Cenário Econômico Internacional – 25/03/2022

Cenário Econômico Internacional – 25/03/2022

Cenário Econômico Internacional – 25/03/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

  • FMI/Georgieva: guerra eleva inflação e reduz crescimento de países em recuperação
  • Mundo caminha para ‘catástrofe climática’, afirma chefe da ONU
  • Guerra na Ucrânia vai desacelerar crescimento global e alguns países correm risco de recessão, diz chefe do FMI
  • Líderes da Otan abrem cúpulas sobre guerra russa
  • Mercado acionário dos EUA
  • Dólar
  • PIB do Chile avança 11,7% em 2021, maior alta em 30 anos
  • Conselho do FMI se reúne em 25 de março para discutir acordo da dívida argentina
  • Trabalhadores em centro da Amazon nos EUA esperam maior apoio em 2ª tentativa de sindicalização
  • Fed está aberto a aumentos mais rápidos dos juros se inflação elevada persistir, diz Powell
  • Biden diz que Putin pode usar armas químicas na Ucrânia e fazer ataque cibernético contra os EUA
  • Juros precisam subir para domar inflação alta demais, diz Daly, do Fed
  • EUA restabelecem 352 exclusões de tarifas de produtos da China
  • Embaixador da Nicarágua na OEA se revolta e denuncia o próprio governo
  • Mercado acionário europeu
  • Banco Central russo reabre Bolsa de Moscou após quase 1 mês
  • Após pagamento de cupons pela Rússia, foco passa a próximos desafios envolvendo a dívida
  • UE vê alto risco de tráfico de crianças enquanto 3,3 milhões de ucranianos fogem para a Europa
  • Rússia diz que relações com EUA estão perto de se romper após comentários de Biden sobre Putin
  • Guerra na Ucrânia: Crescem os temores de que a Rússia tenha como alvo o antigo estado soviético da Moldávia
  • Sanções atrasam pagamentos a detentores russos de eurobônus da Rússia
  • Rússia só usaria armas nucleares diante de ‘ameaça existencial’, diz Kremlin
  • BCE restringirá acesso de bancos a empréstimos após medidas na pandemia
  • Mercado acionário na Ásia
  • Bolsa de Hong Kong suspende negócios com ações da Evergrande
  • Avião Boeing 737 da China Eastern Airlines com mais de 130 pessoas cai em Guangxi
  • De olho na China, Japão rompe com passado para forte resposta da Ucrânia
  • Coreia do Sul comprará 10 milhões de doses de vacina Covid-19
  • Japão fará novo pacote de estímulo para atenuar aumento de combustível, diz premiê
  • China estabelece meta de hidrogênio verde para 2025 e visa uso generalizado
  • Milhares de pessoas dão as boas-vindas a ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye perdoada
  • Primeiro-ministro israelense visitará a Índia em abril
  • Arábia Saudita diz que não é responsável pela escassez de petróleo por ataques a suas instalações
  • Ministros das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos e Japão destacam laços estratégicos bilaterais
  • Ministro do Irã na Síria discutirá guerra na Ucrânia e laços com árabes
  • Palestinos pedem pressão do Banco Mundial sobre Israel por fundos retidos

FMI/Georgieva: guerra eleva inflação e reduz crescimento de países em recuperação

Os impactos da guerra na Ucrânia não se limitam à região próxima do conflito e afetam países em todo o mundo que ainda estão em recuperação da crise de Covid-19, alertou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva. A redução do crescimento econômico, aumento da inflação e a insegurança alimentar no continente africano são alguns dos reflexos do conflito no Leste Europeu, destacou a dirigente do fundo.

O comentário de Georgieva ocorreu durante evento online de lançamento de uma nova estratégia do FMI para ajudar nações “frágeis e afetadas por conflitos” a construir “fundamentos fortes” para lidar com crises. De acordo com a diretora, o programa vai reforçar ações feitas pelo FMI nos últimos 12 anos, período em que o fundo distribuiu cerca de US$ 12 bilhões através de 88 programas a países com o perfil citado.

Mundo caminha para ‘catástrofe climática’, afirma chefe da ONU

Em evento promovido pela revista The Economist, António Guterres disse ser “loucura” a corrida por substituir combustíveis da Rússia por outras fontes fósseis; países do G20 devem liderar ações e impulsionar financiamento climático; compromissos atuais fariam aumentar em 14% as emissões globais.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, esteve na abertura de um fórum virtual sobre sustentabilidade promovido pela revista The Economist.

Em mensagem de vídeo, o chefe da ONU destacou a importância de manter vivo o objetivo de conter o aquecimento global em até 1.5ov C, lembrando que é necessário reduzir as emissões globais em 45% até 2030.

Em referência a COP26, Guterres afirmou que o problema não foi resolvido em Glasgow.

Na contramão das discussões durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática e contrariando as estimativas do último relatório do IPCC, ele reafirmou que, com os compromissos nacionais atuais, as emissões globais devem aumentar quase 14% na década de 2020.

Assim, o líder das Nações Unidas afirmou que o mundo caminha para uma “catástrofe climática”.

Ele também citou o impacto da guerra na Ucrânia, com o risco de derrubar os mercados globais de alimentos e de energia e ter grandes implicações para a agenda climática global.

Guterres alertou que enquanto as principais economias buscam uma estratégia para substituir os combustíveis fósseis da Rússia, após as sanções impostas por diversas nações, elas podem criar uma dependência ainda maior dessa fonte de energia e prejudicar as ações para conter o aquecimento global.

O chefe da ONU chamou de “loucura” a tentativa dos países de fechar a lacuna no fornecimento de combustíveis enquanto negligenciam as políticas para reduzir o uso deles.

Para António Guterres, os membros do G20, responsáveis por 80% das emissões globais, devem liderar as ações para conter o avanço da temperatura.

Ele afirmou que embora alguns países já tenham anunciado políticas para beneficiar o meio ambiente, outras apontam as nações emergentes como as grandes culpadas do aumento de emissões.

Para o líder da ONU, essa não é hora de buscar culpados e sim de buscar coalisões para buscar financiamento para expandir o uso de fontes limpas e renováveis de energia.

Guerra na Ucrânia vai desacelerar crescimento global e alguns países correm risco de recessão, diz chefe do FMI

Novas previsões do Fundo Monetário Internacional para abril mostrarão que a guerra na Ucrânia vai desacelerar o crescimento econômico mundial, mas não causará uma recessão global, disse a diretora-gerente do Fundo, Kristalina Georgieva.

Georgieva, em um evento online organizado pela revista Foreign Policy, afirmou que algumas economias emergentes fracas que ainda lutam contra a pandemia de Covid-19 enfrentam o risco de recessão devido a choques de preços mais altos de alimentos e energia, e condições financeiras mais apertadas devido a aumentos nas taxas de juros de economias avançadas.

Líderes da Otan abrem cúpulas sobre guerra russa

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e aliados ocidentais abriram na quinta-feira (24) a primeira de três cúpulas focadas em aumentar a pressão sobre o presidente russo, Vladimir Putin, sobre sua guerra na Ucrânia, enquanto cuida das consequências econômicas e de segurança que se espalham pela Europa e pelo mundo.

Biden e os líderes de outros países da OTAN se reuniram na sede da aliança, onde posaram para uma foto de grupo comemorando a reunião urgente antes de se retirarem a portas fechadas para a cúpula, que deveria durar várias horas.

Ao longo de quinta-feira (24), a capital diplomática europeia sediará uma cúpula de emergência da Otan, bem como uma reunião do Grupo das Sete nações industrializadas e uma cúpula dos 27 membros da União Europeia. Biden participará das três reuniões e planeja realizar uma entrevista coletiva no final do dia.

Embora o Ocidente tenha sido amplamente unificado no confronto com a Rússia depois que ela invadiu a Ucrânia, há um amplo reconhecimento de que a unidade será testada como os custos da guerra na economia global.

O reforço das forças ao longo do flanco leste da OTAN, quase certamente pelo menos nos próximos 5 a 10 anos, se a Rússia for efetivamente dissuadida, também pressionará os orçamentos nacionais.

“Precisamos fazer mais e, portanto, precisamos investir mais. Há um novo senso de urgência e espero que os líderes concordem em acelerar os investimentos em defesa”, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, antes de presidir a cúpula da aliança de segurança.

A crise energética exacerbada pela guerra será um tema particularmente quente na cúpula do Conselho Europeu, onde líderes da Espanha, Portugal, Itália e Grécia esperam uma resposta urgente e coordenada em todo o bloco. Autoridades da UE disseram que buscarão a ajuda dos EUA em um plano para aumentar as instalações de armazenamento de gás natural para o próximo inverno, e também querem que o bloco compre gás em conjunto.

Quatro novos grupos de batalha da OTAN, que geralmente somam entre 1.000 e 1.500 soldados, estão sendo montados na Hungria, Eslováquia, Romênia e Bulgária.

Durante todo o tempo, autoridades de segurança nacional de Washington a Varsóvia estão cada vez mais preocupadas com a possibilidade de Putin implantar armas químicas, biológicas ou até nucleares. Sullivan disse que os aliados iriam consultar sobre como responder a “potenciais contingências” desse tipo, incluindo “toda essa questão do uso potencial de armas nucleares”.

Uma nova opção de sanções que Biden está avaliando é atingir membros da Duma russa, a câmara baixa do parlamento, de acordo com uma autoridade dos EUA que falou sob condição de anonimato para discutir deliberações privadas. O funcionário acrescentou que uma decisão final não foi tomada e que as novas sanções serão implementadas em coordenação com os aliados ocidentais.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (21), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, além da continuidade do conflito entre Rússia e Ucrânia, os papéis foram influenciados por um tom mais hawkish nos comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Além disso, em segundo plano, investidores estiveram de olho em falas do presidente da distrital do Fed em Atlanta, Raphael Bostic, e dados de atividade nacional dos Estados Unidos. O índice Dow Jones teve queda de 0,58%, a 34.552,99 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,04%, a 4.461,18 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,40%, a 13.838,46 pontos.

Na terça-feira (22), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, em uma sessão atenta aos desdobramentos na guerra da Ucrânia, que prossegue com as ofensivas militares russas e tratativas diplomáticas. Além disso, a postura do Federal Reserve, que incluiu dirigentes apontando para um aperto mais rápido na política monetária, segue chamando atenção, tendo como um dos efeitos o avanço nos rendimentos dos Treasuries, além do impulso para as ações de bancos. O índice Dow Jones teve alta de 0,74%, a 34.807,46 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,13%, a 4.511,61 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,95%, a 14.108,82 pontos.

Na quarta-feira (23), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, com investidores atentos aos riscos geopolíticos e também à postura do Federal Reserve. Os potenciais impactos do confronto na Ucrânia se somaram à expectativa por mais aperto na política monetária dos Estados Unidos, o que reduziu o apetite pelas ações em geral. O índice Dow Jones teve queda de 1,29%, a 34.358,50 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,23%, a 4.456,24 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,32%, a 13.922,60 pontos.

Na quinta-feira (24), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, as ações de tecnologia impulsionavam os principais índices dos Estados Unidos na quinta-feira (24), após forte queda na sessão anterior, com investidores acompanhando de perto uma reunião de líderes ocidentais conforme a crise da Ucrânia entra em seu segundo mês. Por volta das 14h13, o índice Dow Jones registrava alta de 0,75%, a 34.617,80 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,97%, a 4.499,45 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 1,44%, a 14.655,43 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 18.03.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (18) cotado a R$ 5,017 com queda de 0,40%. O dólar fechou nesta sexta-feira (18) no menor valor em mais de uma semana, na casa de 5,01 reais, após chegar a oscilar em torno de 4,99 reais, com fluxo estrangeiro beneficiando o real em meio a uma melhora gradual dos mercados externos ao longo da tarde.

Na segunda-feira (21) – O dólar à vista registrou queda de 1,42%, cotado a R$ 4,9445 na venda. Com a ajuda das commodities (bens primários com cotação internacional) e dos juros altos, o dólar fechou abaixo de R$ 5 pela primeira vez desde junho do ano passado. O dólar oscilou entre R$ 5,0305 na máxima e R$ 4,9318 na mínima.

Na terça-feira (22) – O dólar à vista registrou queda de 0,59%, cotado a R$ 4,9152 na venda. Fechando no menor patamar em nove meses e bem abaixo da marca psicológica de 5 reais, diante de manutenção de fluxos estrangeiros para o Brasil, que tem sido visto como oportunidade de investimento em meio ao alto patamar do juro e à disparada dos preços das commodities. O dólar oscilou entre R$ 4,9513 na máxima e R$ 4,9051 na mínima.

Na quarta-feira (23) – O dólar à vista registrou queda de 1,45%, cotado a R$ 4,8442 na venda. A disparada no preço das commodities (bens primários com cotação internacional) e os altos juros no Brasil continuam a empurrar para baixo o dólar. Em mais um dia de forte queda, a moeda norte-americana fechou no menor valor desde março de 2020. O dólar oscilou entre R$ 4,9513 na máxima e R$ 4,9051 na mínima.

Na quinta-feira (24) – Por volta das 15h15, o dólar operava em queda de 0,41% cotado a R$ 4,8246 na venda. Reagindo a forte ingresso de fluxo cambial, puxando ampliação de vendas de investidores locais. O catalisador é o fortalecimento recente das commodities em cenário de guerra na Ucrânia, apesar da queda das matérias-primas.

PIB do Chile avança 11,7% em 2021, maior alta em 30 anos

O Produto Interno Bruto (PIB) do Chile cresceu 11,7% em 2021, sua maior alta anual em três décadas, alavancada pela abertura gradual da economia na pandemia da Covid-19 e pelo aumento da demanda derivada dos benefícios sociais, informou o Banco Central (BC).

“Este crescimento foi reflexo da abertura gradual da economia e de uma maior adaptação das famílias e das empresas ao contexto sanitário e sua evolução durante o ano”, explicou o BC, em suas “Contas Nacionais”.

A estes elementos, completa a instituição, agrega-se “um aumento da demanda doméstica explicado, em parte, pelas medidas econômicas de apoio às famílias e às empresas e aos saques parciais dos fundos de pensões”.

“As atividades de maior impacto no crescimento do PIB foram o comércio e os serviços pessoais, setores particularmente favorecidos pela maior abertura da economia e pelo aumento da demanda”, acrescentou o BC.

O crescimento de 12% no quarto trimestre do ano passado ajudou a alcançar esse número anual.

Para este ano, o novo governo chileno liderado pelo esquerdista Gabriel Boric anunciou que revisará o crescimento estimado pela administração anterior, de 3,5%.

Conselho do FMI se reúne em 25 de março para discutir acordo da dívida argentina

O conselho executivo do Fundo Monetário Internacional se reunirá em 25 de março para discutir o pedido da Argentina para um acordo de refinanciamento da dívida, disse o porta-voz do FMI no sábado (19).

O Senado da Argentina aprovou na quinta-feira (17) uma negociação da dívida de 45 bilhões de dólares com o FMI, convertendo o acordo em lei e garantindo que o país economicamente prejudicado possa evitar outra inadimplência.

O acordo ainda precisa ser assinado pelo conselho do FMI. O porta-voz do Fundo, Gerry Rice, disse em comunicado que “a aprovação legislativa é um sinal importante de que a Argentina está comprometida com políticas que estimulem um crescimento mais sustentável e inclusivo”.

Trabalhadores em centro da Amazon nos EUA esperam maior apoio em 2ª tentativa de sindicalização

Trabalhadores de um centro de distribuição da Amazon.com que buscam se organizar em um sindicato após uma derrota contundente no ano passado foram revigorados por um recrudescimento do movimento, apesar de grandes obstáculos adiante.

A votação dos funcionários do centro de distribuição em Bessemer, sobre sindicalização da unidade, termina este mês. A eleição anterior sofreu influência indevida da Amazon, concluiu o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos Estados Unidos.

Dada a margem de vitória de dois para um da gigante do varejo na votação original, os trabalhadores que tentam criar o primeiro sindicato em um armazém da Amazon nos EUA enfrentam uma tarefa difícil.

No entanto, desde a última votação, o movimento trabalhista ganhou força, motivado por preocupações relacionadas à pandemia e impulsionado por greves.

O governo do presidente norte-americano Joe Biden prometeu implementar políticas para facilitar a organização dos trabalhadores. A aprovação dos sindicatos é a mais alta desde 1965, mostrou uma pesquisa Gallup no ano passado.

O funcionário da Amazon, Braxton Wright, 39, disse que, embora espere uma vitória do pedido de sindicalização da unidade, mesmo uma derrota por pouca diferença em Bessemer ajudaria outros a ver que a organização sindical é possível. Simplesmente votando, “você dá a mais pessoas a coragem de se levantar e dizer: ‘Ei, queremos formar um sindicato'”, disse Wright.

Liderados pelo ex-funcionário da Amazon Christian Smalls, os trabalhadores de dois centros de distribuição da Amazon em Nova York receberam autorização para realizarem votações sindicais, incluindo uma neste mês.

Os apoiadores do sindicato em Bessemer dizem que a organização sob o Sindicato do Varejo, Atacado e Lojas de Departamentos (RWDSU) os ajudará a combater as metas de produtividade difíceis de serem cumpridas impostas pela empresa e a defender melhores condições de trabalho.

Para a Amazon, os sindicatos ameaçam alterar a forma como a varejista online gerencia sua operação e devem aumentar os custos trabalhistas além dos 4 bilhões de dólares em despesas extras, relacionadas à escassez de trabalhadores no último trimestre.

A desconfiança com os sindicatos ainda é comum entre os trabalhadores, incentivada pela própria Amazon, que alertou em reuniões de comparecimento obrigatório que grupos sindicais poderiam determinar greves e reduções de salários, algo que o RWDSU contesta.

Fed está aberto a aumentos mais rápidos dos juros se inflação elevada persistir, diz Powell

Os formuladores de política monetária do Federal Reserve considerarão acelerar o ritmo de aumentos de juros este ano se a inflação elevada não começar a diminuir, disse o chair do banco central norte-americano, Jerome Powell.

“A expectativa para este ano era que veríamos a inflação atingir o pico no primeiro trimestre, e então talvez se estabilizar e ver muito progresso no segundo semestre. Essa história já desmoronou”, disse Powell em comentários a conferência da National Association for Business Economics, em Washington.

“Na medida em que continua a desmoronar, meus colegas e eu podemos chegar à conclusão de que precisaremos nos mover mais rapidamente e, se for o caso, faremos isso.”

Ele repetiu que, como parte disso, as autoridades aumentarão os juros em 0,50 ponto percentual em qualquer reunião ou reuniões, se acharem necessário.

Biden diz que Putin pode usar armas químicas na Ucrânia e fazer ataque cibernético contra os EUA

As acusações da Rússia de que os ucranianos têm armas químicas e biológicas são falsas e são uma evidência de que o presidente russo, Vladimir Putin, está considerando usá-las em sua guerra contra a Ucrânia, disse o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sem citar evidências.

Putin está “contra a parede e agora ele está falando sobre novas bandeiras falsas que ele está levantando, inclusive, afirmando que nós nos EUA temos armas biológicas e químicas na Europa; isso simplesmente não é verdade”, disse Biden em um evento com líderes empresariais dos EUA.

“Eles também estão sugerindo que a Ucrânia tem armas químicas e biológicas na Ucrânia. Isso é um sinal claro de que ele está considerando usar ambas.”

Biden também disse que os serviços de Inteligência indicam uma crescente ameaça cibernética russa e pediu às empresas americanas que prepararem defesas imediatamente.

“Se ainda não o fizeram, peço a nossos parceiros do setor privado a fortalecerem suas defesas cibernéticas de imediato”, disse Biden em um comunicado.

Ele citou informação de Inteligência em desenvolvimento, segundo a qual o governo russo está explorando opções para possíveis ataques cibernéticos, inclusive em resposta às sanções ocidentais impostas a Moscou por sua ofensiva na Ucrânia. “É parte do manual da Rússia”, disse.

Biden afirmou que o governo dos Estados Unidos continuará utilizando ferramentas para dissuadir, interromper e, se for necessário, responder aos ataques cibernéticos contra a infraestrutura crítica.

Ele disse que a maioria da infraestrutura crítica no país é operada por entidades privadas e que não se se pode obrigá-las a tomar medidas específicas de segurança cibernética. “Os proprietários e operadores devem acelerar os esforços para fechar suas portas digitais”, disse.

Juros precisam subir para domar inflação alta demais, diz Daly, do Fed

A presidente do Federal Reserve de San Francisco, Mary Daly, disse acreditar que o “principal risco” para a economia é a inflação alta demais, que pode piorar conforme a invasão da Ucrânia pela Rússia impulsiona os preços do petróleo e o combate da China à Covid-19 interrompe ainda mais as cadeias de abastecimento.

“Mesmo que tenhamos essas incertezas em torno da Ucrânia e da pandemia, ainda é hora de apertar a política monetária nos Estados Unidos”, afirmou Daly em um evento virtual da Brookings Institution, “marchando” as taxas para cima a nível neutro e talvez a um patamar restritivo.

“A inflação persistiu por tempo suficiente para que as pessoas comecem a se perguntar por quanto tempo ela continuará”, disse ela. “Já estou focada em garantir que isso não seja enraizado e não vejamos essas expectativas de inflação de longo prazo subirem.”

Ela disse que buscava um “pouso suave” para o mercado de trabalho, já que as altas dos juros ajudam a reduzir a inflação.

EUA restabelecem 352 exclusões de tarifas de produtos da China

O gabinete da representação comercial dos Estados Unidos informou que restabeleceu 352 exclusões de tarifas norte-americanas da “Seção 301” sobre importações chinesas, bem abaixo das 549 exclusões que estava considerando anteriormente.

As exclusões restabelecidas entrarão em vigor retroativamente a partir de 12 de outubro de 2021 e se estenderão até 31 de dezembro de 2022, disse a USTR. Elas abrangem uma ampla gama dos inicialmente estimados 370 bilhões de dólares em importações chinesas que o ex-presidente Donald Trump atingiu com tarifas punitivas de 7,5% a 25%.

A lista divulgada pela USTR inclui componentes industriais como bombas e motores elétricos, certas peças de automóveis e produtos químicos, mochilas, bicicletas, aspiradores de pó e outros bens de consumo.

Uma porta-voz do Ministério do Comércio da China disse nesta quinta-feira que a decisão dos EUA foi benéfica para normalizar o fluxo comercial desses produtos e espera que as relações comerciais bilaterais voltem ao normal.

“Em meio à alta da inflação e desafios à recuperação econômica global, esperamos que os EUA possam eliminar todas as tarifas sobre produtos chineses o mais rápido possível para os interesses fundamentais de consumidores e produtores na China e nos EUA”, disse a porta-voz Shu Jueting a repórteres.

Embaixador da Nicarágua na OEA se revolta e denuncia o próprio governo

O embaixador da Nicarágua na Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou o governo e o presidente do próprio país, Daniel Ortega. Ele afirmou que há repressão à oposição política, abusos de direitos humanos e não há liberdade de expressão.

O embaixador Arturo McFields fez as afirmações em um vídeo que ele mesmo publicou em uma rede social.

Ele disse que falava em nome de prisioneiros políticos e de mais de 300 pessoas que morreram no país desde o começo dos protestos contra Ortega, em 2018.

“Denunciar a ditadura do meu país não é fácil, mas continuar em silencia e defender o indefensável é impossível” disse ele.

Ele ainda citou o fechamento de organizações não governamentais e a censura à imprensa.

McFields era um jornalista de TV antes de se tornar embaixador na OEA, em novembro do ano passado.

Ele afirmou que abandonou o posto.

O governo respondeu dizendo que os oponentes de Ortega tentam tirá-lo do poder com o apoio de forças estrangeiras e que as declarações de McFields não são válidas.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (21), as bolsas europeias fecharam mistas, após negociações agitadas, quando o aumento nos papéis de energia foi compensado por preocupações dos investidores em relação aos conflitos na Ucrânia. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,04%, a 454,79 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,57%, a 6.582,33 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,60%, a 14.326,97 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,07%, a 5.696,41 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,34%, a 8.389,20 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,51%, a 7.442,39 pontos.

Na terça-feira (22), as bolsas europeias fecharam mistas, pegando carona no sinal positivo vindo desde a Ásia e também na recuperação engatada em Wall Street. Os ganhos foram liderados pelas ações de bancos, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmar que a taxa de juros nos Estados Unidos pode subir de forma mais agressiva. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,85%, a 458.65 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,17%, a 6.659,41 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,02%, a 14.473,20 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 2,19%, a 5.821,11 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,17%, a 8.487,20 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,46%, a 7.476,72 pontos.

Na quarta-feira (23), as bolsas europeias fecharam em queda, revertendo o curso após atingirem máximas em um mês mais cedo no pregão, com um salto nos preços do petróleo intensificando preocupações persistentes sobre as consequências econômicas da crise na Ucrânia e após operadores realizarem lucros. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,03%, a 453,92 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,17%, a 6.581,43 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,31%, a 14.283,65 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,80%, a 5.774,58 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,87%, a 8.328,40 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,22%, a 7.460,63 pontos.

Na quinta-feira (24), as bolsas europeias fecharam mistas, uma vez que a guerra na Ucrânia entrava em seu segundo mês e países ocidentais reforçavam a ajuda a Kiev e ampliavam as sanções à Moscou em uma cúpula especial da Otan. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,21%, a 453,07 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,39%, a 6.555,77 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,07%, a 14.273,79 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,49%, a 5.802,97 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,28%, a 8.305,10 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,09%, a 7.467,38 pontos.

Banco Central russo reabre Bolsa de Moscou após quase 1 mês

O Banco Central da Rússia decidiu retomar na segunda-feira (21), as negociações de títulos de empréstimos federais na Bolsa de Moscou. A decisão marca a reabertura parcial da bolsa de valores local depois da suspensão determinada no dia 24 de fevereiro, quando a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, que nesta semana completa um mês.

As negociações passam a ocorrer em dois períodos: pela manhã no horário local, entre 10 horas e 11 horas (das 4 horas às 5 horas no horário de Brasília), em “modo de leilão separado”, e à tarde em Moscou, das 13 horas às 17 horas (das 7 horas às 11 horas de Brasília), “no formato habitual”, segundo informou o BC russo em comunicado.

Conforme informou a instituição, vendas a descoberto serão proibidas, e os horários de operação para os próximos dias serão anunciados “em breve”.

Após pagamento de cupons pela Rússia, foco passa a próximos desafios envolvendo a dívida

A Rússia pagou os juros que devia referentes a dois títulos soberanos denominados em dólar, aliviando dúvidas sobre sua disposição e capacidade de honrar a dívida externa na esteira de duras sanções impostas pelo Ocidente, mas um cronograma de pagamentos cheio pela frente manterá os investidores cautelosos.

A falta de pagamento poderia ter levado ao primeiro calote externo de títulos da Rússia em mais de um século, e a situação foi vista como um teste importante após as sanções destinadas a punir Moscou por sua invasão da Ucrânia.

Mas, nesta sexta-feira (18), o Ministério das Finanças da Rússia disse que cumpriu integralmente suas obrigações. Fontes envolvidas no processo de várias etapas do pagamento dos cupons, no valor de 117 milhões de dólares, também confirmaram que os fundos estavam a caminho dos credores.

Os cupons venciam na quarta-feira, mas a Rússia teria um período de carência de 30 dias para efetuar o pagamento, que deve ser recebido integralmente e na moeda certa para evitar um calote.

A Rússia tem cerca de 40 bilhões de dólares em títulos externos em circulação, metade dos quais são detidos por investidores estrangeiros. Não está claro se os detentores domésticos dos títulos da Rússia, que incluem alguns dos maiores credores do país, receberam os pagamentos.

No entanto, os pagamentos desta semana foram os primeiros de muitos que a Rússia deve fazer para manter intacta sua complexa rede da dívida externa.

O próximo pagamento de títulos internacionais é referente a um cupom de 66 milhões de dólares com vencimento em 21 de março, que também possui período de carência de 30 dias.

O problema é que essa emissão denominada em dólares contém uma cláusula que permite o pagamento em moedas alternativas, como euro, libra, franco suíço e até o rublo russo.

Isso porque os títulos russos emitidos após 2014 –quando a Rússia foi sancionada pela anexação da Crimeia, contêm uma provisão que autoriza pagamentos em moedas alternativas.

Para títulos vendidos após 2018, o rublo é listado como uma opção de moeda alternativa.

No total, a Rússia deve pagar outros 615 milhões de dólares em cupons até o final de março e mais de 4,5 bilhões de dólares em cupons e vencimentos até o final do ano.

UE vê alto risco de tráfico de crianças enquanto 3,3 milhões de ucranianos fogem para a Europa

A comissária de migração da União Europeia alertou na segunda-feira (21) que as crianças ucranianas correm o risco de serem traficadas enquanto fogem de seu país da invasão russa.

Ylva Johansson disse em entrevista coletiva na Estônia que cerca de metade dos 3,3 milhões de ucranianos que fugiram para os países da UE desde o início da guerra eram crianças, e espera-se que “muitos mais milhões” venham.

A Ucrânia tem um grande número de órfãos e crianças nascidas de mães de aluguel que não foram apanhadas por seus pais. Isso aumentou o risco de serem sequestrados ou se tornarem vítimas de adoções forçadas, disse ela.

“Há um enorme risco de crianças vulneráveis ​​serem traficadas”, disse ela.

Ela observou que até agora havia muito poucas crianças desacompanhadas relatadas nas fronteiras da UE e apenas alguns relatos de tráfico.

No entanto, as forças policiais, ativistas e organizações de mulheres da Ucrânia sinalizaram alguns casos “alarmantes”, disse ela, observando que em situações anteriores de migração em massa esses abusos eram comuns.

“Não devemos esperar até que tenhamos provas de muito tráfico, porque então pode ser tarde demais”, disse Johansson, acrescentando que uma grande campanha de conscientização sobre esse risco deve ser realizada imediatamente.

Ela disse que os riscos podem surgir nas fronteiras, onde criminosos disfarçados de ajudantes podem se aproveitar de pessoas vulneráveis ​​que oferecem abrigo a migrantes que chegam.

Rússia diz que relações com EUA estão perto de se romper após comentários de Biden sobre Putin

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que convocou o embaixador dos Estados Unidos, John Sullivan, para lhe dizer que as declarações do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao chamar o presidente russo, Vladimir Putin, de criminoso de guerra levaram os laços bilaterais à beira do colapso.

O presidente Biden disse na semana passada que Putin era um criminoso de guerra por enviar dezenas de milhares de soldados para a Ucrânia.

“Tais declarações do presidente norte-americano, indignas de um estadista de tão alto escalão, colocam as relações russo-americanas à beira da ruptura”, disse o ministério em comunicado.

O governo da Rússia descreveu anteriormente os comentários como insultos pessoais contra Putin.

O ministério também disse a Sullivan que ações hostis contra a Rússia receberiam uma “resposta decisiva e firme”.

O Departamento de Estado dos EUA não confirmou a convocação. Mas a secretária de Estado adjunta, Wendy Sherman, disse em entrevista à MSNBC que o comunicado da Rússia “apenas mostra o quão desesperado o presidente Putin está se tornando”.

A Rússia enviou dezenas de milhares de soldados para a Ucrânia em 24 de fevereiro, no que chama de operação especial para reduzir a capacidade militar do país vizinho e erradicar pessoas que chama de nacionalistas perigosos.

As forças ucranianas têm apresentado resistência contra as forças russas e o Ocidente impôs sanções abrangentes a Rússia em um esforço para forçá-la a se retirar da Ucrânia.

Guerra na Ucrânia: Crescem os temores de que a Rússia tenha como alvo o antigo estado soviético da Moldávia

À medida que a invasão russa da Ucrânia continua, os cidadãos da Moldávia enfrentam um estado de ansiedade crescente, pois se perguntam se o pequeno país do leste europeu de cerca de 2,6 milhões de habitantes é o próximo a entrar na mira de Moscou.

Ao mesmo tempo, o estado mais pobre da Europa abriga o maior número de refugiados ucranianos per capita, com mais de 300.000 pessoas cruzando a fronteira para a Moldávia desde o início da guerra em 24 de fevereiro.

Os temores estão ligados a possíveis movimentos de tropas na região separatista da Transnístria, na margem esquerda do rio Dniester, e ao ataque da Rússia contra a cidade de Odesa, no sul da Ucrânia, a apenas 60 quilômetros da cidade fronteiriça mais próxima da Moldávia, Palanca.

Para Vlad, 31, pesquisador da Academia de Ciências da Moldávia, a principal preocupação é se o Kremlin limitará seus ataques à Ucrânia ou se expandirá ainda mais para outros antigos territórios da União Soviética.

“Os russos podem não parar em Odesa, mas vir para a Transnístria e Moldávia. Espero que isso não aconteça, mas a possibilidade está sempre lá”, diz ele.

Por mais de 30 anos, a Moldávia teve cerca de 1.500 a 2.000 soldados russos em seu território após uma guerra na região separatista da Transnístria, que se proclamou uma república soviética separada em meio a expectativas de que Chisinau pudesse declarar sua independência em 1990.

Em meio à tentativa de golpe de Estado de 1991 em Moscou e a separação da Moldávia dos remanescentes da URSS, os separatistas da Transnístria apoiados pela Rússia travaram uma insurreição que se tornou uma guerra de pleno direito até que um cessar-fogo foi atingido em 1992, que se mantém até hoje.

A cessação das hostilidades veio com um acordo para hospedar “mantenedores da paz” russos na faixa de terra entre a Moldávia e a Ucrânia.

Sanções atrasam pagamentos a detentores russos de eurobônus da Rússia

Detentores russos de eurobônus corporativos da Rússia enfrentam atrasos no recebimento de pagamentos através de agentes internacionais, já que as transações são afetadas pelas sanções, afirmaram o Depositário Nacional de Liquidação, empresas e analistas.

Sanções ocidentais e contrasanções de Moscou significam que o processo de pagamento de títulos em moeda forte emitidos pela Rússia ou empresas russas se tornou muito mais complicado, com alguns pagamentos atrasados ou ficando presos em trânsito.

Os pagamentos de eurobônus soberanos e corporativos russos foram anteriormente processados por empresas internacionais como Clearstream e Euroclear, que processam e confirmam a posse dos ativos antes de enviar o dinheiro a detentores ocidentais e então ao depositário para os titulares.

Ambas as empresas disseram que parariam de compensar as operações em títulos russos em resposta às sanções da União Europeia após a invasão da Ucrânia pela Rússia no mês passado.

“Atrasos são possíveis para pagamentos liberados via depositários internacionais”, disse o Depositário Nacional em comunicado à Reuters.

“Isso pode estar ligado ao processamento ‘manual’ das ordens ligadas a empresas russas, bem como à necessidade de conseguir esclarecimentos de reguladores europeus”, completou.

A Clearstream e a Euroclear não responderam a pedidos de comentários.

Rússia só usaria armas nucleares diante de ‘ameaça existencial’, diz Kremlin

A Rússia só usaria armas nucleares no contexto do conflito na Ucrânia se estivesse enfrentando uma “ameaça existencial”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à CNN International.

“Temos um conceito de segurança doméstica, e é público. Você pode ler todas as razões para o uso de armas nucleares”, disse Peskov. “Então, se é uma ameaça existencial para o nosso país, pode ser usado de acordo com o nosso conceito.”

O comentário de Peskov veio quando a entrevistadora Christiane Amanpour o pressionou sobre se ele estava “convencido ou confiante” de que o presidente Vladimir Putin não usaria a opção nuclear no contexto ucraniano.

Dias depois que as tropas russas invadiram a Ucrânia, Putin anunciou em 28 de fevereiro que havia colocado as forças nucleares estratégicas do país em alerta máximo em um movimento que provocou alarme global.

Questionado sobre a declaração de Peskov e a posição nuclear da Rússia de forma mais ampla, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, chamou a retórica de Moscou sobre o uso potencial de armas nucleares de “perigosa”.

“Não é assim que uma potência nuclear responsável deve agir”, disse ele a repórteres.

Dito isso, Kirby enfatizou que os funcionários do Pentágono “não viram nada que nos levasse a concluir que precisamos mudar nossa postura estratégica de dissuasão”.

“Monitoramos isso da melhor maneira possível todos os dias”, acrescentou.

A Rússia mantém o maior estoque de ogivas nucleares do mundo e obteve apoio mínimo em todo o mundo por seu ataque ao seu ex-vizinho soviético.

Autoridades de defesa ocidentais disseram após o anúncio de Putin em fevereiro que não viram nenhum sinal significativo de mobilização das forças nucleares da Rússia, seus bombardeiros estratégicos, mísseis e submarinos.

Mas Moscou também alertou que, se os Estados Unidos e os aliados da Otan fornecerem à Ucrânia caças, isso poderia escalar e expandir a guerra, potencialmente colocando a Rússia em confronto direto com rivais com armas nucleares no Ocidente.

No início deste mês, Beatrice Fihn, que lidera a Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares, alertou que Putin está usando “chantagem” nuclear para impedir que a comunidade internacional interfira em sua invasão na Ucrânia.

“Este é um dos momentos mais assustadores quando se trata de armas nucleares”, disse ela.

Questionado ainda sobre a ofensiva da Rússia na Ucrânia, Peskov disse que não tinha intenção de ocupar seu vizinho e afirmou que seu país não estava atacando civis.

Os principais objetivos da “operação”, disse ele, são “eliminar o potencial militar da Ucrânia”.

“É por isso que nossos militares estão visando apenas objetivos militares e objetos militares no território da Ucrânia. Não os civis”, disse ele.

A ampla evidência fotográfica e de vídeo apoia as alegações de grupos de direitos humanos de que as forças russas atacaram vários alvos civis no ex-Estado soviético.

BCE restringirá acesso de bancos a empréstimos após medidas na pandemia

O Banco Central Europeu anunciou na quinta-feira (24) que vai restringir o acesso dos bancos à sua liquidez a partir de julho ao eliminar as regras de garantia excepcionalmente simples introduzidas no início da pandemia de Coronavírus.

A medida marca mais um passo para encerrar as regras extraordinárias de apoio que o banco implantou para amortecer o impacto econômico da Covid-19. O BCE já encerrou um esquema maciço de impressão de dinheiro e abriu as portas para sua primeira alta de juros em uma década.

Em um sinal de apoio contínuo aos membros mais fracos da zona do euro, no entanto, o BCE continuará a permitir que os bancos coloquem títulos do governo grego como garantia, apesar de sua classificação de crédito “junk”, e disse que se reserva o direito de fazê-lo sempre que achar necessário.

De acordo com a decisão, o BCE removerá gradualmente as medidas que permitiram aos bancos tomar empréstimos com mais facilidade do banco central, inclusive em um momento de alto estresse do mercado em 2020, mobilizando garantias adicionais no valor de 240 bilhões.

O processo terminará em dezembro de 2024, quando a última parcela dos mais recentes empréstimos plurianuais do BCE, outra plataforma de sua resposta à pandemia, for paga.

“Esta eliminação gradual permite tempo suficiente para as contrapartes do Eurosistema se adaptarem”, disse o BCE em comunicado.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (21), as bolsas asiáticas fecharam mistas, após a China deixar suas principais taxas de juros inalteradas pelo segundo mês consecutivo e Wall Street acumular fortes ganhos na última semana na esteira do primeiro aumento de juros em anos nos EUA. O índice Xangai teve alta de 0,08%, a 3.253,69 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,65%, a 26.827,43 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,89%, a 21.221,34 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,17%, a 4.258,75 pontos.

Na terça-feira (22), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, com a bolsa de Hong Kong liderando os ganhos na região após o gigante de comércio eletrônico chinês Alibaba ampliar planos de recomprar ações. O índice Xangai teve alta de 0,19%, a 3.259,86 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,48%, a 27.224,11 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 3,15%, a 21.889,28 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,081%, a 4.255,30 pontos.

Na quarta-feira (23), as bolsas asiáticas fecharam em alta, acompanhando o tom positivo de Wall Street, embora investidores sigam preocupados com a perspectiva da política monetária nos EUA, pressões inflacionárias e a guerra na Ucrânia. O índice Xangai teve alta de 0,34%, a 3.271,03 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 3,00%, a 28.040,16 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,21%, a 22.154,08 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,50%, a 4.276,52 pontos.

Na quinta-feira (24), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, após uma rodada de perdas em Wall Street ontem e com investidores mostrando cautela antes de uma série de reuniões na Europa para discutir a guerra na Ucrânia. O índice Xangai teve queda de 0,63%, a 3.250,26 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,25%, a 28.110,39 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,94%, a 21.945,95 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,59%, a 4.251,31 pontos.

Bolsa de Hong Kong suspende negócios com ações da Evergrande

A Bolsa de Hong Kong suspendeu negócios com ações da gigante do setor imobiliário chinês Evergrande (OTC:EGRNY) (HK:3333) e de duas subsidiárias, à espera da divulgação de novas informações da empresa.

As transações com papéis da Evergrande e das unidades China Evergrande New Energy Vehicle Group e Evergrande Property Services Group foram suspensas antes da abertura do pregão em Hong Kong na segunda-feira (21), segundo comunicado da bolsa.

A Evergrande, que acumula mais de US$ 300 bilhões em passivos de dívidas, falhou no pagamento de bônus externos no fim do ano passado. Em janeiro, a Evergrande disse que planejava anunciar um plano de reestruturação global em até seis meses, após detentores de bônus ameaçarem processar a empresa por não se engajar em discussões com eles.

Avião Boeing 737 da China Eastern Airlines com mais de 130 pessoas cai em Guangxi

Uma aeronave da China Eastern Airlines com 132 pessoas a bordo caiu em montanhas na região de Guangxi, no sul da China, na segunda-feira (21), durante um voo da cidade de Kunming para Guangzhou, após uma descida repentina da altitude de cruzeiro.

A companhia aérea disse lamentar profundamente os passageiros e a tripulação, sem especificar quantas pessoas morreram.

De acordo com relatos da mídia local, as equipes de resgate não encontraram nenhum sinal de sobreviventes até agora.

O voo do Boeing 737 “perdeu contato aéreo sobre a cidade de Wuzhou” na região de Guangxi, informou a Administração de Aviação Civil da China (CAAC).

“Atualmente, foi confirmado que este voo caiu”, disse a CAAC, acrescentando que ativou sua resposta de emergência e “enviou um grupo de trabalho ao local”.

Havia 123 passageiros e nove tripulantes a bordo, disse CAAC. A mídia estatal disse anteriormente que havia 133 pessoas a bordo.

De olho na China, Japão rompe com passado para forte resposta da Ucrânia

O Japão rompeu com anos de precedentes em sua dura resposta à invasão da Ucrânia, e o conflito pode reformular a estratégia de defesa de Tóquio ao confrontar as ambições regionais da China, dizem analistas.

Quando a Rússia entrou na Ucrânia pela última vez em 2014, a resposta do Japão foi vista como morna, mas desta vez marchou em sincronia com os aliados ocidentais em sanções sem precedentes e retórica dura, até mesmo enviando ajuda militar não letal.

E a crise já está impactando os debates sobre gastos e capacidade de segurança em um país cuja constituição limita seus militares à defesa.

“O Japão já foi acusado antes de pagar sua saída, de certa forma, apenas dando dinheiro, mas não estando diretamente envolvido em nenhuma crise”, disse Valerie Niquet, especialista em Ásia do think tank France’s Foundation for Strategic Research.

Desta vez, Tóquio está “colocando muita ênfase no que estão fazendo, para mostrar que não estão apenas sentados e esperando para ver como as coisas vão evoluir”.

E a velocidade com que Tóquio adotou medidas como sanções individuais foi “completamente notável”, disse Tobias Harris, membro sênior do Centro para o Progresso Americano.

“Isso é muito mais longe do que eu pensei que veríamos o governo japonês ir.”

Em parte, isso reflete a natureza extraordinária do conflito, mas vários outros fatores importantes estão em jogo, incluindo a saída do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, que há muito buscava laços mais estreitos com Moscou.

Abe, que renunciou em 2020, esperava que relações mais calorosas levassem a um avanço nas ilhas disputadas da Rússia, que Moscou chama de Curilas e o Japão chama de Territórios do Norte.

Mas com a saída de Abe e anos de impasse na disputa, o governo do Japão se sentiu mais livre para agir contra Moscou, embora os temores sobre as necessidades de energia até agora tenham impedido Tóquio de desistir de projetos de energia conjuntos com a Rússia.

Coreia do Sul comprará 10 milhões de doses de vacina Covid-19

A Coreia do Sul chegou a um acordo para comprar 10 milhões de doses da primeira vacina experimental contra o Coronavírus do país, desenvolvida pela SK Bioscience Co Ltd, disseram autoridades na segunda-feira (21).

Desde agosto, a empresa sul-coreana realizou testes de Fase 3 de sua candidata a vacina, codinome “GBP510”, desenvolvida em conjunto com o Instituto de Design de Proteínas da Universidade de Washington e auxiliada pela farmacêutica global GlaxoSmithKline (GSK).

“Eles visam garantir a aprovação formal no primeiro semestre deste ano, e a distribuição pública deve começar no segundo semestre”, disse o diretor da Agência de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KDCA), Jeong Eun-kyeong, em um briefing.

A SK Bioscience disse em comunicado que o acordo vale 200 bilhões de won (US$ 164,6 milhões) e que também forneceria sua vacina para a instalação global de compartilhamento de vacinas COVAX, uma vez autorizada.

A farmacêutica também produz vacinas Covid-19 desenvolvidas pela AstraZeneca Plc e Novavax Inc.

Japão fará novo pacote de estímulo para atenuar aumento de combustível, diz premiê

A coalizão governista do Japão concordou na quarta-feira (23) em compilar um novo pacote de estímulo para amortecer o impacto econômico do aumento dos preços de combustíveis e grãos causados ​​pela guerra na Ucrânia.

O primeiro-ministro, Fumio Kishida, que lidera o Partido Liberal Democrata (LDP), disse que ordenará que o governo comece a compilar o pacote já na próxima semana.

“O governo precisa realizar contramedidas sólidas para o aumento dos preços do petróleo, matérias-primas e (outros) bens, para reanimar a economia do Japão”, disse ele a repórteres após se reunir com Natsuo Yamaguchi, líder do parceiro de coalizão do LDP, Komeito.

O conflito na Ucrânia e a desvalorização do iene elevaram o custo dos produtos importados em um golpe para a economia do Japão.

Kishida estava sob pressão de políticos para aumentar os gastos antes de uma eleição para a câmara alta marcada para meados do ano, mesmo antes da aprovação parlamentar de terça-feira de um orçamento estatal recorde para o ano fiscal de 2022.

Gastos adicionais aumentarão a já enorme dívida pública do Japão e o manterão dependente de apoio do governo, mesmo que muitas nações avançadas desviem suas economias das medidas de estímulo implantadas durante a crise da Covid-19.

Kishida provavelmente usará 5,5 trilhões de ienes (45,41 bilhões de dólares) em reservas do orçamento fiscal de 2022, em vez de fazer um orçamento extra, disse o jornal Nikkei na quarta-feira (23).

China estabelece meta de hidrogênio verde para 2025 e visa uso generalizado

O principal planejador econômico da China anunciou na quarta-feira (23) a meta de produzir até 200.000 toneladas por ano de hidrogênio verde, um combustível com zero carbono gerado a partir de fontes de energia renovável, até 2025, mas prevê uma indústria mais difundida no longo prazo. prazo.

O país pretende produzir de 100.000 a 200.000 toneladas de hidrogênio verde por ano e ter cerca de 50.000 veículos movidos a hidrogênio até 2025, disse a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) em um comunicado.

A China, o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, tem se esforçado para equilibrar a segurança energética e atingir suas metas de mudança climática, e está se concentrando no hidrogênio para reduzir as emissões de carbono de seus setores de transporte e industrial.

O hidrogênio verde é o gás produzido a partir da quebra da água na eletrólise usando fontes de energia renováveis, reduzindo a quantidade de emissões de carbono liberadas durante o processo em comparação com o hidrogênio criado a partir de gás natural ou carvão.

“O desenvolvimento do hidrogênio é um movimento importante para a transição energética e um grande apoio para o pico de carbono da China e as metas de neutralidade de carbono”, disse Wang Xiang, vice-diretor do Departamento de Alta Tecnologia da NDRC, em uma coletiva de imprensa.

Milhares de pessoas dão as boas-vindas a ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye perdoada

Três meses depois de ser perdoada por um dos piores escândalos de corrupção governamental da Coreia do Sul, a ex-presidente Park Geun-hye voltou para casa na quinta-feira (24) depois de receber alta de um hospital.

Ela saiu lentamente do Samsung Medical Center em Seul enquanto as câmeras piscavam e dezenas de apoiadores gritavam: “Park Geun-hye! Presidente!”

“Eu expresso minhas saudações ao nosso povo pela primeira vez em cinco anos. Minha saúde melhorou muito, graças às suas preocupações”, disse Park. Ela agradeceu à equipe médica do hospital e entrou em um sedã preto sem fazer perguntas.

Ela então parou em um cemitério e ofereceu flores e incenso no túmulo de seu pai, o ditador militar morto Park Chung-hee, e fez uma reverência silenciosa em homenagem.

Horas depois, uma multidão de milhares de pessoas agitando bandeiras nacionais e balões cantou seu nome em meio a uma forte presença policial quando Park chegou à sua residência de muros altos em sua cidade natal de Daegu, no Sul, onde apoiadores cobriram um caminho perto de sua casa com centenas de coroas de flores. Alguns seguravam faixas com fotos de Park e seu pai e cartazes afirmando sua inocência ou desejando sua felicidade.

Saindo do carro, Park sorriu amplamente através de sua máscara Covid-19 e abraçou uma criança que a presenteou com flores. Ela então se aproximou de um microfone em frente ao portão para entregar uma mensagem agradecendo a seus apoiadores. Seu discurso foi brevemente interrompido quando alguém da multidão jogou o que parecia ser uma garrafa que se estilhaçou ao cair nas proximidades, levando os guarda-costas a cercá-la e levantar telas.

“Os últimos cinco anos foram um período muito difícil para mim”, disse Park antes de agradecer a seus vizinhos no condado de Dalseong, em Daegu, onde foi eleita quatro vezes deputada de 1998 a 2008.

Park disse que espera fazer contribuições não especificadas, “mesmo que pequenas”, para ajudar o país, mas não fez menção específica aos planos de se envolver novamente na política.

“Enquanto eu era presidente, tentei trabalhar duro para nossa nação e povo, mas não consegui realizar muitos dos meus sonhos. Esses sonhos agora estão nas mãos de outros”, disse Park.

Park foi destituída do cargo e presa por suborno e outros crimes em 2017 em uma queda impressionante da graça. Ela se descreveu como vítima de vingança política e se recusou a comparecer à maioria de seus julgamentos.

Primeiro-ministro israelense visitará a Índia em abril

O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, visitará a Índia no próximo mês, em uma viagem que marca 30 anos desde que os países estabeleceram laços diplomáticos, informou seu gabinete.

“A convite do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o primeiro-ministro Naftali Bennett fará sua primeira visita oficial à Índia no início de abril”, disse o gabinete de Bennett em comunicado.

Mais tarde, acrescentou que a viagem ocorreria em 2 de abril.

“Esta visita reafirmará a importante conexão entre os países e os líderes e marcará o 30º aniversário do estabelecimento das relações entre Israel e Índia”, disse o comunicado.

Modi visitou Israel em 2017, e seu colega israelense Benjamin Netanyahu fez uma visita de retorno de alto nível um ano depois.

A viagem de Netanyahu foi a primeira do líder israelense à Índia desde 2003.

Embora a Índia tenha sido historicamente uma defensora vocal dos palestinos, ela também comprou cada vez mais equipamentos militares da altamente alardeada indústria de defesa de Israel.

Uma pequena bomba explodiu do lado de fora da embaixada israelense em Nova Délhi no ano passado, marcando o aniversário das relações diplomáticas bilaterais.

Arábia Saudita diz que não é responsável pela escassez de petróleo por ataques a suas instalações

A Arábia Saudita não é responsável por qualquer escassez de petróleo no mercado internacional que resulte de ataques às suas instalações das milícias terroristas Houthi apoiadas pelo Irã, informou a Agência de Imprensa Saudita, citando uma fonte oficial do Ministério das Relações Exteriores do Reino.

“O Reino enfatiza a importância da comunidade internacional para perceber a gravidade do comportamento contínuo do Irã de equipar as milícias terroristas Houthi com tecnologia de mísseis balísticos e UAVs avançados com os quais eles atacam os locais de produção de petróleo, gás e produtos refinados do Reino”, disse.

A declaração vem um dia depois que os rebeldes do Iêmen lançaram uma série de ataques visando a produção de petróleo e gás natural do reino. O petróleo bruto Brent de referência ficou em mais de US$ 112 o barril nas negociações de segunda-feira (21).

Os ataques estão “resultando em sérias consequências para os setores upstream e downstream, afetando a capacidade de produção do Reino e sua capacidade de cumprir seus compromissos, minando, sem dúvida, a segurança e a sustentabilidade do fornecimento de energia para os mercados globais”.

A fonte oficial, citada pela SPA, destacou a importância de a comunidade internacional assumir “sua responsabilidade de preservar o abastecimento de energia e manter-se firme contra as milícias terroristas Houthi apoiadas pelo Irã, detendo seus ataques maliciosos que representam ameaça direta à segurança do petróleo. suprimentos nessas circunstâncias extremamente sensíveis testemunhadas pelos mercados globais de energia”.

Ministros das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos e Japão destacam laços estratégicos bilaterais

Os ministros das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos e do Japão concordaram em continuar promovendo a cooperação em vários campos sob a Iniciativa de Parceria Estratégica Abrangente e manter relações relacionadas à energia com um fornecimento estável de petróleo bruto.

O acordo foi alcançado em 20 de março durante uma reunião nos Emirados Árabes Unidos entre o ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi, e o xeque Abdullah bin Zayed Al-Nahyan, ministro das Relações Exteriores e Cooperação Internacional.

Hayashi está visitando os Emirados Árabes Unidos na segunda e última etapa de uma curta viagem ao Oriente Médio que começou na Turquia um dia antes. Hayashi está programado para voltar a Tóquio essa semana.

Na reunião, Hayashi parabenizou os Emirados Árabes Unidos pela realização bem-sucedida da Expo Dubai 2022 e destacou a importância deste ano, que marca o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre o Japão e os Emirados Árabes Unidos.

De acordo com o Itamaraty em Tóquio, o Sheikh Abdullah agradeceu a participação do Japão na Dubai Expo e disse estar satisfeito que a relação entre os dois países tenha avançado além dos campos tradicionais de energia, expandindo-se para uma ampla gama de campos, incluindo energia renovável, infraestrutura e espaço.

Ambos os ministros trocaram opiniões francas sobre este assunto e confirmaram que continuariam a cooperar estreitamente nos esforços internacionais. Eles também concordaram em trabalhar em estreita colaboração por meio da Iniciativa de Desarmamento e Não-Proliferação.

O Ministro Hayashi expressou seu apreço pelo fornecimento estável de petróleo bruto dos Emirados Árabes Unidos e pela participação de empresas japonesas em projetos de desenvolvimento de petróleo bruto nos Emirados Árabes Unidos. Ele também expressou preocupação com o aumento dos preços do petróleo, enquanto pede aos Emirados Árabes Unidos que contribuam para estabilizar o mercado global de petróleo, fornecendo ainda mais petróleo bruto e garantindo a capacidade de produção como membro-chave da OPEP Plus.

Em resposta, o xeque Abdullah disse que o relacionamento dos Emirados Árabes Unidos com o Japão, um parceiro estratégico, é inabalável e que ele gostaria de continuar trabalhando juntos.

Além disso, Hayashi condenou o ataque a Abu Dhabi pelos militantes houthis do Iêmen e transmitiu suas condolências às vítimas e suas famílias.

Os dois lados também trocaram opiniões sobre a situação no Oriente Médio, incluindo Irã e Iêmen, e a situação no leste da Ásia, incluindo China e Coreia do Norte, e confirmaram que continuarão trabalhando em estreita colaboração.

Ministro do Irã na Síria discutirá guerra na Ucrânia e laços com árabes

Os ministros das Relações Exteriores do Irã e da Síria, dois aliados da Rússia, discutirão a guerra em curso na Ucrânia e outros desdobramentos durante uma reunião em Damasco na quarta-feira (23), disse o ministro das Relações Exteriores da Síria.

Faisal Mekdad conversou com repórteres no aeroporto de Damasco logo depois que seu colega iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, chegou para conversar com altos funcionários sírios.

O Irã é um forte aliado do presidente Bashar Assad e enviou milhares de combatentes apoiados pelo Irã de toda a região para reforçar as forças do governo sírio contra oponentes no conflito sírio de 11 anos. A Rússia também apoiou Assad militarmente, virando a maré da guerra a seu favor. A guerra na Síria matou quase meio milhão de pessoas e deslocou metade da população pré-guerra do país de 23 milhões.

“Vamos discutir os grandes desenvolvimentos hoje após a operação militar da Rússia na Ucrânia”, disse Mekdad. “Discutiremos o que está por trás disso e discutiremos nossas posições mútuas em relação a esses desenvolvimentos”.

Durante sua visita, Amir-Abdollahian também deve discutir os últimos desenvolvimentos nas negociações do Irã para restaurar o acordo nuclear de Teerã com as potências mundiais, a visita de Assad aos Emirados Árabes Unidos na semana passada, que marcou sua primeira visita a um país árabe desde o início da guerra na Síria. e reuniões do comitê constitucional em Genebra entre o governo sírio e a oposição.

Amir-Abdollahian disse em farsi que as relações estratégicas entre o Irã e a Síria estão no seu melhor. Mais tarde, ele fez um raro comentário em árabe, dizendo: “Estamos na mesma trincheira e apoiamos a liderança, o governo e o povo da Síria”.

Assim como o Irã, a Rússia é um forte aliado da Síria e entrou na guerra em 2015, o que ajudou as forças de Assad a recuperar o controle de grande parte do país. A Rússia tem centenas de tropas destacadas na Síria e uma base aérea na costa do Mediterrâneo.

As negociações nucleares quase foram concluídas no início deste mês, antes de Moscou exigir que seu comércio com o Irã fosse isento de sanções ocidentais sobre a Ucrânia, colocando o processo em desordem. Os negociadores ainda não se reuniram na capital austríaca, e não está claro exatamente quais obstáculos estão por vir.

A visita de Amir-Abdollahian também ocorre duas semanas depois que dois membros da Guarda Revolucionária do Irã foram mortos em um ataque israelense perto da capital Damasco.

Dias depois, o Irã assumiu a responsabilidade por uma barragem de mísseis que atingiu perto de um amplo complexo consular dos EUA no norte do Iraque, dizendo que era uma retaliação por repetidos ataques israelenses na Síria. A Guarda Revolucionária disse que disparou 12 mísseis de cruzeiro no que descreveu como um “centro estratégico” da agência de espionagem israelense Mossad, uma alegação negada por autoridades iraquianas.

Palestinos pedem pressão do Banco Mundial sobre Israel por fundos retidos

A Autoridade Palestina instou o Banco Mundial a intervir em sua disputa com Israel sobre mais de US$ 400 milhões em receitas fiscais retidas, disseram fontes palestinas seniores ao Arab News.

A ligação ocorre em meio a alertas de “uma ameaça existencial” à AP devido ao apoio financeiro cada vez menor dos EUA, UE e nações árabes, bem como o déficit na receita tributária.

O primeiro-ministro palestino, Mohammed Shtayyeh, e o ministro das Finanças, Shukri Bishara, se reuniram com diretores do Banco Mundial em Ramallah em 22 de março e pediram ao banco que pressione Israel sobre a receita tributária retida.

As deduções israelenses do imposto arrecadado em nome da Autoridade Palestina atingiram US$ 400 milhões no ano passado, 42% do déficit orçamentário deste ano, disse Bishara.

Os impostos cobrados por Israel representam cerca de metade da renda da Autoridade Palestina. No entanto, sob uma lei de 2018, Israel calcula quanto acredita que a AP pagou em estipêndios a militantes e deduz esse valor dos impostos que coleta.

O déficit na receita e a interrupção do apoio financeiro dos EUA, da UE e dos árabes à Autoridade Palestina levaram a “uma crise financeira que constitui uma ameaça existencial à sua sobrevivência”, disse um alto funcionário palestino ao Arab News.

Na reunião de Ramallah, os dois líderes palestinos também discutiram o apoio do Banco Mundial a projetos nos territórios palestinos, dizendo que o desenvolvimento é essencial para criar oportunidades de trabalho entre jovens e graduados universitários.

Shtayyeh revisou as reformas administrativas e financeiras, acrescentando que “esses esforços devem ser acompanhados de pressão internacional sobre Israel para interromper suas deduções injustas de nossos fundos, liberar os fundos retidos e retomar o apoio internacional à Palestina”.

Uma solução política é necessária para garantir melhorias efetivas e práticas nas condições de vida, disse o primeiro-ministro palestino.

Bishara disse a funcionários do Banco Mundial que a liderança palestina está trabalhando sob “condições excepcionais, diferentes de outras enfrentadas por outros países”.

Autoridades da AP apontaram para “violações israelenses que impedem o progresso financeiro e de desenvolvimento nos territórios palestinos”.

O Banco Mundial administra a ajuda fornecida por alguns países europeus e árabes que relutam em fornecer apoio direto à AP, apoiando famílias de baixa renda e cobrindo os salários de funcionários do setor público e vários pequenos projetos por meio de um fundo fiduciário.

Samir Hulileh, ex-vice-ministro das Finanças da Palestina, disse ao Arab News que, além do programa de financiamento que o Banco Mundial realiza para a AP, dando-lhe US$ 40 a US$ 50 milhões anualmente, “seus relatórios e estimativas sobre o desempenho da autoridade afetam muito os doadores decisões dos países” sobre mais apoio.

“O Banco Mundial elabora relatórios periódicos sobre o desempenho financeiro da AP e sobre o crescimento da economia. Ele desempenha um papel central no direcionamento de doadores para apoiar projetos na AP”, disse ele.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
25/03/2022