Cenário Econômico Internacional – 29/04/2022

Cenário Econômico Internacional – 29/04/2022

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Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Líderes do Banco Mundial, FMI e OMC pedem agilidade em plano de segurança alimentar

Os líderes do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Organização Mundial do Comércio (OMC) e do Banco Mundial defenderam uma ação rápida em torno de um novo plano de ação para segurança alimentar a ser preparado por instituições financeiras internacionais.

“É realmente urgente fazê-lo funcionar para evitar que as pessoas morram desnecessariamente”, disse a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, em evento realizado como parte das reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial.

O presidente do Banco Mundial, David Malpass, disse que um passo crítico seria obter maior transparência sobre os estoques de alimentos dos países para ajudar os mercados a funcionar melhor.

Inflação e guerra na Ucrânia foram principais temas de reunião do FMI

As consequências econômicas da invasão da Ucrânia pela Rússia e a alta da inflação em todo o mundo deram o tom da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington. Nas conferências, nenhuma das autoridades arriscou uma previsão sobre quando a guerra no Leste Europeu acabará, o que demanda dos governos poupar os recursos, com controle da dívida pública.

Ao mesmo tempo, a urgência no combate à alta expressiva dos preços foi um consenso entre as autoridades participantes do evento. Muitas delas estavam convictas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) teria demorado a subir os juros.

O presidente do Fed, Jerome Powell disse que uma alta de 0,50 ponto porcentual está “na mesa” para o próximo encontro do Fomc, em maio. Ele ressaltou que têm mérito as ações emergenciais para mitigar a alta do petróleo deflagrada pela guerra, como a liberação de reservas estratégicas do produto pelo presidente americano, Joe Biden.

Já Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), foi bem menos incisiva do que Powell, ao não indicar uma elevação imediata de juros. Ela vive um drama maior no comando do BCE, pois a Europa está sendo diretamente atingida pela guerra na Ucrânia e corre o risco de enfrentar uma recessão, caso o conflito se prolongue.

Para Lagarde, não é razoável fixar uma data para a elevação dessas taxas porque, se o BCE é dependente de dados, então, “pelo amor de Deus” é preciso esperar tais estatísticas trazerem informações que justifiquem o aperto da política monetária.

Mudanças climáticas ameaçam 4% do PIB global, estima novo estudo

As mudanças climáticas podem causar uma perda de 4% da produção econômica global anual até 2050 e atingir muitas partes mais pobres do mundo de forma desproporcional, estimou um novo estudo abrangendo 135 países.

A agência de classificação de risco S&P Global, que dá aos países pontuações de crédito com base na saúde de suas economias, publicou um relatório analisando o provável impacto econômico do aumento do nível do mar e de ondas de calor, secas e tempestades mais regulares.

Em um cenário base em que os governos evitam, em grande parte, novas políticas consideráveis de mudança climática, os países de renda média e baixa provavelmente terão perdas no Produto Interno Bruto (PIB) 3,6 vezes maiores, em média, do que as de nações mais ricas.

A exposição de Bangladesh, Índia, Paquistão e Sri Lanka a incêndios florestais, inundações, grandes tempestades e também à escassez de água significa que o sul da Ásia tem de 10% a 18% do PIB em risco, aproximadamente o triplo da porcentagem ameaçada da América do Norte e 10 vezes mais que a taxa da região menos afetada, Europa.

As regiões de Ásia Central, Oriente Médio e Norte da África e África Subsaariana também enfrentam perdas consideráveis. Os países do Leste Asiático e do Pacífico enfrentam níveis de exposição semelhantes aos da África Subsaariana, mas principalmente por causa de tempestades e inundações, em vez de ondas de calor e secas.

“Em diferentes graus, este é um problema para o mundo”, disse o principal analista de crédito governamental da S&P, Roberto Sifon-Arevalo. “Uma coisa que realmente salta aos olhos é a necessidade de apoio internacional para muitas dessas partes (mais pobres) do mundo”.

Os países na região da Linha do Equador ou pequenas ilhas tendem a estar mais em risco, enquanto as economias mais dependentes de setores como a agricultura provavelmente serão mais afetadas do que aquelas com grandes setores de serviços.

Chefe da ONU na Ucrânia após disputa de gás UE-Rússia

O chefe da ONU chamou a guerra de “um absurdo” durante uma visita à Ucrânia na quinta-feira (28), depois que Bruxelas alertou a Rússia de que não vacilará em seu apoio a Kiev após a decisão da Rússia de cortar o fornecimento de gás para a Bulgária e a Polônia.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, chamou a guerra de “um absurdo no século 21” ao visitar Borodianka nos arredores de Kiev, palco de supostas mortes de civis pelas forças russas.

Mais tarde, Guterres se encontrará com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky na visita, que segue conversas com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou.

Guterres também deve visitar Bucha e Irpin, locais de outros supostos crimes de guerra russos.

Putin disse que se as forças ocidentais, que estão fornecendo armamento cada vez mais pesado para Kiev, intervirem na Ucrânia, elas enfrentarão uma resposta militar “rápida como um relâmpago”.

“Temos todas as ferramentas para isso, que ninguém mais pode se gabar de ter”, disse o líder russo aos legisladores, referindo-se implicitamente aos mísseis balísticos e ao arsenal nuclear de Moscou.

“Não vamos nos gabar disso: vamos usá-los, se necessário”, disse ele.

As terríveis ameaças ocorreram quando Moscou alegou ter realizado um ataque com mísseis no sul da Ucrânia para destruir um “grande lote” de armas fornecidas pelo Ocidente.

Quando a guerra, que já custou milhares de vidas, entrou em seu terceiro mês, Kiev admitiu que as forças russas obtiveram ganhos no Leste.

A ofensiva militar da Rússia viu capturar uma série de aldeias na região de Donbas, agora o foco de sua invasão.

E em seu impasse econômico com o Ocidente, Moscou cortou o fornecimento de gás para a Bulgária e a Polônia, dois membros da UE e da OTAN que apoiam a Ucrânia no conflito.

No entanto, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, disse que a Polônia e a Bulgária estão agora recebendo gás de seus vizinhos da UE.

Ela descreveu o anúncio da gigante estatal russa de energia Gazprom como “outra provocação do Kremlin”.

Não é surpresa que o Kremlin use combustíveis fósseis para tentar nos chantagear. Nossa resposta será imediata, unida e coordenada. A Gazprom anunciou a suspensão do fornecimento de gás tanto para a Polônia quanto para a Bulgária altamente dependente, dizendo que não havia recebido o pagamento em rublos dos dois membros da UE.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (25), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, o movimento se deu na esteira da notícia de que o Twitter aceitou a proposta de compra por Elon Musk, o que impulsionou os índices acionários, apesar dos temores sobre o impacto econômico das restrições contra a Covid-19 na China. A temporada de balanços também segue no radar. O índice Dow Jones teve alta de 0,70%, a 34.049,46 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,57%, a 4.296,12 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,29%, a 13.004,85 pontos.

Na terça-feira (26), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, com o índice de tecnologia Nasdaq fechando no menor nível desde dezembro de 2020, conforme investidores se preocuparam com a desaceleração do crescimento global e um banco central norte-americano mais agressivo. O índice Dow Jones teve queda de 2,38%, a 33.240,18 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 2,81%, a 4.175,20 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 3,95%, a 12.490,74 pontos.

Na quarta-feira (27), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, em uma sessão marcada pela volatilidade. O foco esteve nos resultados dos balanços de grandes empresas, com Microsoft tendo aumento de lucros e receita, enquanto Boeing ampliou prejuízos, decepcionando o mercado e com a ação recuando nesta quarta 7,53%. Já a Alphabet lucrou menos que o esperado, e suas ações também caíram. O índice Dow Jones teve alta de 0,19%, a 33.301,93 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,21%, a 4.183,96 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,01%, a 12.488,93 pontos.

Na quinta-feira (28), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, com o balanço forte da Meta Platforms elevando as ações de tecnologia e crescimento, o que compensava preocupações com dados que mostraram contração inesperada da atividade econômica dos Estados Unidos no primeiro trimestre. Por volta das 14h12, o índice Dow Jones registrava alta de 1,73%, a 33.877,72 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 2,34%, a 4.282,06 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 3,20%, a 13.419,73 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 22.04.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (22) cotado a R$ 4,8051 com alta de 4,00%. O dólar disparou na sexta-feira (22), registrando a maior alta percentual diária desde o começo da pandemia de Covid-19, em março de 2020, em sessão em que chegou a flertar com a cotação de 4,84 reais.

Na segunda-feira (25) – O dólar à vista registrou alta de 1,47%, cotado a R$ 4,8755 na venda. Após esboçar correr até R$ 4,95 no início da tarde, quando chegou a subir 3% e registrou máxima a R$ 4,9493, o dólar desacelerou o ritmo de ganhos nas últimas três horas de pregão, em sintonia com a diminuição da aversão ao risco no exterior e a virada das bolsas norte-americanas para o campo positivo. O dólar oscilou entre R$ 4,9493 na máxima e R$ 4,8036 na mínima.

Na terça-feira (26) – O dólar à vista registrou alta de 2,36%, cotado a R$ 4,9905 na venda. A terça-feira (26) ficou marcada pelo retorno do dólar ao patamar de 5 reais, em mais uma sessão de fortes ganhos da moeda norte-americana que exigiram nova intervenção do Banco Central, o que ajudou a aplacar a alta. O dólar oscilou entre R$ 4,9997 na máxima e R$ 4,8937 na mínima.

Na quarta-feira (27) – O dólar à vista registrou queda de 0,47%, cotado a R$ 4,9671 na venda. O dólar à vista recuou na sessão de quarta-feira (27), marcada pela divulgação de dados do fluxo cambial e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de abril. Segundo operadores, a recuperação parcial dos ativos de risco no exterior, depois de uma forte onda de depreciação, abriu espaço para ajustes e realização de lucros no mercado doméstico de câmbio. O dólar oscilou entre R$ 4,9997 na máxima e R$ 4,8937 na mínima.

Na quinta-feira (28) – Por volta das 14h12, o dólar operava em alta de 0,15% cotado a R$ 4,9748 na venda. A demanda é estimulada pela contínua valorização do dólar no exterior bem como o avanço há pouco dos retornos dos títulos do Tesouro norte-americano com busca de proteção.

Mester, do Fed, quer aumentos “metódicos” dos juros, não gigantes

A presidente do Federal Reserve de Cleveland, Loretta Mester, se contrapôs as expectativas do mercado de que o Fed adotará altas ainda maiores da taxa de juros para ajudar a reduzir a inflação, dizendo que prefere uma abordagem mais “metódica”.

“Eu apoiaria neste momento, considerando onde a economia está, um aumento de 50 pontos-base em maio e mais alguns para chegar a esse nível de cerca de 2,5% até o fim do ano”, disse Mester na CBNC, referindo-se ao nível de custos de empréstimos que ela acredita que seria “neutro” para a atividade econômica.

Nesse ponto, disse Mester, o Fed poderia avaliar o estado da economia e da inflação para ou pausar o aperto ou promover novos aumentos.

Questionada se apoiaria um aumento de 75 pontos-base, ela disse: “Você não precisa ir lá neste momento”.

Na sexta-feira (22), operadores chegaram a precificar dois desses aumentos de juros após uma alta de 0,50 ponto percentual em maio, um dia depois que o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou uma postura agressiva contra a inflação, ressaltando que, diante da escalada dos preços nos EUA, “é apropriado avançar um pouco mais rapidamente”.

“Fazer um movimento desproporcional na taxa de juros não me parece realmente o caminho certo a seguir”, disse Mester. “Eu preferiria ser mais deliberativa e mais consistente no aumento da taxa.”

Suas observações provavelmente serão o último comentário público de qualquer formulador de política monetária do Fed antes da próxima reunião, nos dias 3 e 4 de maio.

Argentina não modificará acordo de dívida de US$ 45 bilhões com FMI, diz ministro da Economia

O ministro da Economia da Argentina, Martin Guzmán, disse que um acordo de dívida de 45 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI) não será alterado, após uma reunião com a chefe do FMI, Kristalina Georgieva.

“Não vamos mudar os objetivos do programa com o FMI”, disse Guzmán à mídia local.

O governo peronista de centro-esquerda do país sul-americano, liderado pelo presidente Alberto Fernández, fechou um acordo com o credor internacional no início de março para evitar um calote.

O acordo estabelece um novo cronograma de financiamento ao longo de um período de 30 meses para substituir um programa fracassado de 57 bilhões de dólares, de 2018, que o país produtor de grãos não conseguiu pagar após anos de recessão, inflação em espiral e fuga de capitais.

No entanto, Guzmán alertou, sem dar detalhes, que haverá uma mudança de ênfase para focar a rede de segurança social devido às consequências da invasão russa da Ucrânia, que tem alimentado a inflação mundial.

Megaempresário Elon Musk inicia nova era à frente do Twitter

A expectativa sobre a compra do Twitter pelo megaempresário Elon Musk, CEO da Tesla, foi confirmada ontem. Por US$ 44 bilhões, US$ 1 bilhão a mais que a oferta de duas semanas atrás, o bilionário se tornou integralmente dono da plataforma digital. A transação será concretizada ainda em 2022, e, depois de completa, o Twitter terá o capital fechado e estará totalmente sob a gestão da X Holdings, companhia criada estrategicamente para a realização do negócio.

As investidas de Musk sobre o Twitter começaram em 4 de abril, quando o empresário adquiriu 9% das ações da empresa, tornando-se um dos principais acionistas da plataforma, que possui 217 milhões de usuários em todo o mundo. Em seguida, ofereceu US$ 6 bilhões a mais que o valor de mercado para comprar toda a empresa, o que não foi para frente. Em 14 de abril, Musk fez uma oferta oficial de US$ 43 bilhões, mas não obteve resposta do conselho da companhia.

Os mandatários do Twitter se reuniram no último domingo (24) para avaliar a oferta e ontem foi confirmada a venda. Com isso, os sócios da empresa receberão US$ 54,20 por ação. A novidade movimentou as bolsas de valores pelo mundo. Em Nova York, na bolsa de empresas de tecnologia Nasdaq, as ações do Twitter abriram em alta de 3,09%, cotadas a US$ 50,44. No fechamento, a valorização alcançava 6,25%.

Estados Unidos dizem querer armar Ucrânia até ‘verem Rússia enfraquecida’

Após voltar de uma visita a Kiev, o secretário de Defesa do Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmou que seu país quer armar a Ucrânia até ver “a Rússia enfraquecida” a ponto não poder mais lutar na guerra. Austin anunciou mais ajudas militares de Washington às tropas ucranianas e se disse confiante na derrota de Moscou.

“Queremos ver a Rússia enfraquecida a ponto de não poder fazer o tipo de coisa que fez ao invadir a Ucrânia”, declarou Austin. “A Rússia já perdeu muita capacidade militar. E muitas de suas tropas, e queremos que eles não tenham a força para reconstituir rapidamente essa capacidade”.

Ele e o secretário de Estado, Antony Blinken, visitaram Kiev neste fim de semana. Foi a primeira vez, desde o início da invasão russa à Ucrânia, que membros do governo norte-americano estiveram no país.

Em reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, Blinken e Austin anunciaram mais ajudas militares de mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 4,8 bilhões) em armas, munições drones e auxílio financeiros. Os dois secretários anunciaram ainda o retorno progressivo da diplomacia americana à Ucrânia e avaliaram que Kiev tem condições de vencer a guerra, desde que tenha os armamentos certos.

“Nós acreditamos que eles podem vencer se tiverem o equipamento certo, o apoio adequado”, declarou Austin. Segundo ele, os EUA enviarão armas pesadas dentro do novo pacote de ajuda.

Em resposta, a Rússia “alertou” os Estados Unidos sobre o novo envio de armas à Ucrânia, que o embaixador da Rússia em Washington, Anatoly Antonov, afirmou ser “inaceitável”.

Antonov disse condenar o reforço militar e contou ter enviado um comunicado à Casa Branca contra a prática.

Governo do Chile aumenta salário mínimo e ajuda famílias para compensar alta dos alimentos

O governo do Chile fechou um acordo com a Central Única de Trabalhadores para aumentar o salário mínimo em 12,5% e anunciou um programa para ajudar 1,5 milhão de lares a lidar com o aumento do custo dos alimentos.

O programa de ajuda, que irá ajudar a subsidiar a cesta básica para um conjunto de 80 produtos, terá um custo fiscal de 850 milhões de dólares, anunciou nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Mario Marcel. Será uma ajuda direta a 1,5 milhão de lares mais pobres, para ajudar a compensar o custo da cesta básica, que subiu 14% nos últimos 12 meses.

O valor, que será distribuído até dezembro, será reajustado de acordo com o aumento da cesta básica.

O acordo firmado precisa ser ratificado pelo Congresso e irá aumentar o salário mínimo para US$ 470 a partir de agosto, um reajuste de 12,5%.

“Vamos combinando medidas que são imediatas, como esse aumento do salário mínimo e a compensação pelo aumento do custo de vida, com reformas estruturais”, explicou Marcel em entrevista à rádio Duna.

Os saques antecipados de fundos de pensão, juntamente com a ajuda direta distribuída pelo governo anterior, do conservador Sebastián Piñera, contribuíram para o crescimento da inflação no Chile, que em março acumulou um aumento anual de 9,4%.

Deutsche prevê juros do Fed de 5% a 6% e alerta para recessão nos EUA

O Federal Reserve provavelmente precisará implementar o aperto monetário mais agressivo desde os anos 80 para conter a taxa de inflação mais alta em quatro décadas, o que levará a uma profunda recessão nos EUA no ano que vem, alertaram economistas do Deutsche Bank.

“Assumimos conservadoramente que uma taxa básica do Fed movendo-se para a faixa de 5% a 6% será suficiente para cumprir a tarefa desta vez”, os autores, incluindo David Folkerts-Landau, economista-chefe do grupo e chefe de pesquisa, escreveu em um relatório. “Isso em parte porque o processo de aperto monetário será reforçado pela redução do balanço do Fed, que nossa equipe de economia dos EUA estima que será equivalente a alguns aumentos adicionais de 25 pontos-base”.

Esse aperto monetário e a turbulência financeira que o acompanha “levará a economia a uma recessão significativa até o final do próximo ano”, disse Folkerts-Landau, acrescentando que o Deutsche prevê aumento no desemprego de “vários pontos percentuais”.

Os economistas do Deutsche admitem que estão muito mais pessimistas do que a maioria dos outros grandes analistas. O Goldman Sachs estimou chances de uma contração em cerca de 35% nos próximos dois anos. O modelo da Bloomberg Economics estima 44% de chance de recessão antes de janeiro de 2024.

O presidente do Fed, Jerome Powell, e seus colegas disseram que seu objetivo é alcançar um pouso suave para a economia dos EUA, trazer a inflação de volta para sua meta de 2% e preservar um mercado de trabalho robusto.

Espera-se que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) aumente as taxas em meio ponto percentual em sua reunião de 3 a 4 de maio e anuncie que começará a encolher seu balanço de US$ 9 trilhões.

Na visão dos economistas do Deutsche, os planos do FOMC de elevar os juros para um nível neutro, que não estimula nem contrai o crescimento, de cerca de 2,5% não vão longe o suficiente para aliviar a inflação. Isso se deve a uma psicologia de aumento de preços que está se enraizando entre os lares americanos e um mercado de trabalho extremamente apertado, onde o desemprego caiu para 3,6%.

O Deutsche estima uma taxa neutra muito superior à visão do Fed, em torno de 5%, e projeta que o rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos subirá para 4,5% a 5%.

“Teremos uma grande recessão, mas acreditamos fortemente que quanto mais cedo e mais agressivamente o Fed agir, menos danos de longo prazo haverá para a economia”, concluíram os autores.

Agências dos EUA direcionam US$ 670 milhões para ajuda alimentar internacional após invasão da Ucrânia

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) contribuirão juntos com quase US$ 700 milhões para os esforços internacionais de ajuda alimentar após a invasão da Ucrânia pela Rússia, disseram as agências.

O dinheiro será destinado a operações de emergência de alimentos na Etiópia, Quênia, Somália, Sudão, Sudão do Sul e Iêmen. US$ 282 milhões virão do Bill Emerson Humanitarian Trust (BEHT), que é co-gerenciado pelas agências.

O USDA também fornecerá US$ 388 milhões para transporte, remessa e outros custos, disse a agência.

“A guerra não provocada da Rússia contra a Ucrânia, um grande país exportador de produtos agrícolas, está elevando os custos de alimentos e energia para as pessoas em todo o mundo”, disse o secretário de Agricultura, Tom Vilsack, em comunicado.

Em março, membros do Senado da Fome Caucus pediram ao USDA e à USAID que utilizassem fundos do BEHT, não feito desde 2014, já que o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas previu uma terrível fome global resultante de interrupções nas exportações da Ucrânia e da Rússia.

Juntos, Rússia e Ucrânia respondem por cerca de um quarto das exportações mundiais de trigo.

A invasão estava levando a uma “assombrosa crise alimentar global”, disse a administradora da USAID, Samantha Power.

A Rússia chama suas ações na Ucrânia de “operação especial” para desarmar a Ucrânia e protegê-la dos fascistas. A Ucrânia e o Ocidente dizem que a alegação fascista é infundada e que a guerra é um ato de agressão não provocado.

Parlamentares do Canadá votam por unanimidade para rotular atos da Rússia na Ucrânia como ‘genocídio’

O Parlamento canadense aprovou por unanimidade uma moção que reconhece os “atos de genocídio (da Rússia) contra o povo ucraniano” e cita evidências de “crimes de guerra e crimes contra a humanidade sistemáticos e em massa”.

“Hoje, cada legislador de Câmara dos Comuns apoiou minha moção para reconhecer que a Federação da Rússia está cometendo genocídio contra o povo ucraniano”, tuitou a deputada Heather McPherson, do esquerdista Novo Partido Democrático.

A moção afirma que os crimes são cometidos “pelas Forças Armadas da Federação da Rússia, dirigidos pelo presidente Vladimir Putin e outros no Parlamento russo”.

As “atrocidades em massa” incluem “instâncias sistemáticas de assassinato intencional de civis ucranianos e a profanação de cadáveres”, tortura, estupro e “transferência forçada de crianças ucranianas para o território russo”.

Ao aprovar a moção, a Câmara dos Comuns reconheceu que “a Federação da Rússia comete atos de genocídio contra o povo ucraniano”, segundo o documento.

O Legislativo ucraniano aprovou uma resolução similar há 10 dias.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (25), as bolsas europeias fecharam em queda, com o apetite por risco em geral nos mercados globais prejudicados pelo noticiário da China. O fato de que autoridades locais realizam testes em massa contra Covid-19 e limitam movimentações em algumas localidades gerava temor sobre eventuais impactos econômicos. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,81%, a 445,11 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 2,01%, a 6.449,38 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,54%, a 13.924,17 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,04%, a 5.940,19 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,90%, a 8.574,60 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,88%, a 7.380,54 pontos.

Na terça-feira (26), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, com sensível piora na reta final do pregão, em meio às fortes perdas observadas em Nova York. Além de balanços corporativos, investidores monitoram sinais de desaceleração da economia global, em um momento de aperto monetário em países desenvolvidos. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,90%, a 441,10 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,54%, a 6.414,57 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,20%, a 13.756,40 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,32%, a 5.861,72 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,58%, a 8.439,30 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,08%, a 7.386,19 pontos.

Na quarta-feira (27), as bolsas europeias fecharam em alta, após sessão volátil. Alguns balanços corporativos agradaram e apoiaram o quadro, mas também havia certa cautela após um dado da Alemanha e depois que a Rússia cortou o fornecimento de gás para Polônia e Bulgária. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,73%, a 444,31 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,48%, a 6.445,26 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,27%, a 13.793,94 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,42%, a 5.886,34 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,46%, a 8.477,70 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,72%, a 7.439,35 pontos.

Na quinta-feira (28), as bolsas europeias fecharam em alta, recebendo suporte de balanços trimestrais positivos e acompanhando também o bom humor no mercado acionário americano, que sobe após a divulgação de resultados melhores do que o esperado da Meta Platforms (a dona do Facebook). O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,62%, a 447,07 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,98%, a 6.508,14 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,35%, a 13.979,84 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,78%, a 5.932,30 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,41%, a 8.512,20 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,13%, a 7.509,19 pontos.

Macron vence Le Pen e garante novo mandato na França

Reeleito no domingo (24), o presidente francês, Emmanuel Macron, terá vários desafios em seu segundo mandato. Um dos principais será unir a França após estas eleições e obter apoio das classes mais populares, que preferiram majoritariamente votar em candidatos radicais de direita e de esquerda (nesse caso, no primeiro turno) ou se abster de votar. Disso depende a força da oposição que Macron poderá ter de enfrentar após as legislativas de junho e o avanço de medidas impopulares, como a reforma da aposentadoria.

Segundo resultados parciais do Ministério do Interior, Macron foi reeleito com 58,55% dos votos. Marine Le Pen, da direita radical, sua rival no segundo turno, obteve 41,45%, o melhor resultado já obtido pelo Reunião Nacional (também conhecido em português como Reagrupamento Nacional, ex-Frente Nacional) em uma votação.

A abstenção foi de 28%, uma das mais elevadas nas últimas décadas.

Apesar de ter vencido com uma vantagem considerável, ainda mais para um presidente em exercício, houve um avanço considerável da direita radical de Le Pen, que no segundo turno da eleição presidencial de 2017 havia obtido 33,9% dos votos.

A vitória de Macron com uma boa diferença sobre Le Pen foi possível graças sobretudo aos votos de parte do eleitorado de Jean-Luc Mélenchon, da esquerda radical, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 22%. Como Le Pen, Mélenchon também atrai principalmente franceses com menor renda.

Em seu discurso na noite de domingo (24), após a divulgação das projeções que indicaram sua vitória, realizado nos jardins do Champs de Mars, com a torre Eiffel ao fundo (em 2017, Macron havia escolhido a pirâmide do Louvre como cenário), o presidente reeleito reconheceu que a França está dividida e prometeu encontrar “respostas” aos franceses que expressaram “raiva e desacordos” ao votar em Le Pen ou que se abstiveram nas eleições.

Macron disse ainda no discurso que “não é o candidato de um campo, mas o presidente de todos” e prometeu reformular o método de governar a França, afirmando que os próximos anos não serão “uma continuidade” do atual mandato. Ele declarou também que “ninguém será deixado na beira do caminho.”

Zelensky, Blinken e Austin se reúnem em Kiev, diz presidência ucraniana

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e os secretários de Estado e Defesa dos Estados Unidos, Antony Blinken e Lloyd Austin, respectivamente, se reuniram em Kiev, informou a presidência ucraniana.

“Os americanos estão em Kiev. Neste momento estão conversando com o presidente”, disse Oleksiy Arestovich, assessor de Zelensky, em entrevista transmitida pelo YouTube.

Os EUA não comentaram sobre a viagem.

Este é o primeiro encontro do presidente ucraniano com representantes do governo dos EUA na Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.

As conversas do domingo se destinam principalmente a tratar do fornecimento de armas pelos Estados Unidos à Ucrânia.

“A amizade e a colaboração entre a Ucrânia e os Estados Unidos estão mais fortes do que nunca”, tuitou Zelensky, sem dar mais detalhes.

Arestovich, por sua vez, reiterou no YouTube o desejo do governo ucraniano de receber “armas ofensivas”. “Enquanto não pudermos revidar, haverá um ‘novo Bucha’ todos os dias”, afirmou ele, referindo-se à cidade a noroeste de Kiev que se tornou um símbolo das atrocidades cometidas durante a ocupação russa da região em março.

“Os representantes americanos não viriam aqui se não estivessem dispostos a doar [armas]”, afirmou ele.

No sábado, Zelensky havia se declarado “agradecido” ao governo dos EUA pela ajuda prestada à Ucrânia, mas repetiu que queria obter “armas ainda mais pesadas e potentes” para enfrentar o exército russo.

Oleksiy Arestovich também afirmou que “as linhas de defesa estavam prestes a entrar em colapso” em Mariupol, cidade portuária do sul da Ucrânia amplamente controlada pelas forças russas, onde os últimos combatentes ucranianos se entrincheiraram, ao lado de civis, em uma grande siderúrgica, a Azovstal.

Reeleição de Macron não tem efeito imediato na classificação de crédito da França, diz S&P Global

A reeleição do presidente francês Emmanuel Macron não tem efeito imediato na classificação de crédito soberano “AA” do país, disse a S&P Global, embora o cenário político ainda dividido possa diluir reformas econômicas.

“Acreditamos que os planos de política econômica do presidente Macron dependerão de seu partido garantir a maioria parlamentar após as eleições legislativas de 12 e 19 de junho de 2022”, disse a S&P em nota.

“Os riscos de implementação relacionados à fragmentação política ou complacência política não são desprezíveis. Além disso, uma forte oposição às propostas de reforma, como demonstrado pela greve da reforma previdenciária em 2019-2020, pode atrasar ou diluir sua execução.”

Rússia alerta para risco ‘real’ de uma Terceira Guerra Mundial pela Ucrânia

A Rússia alertou para o risco real de uma Terceira Guerra Mundial, depois que autoridades do alto escalão americano visitaram a Ucrânia e garantiram que é possível ganhar o conflito com o “equipamento adequado”.

Diante das sanções sem precedentes contra Moscou impostas pelos países ocidentais e o crescente apoio militar à Ucrânia, o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, alertou que “o perigo de uma guerra mundial é grave, é real, não pode ser subestimado”.

Lavrov também acusou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de “fingir” negociar. “É um bom ator, mas se olhar com atenção e ler com cuidado o que ele diz, serão encontradas milhares de contradições”, afirmou.

“A boa vontade tem limites, mas se não for recíproca, não contribui para o processo de negociações. Mas seguimos mantendo negociações com a equipe enviada por Zelensky”, continuou Lavrov.

Desde o início da guerra, há mais de dois meses, Zelensky pede incessantemente aos aliados ocidentais o envio de armamento mais pesado para fazer frente à teórica superioridade militar da Rússia.

E os pedidos parecem fazer efeito. Vários países da Otan se comprometeram nos últimos dias a proporcionar armas pesadas e equipamentos para a Ucrânia, apesar dos protestos de Moscou.

BCE tem espaço para 2 a 3 aumentos de juros neste ano, diz Kazaks

O Banco Central Europeu deve aumentar as taxas de juros em breve e tem espaço para até três altas neste ano, disse o membro do BCE Martins Kazaks à Reuters, juntando-se a um coro de autoridades que pedem uma retirada rápida do estímulo.

“Um aumento de juros em julho é possível e razoável”, disse Kazaks, presidente do banco central da Letônia, em entrevista. “Os mercados estão precificando dois ou três ajustes de 25 pontos-base até o final do ano. Não tenho motivos para contestar isso, é uma visão bastante razoável de se adotar.”

“Se isso acontecerá em julho ou setembro não é muito diferente, mas acho que julho seria uma opção melhor”, disse ele.

Kazaks disse que, como parte da normalização, o BCE deve eventualmente aumentar os juros para nível neutro, em que o banco central não está estimulando nem impedindo o crescimento.

Várias estimativas projetam essa taxa em 1% a 1,5%, disse Kazaks, bem acima da atual taxa de depósito de -0,5% e de sua principal taxa de refinanciamento, que está estacionada em zero.

Kazaks acrescentou que inicialmente o BCE deveria aumentar os juros em 25 pontos-base, mas que incrementos dessa magnitude não são obrigatórios. Ele também disse que não há motivo específico para o banco central parar a alta quando os juros básicos voltarem a zero, mesmo que essa seja uma barreira psicológica.

O BCE se reunirá novamente em 9 de junho, quando os formuladores de política monetária devem estabelecer uma data final firme para suas compras de títulos e fornecer orientações mais claras sobre as taxas de juros.

Rússia relata explosões no Sul, Ucrânia chama de vingança por invasão

A Rússia relatou uma série de explosões no sul do país e um incêndio em um depósito de munição na quarta-feira (27), o último de uma série de incidentes que um alto funcionário ucraniano descreveu como vingança e “carma” pela invasão do país feita por Moscou.

Sem admitir diretamente que a Ucrânia foi responsável, o conselheiro presidencial Mykhailo Podolyak disse que era natural que as regiões russas onde o combustível e as armas são armazenados estivessem aprendendo sobre a “desmilitarização”.

O uso dessa palavra foi uma referência pontual ao objetivo declarado de Moscou para a guerra de nove semanas na Ucrânia, que ela chama de uma operação militar especial para desarmar e “desnazificar” seu vizinho.

“Se vocês russos decidirem atacar massivamente outro país, matar massivamente todos lá, esmagar massivamente pessoas pacíficas com tanques, e usar armazéns em suas regiões para permitir as mortes, então mais cedo ou mais tarde as dívidas terão que ser pagas”, disse Podolyak.

As explosões na quarta-feira (27) seguiram-se a um grande incêndio esta semana em uma instalação russa de armazenamento de petróleo na região de Bryansk, perto da fronteira.

No início deste mês, a Rússia acusou a Ucrânia de atacar um depósito de combustível em Belgorod com helicópteros, o que um alto funcionário da segurança de Kiev negou, e de abrir fogo contra várias vilas da província.

Os incidentes expuseram vulnerabilidades russas em áreas próximas à Ucrânia que são vitais para suas cadeias logísticas militares.

União Europeia propõe suspender todas as tarifas sobre as importações da Ucrânia

A União Europeia propôs na quarta-feira (27) suspender por um ano a cobrança de tarifas de importação sobre todos os produtos ucranianos e o levantamento de todas as medidas antidumping e de salvaguarda da UE sobre as exportações do aço ucraniano para ajudar a economia do país durante a guerra com a Rússia.

“Este passo de longo alcance tem o objetivo de ajudar a impulsionar as exportações da Ucrânia para a UE. Ajudará a aliviar a difícil situação dos produtores e exportadores ucranianos diante da invasão militar da Rússia”, disse a comissão europeia em comunicado.

A medida, que concede à Ucrânia tarifa zero e acesso a cota zero ao mercado da UE, ainda precisa ser debatida pelo Parlamento Europeu e pelos governos da UE para entrar em vigor.

“Essas medidas ajudarão diretamente os produtores e exportadores ucranianos. Elas injetarão confiança na economia ucraniana”, disse o vice-presidente da comissão e comissário de comércio, Valdis Dombrovskis.

No ano passado, o comércio bilateral UE-Ucrânia foi superior a 52 bilhões de euros.

Com o transporte ucraniano através do Mar Negro interrompido pela marinha russa, a UE também trabalha no transporte terrestre de mercadorias ucranianas, facilitando o trânsito e o uso da infraestrutura para os caminhoneiros ucranianos.

Polônia e Bulgária começam a receber gás de vizinhos da UE após corte russo

Polônia e Bulgária estão recebendo gás de seus vizinhos da União Europeia depois que a gigante energética russa Gazprom cortou seu fornecimento, informou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

“Vamos nos assegurar de que a decisão da Gazprom tenha o menor impacto possível nos consumidores europeus”, disse Von der Leyen.

“Hoje o Kremlin falhou uma vez mais em sua tentativa de semear divisão entre os Estados-membros. O fim da era dos combustíveis fósseis russos na Europa está próximo”, acrescentou.

 A Gazprom anunciou na quarta-feira (27) a suspensão do envio de gás para a Polônia e a Bulgária (dois países muito dependentes do gás russo) depois de não ter recebido o pagamento em rublos dos dois países-membros da UE.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse em março que seu país só aceitaria o pagamento por suas remessas em moeda nacional, em resposta às sanções adotadas para punir a ofensiva do Kremlin na Ucrânia.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse no Chile que os 27 países do bloco enfrentarão “de forma conjunta e solidária” ao corte de abastecimento de gás russo a Polônia e Bulgária.

“Já sabíamos que tínhamos que diminuir essa dependência do gás e do petróleo russo e o que a Rússia faz agora não é, nem mais, nem menos, que nos espoliar para fazer isto mais rápido ainda”, disse Borrell durante coletiva de imprensa com o presidente Gabriel Boric.

“Temos meios para fazer frente e o faremos de uma forma conjunta e solidária. Os europeus podem estar certos disso”, acrescentou.

Ele enfatizou que “o que a Rússia faz hoje é tornar a dependência em um ato de agressão”, após efetivar o corte de gás a Polônia e Bulgária.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (25), as bolsas asiáticas fecharam em queda, com as perdas lideradas pelos mercados da China, que sofreram um tombo em meio a preocupações renovadas com o impacto da atual onda de Covid-19 na segunda maior economia do mundo. A perspectiva de aumentos de juros mais agressivos nos EUA, que derrubou Wall Street na semana passada, também comprometeu o sentimento na Ásia. O índice Xangai teve queda de 5,13%, a 2.928,51 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,90%, a 26.590,78 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 3,73%, a 19.869,34 pontos. O índice CSI300 teve queda de 4,94%, a 3.814,91 pontos.

Na terça-feira (26), as bolsas asiáticas fecharam mistas, com as da China estendendo perdas em meio a temores sobre os impactos da onda de Covid-19 local e outras se recuperando após o desempenho positivo de Wall Street ontem. O índice Xangai teve queda de 1,44%, a 2.886,43 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,41%, a 26.700,11 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,33%, a 19.934,71 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,81%, a 3.784,12 pontos.

Na quarta-feira (27), as bolsas asiáticas fecharam mistas, com as chinesas se recuperando de fortes perdas recentes e as demais pressionadas por um tombo em Wall Street ontem. O índice Xangai teve alta de 2,49%, a 2.958,28 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,17%, a 26.386,63 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,06%, a 19.946,36 pontos. O índice CSI300 teve alta de 2,94%, a 3.895,54 pontos.

Na quinta-feira (28), as bolsas asiáticas fecharam em alta, lideradas pelo mercado japonês, que se beneficiou com a fraqueza do iene após o Banco do Japão (BoJ, pela sigla em inglês) confirmar sua postura ultra-acomodatícia. O índice Xangai teve alta de 0,58%, a 2.975,48 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,75%, a 26.847,90 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,65%, a 20.276,17 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,66%, a 3.921,11 pontos.

Bloqueio à exportação de óleo de palma afeta outros países, mas é necessário, diz ministra da Indonésia

A nova proibição de exportações de óleo de palma da Indonésia prejudicará outros países, mas é necessária para tentar reduzir o aumento no preço doméstico do óleo de cozinha impulsionado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, disse à Reuters a ministra das Finanças da Indonésia.

Sri Mulyani Indrawati afirmou que, com a demanda excedendo a oferta, a proibição anunciada está “entre as medidas mais duras” que o governo pode tomar depois que alternativas anteriores não conseguiram estabilizar os preços domésticos.

“Sabemos que este não será o melhor resultado” para os suprimentos globais, disse ela em entrevista à margem das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial. “Se não vamos exportar, isso definitivamente vai atingir os outros países”.

A China e a Índia estão entre os grandes importadores de óleo de palma da Indonésia, o maior produtor mundial, responsável por mais da metade da oferta global. O óleo de palma é usado em produtos desde óleos de cozinha até alimentos processados, cosméticos e biocombustíveis.

Indrawati disse que as medidas anteriores que exigiam que os produtores reservassem estoques para uso doméstico não resultaram no “nível de preços que queremos. Ainda é muito caro para uma família comum comprar esses óleos de cozinha”.

Nas reuniões desta semana em Washington, os formuladores de políticas expressaram preocupação com as perspectivas crescentes de escassez de alimentos devido à guerra na Ucrânia, grande produtora de trigo, milho e óleo de girassol. O presidente do Banco Mundial, David Malpass, disse repetidamente que os países devem evitar o acúmulo de estoques de alimentos, controles de exportação e outras barreiras comerciais aos alimentos.

Mas Indrawati, ex-diretora do Banco Mundial, disse que, como líder política e formuladora de políticas, “você não pode ficar na frente de seu povo quando tem a mercadoria necessária ao seu povo e deixa (a oferta) simplesmente sair” do país.

China deve agir para mitigar impacto da Covid e impulsionar crescimento além de 5%, diz membro do Banco Central local

A China deve tomar medidas para atenuar o impacto econômico da Covid-19 e impulsionar o crescimento anual para mais de 5% novamente, disse uma autoridade do Banco Central.

Wang Yiming, membro do Comitê de Política Monetária do Banco do Povo da China, disse em um fórum econômico que a gestão eficaz das políticas macroeconômicas é fundamental para estabelecer as bases para que o país atinja a meta de crescimento nacional de cerca de 5,5%.

O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,8% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.

Pequim deve expandir “ativa e efetivamente” a demanda doméstica, estabilizar as cadeias de suprimentos industriais do país e gerenciar as expectativas do mercado, disse Wang.

Os comentários foram feitos enquanto Xangai, a cidade mais populosa da China e o centro econômico mais importante, luta contra o maior surto de Covid do país.

Pico de Covid-19 em Pequim leva a testes em massa e compra de pânico

Os temores de um rígido bloqueio Covid-19 provocaram compras de pânico em Pequim, já que longas filas se formaram na segunda-feira (25) em um grande distrito central para testes em massa ordenados pelas autoridades chinesas.

A China já está tentando conter uma onda de infecções em sua maior cidade, Xangai, que está quase totalmente bloqueada há semanas e registrou 51 novas mortes por Covid-19 na segunda-feira (25).

Xangai tem lutado para fornecer alimentos frescos aos confinados em casa, enquanto os pacientes relataram problemas para acessar cuidados médicos não relacionados à Covid, e o aumento de casos na capital provocou temores de um bloqueio semelhante.

Chaoyang, o maior distrito do centro de Pequim, que abriga cerca de 3,5 milhões de pessoas, ordenou testes em massa a partir de segunda-feira (25) para residentes e para aqueles que vêm trabalhar lá. A área abriga embaixadas e a sede de muitas empresas multinacionais.

Filas se espalharam em torno de shoppings e complexos de escritórios na segunda-feira (25), enquanto as pessoas esperavam para serem coletadas amostras por profissionais de saúde em equipamentos de proteção.

“Se um único caso for encontrado, esta área pode ser afetada”, disse o funcionário de escritório Yao Leiming, 25, enquanto se dirigia para um local de testes em Chaoyang com um grupo de colegas.

A ordem de testes em massa e os avisos de uma situação “crítica” da Covid-19 na cidade provocaram uma corrida aos supermercados de Pequim no domingo (24), enquanto os moradores corriam para estocar itens essenciais.

A mídia local também relatou vendas crescentes de aparelhos de armazenamento em Pequim.

Um varejista online disse à estatal Beijing Evening News que vendeu 300 freezers no domingo (24), o que normalmente é vendido em um mês.

O governo da cidade no domingo tentou aliviar os temores de escassez, com uma autoridade dizendo que o fornecimento e a distribuição em Pequim estavam “estáveis”.

Kim da Coreia do Norte promete reforçar capacidade nuclear durante desfile

O líder norte-coreano Kim Jong Un prometeu reforçar suas forças nucleares na “velocidade máxima” e ameaçou usá-las se provocado em um discurso que fez durante um desfile militar que apresentava poderosos sistemas de armas visando os Estados Unidos e seus aliados, informou a mídia estatal na terça-feira (26).

Suas observações sugerem que ele continuará com os testes provocativos de armas em uma campanha de pressão para arrancar concessões dos EUA e de outros rivais. O desfile de segunda-feira à noite marcaria o 90º aniversário do exército da Coreia do Norte, a espinha dorsal do regime autoritário da família Kim, e ocorre quando o país enfrenta uma economia atingida por dificuldades relacionadas à pandemia, punindo sanções lideradas pelos EUA e sua própria má gestão.

“Continuaremos a implementar medidas destinadas a fortalecer e desenvolver as forças nucleares de nosso país na velocidade máxima”, disse Kim a suas tropas e à multidão reunida para o desfile em uma praça de Pyongyang, segundo a agência oficial coreana de notícias.

“A missão fundamental de nossas forças nucleares é impedir a guerra, mas se uma situação indesejável surgir em nossa terra, nossas forças nucleares não podem se limitar a uma única missão de prevenir a guerra”, disse Kim. “Se alguma força, independentemente de quem seja, tentar infringir nossos interesses fundamentais, nossas forças nucleares não terão escolha a não ser cumprir sua segunda missão inesperada.”

O desfile contou com tropas em marcha gritando “hurra!” e uma série de armas modernas, incluindo mísseis potencialmente capazes de atingir a terra natal dos EUA, bem como mísseis de curto alcance que podem ser disparados de veículos terrestres ou submarinos e ameaçam a Coreia do Sul e o Japão.

Uma das armas exibidas na iluminada Kim Il Sung Squar, e batizada em homenagem ao falecido avô de Kim e fundador do Estado, foi o maior míssil balístico intercontinental recém-construído da Coreia do Norte, o Hwasong-17.

A Coreia do Norte afirmou ter testado esse míssil no mês passado em sua primeira decolagem de alcance total em mais de quatro anos. A Coreia do Sul contestou isso, dizendo que a Coreia do Norte lançou um ICBM Hwasong-15 existente, menor, após um lançamento fracassado do Hwasong-17. Apesar das dúvidas externas, o míssil disparado em 24 de março voou mais e mais alto do que qualquer outro míssil lançado pela Coreia do Norte, demonstrando capacidade potencial de atingir o continente americano.

FMI alerta para riscos ‘estagflacionários’ na Ásia

A região asiática enfrenta uma perspectiva “estagflacionária”, alertou uma autoridade do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira, dizendo que a guerra na Ucrânia, o aumento nos custos das commodities e uma desaceleração na China criam incerteza significativa.

Embora as exposições comerciais e financeiras da Ásia à Rússia e à Ucrânia sejam limitadas, as economias da região serão afetadas pela crise devido aos preços mais altos das commodities e ao crescimento mais lento de seus parceiros comerciais europeus, disse Anne-Marie Gulde-Wolf, diretora interina do Departamento de Ásia e Pacífico do FMI.

Além disso, ela observou que a inflação na Ásia também está começando a acelerar num momento em que a desaceleração econômica da China está aumentando a pressão sobre o crescimento regional.

“Portanto, a região enfrenta uma perspectiva estagflacionária, com crescimento menor do que o esperado anteriormente e inflação mais alta”, disse ela em entrevista coletiva online em Washington.

Em sua última previsão, divulgada neste mês, o FMI disse que espera que a economia da Ásia cresça 4,9% em 2022, queda de 0,5 ponto percentual em relação à projeção anterior, de janeiro.

A inflação na Ásia agora deve atingir 3,4% em 2022, 1 ponto percentual acima do previsto em janeiro, disse o órgão.

“Há uma incerteza significativa em torno de nossas previsões de base, com riscos inclinados para o lado negativo”, disse Gulde-Wolf.

China: Presidente Xi Jinping anuncia novo plano de infraestrutura

O presidente da China Xi Jinping anunciou uma campanha “completa” para a construção de novas infraestruturas na quarta-feira (27). De acordo com o que foi noticiado pela agência de notícias estatal Xinhua, Xi disse durante uma alta cúpula que as infraestruturas são “um importante suporte para o desenvolvimento econômico e social”, identificando setores de transporte e de energia como estratégicos, nos quais “é necessária uma expansão”.

A declaração do presidente se encaixa em um quadro complicado para a China. A política de “tolerância zero” contra a Covid aplicada aos centros industriais mais importantes do país, como Xangai e as regiões mais interiores, agravou a crise de abastecimento no país, com níveis de armazenamento nos portos (uma artéria fundamental para a China) que atingindo níveis recordes.

O PMI industrial atingiu uma mínima de 25 meses em março, caindo para 48,1, um território de contração, com “uma variedade de fatores exacerbando a pressão de queda sobre a economia chinesa e ressaltando o risco de estagflação”, disse Wang Zhe, economista sênior. no Grupo Caixin Insight. O mesmo índice para serviços atingiu os mínimos da era da pandemia, contraindo para uma leitura de 42, registrando aumentos nos custos e reduções no emprego.

Por esta razão, o Banco Central interveio várias vezes nos últimos meses para apoiar uma economia já em dificuldades devido à crise de crédito resultante do colapso ‘pretendido’ da China Evergrande. Após cortes nas taxas de empréstimos primários e injeções de liquidez, o PBoC aprovou o piso para a cotação iuan (que anteriormente caiu para mínima de 2015) e mercados de ações locais na terça-feira (26).

Com os riscos para o consumo industrial e as exportações, “iniciativas para aumentar os gastos com infraestrutura são uma ferramenta política direta para aumentar os gastos públicos”, disse Rajiv Biswas, economista-chefe da Ásia-Pacífico da AFP, à agência AFP S&P Global Market Intelligence.

No entanto, de acordo com o economista-chefe do Nomura para a China, Nomura Ting Lu, o reforço da infraestrutura “não é uma solução rápida”. “Os confinamentos tornam a tarefa de aumentar o investimento em infraestrutura cada vez mais difícil devido às proibições de viagens e à falta de trabalhadores da construção nas áreas afetadas”, disse à AFP.

Além disso, “seria irreal esperar um crescimento muito mais rápido do investimento em infraestrutura, e seu ritmo preencheria apenas uma pequena parte da lacuna deixada pela desaceleração do crescimento das exportações, a grande contração do setor imobiliário.

Banco Central de Cingapura alerta para preços mais altos de alimentos e energia à medida que a inflação acelera

Os preços ao consumidor em Cingapura devem subir ainda mais à medida que as empresas repassam os custos acumulados aos clientes em meio aos preços das commodities acentuadamente mais altos, novas interrupções na cadeia de suprimentos e condições apertadas do mercado de trabalho doméstico, alertou o Banco Central nesta quinta-feira (28).

O núcleo da inflação deve “aumentar acentuadamente” nos próximos meses e atingir o pico no terceiro trimestre de 2022, disse a Autoridade Monetária de Cingapura (MAS) em sua revisão macroeconômica semestral.

Desde a revisão do MAS em outubro, os acontecimentos globais, em particular o conflito Rússia-Ucrânia, pioraram as perspectivas de inflação externa, disse a autoridade.

Assim, espera-se que a inflação dos preços ao consumidor em Cingapura aumente e “permaneça elevada por algum tempo”.

Um fator importante é o recente aumento nos preços da energia, que será filtrado nas tarifas de eletricidade e gás no terceiro trimestre. Os preços mais elevados da energia, por sua vez, irão contribuir para uma maior inflação dos transportes e dos serviços alimentares ao longo do tempo.

No entanto, as pressões de preços subjacentes podem diminuir no final do ano, assumindo que os preços globais das commodities se estabilizem e as restrições de oferta global afrouxem um pouco, disse o Banco Central.

Para 2022, o núcleo da inflação foi projetado entre 2,5% e 3,5%, acima da previsão anterior de 2% a 3%.

Prevê-se que a inflação global, que inclui transporte privado e alojamento, seja ainda mais elevada, entre 4,5% e 5,5%.

Isso se deve a prêmios elevados de Certificados de Direito e preços da gasolina, bem como a atrasos na construção de projetos residenciais, elevando os preços dos transportes e das residências.

Banco saudita EXIM aloca US$ 146 milhões para PMEs para incentivar exportações

O Saudi Export-Import Bank destinou cerca de SR 250 milhões (US$ 66,6 milhões) para pequenas e médias empresas no primeiro trimestre de 2022, e planeja destinar outros SR 300 milhões até o final do ano.

“Cerca de 42% de nossa base de clientes atualmente são PMEs. Desde o início do banco até o final de 2021, aprovamos mais de SR1,2 bilhão para eles”, disse Saad Alkhalb, CEO do Saudi EXIM Bank, ao Arab News.

O banco assinou um memorando de entendimento tripartido em 19 de abril com a Monsha’at e a International Islamic Trade Finance Corp. para lançar um programa de apoio às exportações de PMEs.

“Com este MoU, esperamos liberar SR300 milhões no final de 2022”, disse ele durante o evento de assinatura do MoU.

Estabelecido em fevereiro de 2020, o Saudi EXIM Bank fornece financiamento à exportação, garantias, seguro de crédito e outros serviços para aumentar a confiança na incursão em novos mercados. A instituição também visa minimizar riscos e agregar valor ao comércio internacional do Reino.

O MoU também visa acelerar a transformação digital entre as PMEs visadas para aumentar suas capacidades de exportação e fornecer financiamento indireto, oferecendo seguros, produtos e garantias financeiras.

“O MoU também incentivará as PMEs em conformidade com a Shariah na Arábia Saudita a acessar novos mercados”, disse Hani Sonbol, CEO da International Islamic Trade Finance Corp., à Arab News.

A Sonbol também planeja lançar novos produtos e serviços para PMEs no Reino.

“Vamos fornecer muitos produtos para apoiar este setor crucial, que compreende quase 85% da economia do Reino”, disse Sonbol.

Arábia Saudita vê aumento de 26% nas licenças industriais, revela ministério

A Arábia Saudita emitiu 260 novas licenças industriais durante o primeiro trimestre de 2022, acima das 206 concedidas nos três meses anteriores, revelou o governo.

Os números divulgados pelo Ministério da Indústria e Recursos Minerais mostram que, embora tenha havido um aumento trimestral em relação ao trimestre anterior, o número aprovado caiu de 308 no mesmo período de 2021.

Riad se beneficiou da maioria das novas licenças, 109, com a região leste garantindo 61 e Makkah recebendo 45.

O tamanho do novo investimento industrial totalizou SR5,53 bilhões (US$ 1,47 bilhão), enquanto o número de empregos fornecidos por empresas licenciadas totalizou 8.053.

No final do primeiro trimestre, o número total de fábricas em operação e em implantação totalizava 10.489.

As fábricas de processamento de metais não ferrosos tiveram a maior participação, seguidas por produtos de borracha e plástico e minerais não metálicos.

O tamanho acumulado do investimento em capital dessas fábricas totalizou SR1,35 trilhão no final do primeiro trimestre de 2022.

As pequenas e médias empresas dominaram a indústria, com 5.273 e 4.386 fábricas respectivamente, sendo as restantes 830 grandes empresas.

A região administrativa de Riad detinha o nível mais alto de unidades industriais em 5.273 fábricas. A região leste ficou em segundo lugar com 2.291 fábricas e a região de Makkah 1.783 fábricas.

Países árabes criticam Israel no Conselho de Segurança da ONU após fim de semana de violência

Nações árabes criticaram Israel durante uma reunião acalorada do Conselho de Segurança da ONU, que se concentrou no conflito israelo-palestino.

Representantes de vários estados árabes se manifestaram contra as ações das forças israelenses contra os palestinos, especialmente a violência no fim de semana em Jerusalém Oriental e na Mesquita de Al-Aqsa.

Israel criticou o CSNU por ignorar as atividades de grupos terroristas palestinos e a crescente ameaça do Irã.

Tor Wennesland, coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, disse que 23 palestinos, incluindo três mulheres e quatro crianças, foram mortos em confrontos com forças israelenses e 541 foram feridos por policiais e colonos.

Doze israelenses, incluindo duas mulheres, e três estrangeiros foram mortos por palestinos e 82 ficaram feridos.

Riyad Mansour, observador permanente da Palestina na ONU, disse que Israel “recorreu à sua justificativa favorita, segurança” para a violência realizada por suas forças.

“É a justificativa de tamanho único: segurança para justificar a ocupação ilegal, segurança para justificar o deslocamento forçado, segurança para justificar o bloqueio desumano, segurança para justificar matar crianças a caminho da escola, segurança para justificar bombardear bairros inteiros, segurança para justificar o ataque ao nosso povo, nossa terra e nossos locais sagrados”, acrescentou.

“Eles rotularam nossos adoradores de ‘terroristas’, as distorções são infinitas, ofensivas e perigosas”.

Gilad Erden, embaixador de Israel na ONU, disse que Israel se viu no meio de uma “onda de terror” de ataques.

Ele criticou o CSNU por não ter levantado a questão do Irã, suas atividades no Líbano e seu programa nuclear, que classificou como “uma verdadeira ameaça à segurança regional”.

Votação no Líbano traz pouca esperança de mudança apesar dos desastres

Concorrendo ao parlamento pela primeira vez, a candidata independente Hania Zaatari caminha pelos becos sinuosos do antigo souk na cidade portuária de Sidon, dizendo a trabalhadores e comerciantes empobrecidos que consertar a devastadora crise econômica do Líbano é sua principal prioridade.

“O plano econômico precisa considerar pessoas marginalizadas como você e dar a elas uma chance de renascimento”, disse ela a Ahmed Abu Dhahr, de 70 anos, um dos dois carpinteiros remanescentes em uma rua que há apenas dois anos ostentava cerca de 50.

Com o Líbano em queda livre por mais de dois anos, deve ser um voto decisivo para a classe dominante do país. Seu domínio de décadas no poder levou um dos países mais animados do Oriente Médio à ruína.

As eleições de 15 de maio para o parlamento são as primeiras desde que o colapso econômico do Líbano começou no final de 2019. As facções do governo não fizeram praticamente nada para lidar com o colapso, deixando os libaneses se defenderem enquanto mergulham na pobreza, sem eletricidade, remédios, coleta de lixo ou qualquer outra aparência de vida normal.

Estas também são as primeiras eleições desde a explosão catastrófica de 4 de agosto de 2020 no porto de Beirute que matou mais de 215 pessoas e destruiu grande parte da cidade. A destruição provocou indignação generalizada com a corrupção e má gestão endêmicas dos partidos tradicionais.

Uma nova geração de ativistas da oposição política, como Zaatari, surgiu após ondas em massa de protestos que começaram em outubro de 2019, um momento histórico em que os libaneses abandonaram temporariamente suas identidades confessionais e gritaram ombro a ombro pela derrubada da elite dominante.

Os ativistas estão tentando construir esse engajamento político e consciência no Líbano para promover mudanças.

No entanto, em vez de se unir, os grupos de oposição autodeclarados estão divididos em linhas ideológicas em praticamente todas as questões, inclusive sobre como reviver a economia.

Como resultado, há uma média de pelo menos três listas de oposição diferentes em cada um dos 15 distritos eleitorais, um aumento de 20% em relação às eleições de 2018. Um total de 103 listas com 1.044 candidatos disputam a legislatura de 128 cadeiras, que é dividida igualmente entre cristãos e muçulmanos.

Muitos estão temendo o resultado em perspectiva.

Participação estrangeira no mercado de ações saudita sobe para US$ 70 bilhões em 2021

A participação estrangeira na bolsa de valores da Arábia Saudita atingiu SR264 bilhões (US$ 70 bilhões) no ano passado em meio aos esforços do Reino para estimular o investimento estrangeiro.

O aumento da atratividade do mercado impulsionou um aumento de 54% na propriedade de investidores estrangeiros qualificados no final de 2021 em comparação com o ano anterior, de acordo com o último lançamento do relatório anual da Autoridade do Mercado de Capitais.

O ano também assistiu a uma maior frequência de cotações na bolsa, com um total de 21 cotações concluídas nos mercados principais e paralelos do Reino.

O relatório mostrou que Tadawul apresentou um volume maior de Sukuk e emissões de instrumentos de dívida, avaliados em SR753 bilhões.

O CMA pretende listar mais empresas e produtos de investimento este ano, desenvolver o mercado Sukuk e aumentar a atratividade do mercado de capitais do Reino.

Ele disse que continuará apoiando a transformação digital em serviços financeiros, desenvolvendo instituições de infraestrutura e adotando finanças sustentáveis ​​para atender aos padrões internacionais nessas áreas.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
29/04/2022