Cenário Econômico Nacional – 11/04/2022

Cenário Econômico Nacional – 11/04/2022

Cenário Econômico Nacional – 11/04/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Ministério eleva para R$ 111,6 bilhões projeção de superávit comercial

O Ministério da Economia elevou de US$ 79,4 bilhões para US$ 111,6 bilhões a projeção de superávit comercial (exportações menos importações) para este ano. Segundo a pasta, a valorização das commodities (bens primários com cotação internacional) decorrente da guerra entre Rússia e Ucrânia justificou a revisão da estimativa.

“O conflito entre Rússia e Ucrânia levou a um aumento de preços e gera expectativa de valor exportado maior”, disse o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão.

Segundo o subsecretário, além do aumento dos preços internacionais, observa-se o aumento da demanda por matérias-primas brasileiras após o início do conflito. “Há demanda crescente por produtos brasileiros a preços maiores, o que fará com que a receita de exportação cresça”, acrescentou.

Caso a previsão se confirme, esse será o maior superávit comercial desde o início da série histórica, em 1989. O saldo positivo de US$ 111,6 bilhões representa quase o dobro do superávit recorde de US$ 61,2 bilhões, registrado no ano passado.

A cada três meses, o Ministério da Economia revisa as projeções para a balança comercial. A estimativa para as exportações em 2022 saltou de US$ 284,3 bilhões previstos em janeiro para US$ 348,8 bilhões. Para as importações, as projeções passaram de US$ 204,9 bilhões para US$ 237,2 bilhões. As previsões também são recordes para esses parâmetros.

As projeções oficiais estão bem mais otimistas que a do mercado. A última edição do boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit comercial de US$ 65 bilhões neste ano.

Decreto mantém redução do IPI em 25%

Por mais um mês, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) continuará com corte de 25%. O presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que mantém a redução nesse percentual pelos próximos 30 dias, informou a Secretaria-Geral da Presidência da República.

O decreto saiu em edição extraordinária do Diário Oficial da União e contraria anúncios recentes do ministro da Economia, Paulo Guedes. Há duas semanas, o ministro anunciava a ampliação do corte para 33%.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República informou que a medida manterá os estímulos econômicos de setores afetados pela pandemia da covid-19. “Com a proposta, será possível manter os estímulos à economia, afetada pela pandemia provocada pelo coronavírus, com a finalidade de assegurar os níveis de atividade econômica e o emprego dos trabalhadores. Dessa forma, espera-se promover a recuperação econômica do país”, destacou o comunicado.

O decreto entrará em vigor imediatamente e não depende da aprovação do Congresso Nacional.

Desde fevereiro, o IPI está com redução de 25%, como medida de estímulo à economia. Na época, o Ministério da Economia informou que a alta da arrecadação decorrente da recuperação econômica permitiu ao governo abrir mão de receitas e promover o desconto no imposto, que incide sobre produtos fabricados como carros, geladeiras, fogões e outros.

Questionado sobre a manutenção do corte do IPI, o Ministério da Economia não se manifestou.

Prévia da carga tributária sobe para 33,9% do PIB em 2021

A prévia da carga tributária (peso dos impostos e demais tributos sobre a economia) subiu para 33,9% do Produto Interno Bruto, em 2021, divulgou o Tesouro Nacional. Em 2020, o mesmo indicador tinha atingido 31,76%, diferença de 2,14 ponto percentual.

Segundo o Tesouro, dois fatores pesaram para a diminuição da carga tributária. O primeiro foi a reversão de várias isenções e reduções de tributos concedidas durante a fase mais aguda da pandemia de covid-19. Somente a restauração das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o crédito respondeu por um aumento de 0,27 ponto percentual do PIB.

O segundo fator foi a recuperação da atividade econômica após a contração de 2020. Com a alta na produção e no consumo, mais pessoas pagam impostos. Isso pode ser explicado pelo aumento de 1,28 ponto percentual do PIB na arrecadação de tributos sobre bens e serviços.

A arrecadação do Imposto sobre a Circulação sobre Mercadorias e Serviços (ICMS), administrado pelos estados, aumentou 0,58 ponto percentual do PIB em 2021. Além da recuperação do consumo, a alta reflete o encarecimento de produtos e serviços que subiram acima da inflação no ano passado, como eletricidade e combustíveis.

Outros tributos com destaque na subida da carga tributária foram o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), com crescimento de 0,22 ponto percentual, e o Imposto sobre Serviços (ISS), administrado pelos municípios, com alta de 0,06 ponto percentual. Os dois tributos são ligados ao consumo e refletem a alta nas vendas.

Todo mês de março, o Tesouro divulga uma estimativa própria da carga tributária do ano anterior. No entanto, devido à operação-padrão e das paralisações dos servidores do órgão, a divulgação passou para a primeira semana de abril.

Segundo o Ministério da Economia, a elaboração de uma prévia da carga tributária é necessária porque os dados são incluídos na prestação de contas da Presidência da República. O número oficial, divulgado pela Receita Federal, só sai ao longo do segundo semestre.

Brasil volta a ter mais de 65 milhões de inadimplentes

O Brasil registrou 65,2 milhões de consumidores inadimplentes em fevereiro, divulgou na terça-feira (05) a Serasa. Essa marca não era atingida desde maio de 2020, no início da pandemia da Covid-19. Esses cidadãos têm R$ 263,4 bilhões em dívidas negativadas (em atraso).

Apenas em fevereiro, o número de inadimplentes subiu 0,54%. Cada brasileiro deve, em média, R$ 4.042,08. A estatística se baseia no fato de que cada número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) tem, em média, 3,4 dívidas ativas.

Em relação ao perfil dos inadimplentes, os homens representam 50,2% dos devedores, contra 49,8% das mulheres. Na divisão por faixa etária, a maior parte tem entre 26 e 40 anos (35,3%), seguida pela faixa de 41 a 60 anos (34,9%).

O total de consumidores inadimplentes vinha caindo desde abril de 2021, mas está em alta contínua desde outubro do ano passado. Segundo a Serasa, as recentes altas na taxa de juros, que encarece o crédito, e o desemprego ainda elevado, são as principais causas para o aumento da inadimplência.

A queda na renda média do trabalhador também afeta o pagamento de dívidas. Mesmo com a recuperação gradual do mercado de trabalho nos últimos meses, grande parte das pessoas estão encontrando empregos que pagam menos que o anterior, aumentando a dificuldade em quitar débitos em atraso.

Entre os tipos de dívidas em situação de inadimplência em fevereiro, segundo a Serasa, 28,6% vêm de débitos com o cartão de crédito. Em segundo lugar, estão as dívidas com contas domésticas (água, luz e gás), que respondem por 23,2%. Em terceiro, estão os gastos no comércio varejista, que totalizaram 12,5%.

Indicador de emprego da FGV registra menor nível desde agosto de 2020

O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), ficou praticamente estável de fevereiro para março, com uma variação negativa de 0,1 ponto. Com o resultado, o Iaemp chegou a 75 pontos, o menor nível desde agosto de 2020, que registrou 74,8 pontos.

O indicador apresenta queda a quatro meses consecutivos, de acordo com a FGV.

O Iaemp busca antecipar tendências do mercado de trabalho, com base em entrevistas com consumidores e com empresários da indústria e serviços.

Dos sete componentes do Iaemp, quatro apresentaram queda. Os principais destaques negativos foram a tendência dos negócios da indústria nos próximos seis meses e o emprego local futuro do consumidor.

Já a situação atual dos negócios de serviços contribuiu favoravelmente com 1 ponto.

Inflação medida pelo IGP-DI sobe 2,37% em março, informa a FGV

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 2,37% em março, acima do 1,5% verificado em fevereiro. O acumulado do ano está em 6% e a alta chega a 15,57% em 12 meses. Em março do ano passado, o índice registrava inflação de 2,17% e acumulava alta de 30,63% em 12 meses.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O IGP-DI indica o movimento de preços em toda a cadeia produtiva: desde as matérias-primas agrícolas e industriais, passando pelos produtos intermediários até os de bens e serviços finais.

O coordenador dos índices de preços da FGV André Braz explica que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que subiu 2,8% em março, foi impactado pelos derivados de petróleo.

“O IPA, índice de maior expressão na composição do resultado do IGP, recebeu, nesta apuração, forte influência dos derivados do petróleo, cujos destaques foram diesel (de 2,7% para 16,86%), gasolina (de 1,71% para 12,69%) e adubos ou fertilizantes (-5,21% para 7,97%) que juntos responderam por 30% do resultado do IPA”.

Em fevereiro, o IPA subiu 1,94%. Por estágios de processamento, a taxa do grupo bens finais passou de 1,73% em fevereiro para 3,64% em março, sofrendo o impacto dos alimentos processados (de 0,61% para 4,03%). O índice de Bens Finais (ex), que exclui os alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 2,14% em março, depois da alta de 0,91% em fevereiro.

O grupo bens intermediários passou de 1,31% em fevereiro para 3,19% em março, com o avanço do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção (de 6,57% para 12,9%). O índice de bens intermediários (ex), calculado com a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, acelerou de 0,42% para 1,45% em março.

No estágio das matérias-primas brutas, a taxa desacelerou, variando 1,73% em março, depois da alta de 2,76% em fevereiro. Ocorreram reduções na variação de preço da soja em grão (de 10,16% para 3,48%), do café em grão (de 0,89% para -10,76%) e do milho em grão (de 4,92% para 1,49%). As principais altas foram no minério de ferro (-0,10% para 2,82%), na mandioca (-6,01% para 8,63%) e nas aves (0,39% para 6,95%).

Cesta básica passa de R$ 760 e alta em 12 meses nas capitais chega a até quase 30%

O preço da cesta básica aumentou em março nas 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), chegando a passar de R$ 760. As maiores altas ocorreram no Rio de Janeiro (7,65%), em Curitiba (7,46%) e em São Paulo (6,36%).

Segundo levantamento divulgado pelo Dieese nesta quarta-feira (6), a cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 761,19), seguida por Rio de Janeiro (R$ 750,71) e Florianópolis (R$ 745,47). Já os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 524,99), Salvador (R$ 560,39) e Recife (R$ 561,57).

Em fevereiro, a mais cara custava R$ 715,65, também em São Paulo.

No acumulado em 12 meses, todas as capitais tiveram alta de preços, com aumentos que oscilaram entre 11,99%, em Aracaju, a 29,44%, em Campo Grande. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, o salto foi de 21,60% e 22,55%, respectivamente.

Em São Paulo, 12 dos 13 produtos que compõem a cesta básica ficaram mais caros em março, com destaque para o aumento nos preços do tomate (35,36%), batata (15,36%), feijão carioquinha (8,62%), café em pó (8,31%), óleo de soja (6,69%), leite integral (6,64%), farinha de trigo (4,70%), arroz agulhinha (4,07%), carne bovina de primeira (3,32%) e pão francês (2,78%).

Apenas a banana teve recuo de preço (-8,66%).

Para as famílias de baixa renda, o preço da cesta básica de alimentos chega a comprometer, na média entre as 17 capitais, 58,57% do salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%). Em algumas capitais, já equivale mais de 65% do salário mínimo.

Com base na cesta mais cara do país, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 6.394,76 em março, o que corresponde a 5,28 vezes o piso nacional vigente (R$ 1.212). O cálculo é feito considerando uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.

Renda média cai e atinge mínima histórica nas regiões metropolitanas: R$ 1.378

R$ 1.378. Era essa a renda média dos brasileiros no último trimestre de 2021, nas regiões metropolitanas do país.

Mesmo com o aumento da população ocupada, é o menor valor da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, com o empobrecimento atingindo todas as classes sociais. Os dados estão na sétima edição do boletim Desigualdade nas Metrópoles, antecipado com exclusividade ao g1.

O estudo foi produzido em parceria por pesquisadores da PUC-RS, do Observatório das Metrópoles e da Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL), a partir dos dados da PNAD Contínua trimestral, do IBGE.

Diferentemente do observado num primeiro momento da pandemia, quando a queda da renda média foi puxada pelo tombo dos rendimentos dos mais pobres e dependentes do trabalho informal, a piora nos últimos trimestres tem sido pressionada principalmente pelo impacto da inflação entre aqueles que ganham mais.

Segundo o levantamento, a renda domiciliar per capita do trabalho nas regiões metropolitanas caiu pelo segundo trimestre seguido e atingiu R$ 1.378 no final de 2021, o pior nível em 10 anos.

A renda média é calculada a partir da soma de todos os rendimentos provenientes do trabalho, incluindo o setor informal, dividida pelo número de moradores por domicílio nas regiões metropolitanas, com preços deflacionados até o 4º trimestre do ano passado.

De acordo com o estudo, a renda média domiciliar per capita ao final do ano de 2021 ainda era 10,2% menor do que o patamar pré-pandemia. No 1º trimestre de 2020, estava em R$ 1.535 em termos reais. Na máxima da série histórica, chegou a R$ 1.568.

Já a desigualdade, medida através do coeficiente de Gini – que varia de 0 até 1, sendo mais alta quanto maior for a desigualdade, recuou para 0,602 na média das metrópoles, o mesmo valor registrado no 1º trimestre de 2020, logo antes de se registrarem os efeitos da pandemia, indicando uma reaproximação do patamar pré-pandêmico, mas ainda distante da melhor marca, de 0,566 do final de 2014.

“Estamos chegando a um nível de desigualdade que é similar aquele anterior à pandemia, mas numa sociedade mais empobrecida, com uma renda média bem mais baixa. Está todo mundo mais pobre”, resume Andre Salata, pesquisador da PUC-RS e coordenador do estudo.

Conta de luz cairá 18% sem pôr empresas em risco, diz ministro

O fim da tarifa extra para as contas de luz poderá fazer as contas dos consumidores residenciais cair 18% no próximo mês, sem prejudicar a saúde financeiras das empresas de energia, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Em evento de lançamento de instrumentos de crédito do Banco do Brasil, o ministro declarou que a retirada da bandeira de escassez hídrica considerou os níveis dos reservatórios e não foi decidida com base em “canetadas”.

“A conta de luz cai 18% no mês que vem, sem canetada, sem botar em risco as empresas, ao contrário”, declarou o ministro. Segundo ele, a saúde das empresas do setor elétrico está recuperada, enquanto governos anteriores prejudicaram o setor com políticas intervencionistas.

Na quarta-feira (06) à noite, o presidente Jair Bolsonaro anunciou o fim das bandeiras tarifárias sobre as contas de luz. Por meio das redes sociais, o presidente informou que a recuperação dos reservatórios das usinas hidrelétricas fará o governo conceder bandeira verde para todos os consumidores de energia a partir de 16 de abril. Ele previu uma redução de cerca de 20% nas tarifas.

Inflação oficial sobe para 1,62% em março

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou taxa de 1,62% em março deste ano. O indicador ficou acima dos observados no mês anterior (1,01%) e em março do ano passado (0,93%). Essa é a maior taxa para um mês de março desde a implantação do Plano Real, em 1994.

O dado foi divulgado na sexta-feira (08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA acumula taxa de 3,20% no ano. Em 12 meses, o acumulado chega a 11,30%, acima dos 10,54% de fevereiro.

O principal impacto na inflação de março veio dos transportes, que subiram 3,02% no mês. A taxa foi puxada pela alta nos combustíveis, que subiram 6,70% no período. A gasolina foi o item de maior impacto no IPCA de março (6,95%).

Outros combustíveis com alta de preços foram o óleo diesel (13,65%), gás veicular (5,29%) e etanol (3,02%). Também tiveram aumento itens como transporte por aplicativo (7,98%), seguro voluntário de veículo (3,93%) e conserto de automóvel (1,47%).

Em seguida, aparecem os alimentos, com alta de 2,42%, puxada por itens como tomate (27,22%), cenoura (31,47%), leite longa vida (9,34%), óleo de soja (8,99%), frutas (6,39%) e pão francês (2,97%). A refeição fora de casa subiu 0,65%.

Oito dos nove grupos tiveram alta de preços: vestuário (1,82%), habitação (1,15%), saúde e cuidados pessoais (0,88%), despesas pessoais (0,59%), artigos de residência (0,57%) e educação (0,15%). O único com queda foi comunicação, com -0,05%.

Governo busca substituto para Landim no conselho da Petrobras

O Ministério de Minas e Energia passou a procurar outro nome para o conselho de administração da Petrobras depois que o empresário Rodolfo Landim comunicou, na madrugada de domingo (03), que decidiu recusar a indicação para presidir o colegiado. De acordo com a pasta, a nova indicação será avaliada com a “responsabilidade que a situação requer”.

Landim havia sido indicado para o cargo em 28 de março, junto com o nome do economista Adriano Pires para a presidência da estatal. Em carta endereçada ao ministério, Landim, que também é presidente do Flamengo, afirma que, “apesar do tamanho e da importância da Petrobras para o nosso País, e da enorme honra para mim em exercer este cargo”, decidiu abrir mão da indicação e concentrar-se na administração do time.

“Entendo que existiria um risco considerável, caso fosse conduzido à presidência do conselho da Petrobras, de não conseguir exercer ambas as funções com a excelência por mim desejada e à altura que a Petrobras e o Flamengo merecem”, escreveu.

Ex-funcionário de carreira da Petrobras, ele presidiu a antiga BR Distribuidora (agora Vibra Energia), de 2003 a 2006, no governo Lula. Deixou a estatal para assumir cargos de liderança nas empresas do Grupo X, de Eike Batista, com quem tem uma longa rixa, inclusive na Justiça. Em carreira solo, criou sua própria petrolífera, a Ouro Preto, vendida em 2020.

A desistência de Landim elevou ainda mais a temperatura em torno da troca de comando na Petrobras, depois que o presidente Jair Bolsonaro demitiu o general da reserva Joaquim Silva e Luna da presidência da estatal. É que Pires, indicado para o cargo, já tem seu nome contestado pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) por suposto conflito de interesses.

Em representação, o subprocurador-geral do MP-TCU Lucas Rocha Furtado afirmou ter identificado problemas, “tendo em vista sua (de Pires) atuação na iniciativa privada, a lançar dúvidas sobre a possibilidade ética e legal de vir a assumir a presidência da Petrobras”. Segundo Furtado, Pires “mantém relações econômicas de caráter privado com diversas empresas nacionais e internacionais que se relacionam com a Petrobras, inclusive concorrentes diretas da estatal no mercado internacional”.

Entre as questões para que o economista seja efetivado no cargo, estaria a necessidade de desligamento compulsório do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), empresa comandada por seu filho, Pedro Pires. A legislação brasileira é clara ao dizer que um executivo da estatal não pode ter parentesco com outra pessoa que atue no mercado e que possa ser considerado um concorrente.

Seis governadores deixam cargos para disputar eleições de outubro

Governadores de seis estados brasileiros renunciaram aos cargos na última semana. De acordo com a lei eleitoral, com exceção dos que vão disputar a reeleição, quem pretende entrar na disputa por uma vaga no Legislativo este ano precisa se desincompatibilizar do cargo público até seis meses antes do primeiro turno da eleição, que será em 2 de outubro.

Dos seis nomes que deixaram os cargos, quatro são do Nordeste e vão disputar uma vaga no Senado: Em Alagoas, Renan Filho (MDB), no Maranhão, Flávio Dino (PSB), no Piauí, Wellington Dias (PT) e no Ceará, Camilo Santana (PT). Além deles, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pré-candidato a presidência da República e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), ainda sem definição sobre qual cargo disputará, deixaram o posto mais alto do Executivo em seus estados. Os vices assumem os cargos até o fim dos mandatos.

Governo vai leiloar 20 imóveis em 9 estados e no Distrito Federal

O Ministério da Economia colocou à venda 20 imóveis pertencentes à União, que poderão ser comprados em leilões que serão realizados este mês. Localizados em nove estados e no Distrito Federal, os imóveis têm valores que oscilam entre R$ 38,5 mil e R$ 17,25 milhões. No total, os bens estão avaliados em R$ 67,5 milhões. Os interessados devem enviar as ofertas eletronicamente, por meio do portal VendasGov.

As ofertas são para terrenos, fazendas, casas e apartamentos situados em São Paulo, Espírito Santo, Distrito Federal, Santa Catarina, Roraima, Rio Grande do Sul, Goiás, Ceará, Bahia e Mato Grosso.

Os editais, as fotos dos imóveis e outros detalhes estão disponíveis no portal VendasGov. Como o processo é virtual, as ofertas podem ser apresentadas até as 14h59 do dia da sessão pública. As sessões públicas são realizadas sempre às 15 horas e a oferta de maior valor vence a concorrência.

“Entretanto, para ocorrer a validação, é necessário anexar o comprovante de pagamento da caução, equivalente a 5% do valor do imóvel, que deverá ser efetuado na Caixa Econômica Federal, conforme edital. Caso a proposta apresentada não seja a vencedora, a caução é integralmente devolvida. Para registrar as ofertas é necessário possuir o cadastro único no portal GOV.BR, que possibilita acesso às páginas do governo federal”, informou o Ministério da Economia.

Acrescentou que sete imóveis estão à venda por terem recebido Proposta de Aquisição de Imóveis (PAI), mecanismo que permite que pessoas físicas ou jurídicas apresentem ofertas de compra para adquirir qualquer imóvel da União. Outros 13 ativos, que não receberam proposta de aquisição, também podem ser arrematados.

Comissão do Senado aprova o nome de Carlos Baigorri para a presidência da Anatel

A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou por unanimidade na terça-feira (05) o nome de Carlos Baigorri para presidência da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ele é atual conselheiro da agência e foi indicado pelo governo para assumir a presidência.

A indicação ainda precisa ser aprovada pelo plenário do Senado. As votações são secretas e exigem a presença dos senadores. De acordo com a Constituição, cabe ao Senado analisar e apreciar a indicação de pessoas para embaixadas, conselhos, tribunais superiores, agências reguladoras, entre outras.

A sabatina de Baigorri começou no dia 22 de março, mas foi interrompida para continuar na semana do esforço concentrado do Senado. Na ocasião, Baigorri afirmou que o fim dos contratos de concessão da telefonia fixa, em 2025, a implementação do 5G e o combate ao telemarketing abusivo serão os principais desafios da agência nos próximos anos, durante a sua gestão, caso seu nome seja aprovado pelo Congresso.

A relatora, senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), apresentou parecer favorável à indicação.

Baigorri foi indicado pelo governo para assumir a presidência da agência por cinco anos, com mandato até 4 de novembro de 2026, já que a autarquia está sem presidente titular desde novembro do ano passado, quando se encerrou o mandato de Leonardo Euler de Morais. O comando da agência está sendo interinamente exercido por superintendente Wilson Diniz Wellisch.

Câmara aprova PEC que derruba monopólio na fabricação de radiofármacos

A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (05), em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 517/10, que quebra o monopólio governamental para permitir a fabricação pela iniciativa privada de todos os tipos de radioisótopos de uso médico. A matéria segue para promulgação.

Oriundo do Senado, o texto afasta o monopólio da União na produção de radioisótopos com meia-vida superior a duas horas, quando destinados à pesquisa e ao uso médicos. Atualmente, a produção e a comercialização desses fármacos são realizadas por intermédio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e seus institutos, como o de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo. A permissão atual é restrita para radiofármacos de curta duração (meia-vida igual ou inferior a duas horas).

“A ampliação de acesso a esses produtos é essencial para a proteção da saúde de grande parcela da população. Os radiofármacos são amplamente utilizados no tratamento do câncer e em exames diagnósticos complementares, principalmente, mas há outros usos também na área de cardiologia, neurologia, entre outras”, argumentou o relator da matéria, deputado General Peternelli (União Brasil – SP).

Na avaliação do deputado Alexandre Padilha (PT-SP), a proposta pode inviabilizar as atividades do Ipen. Além disso, segundo o parlamentar, a medida pode gerar aumento de preços e monopólio privado de empresas internacionais.

“É muito importante que as pessoas saibam hoje que o setor privado já é autorizado a produzir os produtos chamados de meia-vida curta, e o preço praticado pelo setor privado hoje chega a ser cinco vezes maior do que o preço oferecido pelo Ipen”, disse. “Ou o custo virá no bolso dos pacientes que pagam planos de saúde e que buscam o tratamento via particular”.

Câmara do Rio abre procedimento que pode cassar Gabriel Monteiro

Por unanimidade, os sete integrantes do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal do Rio de Janeiro decidiram apresentar uma representação com pedido de cassação do mandato do vereador Gabriel Monteiro (PL), youtuber e ex-policial militar, expulso da corporação por deserção.

Presidente do Conselho de Ética, o vereador Alexandre Isquierdo (DEM) afirmou que os indícios de edição e direcionamento de vídeos, com exposição de crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade, podem configurar a quebra de decoro parlamentar. “A decisão foi unânime mediante aos fatos já divulgados na mídia, mediante ao que foi discutido e debatido amplamente pelo Conselho de Ética”, explicou.

Segundo Isquierdo, também foram consideradas informações compartilhadas em reunião realizada na segunda-feira (4) com o procurador-geral de Justiça do Rio, Luciano Mattos, além da apresentação de diversos vídeos recebidos pelos parlamentares e demais denúncias veiculadas pela imprensa. O vereador destacou ainda que Monteiro terá assegurado o seu direito de defesa.

“O Conselho de Ética está tratando o assunto com muita responsabilidade, muita imparcialidade, com total isonomia. O próprio vereador terá espaço de ampla defesa. De forma muito responsável estamos tomando essa decisão hoje”, informou.

O procurador-geral do Rio deu um panorama de como foram as tratativas com os vereadores. “Essa reunião partiu de uma solicitação do Conselho de Ética no sentido de fornecer subsídios aos trabalhos do Conselho e também, ao mesmo tempo, o Ministério Público informar sobre os casos que estão sob sua análise. São diversas investigações na área da Infância e da juventude, na área criminal e na área da cidadania”, enumerou Mattos.

O parlamentar é alvo de denúncias de assédio sexual, moral, estupro e manipulação. As denúncias foram reveladas em reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, no final de março.

Governo anuncia fim da tarifa extra para consumidores de energia

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira (06) o fim da bandeira de escassez hídrica, em vigor desde setembro do ano passado, e que gerava uma taxa extra na conta de energia elétrica de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Com o fim da bandeira, não haverá mais cobrança de taxa extra na conta de luz. A medida entra em vigor a partir do dia 16 de abril, informou o presidente.

“Bandeira verde para todos os consumidores de energia a partir de 16/04. A conta de luz terá redução de cerca de 20%”, postou Bolsonaro nas redes sociais. Em seguida, o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou uma nota oficial com o mesmo teor das postagens do presidente sobre o assunto.

A tarifa extra foi aprovada em meio à crise hidrológica que afetou o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas do país em 2021. As usinas são a principal fonte geradora de energia elétrica no país. De acordo com o governo federal, foi a pior seca em 91 anos.

“Em 2021, o Brasil enfrentou a pior seca já registrada na história. Para garantir a segurança no fornecimento de energia elétrica, o país utilizou todos os recursos disponíveis e o governo federal teve que tomar medidas excepcionais. Com o esforço dos órgãos do setor, o país conseguiu superar esse desafio, os reservatórios estão muito mais cheios que no ano passado e o risco de falta de energia foi totalmente afastado”, diz a nota do MME, também reproduzida pelo presidente da República.

Segundo a nota, o reservatório da usina de Furnas terminou o mês de março acima de 80% de seu volume útil. O governo também informou a retomada da operação da Hidrovia Tietê-Paraná, que ficou interrompida por sete meses.

Já havia uma previsão de que a bandeira de escassez hídrica, patamar mais alto já adotado pelo governo, terminaria no final deste mês, mas a medida anunciada pelo MME e pelo presidente Jair Bolsonaro antecipa a redução em cerca de 15 dias. A perspectiva do governo é de que a bandeira verde vigore até o final do ano.

Governo indica José Mauro Ferreira Coelho para presidir a Petrobras

O governo federal anunciou a indicação do executivo José Mauro Ferreira Coelho para presidir a Petrobras.

Ferreira Coelho já atuou, por um ano e meio, como secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia. Por quatro anos, foi diretor da mesma área na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal também vinculada à pasta.

Também nesta quarta, o governo anunciou que o engenheiro civil Márcio Andrade Weber será indicado para presidir o Conselho de Administração da estatal. Ele já é membro do conselho da petroleira.

Para terem efeito, as duas indicações precisam ser confirmadas pela assembleia geral ordinária da Petrobras. A próxima reunião do colegiado deve acontecer daqui a uma semana, em 13 de abril.

Em comunicado de fato relevante divulgado pouco após o anúncio do governo, a Petrobras afirma que a confirmação de Ferreira Coelho como presidente “deverá ser deliberada posteriormente pelo Conselho de Administração da companhia”, indicando que o conselho pode fazer a votação em duas etapas, em dias distintos.

Os nomes foram escolhidos pelo governo depois que o economista Adriano Pires e o empresário Rodolfo Landim, indicados nas últimas semanas para presidir a Petrobras e o conselho de administração, informaram que não poderiam assumir os postos.

Na manhã de quarta (06), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, havia dito ao blog da jornalista Ana Flor no g1 que as indicações seriam formalizadas antes do dia 13.

Com as recusas recentes de Pires e Landim, havia uma preocupação de que os nomes não chegassem aos membros da assembleia geral da Petrobras com a antecedência devida, o que poderia atrapalhar a apuração de eventuais conflitos de interesse dos indicados.

Ao todo, o governo federal indicará oito nomes para compor o Conselho de Administração da Petrobras, incluindo José Mauro Coelho. A lista inclui quatro membros atuais que o governo deseja reconduzir ao conselho.

A União é controladora da estatal e, por isso, pode indicar o maior número de membros do colegiado. O conselho de administração tem atualmente 11 integrantes, número máximo previsto.

Plenário do Senado aprova indicações para Cade e agências reguladoras

O plenário do Senado aprovou as indicações de Alexandre Barreto de Souza para o cargo de superintendente-geral e de Victor Oliveira Fernandes e Gustavo Augusto Freitas de Lima para as vagas de conselheiros do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em votação realizada na quarta-feira (6), também foi aprovado o nome de Juliana Oliveira Domingues para a função de procuradora-chefe da autarquia.

Os indicados foram aprovados em sabatina realizada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Os servidores agora serão nomeados pelo presidente da República.

O novo conselheiro exercerá mandato de quatro anos, já o superintendente-geral e a procuradora-chefe ocuparão os cargos por um período de dois anos.

O plenário também aprovou a indicação de Mauro Henrique Moreira Sousa para diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM). Também foram aprovadas a indicação de Roger Romão Cabral para a diretoria da ANM e a recondução do diretor Tasso Mendonça Junior.

A indicação de Agnes Maria de Aragão da Costa para diretora da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também foi confirmada hoje. Foram 31 votos favoráveis e oito contrários, mais duas abstenções. A votação da indicada foi iniciada na sessão do dia anterior, mas não foi concluída por falta de quórum.

Três novos diretores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tiveram os nomes aprovados pelo Plenário. Fernando Wandscheer de Moura Alves, Cláudio Jorge Martins de Souza e Daniel Maia Vieira devem ocupar os cargos pelos próximos quatro anos.

O Senado aprovou a indicação de Daniel Meirelles Fernandes Pereira para a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Plenário aprovou ainda o nome do médico Alexandre Fioranelli para a diretoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Foram 36 votos a favor e três contrários, além de duas abstenções. O indicado já havia sido aprovado em sabatina na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em dezembro do ano passado.

Datafolha: 34% não votariam em Haddad para governador de SP; 25% rejeitam Weintraub

Pesquisa do instituto Datafolha divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” revela que Fernando Haddad (PT) lidera as intenções de voto, mas tem também a maior rejeição entre os pré-candidatos.

A parcela de 34% dos entrevistados afirma que não votaria de jeito nenhum em Haddad. Na sequência aparece o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (Brasil 35), com 25% de rejeição.

A pesquisa ouviu 1.806 pessoas nos dias 5 e 6 de abril. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número SP-03189/2022.

O Datafolha também perguntou o que é mais importante para os eleitores paulistanos na hora de escolher o próximo governador. Para 87% dos entrevistados, é importante que o candidato não tenha se envolvido em casos de corrupção.

Aa próximas características mais citadas são ter experiência administrativa (83%), ter um passado político conhecido (69%) e a escolha do vice (66%).

Ter nascido no estado de São Paulo é muito importante para 44% dos paulistas, um pouco importante para 19%, e nada importante para 37%.

Decolar prevê aquisições e estreia no varejo físico no País

Com a pandemia da Covid-19 dando sinais de que está ficando para trás, a companhia de turismo argentina Despegar, dona da marca Decolar, avalia que 2022 poderá ser o ano de volta aos patamares de antes da pandemia. Para a retomada, a empresa, que tem US$ 300 milhões em caixa, está se preparando para investir em novas aquisições e até na incursão no varejo físico no País.

A investida no mundo físico deve ocorrer exatamente através de aquisições, segundo Damian Scokin, presidente da Despegar. Foi dessa maneira que a empresa estreou em 2019, quando comprou a companhia chilena Viajes Falabella, que tem lojas no Chile, Colômbia e Peru. Hoje, a Despegar administra 78 lojas nesses mercados.

“Somos conscientes que a participação do offline é muito relevante no setor turismo e tem a questão de que a nossa capacidade tecnológica cria uma experiência diferenciada e traz melhor eficiência”, diz Scokin, em sua primeira entrevista para um veículo brasileiro.

O executivo não coloca uma data para que essa estreia ocorra, mas afirma que opções de compras já estão sendo analisadas. Porém, a ideia não é partir para uma disputa em número de lojas com a CVC, que conta com cerca de 1.280 unidades, mas se tornar um ponto de contato direto com os clientes.

Para Marta Poggi, especialista em turismo e sócia da Strategia, apesar do online estar cada vez mais representativo no setor, o atual momento pode impactar positivamente as vendas fora da internet. Segundo ela, ainda há muitas dúvidas dos clientes relacionadas às viagens. “Muitos não querem dor de cabeça e preferem ter o auxílio de uma empresa ou de um consultor”, diz a especialista.

A própria Decolar tem sofrido com as reclamações de clientes no País. Somente no site Reclame Aqui, a companhia soma mais de 40 mil reclamações nos últimos 12 meses e ainda tem a avaliação ruim na plataforma.

A Decolar, no entanto, quer variar os seus alvos de aquisições e há caixa para isso: a companhia tem caixa de US$ 300 milhões e boa parte desse dinheiro irá para compras. Para conseguir ter esse montante guardado após um período tão complicado, a companhia contou também com um aporte de US$ 200 milhões liderado pelos fundos L Catterton, dos Estados Unidos, e Waha Capital, de Dubai.

Petrobras encerra março com nível de utilização das refinarias em 91%

A Petrobras informou na segunda-feira (04) que alcançou 91% de fator de utilização total do parque de refino na última semana de março de 2022. A média do fator de utilização considerando todo o mês foi de 89%.

Segundo a companhia, em 2021, o nível médio de utilização das refinarias da Petrobras foi de 83%, maior índice dos últimos 5 anos.

“O fator de utilização total do refino considera o volume de carga de petróleo efetivamente processado e a carga de referência das refinarias, ou seja, a capacidade máxima de operar, respeitando os limites de projeto dos equipamentos, os requisitos de segurança, de meio ambiente e de qualidade dos derivados produzidos, além da racionalidade econômica das decisões de produção, com foco em geração de valor”, informou a empresa.

“A definição do nível de utilização é uma decisão técnica e econômica, que leva em conta a demanda dos clientes da Petrobras, as alternativas globais de suprimento e preços de petróleo e derivados, diferentes configurações e limites de operação e a necessidade de paradas de manutenção das unidades de refino, entre outros fatores. A Petrobras está produzindo o máximo possível dentro de condições seguras, sustentáveis e econômicas”, disse, em nota, o diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, Rodrigo Costa.

A Petrobras informou ainda que irá realizar investimentos de US$ 6,1 bilhões em refino nos próximos cinco anos, para expandir a capacidade de refino, a geração de produtos de maior qualidade e posicionar suas refinarias entre as melhores do mundo em eficiência e desempenho operacional.

Venda de veículos despenca 22,5% em março sobre um ano antes

A comercialização de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no Brasil em março recuou 22,5% sobre um ano antes, para 146,8 mil unidades, informou a associação de distribuidores, Fenabrave, na terça-feira (05).

Na comparação com fevereiro, mês mais curto, as vendas de março avançaram 10,95%, segundo os dados da entidade.

Com isso, no primeiro trimestre, os emplacamentos de veículos no país acumularam queda de 23,15% na comparação com os três primeiros meses de 2021, para 405,6 mil unidades.

A indústria vem citando problemas com capacidade de entrega das fábricas, prejudicada por escassez de componentes que incluem sistemas eletrônicos. Na véspera, a fabricante de caminhões e ônibus Mercedes-Benz anunciou 15 dias de férias coletivas para 5,6 mil funcionários em São Paulo e Minas Gerais para lidar com o problema de falta de peças.

“A variante Ômicron afetou a produção de diversos componentes industriais e a venda de veículos, no início do ano”, afirmou o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr., em comunicado à imprensa.

“Em seguida, houve o conflito entre Rússia e Ucrânia, que deixou muitos consumidores preocupados, especialmente, com os preços dos combustíveis. Esta elevação (nos preços dos combustíveis) impacta na decisão de compra dos consumidores de veículos e reflete no desempenho do setor”, acrescentou.

A Fenabrave resolveu manter suas projeções divulgadas em janeiro para 2022. Com isso, a entidade segue esperando que as vendas de carros e comerciais leves este ano subam 4,4%, para 2,06 milhões de unidades. A expectativa para caminhões é de expansão de 7,3%, para 136,6 mil veículos, enquanto para ônibus a estimativa é de venda de 19.180 unidades, crescimento de 8% ante 2021.

Em março, todos os segmentos cobertos pela Fenabrave, que ainda incluem motocicletas e implementos rodoviários, apresentaram crescimento de vendas frente a fevereiro, com destaque para altas de 51,3% em ônibus e de cerca de 25% em caminhões. Os licenciamentos de motocicletas tiveram expansão de 47% no mês passado ante fevereiro, para 110,1 mil unidades, segundo os dados da Fenabrave.

Prévia da carga tributária sobe para 33,9% do PIB em 2021

De todos os índices analisados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para a composição dos Indicadores Industriais de fevereiro, apenas o relativo a horas trabalhadas na produção apresentou crescimento, na comparação com janeiro. Segundo a entidade, os índices relativos a faturamento e emprego recuaram, interrompendo a sequência de três altas consecutivas. Para a CNI, o resultado mostra “desaceleração do setor”.

Os demais índices analisados pela confederação não apresentaram grandes variações, o que, segundo a equipe técnica da CNI, representa uma “imobilidade preocupante para a atividade econômica”.

O faturamento real da indústria de transformação recuou 0,2% em fevereiro de 2022, na comparação com janeiro (série livre de efeitos sazonais). “O recuo ocorre após três altas consecutivas, período no qual o faturamento havia crescido 5,7%. Na comparação com fevereiro de 2021, o faturamento registra queda de 5%”, diz o levantamento.

O emprego industrial manteve-se “praticamente estável”, segundo a CNI, apresentando recuo de “apenas 0,1%” na comparação com janeiro. No somatório dos três meses anteriores esse índice havia crescido 0,8%. Na comparação com fevereiro de 2021, o emprego aumentou 2,9%.

O rendimento médio real dos trabalhadores da indústria caiu 0,1% entre janeiro e fevereiro de 2022. Na comparação com fevereiro de 2021, o rendimento do trabalhador teve, na média, uma pequena alta, de 0,7%, enquanto a inflação medida no período (12 meses), segundo o IBGE, ficou em 10,54%.

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou estável registrando 81%. Na comparação com fevereiro de 2021, entretanto, registrou alta de 0,4 ponto percentual.

Na avaliação do gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a “imobilidade” desses indicadores é algo “preocupante para a atividade econômica”. Segundo ele, o desempenho do setor industrial precisa melhorar para recuperar as quedas de 2021 e 2020. Os resultados, no entanto, não mostram que essa trajetória de recuperação era sustentável, complementou o economista.

IFC manterá ritmo no Brasil com foco ambiental, independente de resultado da eleição

O International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial para o setor privado, deve manter o ritmo de investimentos no Brasil com foco em aspectos ambientais, a despeito do resultado das eleições presidenciais deste ano, disse um executivo do órgão.

“Mesmo que o governo não estiver apoiando a agenda ambiental ativamente, temos mantido nossos planos de investimentos com empresas privadas enfatizando que isso é importante para que elas sejam mais resilientes aos efeitos das mudanças climáticas”, disse à Reuters o diretor do IFC para América Latina e Caribe, Martin Spicer.

Os comentários de Spicer sublinham a disposição do IFC de manter sua política de ter a sustentabilidade ambiental como sua principal régua para desembolsos no país. Cerca de 60% dos cerca de 2,8 bilhões de dólares aplicados anualmente pelo órgão na região têm essa pré-condição, ante 35% em outros países.

Segundo o executivo, além dos investimentos em andamento em projetos de energia limpa, o IFC enxerga novas oportunidades de participar em empreendimentos ligados a saneamento básico no país, após a aprovação de novo marco no setor, o que tem multiplicado planos de privatizações e parcerias público-privadas (PPPs).

No ano passado, a entidade já havia liberado um financiamento de 300 milhões de reais para a companhia gaúcha de saneamento, Corsan, para ações de redução de perdas de água e eficiência energética.

Alvo frequente de cobranças para fortalecer a agenda de preservação ambiental, o governo de Jair Bolsonaro, em campanha para entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), enviou carta ao órgão em janeiro, afirmando que está comprometido em implementar políticas alinhadas às metas de combate a mudanças climáticas. Em fevereiro, o país teve desmatamento recorde na floresta amazônica para o mês.

Segundo Spicer, além da agenda ambiental, o IFC também tem discutido participar de mais projetos nas aéreas de educação básica com uso de tecnologia e de saúde, especialmente para negócios emergentes.

No fim de março, o IFC assinou o repasse de 150 milhões de dólares para o Santander Brasil para financiar pequenos negócios na área de saúde no país.

“Investir em venture capital é parte do nosso negócio”, disse Spicer, adicionando que os efeitos da pandemia na América Latina abriram uma série de novas oportunidades de apoiar empresas com alto potencial de crescimento nessas áreas.

Outro foco recente do IFC nos investimentos com uso de alta tecnologia é no agronegócio, disse ele, o que ganha mais relevância agora com os desdobramentos da guerra na Ucrânia e os efeitos nos preços internacionais de commodities.

Em fevereiro do ano passado, o IFC fez acordo para injetar 10 milhões de dólares em um fundo da SP Ventures, gestora brasileira dedicada a investimentos em startups do agronegócio, as chamadas agtechs.

Toyota anuncia fechamento de fábrica de peças em São Bernardo do Campo (SP), a 1ª fora do Japão

A Toyota anunciou que vai fechar a fábrica em São Bernardo do Campo, que produz peças fornecidas a outras unidades da montadora no Brasil e na Argentina. A unidade fabril do Grande ABC paulista foi a primeira fábrica da companhia fora do Japão.

Em comunicado divulgado, a empresa informou que vai transferir a operação industrial no ABC para as suas operações no interior de São Paulo: Sorocaba, Indaiatuba e Porto Feliz.

A intenção é buscar mais sinergia entre as unidades produtivas para aumentar a competitividade “frente aos desafios do mercado brasileiro e da sustentabilidade de seus negócios no país”.

Segundo a montadora, a mudança será feita de forma gradual a partir de dezembro, com conclusão prevista para novembro do ano que vem.

O movimento, sustenta a Toyota, prevê a manutenção dos empregos, de modo que será oferecida oportunidade de transferência aos 550 trabalhadores da unidade de São Bernardo do Campo.

Setor dos planos de saúde prevê reajuste de 18,3%

Depois do reajuste de até 10,89% no preço dos medicamentos, os consumidores devem se preparar para o aumento dos planos de saúde individuais que deverá ser anunciado no próximo mês. O teto de correção a ser aplicado pelas operadoras de saúde começa a valer entre maio de 2022 e deverá ser definido ainda em abril pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

De acordo com projeções de especialistas e analistas do setor, os reajustes deste ano devem ficar entre 15% e 18,2%, superando o recorde de 13,57% registrado em 2016. No ano passado, os planos individuais tiveram um desconto de 8,2%, devido à redução da demanda para uso dos serviços médicos oferecidos em 2020.

A menor projeção de aumento dos planos de saúde está em um recente relatório do banco BTG Pactual, que aponta uma correção de 15%. Já um estudo do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS), que considera a variação dos custos médico-hospitalares feita pelo IESS (VCMH) para um conjunto de 704,9 mil beneficiários de planos individuais, calcula alta de 18,2% para o período de 12 meses, encerrado em junho de 2021. Já a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) estima um reajuste de 16,3%.

“O setor registra um aumento de custos no período. Observamos um novo padrão de utilização dos serviços após a pandemia. As altas nos preços dos medicamentos, em 2 anos, somam quase 24%, o que é significativo para as operadoras”, ressalta Marcos Novais, superintendente executivo da Abramge, acrescentando que os custos de material descartável e equipamentos importados também têm impacto significativo para os serviços dos planos de saúde.

O estudo do IESS observa que até fevereiro de 2021, a VCMH estava negativa em 1,7%, “refletindo a opção dos beneficiários em adiarem procedimentos e consultas devido a pandemia”. E pondera que, no segundo trimestre de 2021, houve aumento da despesa per capita para OSA (Outros Serviços Ambulatoriais) (23,3%), Exames (20,8%) e Internação (20,0%). Para esses itens, diz o relatório, “o custo aumentou durante todo o período desde o início da pandemia.

Já a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) informou que diversos fatores influenciam no reajuste dos planos de saúde, como o aumento do preço de medicamentos e insumos médicos, o crescimento da utilização de recursos dos planos e incorporação de novas coberturas obrigatórias aos planos de saúde, como medicamentos e procedimentos.

A FenaSaúde diz ainda que, além da alta da inflação, alta da sinistralidade e forte retomada dos procedimentos eletivos, são esperados ainda os impactos de tratamentos da chamada Covid longa, que, segundo a OMS, atinge 10% a 20% dos que contraíram a doença, o que significa até 6 milhões de pessoas no Brasil.

Multilaser assume gestão de produtos de segurança de chinesa Hikvision no Brasil

A Multilaser anunciou acordo para assumir a produção no Brasil de equipamentos de segurança da gigante chinesa Hikvision, em uma estratégia da empresa brasileira de eletrônicos de consumo para se diversificar para nichos de alto crescimento e ampliar receitas.

Pelo acordo, a partir do terceiro trimestre, a Multilaser assumirá a distribuição e venda de câmeras de segurança de nível básico da marca HiLook, da Hikvision, destinadas a pequenos projetos. Também ficará responsável pela linha Hikstorage, de itens de memória.

Num primeiro momento, as marcas serão mantidas, explicou o vice-presidente de produto da Multilaser, André Poroger, com os kits fabricados pela Hikvision vindo ao país para montagem na unidade da empresa brasileira em Manaus. Além disso, a marca própria da empresa brasileira no setor, Multilaser Giga, será mantida, disse.

“Isso deve ajudar nossa divisão de produtos de segurança a crescer em importância dentro do faturamento da Multilaser”, afirmou Poroger à Reuters, mas declinando de detalhar números.

O anúncio acontece no momento em que a Multilaser tem feito parcerias e aquisições em novos negócios enquanto sua divisão principal de eletrônicos de consumo, que inclui produtos como tablets, tem enfrentado uma acomodação no Brasil, após cerca de um ano de expansão explosiva na esteira dos efeitos da pandemia.

Mesmo com crescimento de 70% na receita líquida em 2021, a 4,85 bilhões de reais, a ação da Multilaser vale hoje quase metade da cotação de estreia na B3, em julho do ano passado. O movimento ocorreu com a rápida piora das expectativas do mercado para empresas de alto crescimento e baseadas em tecnologia, diante da deterioração da macroeconomia no país, com inflação alta e juros em elevação.

No mês passado, a Multilaser anunciou a compra da fabricante de bicicletas, patinetes e scooters elétricos Watts, dias após fazer uma parceria com outra gigante chinesa, a DJI, fabricante de drones.

No caso da Hikvision, a parceria veio após a empresa chinesa presente em mais de 150 países e com receita de 7,5 bilhões de euros nos primeiros nove meses de 2021, ter sido um dos alvos da campanha do governo dos Estados Unidos contra companhias da China acusadas de promover espionagem no país para Pequim.

A Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC) incluiu a Hikvision em março do ano passado em um grupo de empresas consideradas como ameaça à segurança nacional, sob uma lei de 2019 destinada a proteger as redes de comunicação do país. Questionado sobre o assunto, Poroger negou que haja uma correlação entre sanções do governo norte-americano com a decisão da Hikvision de passar a gestão de suas marcas no Brasil para a Multilaser, mencionando que a empresa chinesa também tem se concentrado na produção de recursos integrados de inteligência artificial, computação em nuvem e biometria.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou na quinta-feira (07) que a autoridade monetária controla a Selic, mas não a estrutura de juros. Segundo ele, “movimentos de credibilidade” trazem esse equilíbrio.

“Vemos uma queda na curva longa de juros, que mostra a trajetória com a credibilidade que você precisa ter”, disse em evento do Legend Investimentos. “Lembrando que o Banco Central controla a Selic, mas não controla a estrutura de juros. Ela precisa ser controlada por meio de movimentos de credibilidade. A credibilidade é o que faz você atingir esse equilíbrio”, complementou. Campos afirmou que mais países emergentes estão em processo de aperto monetário. “Na última apresentação não víamos nenhum país acima da taxa neutra, agora vemos alguns. O Brasil foi o primeiro a fazer esse movimento”, destacou.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

As tabelas IGP-M 2022 é um importante levantamento que mostra as variações de preços e valores diversos associados ao mercado de produtos, de uma maneira mais ampla, e também ao setor da construção civil. Dessa forma, esse documento é essencial para guiar algumas mudanças no comportamento do mercado, como alterações de valores em cobranças, por exemplo.

A tabela IGP-M 2022, até o momento, apresenta um aumento anual acumulado de 3,68%. Esse valor é baixo porque a tabela é atualizada mensalmente, de modo que ela só conta com os números relativos aos meses de janeiro e fevereiro deste ano (os de março ainda não foram divulgados).

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o indicador da inflação oficial do país, acelerou para 1,62% em março, após alta de 1,01% em fevereiro, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (08). Com isso, a inflação chega a 11,30% no acumulado e é a maior em 28 anos no histórico do mês.

Trata-se da maior taxa para meses de março desde 1994. É também a maior inflação mensal desde janeiro de 2003 (2,25%). “No ano, o indicador acumula alta de 3,20% e, nos últimos 12 meses, de 11,30%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores”, destacou o IBGE. É o maior registro em 12 meses desde outubro de 2003.

PIB

O Banco Mundial reduziu para 0,7% a projeção para o crescimento da atividade econômica no Brasil em 2022. O número é o segundo menor para a região da América Latina e Caribe, atrás apenas do Haiti, que deve ter recessão de 0,4%.

A revisão está no relatório “Consolidando a Recuperação, Aproveitando as Oportunidades do Crescimento Verde”, divulgado pela instituição na quinta-feira (07). Em janeiro, o BM previa crescimento de 1,4% para a economia brasileira.

“O Brasil é um dos países que tem tido mais dificuldades para se recuperar da pandemia, talvez por ter sido atingido mais fortemente. Talvez fatores como a importação dos fertilizantes e as complicações na cadeia de valor global, sejam prejudiciais para a economia brasileira nesse sentido”, explicou Bill Maloney, economista-chefe do Banco Mundial.

Para 2023 e 2024, é esperado crescimento de 1,3% e 2%, respectivamente, na atividade econômica do Brasil.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (04), o Ibovespa fechou em queda, na contramão de Wall Street, sob pressão da queda de ações de bancos e da Petrobras. Apesar do fortalecimento do real – indicativo de fluxo – e da recuperação do petróleo, as incertezas sobre a troca de comando na Petrobras mantiveram as ações da estatal no vermelho ao longo da sessão, limitando o ajuste à tarde. O índice Ibovespa teve queda de 0,24%, a 121.279,51 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,8 bilhões.

Na terça-feira (05), o Ibovespa fechou em queda, a combinação entre novas sanções a caminho para a Rússia, após sinais que emergiram no fim de semana sobre crimes de guerra nos arredores de Kiev, em meio à retirada de tropas russas da região, e comentários “hawkish” de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), na véspera da ata do comitê de política monetária dos Estados Unidos, piorou o humor dos investidores globais. O índice Ibovespa teve queda de 1,97%, a 118.885,15 pontos. O volume financeiro somou R$ 28,4 bilhões.

Na quarta-feira (06), o Ibovespa fechou em queda, pela terceira sessão consecutiva, com o mercado digerindo os detalhes preliminares da planejada redução no balanço patrimonial do Federal Reserve (Fed), após a divulgação da ata de sua última reunião de política monetária. Setor financeiro e empresas relacionadas ao consumo interno ficaram entre as principais influências negativas para a sessão. Vale e Suzano subiram na ponta oposta. O índice Ibovespa teve queda de 0,55%, a 118.227,75 pontos. O volume financeiro somou R$ 28,9 bilhões.

Na quinta-feira (07), o Ibovespa fechou em alta, revertendo a queda no início da sessão, com ajuda de Wall Street e conduzido pela alta nas ações da Petrobras, após a indicação de um novo nome para a presidência da estatal. Hapvida e Equatorial foram as principais contribuições negativas. O índice Ibovespa teve alta de 0,54%, a 118.862,12 pontos. O volume financeiro somou R$ 27,3 bilhões.

Na sexta-feira (08), por volta das 14h00, o índice Ibovespa operava em queda de 0,20%, a 118.621,45 pontos. A perspectiva de um ciclo de alta de juros mais forte nos EUA após a ata do Fomc se estendeu para o Brasil, que está em um momento diferente da política monetária, mas que vê a inflação bastante persistente. O IPCA de março, que registrou alta de 1,62% na comparação mensal (ante expectativa Refinitiv de alta de 1,30%) indicou que a alta da Selic deve ser mais forte e os juros devem permanecer mais altos por mais tempo (veja nota das 12h28), ainda que o Banco Central tenha sinalizado o fim de ciclo em maio, com a Selic a 12,75%. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 0,45%, a 118.322,26 pontos. O volume financeiro somou R$ 29,7 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (08), por volta das 14h00, o dólar registrava alta de 0,55%, cotado a R$ 4,7409 na venda. O dólar tinha alta contra o real na sexta-feira (08), depois de trocar de sinal várias vezes ao longo de uma manhã instável conforme investidores digeriam uma leitura mais forte do que o esperado do IPCA de março, enquanto, no exterior, o índice da moeda norte-americana rondava máximas em dois anos.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (08) cotado a R$ 4,7118, o dólar chegou a ameaçar a resistência de R$ 4,80, mas o elevado patamar chamou vendas, e a moeda norte-americana acabou fechando em queda após três altas consecutivas, com operadores realizando lucros e repercutindo algum ajuste de baixa na divisa no mercado externo.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
11/04/2022