Cenário Econômico Nacional – 28/03/2022

Cenário Econômico Nacional – 28/03/2022

Cenário Econômico Nacional – 28/03/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • Rendimento do trabalhador cai 9,7% em um ano, diz IBGE
  • Mercado aumenta projeção da inflação para 6,59% este ano
  • Orçamento terá de ter bloqueio de R$ 3 bilhões
  • Governo zera imposto de importação de etanol e de seis alimentos
  • Mundo terá período relativamente longo de menos crescimento e mais inflação, diz Campos Neto
  • Redução do IPI será ampliada para 33%, diz Paulo Guedes
  • Banco Central admite que a inflação deve estourar a meta pelo 2º ano seguido em 2022
  • Estados aprovam valor fixo de R$1,0060 para ICMS do diesel e confirmam congelamento para combustíveis
  • Consumo de bens industriais cai 2,3% em janeiro, diz Ipea
  • CMN aprova resolução que lança oficialmente projeto Open Finance
  • Declaração de Lula sobre Congresso ‘deformado’ é ‘ofensiva e sem fundamento’, diz Pacheco
  • Reforma tributária não deve andar esse ano, administrativa talvez seja possível, diz Bolsonaro
  • Moraes revoga determinação de suspensão do Telegram após aplicativo cumprir pendências
  • Candidato em SP, Tarcísio Freitas diz que eleitor do interior vê ‘incoerência’ em união de Alckmin com Lula
  • Governo bloqueia R$ 1,72 bilhão do Orçamento de 2022
  • STJ condena Dallagnol a pagar R$ 75 mil em danos morais a Lula
  • PSDB faz última ofensiva por Leite, que ainda não decidiu se migra para o PSD
  • Senado aprova política nacional de fomento à cultura
  • União Brasil e Ciro Gomes ensaiam aproximação
  • STF determina abertura de inquérito contra ministro da Educação
  • Confiança Controlador da Aliansce Sonae passa a ser maior acionista da brMalls
  • MRV inaugura usina de energia solar na Bahia
  • M. Dias Branco mantém apetite por aquisições em 2022
  • Faturamento do setor de turismo tem alta de 22,9% em janeiro
  • Lucro líquido do IRB salta mais de 6 vezes em janeiro com efeito extraordinário
  • Positivo prevê aumento de até 50% da receita em 2022
  • CNI volta a registrar queda de confiança do empresariado na economia
  • Mercado Pago vai lançar saque e depósito via PIX
  • Taxa de empreendedorismo voltou a cair no Brasil em 2021
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB
  • Mercado acionário e câmbio

Rendimento do trabalhador cai 9,7% em um ano, diz IBGE

O rendimento real habitual do trabalhador brasileiro ficou em R$ 2.489 no trimestre findo em janeiro deste ano. Isso representa quedas de 1,1% em relação ao trimestre encerrado em outubro e de 9,7% frente ao trimestre finalizado em janeiro de 2021.

Os dados, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), foram divulgados na sexta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já a massa de rendimento real habitual (R$ 232,6 bilhões) ficou estável em ambas as comparações.

A pesquisa divulgada, também mostra que a taxa de desemprego ficou em 11,2% em janeiro deste ano, abaixo das taxas de outubro (12,1%) e de janeiro de 2021 (14,5%).

Mercado aumenta projeção da inflação para 6,59% este ano

O mercado financeiro aumentou pela décima vez consecutiva a previsão de inflação para este ano. Segundo projeção do Boletim Focus, divulgada na segunda-feira (21) pelo Banco Central, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano em 6,59%. Há uma semana, a projeção do mercado era de que a inflação este ano ficasse em 6,45%%. Há quatro semanas, a previsão era de 5,56%.

Divulgado semanalmente, o Boletim Focus reúne a projeção de cerca de 100 instituições do mercado para os principais indicadores econômicos do país.

Para 2023, o mercado também aumentou a projeção da variação do IPCA. Com isso, a projeção desta semana aponta uma inflação de 3,75% ante os 3,71% projetados na semana passada. Há quatro semanas, a projeção era de uma inflação de 3,5% no próximo ano.

Para 2024, o mercado manteve a estimativa da semana passada que projetou uma inflação de 3,15%.

Orçamento terá de ter bloqueio de R$ 3 bilhões

No cenário atual de pressão política para criar subsídio para os combustíveis, o governo poderá ser obrigado a fazer um bloqueio do Orçamento para recompor despesas para áreas que ficaram desabastecidas na votação da lei orçamentária. A necessidade inicial era de um remanejamento de R$ 5 bilhões, mas o valor deve ficar mais próximo de R$ 3 bilhões, segundo apurou o Estadão/Broadcast. O governo tem até hoje para bater o martelo e decidir como fará a operação.

Com a arrecadação acima do esperado nos primeiros meses do ano, o problema é do lado do teto de gasto, a regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação. Para recompor recursos do Orçamento de um ministério, o governo precisa cortar de outras áreas. A situação contrasta com a discussão no governo e no Congresso para adoção de um subsídio direto ao combustível, como antecipou o Estadão. Neste caso, a medida exigiria a edição de um crédito extraordinário, cujos recursos ficam fora do limite do teto.

Na área econômica, há um receio que os R$ 3 bilhões não sejam suficientes para recompor todo o Orçamento cortado pelo Congresso. O valor deverá ser ajustado aos poucos nos demais relatórios bimestrais.

A pressão é grande entre os aliados para que não haja bloqueios porque o ano é de eleições, e depois do segundo semestre pouco se pode fazer devido às restrições da lei eleitoral para novos gastos. É mais uma dificuldade porque o Congresso não quer o bloqueio de despesas que foram negociadas na votação do Orçamento.

Na reunião da Junta de Execução do Orçamento (JEO) da semana passada, o cenário ainda estava muito confuso. A JEO é um colegiado formado pelos ministérios da Casa Civil e da Economia, que define as diretrizes do Orçamento, entre elas contingenciamento e remanejamentos. Pela legislação em vigor, o governo é obrigado a enviar até hoje o primeiro relatório de avaliação de receitas e despesas do Orçamento deste ano.

Na sanção do Orçamento, o presidente Jair Bolsonaro vetou R$ 3,2 bilhões do Orçamento de 2022. O valor ficou bem abaixo do valor sugerido pelo Ministério da Economia na época, que apontou necessidade de recompor R$ 9 bilhões em despesas obrigatórias neste ano.

Entre as áreas que precisam de dinheiro, está a Receita Federal. O órgão teve seu orçamento para custeio e investimentos cortado pelo Congresso pela metade, passando de R$ 2,1 bilhões para R$ 1 bilhão. O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais, Isac Falcão, alertou o Ministério da Economia que atividades essenciais a partir de junho estarão comprometidas e podem paralisar sem a recomposição dos recursos.

De R$ 16,7 bilhões em emendas do Orçamento autorizadas no ano passado, quase R$ 10 bilhões ainda não foram pagos. Deputados e senadores querem destinar as verbas para Estados e municípios antes do período eleitoral. A pressão vem tanto da base aliada quanto da oposição. De acordo com congressistas, cada um dos 40 membros da CMO abocanhou R$ 3 milhões extras das chamadas emendas de relator.

Governo zera imposto de importação de etanol e de seis alimentos

Até o fim do ano, o etanol e seis alimentos não pagarão imposto para entrarem no país. A redução a zero das alíquotas foi anunciada pelo Ministério da Economia, após reunião extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex).

A medida beneficia os seguintes alimentos: café, margarina, queijo, macarrão, açúcar e óleo de soja. Em relação ao etanol, a alíquota foi zerada tanto para o álcool misturado na gasolina como para o vendido separadamente. O imposto será zerado a partir de quarta-feira (23), quando a medida for publicada no Diário Oficial da União.

Segundo o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, a medida tem como objetivo segurar a inflação. “Estamos preocupados com o impacto da inflação sobre a população. Estamos definindo redução a zero da tarifa de importação de pouco mais de sete produtos até o final do ano. Isso não resolve a inflação, isso é com política monetária, mas gera um importante incentivo”, declarou.

De acordo com a pasta, a medida fará o preço da gasolina cair até R$ 0,20 para o consumidor. Atualmente, o litro da gasolina tem 25% de álcool anidro. Por causa da alta recente dos combustíveis, o governo espera que a redução da tarifa de importação praticamente zere os efeitos do último aumento.

“Nós temos uma estimativa que isso poderia levar a uma redução do preço da gasolina da ordem de R$ 0,20 na bomba. Isso é uma análise estática. Na prática, essa medida vai acabar arrefecendo a dinâmica de crescimento dos preços na ordem de R$ 0,20”, disse o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz.

Em relação aos produtos alimentícios, o Ministério da Economia informou que os produtos beneficiados são o que mais estão pesando na inflação, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse indicador mede o impacto dos preços sobre as famílias de menor renda.

Atualmente, o café paga Imposto de Importação de 9%; a margarina, 10,8%; o queijo, 28%; o macarrão, 14,4%; o açúcar, 16%; o óleo de soja, 9% e o etanol, 18%.

A Camex também aprovou a redução em mais 10%, até o fim do ano, o Imposto de Importação sobre bens de capital (máquinas usadas em indústrias) e sobre bens de informática e de telecomunicações, como computadores, tablets e celulares. A medida pretende facilitar a compra de equipamentos usados pelos produtores industriais e baratear o preço de alguns itens tecnológicos, quase sempre importados.

Em março do ano passado, o governo tinha cortado em 10% a tarifa para a importação de bens de capital e de telecomunicações. No total, o corte chega a 20%.

Até o início do ano passado, as tarifas de importação desses produtos variavam de zero a 16% para as mercadorias que pagam a tarifa externa comum (TEC) do Mercosul. Com a primeira redução, a faixa tinha passado de 0% a 14,4%. Agora, as alíquotas passaram de 0% a 12,8%.

Mundo terá período relativamente longo de menos crescimento e mais inflação, diz Campos Neto

O mundo após a guerra na Ucrânia terá um período relativamente longo de menos crescimento e mais inflação, disse na quarta-feira (23) o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltando que a polarização pós-conflito redesenha as cadeias globais e pode criar oportunidades para o Brasil.

“O movimento de cadeias globais de valor significa para o mundo um período relativamente longo de menos crescimento e mais inflação”, disse.

Em seminário do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre regras fiscais, Campos Neto disse que essa mudança de panorama pode gerar choques positivos para o Brasil, como no mercado de minerais e na comercialização de alimentos, se houver disponibilidade de fertilizantes.

Na apresentação, ele ressaltou que o pico da inflação acumulada em 12 meses no Brasil deve ocorrer em abril, mantendo previsão próxima à apresentada em fevereiro, quando disse que o pico ocorreria entre abril e maio.

Redução do IPI será ampliada para 33%, diz Paulo Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na quinta-feira (24) que o governo vai reduzir mais uma vez o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 33%, ampliando o corte inicial de até 25% anunciado em fevereiro.

Em evento da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em São Paulo, Guedes disse que a redução de impostos que vem sendo feita permitirá reindustrializar o país.

“Esse aumento de arrecadação que está acontecendo, estamos transformando em redução de impostos. É a nossa sétima redução de imposto agora. Já acertamos a redução do IOF pelos próximos anos para a nossa entrada no OCDE, já zeramos DPVAT, já reduzimos o IPI em 25% e vamos reduzir de novo, vamos levar para 33% a redução do IPI”, afirmou, segundo o Valor Online.

Em fevereiro, o IPI foi reduzido em 25% para a maioria dos produtos, com o objetivo de estimular a economia. A estimativa é que, com a medida, o governo deixe de arrecadar R$ 19,5 bilhões somente este ano.

O IPI incide sobre os produtos industrializados, e o valor costuma ser repassado ao consumidor no preço final das mercadorias. O imposto possui várias alíquotas, que variam, em sua maior parte, de zero a 30%, mas que podem chegar a 300% no caso de produtos nocivos à saúde.

Banco Central admite que a inflação deve estourar a meta pelo 2º ano seguido em 2022

O Banco Central elevou de 4,7% para 7,1% a estimativa de inflação para este ano, calculada com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com isso, o BC admitiu que a meta de inflação deve ser superada pelo segundo ano seguido em 2022. A probabilidade de “estouro” da meta é de 88% a 97%, calculou o banco.

Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,5% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 2% e 5%.

A previsão de estouro consta do relatório de inflação do primeiro trimestre deste ano, divulgado na quinta-feira (24), e considera a trajetória estimada pelo mercado financeiro para as taxas de juros e de câmbio neste ano e em 2023.

Em um cenário alternativo projetado pelo BC, considerado de “maior probabilidade”, que embute uma trajetória de queda para o preço do petróleo até o fim deste ano, a estimativa de inflação para 2022 é de 6,3%. Essa previsão do cenário alternativo é um pouco menor que a do cenário tradicional, mas ainda assim estoura a meta.

No ano passado, ao somar 10,06%, a maior inflação em seis anos, a meta já havia sido ultrapassada.

A informação do BC de que a inflação deverá estourar a meta neste ano acontece após o forte reajuste dos combustíveis anunciado pela Petrobras no começo desse mês.

Nesta semana, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a guerra na Ucrânia levará o mundo a um período “relativamente longo” com a inflação maior e o crescimento econômico mais baixo.

Para alcançar a meta de inflação definida pelo CMN, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia, a Selic.

Atualmente, após nove altas seguidas, o juro básico está em 11,75% ao ano, o maior patamar em cinco anos.

Estados aprovam valor fixo de R$1,0060 para ICMS do diesel e confirmam congelamento para combustíveis

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou nesta quinta-feira o valor fixo de R$ 1,0060 de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o litro do óleo diesel S10, de uso mais difundido, após aprovação de lei pelo Congresso que determinou a definição de um valor uniforme do tributo pelos Estados.

De acordo com o Comitê Nacional de Secretários da Fazenda dos Estados e Distrito Federal (Comsefaz), o convênio foi aprovado em reunião extraordinária do Confaz, que também prorrogou o congelamento das alíquotas sobre gasolina, etanol e gás de cozinha por mais 90 dias, até 30 de junho.

De acordo com a entidade, além da cobrança de valor fixo para o diesel, o convênio também prevê um subsídio de ajuste de equalização de carga que não ultrapassará a arrecadação em vigor. O objetivo é evitar que parte dos Estados aumente a tributação vigente hoje para atingir o valor fixo.

“Para que isso não ocorresse, os técnicos dos Estados trabalharam num modelo para chegar à proposta do Convênio ICMS hoje celebrado. () Ressalte-se que a arrecadação da média sugerida pela Lei Complementar e a do convênio será rigorosamente a mesma”, diz a nota.

A entidade usa como exemplo o Estado de Sergipe, que aplicará um subsídio de ajuste de R$0,0945 à alíquota uniforme. Na prática, isso resultará numa carga de R$0,9115 por litro de S10 para o Estado.

Segundo o Comsefaz, os efeitos do convênio para o ICMS do diesel serão válidos a partir de 1º de junho.

“O congelamento já reduziu em cerca de 1 bilhão de reais por mês os recursos de ICMS combustíveis para os Estados (250 milhões de reais por mês para municípios) até fevereiro de 2022. E a partir de março, com os preços médios ponderados atuais, reduzem receitas em cerca de 1,15 bilhão a cada mês para os Estados”, destacou.

Consumo de bens industriais cai 2,3% em janeiro, diz Ipea

O Indicador de Consumo Aparente de Bens Industriais, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), recuou 2,3% em janeiro deste ano, na comparação com o mês anterior. A queda veio depois de uma alta de 1,1% em dezembro.

De acordo com o indicador do Ipea, divulgado na quinta-feira (24), a produção brasileira destinada ao consumo nacional recuou 2,2%. A demanda interna por bens da indústria de transformação caiu 3,2%, enquanto o crescimento da extrativa mineral foi de 0,6%.

Apenas três dos 22 segmentos da indústria pesquisados tiveram aumento no período. O segmento de outros equipamentos de transporte apresentou o pior resultado, com recuo de 23,6%. Por outro lado, o segmento petróleo e derivados foi o destaque positivo, com alta de 2%.

Já a importação de bens industriais caiu 2,4% de dezembro para janeiro, segundo a pesquisa divulgada hoje.

O consumo aparente de bens industriais recuou 7,7% na comparação com janeiro de 2021 e 3,8% no trimestre encerrado em janeiro de 2022. No acumulado de 12 meses, no entanto, o indicador apresentou alta de 6,6%, com crescimentos de 2,7% dos bens nacionais e de 25,8% de bens importados.

CMN aprova resolução que lança oficialmente projeto Open Finance

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma resolução que lança oficialmente o projeto Open Finance. A ação substituirá o Open Banking, que prevê o compartilhamento de dados e serviços relacionados a produtos bancários, para prever também informações sobre serviços de credenciamento, câmbio, investimentos, seguros e previdência.

Com essa migração, o CMN e o Banco Central (BC) vão atualizar o tratamento regulatório para essa nova nomenclatura na Resolução Conjunta nº 1, de 2020, e, posteriormente, nos demais normativos relacionados, na medida em que forem sendo alterados.

“Espera-se com isso facilitar a compreensão por parte do público em geral, visto que a profusão de terminologias (Open Banking e Open Finance) torna o entendimento da iniciativa mais complexo, podendo, inclusive, afetar, por parte dos clientes, a predisposição à utilização de produtos e serviços”, informou o BC, em nota.

Além disso, a norma determina que o modelo de governança do Open Finance será definido pelo BC até 30 de junho.

“Considerando a experiência adquirida com a implementação da iniciativa até o momento, verificou-se a necessidade de explicitar algumas atribuições e deveres dessa estrutura para o monitoramento e a resolução de problemas decorrentes de descumprimentos pelas instituições de suas obrigações no âmbito do ecossistema do Open Finance”, afirmou a autoridade monetária.

A norma que criou o Open Finance incorporou à regulamentação dispositivos voltados a garantir o funcionamento do ecossistema. Entre eles estão boas práticas de governança, como políticas de controles internos, gestão de riscos, auditoria, transparência e de comunicação.

Declaração de Lula sobre Congresso ‘deformado’ é ‘ofensiva e sem fundamento’, diz Pacheco

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rebateu as críticas feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à composição atual do parlamento. Segundo Pacheco, a declaração de Lula foi “deformada, ofensiva e sem fundamento, fruto do início da disputa eleitoral”.

Em evento político no Paraná no sábado (19), Lula, que é pré-candidato à presidência da República nas eleições deste ano, afirmou que o Congresso nunca esteve tão “deformado”, “antipovo” e “submisso aos interesses antinacionais”.

Pacheco, em nota divulgada, diz que o Congresso “é a síntese dos defeitos e das qualidades de um Brasil construído por sucessivos governos”, e que os parlamentares da atual legislatura “entregaram reformas que estavam engavetadas há anos”.

O texto de Rodrigo Pacheco diz ainda que o Congresso “se posicionou fortemente em defesa da democracia”, “validou as urnas eletrônicas” e está “engajado na pauta antirracismo” e na defesa das mulheres.

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, também rebateu as falas de Lula em uma rede social.

“Congresso deformado? Pior da História? Esqueceu do Mensalão? Nunca na história deste país Câmara, Senado e um governo, do presidente Bolsonaro, se relacionaram tantos anos sem nenhum escândalo de corrupção. O povo conhece o presente e não esquece o passado”, escreveu Nogueira.

Moraes revoga determinação de suspensão do Telegram após aplicativo cumprir pendências

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes revogou no domingo (20) a determinação de suspensão do Telegram no Brasil após o cumprimento pelo aplicativo de ordens do STF que estavam pendentes, segundo informações da própria corte em seu site.

“Diante do exposto, considerado o atendimento integral das decisões proferidas em 17/3/2022 e 19/3/2022, revogo a decisão de completa e integral suspensão do funcionamento do Telegram no Brasil, proferida em 17/3/2022”, decidiu Moraes, segundo nota publicada no site do STF.

No sábado (19), o ministro do Supremo havia dado 24 horas para o Telegram, aplicativo muito usado pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, cumprir integralmente as decisões do STF, depois que o aplicativo tinha informado a execução parcial das mesmas.

Um dia antes, Moraes havia determinado a suspensão integral do Telegram no Brasil, a ser implementada em até 24 horas, a pedido da Polícia Federal, devido ao descumprimento de decisão do Supremo relativa ao bloqueio e desmonetização de contas ligadas ao blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que é considerado hoje foragido da Justiça no inquérito que investiga milícias digitais e produção de notícias falsas.

Posteriormente, em mensagem divulgada em seu canal oficial na plataforma, Pavel Durov, fundador do Telegram, publicou pedido de desculpas endereçado ao Supremo, “além de prestar informações sobre o cumprimento parcial das decisões”, segundo o despacho de Moraes no sábado (19).

Segundo nota do STF neste domingo, o Telegram indicou como representante legal no Brasil Alan Campos Elias Thomaz, que “tem acesso direto à nossa alta administração, o que garantirá nossa capacidade de responder as solicitações urgentes do Tribunal e de outros órgãos relevantes no Brasil em tempo hábil”, de acordo com informações do aplicativo.

O STF informou ainda que o Telegram comunicou que “tem feito monitoramento dos 100 canais mais populares no país; tem acompanhado a mídia brasileira; estabelecerá relações de trabalho com agências de checagem; restringirá postagem pública para usuários banidos por espalhar desinformação; além de atualizar termos de serviços e promover informações verificadas”.

Ainda segundo o Supremo, Durov ofereceu novo pedido de desculpas ao STF.

“Pedimos ao Tribunal que permita que o Telegram continue suas operações no Brasil, dando-nos a chance de demonstrar que melhoramos significativamente nossos procedimentos”, afirmou o aplicativo, segundo a nota do STF.

Até o momento, o Telegram é o único entre os principais aplicativos de mensagens e redes sociais que não fechou ainda uma colaboração com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com vistas à campanha eleitoral deste ano.

Reforma tributária não deve andar esse ano, administrativa talvez seja possível, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que a reforma tributária, uma das propostas de seu governo, não deve avançar este ano, mas considera que talvez seja possível aprovar a reforma administrativa.

Em entrevista a TV Jovem Pan, o presidente afirmou que conseguir aprovar as mudanças para os servidores seria “um grande avanço”, mas acrescentou que no caso da tributária seria “difícil andar”, especialmente em um ano eleitoral.

Ambas as propostas estão paradas no Congresso. No caso da proposta tributária, há mais de um projeto concorrente, que ainda estão nas comissões tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado.

Candidato em SP, Tarcísio Freitas diz que eleitor do interior vê ‘incoerência’ em união de Alckmin com Lula

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse, em entrevista ao programa “Em Foco”, na Globonews, que a tendência é se filiar ao PL para disputar o governo de São Paulo.

Ele afirmou que ainda não bateu o martelo e que não vê constrangimento em se filiar ao partido de Valdemar Costa Neto, que foi condenado no mensalão.

“Acho que problemas todos os partidos têm, as pessoas têm, as pessoas pagam pelos seus erros, aprendem, e têm que ter oportunidade de recomeçar. Eu acredito no recomeço, acredito na nova caminhada. Hoje, tenho uma excelente relação com todos”.

Tarcísio, que vai deixar o governo para disputar o Palácio dos Bandeirantes, vai ter como adversário, entre outros, Fernando Haddad (PT). Uma das estratégias do PT é usar o ex-governador Geraldo Alckmin como cabo eleitoral para angariar votos no interior de São Paulo – reduto tradicional do PSDB, partido pelo qual Alckmin se elegeu para o governo do Estado algumas vezes.

Para Tarcísio, no entanto, o movimento de Alckmin de se unir ao ex-presidente Lula soa “incoerente”.

“Tenho respeito muito grande por ele, pelo que construiu. No entanto, entendo que essa guinada que deu não foi compreendida por seu eleitorado, conservador, mais à direita, liberal na economia. Acho que ninguém compreendeu exatamente esse movimento. Então, quando ando, sobretudo no interior, e começo a conversar com as pessoas, tenho feito aí muita conversa com muita gente, ninguém compreende exatamente a razão pela qual ele fez essa derivação e mostra certa incoerência”.

Governo bloqueia R$ 1,72 bilhão do Orçamento de 2022

A possibilidade de estouro no teto de gastos fez o governo contingenciar (bloquear) R$ 1,722 bilhão do Orçamento de 2022, anunciou há pouco o Ministério da Economia. Segundo a pasta, o bloqueio será necessário para recompor despesas com o funcionalismo público, que estavam subestimadas, e aumentar subsídios.

O bloqueio de verbas foi divulgado no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, documento que orienta a execução do Orçamento e é publicado a cada dois meses. A distribuição dos cortes pelos órgãos do Poder Executivo Federal será divulgada em decreto presidencial a ser editado até o fim do mês.

O contingenciamento é bastante inferior ao corte de R$ 28,9 bilhões do Orçamento de 2021. No primeiro Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do ano passado, foram vetados (definitivamente cancelados) R$ 19,8 bilhões em gastos e contingenciados (bloqueados temporariamente) R$ 9 bilhões. Nos quatro meses seguintes, o valor bloqueado foi totalmente liberado.

De acordo com o relatório, a estimativa de despesas com o funcionalismo federal para este ano foi revisada de R$ 336,102 bilhões para R$ 338,551 bilhões, alta de R$ 2,448 bilhões. A previsão de gastos com subsídios, entre os quais estão englobados o Plano Safra, foi revisada de R$ 13,378 bilhões para R$ 18,472 bilhões, aumento de R$ 5,094 bilhões.

Os aumentos em alguns gastos foram compensados em parte pela revisão de outras despesas, como o abono salarial e o seguro desemprego (-R$ 1,446 bilhão) e demais despesas obrigatórias (-R$ 2,105 bilhões). Mesmo assim, as novas estimativas estourariam o teto de gastos em R$ 1,722 bilhão, o que justifica o bloqueio dos recursos.

STJ condena Dallagnol a pagar R$ 75 mil em danos morais a Lula

Por 4 votos a 1, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou o ex-procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol ao pagamento de R$ 75 mil em danos morais ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O colegiado julgou um recurso da defesa do ex-presidente contra decisões de instâncias inferiores que rejeitaram o pedido de indenização pelo conteúdo de uma coletiva de imprensa, realizada em 2016, na qual o ex-procurador divulgou a denúncia apresentada na Operação Lava Jato.

Cristiano Zanin, advogado de Lula, questionou a conduta funcional de Deltan Dallagnol. Segundo ele, o ex-procurador e outros integrantes da Lava Jato usaram uma apresentação de Power Point para acusar o ex-presidente de atuar como “comandante e maestro de uma organização criminosa”.

Pelos fatos, os advogados pediram o pagamento de R$ 1 milhão em danos morais. Zanin também destacou que a denúncia foi arquivada recentemente pela Justiça e ocorreu após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou o ex-juiz Sergio Moro suspeito para julgar o ex-presidente.

Ao julgar a questão, o relator do caso, ministro Luis Felipe Salomão, votou a favor da condenação e citou que o procurador usou termos desabonadores e linguagem não técnica em relação ao ex-presidente.

“Revela-se inadequada, evidenciando o abuso do direito, a conduta do recorrido a caracterizar o ora recorrente comandante máximo do esquema de corrupção e maestro da organização criminosa, assim como ao anunciar a imputação de fatos que não constavam do objeto da denúncia”, disse o relator.

Salomão concluiu pelo pagamento de indenização no valor de R$ 75 mil, que pode passar de R$ 100 mil após juros e correções. O voto foi seguido pelos ministros Raul Araújo, Marco Buzzi e Antonio Carlos Ferreira. A ministra Isabel Gallotti divergiu do relator.

PSDB faz última ofensiva por Leite, que ainda não decidiu se migra para o PSD

Diferentes lideranças do PSDB passaram os últimos dias tentando convencer Eduardo Leite a permanecer no partido com vários argumentos. Um setor, liderado por adversários de João Doria, vendem a Leite que, se ele ficar no PSDB, ele pode ser o candidato à Presidência da República em um desenho em que Doria renunciaria à candidatura ao Palácio do Planalto.

Já João Doria, em diferentes conversas com aliados, nega qualquer pretensão em abrir mão da candidatura por Leite. Repete que, no meio do ano, pode abrir mão da candidatura, mas por um outro nome da terceira via, como Simone Tebet ou Sergio Moro, se algum desses estiver melhor posicionado nas pesquisas.

Mas Doria, assim como seus adversários no partido, defendem a permanência de Leite no PSDB, mesmo que por argumentos diferentes.

O PSD de Gilberto Kassab usa exatamente esse jogo de interesses do PSDB entorno de Leite para convencê-lo a migrar: integrantes do PSD dizem a Leite que, se ele ficar no PSDB, deve ficar para seguir no governo do Rio Grande do Sul, e não abrir mão do controle do Estado à espera de uma candidatura à Presidência República do partido, hoje com Doria.

Kassab, em todas as conversas com Leite, assegura que no PSD ele será candidato à Presidência da República.

Leite, no entanto, ainda não tomou uma decisão. Repete a quem lhe pergunta que as movimentações do PSDB o sensibilizam, mas que pretende tomar uma posição até o fim desta semana.

Senado aprova política nacional de fomento à cultura

O Senado aprovou o projeto de lei que institui a política nacional de fomento ao setor cultural, com duração de cinco anos. Batizada de Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, o Projeto de Lei 1518/2021 0prevê repasses anuais de R$ 3 bilhões da União a estados e municípios para ações no setor. O texto segue para sanção presidencial.

A política é voltada para trabalhadores da cultura, entidades e pessoas físicas e jurídicas que atuem na produção, difusão, promoção, preservação e aquisição de bens, produtos ou serviços artísticos e culturais, incluindo o patrimônio cultural material e imaterial. Ao todo, 17 grupos de atividades culturais poderão ser contemplados.

Estados e municípios devem aplicar 80% dos recursos recebidos em ações de apoio ao setor cultural por meio de editais, chamadas públicas, prêmios e compras de bens e serviços culturais, além de subsídio para manutenção de espaços artísticos e ambientes culturais que desenvolvam atividades regulares e de forma permanente em seus territórios e comunidades.

O restante 20% do dinheiro deve ser repassado diretamente em ações de incentivo a programas, projetos e ações de democratização do acesso à produção artística e cultural em áreas periféricas urbanas e rurais, bem como povos e comunidades tradicionais.

Para receber a verba, os entes federativos devem comprovar que já investem em cultura com recursos próprios um valor não inferior à média dos valores consignados nos últimos três exercícios.

O projeto de lei foi inspirado na Lei Aldir Blanc, criada e aprovada pelo Congresso para prestar assistência emergencial ao setor cultural durante a pandemia da Covid-19. No período, atores, músicos, artistas plásticos e produtores culturais não puderam promover ou participar de eventos. A Política Nacional Aldir Blanc veio dessa ideia, mas conferindo estabilidade e um prazo mais longo, de cinco anos, de estímulo financeiro ao fomento da arte no país.

União Brasil e Ciro Gomes ensaiam aproximação

De forma reservada, caciques do União Brasil iniciaram conversas com o pré-candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes. Um setor do novo partido liderado por ACM Neto, ex-prefeito de Salvador, tem defendido essa aproximação.

Na noite de quarta-feira (23), houve um jantar em Brasília que contou com a participação do próprio Ciro Gomes, ACM Neto, o deputado Luciano Bivar, presidente do União Brasil, e Carlos Lupi, presidente do PDT.

“Estamos tentando avançar na construção de uma nova via. Combinamos de Bivar fazer articulação com outros candidatos, como Simone Tebet e Eduardo Leite para discutir futuro do Brasil. Estamos tentando o apoio deles à candidatura do Ciro. Foi dado ao Bivar o poder de marcar, não temos veto a nenhum nome para conversar. Devemos voltar com as conversas depois do fim do prazo de filiação”, disse Lupi ao G1.

Nos últimos meses, o União Brasil já ensaiou um namoro com a pré-candidatura de Sérgio Moro, do Podemos. E, mais recentemente, a nova legenda que surgiu da fusão entre PSL e DEM iniciou um diálogo com o MDB e o PSDB em busca de uma candidatura única.

“Foi delegado a mim conversar com todos que são do campo democrático e estão dispostos a se sentar na mesa para criar essa via. Estive com a senadora Simone Tebet (pré-candidata do MDB) e, depois, jantei com Lupi e Ciro, que pode emprestar muito da sua inteligência a esse projeto. São gestos importantes. Estamos dialogando com todos”, disse Luciano Bivar ao G1.

Antigas lideranças do DEM avaliam que Ciro Gomes pode ser uma alternativa aos nomes da terceira via que não decolaram até aqui. O próprio ACM Neto tem mantido contato permanente com Ciro.

A relação entre os dois é uma antiga. Em 2002, o então PFL, liderado pelo senador Antonio Carlos Magalhães, decidiu abandonar a candidatura do tucano José Serra para apoiar o ex-ministro Ciro Gomes ao Palácio do Planalto.

STF determina abertura de inquérito contra ministro da Educação

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia acatou pedido do procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, e determinou a instauração de inquérito contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, para apurar a suposta liberação de recursos da pasta mediante a atuação de pessoas sem vínculo com o ministério.

A ministra também deferiu os pedidos do PGR para que o ministro e possíveis envolvidos sejam ouvidos, assim como prefeitos que relataram a suposta cobrança de propina para a liberação de recursos, além de determinar a expedição dos autos à Polícia Federal e estabelecer um prazo máximo de 30 dias para diligências pela autoridade policial.

“Há de se investigar e esclarecer, de forma definitiva, a materialidade e a autoria das práticas com elementos objetivos e subsídios informativos definidos nos termos da legislação vigente, para se concluir sobre a autoria, os contornos fáticos e as consequências jurídicas a serem determinadas pelas condutas descritas na notícia de crime informada pela Procuradoria-Geral da República”, diz a ministra, na decisão.

“As circunstâncias expostas, que evidenciariam ocorrência de práticas delituosas a serem apuradas com o prosseguimento de ação penal pública incondicionada, tornam indispensável, segundo a manifestação do Ministério Púbico, o aprofundamento da investigação dos noticiados crimes”, argumenta Cármen Lúcia na peça.

Na quinta-feira (24), o procurador-geral encaminhou o pedido de abertura de investigação, a partir de representações protocoladas na PGR, após reportagem do jornal Folha de S.Paulo na segunda-feira (21).

O jornal divulgou áudio em que o ministro afirma priorizar, após atender localidades com necessidade, prefeituras cujos pedidos de liberação de verba sejam negociados por dois pastores, prática que ocorreria a pedido do presidente Jair Bolsonaro, em vez de seguir critérios objetivos e técnicos. Na gravação, Milton também cita pedidos de apoio supostamente direcionados para construção de igrejas.

No pedido enviado ao STF, Aras mencionou outras reportagens sobre o assunto, incluindo denúncia de um prefeito de que um dos pastores teria pedido “1 quilo de ouro” como pagamento por demanda atendida.

Controlador da Aliansce Sonae passa a ser maior acionista da brMalls

O Canada Pension Plan Investment Board, principal acionista da Aliansce Sonae, adquiriu ações ordinárias da brMalls representativas a 10,24% do capital social da companhia, segundo comunicado ao mercado na segunda-feira (21), tornando-se o principal acionista.

A brMalls possui o capital pulverizado, isto é, sem a figura de um único acionista ou grupo controlador. Segundo o site de Relações com Investidores da companhia, o Capital Group Company detém 10% das ações ordinárias, enquanto a gestora Squadra possui 9,5%. As participações do CPPIB e Aliansce Sonae somavam, antes do anúncio de hoje, 7,9% do capital social da brMalls.

O CPPIB e a Aliansce Sonae têm adquirido ações da brMalls desde meados de janeiro, quando a Aliansce fez a primeira proposta de fusão com a administradora de shoppings.

O conselho da brMalls, no entanto, já recusou duas propostas, justificando que os valores foram baixos e que os termos financeiros não geram valor ao acionista.

Na última sexta-feira (18), o diretor-presidente da brMalls, Ruy Kameyama, disse que não espera uma postura ativista da Aliansce Sonae enquanto detentora de fatia relevante da companhia.

Questionado sobre o que faria caso a Aliansce utilizasse os direitos de acionista para acelerar o processo de fusão nos termos propostos, Kameyama afirmou que deve “fazer de tudo para proteger os minoritários”.

Após a notícia, perto das 11h45, os papéis ordinários da brMalls (BRML3) recuavam 0,70%, cotados a R$8,57, enquanto os da Aliansce Sone (ALSO3) caíam de 1,01%, a R$20,61.

MRV inaugura usina de energia solar na Bahia

A construtora MRV inaugurou na segunda-feira (21), uma usina solar fotovoltaica com capacidade de gerar 490 megawatt-hora (MWh) por ano, suficiente para abastecer quase a metade da população de Lapão, na Bahia, que tem 27 mil moradores, onde o empreendimento está situado.

Ao todo, foram instalados, numa área de 3,2 mil metros quadrados, 800 painéis fotovoltaicos, capazes de gerar uma economia de R$ 300 mil por ano.

Segundo a companhia, a maior parte da geração será destinada ao abastecimento de unidades da construtora, como obras, escritórios, lojas e demais estruturas físicas presentes. No entanto, a companhia afirmou que, até o final do ano, uma parcela de clientes também poderá ser contemplada.

Esta é a segunda usina solar da MRV. A primeira fica em Uberaba, em Minas Gerais, e está em operação desde novembro de 2021, gerando mais de 1.000.000 quilowatt-hora (kWh) por ano.

M. Dias Branco mantém apetite por aquisições em 2022

A M. Dias Branco mantém a intenção de realizar fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), afirmou o vice-presidente de Investimentos e Controladoria da empresa, Gustavo Theodozio. “Não temos nada transformacional no radar, mas temos coisas importantes que mostram a nova direção da M. Dias para maior margem, novas categorias, então acho que podemos esperar movimentos inorgânicos”, disse o executivo, durante teleconferência com analistas e investidores.

Para Theodozio, a crise atual pode fazer com que surjam negócios que não estavam nos planos da companhia. “Estamos em constantes conversas com bancos de investimento do Brasil e fora, acompanhando de perto o mercado e as oportunidades.”

O executivo lembrou ainda que, apesar da alta de custos, a companhia conseguiu reduzir a alavancagem ano a ano e conseguiu fazer distribuição extraordinária de Juros sobre o Capital Próprio (JCP). “Nosso caixa continua super robusto”, disse.

A M. Dias Branco informou que não corre perigo de desabastecimento agora, apesar da guerra entre Rússia e Ucrânia, dois grandes produtores de trigo. “Não enxergamos esse risco”, disse Theodozio. “Continuamos tendo acesso a vários volumes para agora e futuros. Não passou a fazer parte da nossa agenda, não contamos com isso.”

O diretor de Novos Negócios e Relações com Investidores da M. Dias Branco, Fabio Cefaly, afirmou que a companhia não compra trigo nem da Rússia e nem da Ucrânia, e que as maiores origens da companhia são Argentina, Brasil, Estados Unidos e Canadá. “Além disso, a M. Dias tradicionalmente tem quatro meses de estoque, o que dá flexibilidade de olhar a situação com tranquilidade para tomar medidas adequadas no momento certo”, disse.

Quanto aos custos, Cefaly lembrou que, apesar da forte valorização do trigo em dólar, a apreciação do real frente à moeda norte-americana ajudou a atenuar a alta de custos da companhia.

Para 2022, empresa estima que a pressão de custos será ainda maior do que em 2021, portanto, não é possível prever se eventuais ganhos de produtividade serão suficientes para melhorar a relação despesa/receita líquida. Em uma projeção conservadora, a companhia espera manter o patamar das expectativas para 2021.

Faturamento do setor de turismo tem alta de 22,9% em janeiro

O faturamento das empresas nacionais do setor do turismo atingiu R$ 15,3 bilhões em janeiro, 22,9% a mais que o registrado no mesmo mês de 2021. Já em comparação a janeiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19, o resultado foi 19,2% inferior.

Os dados, divulgados na terça-feira (22), são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

“Embora o setor tenha sido prejudicado pela variante Ômicron, a movimentação de turistas em razão do período tradicional de férias escolares ajudou a impulsionar o resultado do mês, além da base fragilizada de comparação”, diz o texto de nota explicativa da entidade.

De acordo com o levantamento da FecomercioSP, o resultado de janeiro foi influenciado principalmente pela aviação, que cresceu 60,6% no primeiro mês do ano, no contraponto anual. Contudo, o faturamento do setor aéreo foi 13,6% inferior ao patamar pré-pandemia.

O grupo serviços de alojamento e alimentação registrou o segundo maior crescimento em janeiro, alta de 14,7% na comparação anual, mas 19,2% abaixo do nível de faturamento pré-pandêmico. Já as atividades culturais, recreativas e esportivas registraram crescimento anual de 10,4%, mas queda de 21,6% em relação a janeiro de 2020.

Lucro líquido do IRB salta mais de 6 vezes em janeiro com efeito extraordinário

O ressegurador IRB Brasil registrou lucro líquido de 114,1 milhões de reais em janeiro de 2022, um forte avanço ante o valor de 17,9 milhões de reais obtidos um ano antes, impactado por ganho não-recorrente, disse a empresa em comunicado na terça-feira. Os dados não foram auditados.

O avanço de quase 6,4 vezes no lucro mensal foi influenciado pelo ganho de ação judicial com efeito no resultado antes de impostos de 110,2 milhões reais no primeiro mês deste ano.

A companhia apurou um avanço de 25,8% nos prêmios emitidos no período, para aproximadamente 1 bilhão de reais, enquanto as despesas com sinistros tiveram leve alta de 290,1 milhões de reais para 293,9 milhões de reais na mesma comparação.

Positivo prevê aumento de até 50% da receita em 2022

A Positivo prevê alta de até 50% de suas receitas em 2022, uma vez que a crescente demanda por eletrônicos por parte de governos, além de contratos para eleições tende a compensar a queda das vendas de dispositivos para o varejo.

A companhia nacional de tecnologia em hardware divulgou nesta terça-feira que espera ter neste ano uma receita bruta de 5 bilhões a 6 bilhões de reais. No ponto médio, o aumento seria de cerca de 38% sobre os 3,986 bilhões de reais obtidos em 2021.

Só na unidade de negócios com instituições públicas, a Positivo espera 2 bilhões de reais de receitas oriundas de licitações já ganhas, especialmente envolvendo fornecimento de produtos eletrônicos para educação pública, além de 900 milhões de reais com urnas eletrônicas.

A empresa também estima receita crescente na venda de terminais de pagamentos para clientes como Cielo e StoneCo, disse à Reuters o presidente-executivo, Hélio Rotenberg.

“No conjunto, os setores público e empresarial devem continuar compensando as vendas mais fracas do varejo”, disse.

Após um saldo nas vendas de computadores, telefones celulares e tablets no varejo durante parte de 2020 e 2021, na esteira das medidas de isolamento social, a Positivo registrou forte queda no varejo no final do ano passado, com a gradual flexibilização do lockdown. As vendas no varejo representam 46% da receita bruta da companhia. Já o faturamento com empresas teve leve declínio de 0,8%.

Em contrapartida, os “governos tiveram uma sensação maior de urgência no uso de dispositivos, como tablets, na educação de alunos da rede pública”, afirmou Rotenberg.

Além disso, a Positivo venceu em dezembro um contrato para fornecer 176 mil urnas eletrônicas para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referente às eleições de 2024.

Assim, enquanto as receitas da empresa no varejo caíram 24,6% no quarto trimestre, na comparação anual, as vendas para instituições públicas deram um salto de 150,4% e levando a participação do segmento no total faturado para 33%.

No conjunto, a receita líquida da Positivo de outubro a dezembro somou 1,07 bilhão de reais, aumento de 21,2% sobre um ano antes.

Por outro lado, o resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação (Ebitda) recorrente, de 92,3 milhões de reais, foi 2,9% inferior, enquanto a margem Ebitda recuou 2,1 pontos percentuais, a 8,6%.

Já o lucro líquido recorrente deu um salto de 279,6%, a 41,85 milhões de reais.

CNI volta a registrar queda de confiança do empresariado na economia

O Índice de Confiança do Empresário Industrial por setor, da Confederação Nacional da Indústria, caiu em 22 dos 29 setores industriais analisados. O principal motivo é a piora na percepção do momento atual da empresa e da economia. Apesar disso, o ICEI dos 29 setores ficou em 50 pontos, acima da linha de corte, que separa a confiança da falta de confiança. Foram entrevistadas 2.249 empresas, sendo 894 pequeno porte, 822 médio porte e 533 de grande porte.

O maior recuo da confiança ocorreu no segmento de máquinas, aparelhos e materiais elétricos. O ICEI do setor passou de 58,7 pontos em fevereiro para 53,3 pontos em março. De acordo com o gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, o índice para esse setor seguiu acima de 55 pontos entre junho de 2021 e fevereiro de 2022, alcançando 65,1 ponto em agosto de 2021.

“Mas em março houve uma piora significativa na percepção das condições da empresa e da economia.  O setor só segue confiante, porque as expectativas para os próximos seis meses se mantêm um pouco acima da linha de corte”, explica.

Mercado Pago vai lançar saque e depósito via PIX

O Mercado Pago vai passar a processar saques e depósitos em espécie a partir de abril por meio do PIX, à medida que o braço de serviços financeiros do Mercado Livre lança mão de unidades físicas do grupo para engajar sua base de milhões de usuários expandida durante a pandemia no Brasil.

O serviço vai ser oferecido inicialmente por um programa piloto na cidade de São Paulo e deve gradualmente ser ampliado no segundo trimestre para cerca de 2,8 mil lojas pelo país que vendem por meio do marketplace do Mercado Livre. Depois, o Mercado Pago planeja ter o serviço na rede de lotéricas, alcançando 14,5 mil unidades pelo país.

Segundo o vice-presidente do Mercado Pago, Tulio Oliveira, a iniciativa atende a uma demanda de clientes que querem fazer algumas transações em espécie, enquanto permite que lojistas parceiros tenham uma possibilidade de faturamento extra.

A operação de saque na rede credenciada será tarifada, mas o Mercado Pago não divulgou um valor, deixando para os lojistas credenciados alguma flexibilidade para definir a tarifa.

A iniciativa surge no momento em que, após um crescimento explosivo nos últimos dois anos devido a medidas de isolamento social, grandes portais de comércio eletrônico e de serviços financeiros no Brasil buscam meios de engajar clientes e ampliar opções para monetizar seus negócios, alguns ainda deficitários.

Com cerca de 34 milhões de usuários únicos no fim de 2021, o Mercado Livre teve prejuízo de 46,1 milhões de dólares no quarto trimestre, ante prejuízo de 50,6 milhões um ano antes.

“Desde o ano passado, nosso foco tem sido crescimento com rentabilidade”, disse Oliveira a jornalistas nesta quinta-feira, na sede da companhia no Brasil, em São Paulo.

Uma das divisões que cresce no conglomerado, o Mercado Pago deve receber uma parte dos cerca de 17 bilhões de reais do investimento anunciado pelo Mercado Livre para o Brasil em 2022.

Segundo Oliveira, além de ampliar contratações, hoje o Mercado Pago tem cerca de 500 funcionários, a maioria engenheiros de software, a companhia usará os recursos para marketing e lançamento de novos produtos financeiros, como crédito, seguros e investimentos.

Um deles será lançado em abril, o primeiro CDB do Mercado Pago a ser vendido diretamente para o varejo.

“Esse será um primeiro produto mais simples, depois lançaremos outros”, adicionou Oliveira, declinando de dar mais detalhes.

Taxa de empreendedorismo voltou a cair no Brasil em 2021

Após ter perdido 9,4 milhões de empreendedores ao longo de 2020, o Brasil voltou a registrar queda da taxa nacional de empreendedorismo total em 2021. Segundo o relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizado pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade, o número de pessoas entre 18 e 64 anos de idade que, no ano passado, tinham seu próprio negócio formal ou fizeram algo para abri-lo não passou de 43 milhões. Um ano antes, este resultado chegava a 44 milhões. E em 2019, a 53,4 milhões de pessoas.

Apesar de “ligeira” se comparada à de 2020, a queda verificada no último ano foi suficiente para que, em 2021, a Taxa de Empreendedorismo Total (TTE) chegasse ao patamar mais baixo desde 2013. A taxa indica o percentual da população adulta ocupada como empreendedor. Em 2021, a proporção foi de 30,4%, contra 31,6% em 2020 e 38,7% em 2019, quando foi registrado o mais alto índice após 2015 (39,3%).

Apesar do resultado negativo, o Brasil ascendeu duas posições no ranking global em termos de taxa de empreendedorismo total, subindo do sétimo lugar ocupado em 2020, para o quinto lugar em 2021, ficando atrás apenas da República Dominicana (45,2%); Sudão (41,5%); Guatemala (39,8%) e Chile (35,9%). Entre 47 países listados no relatório, o Canadá ocupa o oitavo lugar das nações com maiores taxas de empreendedorismo (27,4%); os Estados Unidos a 14ª posição (24,5%) e a Noruega o último lugar, com apenas 6,6% da população adulta empreendendo.

Um dado considerado positivo pelo Sebrae foi a volta do crescimento dos chamados empreendedores estabelecidos, ou seja, aqueles que estão à frente de um negócio há mais de 3,5 anos. Após dois anos em queda, a taxa teve um incremento de 1,2 ponto percentual e passou de 8,7% da população adulta, em 2020, para 9,9%, em 2021.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

Analistas preveem que a Selic, taxa básica de juros da economia, principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação, pode chegar a 14% em 2022.

Como em um efeito dominó, o conflito militar no leste europeu provocou o choque nos preços das commodities em função das pressões inflacionárias constantes, sobretudo para o petróleo e grãos. Diante disso, os analistas preveem um ciclo de aperto monetário prolongado e confirmam que a Selic pode chegar a 14% até o final do ano, conforme publicado pelo Correio Braziliense.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (28), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 13,00%, ante 13,00% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (28), a projeção para o IGP-M ficou em 10,88%, ante 10,50% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O Banco Central manteve suas estimativas de inflação para anos de 2022 e 2023 no cenário de referência, que utiliza juros conforme o Relatório de Mercado Focus e câmbio atualizado de acordo com a Paridade do Poder de Compra (PPC). No documento de hoje, esse cenário foi chamado de “Cenário B” pela autoridade monetária.

Segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado na quinta-feira (24), este cenário indica um IPCA de 7,1% para este ano e 3,4% no próximo. Essas projeções constaram na ata e no comunicado do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom). No RTI, o BC ainda informou projeção de 2,4% para 2024, de 2,6% no documento de dezembro. A estimativa para 2022 encontra-se muito acima da margem de tolerância da meta de 3,50% (com teto de 5,00%). Para 2023, a meta é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (taxa de 1,75% a 4,75%). Já para 2024, o objetivo é de 3,0%, com tolerância de 1,5% a 4,5%. A meta para 2025 ainda não foi definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (28), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 6,86%, ante 6,59% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

Análise de dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos anos sinaliza que o piso para o crescimento da atividade no Brasil em 2022 é de 0,83%, patamar mais alto que as projeções do mercado, aponta levantamento da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, que estima um teto de 1,70% no cenário mais otimista.

A avaliação considerou a projeção para o PIB no primeiro trimestre deste ano em três cenários distintos, além das médias históricas para os três últimos trimestres.

“Usando as projeções de mercado para o primeiro trimestre e voltando para a média histórica recente, o crescimento para este ano parece estar limitado, no pior cenário, em torno de 0,8%”, disse à Reuters o subsecretário de Política Macroeconômica do Ministério da Economia, Fausto Vieira.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (28), a projeção para o PIB ficou em 0,50%, ante 0,50% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (21), o Ibovespa fechou em alta, pela quarta sessão consecutiva e voltou a fechar acima dos 116 mil pontos depois de seis meses, apesar da queda das ações em Wall Street por postura mais dura do presidente do banco central norte-americano contra inflação. Vale, Petrobras e Itaú Unibanco puxaram a alta do Ibovespa, enquanto Suzano e B3 ficaram na ponta oposta. O índice Ibovespa teve alta de 0,73%, a 116.154,53 pontos. O volume financeiro somou R$ 25,7 bilhões.

Na terça-feira (22), o Ibovespa fechou em alta, com impulso do setor financeiro e ações ligadas ao consumo doméstico em meio a humor favorável ao risco nos mercados globais. A ata da última reunião de política monetária do Banco Central também movimentou a sessão. O índice Ibovespa teve alta de 0,96%, a 117.272,44 pontos. O volume financeiro somou R$ 33,7 bilhões.

Na quarta-feira (23), o Ibovespa fechou em alta, na contramão de Wall Street, ainda que tenha fechado longe das máximas. As ações de petrolíferas e dos setores varejista e imobiliário avançaram, enquanto papéis de frigoríficos cederam na ponta oposta. O índice Ibovespa teve alta de 0,15%, a 117.452,58 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,5 bilhões.

Na quinta-feira (24), o Ibovespa fechou em alta, apoiada no desempenho positivo em Wall Street e no alívio na curva de juros local. Vale e Magazine Luiza foram as principais contribuições positivas ao índice, enquanto a operadora de saúde Hapvida ficou na ponta oposta. O índice Ibovespa teve alta de 1,36%, a 119.052,91 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,5 bilhões.

Na sexta-feira (25), por volta das 12h10, o índice Ibovespa operava em alta de 0,18%, a 119.269,73 pontos. O Ibovespa registrava avanço nesta sexta-feira (25), à medida que novo alívio na curva de juros local, mesmo após dado de inflação de março acima do esperado, contrapunha desempenho sem direção única em Wall Street e queda de papéis de commodities. Ações do setor financeiro e ligadas à economia doméstica puxavam o índice, enquanto Vale, Suzano (SA:SUZB3) e Klabin estavam entre os destaques de baixa. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 0,024%, a 119.081,13 pontos. O volume financeiro somou R$ 35 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (25), por volta das 12h05, o dólar registrava queda de 1,45%, cotado a R$ 4,7617 na venda. O dólar caía pela oitava sessão seguida frente ao real nesta sexta-feira (25), a caminho de registrar sua quarta desvalorização semanal seguida, e a décima no ano, em meio ao constante fluxo de investimentos estrangeiros para o Brasil, que oferece uma taxa de juros atraente.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (25) cotado a R$ 4,7473, a migração de capitais externos para a América Latina e os juros altos fizeram o dólar cair pela oitava vez seguida e atingir o menor valor desde o início da pandemia de Covid-19.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
28/03/2022