R$ 516,82, após a elevação de 1,77% em fevereiro. No Recife, a cesta teve aumento de 1,12% e foi a segunda mais barata (R$ 549,20). Em João Pessoa, terceira cesta com menor valor, houve variação de 1,98%, ficando em R$ 549,33.

Entre os itens que puxaram as altas em fevereiro está o feijão, cujo preço subiu em todas as capitais. Em Belo Horizonte, o feijão carioquinha chegou a subir 10,14%. O feijão preto teve elevação de 7,25% no Rio de Janeiro.

O quilo do café subiu em 16 capitais, tendo queda apenas em São Paulo, onde o preço caiu 3,86%. As maiores altas foram em Goiânia (7,77%), Vitória (5,38%), Aracaju (5,02%) e Brasília (4,99%).

O óleo de soja aumentou em 15 capitais, sendo a maior alta em Curitiba (2,98%). Em Fortaleza e João Pessoa o produto teve queda de 0,86% e 0,42% respectivamente.

Com alta dos juros, custo da dívida pública dispara e deve alcançar patamar recorde neste ano

O aumento da taxa básica de juros da economia, a chamada Selic, não pesa apenas no bolso das famílias. Significa mais gastos também para o governo federal, uma despesa bilionária, que deve atingir um patamar recorde neste ano.

Projeções realizadas apontam que o custo da dívida pública deve atingir R$ 760 bilhões em 2022, uma alta de 70% na comparação com 2021, quando o gasto somou R$ 448,4 bilhões.

O cenário considera uma Selic de 12,25% ao final do ano, como prevê o boletim Focus, que reúne as projeções do mercado financeiro.

Nos últimos meses, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central já realizou oito altas consecutivas dos juros, numa tentativa de recolocar a inflação dentro da meta perseguida pelo governo. Como resultado, a taxa saltou de 2% ao ano, no início de 2021, para 10,75% atualmente.

Mais um novo aumento deve ser anunciado na semana que vem, quando o Copom volta a se reunir. Analistas consultados pelo boletim Focus projetam uma alta de 1 ponto percentual.

“O aumento de apenas um ponto na Selic implica numa alta do custo da dívida pública de quase R$ 34 bilhões”, explica Andrea Damico.

E essa despesa bilionária pode ficar ainda maior ao longo de 2022 devido aos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Isso porque os sinais de que a inflação vem se mostrando mais resistente do que o esperado, combinados com a disparada do preço do petróleo e de outras commodities no mercado internacional, têm levado parte dos bancos e das consultorias a revisar para cima as projeções para a Selic.

IPCA: inflação acelera para 1,01% em fevereiro, maior taxa para o mês desde 2015

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, acelerou para 1,01% em fevereiro, após ter registrado taxa de 0,54% em janeiro, segundo divulgou na sexta-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se da maior variação para um mês de fevereiro desde 2015 (1,22%) e da maior taxa mensal desde outubro do ano passado (1,25%), mesmo sem contar o reajuste nos combustíveis anunciado nesta quinta-feira pela Petrobras.

Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 10,54%, acelerando frente aos 12 meses até janeiro (10,38%), se mantendo acima do dobro do teto da meta para o ano.

O resultado veio um pouco acima do esperado. Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,95% em fevereiro, acumulando em 12 meses alta de 10,50%.

Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em fevereiro, mas os principais impactos vieram dos preços dos grupos Educação (5,61%) e Alimentação e Bebidas (1,28%). Juntos, os dois grupos representaram cerca de 57% da inflação de fevereiro.

“Em fevereiro, são incorporados no IPCA os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. Portanto esse foi o item que teve o maior impacto no mês, contribuindo com 0,31 ponto percentual. O outro grupo que pesou bastante no mês foi o de Alimentação e bebidas, que acelerou para 1,28% e contribuiu com 0,27 ponto percentual”, explicou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Começam a valer os reajustes de gasolina, diesel e gás de cozinha

Em meio à disparada dos preços do petróleo, a Petrobras reajustou na sexta-feira (11) os preços de gasolina e diesel para as distribuidoras.

A partir de sexta-feira (11), o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%.

“Após 57 dias sem reajustes, a partir de 11/03/2022, a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras”, informou a estatal, em comunicado divulgado na véspera.

Para o GLP, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras foi reajustado em 16,1%, e passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg.

O produto não era reajustado há 152 dias e custa atualmente no país R$ 102,64 o botijão de 13 kg, em média, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras” , justificou a estatal, acrescentando que decidiu não repassar de imediato a volatilidade decorrente da guerra na Ucrânia.

“Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade”, acrescentou a Petrobras.

Vale lembrar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores.

Segundo a ANP, o preço médio da gasolina no país ficou em R$ 6,577 na semana encerrada no dia 5. Já o do diesel, em R$ 5,603.

Podemos abre procedimento disciplinar contra deputado Arthur do Val

O Podemos, partido do deputado estadual Arthur do Val (SP), decidiu abrir procedimento disciplinar interno contra ele por declarações sexistas sobre as mulheres ucranianas, refugiadas da guerra. As declarações, divulgadas na sexta-feira (04), foram enviadas por ele em um grupo de WhatsApp e logo vazaram para a imprensa. O partido considerou as falas do deputado “gravíssimas e inaceitáveis”.

“Gravíssimas e inaceitáveis são as declarações do deputado estadual Arthur do Val, que foram divulgadas na imprensa. Não se resumem ao completo desrespeito à mulher, seja ucraniana ou de qualquer outro País, mas de violações profundas relacionadas a questões humanitárias, em um momento em que esse povo enfrenta os horrores da guerra”, afirmou o partido, em nota.

“O Podemos repudia com veemência as declarações e, com base nelas, instaura de imediato um procedimento disciplinar interno para apuração dos fatos. Até este momento o partido não havia conseguido contato com o deputado, que estava em voo”, finalizou o Podemos.

Arthur do Val, que é pré-candidato ao governo de São Paulo, foi à Ucrânia em meio ao conflito instaurado no país e chegou a postar uma foto nas redes sociais onde estaria ajudando a produzir coquetéis molotov para o combate contra os Russos. Ao deixar o país, na fronteira com a Eslováquia, o deputado enviou um áudio a amigos, elogiando a beleza das refugiadas. Em seguida, afirmou que pretende voltar ao Leste Europeu e disse que as mulheres são “fáceis” por serem pobres.

As declarações do deputado causaram indignação no Brasil assim que vieram a público. Pelo Twitter, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, classificou o deputado como “nojento, baixo, sujo” e pediu a cassação do seu mandato.

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) afirmou, em nota, que o episódio será tratado “com rigor e seriedade pelas esferas de investigação do Parlamento”. “A Alesp se solidariza com as mulheres, em especial as ucranianas, e reforça sua luta em defesa e proteção de todas, representadas por conquistas históricas, ações efetivas e leis em vigor”, finalizou, em nota.

Comissão do Senado pauta projeto que acaba com trabalho intermitente

A Comissão de Direitos Humanos do Senado pautou para segunda-feira (07), a votação de um projeto de lei que acaba com o trabalho intermitente, modelo criado na reforma trabalhista de 2017.

A proposta foi apresentada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) ainda em 2017 e chegou a entrar na pauta da comissão no ano passado, mas não foi votada.

Em 2019, o texto recebeu parecer favorável do relator na comissão, senador Paulo Rocha (PT-PA). Se o projeto for aprovado, ainda terá que passar pelo plenário ou outras comissões, conforme a decisão do Senado.

O trabalho intermitente surgiu com a reforma trabalhista, em 2017, como uma maneira de formalizar quem trabalha sob demanda, em apenas alguns períodos do dia.

“Não ignoramos a crise econômica que o Brasil atravessa já há alguns anos, mas há outras formas de incentivar o mercado de trabalho que não desequilibrem a balança em prejuízo excessivo do trabalhador”, diz o parecer do senador Paulo Rocha, incentivando a promoção da demanda e a desoneração da produção.

As centrais sindicais criticam o modelo, apontando precariedade para o trabalho. A reforma trabalhista, no entanto, recebeu apoio de instituições empresariais quando foi aprovada.

Para a mesma sessão, a CDH pautou outros projetos que desidrataram a reforma trabalhista, entre eles um que revoga o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, assinado para evitar pagamentos futuros por parte das empresas, e outro que obriga o pagamento de remuneração adicional quando o empregado não usa o período reservado para alimentação e repouso.

Governo discute congelamento temporário de preços de combustíveis pela Petrobras

A disparada do preço internacional de petróleo com o aumento da tensão com a guerra da Rússia contra a Ucrânia levou o governo do presidente Jair Bolsonaro a começar a discutir, incluindo com o Congresso, o congelamento temporário do preço de combustíveis pela Petrobras.

O Estadão apurou que o custo de não repassar a alta do petróleo no mercado internacional seria bancado pela Petrobras e, em última instância, pelos seus acionistas. Um dos argumentos que ganha força no governo é o de que a empresa tem custo em real e pode segurar o reajuste nesse período de instabilidade da guerra depois do lucro elevado do ano passado, que recheou os bolsos dos acionistas minoritários.

A sinalização foi dada pelo próprio presidente que hoje criticou política de preços da estatal, que alinha a variação dos combustíveis à cotação internacional do petróleo. O presidente tem sido um crítico dos ganhos dos acionistas da Petrobras com o lucro da empresa em 2021.

Essa é alternativa diferente da proposta revelada ontem pelo Estadão de adoção de um novo programa de subsídio aos combustíveis, com validade de três a seis meses, para compensar a alta do petróleo no mercado internacional e evitar o repasse do preço para a bomba.

Fontes envolvidas nas discussões afirmam que o ministro da Economia, Paulo Guedes, não será um obstáculo para segurar o preço por um período, mas defendeu em reunião com o presidente foco na aprovação do projeto de lei complementar (PLP) 11.

Esse projeto estabelece a cobrança do ICMS por litro de combustível (não mais sobre o preço final) e institui o modelo de tributação monofásica, em apenas uma fase de comercialização.

Pesa nessa discussão o cenário político eleitoral e movimento feito pelos presidenciáveis Luiz Inácio da Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT) de criticar a política de preços da Petrobras com propostas de mudanças e queda dos combustíveis, caso sejam eleitos.

“Em tempos de guerra, é melhor ficar com o preço parado“, disse uma fonte do governo. A avaliação é de que é preferível segurar os preços do que dar um reajuste de 20% em nome da paridade de preços.

O Conselho da Petrobras teria que aprovar a decisão. A medida joga pressão no presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, que tem mandato no conselho até março e pode até mesmo ser trocado.

A discussão interna sobre o congelamento coincide com a confirmação de Rodolfo Landim, presidente do Flamengo e engenheiro do setor de petróleo, para a presidência do Conselho de Administração da Petrobras, que poderia conduzir a mudança.

Guedes teve uma reunião de mais de uma hora com o presidente, quando se opôs à adoção de medidas que impliquem em subsídio, criação de fundo de estabilização com recursos do Tesouro Nacional e medidas que levem ao aumento de gastos do governo.

Segundo fontes, Guedes disse ao presidente para seguir os seus “instintos” e apoiar a mudança no ICMS para ajudar a segurar o preço dos combustíveis.

O ponto ressaltado pelo ministro é de que os governadores estão com excesso de arrecadação (R$ 150 bilhões a mais) e podem reduzir o ICMS. Essa é a mesma avaliação feita no ano passado, quando Bolsonaro intensificou a pressão aos governadores para reduzir o ICMS para segurar os preços na bomba.

A proposta de congelamento já foi discutida com o relator do projeto que trata dos combustíveis no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), que prevê mudanças na política de preços da Petrobras.

Conselho de Ética da Alesp recebe pedidos de cassação de Arthur do Val

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) já recebeu dez representações pedindo a cassação do mandato do deputado estadual Arthur do Val (Podemos), conhecido como Mamãe Falei.

Após o recebimento de todas as representações, os nove deputados que compõem o conselho serão comunicados, e Arthur do Val será notificado. A conduta do deputado poderá ser investigada pelas declarações consideradas sexistas que ele deu em um áudio enviado a amigos após deixar a Ucrânia. O áudio viralizou nas redes sociais.

As representações contra Arthur do Val devem tramitar no Conselho de Ética por um período entre 30 e 40 dias. Ao final do processo, o deputado pode ser absolvido, advertido ou até mesmo perder o mandato de forma temporária, ou definitiva. A perda de mandato, seja temporária ou permanente, precisará ser votada em plenário.

O Podemos, partido do deputado, abriu procedimento disciplinar interno contra ele.

Arthur do Val foi à Ucrânia em meio ao conflito instaurado no país e chegou a postar uma foto nas redes sociais, em que estaria ajudando a produzir coquetéis molotov para combater soldados russos. Ao deixar o país, na fronteira com a Eslováquia, o deputado enviou um áudio a amigos, elogiando a beleza das refugiadas. Em seguida, afirmou que pretende voltar ao Leste Europeu e disse que as mulheres são “fáceis” por serem pobres.

“Assim que essa guerra passar eu vou voltar pra cá. E detalhe, elas olham. E são fáceis, porque elas são pobres. E aqui minha carta do Instagram, cheio de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, a gente não tinha tempo, mas colei em dois grupos de minas e é inacreditável a facilidade”, disse ele no áudio.

Na chegada ao Brasil, o deputado deu entrevistas confirmando ser o autor do áudio e retirou sua pré-candidatura ao governo de São Paulo. Ele reconheceu ter cometido “um erro em um momento de empolgação”.

“Não é isso que eu penso. O que eu falei foi um erro em um momento de empolgação. A impressão que está passando aqui é que eu cheguei lá, tinha um monte de gente, e eu falei: ‘quem quer vir comigo que eu vou comprar alguma coisa’. Não é isso. Eu fui pra fazer uma coisa, mandei um áudio infeliz e a impressão que passou é que fui fazer outra coisa”.

Alckmin acerta filiação ao PSB para ser vice de Lula

O ex-governador Geraldo Alckmin acertou sua filiação com o PSB, com o intuito de ser o candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo sem o partido e o PT terem acertado ainda a formação de uma federação para as eleições deste ano.

De acordo com o deputado Julio Delgado (PSB-MG), em uma reunião na manhã desta segunda, em São Paulo, a filiação foi acertada e um ato partidário será marcado para breve para selar a adesão do ex-governador.

De acordo com uma fonte próxima a direção do partido, a filiação de Alckmin foi acertada depois de selado o convite, por parte de Lula, para que Alckmin seja seu companheiro de chapa. O modelo dessa aliança, no entanto, ainda não está definido.

Na quarta-feira (09), PT, PSB, PV e PCdoB se reúnem novamente para discutir a tentativa de formar uma federação entre os quatro partidos, mas as negociações pouco avançaram nas últimas semanas. A disputa pela cabeça de chapa para o governo de São Paulo, especialmente, mas também dificuldades de acordo no Rio Grande do Sul e no Espírito Santo ainda complicam o cenário.

Segundo Delgado, caso Alckmin seja mesmo vice, o PSB discute se vai fechar apenas uma coligação com o PT em nível nacional –o que poderá ocorrer mais adiante, ou se vai formar uma federação com os petistas, cujo prazo final de acerto é até 31 de maio.

Governo exonera presidente do Ipea e nomeia auxiliar de Guedes como substituto

O governo exonerou na quarta-feira (09) o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Carlos Von Doellinger, nomeando em seu lugar Erik Figueiredo, que atuava como subsecretário de Política Fiscal do Ministério da Economia.

A saída de Von Doellinger, que ocupava o cargo desde o início do governo Jair Bolsonaro, foi oficializada no Diário Oficial da União de quarta-feira (09).

O Ipea é uma fundação vinculada ao Ministério da Economia que realiza atividades de pesquisa para dar suporte técnico à formulação de políticas públicas.

Inicialmente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, planejava reestruturar a área de estudos e política econômica da pasta, integrando o Ipea mais fortemente às atividades do ministério. A mudança de estrutura, no entanto, está travada.

De acordo com uma fonte da equipe econômica, o ministro estava insatisfeito com a atuação recente do instituto. Segundo esse relato, a pasta fez a mudança de comando na tentativa de fazer com que o órgão seja mais propositivo e reforce a formulação de políticas públicas.

Pacheco avaliou que teria muito a perder se entrasse na disputa presidencial

Aliados próximos do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), explicaram ao Blog o motivo dele ter anunciado sua desistência de disputar a sucessão presidencial neste ano.

O cálculo foi pragmático: Pacheco era o que teria mais a perder entre todos os pré-candidatos da chamada terceira via, pois colocaria em risco a sua reeleição ao comando do Senado.

A avaliação do grupo mais próximo de Pacheco é que a disputa deste ano está polarizada entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula com pouco espaço para crescimento de um candidato de centro.

“Pacheco é jovem. Terá muito tempo para construir uma candidatura presidencial. Se entrasse agora na disputa, poderia ficar desgastado para no futuro”, reforçou esse interlocutor.

Câmara aprova PEC que permite troca de juízes entre tribunais de diferentes estados

A Câmara dos Deputados aprovou em dois turnos, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que permite a troca de juízes estaduais entre tribunais de diferentes estados. A matéria segue agora para o Senado.

Consenso entre os parlamentares, os dois turnos da proposta foram aprovados em menos de 30 minutos, tempo atípico para alterações na Constituição. O primeiro turno teve apoio de 372 deputados e quatro contrários; já no segundo foram 415 votos favoráveis e três contrários.

Atualmente, essas permutas já são permitidas para magistrados federais e do trabalho. No caso de juízes estaduais, porém, é necessário a realização de um novo concurso público para fazer a troca.

Ao justificar a proposta, a autora da matéria, deputada Margarete Coelho (PP-PI), afirma que “não faz sentido que o juiz de direito precise de nova prova para um cargo que já ocupa, quando existe, em outro tribunal, pessoa com o mesmo cargo e interesse convergente, sem nenhum prejuízo a terceiros ou à administração pública”.

“Como quaisquer outras pessoas, os magistrados estão sujeitos a fatos supervenientes que os façam desejar retornar para os seus Estados de origem, ou simplesmente mudar para qualquer outro Estado. É o caso da pessoa que enfrenta situação de doença de ente querido, mazelas psicológicas decorrentes do afastamento da convivência familiar ou, até mesmo, de juízes que são ameaçados, agredidos ou difamados em virtude de sua atuação”, justifica Coelho.

A relatora da matéria na Câmara, deputada Soraya Santos (PL-RJ), afirmou também que, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 41% dos magistrados brasileiros não atuam na mesma unidade da federação em que nasceram.

“Mostram-se evidentes, portanto, os benefícios que a proposta em exame trará, no que tange ao maior compromisso dos magistrados com sua terra natal e ao elevado conhecimento das particularidades geográficas e socioeconômicas locais, bem como à maior qualidade de vida pessoal e familiar desses agentes públicos no exercício de sua função”, argumenta Soraya em seu parecer.

Governadores vão ao STF contra mudança no ICMS sobre combustíveis aprovado pelo Congresso

Governadores vão entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra uma mudança na forma de tributação do ICMS sobre os combustíveis que foi aprovada pelo Congresso, iniciativa cujo objetivo é tentar reduzir o preço da gasolina e do diesel ao consumidor final.

Para o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), o projeto aprovado é inconstitucional e os governadores vão ao Supremo para “evitar prejuízo para o nosso povo”.

“Não vamos aceitar tirar dinheiro do povo, pois dinheiro público é do nosso povo, para mandar para a jogatina da especulação e lucros como dos 103 bilhões de reais da Petrobras distribuído para aplicadores, do povo pobre para bolso dos mais ricos”, afirmou Dias, que é coordenador no Fórum Nacional de Governadores.

Segundo o governador do Piauí, está provado que o aumento dos combustíveis não parou de novembro para cá, mesmo com o ICMS congelado, por decisão dos governadores. Para ele, nada vai mudar e o “mega aumento” dos combustíveis anunciado na véspera pela Petrobras mostra que a culpa não foi do ICMS, e sim a indexação do preço internacional.

Após a votação na tarde desta quinta-feira do Senado, a Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta sexta a proposta. O texto segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro.

O projeto aprovado agora institui uma nova sistemática de cobrança do ICMS, por meio de um regime de monofasia.

Bolsonaro critica reajuste da Petrobras e diz que estatal poderia ter esperado

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o reajuste dos combustíveis anunciado pela Petrobras e disse que a estatal poderia ter deixado a medida para semana que vem, ou seja, para depois da votação no Congresso do chamado pacote dos combustíveis. Os textos já foram aprovados no Senado e estão sob análise dos deputados.

Nas contas do presidente, citadas antes pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, os projetos em tramitação no Parlamento têm o potencial de reduzir em R$ 0,60 o imposto por litro de diesel, sendo R$ 0,33 da União e R$ 0,27 dos Estados. O reajuste anunciado pela Petrobras, por sua vez, aumentaria o litro do diesel em R$ 0,90.

“Como o diesel sobe a partir de amanhã R$ 0,90 por litro, o que é um absurdo, se cobra mais R$ 0,30. É bastante, mas diminui impacto”, disse o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais.

Crítico da política de preços da Petrobras, que atrela os reajustes no País ao barril do petróleo no exterior, Bolsonaro também afirmou ter ciência de que muitos caminhoneiros vão realizar paralisações. “Sei disso e lamento”, declarou. O petróleo está em franca escalada no mercado internacional em consequência da guerra na Ucrânia e das sanções econômicas adotadas contra a Rússia.

Após 57 dias de preços congelados, a Petrobras aumentou hoje o preço do diesel em 24,9% e o da gasolina, em 18,7%. O anúncio levou o governo a ampliar a pressão para aprovar o pacote dos combustíveis no Congresso, como mostrou a reportagem. Os projetos alteram a cobrança do ICMS incidente sobre os combustíveis, criam um fundo de estabilização e um vale-gasolina.

“Como seria bom se a Petrobras reajustasse na segunda ou terça-feira, né? Mas não posso interferir”, disse o presidente na transmissão, após lamentar, mais uma vez, ser impedido de interferir na empresa mesmo sendo acionista majoritário.

De acordo com Bolsonaro, se o anúncio da Petrobras fosse na semana que vem, “tudo estaria resolvido”. “Se a Câmara aprovar hoje, não importa a hora, assino a sanção”, garantiu o presidente. “O projeto dá uma disciplinada nisso tudo”, acrescentou, sobre as mudanças no ICMS.

A defesa do projeto pelo chefe do Executivo vem depois de meses de críticas reiteradas à cobrança percentual do ICMS pelos governadores e a inação do Supremo Tribunal Federal (STF) em julgar uma ação apresentada pelo governo que obrigaria o Congresso votar as mudanças no imposto.

Bolsonaro também alertou que, sem aumento de preços dos combustíveis, poderia haver desabastecimento no País. “É pior. Alguns querem que eu vá à Petrobras e dê murro na mesa, não é assim”, declarou, sinalizando que sofre pressão por intervenção na estatal.

O presidente ainda disse que o Brasil “não precisaria estar sofrendo” porque é autossuficiente em petróleo.

Vendas de imóveis em São Paulo sobem 6% em janeiro

As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo em janeiro somaram 3.566 unidades, segundo pesquisa do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), obtida com exclusividade pelo Estadão. O resultado é 6,1% superior ao registrado em janeiro de 2021 e 58,6% inferior ao registrado em dezembro de 2021.

Já no acumulado de fevereiro de 2021 a janeiro de 2022, foram vendidas 66.296 unidades, volume que representa aumento de 27,3% em relação ao período anterior. Para Ely Wertheim, presidente executivo do Secovi-SP, os números indicam que o mercado imobiliário se mantém estável. “O crescimento de 6,1% representa uma estabilidade do mercado. É até um pouco surpreendente, se levarmos em consideração que a taxa de juros em janeiro de 2021 era muito menor”, diz.

Em janeiro também foram lançadas 945 unidades residenciais na cidade, 47,3% menor do que em janeiro de 2021.

Abertura de lojas surpreende e tem saldo positivo

O varejo brasileiro voltou ao azul nas inaugurações de lojas em 2021. Entre aberturas e fechamentos, o saldo foi positivo em 204,4 mil novos pontos de venda e o comércio encerrou o ano com 2,4 milhões de estabelecimentos ativos, aponta estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), obtido com exclusividade pelo Estadão. A reação na abertura de lojas ocorreu apesar da deterioração das condições de consumo ao longo do ano, com a escalada dos juros, da inflação e o desemprego em alta.

A CNC mudou a base de dados do levantamento, que anteriormente era feito a partir de informações das empresas de comércio com vínculo empregatício que constavam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Com as alterações na pesquisa do Caged, o novo estudo passou a usar a base de dados dos CNPJs de empresas comerciais ativas no Ministério da Economia, excluindo os Microempreendedores Individuais (MEIs). Como essa série atual de dados é curta, não é possível fazer comparações com anos anteriores.

Mesmo que as pesquisas de 2020 e 2021 não sejam comparáveis por causa das bases de dados diferentes, o economista-chefe da CNC e responsável pelo estudo, Fabio Bentes, lembra que o levantamento anterior apontou que em 2020, o primeiro ano da pandemia, terminou com saldo de 28,3 mil lojas fechadas.

A virada que houve, de um saldo negativo de 28,3 mil lojas em 2020 para um saldo positivo de 204,4 mil abertas em 2021, não indica que o varejo esteja bombando. “Essa abertura de lojas tem muito do que chamamos de empreendedorismo de necessidade”, diz o economista. São pessoas que perderam o emprego por causa da pandemia, abriram uma pequena loja virtual ou física para tentar obter renda.

Essa também é a avaliação do diretor do Sindicato do Comércio Varejista de São Paulo (Sindilojas), Aldo Macri. Um levantamento feito na capital paulista na Junta Comercial revelou que 6,1 mil pequenas e médias empresas do comércio de artigos de vestuário foram abertas em 2021.

César Guimarães, diretor da MMP, fabricante há 26 anos de materiais pedagógicos de matemática, como ábacos, por exemplo, conta que a empresa abriu uma loja online e ingressou num marketplace. Com a eclosão da pandemia e o fechamento das escolas, que eram clientes tradicionais atendidos por telefone, o faturamento da companhia de pequeno porte foi a zero e a solução foi a abertura da loja online.

O setor de hipermercados, supermercados e minimercados puxou a fila nas aberturas de lojas em 2021, com 54,09 mil pontos de venda e um pouco mais de um quarto do saldo das inaugurações, aponta o estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) que, a partir de agora, será trimestral.

Startup de compras coletivas de alimentos Trela recebe aporte de US$ 25 milhões

A startup de compras coletivas de alimentos Trela anunciou nesta terça-feira que recebeu um aporte de 25 milhões de dólares liderado pelo SoftBank Latin America e que incluiu os fundos Kaszek, General Catalyst e Y Combinator.

Criada em 2020, a plataforma permite encomendas coletivas via WhatsApp direto com produtores. Segundo seus criadores, com esse modelo, grupos de moradores de um condomínio, por exemplo, podem ter acesso a preços 20% a 60% menores do que em varejistas tradicionais, uma vez que elimina intermediários.

“A entrega é sempre gratuita, pois os consumidores estão no mesmo ponto de entrega”, afirmou em nota o presidente da Trela, Guilherme Nazareth. Os produtos oferecidos pela plataforma “são alimentos e bebidas de alto valor agregado, muitas vezes produzidos artesanalmente, que só são vendidos por restaurantes ou mercados premium”, acrescentou.

Segundo a startup, que já havia recebido um aporte de 16 milhões de reais da Kaszek e da General Catalyst em março do ano passado, os novos recursos serão dirigidos para expansão geográfica e contratação de pessoal. A empresa não informou em quanto foi avaliada com o novo investimento.

Mercado Livre sofre ataque hacker e diz que dados de 300 mil usuários foram acessados

O Mercado Livre confirmou ter sofrido um ataque hacker e que os dados de “aproximadamente 300 mil usuários” foram acessados, mas disse não ter encontrado nenhuma evidência até o momento de que “as senhas de qualquer usuário, conta saldos, investimentos, informações financeiras ou informações de cartão de crédito” foram comprometidos.

Em comunicado enviado à Securities and Exchange Commission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) na segunda-feira (7), a empresa afirmou ter detectado que “parte do código-fonte do MercadoLibre, Inc. foi objeto de acesso não autorizado”.

A gigante do e-commerce destacou que tem quase 140 milhões de usuários ativos únicos (os cerca de 300 mil que tiveram os dados acessados representam 0,2% clientes), que ativou seus protocolos de segurança e está realizando uma “análise exaustiva” da invasão. “Estamos tomando medidas rigorosas para evitar novos incidentes”.

Por fim, a empresa disse que, “até o momento e de acordo com nossa análise inicial, não encontramos nenhuma evidência de que nossos sistemas de infraestrutura tenham sido comprometidos ou que as senhas de qualquer usuário, conta saldos, investimentos, informações financeiras ou informações de cartão de crédito”.

“Recentemente, detectamos que parte do código-fonte do MercadoLibre, Inc. foi objeto de acesso não autorizado. Ativamos nossos protocolos de segurança e estamos realizando uma análise exaustiva. Embora os dados de aproximadamente 300.000 usuários (dos nossos quase 140 milhões de usuários ativos únicos) tenham sido acessados, até o momento e de acordo com nossa análise inicial, não encontramos nenhuma evidência de que nossos sistemas de infraestrutura tenham sido comprometidos ou que as senhas de qualquer usuário, conta saldos, investimentos, informações financeiras ou informações de cartão de crédito. Estamos tomando medidas rigorosas para evitar novos incidentes”.

Vendas nos shoppings crescem 10% em janeiro, na comparação anual, diz Abrasce

O mês de janeiro teve alta de 10% nas vendas dos shoppings em comparação com o mesmo período do ano passado. O maior avanço foi visto nas regiões Norte (27,1%) e Sudeste (11,7%), seguidas por Nordeste (8,7%), Sul (8,4%) e Centro-Oeste (5,5%). Os dados são do Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers, divulgado na terça-feira (08) pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

O valor médio gasto pelos consumidores nas lojas de shoppings fechou janeiro de 2022 em R$ 130,94, valor 16,4% superior aos R$ 112,46 de janeiro de 2021.

O estudo apontou que o fluxo de visitantes nos centros de compras em janeiro teve crescimento de 22,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O presidente da Abrasce, Glauco Humai, afirmou em nota que apesar das condições macroeconômicas adversas, o setor vem mostrando uma retomada gradual, especialmente a partir dos avanços da vacinação e normalização do funcionamento (horário e capacidade de ocupação).

Segundo ele, isso vem favorecendo o fluxo de visitantes e a recuperação das vendas.

“Fechamos 2021 com números bons e iniciamos 2022 com uma boa performance. Estimamos alcançar um crescimento nas vendas de 13,8% no ano. O aumento no fluxo de visitantes nos shoppings é um sinal positivo para o começo do ano”, afirmou o executivo.

CNI: só 10% das empresas usam financiamento público para pesquisa

De acordo com a pesquisa divulgada na quarta-feira (09), 89% das empresas ouvidas usaram recursos próprios para o setor; 3% disseram que obtiveram financiamento de instituições financeiras privadas. O levantamento tem margem de erro de 5,9% a 7,9% e foi feito no período de 4 de outubro de 2021 a 4 de fevereiro de 2022.

O principal programa público de apoio à área de P&D utilizado pelas empresas foi a Lei do Bem, citada por 41% das beneficiadas com financiamento público. Segundo o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, os resultados referentes às fontes de financiamento confirmam realidade já observada há anos no Brasil: o país não prioriza a área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) e a inovação empresarial é feita com baixo apoio público.

“Estamos na contramão de países desenvolvidos, que reconhecem o papel do Estado no fomento à inovação, ciência e tecnologia. Os frutos de um ambiente nacional mais aberto para a inovação são colhidos pela própria sociedade, com aumento da qualidade de vida das pessoas, redução do custo da tecnologia, criação de empregos melhores. Por isso, o Brasil precisa, urgentemente, de uma estratégia de inovação de longo prazo”, destacou Andrade.

De acordo com a CNI, no levantamento nacional mais atual, o Brasil investiu 1,21% do Produto Interno Bruto (PIB) em P&D em 2019, incluindo recursos públicos e privados, contra 1,17% do ano anterior. A título de comparação, o investimento chinês em P&D, em relação ao PIB, foi de 2,23% em 2019.

O levantamento revela que a maior parte das empresas consultadas vê a importância de investir em P&D e destina recursos para produtos e processos inovadores: 65% delas investiu na área em 2020. Em média, o dispêndio foi de 2% da receita líquida de vendas, e o investimento em P&D ocorreu principalmente em pessoal (56,9%).

A sondagem da CNI mostra ainda que pouco mais da metade das empresas (51,1%) praticam inovação aberta, ou seja, fazem parcerias com outras empresas, instituições, universidades ou startups para desenvolver processos de pesquisa e desenvolvimento.

Questionadas sobre as principais razões para não investir em P&D, as entrevistadas que não realizaram atividade na área citaram custos de implementação muito elevados (22%) e a existência de outras estratégias relevantes para a competitividade (22%), seguidos por falta de pessoal qualificado na empresa (20%), falta de linhas de financiamento adequadas (20%) e falta de conhecimento sobre parceiros para projetos (19%).

O Ministério de Ciência e Tecnologia foi procurado, mas até o fechamento desta matéria não havia se manifestado.

Setor de viagens corporativas perdeu cerca de R$ 100 bilhões em 2 anos de pandemia

O setor de viagens corporativas faturou R$ 48,6 bilhões no ano passado, um avanço de 46% em relação a 2020, segundo indicador lançado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev). No entanto, a estimativa de perda potencial do setor nos dois anos de pandemia é de cerca de R$ 100 bilhões.

Segundo o novo indicador, intitulado Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), o crescimento de 2021 ocorreu sobre uma base fraca.

Em 2020, sobretudo entre março e setembro, o mercado ficou praticamente paralisado por conta da Covid-19 e, desta forma, o faturamento no ano foi de R$ 33,3 bilhões, queda de 64,1% em relação a 2019.

O resultado de faturamento no ano passado representa uma queda de 47,6% sobre 2019, nível pré-pandemia.

Para 2022, a expectativa é positiva. “Apesar da Ômicron e da guerra da Ucrânia, o setor de viagens corporativas deve ter um ótimo desempenho em 2022, dada a demanda reprimida nesses dois anos de pandemia e a volta gradual da normalidade”, diz em nota o assessor econômico da FecomercioSP, Guilherme Dietze. “Evidentemente, haverá um novo perfil de viagens corporativas com mais critérios na autorização das empresas, mas isso não amenizará o potencial de recuperação do segmento”, acrescenta.

Segundo ele, os dados inéditos foram tratados através de pesquisas do IBGE, com informações oficiais e de receitas das empresas do mercado.

C&A: lucro líquido soma R$ 154 milhões no 4º trimestre; alta de 41,2%

A C&A apresentou lucro líquido de R$ 154 milhões no quarto trimestre de 2021, representando alta de 41,2% em relação ao mesmo período de 2020. O Ebitda ajustado, por sua vez, foi de R$ 201,4 milhões, com alta de 22,6%.

No trimestre, a empresa teve margem líquida de 8,3%. Já no ano de 2021, o lucro líquido foi de R$ 329 milhões, com margem de 6,4% em função de impactos não recorrentes de créditos fiscais. “Excluindo o efeito dos ganhos tributários não realizados no ano de 2021, a C&A apresentaria prejuízo líquido”, diz a companhia.

A receita líquida da empresa foi de R$ 1,862 bilhões no trimestre, valor 6,6% superior ao do quarto trimestre de 2020. As vendas em mesmas lojas (critério que contabiliza apenas os estabelecimentos que já estavam abertos há 13 meses) ficaram maiores em 5,8%.

Já a receita bruta online (que conta vendas que passam pelo canal físico e digital, chamadas omnichanel, e da Galeria C&A, shopping virtual da empresa) atingiu R$ 256 milhões no quarto trimestre, com alta de 24,7% em relação ao registrado um ano antes.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (14), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 12,75%, ante 12,25% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (14), a projeção para o IGP-M ficou em 9,99%, ante 8,66% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, acelerou 1,01% em fevereiro após ter registrado taxa de 0,54% em janeiro, segundo divulgou na sexta-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

No mês de fevereiro, houve alta de preços em todos os nove grupos que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice de difusão do IPCA, que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, passou de 73% em janeiro para 75% em fevereiro, segundo o IBGE. “O índice de difusão ficou igual ao de dezembro, que tinha sido o maior desde fevereiro de 2016”, lembrou Pedro Kislanov.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (14), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 6,45%, ante 5,65% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (14), a projeção para o PIB ficou em 0,49%, ante 0,42% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (07), o Ibovespa fechou em queda, acompanhando a baixa vertiginosa das bolsas em Wall Street. Investidores temem uma inflação mais alta e estagnação econômica, após a disparada dos preços do petróleo aos maiores patamares desde 2008 devido às sanções à Rússia. As ações da Petrobras desabaram mais de 7% com a política de preços da estatal em foco, enquanto bancos também cederam. A Vale ficou na ponta oposta, depois de nova sessão de ganhos do minério de ferro. O índice Ibovespa teve queda de 2,52%, a 111.593,46 pontos. O volume financeiro somou R$ 38,7 bilhões.

Na terça-feira (08), o Ibovespa fechou em queda, após alternar alta e baixa diversas vezes na sessão, à medida que as incertezas envolvendo o conflito na Ucrânia elevaram a volatilidade dos mercados globais. O índice Ibovespa teve queda de 0,35%, a 111.203,45 pontos. O volume financeiro somou R$ 38,8 bilhões.

Na quarta-feira (09), o Ibovespa fechou em queda, diante de forte alta das ações globais e em meio à queda vertiginosa dos preços do petróleo, o que aliviou temores com inflação e atividade econômica. Os setores financeiro e de viagens e turismo estiveram entre os destaques de alta, enquanto a mineradora Vale e petrolíferas ficaram na ponta contrária. O índice Ibovespa teve queda de 2,43%, a 113.900,34 pontos. O volume financeiro somou R$ 36,2 bilhões.

Na quinta-feira (10), o Ibovespa fechou em queda, alinhado com movimento similar em Wall Street e em meio à aprovação e discussão no Senado de pautas para segurar os preços dos combustíveis no país. O índice Ibovespa teve queda de 0,21%, aos 113.663,13 pontos. O volume financeiro somou R$ 34 bilhões.

Na sexta-feira (11), por volta das 12h48, o índice Ibovespa operava em queda de 0,21%, a 113.400,19 pontos. Diante de avanço das ações no exterior após o presidente russo, Vladimir Putin, falar em “certas mudanças positivas nas negociações com a Ucrânia”, enquanto dado de inflação doméstico acima do esperado fazia contraponto. Ações de exportadoras de commodities e do setor financeiro subiam, enquanto papéis do setor imobiliário são destaque de baixa, com piora de expectativas para resultados trimestrais. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 1,79%, a 111.628,79 pontos. O volume financeiro somou R$ 26,2 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (11), por volta das 13h00, o dólar registrava alta de 0,50%, cotado a R$ 5,0411 na venda. Enquanto investidores digeriam a aprovação pela Câmara dos Deputados da proposta que altera a cobrança do ICMS sobre os combustíveis e reavaliavam as perspectivas para os juros locais após nova aceleração da inflação.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (11) cotado a R$ 5,0541, com investidores remontando posições defensivas às vésperas do fim de semana diante das incertezas sobre o desenrolar da guerra na Ucrânia e eventuais impactos de novas sanções econômicas à Rússia, além de risco de greve de caminheiros por aqui.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
14/03/2022