Cenário Econômico Nacional – 04/04/2022

Cenário Econômico Nacional – 04/04/2022

Cenário Econômico Nacional – 04/04/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Falta de recursos ameaça travar programas do governo de financiamento à exportação

A restrição de recursos nas contas do governo federal está prejudicando programas oficiais de apoio à exportação, travando garantias e colocando em risco financiamentos, segundo informações do Ministério da Economia e dados reunidos por representantes da indústria.

As dificuldades envolvem o Fundo de Garantia à Exportação (FGE), que oferece uma espécie de seguro a empresas que vendem para destinos fora do país, e o Proex Equalização, programa no qual o governo arca com custos envolvidos nos financiamentos para reduzir os juros pagos pelos exportadores.

Os principais setores contemplados por esses mecanismos são os que envolvem produtos de maior valor agregado e dependem mais de financiamentos de médio e longo prazo, de maior risco, como máquinas e equipamentos, aeronáutico, automotivo, ferroviário e defesa. Os exportadores de commodities, principalmente agrícolas, são atendidos por outros programas próprios de financiamento.

O Ministério da Economia reconhece limitações e problemas nos programas e diz que tem buscado alternativas para que sejam feitas recomposições orçamentárias.

No caso do Proex Equalização, dados reunidos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que o programa teve o Orçamento de 2022 aprovado em 1,36 bilhão de reais, mas, logo no início do ano, 500 milhões dessa verba foram deslocados para bancar o Plano Safra, voltado a financiamentos do agronegócio.

Segundo a CNI, como 800 milhões de reais já haviam sido contratados, o programa está paralisado por falta de recursos

Em 2021, o orçamento do Proex Equalização foi de 1,06 bilhão de reais.

Tesouro Direto registra R$ 3,1 bilhões em vendas em fevereiro

O total de investidores ativos no Tesouro Direto chegou, em fevereiro, a 1.862.785, informou na segunda-feira (28) o Tesouro Nacional. No mês passado, houve um aumento de 35.393 investidores. Já o número de investidores cadastrados no programa aumentou em 430.444, crescimento de 75,53% em relação a fevereiro de 2021, atingindo a marca de 17.369.623 pessoas.

De acordo com balanço, no mês de fevereiro foram realizadas 494.189 operações de investimento em títulos do Tesouro Direto, no valor total de R$ 3,19 bilhões.

As aplicações de até R$ 1 mil representaram 62,18% das operações de investimento no mês. O valor médio por operação foi de R$ 6.448,42.

O título que mais atraiu os investidores foi Tesouro Selic, indexado à taxa básica de juros, que totalizou, em vendas, R$ 1,9 bilhão e correspondeu a 59,76% do total. Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais) somaram R$ 918,37 milhões e corresponderam a 28,82% das vendas, enquanto os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) totalizaram R$ 364,07 milhões em vendas, ou 11,42% do total.

“Nas recompras (resgates antecipados), predominaram os títulos indexados à taxa Selic, que somaram R$ 784,76 milhões (52,40%). Os títulos remunerados por índices de preços (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais e Tesouro IGPM+ com Juros Semestrais) totalizaram R$ 446,06 milhões (29,79%), os prefixados, R$ 266,78 milhões (17,81%)”, informou o Tesouro.

Com o resultado de fevereiro, o investimento fechou o estoque em R$ 83,19 bilhões, um aumento de 2,82% em relação ao mês anterior, quando foi registrado um estoque de R$ 80,91 bilhões.

Desse montante, 55% corresponde a títulos remunerados por índices de preços, que somaram R$ 45,76 bilhões. Na sequência, vêm os títulos indexados à taxa Selic, totalizando R$ 23,30 bilhões (28,01%), e os títulos prefixados, que somaram R$ 14,13 bilhões, com 16,98% do total.

Quanto ao perfil de vencimento dos títulos em estoque, a parcela com vencimento em até 1 ano fechou o mês em R$ 2,80 bilhões, ou 3,37% do total. A parcela do estoque vincendo de 1 a 5 anos foi de R$ 51,35 bilhões (61,73%) e o percentual acima de 5 anos somou R$ 29,03 bilhões (34,90%).

Ministro da Economia reafirma compromissos do Brasil para tornar-se membro da OCDE

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou os compromissos do Brasil com as diretrizes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em reunião com o secretário-geral da entidade, Mathias Cormann, em Paris, Guedes mencionou os esforços do governo para avançar no processo de adesão do país ao grupo, que reúne as economias mais industrializadas do planeta.

Segundo o Ministério da Economia, Guedes destacou que a acessão do Brasil à OCDE contribuirá de forma positiva ao processo de modernização econômica e regulatória em curso no Brasil. O ministro apontou o trabalho realizado pelo Ministério da Economia nas áreas tributária, financeira e de investimentos.

Em janeiro, a OCDE formalizou o convite para que o Brasil faça parte da organização. Segundo o Ministério da Economia, o Brasil está em estágio avançado de convergência com a OCDE, tendo aderido a 104 dos 251 instrumentos normativos do organismo internacional.

De acordo com a Secretaria de Assuntos Internacionais da pasta, o processo de adesão está mais acelerado que o de outros países convidados a integrar o grupo ou que atuam como parceiros-chave, como Argentina (51 instrumentos), Romênia (53), Peru (45), Bulgária (32) e Croácia (28).

Há duas semanas, o governo anunciou a redução gradual do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o câmbio, medida exigida dos países que querem integrar a OCDE. O tributo será diminuído em etapas, até ser zerado em 2028 para todas as operações cambiais.

Também em Paris, Guedes reuniu-se com o secretário-geral da Câmara Internacional do Comércio (CIC), John Denton. No encontro, o ministro mencionou a tramitação da agenda de reformas regulatórias e comerciais que pretendem diminuir a burocracia e estimular o comércio exterior. Ele também destacou a entrada de investimentos externos decorrente do programa de concessões. Segundo Guedes, nos últimos três anos, o país contratou R$ 1,1 trilhão em investimentos privados para as próximas décadas.

De acordo com o Ministério da Economia, Guedes informou que o Brasil continua comprometido com o desenvolvimento sustentável e mantém o interesse em concluir e assinar o Acordo de Comércio Mercosul–União Europeia.

Confiança da indústria atinge menor nível desde julho de 2020

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 1,7 ponto de fevereiro para março deste ano. Essa foi a oitava queda consecutiva do indicador, que atingiu 95 pontos em uma escala de 0 a 200 pontos, o menor patamar desde julho de 2020 (89,8 pontos).

O Índice Situação Atual (ISA), que mede a confiança dos empresários de indústria brasileira no presente, recuou 1,1 ponto e foi para 97,4 pontos, menor valor desde julho de 2020 (89,1 pontos).

O Índice de Expectativas (IE), que mede a confiança do empresariado industrial em relação ao futuro, diminuiu 2,1 pontos, indo para 92,8 pontos, menor patamar também desde julho de 2020 (90,5 pontos).

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria avançou 0,3 ponto percentual em março, para 80,2%.

BC tem planos de contingência para serviços essenciais durante greve

O Banco Central (BC) informou ter planos de contingência para manter o funcionamento de serviços essenciais durante a greve dos servidores do órgão, que começa na próxima sexta-feira (1º). Em nota divulgada na terça-feira (29), o órgão assegurou o funcionamento de operações de mercado e de sistemas como o Pix, o Sistema de Transferência de Reservas (STR) e o Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).

No comunicado, a autarquia informou reconhecer o direito dos servidores de promoverem manifestações organizadas e confiar na dedicação, qualidade e responsabilidade dos servidores e de seu compromisso com a instituição e com a sociedade.

Na segunda-feira (28), os funcionários do BC aprovaram greve por tempo indeterminado a partir de 1º de abril. A categoria pede a extensão dos aumentos aprovados para os policiais federais no Orçamento de 2022.

Desde o último dia 17, a categoria vinha fazendo paralisações diárias das 14h às 18h. Desde o início do ano, os servidores do órgão vinham trabalhando em esquema de operação-padrão, com as equipes trabalhando mais lentamente, e atrasando a divulgação de indicadores.

Nas últimas semanas, diversas publicações do BC, como o boletim Focus (pesquisa com instituições financeiras) e as respostas do questionário que antecedem as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), saíram com atraso. Ontem, foi comunicado que o órgão não divulgará diversas estatísticas mensais previstas para esta semana, como os relatórios de contas externas, do mercado de crédito e sobre as contas públicas.

IGP-M acumula inflação de 14,77% em 12 meses, diz FGV

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel no país, registrou inflação de 1,74% em março deste ano. A taxa é inferior às observadas no mês anterior (1,83%) e em março de 2021 (2,94%).

Segundo os dados divulgados na quarta-feira (30) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M acumula taxa de 5,49% primeiro trimestre do ano. Em 12 meses, a taxa acumulada chega a 14,77%, menos da metade da observada em março de 2021 (31,10%).

A queda da taxa de fevereiro para março foi puxada pelos preços no atacado. A inflação do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede este segmento, recuou de 2,36% em fevereiro para 2,07% em março.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, por outro lado, teve alta na taxa, ao passar de 0,33% em fevereiro para 0,86% em março. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também subiu, de 0,48% para 0,73% no período.

Privatização da Petrobras não está prevista neste mandato, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou uma eventual privatização da Petrobras “neste mandato”. Em entrevista coletiva na embaixada brasileira em Paris, ele comentou a troca de presidente da estatal e minimizou o impacto da medida sobre a companhia.

“O presidente Jair Bolsonaro disse expressamente que não privatizaria a Petrobras neste mandato, o primeiro mandato. Nunca disse nada sobre o segundo mandato”, declarou Guedes. Ele se disse pessoalmente favorável à privatização da petroleira, mas afirmou que a decisão final cabe ao presidente da República.

“Quando penso em Petrobras, penso que a gente deveria privatizar a Petrobras, mas eu não tenho votos. Sou só um ministro da Economia. Eu não tenho nada a comentar sobre a Petrobras”, disse Guedes. Ele acrescentou que o único nome indicado por ele para comandar a estatal foi o do economista Roberto Castello Branco, que presidiu a companhia de janeiro de 2019 a fevereiro de 2021.

Em relação à troca do general da reserva Joaquim Silva e Luna pelo economista Adriano Pires na presidência da Petrobras, o ministro disse que a mudança não deverá ter consequências práticas sobre a gestão da empresa. “Não acho que essa mudança seja um fator importante, não mesmo. Não espero que tenha efeitos reais”, comentou.

Durante a entrevista, Guedes prometeu executar outras privatizações até o fim do ano, como a da Eletrobras e a dos Correios, além de avançar com concessões de portos e dos aeroportos do Galeão, de Santos Dumont e de Congonhas.

Governo Central tem déficit primário de R$ 20,62 bilhões em fevereiro

Depois do superávit recorde em janeiro, as contas do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) voltaram a ficar negativas em fevereiro. No mês passado, o déficit primário ficou em R$ 20,619 bilhões.

O déficit é 3,4% inferior ao de fevereiro do ano passado, quando o resultado ficou negativo em R$ 21,339 bilhões. O resultado veio levemente melhor que o esperado pelas instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Economia, os analistas de mercado esperavam resultado negativo de R$ 21,743 bilhões no mês passado.

O resultado primário representa a diferença entre as receitas e os gastos, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Apesar do déficit primário em fevereiro, o Governo Central acumula superávit recorde de R$ 55,956 bilhões nos dois primeiros meses do ano. Isso foi garantido pelo resultado positivo de R$ 76,539 bilhões em janeiro.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estipula meta de déficit primário de R$ 170,5 bilhões para este ano. Na semana passada, o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas reduziu a estimativa de déficit para R$ 66,9 bilhões, mas o valor considerado para o cumprimento das metas fiscais é o da LDO.

O resultado de fevereiro deste ano decorreu porque as receitas continuaram a crescer em ritmo maior que as despesas. No mês passado, as receitas líquidas cresceram 22,4% em relação a fevereiro do ano passado em valores nominais. Descontada a inflação, o crescimento ficou em 10,7% acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). As despesas totais cresceram 17,7% em valores nominais e 6,5% acima do IPCA na mesma comparação.

No mês passado, três fatores impulsionaram o crescimento das receitas. O primeiro foi a arrecadação recorde registrada em fevereiro, antes do anúncio das desonerações para combustíveis e para produtos industrializados anunciadas pelo governo.

Os outros dois fatores não estão relacionados com a arrecadação de tributos. No mês passado, ocorreu o pagamento de R$ 11,35 bilhões em concessões de infraestrutura de leiloadas ao longo de 2021. Além disso, o pagamento de royalties ajudou os cofres federais.

As receitas com royalties de petróleo cresceram R$ 1,6 bilhão (+38,7%) acima do IPCA em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, devido à valorização do combustível no mercado internacional. Atualmente, a cotação do barril internacional está no maior nível em 14 anos devido à guerra entre Rússia e Ucrânia.

Rendimento real do trabalhador recua 8,8% em um ano, diz IBGE

O rendimento real habitual do trabalhador caiu 8,8% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com isso, o valor passou de R$ 2.752 em fevereiro de 2021 para R$ 2.511 um ano depois.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa também mostrou que a taxa de desemprego atingiu 11,2% no período e o número de desempregados chega a 12 milhões de pessoas.

Os empregados com carteira assinada no setor privado aumentaram em 1,1% em relação ao trimestre anterior e em 9,4% na comparação anual (ou seja, com o trimestre encerrado em fevereiro de 2021).

Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior, mas teve alta de 18,5% no ano.

Os trabalhadores por conta própria caíram na comparação com o trimestre anterior (-1,9%), mas subiu na comparação anual (8,6%), enquanto a quantidade de trabalhadores domésticos manteve estabilidade na comparação trimestral e subiu 20,8% no ano.

A taxa de informalidade foi de 40,2% da população ocupada, ou 38,3 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido de 40,6% e, no mesmo trimestre do ano anterior, 39,1%.

A população subutilizada, ou seja, os que estão desempregados, aqueles que trabalham menos do que poderiam e as pessoas que poderiam trabalhar, mas não procuram emprego, ficou em 27,3 milhões, 6,3% abaixo do trimestre anterior e 17,8% menor do que um ano atrás.

A taxa composta de subutilização foi de 23,5%, abaixo dos 25% do trimestre anterior e dos 29,2% do trimestre encerrado em fevereiro de 2021.

A população desalentada, ou seja, aqueles que não procuraram emprego por vários motivos, mas que gostariam de ter um trabalho e estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência, chegou a 4,7 milhões de pessoas. O número manteve-se estável em relação ao trimestre anterior e caiu 20,2% na comparação anual.

O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (4,2%) registrou estabilidade frente ao trimestre anterior e queda ante o trimestre encerrado em fevereiro de 2021 (5,5%).

Já a população fora da força de trabalho chegou a 65,3 milhões de pessoas, alta de 0,7% quando comparada com o trimestre anterior e queda de 5% na comparação anual.

Produção industrial cresce 0,7% em fevereiro, mas segue abaixo do patamar pré-pandemia

A produção industrial brasileira cresceu 0,7% em fevereiro, na comparação com janeiro, segundo divulgou na sexta-feira (01) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Esse resultado eliminou parte da queda de 2,2% registrada em janeiro, mas, mesmo com o avanço, o setor permanece 2,6% abaixo do patamar de antes do início da pandemia. Também está 18,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011”, destacou o IBGE.

O IBGE também revisou o resultado de janeiro para uma queda de 2,2%, ante leitura inicial de recuo de 2,4%.

Frente a fevereiro de 2021, a indústria teve queda de 4,3%, a sétima seguida nesta base de comparação.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de aumento de 0,3% na variação mensal e de recuo de 5,2% na base anual.

A indústria acumula queda de 5,8% no ano e crescimento de 2,8% nos últimos doze meses, representando uma desaceleração da intensidade do crescimento e da recuperação do setor.

Na média móvel trimestral até fevereiro, a indústria teve crescimento de 0,4%, após avançar 0,2% no trimestre até janeiro e 0,7% no trimestre até dezembro de 2021.

O setor vem enfrentando dificuldades para aumentar seu ritmo de produção. Nos últimos 12 meses, registrou avanço frente ao mês imediatamente anterior em apenas 4.“Mesmo com essa melhora de comportamento nos últimos meses, o setor industrial ainda está longe de recuperar as perdas mais recentes”, destacou o gerente da pesquisa, André Macedo, destacando que a atividade econômica continua sendo pressionada pelos juros altos, inflação persistente, queda da massa de rendimentos e aumento da inadimplência.

Eduardo Leite avisa a Kassab que fica no PSDB

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, telefonou no domingo (27) à noite para o presidente do PSD, Gilberto Kassab, para avisar que vai ficar no PSDB.

O anúncio de que deve ficar no PSDB está previsto para a segunda-feira (28), assim como o comunicado de que Leite vai renunciar ao cargo de governador.

Leite, que perdeu as prévias no PSDB para João Doria, quer ser candidato à Presidência da República.

Para isso, no entanto, precisa esperar Doria abrir mão da candidatura, o que o governador de São Paulo já disse que não fará.

Nas tratativas para ficar no PSDB, Leite ouviu de adversários de Doria, do grupo do deputado Aécio Neves, que Doria vai abrir mão da candidatura. Mas, na verdade, trata-se de um projeto de “golpe” em curso para tentar tirar Doria do páreo.

Doria tem repetido que, para retirar a sua candidatura, só se for um “golpe” da ala aecista do PSDB. No domingo (27), ele afirmou que a articulação de parte minoritária de integrantes do PSDB que querem tirá-lo da disputa presidencial na eleição de 2022 é uma “tentativa torpe, vil, de corroer a democracia e fragilizar” o partido.

Aliados de Doria preveem uma briga judicial caso haja essa tentativa para anular as prévias. Sobre Leite ficar no PSDB, no entanto, Doria considera uma decisão acertada.

Já no PSD, sem Leite, Kassab vai insistir na ideia de candidatura própria do partido à Presidência da República e busca um novo nome. Além de Leite, o PSD já tentou lançar Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, que recuou.

Fachin diz que levará caso Lollapalooza ‘imediatamente’ ao plenário do TSE

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, afirmou ao G1 na segunda-feira (28) que vai levar “imediatamente” ao plenário da Corte a decisão que proibiu manifestações eleitorais no festival Lollapalooza.

O ministro Raul Araújo, do TSE, tomou a decisão de vetar as manifestações monocraticamente (individualmente) neste domingo (27). Ele ainda estipulou multa de R$ 50 mil ao festival toda vez que houvesse desobediência da determinação. O Lollapalooza recorreu.

Araújo proibiu as manifestações no Lollapalooza após o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, ter acionado a Justiça alegando que falas da artista Pabllo Vittar, no palco do festival, a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva configuravam propaganda eleitoral antecipada.

Decisões monocráticas são levadas ao plenário do tribunal pelo presidente da Corte, para os demais ministros manterem ou cancelarem a determinação.

Ao afirmar que deve pautar em breve o tema, Fachin deu um sinal. Disse que o histórico do TSE é de defesa “intransigente” da liberdade de expressão.

“Assim que o relator liberar para a pauta, irei incluir imediatamente”, informou o ministro. “A posição do tribunal será a decisão majoritária da Corte, cujo histórico é o da defesa intransigente da liberdade de expressão”, completou.

Há a expectativa entre juristas e advogados de que o TSE já analise o caso nesta terça-feira (29).

Bolsonaro diz que demissão de presidente da Petrobras é “coisa de rotina”

O presidente Jair Bolsonaro classificou como “coisa de rotina” a segunda demissão de um presidente da Petrobras em seu governo, após o anúncio da saída de Joaquim Silva e Luna do comando da estatal na véspera.

“É coisa de rotina, sem problema nenhum”, disse Bolsonaro, depois de ser questionado pelo representante de um canal bolsonarista nas redes sociais que registra todas as manhãs suas interações com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

Essa foi a primeira vez que Bolsonaro comentou a saída de Silva e Luna desde que começaram os rumores de que o presidente da estatal seria trocado.

Na segunda, o governo enviou uma lista de nomes para formar o conselho da empresa, que será votado pelos acionistas no dia 13 de abril. Nessa lista não consta Silva e Luna. O Planalto indicou o diretor-presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, para o cargo.

Pires será o terceiro presidente da Petrobras em pouco mais de três anos de governo Bolsonaro. Roberto Castello Branco, indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, foi trocado em fevereiro do ano passado, já pela irritação de Bolsonaro com o aumento dos combustíveis.

Moro critica seguidas tentativas do governo de interferir na política de preços da Petrobras

O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro criticou na terça-feira (29) as sucessivas tentativas de interferência do governo na Petrobras e na política de preços da companhia.

Moro (Podemos), que é pré-candidato a presidente da República, aparece em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera com folga, e do presidente Jair Bolsonaro, que está em segundo.

Na segunda-feira (28), Bolsonaro indicou o economista Adriano Pires para assumir o comando da Petrobras na vaga do general da reserva Joaquim Silva e Luna.

Pires deve ser o terceiro presidente da estatal em três anos e as demissões de Luna e do economista Roberto Castello Branco foram associadas à política de preços da empresa e às altas nos preços de diesel e gasolina.

“Essa instabilidade provocada por sucessivas interferências na Petrobras ou no mercado de combustíveis não é o caminho certo para resolver o problema dos combustíveis“, disse Moro em palestra para cerca de 100 pessoas na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Para o ex-ministro da Justiça, o governo escolhe o caminho errado para tentar resolver o problema dos preços altos dos combustíveis no país. Ele frisou que o setor de energia tem uma carga de impostos muito pesada que precisa ser revista.

“Tributar energia e combustíveis não é uma estratégia de desenvolvimento muito inteligente para o país“, disse Moro

“Se vai discutir redução de tributação de combustíveis tem que discutir de forma mais ampla a tributação de energia em geral, pois afinal de contas não queremos dar incentivos ao aumento do consumo de combustíveis fósseis“, acrescentou.

O Congresso aprovou neste mês lei que mexe especialmente com a cobrança do ICMS sobre combustíveis. O governo federal também zerou PIS e Cofins sobre derivados.

Câmara aprova PL que transforma cargos do TJDFT

A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que transforma cargos vagos de auxiliar e de técnico judiciário em cargos de analista judiciário no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). O projeto é de autoria do próprio TJDFT e segue agora para análise do Senado.

De acordo com o texto aprovado, serão usados quatro cargos de auxiliar judiciário e 192 cargos de técnico judiciário para a criação de 118 cargos da carreira de analista judiciário, todos do quadro permanente da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.

A relatora do projeto, deputada Celina Leão (PP-DF), acatou emendas apresentada pelos parlamentares e incluiu duas mudanças:  a exigência de curso superior completo para ingressar no cargo de técnico judiciário e a previsão explícita no projeto de que os cargos de analista e de técnico são essenciais à atividade jurisdicional.

Rosa Weber nega arquivar inquérito sobre atuação de Bolsonaro no caso Covaxin

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para arquivar o inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime de prevaricação no caso da negociação da vacina Covaxin. A PGR afirmou que vai recorrer da decisão da ministra.

Prevaricar é retardar ou deixar de praticar um ato de que seria de responsabilidade do servidor público ou fazer isso de forma contrária à lei para “satisfazer interesse ou sentimento pessoal”. O delito é listado entre os crimes praticados por servidores contra a administração pública.

A investigação foi aberta a partir de pedido da CPI da Covid, depois que o deputado Luis Miranda (Republicanos-DF) afirmou ter alertado presidente sobre suspeitas na compra da vacina indiana.

A PGR argumentou que não viu crime e pediu o arquivamento para o STF.

Rosa Weber, porém, afirmou que, diante de ser comunicado de um possível crime, o presidente não tem “direito à letargia”. Ela disse ainda que, ao ser informado de suposto crime, o presidente da República tem obrigação de acionar órgãos de controle.

Todas as razões anteriormente expostas evidenciam que, ao ser diretamente notificado sobre a prática de crimes funcionais (consumados ou em andamento) nas dependências da administração federal direta, ao Presidente da República não assiste à prerrogativa da inércia nem o direito à letargia, senão o poder-dever de acionar os mecanismos de controle interno legalmente previstos, a fim de buscar interromper a ação criminosa, ou, se já consumada, refrear a propagação de seus efeitos, de um lado, e de ‘tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados ‘de outro’, escreveu a ministra.

Governo substitui ministros que pretendem se candidatar nas eleições

O presidente Jair Bolsonaro publicou, no Diário Oficial da União de quinta-feira (31) uma série de decretos que exoneram, a pedido, ministros e secretários, abrindo, a eles a possibilidade de se candidatarem a cargos públicos nas próximas eleições.

No Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, foi exonerado do cargo o ministro Marcos César Pontes. Em seu lugar, foi nomeado Paulo César Rezende Alvim. Rogério Marinho deixa o Ministério do Desenvolvimento Regional, pasta que terá à frente Daniel de Oliveira Duarte Ferreira.

O Ministério da Cidadania ficará a cargo de Ronaldo Vieira Bento, que assume o cargo no lugar de João Roma. Damares Alves deixa o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que terá, a partir de agora, como ministra Cristiane Rodrigues Britto.

No Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a ministra Tereza Cristina dá lugar a Marcos Montes Cordeiro, e no Ministério do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni foi substituído por José Carlos Oliveira. No Ministério da Infraestrutura, sai Tarcísio Gomes de Freitas e entra em seu lugar Marcelo Sampaio.

O Ministério do Turismo será comandado por Carlos Alberto Gomes de Brito, que substitui Gilson Machado. Vinculada à pasta, a Secretaria Especial da Cultura também tem alteração, com a saída do secretário Mário Frias, substituído por Hélio Ferraz de Oliveira.

Foram publicados também decretos alterando as chefias da Secretaria de Governo, pasta até então ocupada por Flávia Carolina Péres (Flávia Arruda), que dá lugar a Célio Faria Júnior; e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com a exoneração do diretor-geral Alexandre Ramagem Rodrigues.

Doria desiste de disputar Presidência, dizem jornais

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), avisou aliados e assessores que não pretende mais deixar o cargo para concorrer à Presidência da República, disseram os jornais Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo na quinta-feira (31).

Segundo a Folha, a decisão de Doria abriu uma crise no PSDB. O vice-governador de SP, Rodrigo Garcia, pretendia disputar o cargo de governador na eleição de outubro já ocupando a cadeira com a saída de Doria para disputar a Presidência.

De acordo com o Estadão, Doria deve fazer o anúncio oficial durante evento com prefeitos no Palácio dos Bandeirantes, a sede do governo paulista na quinta-feira (31). As demais agendas do dia foram canceladas.

O Estadão acrescentou que Doria também deve anunciar a saída do PSDB. Sem ele, o partido pode disputar a Presidência com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que havia perdido para Doria em uma disputa prévia da legenda.

Doria tem aparecido com resultado fraco nas pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto. O governador teve apenas 2 pontos em levantamento do instituto Datafolha neste mês, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com 43% e o presidente Jair Bolsonaro (PL) soma 26%. Ainda apareceram à frente do governador os ex-ministros Sergio Moro (Podemos), com 8%, e Ciro Gomes (PDT), com 6%.

Procurado pela Folha, Doria não respondeu mensagens enviadas, disse o jornal. O governo paulista não respondeu de imediato a um pedido de comentário da Reuters sobre a decisão do governador.

Governo publica MP para criar programa de renovação de frota de veículos

O presidente Jair Bolsonaro assinou medida provisória publicada na sexta-feira (01) que trata da criação de um programa de renovação de frota de veículos que vai atender prioritariamente os caminhoneiros autônomos em sua “etapa inicial”.

A iniciativa consta da MP 1.112 e cria o Programa de Aumento da Produtividade da Frota Rodoviária (Renovar), que terá como operador a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), uma entidade privada criada em 2005.

Há anos o setor automotivo e outras instâncias da economia cobram do governo a criação de incentivos para redução da idade média da frota de veículos no país, que no caso dos caminhões é de entre cerca de 15 a 20 anos de uso. Entre os motivos está o fomento ao próprio setor automotivo e melhoria de custos de transporte no país.

O anúncio vem em um momento em que o segmento de caminhões tem registrado desempenho de vendas acima do obtido pelo de automóveis e comerciais leves, diante da crise de fornecimento de autopeças agravada pela pandemia e retomada com os impactos da guerra na Ucrânia.

Procurada, a entidade que representa montadoras de veículos, Anfavea, não comentou o assunto de imediato.

Pelo texto da MP, o Renovar tem como primeiro objetivo “promover o desmonte ou destruição como sucata dos bens elegíveis”, “reduzir os custos da logística”, “fomentar criação de novos modelos de negócios” e “contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos profissionais de transporte e para o alcance das metas previstas no Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito”.

O programa vai incentivar a criação de benefícios por financiadores para os participantes entregarem seus veículos e adquirirem modelos novos. O texto não explicita de que forma isso será feito.

“O poder executivo federal poderá instituir mecanismos para a realização de aporte de recursos nas iniciativas, a ser feito pelo beneficiário ou pelo parceiro privado, em decorrência da aquisição de novos veículos no âmbito do Renovar.”

O programa contará com iniciativas de “âmbito nacional, regional ou por segmentação por produto, ou usuário”, segundo o texto.

A MP também inclui o Renovar em uma série de regramentos anteriores, como o Código de Trânsito Brasileiro, que passa a exibir previsão dando conta de que a receita gerada com multas de trânsito poderá também ser usada em renovação de frota de veículos.

Com desistência de Moro e indefinição da 3ª via, Ciro busca se consolidar como principal força do centro

Aliados do pré-candidato Ciro Gomes, do PDT, enxergam uma janela de oportunidade na desistência do ex-ministro Sérgio Moro da corrida presidencial e do momento de indefinição da terceira via. Eles entendem que é o momento de Ciro se fortalecer como alternativa ao movimento de polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e o presidente Jair Bolsonaro, do PL.

A estratégia em curso é de aproveitar a crise atual no PSDB para ser o herdeiro da terceira via. “Enquanto o PSDB está envolvido numa disputa pública entre João Doria e Eduardo Leite, Ciro tem que aproveitar o momento para se consolidar como a principal força de centro com capacidade de resiliência”, disse ao G1 um dirigente PDT.

Na avaliação de pedetistas, o PSDB vai sangrar nos meses de abril e maio com o enfrentamento de Doria e Leite. Na quinta-feira (31), depois de ameaçar sair da disputa, o próprio Doria fez duras críticas ao gaúcho e cobrou de Leite respeito ao resultado das prévias.

Em relação a pré-candidatura da senadora Simone Tebet, do MDB, a avaliação do grupo de Ciro é que a legenda está dividida. Parte do MDB, especialmente no Nordeste, quer desembarcar na candidatura de Lula ainda no primeiro turno. “No PDT, apesar de ser um partido menor, Ciro tem unidade”, ressaltou outra liderança da legenda.

Há reconhecimento, porém, que Ciro terá que ser mais cuidadoso para herdar os votos da terceira via. Nos últimos meses, ele fez duras críticas ao ex-ministro Sérgio Moro. Agora, com a desistência de Moro, a percepção é que ficará mais difícil para Ciro construir um discurso que posso atrair esse eleitorado.

Nas pesquisas mais recentes, Ciro e Moro apareciam empatados tecnicamente na terceira posição. Segundo um interlocutor de Ciro, toda a estratégia será de recuperar até junho o patamar histórico de 12% do pedetista das três eleições que disputou: 1998, 2002 e 2018. Com isso, a expectativa é que Ciro possa consolidar o voto daqueles que rejeitam Lula e Bolsonaro e atrair apoios regionais para sua candidatura.

Receita prepara MP para taxar sites que importam da China

Após pressões de empresários do setor de varejo, a Receita Federal trabalha em uma Medida Provisória para tributar produtos vendidos por plataformas de fora do País, como AliExpress (China), Wish (EUA), Shein (China), Shopee (China) e Mercado Livre (Argentina), que trazem produtos a pessoas físicas do Brasil.

Durante um almoço organizado pela Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, o secretário especial da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, afirmou que o órgão prepara uma proposta para combate ao que chamou de “camelódromo virtual”.

“Essa prática consiste na introdução de produtos no País sem o correspondente pagamento de tributos. Nessa MP, a gente procura trabalhar tanto o fluxo financeiro, quanto o que é declarado na mercadoria, que muitas vezes não corresponde. São produtos importados. O controle é feito exclusivamente no País e a gente tem dificuldade de olhar apenas para aquilo que é declarado.”

Como mostrou o Estadão/Broadcast, uma comitiva composta pelo empresário Luciano Hang, dono da varejista Havan, pelo CEO da Multilaser, Alexandre Ostrowiecki, e outros nomes de empresas de varejo que fazem importação de produtos vindos da China levou à Presidência e a senadores denúncias contra plataformas de fora do País que trazem produtos a pessoas físicas no Brasil, prática conhecida como cross border.

Em apresentação que leva o aviso de “material sigiloso” e batizada “Contrabando Digital”, são citadas as empresas AliExpress, Wish, Shein, Shopee e Mercado Livre. Instituições da indústria, que dizem há anos sofrer com concorrência desleal de produtos importados, juntaram forças e fizeram o assunto chegar à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Atacarejo cresce e já domina 40% da venda de alimentos

Em um ambiente de inflação e de queda da renda, o atacarejo ganhou espaço entre os brasileiros. A busca incessante pelos preços mais baixos garantiu uma alta de 10% ao formato no ano passado, contra uma queda de 2,4% do varejo alimentar como um todo, segundo estudo da McKinsey obtido com exclusividade pelo Estadão. Com isso, em um ano, a fatia do atacarejo no varejo de alimentos saltou de 35% para 40%. Hoje, são mais de 2 mil lojas desse perfil pelo País.

E a perspectiva é de que esse modelo ganhe ainda mais participação, chegando a 50% das vendas nos próximos anos. “Em meio à pressão inflacionária, o único formato que conseguiu ser resiliente foi o atacarejo”, comenta Roberto Tamaso, sócio da McKinsey. Segundo o especialista, o estudo deixa claro que, em breve, não há perspectiva de que a sensibilidade do consumidor ao quesito preço diminua.

“Os consumidores estão dispostos a comprar produtos mais econômicos. O varejo terá de ter oferta de produto, e isso também abre a possibilidade para a marca própria”, diz o executivo. A pesquisa mostrou que 70% dos consumidores estão buscando melhores preços e que 40% se dizem abertos a comprar opções mais econômicas.

As mais de 2 mil lojas de atacarejo no Brasil faturaram R$ 230 bilhões no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviços (Abaas) e da Nielsen IQ. A expansão do número de lojas foi forte: 26% apenas em 2021, especialmente nas regiões Norte e Sul, além dos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Custo de frete sobe 1,96% em fevereiro enquanto diesel dispara, diz FreteBras

O custo médio do frete rodoviário teve um aumento de 1,96% em fevereiro ante igual período do ano anterior, enquanto o combustível mais utilizado no Brasil, o diesel, disparou 41,48% no mesmo intervalo, de acordo com o Índice FreteBras do Preço do Frete (IFPF) divulgado na terça-feira (29).

O valor médio do frete por quilômetro por eixo no Brasil ficou em 1,01 real. Já o preço do diesel atingiu 5,59 reais, informou em nota a plataforma de transporte de cargas.

No comparativo mensal, o diesel também mostrou um aumento maior (+1,69%) em fevereiro se comparado ao comportamento do frete, que ficou praticamente estável (+0,23%).

Na abertura dos dados por regiões, Sul e Sudeste apresentaram o frete mais elevado em fevereiro (1,02 real). Já os valores mais baixos foram registrados no Nordeste (0,99 real) e Centro-Oeste (0,97 real).

Na comparação entre janeiro e fevereiro, a maior alta do preço do frete foi registrada no Sul, com 1,53%. “Isso aconteceu por ter sido percebido um aumento mais acelerado no número de fretes do que o volume de caminhões disponíveis”, afirmou a FreteBras.

“Enquanto o número de fretes publicados na plataforma da FreteBras subiu 4,69%, o volume de veículos na região caiu 5,51%, levando para cima o valor”.

No Centro-Oeste, a alta nos preços alcançou 0,92%, enquanto no Sudeste o preço do frete teve leve aumento de 0,56%.

“O impacto das chuvas no período, principalmente em Minas Gerais, fez com que houvesse queda no volume de veículos disponíveis na região (-4,82%), sendo que o número de fretes publicados aumentou 12,17%”, disse a empresa.

A pesquisa também mostrou que os fretes do agronegócio foram os mais altos registrados em fevereiro, sendo fixados em 1,03 real por km rodado por eixo.

O avanço acontece em um momento que o Brasil, maior produtor e exportador global de soja, realiza a colheita e escoamento da safra da oleaginosa.

Em seguida, aparecem os fretes de produtos industrializados, que chegaram ao valor médio de 1,00 real. Além disso, a FreteBras destacou o custo de transporte dos insumos para construção, que ficou em 0,98 real por km rodado por eixo.

Na variação anual, os fretes para produtos industrializados registraram aumento de 2,07% em fevereiro. No agronegócio, o valor dos fretes subiu 0,87%. Já os fretes de insumos para construção caíram 0,54% em comparação com fevereiro de 2021.

Quando comparados os dados de janeiro a fevereiro de 2022, o agronegócio teve aumento de 0,66%. Os fretes de produtos industrializados registraram alta de apenas 0,12%. Já no setor de insumos para construção houve queda de 0,72% no valor.

Os dados que compõem o IFPF têm por base a análise de mais de 8 milhões de fretes cadastrados até fevereiro de 2022. A plataforma conta com mais de 675 mil caminhoneiros cadastrados e 17 mil empresas assinantes. Os fretes publicados cobrem 95% do território nacional.

Foram analisados também os preços de combustíveis publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Abinee: indústria de eletroeletrônicos abriu 1,3 mil empregos formais em fevereiro

A indústria eletroeletrônica percebeu em fevereiro um incremento de 1,3 mil postos de trabalho no seu quadro de funcionários com carteiras assinadas em relação a dezembro do ano passado, totalizando 266,6 mil funcionários, informa a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), conforme dados do Novo Caged.

Este incremento representa o saldo, ou seja, a diferença entre admissões e desligamentos. Essa foi a segunda elevação seguida neste ano, acumulando aumento de 2,8 mil empregados ao comparar com dezembro do ano passado (263,8 mil). Vale ressaltar que, com exceção apenas dos meses de dezembro (de 2020 e de 2021), o nível de emprego da indústria eletroeletrônica vem crescendo desde junho de 2020.

O saldo positivo no nível de emprego do setor apontado em fevereiro de 2022 foi resultado das admissões de 10,6 mil empregados e de desligamentos de 9,3 mil trabalhadores.

FGV: confiança do comércio cai 0,2 ponto em março

O Índice de Confiança do Comércio (Icom), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 0,2 ponto na passagem de fevereiro para março deste ano e chegou a 86,8 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos. A queda veio depois de uma alta de 2,1 pontos na passagem de janeiro para fevereiro.

Em março, houve queda na confiança dos empresários de quatro dos seis principais segmentos do setor.

Segundo a FGV, a queda do Icom foi puxada pela piora do Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro e que cedeu 10 pontos e chegou a 86,4 pontos, o menor patamar desde março de 2021 (70,2 pontos).

Já o Índice de Situação Atual, que mede a confiança no presente, subiu 9,5 pontos e atingiu 87,6 pontos, maior nível desde novembro de 2021 (88,3 pontos).

Confiança dos serviços cresce 3 pontos em março, diz pesquisa da FGV

O Índice de Confiança de Serviços, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), teve alta de 3 pontos em março, na comparação com fevereiro. Com o resultado, que interrompeu uma sequência de quatro meses seguidos de queda, o indicador chegou a 92,2 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos.

“O avanço da confiança parece estar relacionado com a melhora da pandemia, em especial nos segmentos que dependem mais da circulação de pessoas. Ainda é preciso cautela sobre os próximos meses, o cenário macroeconômico negativo e a confiança baixa dos consumidores não permitem confirmar que essa alta seja a volta do caminho de recuperação observado no ano passado. Será preciso esperar por novos resultados favoráveis”, afirmou Rodolpho Tobler, economista da FGV, através de nota.

O Índice de Situação Atual, que mede a confiança do empresariado de serviços no presente, cresceu 4,3 pontos e chegou a 90,9 pontos. Já o Índice de Expectativas, que avalia a percepção dos empresários em relação ao futuro, subiu 1,7 ponto e atingiu 93,7 pontos.

Ipea estima recuperação do comércio, indústria e serviços em fevereiro

Após novo pico de casos de Covid-19 em janeiro, o mês de fevereiro teve recuperação da atividade econômica na indústria, comércio e serviços em relação a janeiro, estima análise divulgada hoje (30) pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). Os dados oficiais do desempenho da economia ainda não foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Ipea aponta que o cenário para a indústria no mês de fevereiro era o mais desafiador. Entre as razões, estão problemas relacionados às cadeias produtivas globais e aos custos elevados dos fretes internacionais. Além disso, o preço da energia elétrica continua elevado, e o valor do petróleo sofreu impacto da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, importantes exportadores no mercado de óleo e gás.

Mesmo com esse cenário, a Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea estima que houve crescimento de 1,4% na produção industrial em fevereiro, na comparação com janeiro. Já em relação a fevereiro de 2021, foi projetada queda de 3,1%.

Os pesquisadores do instituto avaliam que as indústrias extrativas tiveram contribuição positiva em fevereiro, com crescimento previsto de 7,5%. Já a indústria de transformação deve registrar alta de 0,8%.

Diferentemente da indústria, que chegou a ter queda de 2,4% em janeiro de 2022, o setor de serviços se manteve estável mesmo durante o pico causado pela variante Ômicron, e a projeção para fevereiro é a de alta de 1,5% ante janeiro.

O setor de comércio também deve ter registrado alta na atividade em fevereiro, segundo o Ipea, que estima que o crescimento pode ter sido de 1,3%, quando são consideradas também as vendas de automóveis e materiais de construção. Ao excluir esses dois grupos, a projeção passa a ser de alta de 1,2%. 

Empresas listadas lucram 235% mais em 2021

Depois de cair 35% em 2020 devido aos efeitos da pandemia, o lucro das empresas listadas na B3 (SA:B3SA3) mais do que triplicou em 2021. Segundo dados da consultoria de informações financeiras Economatica, o ganho médio de um conjunto de 291 companhias abertas saltou de R$ 68 bilhões, em 2020, para R$ 228 bilhões, no ano passado, alta de 235%. O montante supera com folga o momento pré-crise, quando as empresas lucraram R$ 105 bilhões.

“Os valores foram muito significativos, com lucro e receitas crescentes no período. Mesmo isolando 2020, que foi um ano ruim e que tem uma base fraca, o resultado é o dobro do verificado em 2019, antes do Coronavírus”, diz o gerente de relação institucional e comercial da Economatica, Einar Rivero. Ao contrário de negócios de pequeno e médio porte que não conseguiram sobreviver à pandemia e fecharam as portas, as grandes companhias aprenderam com a crise e saíram fortalecidas.

Exemplo disso é o retorno sobre patrimônio (ROE), indicador que mede quanto uma empresa pode gerar de valor ao negócio e aos investidores com base nos recursos próprios. Em 2020, essa rentabilidade caiu de 12,08% para 7,02%. No ano passado, saltou para 20,49%. O resultado é reflexo de um avanço das receitas bem acima das despesas operacionais.

Enquanto as vendas líquidas cresceram 45,9% no ano passado, os gastos subiram 22,4%, segundo a Economatica. Nessa equação, o caixa avançou 12%, de R$ 483 bilhões para R$ 541 bilhões.

Mas o campeão foi o de energia elétrica. Num ano de crise energética, em que o País quase viveu um novo racionamento, as empresas lucraram R$ 52,2 bilhões ante R$ 44,8 bilhões de 2020. Os números refletem, além de uma recuperação na demanda que caiu no primeiro ano da pandemia, a alta nos preços da energia, já que os aumentos são repassados para a tarifa dos consumidores.

Em relatório do Itaú BBA, os analistas afirmam que algumas empresas seriam beneficiadas pelos reajustes baseados no IGPM. No ano passado, o índice acumulou 17,78% de alta. Outro fator que ajudou as empresas a melhorar os resultados foram as reduções nas perdas e na inadimplência.

Além disso, com a necessidade de gerar energia para compensar a queda no volume de água dos reservatórios, algumas geradoras passaram a produzir energia térmica, mais cara. Em alguns casos, o preço era superior a R$ 2 mil o megawatt/hora (MWh).

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

A sinalização do Banco Central de que a taxa de juros não vai subir além de 12,75% se mostrará acertada ainda que o petróleo volte a subir, diz Tony Volpon, ex-diretor do Banco Central e estrategista da Wealth High Governance. Para ele, essa dose de aperto monetário é suficiente para a inflação convergir para a meta de 3,25% em 2023, especialmente se for usada margem superior do intervalo entre 1,75% e 4,75% e “desde que o dólar não dispare”, como ocorreu em 2020.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Conhecido como “inflação do aluguel”, por ser usado para reajustar grande parte de contratos do setor, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) subiu 1,74% em março, ante 1,83% no mês anterior, informou a FGV (Fundação Getúlio Vargas) na quarta-feira (30).

A expectativa do mercado ficava em torno de uma alta de 1,4%.

No ano, o índice acumula alta de 5,49% e, em 12 meses, de 14,77%. O índice mostra desaceleração tanto no resultado mensal quanto em relação há o registrado há um ano. Em março de 2021, o índice havia subido 2,94% e acumulava alta de 31,10% em 12 meses.

IPCA

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) elevou sua projeção para o IPCA de 2022 para 6,5%, ante 5,6% projetados anteriormente. A estimativa anterior já foi resultado de uma revisão para cima em fevereiro. Antes disso, o Ipea estimava um avanço de 4,9% no IPCA deste ano.

Em relatório publicado na quinta-feira (31), pesquisadores do Ipea explicaram que, “mesmo diante de um comportamento mais benevolente do câmbio”, a revisão se deve à “manutenção da trajetória de alta das commodities no mercado internacional, aliada ao impacto da guerra (na Ucrânia) sobre os preços do petróleo e aos efeitos climáticos sobre a produção doméstica de alimentos”. O texto deu ênfase aos preços de alimentos. O Ipea elevou a projeção para a variação dos preços de alimentos no domicílio no IPCA de 2022 para 9,1%, ante 6,1% anteriormente.

PIB

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) manteve sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 em 1,1%, mas mudou a composição do desempenho da atividade econômica. Para os pesquisadores do Ipea, agropecuária e indústria terão desempenho pior do que o inicialmente esperado, enquanto os serviços, na esteira da normalização das atividades à medida que a pandemia é controlada, puxarão a economia.

Segundo o Ipea, a economia começou o ano sob impacto do aumento de contaminações da Covid-19, devido à variante Ômicron, mas a onda mais recente da doença foi rápida. Fevereiro e março foram meses de recuperação, de forma que os pesquisadores do Ipea estimam crescimento de 0,5% no PIB do primeiro trimestre ante o último de 2021.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (28), o Ibovespa fechou em queda, com a queda do petróleo aliada a um movimento de correção em ativos domésticos, após oito altas consecutivas, enquanto o avanço em Wall Street ajudou a limitar perdas. Ações da Petrobras cederam diante da baixa vertiginosa nas cotações do petróleo, após novas restrições contra Covid-19 na China. Além disso, no fim da tarde, notícia sobre potencial interferência do presidente Jair Bolsonaro na companhia pressionou ainda mais os papéis. O índice Ibovespa teve queda de 0,29%, a 118.737,78 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,5 bilhões.

Na terça-feira (29), o Ibovespa fechou em alta, com indícios de progresso nas negociações entre Ucrânia e Rússia. Ações da Petrobras subiram após o governo federal indicar um novo presidente-executivo para a estatal. Petrobras e setores financeiro e de varejo foram destaques de alta, enquanto Vale e outras ações ligadas diretamente a commodities cederam, diante do avanço nas conversas sobre a guerra e de restrições contra Covid-19 na China. O índice Ibovespa teve alta de 1,16%, a 120.109,72 pontos. O volume financeiro somou R$ 30,6 bilhões.

Na quarta-feira (30), o Ibovespa fechou em alta, tendo ficado próximo ao zero durante quase toda a sessão. O avanço de ações de commodities se contrapôs à influência externa negativa, diante da redução de expectativas de progresso nas negociações entre Rússia e Ucrânia. Vale e Petrobras avançaram, na esteira das altas de minério de ferro e petróleo, respectivamente, enquanto o setor de saúde teve performance negativa. O índice Ibovespa teve alta de 0,20%, a 120.259,76 pontos. O volume financeiro somou R$ 26,1 bilhões.

Na quinta-feira (31), o Ibovespa fechou em queda, tendo ficado de lado quase todo o pregão, no encerramento de seu melhor trimestre desde 2020. Petrobras, apesar da baixa do petróleo, e setores de energia e saneamento estiveram entre os destaques de alta da sessão, enquanto Suzano e Americanas ficaram na ponta oposta. O Ibovespa obteve alta de 6,06% no mês, após avanço de 0,89% em fevereiro e de 6,98% em janeiro. Assim, o ganho acumulado neste primeiro trimestre de 2022, foi de 14,48%, foi o maior desde o último trimestre de 2020, quando o índice de ações havia avançado 20,51%. O índice Ibovespa teve queda de 0,22%, a 119.999 pontos. O volume financeiro somou R$ 28,7 bilhões.

Na sexta-feira (01), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em alta de 1,17%, a 121.398,38 pontos. O apetite a risco internacional na esteira da expectativa de retomada de negociações entre Rússia e Ucrânia estimula alta do Ibovespa na sessão desta sexta-feira, ainda também depois de um dado de emprego (payroll) menor que o previsto nos Estados Unidos. Além disso, a valorização de mais de 3% na cotação do minério de ferro na China impulsionar o índice Bovespa, mesmo após novos dados chineses fracos. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 1,31%, a 121.570,15 pontos. O volume financeiro somou R$ 32,6 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (01), por volta das 12h03, o dólar registrava queda de 1,27%, cotado a R$ 4,6999 na venda. A caminho de nova desvalorização semanal frente ao real com a manutenção de fluxos para Brasil, enquanto investidores digeriam dados de emprego norte-americanos abaixo do esperado, embora ainda fortes. Investidores apontam um fluxo constante de recursos estrangeiros para o Brasil como o responsável pela desvalorização do dólar no ano. A disparada das commodities desde o início da guerra na Ucrânia tem favorecido o país, bem como outras nações exportadoras desse tipo de produto, enquanto patamar elevado da Selic serve como impulso adicional para o real.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (01) cotado a R$ 4,6673, a moeda norte-americana está no menor valor desde 10 de março de 2020, véspera de a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar a pandemia de covid-19. Com o desempenho de hoje, o dólar encerra a semana com recuo de 1,97%, a quinta semana seguida de baixa..

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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04/04/2022