Cenário Econômico Internacional – 22/04/2022

Cenário Econômico Internacional – 22/04/2022

Cenário Econômico Internacional – 22/04/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Banco Mundial reduz previsão de crescimento global para 3,2%

O Banco Mundial reduziu na segunda-feira (18) a previsão de crescimento econômico global de 4,1% para 3,2% em 2022. O principal motivo para a queda é a guerra entre Rússia e Ucrânia no leste europeu.

As regiões mais atingidas são a Europa e a Ásia Central, que projetam uma contração de 4,1% na economia este ano. “O Banco Mundial se prepara para uma resposta contínua à crise, dadas as múltiplas crises”, declarou David Malpass, presidente da instituição, em entrevista a jornalistas.

Outro fator que deve prejudicar a economia global em 2022 é a alta nos preços, em especial o dos combustíveis e dos alimentos. Ambos foram afetados pela guerra, mas já estavam em tendência de alta antes do início do conflito.

A alta nos preços preocupa o Banco Mundial, que prepara um pacote de medidas para auxiliar os países que sofrem com a escassez de alimentos. O suporte financeiro também será destinado às nações que acolherem refugiados ucranianos que fugiram da guerra.

“Nas próximas semanas, espero discutir com nosso conselho um novo envelope de resposta de 15 meses à crise de cerca de 170 bilhões de dólares para cobrir de abril de 2022 a junho de 2023”, disse Malpass.

FMI espera compromissos “significativos” com novo fundo para clima e pandemia

O Fundo Monetário Internacional espera que seus membros façam promessas “significativas” de suporte para seu recém-aprovado Fundo de Sustentabilidade e Resiliência durante as reuniões do FMI e do Banco Mundial que começam nesta semana, disse uma autoridade do Fundo.

A diretoria do FMI aprovou a criação do novo fundo na semana passada para ajudar países de baixa e média renda a lidar com desafios de longo prazo, como mudanças climáticas e pandemias, com o objetivo de levantar ao menos 45 bilhões de dólares.

Craig Beaumont, vice-diretor do Departamento de Finanças do FMI, disse que as autoridades esperam compromissos significativos, embora possa levar mais tempo para chegar à meta total.

Beaumount disse que o FMI precisará receber “uma fração substancial” do total antes de iniciar as operações do novo fundo até as reuniões do FMI e do Banco Mundial de outubro.

Sem estímulos econômicos, endividamento privado deve frear o crescimento global, diz FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) constatou que haverá uma desaceleração da economia global nos próximos anos por conta do endividamento recorde de empresas e da população depois do impacto da crise causada pela pandemia do Coronavírus.

Ao projetar a média para os próximos três anos, o fundo afirma que países de economia desenvolvida podem perder 0,9% do produto, enquanto economias emergentes devem desacelerar ainda mais, com média de 1,3%.

As conclusões estão no capítulo especial do World Economic Outlook (WEO), relatório de acompanhamento econômico global, publicado na segunda-feira (18).

Os analistas do FMI lembram que governos federais e bancos centrais ao redor do mundo conseguiram diminuir a “dor econômica” da pandemia ao injetar liquidez na economia, com auxílios para o consumidor e garantias de crédito para empresas, além de moratórias para o pagamento de juros.

Ao mesmo tempo, as medidas levaram a um aumento na dívida privada, trazendo o maior aumento da alavancagem desde a crise financeira global de 2008.

“A dívida privada global aumentou 13% do produto interno bruto mundial em 2020, mais rápido do que o aumento observado durante a crise financeira global e quase tão rápido quanto a dívida pública dos países”, diz o texto.

Como tudo na pandemia, contudo, o impacto foi desigual entre as economias. O grau de exposição a serviços que demandam contato físico e o poderio dos auxílios governamentais foram determinantes para um maior ou menor comprometimento de dívidas.

“Nossa análise mostra que o empecilho pós-pandemia ao crescimento pode ser muito maior em países onde (1) o endividamento está mais concentrado entre famílias e empresas vulneráveis, (2) o espaço fiscal é limitado, (3) o regime de insolvência é ineficiente, e (4) a política monetária precisa ser apertada rapidamente”, prossegue a análise.

O raciocínio é simples: quando o endividamento atinge pessoas físicas, o potencial de movimentar a economia pelo consumo cai. Pelo lado das empresas, há redução de investimentos e uma possível estagnação de postos de trabalho, ou mesmo, no limite, a promoção de cortes e aumento do desemprego.

“Espera-se, portanto, que o obstáculo ao crescimento futuro seja maior nos países que experimentaram os maiores aumentos no endividamento entre famílias de baixa renda e empresas vulneráveis ​​durante a pandemia”, afirma o FMI.

Banco Mundial diz que guerra vai reduzir crescimento global e aumenta meta de financiamento

O Banco Mundial está reduzindo sua previsão de crescimento global para 2022 em quase 1 ponto percentual, para 3,2%, de 4,1% anteriormente, devido aos impactos da invasão da Ucrânia pela Rússia, disse o presidente da instituição, David Malpass.

Em teleconferência, Malpass disse a repórteres que o Banco Mundial está respondendo às tensões econômicas adicionais da guerra com a proposta de uma nova meta de financiamento de crise para 15 meses, de 170 bilhões de dólares, com o objetivo de comprometer cerca de 50 bilhões de dólares desse montante nos próximos três meses.

Malpass disse que a principal responsável pela redução da previsão de crescimento global do banco foi a estimativa de contração de 4,1% na região da Europa e Ásia Central, que inclui Ucrânia, Rússia e países vizinhos.

As previsões também foram cortadas para economias avançadas e em desenvolvimento por causa da disparada nos preços de alimentos e energia provocada por interrupções no abastecimento relacionadas à guerra, disse Malpass.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (18), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, em uma sessão na qual as perspectivas para inflação e a postura do Federal Reserve seguem dominando as atenções. Além disso, a temporada de balanços de grandes empresas norte-americanas prossegue, e alguns resultados nesta segunda-feira (18) ajudaram a diminuir as perdas dos índices. O índice Dow Jones teve queda de 0,11%, a 34.411,69 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,02%, a 4.391,69 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,14%, a 13.332,36 pontos.

Na terça-feira (19), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, impulsionadas por balanços corporativos positivos e com investidores aliviados depois que duas autoridades do banco central dos EUA fizeram comentários mais “dovish” (flexíveis à inflação) sobre os aumentos da taxa de juros. O índice Dow Jones teve alta de 1,45%, a 34.911,20 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,61%, a 4.462,21 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 2,15%, a 14.210,26 pontos.

Na quarta-feira (20), as bolsas de valores de Nova York operavam mistas, com o arrefecimento dos rendimentos dos títulos norte-americanos e o otimismo geral sobre os balanços corporativos ajudando a compensar a queda nas ações da Netflix. Por volta das 13h46, o índice Dow Jones registrava alta de 0,98%, a 35.252,62 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,32%, a 4.476,31 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 1,12%, a 14.051,27 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na quinta-feira 14.04.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (01) cotado a R$ 4,6963 com alta de 0,16%. O mercado de câmbio iniciou o dia sob tensão, com a moeda chegando a subir para R$ 4,74 por volta as 11h. O movimento de alta, no entanto, desacelerou nas horas seguintes, e a cotação operou perto da estabilidade durante toda a tarde.

Na segunda-feira (18) – O dólar à vista registrou queda de 1,02%, cotado a R$ 4,6482 na venda. O dólar começou a semana em firme queda no Brasil e o real foi o destaque positivo nos mercados globais de câmbio, conforme investidores viram a moeda brasileira como mais atrativa em novo dia de valorização das commodities e em meio a perspectiva de continuação das altas de juros por aqui. O dólar oscilou entre R$ 4,7088 na máxima e R$ 4,6472 na mínima.

Na terça-feira (19) – O dólar à vista registrou alta de 0,43%, cotado a R$ 4,6682 na venda. Dia de fortalecimento generalizado da divisa norte-americana, com renovadas apostas de juros mais altos nos Estados Unidos em meio à inflação em disparada e a uma economia global que deve crescer menos, conforme previsões mais recentes. O dólar oscilou entre R$ 4,6857 na máxima e R$ 4,6408 na mínima.

Na quarta-feira (20) – Por volta das 13h40, o dólar operava em queda de 1,08% cotado a R$ 4,6187 na venda. O dólar perdia algum terreno contra o real nesta quarta-feira (20), embora tenha mostrado instabilidade ao longo das primeiras negociações, de olho na fraqueza da moeda norte-americana no exterior à medida que os rendimentos dos títulos soberanos dos Estados Unidos pausavam um rali recente.

Biden vai indicar Barr, ex-funcionário do Tesouro, para principal cargo regulatório do Fed

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na sexta-feira (15) que indicará o ex-funcionário do Tesouro Michael Barr ao principal cargo regulatório do Federal Reserve, substituindo Sarah Bloom Raskin, cuja nomeação foi retirada em março após não ter conquistado o apoio dos democratas.

Barr, que atualmente é professor na Universidade de Direito de Michigan, foi uma figura central no Tesouro durante o governo do presidente Barack Obama, quando o congresso aprovou a lei de reforma financeira Dodd-Frank, em 2010, e também ajudou a criar o Bureau de Proteção Financeira aos Consumidores (CFPB).

“Michael traz a experiência e o conhecimento necessários para este importante cargo em um momento crítico para nossa economia e as famílias de todo o país”, disse Biden em um comunicado.

O vice-chair de supervisão do Fed é responsável por supervisionar os grandes bancos, determinar índices de adequação de capital e representar os Estados Unidos em negociações internacionais sobre padrões bancários.

Como secretário assistente do Tesouro para instituições financeiras, Barr ajudou a moldar a supervisão a Wall Street após a crise de 2008-2009, disse Biden, acrescentando que Barr tem o apoio de todo o espectro político.

Presidente do México submete sua reforma do setor elétrico ao voto dos deputados

Dia de alta tensão para o presidente de esquerda do México, Andrés Manuel López Obrador: os deputados mexicanos iniciaram a discussão de sua emblemática reforma constitucional do setor elétrico, rejeitada pelos Estados Unidos e pelo bloco de oposição.

“Com um quórum de 488 deputados, o plenário da Câmara dos Deputados deu início à sessão de hoje em que será discutida a iniciativa do presidente”, confirmou à AFP o departamento de Comunicação Social da câmara legislativa.

Uma semana depois da “consulta de revogação” do seu mandato, na qual saiu vitorioso, embora com forte abstenção, López Obrador não tem a maioria qualificada de dois terços dos deputados, necessária para a aprovação desta reforma que daria ao Estado um maior controle do setor elétrico.

O partido oficial Morena e seus aliados têm apenas 277 cadeiras de um total de 500 e o bloco de oposição já disse que votará contra a reforma.

O presidente mexicano minimizou a importância de um possível retrocesso parlamentar de sua reforma constitucional para o setor elétrico.

Na semana passada, o Supremo Tribunal confirmou uma lei que o Congresso aprovou em 2021, que reforça a participação do Estado no setor elétrico.

“Se houver uma traição, já estamos protegidos”, disse o presidente, referindo-se à decisão judicial.

A reforma constitucional que está sendo discutida neste domingo estabelece que pelo menos 54% da energia seja gerenciada pela Comissão Federal de Energia Elétrica (CFE), contra 38% que ela administra atualmente e 62% em mãos privadas.

Se rejeitada em plenário, “representaria uma grande derrota para Morena e López Obrador porque é um dos eixos centrais de seu projeto: nacionalizar a energia”, disse à AFP José Antonio Crespo, do Centro de Pesquisa e Ensino Econômico (CIDE).

Enviado dos EUA promete ‘resposta decisiva’ ao míssil da Coreia do Norte e às tensões nucleares

O enviado dos EUA para a Coreia do Norte disse que Washington agiria “de forma responsável e decisiva” em resposta a “ações de escalada” depois que uma série de lançamentos de mísseis de teste levantou preocupações de que o Norte estava se preparando para retomar os testes nucleares.

O representante especial dos EUA, Sung Kim, e seu vice, Jung Pak, se encontraram com autoridades sul-coreanas, incluindo o enviado nuclear Noh Kyu-duk, depois de chegar a Seul na segunda-feira (18) para uma visita de cinco dias.

“Nós, é claro, compartilhamos suas preocupações sobre as ações de escalada da RPDC e continuaremos trabalhando de perto para responder com responsabilidade e decisão ao comportamento provocativo”, disse Kim a Noh quando as conversas começaram.

Kim estava se referindo à Coreia do Norte como seu nome oficial, República Popular Democrática da Coreia.

A sua última viagem foi uma “indicação da nossa determinação e empenho em manter a mais estreita coordenação possível” entre os aliados nos desenvolvimentos no Norte, acrescentou.

A chegada de Kim coincidiu com o início de um exercício militar conjunto anual de nove dias por tropas norte-americanas e sul-coreanas.

O exercício consiste em “treinamento de posto de comando defensivo usando simulação de computador” e não envolverá manobras de campo por tropas, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul no domingo (17).

A Coreia do Norte condenou os exercícios conjuntos como ensaios para a guerra, e eles foram reduzidos nos últimos anos em meio aos esforços para envolver Pyongyang na diplomacia e por causa das restrições da Covid-19.

No sábado, o teste da Coreia do Norte disparou o que a mídia estatal disse ser mísseis envolvidos no lançamento de armas nucleares táticas.

O enviado dos EUA disse que está aberto a conversas com a Coreia do Norte a qualquer momento e sem pré-condições, mas Pyongyang até agora rejeitou essas propostas, acusando Washington de manter políticas hostis, como sanções e exercícios militares.

A mídia sul-coreana informou que Kim também deveria se reunir com a equipe de transição do presidente eleito Yoon Suk-yeol, que assume o cargo em maio.

Um porta-voz da equipe disse que não houve reunião confirmada entre Yoon e Kim e não pôde verificar imediatamente se o enviado se reuniria com outras autoridades de transição.

Kim também disse em suas conversas com Noh que Washington espera trabalhar em estreita colaboração com a equipe de Yoon.

Inflação acelerada aproxima Argentina da Venezuela

A inflação argentina de março foi a maior dos últimos vinte anos, alimentando expectativas de que o índice poderia chegar a 60% ou ficar até acima de 70% anualmente. O resultado de março (6,7%) contribuiu para acelerar as comparações com a Venezuela, até então líder absoluta e com ampla margem nos rankings de inflação na América Latina.

Um dia depois que o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) divulgou a inflação oficial, a diretora de Estratégias do Fundo Monetário Internacional (FMI), Ceyla Pazarbasioglu, disse, que “a inflação precisa ser domesticada” porque ela “paralisa” a economia e afeta os mais pobres.

A Argentina entrou neste ano com a escalada nos preços, iniciada antes mesmo da invasão da Rússia na Ucrânia, que gerou efeitos para a economia global, pressionando a inflação em vários países.

Em janeiro, a inflação argentina foi de 3,9%, em fevereiro, de 4,7% e em março de 6,7%, de acordo com dados oficiais. Nos três primeiros meses deste ano, o índice chegou a 16,1%.

Para efeitos de comparação: na Venezuela, a inflação de janeiro foi superior a da Argentina (6,7%). Mas em fevereiro (2,9%) e em março (1,4%), o índice venezuelano foi inferior ao argentino, segundo o Banco Central da Venezuela (BCV). No primeiro trimestre deste ano, a alta nos preços no país caribenho está em torno de 11%. Ou seja, menor que o da Argentina.

Se a previsão de 70% anual de inflação for confirmada para a economia venezuelana e se as estimativas mais pessimistas para a Argentina também virarem realidade, o pódio da inflação estaria, no mínimo, empatado.

“A Venezuela fez uma série de mudanças em sua política monetária incluindo o uso do dólar para pagamentos internos. A inflação na Venezuela está caindo e, paradoxalmente, a da Argentina está subindo”, disse o economista argentino Marcelo Elizondo.

Tesouro dos EUA se concentrará em reprimir quem burlar sanções contra Rússia, diz autoridade

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, pedirá nesta semana aos membros do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial que aumentem a pressão sobre a Rússia para que o país encerre sua “guerra imprudente” na Ucrânia, disse uma autoridade sênior do Tesouro nesta segunda-feira.

O Departamento do Tesouro norte-americano concentrará seus esforços em reprimir aqueles que buscam burlar as amplas sanções impostas a Moscou durante a guerra e aqueles que facilitam essas atitudes, disse uma segunda autoridade.

Yellen não irá a algumas reuniões das autoridades financeiras do Grupo dos 20 nesta semana para enfatizar a visão dos EUA de que a Rússia deve ser excluída das instituições financeiras globais, afirmou a autoridade.

Goldman Sachs alerta sobre possível recessão da economia dos EUA

O Federal Reserve (Fed) vai enfrentar uma tarefa difícil ao apertar a política monetária o suficiente para esfriar a inflação sem causar uma recessão nos Estados Unidos, escreveu o economista-chefe da Goldman Sachs, Jan Hatzius, em um relatório divulgado pela Bloomberg. O analista vê as chances de contração econômica em cerca de 35% nos próximos dois anos.

De acordo com o relatório, o principal desafio do órgão regulador é diminuir a lacuna no que é uma oferta abundante de empregos, mas escassa oferta de mão de obra. O Fed também precisa desacelerar o crescimento salarial a um ritmo consistente com sua meta de inflação de 2%, apertando as condições financeiras o suficiente para reduzir as vagas de emprego sem aumentar drasticamente o desemprego.

Alcançar a chamada aterrissagem suave pode ser difícil, porque historicamente grandes declínios na lacuna entre empregos e trabalhadores nos Estados Unidos ocorreram apenas durante recessões, disse Hatzius. “Tomados pelo valor nominal, esses padrões históricos sugerem que o Fed enfrenta um caminho difícil para um pouso suave.”

No entanto, o economista-chefe disse que uma recessão não é inevitável, porque as normalizações pós-Covid-19 na oferta de trabalho e nos preços de bens duráveis vão ajudar o Federal Reserve. Segundo o especialista, há mais exemplos de outros países do grupo das dez economias avançadas que conseguiram um pouso tão suave.

De acordo com Hatzius, 11 dos 14 ciclos de aperto nos Estados Unidos, desde a Segunda Guerra Mundial, foram seguidos por uma recessão em dois anos. No entanto, apenas oito deles podem ser parcialmente atribuídos ao aperto do Fed, e pousos suaves ou “nem tão suaves” têm sido mais comuns nos últimos tempos, disse ele. O economista previu as chances de uma recessão nos EUA nos próximos 12 meses em cerca de 15%.

Deputados do Chile rejeitam projetos de saque de fundos de pensões

A Câmara dos Deputados do Chile rejeitou dois projetos de lei conflitantes para um novo saque antecipado dos fundos de pensões: um apresentado por legisladores e outro do governo, que pretendiam limitar o uso dos fundos.

Após oito horas de debate, a Câmara rejeitou, com 70 votos a favor, 70 contrários e 12 abstenções, o projeto geral de retirada de fundos apresentado por parlamentares de esquerda, que também era apoiado pela oposição de direita, para permitir, tal como foi aprovado em três ocasiões, a retirada de até 10% dos fundos das Administradoras de Fundos de Pensões, conhecidas no país pela sigla AFP.

O projeto, que agora fica arquivado e não poderá ser apresentado no Congresso por um ano, era criticado pelo governo, porque poderia gerar um aumento de até cinco pontos na já elevada inflação do país, que está em 9,4% nos últimos 12 meses, podendo alcançar 15%.

“O dano que isso teria provocado aos cidadãos teria sido muito maior do que qualquer benefício pontual que poderia gerar para determinadas pessoas”, disse o ministro da Fazenda, Mario Marcel, após a votação.

Os parlamentares já apresentaram outros projetos para tramitar novas iniciativas de saques de 10% dos fundos de pensão.

Pouco depois, a Câmara dos Deputados, com 68 votos a favor, 83 contra e uma abstenção, também rejeitou o projeto apresentado pelo governo, que permitia um saque “menor” dos recursos, que buscava limitar o uso dos saques para o pagamento de dívidas e a aquisição da primeira casa própria.

Por ser um projeto que teve origem no Poder Executivo, o governo do presidente chileno Gabriel Boric pode insistir em tramitar a iniciativa no Senado.

Casa Branca diz que Fed segue projetando que inflação irá se moderar nos EUA

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) segue projetando que a inflação no país irá se moderar, e que a administração apoia a postura da autoridade em seu processo de “recalibrar” a política monetária. Em coletiva de imprensa, questionada sobre a possibilidade de uma recessão, respondeu que a economia dos Estados Unidos “enfrentará desafios à frente a partir de uma posição de força” por causa do plano econômico do presidente Joe Biden.

Sobre o avanço dos preços de combustíveis, a porta-voz afirmou: “estamos incentivando petroleiras a aumentarem a produção em áreas que já estão regularizadas, e não há planos de ampliá-las, presidente segue comprometido em combater mudanças climáticas”.

Quanto à postura junto à Rússia, disse que as sanções pelas ações da Ucrânia estão tendo impacto na economia russa, “incluindo diversos setores, o que era esperado”. Segundo Psaki, recentes declarações de autoridades do Banco Central da Rússia reforçam sua posição.

De acordo com a representante, o país segue nenhum plano de enviar tropas para lutar contra a Rússia na Ucrânia, mas “estamos comprometidos em oferecer ajuda”.

Além disso, Psaki disse que não houve mudanças, e que, no momento não há planos para visita de Biden a Kiev. Sobre encontros internacionais, especialmente os desta semana, a porta-voz disse que o presidente deixou claro que não espera tratar com Rússia normalmente, e não acredita que os russos devam participar do G20.

Ainda na coletiva, a representante indicou: “sem fundos adicionais para Covid-19 aprovados no Congresso, não conseguiremos aplicar mais doses de reforço e providenciar tratamentos”.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (18), a maioria das bolsas europeias não tiveram operações. Além da Espanha, quase não há atividade bolsista na Europa: o Reino Unido, Alemanha, Suíça, Itália, França e Portugal permaneceram com mercados fechados, devido ao feriado de páscoa.

Na terça-feira (19), as bolsas europeias fecharam em queda, na volta de um dia de feriado com bolsas fechadas, houve maior foco na guerra entre Rússia e Ucrânia, em nova fase, enquanto algumas instituições, entre elas o Fundo Monetário Internacional (FMI), cortavam projeções para a economia global. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,77%, a 456,28 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,83%, a 6.534,79 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,07%, a 14.153,46 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,44%, a 6.106,57 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,06%, a 8.694,00 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,20%, a 7.601,28 pontos.

Na quarta-feira (20), as bolsas europeias fecharam em alta, recuperando parte das perdas na sessão anterior, embalados pelos ganhos em Wall Street desde ontem. O foco dos investidores está concentrado na temporada de balanços, tentando avaliar se as empresas serão capazes de superar os ventos contrários crescentes, principalmente vindos da persistente alta da inflação. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,85%, a 460,15 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,38%, a 6.624,91 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,47%, a 14.362,03 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,28%, a 6.123,51 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,87%, a 8.769,50 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,37%, a 7.629,22 pontos.

Rússia pode estar em default, diz agência Moody’s

A agência de classificação de risco Moody’s disse que a Rússia pode estar em default porque tentou pagar seus títulos em dólar em rublos, o que seria uma das consequências mais duras até hoje da exclusão de Moscou do sistema financeiro ocidental desde a invasão da Ucrânia pelo presidente Vladimir Putin.

Se a situação for declarada, isso marcaria o primeiro grande calote da Rússia em títulos estrangeiros desde os anos que se seguiram à revolução bolchevique de 1917, embora o Kremlin diga que o Ocidente está forçando um default ao impor sanções incapacitantes.

A Rússia efetuou um pagamento com vencimento em 4 de abril de dois títulos soberanos, com vencimento em 2022 e 2042, em rublos, em vez de dólares que foi obrigada a pagar sob os termos dos títulos.

A Rússia, portanto, “pode ​​ser considerada em default na definição da Moody’s se não for sanada até 4 de maio, que é o fim do período de carência”, disse a Moody’s em comunicado.

Os contratos de títulos não têm previsão de pagamento em nenhuma outra moeda que não seja dólares.

A Moody’s disse que enquanto alguns eurobonds russos emitidos após 2018 permitem pagamentos em rublos sob algumas condições, aqueles emitidos antes de 2018, como os com vencimento em 2022 e 2042, não.

“A opinião da Moody’s é que os investidores não obtiveram a promessa contratual em moeda estrangeira na data de vencimento do pagamento”, disse a Moody’s.

O Ministério das Finanças russo não respondeu a um pedido de comentário nesta sexta-feira. O ministro das Finanças, Anton Siluanov, disse ao jornal Izvestia no início deste mês que, se a Rússia for forçada a dar calote, tomará medidas legais.

Ucrânia pediu US$ 50 bilhões ao G7 para cobrir déficit orçamentário, diz membro do governo

A Ucrânia pediu aos países do G7 um total de 50 bilhões de dólares em apoio financeiro e também está considerando emitir títulos com cupom de 0% para ajudar a cobrir o déficit orçamentário ligado à guerra com a Rússia nos próximos seis meses, disse o assessor econômico do presidente, Oleh Ustenko no domingo (17).

Falando em uma rede de televisão do país, Ustenko disse que essas opções estão sendo discutidas ativamente.

As sanções do Ocidente isolaram a Rússia dos sistemas financeiros globais e de quase metade das suas reservas de ouro e moedas estrangeiras, que estavam avaliadas em US$ 606,5 bilhões no começo de abril.

Situação em Mariupol pode ser ‘divisor de águas’ nas negociações, diz Ucrânia

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que não houve comunicações diplomáticas recentes entre a Rússia e a Ucrânia por meio de seus ministérios das Relações Exteriores e que a situação no porto de Mariupol, que ele descreveu como terrível.

“Mariupol pode ser um divisor de águas”, disse ele ao falar sobre as negociações em uma entrevista à CBS News.

A Rússia alega ter invadido toda a área urbana de Mariupol no sábado (16). Segundo eles, restaram algumas tropas na metalúrgica Azovstal, uma das maiores da Europa que ocupa uma área de 11 km².

Essa tomada completa da cidade, caso ocorra a conquista dessa metalúrgica, é importante para a Rússia. Mariupol fica entre duas das principais frentes de combate e é crucial para consolidar o controle russo sobre o leste e grande parte do litoral da Ucrânia.

Soldados ucranianos resistiram a um ultimato russo de rendição neste domingo na cidade portuária de Mariupol.

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, disse que as tropas em Mariupol ainda estão lutando, apesar da exigência russa de se render.

“A cidade ainda não caiu,” disse Shmyhal.

“O único nível de contato é a equipe de negociação composta por representantes de várias instituições e membros dos parlamentos. Eles continuam dialogando, mas não há nenhuma conversa de alto escalão ocorrendo”, acrescentou.

Putin diz que Rússia deve usar orçamento para sustentar economia

A Rússia deve usar seu orçamento para sustentar a economia e a liquidez em condições de contração da atividade de empréstimo, mesmo que os cortes de juros pelo banco central tornem os empréstimos mais baratos, disse o presidente Vladimir Putin.

Putin, falando a autoridades do governo via link de vídeo, afirmou que a Rússia deve acelerar o processo de usar moedas nacionais no comércio exterior sob as novas condições.

A economia da Rússia foi afetada por sanções sem precedentes do Ocidente que buscam punir Moscou pelo que chama de “operação militar especial” na Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro.

Reino Unido revisará programa anti-extremismo

O governo do Reino Unido revisará a estratégia anti-extremismo do país, disse a secretária do Interior Priti Patel, em meio a preocupações de que não esteja se concentrando o suficiente nos extremistas islâmicos.

O Times informou que ela está aguardando os resultados de uma revisão independente atrasada de três anos do Prevent.

Patel disse à mídia em referência ao programa de US$ 52 milhões: “A revisão do Prevent é muito importante para mim. Não posso pré-julgar uma revisão, mas é bastante claro, e digo isso a partir de minhas próprias observações do que vejo, que há coisas que precisam mudar.”

Nos últimos cinco anos, a Prevent trabalhou com sete dos 13 terroristas do Reino Unido que mataram 14 pessoas em ataques separados.

Esse número inclui Ali Harbi Ali, o assassino recentemente condenado do deputado David Amess, que foi esfaqueado até a morte no ano passado.

Durante seu julgamento na semana passada, Ali disse que fingiu obediência aos oficiais da Prevent, que o subestimaram.

“Eu só sabia acenar com a cabeça e dizer ‘sim’ e eles me deixariam em paz depois e eles fizeram”, acrescentou.

A ex-professora de Ali disse à mídia que havia alertado os funcionários da Prevent sobre sua capacidade de violência há quase uma década, mas foi ignorada.

Os oficiais teriam dito a ela: “Não achamos que ele seja uma ameaça. Não achamos que valha a pena continuar com ele.”

O Prevent foi projetado como uma estratégia de linha de frente para detectar sentimentos extremistas. Exige que as autoridades locais, incluindo professores, profissionais de saúde, autoridades religiosas e policiais, entre outros, notifiquem as autoridades da Prevent sobre pessoas em risco de extremismo.

Mas especialistas em contraterrorismo do Reino Unido alertaram que as estatísticas do Prevent mostram que o programa não está conseguindo reprimir o extremismo.

Os extremistas islâmicos foram responsáveis ​​por cerca de um quarto dos casos do Prevent, com a mesma proporção de extremistas de extrema direita também sendo encaminhados.

Governo francês renunciará se Macron vencer, diz primeiro-ministro

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, disse na terça-feira (19) que seu governo apresentará sua renúncia se Emmanuel Macron for reeleito presidente, em uma tentativa de fornecer um “novo ímpeto” ao partido centrista de Macron antes das eleições parlamentares de junho.

Macron enfrenta uma disputa acirrada no segundo turno contra a veterana de extrema-direita Marine Le Pen, com analistas alertando que a baixa participação pode ser um curinga, embora a maioria das pesquisas mostre Macron na liderança.

Se ele for reeleito, “nos próximos dias, como é tradição, apresentarei ao presidente a minha renúncia e a do governo”, disse Castex à rádio France Inter.

“Estou entre aqueles que pensam que um novo ímpeto deve ser encontrado após a reeleição do presidente”, acrescentou.

A votação parlamentar em junho será mais um teste da popularidade de Macron, e renovar sua maioria será essencial para prosseguir com sua agenda reformista, incluindo uma revisão do sistema previdenciário que exigiria que a maioria das pessoas trabalhasse mais antes de se aposentar.

Houve especulações de que a chefe do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, poderia receber o cargo de primeira-ministra, embora ela tenha evitado uma pergunta sobre o assunto em uma entrevista coletiva na semana passada.

Indústria de criptomoedas europeia intensifica esforços para influenciar a política da UE

Mais de 40 líderes empresariais de criptomoedas pediram à União Europeia que não exija que as empresas de criptomoedas divulguem detalhes de transações e diminuam as tentativas de controlar as plataformas financeiras descentralizadas em rápido crescimento.

A União Europeia, como países e jurisdições em todo o mundo, está trabalhando para domar o setor de criptomoedas. A UE está à frente dos Estados Unidos e do Reino Unido no desenvolvimento de um conjunto de regras para o setor de US$ 2,1 trilhões.

Em uma carta vista pela Reuters enviada a 27 ministros das Finanças da UE em 13 de abril, as empresas de criptomoedas pediram aos formuladores de políticas que garantissem que seus regulamentos não fossem além das regras já em vigor sob a Força-Tarefa de Ação Financeira global (GAFI), que estabelece padrões para combater a lavagem de dinheiro.

Os legisladores da UE votaram no mês passado para apoiar novas salvaguardas para rastrear bitcoin e outras criptomoedas.

As regras, contestadas pela grande exchange americana Coinbase Global Inc, exigiriam que as empresas de criptomoedas coletassem e guardassem informações sobre quem está envolvido nas transferências de moeda digital.

Em resposta à votação do mês passado, 46 ​​líderes e organizações da indústria de criptomoedas europeias disseram em sua carta que as propostas “colocarão em risco todos os proprietários de ativos digitais”, levando à divulgação pública de detalhes de transações e endereços de carteiras. Isso reduziria a privacidade e a segurança dos detentores de criptomoedas, disseram os organizadores da carta.

A UE também está introduzindo uma estrutura mais ampla, conhecida como MiCA, para regular todos os emissores e provedores de serviços na UE que lidam com criptoativos. O Parlamento Europeu aprovou recentemente seu projeto de regulamento, que será negociado com o poder executivo da UE e chefes de estados membros.

A carta pediu que a UE exclua projetos descentralizados, que incluem finanças descentralizadas ou “DeFi”, dos requisitos para se registrar como pessoas jurídicas. Ele também disse que certas “stablecoins” descentralizadas não deveriam estar sujeitas ao regulamento MiCA.

Agência de fraude da UE acusa candidata de extrema-direita francesa Marine Le Pen de uso indevido de fundos públicos

A agência de fraude da União Europeia colocou a candidata presidencial francesa Marine Le Pen e outros membros de seu partido nacionalista de extrema direita sob investigação por uso indevido de fundos públicos enquanto servia no Parlamento Europeu.

Isso ocorre poucos dias antes do turno final da eleição presidencial, na qual Le Pen espera derrubar o titular Emmanuel Macron em uma disputa acirrada.

Rodolphe Bosselut, advogada do partido Rally Nacional de Le Pen, disse que nega qualquer irregularidade e questionou o momento politicamente sensível das acusações.

Le Pen pediu um referendo sobre a adesão da França à UE no passado e criticou o bloco em várias ocasiões.

O relatório, preparado pela agência antifraude da UE OLAF e posteriormente transmitido ao Ministério Público de Paris, foi divulgado pelo site de notícias investigativo francês Mediapart.

Le Pen, o seu pai Jean-Marie Le Pen e outros membros do seu partido que serviram no Parlamento Europeu são acusados ​​de utilizar 617 mil euros de dinheiro público por motivos “fictícios”, nomeadamente em benefício de empresas próximas do Rali Nacional.

Os membros do partido foram acusados ​​de “violações graves” e “comportamento inadequado” pelo OLAF, que pede o reembolso, além de potenciais acusações de fraude e peculato.

A reputação das instituições da UE também foi “posta em perigo” pela sua conduta, alega o OLAF.

Uma investigação sobre o relatório do OLAF ainda não foi aberta na França e não foram divulgados mais detalhes, embora a promotoria de Paris tenha dito que estava “no curso de análise” das alegações.

Esta não é a primeira vez que Le Pen e seu partido são acusados ​​de fazer mau uso de fundos da UE.

Le Pen recebeu acusações preliminares em 2018 com base em uma investigação separada do OLAF que acusava membros do Rally Nacional de usar assessores da folha de pagamento do Parlamento Europeu para a atividade política do partido.

As consequências legais têm perseguido seu partido desde então.

Le Pen, que serviu no Parlamento Europeu entre 2004 e 2017, enfrentará Macron em um debate crucial na quarta-feira (20) antes das eleições de domingo (24).

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (18), as bolsas asiáticas fecharam em queda, após a divulgação de dados econômicos mistos da China, incluindo números do Produto Interno Bruto (PIB). O índice Xangai teve queda de 0,49%, a 3.195,52 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,08%, a 26.799,71 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong não teve operações devido ao feriado de Páscoa. O índice CSI300 teve queda de 0,53%, a 4.166,38 pontos.

Na terça-feira (19), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, com a bolsa de Hong Kong pressionada por ações de tecnologia e a de Tóquio impulsionada pela fraqueza do iene. O mercado acionário chinês fechou em baixa, apesar de as autoridades terem prometido suporte para a economia em meio ao surto de Covid-19, com os investidores observando se os duros controles da pandemia serão relaxados. O índice Xangai teve queda de 0,05%, a 3.194,03 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,69%, a 26.985,09 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,28%, a 21.027,76 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,76%, a 4.134,90 pontos.

Na quarta-feira (20), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, com as da China registrando perdas superiores a 1% após o Banco Central local deixar suas taxas de juros mais importantes inalteradas. O mau humor veio após o PBoC, como é conhecido o BC da China, decidir manter suas taxas de juros de referência para empréstimos de curto e longo prazo inalteradas, em 3,70% e 4,60%, respectivamente. O índice Xangai teve queda de 1,35%, a 3.151,05 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,86%, a 27.217,85 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,40%, a 20.944,67 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,55%, a 4.070,79 pontos.

PIB da China registra crescimento de 4,8% no 1º trimestre

A China anunciou na segunda-feira (18) que registrou um crescimento de 4,8% da economia, em ritmo anual, no primeiro trimestre, apesar do confinamento por Covid-19 em várias cidades, incluindo Xangai, principal centro empresarial do país.

A alta no primeiro trimestre supera o crescimento de 4% registrado no mesmo período de 2021, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE) da China.

A expansão de 4,8% no 1º trimestre superou a expectativa de analistas de ganho de 4,4% e acelerando ante taxa de 4,0% no quarto trimestre.

Em relação aos 3 meses anteriores, o avanço foi de 1,3%.

Analistas dizem que os dados de abril devem ser piores, com lockdowns no centro comercial de Xangai e em outros locais pesando sobre a atividade, o que levou alguns a alertarem para os riscos de recessão.

A segunda maior economia do mundo começou a desacelerar no segundo semestre de 2021 com a crise no setor imobiliário e o aumento de casos de Covid-19, que provocou confinamentos em várias cidades.

As restrições de saúde em grandes cidades do país, incluindo Xangai e o centro tecnológico de Shenzhen, também afetaram os números do comércio varejista e do emprego.

O dado do crescimento, no entanto, não reflete totalmente o impacto do confinamento em Xangai, que deixou milhões de pessoas em casa por várias semanas.

Desta maneira, cresce a pressão sobre as autoridades para alcançar a meta de crescimento de 5,5% para 2022, um ano crucial para o presidente Xi Jinping, que aspira permanecer no poder por mais um mandato de cinco anos.

Presidente do Banco Central do Japão diz que movimentos acentuados do iene podem prejudicar empresas

O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, disse na segunda-feira (18) que os movimentos recentes do iene foram “bastante acentuados” e podem prejudicar os planos de negócios das empresas, oferecendo seu mais forte alerta até o momento sobre os riscos decorrentes da desvalorização da moeda.

Kuroda disse que não houve mudança em sua avaliação de que, no geral, um iene fraco é bom para a economia, pois aumenta o valor dos lucros que as empresas japonesas obtêm no exterior.

Mas ele disse que a queda do iene para cerca de 125-126 ienes por dólar, ante cerca de 115-116 por dólar um mês atrás, foi volátil o suficiente para prejudicar as empresas.

“A recente queda do iene, que perdeu cerca de 10 ienes para o dólar em cerca de um mês, é bastante acentuada e pode tornar difícil para as empresas definir planos de negócios”, disse Kuroda ao Parlamento.

“Nesse sentido, precisamos levar em conta o efeito negativo” de um iene fraco, disse ele.

Kuroda, no entanto, repetiu sua opinião de que o banco central deve manter seu programa de estímulo maciço para apoiar uma frágil recuperação econômica.

Banco Central da China vai intensificar suporte financeiro a indústrias afetadas pela Covid

A China vai intensificar o suporte financeiro a indústrias, empresas e pessoas afetadas pelos surtos de Covid-19, informou o banco central na segunda-feira (18).

Autoridades irão guiar instituições financeiras para que ampliem os empréstimos e renunciem aos lucros em prol da economia real, disse o banco central em comunicado em seu site.

As instituições financeiras devem comprar títulos de governos locais apropriadamente para sustentar o investimento em infraestrutura, disse a autoridade monetária.

Cooperação China-Rússia é ‘resiliente’, diz diplomata chinês

A China disse à Rússia que continuará a aumentar a “coordenação estratégica” com ela, independentemente da volatilidade internacional, disse o Ministério das Relações Exteriores em comunicado na terça-feira (19).

O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Le Yucheng, deu essa garantia ao embaixador russo na China, Andrey Denisov, na segunda-feira (18), disse o comunicado.

Le citou o aumento de quase 30% no comércio China-Rússia nos primeiros três meses deste ano como evidência da “resiliência e poder endógeno” da cooperação entre os dois países, segundo o comunicado.

A China se absteve de condenar a Rússia pela Ucrânia, onde as Nações Unidas disseram que houve mais de 2.000 mortes de civis desde o início da guerra em 24 de fevereiro.

A Rússia nega atacar civis no que chama de “operação especial”.

Coalizão do Japão luta para concordar com compilação antecipada de orçamento extra

A coalizão governante do Japão ainda não concordou com a necessidade de um orçamento extra para financiar medidas de alívio de emergência a serem compiladas pelo gabinete para aliviar a dor do aumento dos preços dos combustíveis, segundo os legisladores.

O governo está se esforçando para compilar medidas de emergência até o final de abril para ajudar famílias e pequenas empresas a lidar com o aumento dos preços de combustíveis e outros itens, utilizando reservas orçamentárias de até 5,5 trilhões de ienes (US$ 42,83 bilhões).

O Partido Liberal Democrático (LDP) e seu pequeno aliado de coalizão, o partido Komeito, estão em desacordo sobre as fontes de financiamento, com o LDP resistindo aos pedidos de um orçamento extra e Komeito instando o governo a criar um o mais rápido possível.

A perspectiva de um orçamento extra pode abrir a porta para os formuladores de políticas gastarem muito em estímulos econômicos, possivelmente incluindo emissões adicionais de títulos para financiar os gastos.

Isso poderia sobrecarregar ainda mais a dívida pública mais pesada do mundo industrializado em mais de duas vezes o tamanho da terceira maior economia do mundo.

Mesmo com a chance de um orçamento extra antecipado desaparecer, os legisladores provavelmente pressionarão o governo do primeiro-ministro Fumio Kishida a gastar muito em uma segunda rodada de estímulo.

É quase um acordo que o governo irá compilar um pacote de estímulo antes das eleições de julho para a câmara alta para atrair os eleitores e elaborar um orçamento extra após as eleições com o objetivo de aprovar as contas orçamentárias provavelmente no outono.

Para o Japão, que depende de importações para cerca de 90% de suas necessidades energéticas, o aumento dos custos de energia e matérias-primas é particularmente doloroso. Adicionando angústia aos consumidores e empresas é o rápido enfraquecimento do iene.

Analistas esperam que a terceira maior economia do mundo cresça 4,9% anualizado neste trimestre, abaixo das previsões anteriores, de acordo com a última pesquisa da Reuters.

Banco Central da Indonésia reduz perspectiva de crescimento e segura juros

O Banco Central da Indonésia cortou sua perspectiva de crescimento econômico para 2022 em meio a riscos de inflação e tensões geopolíticas, deixando as taxas de juros em baixa recorde para reforçar a recuperação da pandemia de Covid-19.

O Bank Indonesia (BI) manteve a taxa de recompra reversa de referência de 7 dias em 3,50%, conforme esperado por todos os economistas em uma pesquisa da Reuters. Também deixou outras taxas de política estáveis ​​para o mercado monetário interbancário overnight.

O BI tem sido inflexível em manter as taxas de juros baixas pelo maior tempo possível, mesmo quando outros bancos centrais asiáticos começaram a apertar a política monetária para moderar um aumento nos preços das commodities, à medida que a guerra Ucrânia-Rússia exacerba as interrupções na cadeia de suprimentos.

A inflação na maior economia do Sudeste Asiático ainda estava dentro da meta de 2% a 4% do BI, embora os preços ao consumidor tenham subido para uma alta de dois anos em março em 2,64%.

Jacarta tem controlado a inflação subsidiando alguns preços de combustíveis e intervindo nos preços do óleo de cozinha, mas as autoridades disseram que estão considerando aumentos nos preços da energia.

O governador Perry Warjiyo disse que a Indonésia atualmente tem um hiato do produto negativo que limitará o impacto inflacionário de qualquer ajuste de preços, mas enfatizou que a BI estará pronta para responder.

“Nossa resposta de política monetária sempre será bem calibrada, bem comunicada e a resposta pode ser na forma de aumentos de compulsórios ou taxas de juros”, disse ele em entrevista coletiva online. “seremos extremamente cuidadosos ao ponderar entre a necessidade de manter a estabilidade, incluindo os preços, e apoiar o crescimento econômico.”

Desenvolvedores da China aceleram diversificação após crescimento liderado pela dívida alimentar crise

As incorporadoras chinesas estão atendendo ao apelo de Pequim e acelerando a investida em negócios com poucos ativos, como serviços imobiliários e imóveis comerciais, para reduzir sua dependência de um modelo de alto endividamento e alta rotatividade, culpado por uma crise de liquidez no setor.

KWG Group Holdings, CIFI Holdings e China Resources Land, apoiada pelo Estado, estavam entre os desenvolvedores que listaram planos de diversificação junto com seus resultados financeiros recentes.

Os movimentos de diversificação ocorrem mesmo quando as empresas imobiliárias estão visando a venda de ativos para levantar dinheiro para pagar os credores e, de acordo com analistas e desenvolvedores, pressionarão os custos das empresas menores.

As incorporadoras chinesas há anos contam com financiamento de alta alavancagem para atingir o crescimento rápido por meio de um modelo de construção para venda rápida, que funcionou bem até que as vendas de imóveis diminuíssem e a liquidez do mercado apertasse em 2021.

Uma série de inadimplências de títulos offshore do China Evergrande Group e outros nos últimos meses desencadeou preocupações sobre o impacto no mercado financeiro de uma crise de dívida sufocante no setor.

Com a crise lançando uma sombra sobre a economia da China, o governo agora está estimulando as empresas a mudarem. O primeiro-ministro Li Keqiang disse em uma reunião anual do parlamento no mês passado que o setor imobiliário deveria explorar um novo modelo de desenvolvimento.

O KWG Group disse na segunda-feira que desenvolverá “múltiplas pistas de corrida” de negócios diversificados, incluindo residências, shopping centers, prédios de escritórios, hotéis e assistência médica.

O CIFI de pares menores visa aumentar a receita de desenvolvimento não imobiliário para até 40% de seu total, acima de meados de um dígito agora, por meio do crescimento de negócios, incluindo serviços imobiliários, construção de contratos e tecnologia relacionada à propriedade.

Alguns desenvolvedores, no entanto, disseram que a dor infligida pela diversificação superou sua contribuição para aumentar a receita no curto e médio prazo.

Irã culpa EUA por atrasos na retomada de acordo nuclear

O Irã disse na segunda-feira (18) que um acordo com as potências mundiais para reviver o acordo nuclear de 2015 ainda não está à vista, culpando os Estados Unidos pelo atraso.

“Mais de uma questão ainda está pendente entre o Irã e os Estados Unidos”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Saeed Khatibzadeh.

“As mensagens (de Washington) enviadas por (coordenador da União Europeia, Enrique) Mora nas últimas semanas, estão longe de fornecer soluções que possam levar a um acordo”, disse ele a repórteres.

O Irã está envolvido em esforços para reviver o Plano de Ação Abrangente Conjunto (JCPOA) com Grã-Bretanha, China, França, Alemanha e Rússia diretamente e os Estados Unidos indiretamente desde abril de 2021.

Mora, que coordena as conversas indiretas EUA-Irã, visitou Teerã no mês passado para conversar com autoridades iranianas e depois foi a Washington.

Na época, Mora disse que esperava fechar as lacunas remanescentes nas árduas negociações.

O acordo se desfez em 2018, quando o então presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos e reimpôs sanções econômicas incapacitantes.

O Irã, em resposta, começou a retroceder na maioria de seus compromissos sob o acordo.

Khatibzadeh culpou nesta segunda-feira Washington pelos atrasos na restauração do acordo nuclear.

“Os Estados Unidos são responsáveis ​​por esses atrasos, porque estão demorando para dar respostas” que seriam adequadas para o Irã, disse ele.

No início deste mês, o colega de Khatibzadeh no Departamento de Estado, Ned Price, disse que era Teerã que não estava cedendo para tornar-se um acordo possível, mas que Washington ainda acreditava que havia “oportunidade de superar nossas diferenças remanescentes.

A chave entre as questões não resolvidas é uma exigência de Teerã de que o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, o braço ideológico das forças armadas do Irã, seja removido de uma lista negra de terror dos EUA.

Washington resistiu ao movimento.

El-Sisi recebe delegação dos EUA sobre questão da Palestina

O presidente egípcio Abdel Fattah El-Sisi detalhou a posição do Egito sobre a questão palestina para uma delegação americana visitante.

Durante uma reunião com o grupo do Congresso dos EUA, chefiado pelo senador Richard Shelby, El-Sisi destacou a importância de se chegar a uma solução justa e abrangente que garanta os direitos do povo palestino de acordo com o direito internacional, que abra perspectivas de convivência e cooperação entre todos os povos da região.

O porta-voz da presidência egípcia, Bassam Rady, disse que El-Sisi deu as boas-vindas à delegação dos EUA e “enfatizou a importância que o Egito atribui à comunicação permanente com os líderes do Congresso, no âmbito das relações bilaterais estabelecidas entre o Egito e os EUA”.

El-Sisi exortou “a vontade do Egito de fortalecer essas relações em uma estrutura de respeito mútuo e interesse comum, especialmente à luz da turbulência na região e dos crescentes desafios que ela cria”, disse Rady.

A delegação dos EUA destacou a importância dos laços EUA-Egito e elogiou a cooperação conjunta entre os dois países.

“O Egito é um pilar de segurança e estabilidade no Oriente Médio e no mundo árabe, bem como um parceiro fundamental para os EUA na região”, disse um comunicado do grupo.

Eles saudaram o sucesso do Egito no combate ao terrorismo e ao extremismo e a promoção da liberdade de crença na sociedade egípcia, além dos grandes esforços feitos no Egito para alcançar um desenvolvimento abrangente.

Rady acrescentou que o encontro discutiu formas de fortalecer as relações bilaterais em vários campos, especialmente na política, militar e economia. Desenvolvimentos regionais e internacionais também foram discutidos.

Israel ataca Faixa de Gaza em retaliação a disparo de foguete contra seu território

Forças israelenses atacaram a Faixa de Gaza na manhã de terça-feira (19) em retaliação ao o disparo de um foguete que foi lançado do território palestino contra Israel, informaram testemunhas e o movimento islâmico Hamas.

Aviões israelenses atacaram o sul da Faixa de Gaza, segundo testemunhas. O braço armado do Hamas afirmou que abriu fogo contra aviões israelenses.

“Parabéns aos homens da resistência que enfrentaram os aviões de guerra com nossa defesa antiaérea”, disse Hazem Qassem, porta-voz do Hamas, em comunicado.

Qassem disse que as forças israelenses atacaram lugares vazios.

Testemunhas e fontes de segurança na Faixa de Gaza não relataram feridos nos ataques.

Israel atacou depois que um foguete foi disparado daquele território palestino em direção a Israel e foi interceptado pelo sistema antimísseis “Domo de Ferro”.

“Em retaliação a esse ataque, aviões de guerra do exército israelense atacaram fábricas de armas da organização terrorista Hamas na Faixa de Gaza”, disseram os militares israelenses.

No fim de semana houve uma onda de violência na Esplanada das Mesquitas (tanto dentro do local como ao redor), o terceiro local sagrado do Islã e o primeiro local sagrado do judaísmo, onde mais de 170 pessoas ficaram feridas, a maioria palestinos.

Fintechs sauditas mobilizam mudanças econômicas no Reino

Com a pandemia diminuindo, uma nova safra de empresas de fintech está anunciando os ventos da mudança na forma como os negócios são administrados na Arábia Saudita.

Desde facilitar pagamentos sem dinheiro até oferecer análises de dados financeiros e fornecer empréstimos, essas empresas estão lançando alternativas mais simples e personalizadas ao banco tradicional.

“O PIB da Arábia Saudita é simplesmente impressionante. Você tem um potencial muito maior para o que faz na Arábia Saudita. Você tem 10 vezes o potencial no Egito e pelo menos cinco vezes o potencial nos Emirados Árabes Unidos”, disse Ahmad Coucha, cofundador e CEO da FlapKap, ao Arab News.

A FlapKap, uma empresa com sede no Egito, fornece insights baseados em IA e análise de dados financeiros e planeja se estabelecer no Reino.

A empresa oferece às empresas de comércio eletrônico insights de ponta para otimizar seus gastos com publicidade e maximizar os lucros. Ele também oferece a essas empresas condições de pagamento flexíveis em gastos com publicidade para garantir um crescimento sustentável sem restrições de caixa.

Outra fintech inovadora que marca presença no Reino é a HyperPay, uma empresa de pagamentos online com sede na Jordânia.

A empresa obteve recentemente uma autorização técnica da Saudi Payments, uma subsidiária integral do Saudi Central Bank, ou SAMA.

A licença técnica permite que os prestadores de serviços de pagamento eletrônico ativem os serviços Mada, um esquema central de pagamentos que conecta todos os caixas eletrônicos e pontos de venda em todo o país.

“Após anos de trabalho duro para estabelecer uma infraestrutura digital adequada, a Arábia Saudita agora está pronta para adotar pagamentos digitais. E é por isso que eles estão muito à frente de qualquer um na região”, disse Muhannad Ebwini, cofundador e CEO da HyperPay.

De acordo com um relatório da Fintech Saudi, os valores das transações de fintech entre 2017 e 2019 aumentaram mais de 18% em relação ao ano anterior, atingindo mais de US$ 20 bilhões em 2019.

Com um número crescente de empreendedores de primeira geração competindo com grandes instituições financeiras, o relatório afirmou que o valor da transação ultrapassará US$ 33 bilhões até 2023.

Autoridades rivais da Líbia concluem negociações eleitorais sem acordo

Autoridades rivais líbias encerraram conversas de uma semana na capital egípcia sem um acordo sobre arranjos constitucionais para eleições, informou a Organização das Nações Unidas.

Doze parlamentares do parlamento líbio com sede no Leste e 12 do Alto Conselho de Estado, um órgão consultivo na capital de Trípoli, no oeste da Líbia, participaram das negociações mediadas pela ONU que foram concluídas na segunda-feira no Cairo.

A conselheira especial da ONU para a Líbia, Stephanie Williams, disse que as autoridades concordaram em se reunir no próximo mês após o feriado muçulmano do Eid Al-Fitr, que marca o fim do Ramadã.

Williams disse que a ONU está trabalhando para obter o consenso alcançado no início deste ano entre as duas câmaras com o objetivo de chegar a um acordo sobre uma estrutura constitucional e legislativa para as eleições parlamentares e presidenciais.

As negociações ocorreram no momento em que a Líbia foi separada novamente, com dois governos rivais reivindicando o poder após tentativas de unidade no ano passado, após uma década de guerra civil.

Em fevereiro, a Câmara dos Deputados, sediada no leste do país, nomeou um novo primeiro-ministro, o ex-ministro do Interior Fathi Bashagha, para liderar um novo governo interino.

Os legisladores alegaram que o mandato do primeiro-ministro interino Abdul Hamid Dbeibah, com sede em Trípoli, expirou quando a eleição não ocorreu como planejado em dezembro.

Dbeibah, no entanto, resistiu aos esforços para substituir seu governo. Ele disse que entregará o poder apenas a um governo eleito.

Com os dois líderes mantendo suas posições, a turbulência aumentou e milícias fortemente armadas se mobilizaram na região oeste, incluindo a capital, onde ocasionalmente bloqueavam estradas.

Líderes tribais e manifestantes na região sul também fecharam instalações de petróleo, incluindo o maior campo de petróleo da Líbia, exigindo que Dbeibah renuncie. A região é controlada pelas forças do comandante Khalifa Haftar, baseado no Leste.

Os acontecimentos levantaram temores de que os combates possam retornar à Líbia após um período de relativa calma desde que as partes em conflito assinaram um cessar-fogo mediado pela ONU no final de 2020, e matou o ditador de longa data Muammar Kadafi em 2011.

O país passou grande parte da última década dividido entre administrações rivais no Leste e no Oeste, cada uma apoiada por diferentes milícias e governos estrangeiros.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
22/04/2022