Cenário Econômico Nacional – 02/05/2022

Cenário Econômico Nacional – 02/05/2022

Cenário Econômico Nacional – 02/05/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Gasto com educação recua pelo 5º ano consecutivo e é o menor em dez anos, mostra levantamento

Em queda nos últimos cinco anos, o gasto público com educação atingiu em 2021 o menor patamar desde 2012, segundo estudo divulgado pela organização não governamental Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).

Em 2021, o valor das despesas autorizadas em educação (R$ 129,8 bilhões) foi cerca de R$ 3 bilhões superior ao de 2020 (R$ 126,9 bilhões). Mas a execução financeira foi menor (R$ 118,4 bilhões), indica o estudo (os valores, obtidos no Portal Siga Brasil, do orçamento federal, foram corrigidos pela inflação).

Segundo o Inesc, entre 2019 e 2021, a execução diminuiu R$ 8 bilhões em termos reais (de R$ 126,6 bilhões para R$ 118,4 bilhões).

Para 2022, o instituto observa que o valor autorizado para educação (R$ 123,7 bilhões) é R$ 6,2 bilhões menor que a verba de 2021 (R$ 129,8 bilhões).

A autorização para gastos é diferente da despesa propriamente dita, que tem ficado abaixo do valor previsto no orçamento no início de cada ano.

“Como se pode constatar, não há luz no final do túnel nem mesmo no último ano de governo, visto que os recursos para a função educação continuam em queda”, diz o estudo.

O G1 entrou em contato com o Ministério da Economia, com a Secretaria do Tesouro Nacional e com o Ministério da Educação. Questionou se não seriam necessários mais recursos para as políticas educacionais, diante da necessidade de melhor formação do capital humano no país, mas não obteve resposta. A área econômica informou somente que o tema é de responsabilidade do Ministério da Educação.

A União atua principalmente no ensino superior. Os estados, em parceria com os municípios, são responsáveis por ações no ensino fundamental e médio. Além da arrecadação própria, estados e municípios também recebem repasses de recursos do governo federal.

A redução de recursos para o setor coincide com a vigência da regra do teto de gastos, que teve início em 2017, pela qual a maior parte das despesas é limitada pela variação da inflação do ano anterior, inclusive os gastos livres com educação.

Parte desses gastos, porém, está fora do teto, como o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), com novas regras, aprovadas no fim de 2020, que estabelecem um aumento gradativo da contribuição do governo federal.

Copom está pronto para enfrentar inflação maior, diz presidente do Banco Central

O Banco Central (BC) está pronto para aumentar os juros mais do que o previsto caso a inflação seja maior ou mais persistente que o esperado, disse o presidente do órgão, Roberto Campos Neto. Em viagem aos Estados Unidos, ele repetiu que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar a taxa Selic (juros básicos da economia) para 12,75% ao ano na próxima reunião, em maio, mas deu a entender que ajustes adicionais podem ocorrer.

“O Copom avalia que o momento exige serenidade para avaliar o tamanho e a duração dos choques atuais. O comitê persistirá em sua estratégia até que o processo de desinflação e a ancoragem das expectativas em torno de suas metas se consolide”, declarou Campos Neto em apresentação a investidores.

Com a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) no maior nível desde 1994, Campos Neto repetiu declarações recentes de que o BC está aberto a revisar o cenário de política monetária. Originalmente, estava previsto que o Copom elevaria os juros dos atuais 11,75% ao ano para 12,75% ao ano no próximo mês. Com a persistência da inflação, uma elevação adicional não está descartada para a reunião do Copom em junho.

“O Copom ressalta que seus futuros passos de política monetária poderão ser ajustados para garantir a convergência da inflação para suas metas e dependerá da evolução da atividade econômica, no balanço de riscos e nas expectativas e projeções de inflação para o horizonte relevante à política monetária”, acrescentou Campos Neto, que está em Washington para reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e do G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta).

Na apresentação, divulgada aos jornalistas, Campos Neto afirmou que a guerra entre Rússia e Ucrânia pode agravar as pressões sobre a inflação em todo o planeta. De acordo com ele, os preços estão sujeitos a sofrer efeitos, tanto países desenvolvidos como em desenvolvimento, estão sofrendo com os impactos econômicos do conflito.

Segundo ele, a guerra pode atrasar a transição para uma economia verde. Isso porque que diversos países têm de recorrer a combustíveis fósseis no curto prazo para suprir a falta do gás natural russo e à escassez de insumos dependentes do petróleo, como fertilizantes.

Inflação da construção civil sobe para 0,87% em abril, diz FGV

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou inflação de 0,87% em abril deste ano. A taxa é superior ao 0,73% de março, mas ficou abaixo do 0,95% de abril de 2021.

Com isso, o INCC-M acumula taxas de inflação de 2,74% no ano e de 11,54% em 12 meses, de acordo com os dados divulgados na terça-feira (26).

A alta da taxa de março para abril foi puxada pelos materiais e equipamentos, cuja taxa de inflação passou de 0,29% para 1,35% no período.

Por outro lado, os serviços e mão de obra tiveram queda na taxa. Os serviços passaram de 0,79% para 0,73%, enquanto a mão de obra recuou de 1,12% para 0,46%.

Confiança dos consumidores avança 3,8 pontos em abril, diz FGV

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 3,8 pontos em abril, para 78,6 pontos, o maior nível desde agosto de 2021 (81,8 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice variou 1,5 ponto, para 77,1 pontos.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Segundo a coordenadora das Sondagens, Viviane Seda Bittencourt, os resultados positivos deste mês parecem estar relacionados ao fim do surto da variante Ômicron e ao anúncio de um pacote de medidas para aliviar a pressão da inflação e dos juros sobre as finanças familiares com a liberação de saques do FGTS, antecipação do décimo terceiro salário de aposentados e facilitação de acesso ao crédito.

“Houve diminuição do pessimismo com relação ao mercado de trabalho, mas a alta da inflação e os juros elevados ainda preocupem as famílias, que continuam cautelosas com relação à realização de compras de alto valor”, disse, em nota, a pesquisadora.

Em abril, a alta do ICC foi influenciada tanto pela melhora das avaliações sobre a situação atual quanto das expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 3,8 pontos, para 69,1 pontos e o Índice de Expectativas (IE) avançou 3,6 pontos, para 86,1 pontos, ambos alcançam os melhores resultados desde agosto de 2021 (69,8 e 90,9 pontos, respectivamente).

Segundo o Ibre/FGV, nas avaliações sobre o momento, o destaque foi a melhora das avaliações dos consumidores com relação à situação financeira das famílias, cujo indicador subiu 5,5 pontos, para 62,4 pontos, maior nível desde outubro de 2021 (63,8 pontos). Houve melhora também da percepção o estado geral da economia. Neste caso, o indicador aumentou dois pontos, para 76,4 pontos.

Entre os quesitos que compõem o ICC, o indicador que mede a perspectiva sobre a situação econômica geral nos próximos meses foi o que mais influenciou a alta da confiança no mês ao variar 8,3 pontos, para 101,6 pontos. Pelo terceiro mês houve melhora das expectativas para as finanças familiares, com alta de 1,2 ponto no indicador, para 90,9 pontos.

De acordo com a pesquisa, apesar do resultado positivo das perspectivas sobre economia e finanças familiares, a intenção de compras de bens duráveis segue fraca e com tendência indefinida.

Consumidor arcará com R$ 30,2 bilhões de déficit do setor elétrico em 2022

O consumidor arcará, em 2022, com déficit de R$ 30,219 bilhões da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A estimativa foi aprovada pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pode resultar em impacto médio de 3,39% na conta de luz dos consumidores de todo o país.

O efeito varia conforme as regiões. Os consumidores do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste terão impacto de 4,65% nas tarifas. Para os consumidores do Norte e do Nordeste, o aumento será um pouco menor: 2,41%.

O resultado negativo de 2022 será 54,3% maior que o de 2021. No ano passado, a CDE registrou déficit de R$ 19,581 bilhões. Fundo setorial que financia diversos subsídios ao setor energético, a CDE reúne nove subsídios para consumidores de baixa renda, rurais, produtores que utilizam fontes renováveis, distribuidoras de pequeno porte e cooperativas de eletrificação e produtores de carvão mineral. O déficit do fundo é repassado aos consumidores.

Segundo o diretor Hélvio Guerra, relator da proposta de orçamento da CDE, o resultado negativo pode ser diminuído caso a CDE receba R$ 5 bilhões adicionais decorrentes do processo de privatização da Eletrobras.

O repasse do déficit da CDE aos consumidores representa mais um componente das tarifas de energia em 2022. Algumas medidas recentes resultarão em tarifas mais baixas, como o fim das bandeiras tarifárias, que entrou em vigor no último dia 16 e representará redução de cerca de 20% na conta de luz.

A recuperação dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas no Sudeste e no Centro-Oeste contribuiu para a retirada das bandeiras tarifárias. Essas bandeiras custeiam o acionamento de usinas termelétricas para cobrir a escassez de energia hídrica.

Mesmo com o fim das bandeiras tarifárias, o consumidor arcaria com gastos extras em 2022 para cobrir os impactos financeiros da crise hídrica do ano passado. Para evitar um tarifaço neste ano, o governo editou medida provisória autorizando empréstimo de um pool de bancos públicos e privados para as distribuidoras de energia serem ressarcidas.

Prévia da inflação oficial sobe para 1,73% em abril, diz IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em 1,73% em abril deste ano. O resultado ficou acima das taxas de março deste ano (0,95%) e de abril de 2021 (0,60%). Essa é a maior variação mensal desde fevereiro de 2003 (2,19%) e a maior para um mês de abril desde 1995 (1,95%).

Com o resultado, o IPCA-15 acumula taxa de 4,31% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada chega a 12,03%, acima dos 10,79% acumulados no IPCA-15 de março. Os dados foram divulgados na quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Oito dos nove grupos de despesa tiveram alta de preços em abril. O maior impacto veio dos transportes, que registraram inflação de 3,43% na prévia do mês.

Entre os itens que se destacaram no período estão os combustíveis, que registraram alta de 7,54%, devido ao aumento nos preços da gasolina (7,51%), óleo diesel (13,11%), etanol (6,60%) e gás veicular (2,28%).

Outro grupo de despesas com alta importante foi alimentação e bebidas (2,25%), com elevação de preços em produtos como tomate (26,17%), leite longa vida (12,21%), cenoura (15,02%), óleo de soja (11,47%), batata-inglesa (9,86%) e pão francês (4,36%).

Outros destaques foram os grupos habitação (1,73%), vestuário (1,97%), artigos de residência (0,94%), despesas pessoais (0,52%), saúde e cuidados pessoais (0,47%), educação (0,05%). O único grupo com deflação (queda de preços) foi comunicação (-0,05%).

Governo Central tem déficit primário de R$ 6,3 bilhões em março

As desonerações para combustíveis, produtos industrializados e os gastos com o Auxílio Brasil ainda estão tendo pouco impacto nas contas públicas. Em março, o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou déficit primário de R$ 6,304 bilhões.

O resultado veio levemente melhor que o esperado pelas instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Economia, os analistas de mercado esperavam resultado negativo de R$ 8,3 bilhões no mês passado. Em relação a março do ano passado, porém, houve piora. No mesmo mês de 2021, o Governo Central tinha registrado superávit primário de R$ 2,039 bilhões. Naquela ocasião, no entanto, o resultado tinha sido inflado porque a aprovação do Orçamento de 2021 no Congresso atrasou, o que reduziu o gasto no início do ano passado.

O resultado primário representa a diferença entre as receitas e os gastos, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Apesar do déficit primário em março, o Governo Central acumula superávit recorde de R$ 49,627 bilhões nos três primeiros meses do ano. Isso foi garantido pelo resultado positivo recorde de R$ 76,539 bilhões em janeiro. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estipula meta de déficit primário de R$ 170,5 bilhões para este ano.

No fim de março, o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas reduziu a estimativa de déficit para R$ 66,9 bilhões, mas o valor levado em conta para o cumprimento das metas fiscais é o da LDO.

O déficit de março ocorreu porque as despesas continuaram a crescer em ritmo maior que as receitas. No mês passado, as receitas líquidas cresceram 18,8% em relação a março do ano passado em valores nominais. Descontada a inflação, o crescimento ficou 6,7% acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). As despesas totais cresceram 26,3% em valores nominais e 13,5% acima do IPCA na mesma comparação.

Dívida Pública cai 2,89% em março e fica em R$ 5,56 trilhões

A concentração de vencimento de títulos corrigidos pela taxa Selic fez a Dívida Pública Federal (DPF) cair significativamente em março. Segundo números divulgados hoje (28) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 5,73 trilhões em fevereiro para R$ 5,564 trilhões no mês passado, queda de 2,89%.

Apesar da queda em março, o Tesouro prevê que a DPF subirá nos próximos meses. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no fim de janeiro, o estoque da DPF deve encerrar 2022 entre R$ 6 trilhões e R$ 6,4 trilhões.

A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) caiu 2,69%, passando de R$ 5,49 trilhões em fevereiro para R$ 5,342 trilhões em março. No mês passado, o Tesouro resgatou R$ 204,31 bilhões em títulos a mais do que emitiu, principalmente em papéis corrigidos pela taxa Selic (juros básicos da economia).

O resgate líquido foi parcialmente compensado pela apropriação de R$ 56,44 bilhões em juros. Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Com a taxa Selic (juros básicos da economia) subindo desde agosto do ano passado, a apropriação de juros aumenta.

No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 66,97 bilhões em títulos da DPMFi. No entanto, os resgates somaram R$ 271,28 bilhões, quase a totalidade em títulos corrigidos pela Selic, que costumam vencer no último mês de cada trimestre.

A queda do dólar também contribuiu para diminuir o endividamento do governo. A Dívida Pública Federal externa (DPFe) caiu 7,3%, passando de R$ 240,01 bilhões em fevereiro para R$ 222,5 bilhões em março. O principal fator foi a queda de 7,81% do dólar no mês passado.

Banco Central: saldo de crédito chega a R$ 4,7 trilhões, em fevereiro

O estoque de todos os empréstimos feitos por instituições financeiras, no Brasil, chegou a R$ 4,711 trilhões, em fevereiro, com alta de 0,8% em relação a janeiro e de 16,6 % em 12 meses. Os dados foram divulgados na quinta-feira (28), em Brasília, pelo Banco Central (BC).

Esse saldo do crédito correspondeu a 53,3% de tudo o que o país produz – o Produto Interno Bruto (PIB), resultado estável em relação a janeiro deste ano e a fevereiro de 2021.

O saldo de crédito às empresas aumentou 1% em relação a janeiro e 10,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, ao totalizar R$ 1,952 trilhão. No caso das famílias, o estoque de crédito somou R$ 2,759 trilhões, com incrementos de 0,7% e de 21,4% nas mesmas bases de comparação.

A taxa média de juros para pessoas físicas ficou em 48,1% ao ano, no mês, com aumento de 1,8 ponto percentual em relação a janeiro. No ano, o aumento chegou a 3,1 pontos percentuais e, em 12 meses, a 8 pontos percentuais.

No caso das empresas, o aumento de um mês para o outro foi de apenas de 0,1 pp (ponto percentual), mas no ano chegou a 1,1 pp e, em 12 meses, a 7,7 pontos percentuais. Os juros cobrados das empresas ficaram em 21,5% ao ano, em fevereiro.

A greve dos servidores do Banco Central, neste mês, atrasou a divulgação de relatórios, como esse de hoje das estatísticas de crédito. Com a suspensão da greve, anunciada no último dia 19, a divulgação de estatísticas está sendo normalizada gradualmente.

Governo federal amplia corte de alíquota de IPI de 25% para 35%

O governo ampliou de 25% para 35% a redução geral das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O decreto do presidente Jair Bolsonaro foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira (29). A tabela de incidência do tributo tem vigência a partir de 1º de maio.

De acordo coma Secretaria Geral da Presidência da República, a redução atinge a “maioria dos produtos”. O texto não especifica os itens beneficiados. O impacto esperado com a medida é uma redução na arrecadação de R$ 15,218 bilhões neste ano, R$ 27,391 bilhões em 2023 e R$ 29,328 bilhões em 2024.

“A presente medida objetiva estimular a economia, afetada pela pandemia provocada pelo Coronavírus, com a finalidade de assegurar os níveis de atividade econômica e o emprego dos trabalhadores. Dessa forma, espera-se promover a recuperação econômica do país”, completa o texto.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, havia anunciado o corte das alíquotas na quarta-feira (27), destacando que o governo vem buscando transformar o alto volume de arrecadação em redução de tributos.

A discussão sobre o corte do IPI envolve uma disputa com parlamentares que defendem a Zona Franca de Manaus. Como empresas instaladas na região são isentas de IPI e geram créditos sobre esse tributo, um corte de alíquotas torna a atividade na Zona Franca menos atrativa.

Por isso, ao elaborar a ampliação do corte, o governo chegou a criar o esboço de uma lista de exceção com produtos mais relevantes para a Zona Franca. Ainda assim, a medida havia travado nas discussões internas do Executivo.

Há duas semanas, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo ainda tentava implementar uma segunda redução do IPI. Naquele momento, estava em avaliação promover um corte de 33% no imposto.

Perdão de Bolsonaro a Daniel Silveira não deve ser suspenso agora, defendem ministros do STF

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) defendem que o decreto do presidente Jair Bolsonaro que concedeu perdão de pena ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) não seja suspenso agora e que sejam aguardados os próximos passos no processo para se tomar uma decisão final sobre o assunto.

Daniel Silveira foi condenado no último dia 20 à perda do mandato e dos direitos políticos e a 8 anos e 9 meses de prisão. O parlamentar foi julgado por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do Supremo e a instituições como o próprio STF. Um dia depois, Bolsonaro anunciou o perdão da pena para o aliado, e o decreto foi publicado no “Diário Oficial da União”.

Partidos e senadores de oposição, então, acionaram o STF e questionaram a constitucionalidade do decreto. O argumento foi de que houve desvio de finalidade e que o presidente tomou uma decisão de cunho político-pessoal. A relatora é a ministra Rosa Weber.

Mesmo com perdão, Silveira seguirá inelegível, dizem ministros

Segundo apurou o blog, ministros do STF avaliam que é “melhor jogar para frente” uma decisão sobre o decreto presidencial. A estratégia é baixar a temperatura da crise entre os poderes Executivo e Judiciário, que se elevou após a edição do decreto.

O momento da suspensão, avaliam ministros, pode ser quando for publicado o acórdão do julgamento do deputado Daniel Silveira, isto é, após o trânsito em julgado do processo; ou então quando o plenário julgar as ações que contestam a constitucionalidade do decreto, o que pode ficar mais para o final do ano.

Por enquanto, por sinal, o decreto ainda não está vigor. Antes, o réu precisa anexar à ação penal o decreto concedendo o perdão a ele. Diante disso, o juiz da ação, no caso o ministro Alexandre de Moraes, toma uma decisão. Se o decreto for considerado legal, ele tem de extinguir a punição ao deputado.

Só que a decisão do presidente está sendo questionada no STF. E ainda não há o trânsito em julgado. Situações que podem ser levadas em consideração por Alexandre de Moraes antes de oficializar a extinção da punibilidade imposta pelo plenário do STF ao parlamentar bolsonarista.

Lula lidera corrida ao Planalto com 41%, Bolsonaro soma 32%, diz FSB Pesquisa

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida ao Palácio do Planalto na eleição de outubro com 41% das intenções de voto, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, com 32%, segundo levantamento da FSB Pesquisa divulgado na segunda-feira (25).

Neste que é o principal cenário da pesquisa, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro lugar com 9% das intenções de voto, seguido pelo ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), com 3%; André Janones (Avante), também com 3%; Simone Tebet (MDB), com 1%, e Vera Lúcia (PSTU), também com 1%. Os demais candidatos não pontuaram.

Na comparação com a sondagem anterior feita pelo instituto, de março, Lula oscilou dentro da margem de erro de 43% para 41% e Bolsonaro cresceu fora dela, de 29% para 32%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

Nas simulações de segundo turno, Lula vence todos os adversários. No cenário mais provável, o petista derrota Bolsonaro por 52% a 37%. Na sondagem anterior, a diferença era de 54% a 35%.

A pesquisa foi realizada pelo Instituto FSB Pesquisa, por telefone, entre os dias 22 e 24 de abril e ouviu 2.000 entrevistados.

Governo brasileiro cumprimenta Macron por reeleição na França

O governo brasileiro emitiu um comunicado em que envia cumprimentos ao presidente da França, Emmanuel Macron, reeleito no domingo (24) para o comando do país europeu.

Macron obteve 58,5% dos votos válidos, derrotando a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, que obteve 41,5% dos votos.

“O Brasil reafirma a disposição de trabalhar pelo aprofundamento dos laços históricos que unem os dois países e trazem benefícios mútuos a brasileiros e franceses e manifesta expectativa de seguir implementando a ampla agenda bilateral”, diz a nota enviada pelo Ministério das Relações Exteriores ao presidente reeleito.

Rosa Weber dá prazo para Bolsonaro prestar informações sobre perdão a Daniel Silveira

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o presidente Jair Bolsonaro preste informações, em 10 dias, sobre o perdão concedido ao deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ).

O decreto do presidente foi editado na quinta-feira (21), um dia depois de o Supremo condenar o deputado a oito anos e nove meses de prisão por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do tribunal e instituições como o próprio STF.

Ele também foi condenado à perda do mandato, à suspensão dos direitos políticos e ao pagamento de multa de R$ 212 mil.

No texto, o presidente não estabeleceu condições para que Silveira tenha direito ao benefício. Na prática, a graça impede a aplicação da pena de prisão e o pagamento de multa, mas os efeitos secundários da condenação permanecem – a inelegibilidade e a perda do mandato.

A ministra é relatora de seis ações que contestaram a medida na Corte, dos partidos Rede Sustentabilidade, do PDT, do Cidadania, do PSOL, do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP).

Senado aprova acesso de ex-gestores a contratos e convênios antigos

O Senado aprovou um projeto que dá a ex-governadores e ex-prefeitos o acesso a contratos e convênios firmados durante o seu mandato. O projeto, que segue para sanção presidencial, confere a esses ex-gestores o direito de acessar qualquer informação na Plataforma+Brasil. Essa plataforma substituiu o Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv).

A ideia do projeto é oferecer ferramentas para facilitar a solução de problemas comuns que dizem respeito à prestação de contas de convênios cuja execução se prolonga por mais de um mandato executivo.

O relator do texto no Senado, Alexandre Silveira (PSD-MG), rejeitou algumas mudanças propostas pela Câmara, como a ampliação do rol de agentes públicos com a possibilidade de acesso às informações de contratos e convênios. O relator argumentou que já existe previsão específica a esse respeito em outras leis e manteve a redação restrita a ex-prefeitos e ex-governadores.

União Brasil sinaliza que vai deixar negociações da terceira via

Em reunião dos partidos que buscam uma candidatura presidencial única da chamada terceira via, o União Brasil sinalizou que vai deixar as negociações, apostando em uma candidatura solo do deputado Luciano Bivar (PE), que é presidente da legenda.

Entre os presentes na reunião desta terça estavam Bruno Araújo, presidente do PSDB, Baleia Rossi, presidente do MDB, e Antonio Rueda, vice-presidente do União Brasil.

A saída do União Brasil das discussões de uma chapa presidencial única com MDB, PSDB e Cidadania é um duro golpe para quem trabalha por uma opção conjunta das legendas contra a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

Bivar, visto inicialmente com um possível vice para a chapa das três legendas, agora quer ser candidato à Presidência, segundo relatos ao blog tanto do União Brasil como daqueles que negociam pelo MDB e PSDB.

A importância do União Brasil no grupo é grande, pelos palanques locais e recursos do partido.

Na reunião marcada na terça para que os dirigentes dos partidos discutissem critérios para a definição dos candidatos, ficou claro para os integrantes que há um incômodo com o nome de João Doria (PSDB) para encabeçar a chapa.

“Hoje a possibilidade está mais para três candidatos separados do que uma candidatura única”, desabafou ao G1 uma fonte que acompanha de perto as negociações.

Congresso inicia análise de vetos de Bolsonaro a Marco Legal das Ferrovias

Os deputados iniciaram no período da tarde desta quinta-feira (28), a análise dos vetos do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao Marco Legal das Ferrovias, sancionado em dezembro. Nos últimos meses, as concessionárias de ferrovias trabalharam para tentar convencer o Congresso a derrubar o veto ao artigo que garantia o direito de reequilíbrio econômico-financeiro às empresas impactadas pelas novas ferrovias que serão construídas no regime de autorização.

A grande inovação do marco legal é permitir que a iniciativa privada construa traçados por iniciativa própria, bastando uma autorização do governo federal.

O texto aprovado pelo Congresso previa que, caso não ocorra a adaptação do contrato de concessão para autorização, as concessionárias teriam direito à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, “quando provado desequilíbrio decorrente de outorga de autorizações para a prestação de serviços de transporte dentro da sua área de influência”.

Ao vetar o dispositivo, Bolsonaro alegou que a regra trouxe um novo conceito para contratos vigentes, criando um direito “aparentemente automático e inequívoco ao concessionário” que não estava previsto. Isso, apontou o Executivo, implicaria a alocação de risco fiscal para a União.

Segundo apurou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), nos bastidores, o Ministério da Infraestrutura se propôs a ajudar na derrubada do veto, desde que os demais referentes ao marco das ferrovias fossem mantidos. Apesar da discussão sobre o tema já ter sido aberta na Câmara, o processo de deliberação ainda não foi iniciado.

Mais cedo, os deputados já analisaram isoladamente um dos vetos ao marco das ferrovias, o qual foi mantido. O artigo barrado definia que a lei só entraria em vigor 90 dias após sua publicação.

Alesp mantém processo de cassação de Arthur do Val

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) vai dar continuidade ao processo de cassação do deputado Arthur do Val (União Brasil), mesmo após seu pedido de renúncia, apresentado no dia 20 de abril. A Comissão de Constituição, Justiça e Redação convocou uma reunião para dar andamento ao caso para terça-feira (3).

A decisão de prosseguir com a cassação foi tomada após parecer favorável da Procuradoria da casa para a continuidade do processo. Segundo a Alesp, a Procuradoria informou que o processo deverá avançar independentemente da renúncia do deputado, conforme previsto no Artigo 20 do Código de Ética e Decoro Parlamentar. No entendimento da defesa de Do Val, a renúncia do deputado deveria extinguir o processo.

No dia 12, a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Alesp aprovou, por unanimidade, o relatório que pedia a cassação do deputado por falta de decoro parlamentar. O relator do caso na Comissão de Ética, o deputado Delegado Olim (PP), destacou em seu texto a quebra de decoro de Arhur do Val em razão de áudios sexistas enviados a um grupo virtual, que posteriormente se tornaram públicos.

“O conteúdo das falas exibe exploração, humilhação e violência moral contra as mulheres ucranianas em situação de vulnerabilidade. O representado, no bojo desses áudios, fez apologia ao turismo sexual”, ressaltou o relator.

O deputado Arthur do Val foi à fronteira entre a Eslováquia e a Ucrânia, país em situação de guerra, para, segundo ele, ajudar os ucranianos contra a Rússia. O deputado enviou áudios a amigos, divulgados posteriormente pela imprensa, em que ele se referia a mulheres refugiadas de maneira machista, sexista e preconceituosa.

Na chegada ao Brasil, o deputado deu entrevistas confirmando ser o autor dos áudios e retirou sua pré-candidatura ao governo do estado de São Paulo. Ele afirmou ter cometido “um erro em um momento de empolgação”.

A assessoria do deputado foi procurada, mas ainda não respondeu.

TSE desaprova contas partidárias do Democracia Cristã

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desaprovou na quinta-feira (28) a prestação de contas do diretório nacional do partido Democracia Cristã (DC) referente ao exercício financeiro de 2016. Por unanimidade, os ministros entenderam que houve irregularidades na aplicação de recursos do Fundo Partidário – dinheiro público destinado à manutenção das legendas.

Na decisão, o TSE determinou que o partido devolva R$ 274 mil aos cofres públicos. Além disso, o DC deverá aplicar R$ 46,9 mil do fundo em programas para promover a participação feminina na política por não ter aplicado o percentual mínimo obrigatório de 5% para a finalidade.

Entre as irregularidades encontradas pelo tribunal, estão: compra de combustível de empresas ligadas a dirigentes partidários, pagamento de vale combustível a funcionários da legenda e falta de recolhimento do FGTS e contribuições ao INSS dos empregados.

No processo, os advogados do partido defenderam a aprovação das contas e afirmaram que não há impedimento legal para a contratação de empresa que tenha membros de direção partidária no quadro societário.

Após Bolsonaro questionar apuração, Lira repete Pacheco e defende sistema eleitoral

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que o sistema eleitoral brasileiro é “uma referência” e que “pensar diferente coloca em dúvida a legitimidade de todos os eleitos pelas urnas”.

Lira postou a declaração nas redes sociais um dia após o presidente Jair Bolsonaro ter afirmado que as Forças Armadas sugeriram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma apuração paralela de votos por militares.

“O processo eleitoral brasileiro é uma referência. Pensar diferente é colocar em dúvida a legitimidade de todos nós, eleitos, em todas as esferas. Vamos seguir — sem tensionamentos, para as eleições livres e transparentes”, afirmou Lira em suas redes sociais.

A fala de Bolsonaro também provocou a reação do presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco.

Ele escreveu em uma rede social que não tem “cabimento” duvidar da legitimidade do processo eleitoral no país, que a Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis.

“Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil. O Congresso Nacional é o guardião da democracia!”, afirmou o senador.

Pacheco disse ainda que a Justiça Eleitoral é eficiente e que as urnas eletrônicas são confiáveis.

“As instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis. Ainda assim, o TSE está empenhado em dar toda transparência ao processo desde agora, inclusive com a participação do Senado”, escreveu o presidente do Senado. Bolsonaro tem adotado nos últimos anos a estratégia de, mesmo sem provas, levantar falsas suspeitas sobre o processo eleitoral. Ele próprio foi eleito pelo sistema. Um inquérito na Justiça investiga essa postura do presidente.

Setor de Coworking recupera força com formato híbrido de trabalho

Os escritórios de trabalho compartilhado, no inglês, Coworking, voltaram a crescer no Brasil, superando as dúvidas sobre o fôlego do setor depois de dois anos de trabalho remoto em meio a pandemia de Covid-19.

Com espaços vazios da noite para o dia, algumas empresas tiveram de cortar na carne nos primeiros meses da quarentena. Um estudo da Newmark, consultoria especializada no setor imobiliário, mostra que esse corte chegou, na média, a 16% dos espaços no caso de quem precisou fechar áreas de escritórios. O faturamento no período desabou, na média, em 75%.

A boa notícia é que esses espaços já foram retomados, e a perspectiva é de mais crescimento. Agora, o impulso para a recuperação vem das companhias que passaram a retomar o trabalho presencial, mas buscaram, desta vez, modelos mais flexíveis para seus funcionários.

A mesma Newmark indica que, só no ano passado, os escritórios de Coworking já somavam 1,6 mil unidades no País, com grande concentração no Estado de São Paulo (663). A menor disponibilidade de lugares atualmente é no Itaim, bairro onde fica a Avenida Faria Lima, coração do centro financeiro do País. O índice de espaço vago na região está hoje em apenas 2,8%.

Na média na cidade de São Paulo, a vacância (taxa de espaços vagos) é de 23,8%, conforme dados de abril, pouco maior do que os 21,9% observados em março.

Mesmo após forte expansão de negócios, o marketplace Inventa resolveu usar o espaço de um Coworking, na região da Avenida Paulista, em vez de ter sede própria. Segundo Ana Furtado, responsável pela área de recursos humanos da companhia, a decisão foi ancorada na flexibilidade oferecido por esse tipo de local.

“A localização também foi importante. E, se precisarmos de mais espaço, podemos reservar ainda o andar de baixo ou de cima, temos essa possibilidade de aumentar o espaço.”

“O caminho do compartilhamento de espaços, com menos custos fixos e flexibilidade de o empregado não precisar estar fisicamente todos os dias no local de trabalho, está em ascensão e tem sido uma alternativa atrativa no modelo de trabalho atual”, explica a diretora de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Newmark, Mariana Hanania.

Ultrapar planeja R$ 1,672 bilhão em investimentos orgânicos para 2022

A Ultrapar planeja R$ 1,672 bilhão em investimentos orgânicos para 2022. O montante, superior aos realizados nos últimos dois anos, terá R$ 800 milhões direcionados à expansão e R$ 872 milhões à manutenção e outros.

A maior parte dos aportes, R$ 1,022 bilhão, será voltada para operações da marca Ipiranga, sendo R$ 497 milhões para expansão. Esses investimentos se concentram na otimização da rede por meio de embandeiramento de postos com maior galonagem, expansão da infraestrutura logística, com a construção das novas bases de operação em Fortaleza (CE), Marabá (PA) e Rio Verde (GO) e ampliação das lojas próprias e franquias da AmPm.

Já os R$ 182 milhões direcionados à expansão da Ultragaz serão utilizados em sua maior parte para expandir e requalificar tanques para novos clientes no segmento granel, além de revitalização e abertura de revendas.

A Ultracargo usará R$ 101 milhões para expansão principalmente na outorga do terminal de Vila do Conde (Belém, PA), crescimento da área IQI13 no porto de Itaqui (MA) e na renovação do contrato de arrendamento em Santos (SP).

A parcela com foco em manutenção será destinada à sustentação dos negócios e contempla principalmente investimentos em manutenção dos ativos, segurança, tecnologia da informação, e renovação e reforma dos pontos de venda, explica a empresa.

Alto custo de insumos preocupa construção civil

A alta nos preços de insumos é o que mais tem preocupado empresários da construção civil. De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o problema foi mencionado por 46,7% dos empresários do setor, no levantamento Desempenho Econômico da Indústria da Construção Civil e Perspectivas.

É o percentual mais alto registrado desde o primeiro trimestre de 2015. Ainda segundo o levantamento, há sete trimestres consecutivos o alto custo dos insumos vem sendo apontado como o principal problema do setor.

Tendo por base o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), a CBIC informou que a inflação registrada para materiais e equipamentos usados pelo setor ficou em 51,21% entre janeiro de 2020 e março de 2022.

Entre as variações expressivas destacadas pela CBIC figuram a de condutores elétricos (91,9%), tubos e conexões de PVC (91,8%), vergalhões e arames de aço ao carbono (81,5%) e eletroduto de PVC (70,8%).

O aumento de gastos inflacionados acabou por influenciar o Produto Interno Bruto (PIB) do setor, gerando crescimento de 9,7% em 2021. Segundo Ieda Vasconcelos, economista da CBIC, a variação do PIB da construção civil surpreendeu em 2021, mas isso se deve às bases de comparação, uma vez que, em 2020, houve um recuo de 6,7% nesse item.

“A projeção para 2022 é de crescimento de 2,5%, mas isso se deve também à base de comparação com os 9,7% de 2021. O problema é que, se continuarmos crescendo 2,5% ao ano, só em 2033 atingiremos o nível de atividades observado em 2014. Mantendo este índice, o setor vai trabalhar ainda por 11 anos abaixo do seu pico de atividades”, explicou a economista Ieda.

Um outro fator que tem sido fonte de preocupação dos empresários do setor é a alta de juros. “A preocupação com a alta de insumos divide espaço com a preocupação que temos com a alta de juros”, afirmou o presidente da CBIC.

Farmácias têm crescimento de receita de 14,7% no 1º trimestre, revela Abrafarma

As grandes redes de farmácias registraram receita de R$ 18,24 bilhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 14,7% ante o mesmo período do ano passado, aponta levantamento da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) adiantado ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Segundo a entidade, que representa redes responsáveis por cerca de 45% das vendas de medicamentos no País, os medicamentos responderam por 78% do volume comercializado e somaram faturamento de R$ 12,44 bilhões, 14,8% a mais do que nos três primeiros meses do ano passado.

A representatividade dessa categoria subiu dez pontos porcentuais em relação à média de 2021. Os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) movimentaram R$ 3,61 bilhões e avançaram 16,8%.

A operação de delivery e e-commerce segue em ascensão consistente e o faturamento no trimestre ultrapassou R$ 815 milhões, alta de 39,6% no período.

Já os chamados não medicamentos, que contemplam itens de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria, geraram R$ 2,07 bilhões, evolução de 13% ante o mesmo período de 2021.

Em relação a vagas de trabalho, a Abrafarma aponta que quase 3 mil farmacêuticos foram incorporados às 26 empresas que integram a entidade, o que equivale a um incremento de 10,9% em relação ao primeiro trimestre de 2021.

Ao todo, são 29.799 profissionais dessa categoria, 20% do total de funcionários e colaboradores.

Renner prevê a abertura de 40 lojas até o fim de 2022

A Renner planeja abrir 40 lojas até o fim de 2022, o que levará a empresa a fechar o ano com 667 espaços físicos, nas cinco regiões do País, além de 12 no exterior. Metade das novas lojas será de unidades da sua marca principal, enquanto 10 serão da marca jovem Youcom, 5 serão da Camicado e as últimas 5, da Ashua, voltada ao segmento plus size.

As lojas da marca Renner devem se concentrar em cidades do interior, e não em grandes capitais. A estratégia de expansão visa a ampliar a cobertura de cidades brasileiras com estabelecimentos físicos. Os planos para a Youcom e a Ashua são similares. Com elas, a Renner quer ter presença em Estados onde ainda não atua, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.

A ideia da empresa com os novos espaços é não só ter lojas físicas em mais lugares, mas também utilizá-las como centros de distribuição de vendas feitas pelo e-commerce.

99 faz parceria para impulsionar mercado brasileiro de veículos elétricos

O aplicativo de transporte de passageiros 99, controlado pela chinesa Didi Chuxing, anunciou uma parceria com empresas dos setores de veículos elétricos (EVs) para impulsionar o setor no Brasil.

A coalizão batizada de Aliança pela Mobilidade Sustentável também inclui Raízen; Movida, Ipiranga, da Ultrapar, Unidas, Zletric, Caoa Cherry, e Tupinambá Energia, e pretende aumentar a vendas de veículos elétricos, criar 10 mil estações públicas de carregamento até 2025 e ter 100% da frota elétrica do aplicativo em 2030.

Atualmente, a 99 possui 750 mil motoristas ativos em sua plataforma, dos quais cerca de 190 são veículos híbridos, segundo a companhia.

O programa pretende aumentar a participação dos veículos elétricos nas vendas de carros novos no país de 2% para 10%. A 99 pretende adicionar pelo menos 300 automóveis elétricos ainda neste ano, com objetivo de chegar a 10 mil até 2025 e ter 100% de sua frota com zero emissão de carbono até 2030.

Segundo a companhia, os carros serão adquiridos parte por parcerias com locadoras e montadoras, parte com recursos próprios. “Com os aprendizados dessa primeira fase, a companhia estudará a melhor forma de disponibilizar os 10 mil veículos elétricos aos motoristas até 2025 até chegar a 100% da frota em 2030”, afirmou a empresa.

Para viabilizar o modelo, a aliança buscará impulsionar a infraestrutura de eletrificação da frota, com postos públicos de recarga, facilitar o aluguel entre motoristas de aplicativo e dar apoio às montadoras e às outras empresas da cadeia.

“A adoção de carros elétricos subiu 100% em um ano. Esses automóveis possuem menos impacto ambiental, preservam a saúde das pessoas e também reduzem custos com combustível em até 75%, mas ainda são muito mais caros do que os convencionais”, disse Thiago Hipólito, diretor do centro de inovação DriverLAb, da 99.

O centro de inovação da 99 está conduzindo a aliança. O centro foi anunciado em março com previsão de investimento de 250 milhões de reais nos próximos 3 anos, dos quais 100 milhões ainda em 2022.

Confiança do comércio cai 0,9 ponto em abril, diz FGV

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre) caiu 0,9 ponto em abril, ao sair de 86,8 para 85,9 pontos.

No mês, dois dos seis principais segmentos do setor recuaram. A piora do Índice de Expectativas (IE-COM), novamente contribuiu para o resultado negativo. A queda desse indicador ficou em 6,8 pontos, atingindo 79,6 pontos, o que significa o menor patamar desde março de 2021, quando alcançou 70,2 pontos. Movimento diferente teve o Índice de Situação Atual (ISA-COM), que avançou 5,3 pontos e passou de 87,6 pontos para 92,9 pontos, o maior nível desde outubro de 2021.

O economista do FGV/Ibre, Rodolpho Tobler, destacou que em abril, pelo segundo mês consecutivo, houve piora da confiança do comércio em uma composição semelhante a registrada no mês anterior. “Mais uma vez, o viés negativo do resultado foi puxado por uma nova queda significativa das expectativas em relação aos próximos meses. Por outro lado, a percepção do volume de vendas no mês corrente avançou, mas ainda é preciso considerar que essas altas recentes ainda não devolveram todas as perdas sofridas desde o final de 2021”, afirmou.

Com relação as médias móveis trimestrais, o ICOM subiu 0,3 ponto. Esse é o segundo resultado positivo depois de um período de seis quedas.

Para os próximos meses, segundo o economista, o cenário parece incerto, uma vez que as perspectivas dos empresários sobre vendas, tendência dos negócios e emprego são de queda, o ambiente macroeconômico complicado e a confiança dos consumidores oscilando em patamar baixo.

De acordo com o instituto, desde o final do ano passado, as quedas consecutivas do Índice de Situação Atual (ISA-COM) colaboraram para a piora da confiança do comércio. Este foi o motivo para o índice em médias móveis trimestrais, ficar abaixo do nível do Índice de Expectativas (IE-COM). No entanto, o desempenho dos últimos meses reverteu essa tendência e aproximou o nível dos dois índices. “Atualmente, em médias móveis trimestrais, ambos índices se aproximam na casa dos 87 pontos, o que ainda é considerado um patamar baixo”, informou o instituto.

Suzano elevará preços de celulose a partir de maio

A Suzano está comunicando clientes na América do Norte e Europa sobre aumentos de preços da celulose a partir de 1º de maio, informou uma fonte do mercado na sexta-feira (29).

O reajuste na América do Norte é de 60 dólares e fará com que o preço da tonelada de celulose da empresa na região vá para 1.520 dólares. Já para a Europa o aumento é de 50 dólares, para 1.300 dólares a tonelada, segundo a fonte.

Procurada, a Suzano confirmou os aumentos.

Os reajustes ocorrem depois que a rival Klabin anunciou na semana passada elevação de 30 dólares no preço da celulose de fibra curta vendida à China a partir de 1º de maio. Com o aumento, o preço do produto da empresa na região será de 810 dólares a tonelada.

A Suzano, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, ainda está elevando em 80 dólares os preços de fluff, usada em produtos como fraldas e absorventes, de maneira global, também a partir de 1º de maio.

Para a Ásia, a empresa ainda está avaliando se vai elevar os preços, informou a fonte.

As ações da Suzano exibiam queda de 1,2% às 11h07, enquanto o Ibovespa mostrava valorização de 1,64%.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

O mercado vem intensificando sua perspectiva para o aperto monetário em curso no Brasil em meio a projeções cada vez mais altas para a inflação, embora tenha melhorado o cenário para o crescimento deste ano.

A pesquisa Focus, que voltou a ser divulgada pelo Banco Central na terça-feira (26) depois de um hiato de quase um mês, mostra que os especialistas consultados veem nova alta da taxa básica de juros de 1 ponto percentual na reunião de maio do Comitê de Política Monetária, chegando a 12,75%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (02), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 13,25%, ante 13,25% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,41% em abril, ante 1,74% no mês anterior. Com este resultado o índice acumula alta de 6,98% no ano e de 14,66% em 12 meses. Em abril de 2021, o índice havia subido 1,51% e acumulava alta de 32,02% em 12 meses.

“Importantes commodities agrícolas contribuíram para o arrefecimento da inflação ao produtor cuja variação passou de 2,07% em março para 1,45% em abril. Soja, milho e café, grãos que respondem por 13% do IPA, apresentaram queda média de 7,3% e contribuíram para o recuo de 1 ponto percentual na taxa do IPA. A desaceleração só não foi mais expressiva, dado o aumento dos preços do Diesel (14,70%), da gasolina (11,29%) e dos adubos/fertilizantes (10,45%), que responderam por 60% da inflação ao produtor”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (02), a projeção para o IGP-M ficou em 12,22%, ante 12,35% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

Prévia mais próxima da metodologia do índice inflacionário oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 acelerou em abril. O IPCA-15 aumentou 1,73% somente neste mês, ficando 0,78 ponto percentual acima da taxa de março (0,95%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,31%. A variação em 12 meses está em 12,03%.

De acordo com o IBGE, abril deste ano teve a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003 (2,19%) e a maior para um mês de abril desde 1995, quando o índice foi de 1,95%. A prévia segue a mesma metodologia do IBGE para o IPCA, tendo como única diferença o período de coleta dos dados, até o dia 15, enquanto o IPCA adota o mês cheio. Em abril, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta. A maior variação (3,43%) e o maior impacto (0,74 p.p.) vieram dos transportes, que aceleraram em relação a março (0,68%), seguidos de alimentação e bebidas (2,25% e impacto de 0,47 p.p. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 70% do IPCA-15 em abril.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (02), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 7,89%, ante 7,65% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) elevaram, pela quarta semana consecutiva, as apostas de crescimento da economia e agora preveem uma alta de apenas 0,65% do PIB (Produto Interno Bruto), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, neste ano.

Os dados do relatório Focus foram divulgados na terça-feira (26), após um mês de apagão de dados ocasionado pela greve de servidores da autoridade monetária. Na semana passada, as expectativas apontavam para um avanço de 0,56% das riquezas nacionais. Há quatro semanas, a previsão era de uma alta na casa de 0,5%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (02), a projeção para o PIB ficou em 0,70%, ante 0,65% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (25), o Ibovespa fechou em queda, embora tenha reduzido grande parte das perdas à tarde com melhora em Wall Street. Temores sobre um potencial lockdown em Pequim e cautela com a política monetária norte-americana serviram de contrapeso. Vale e Petrobras foram as principais pressões negativas ao índice, com preocupações por medidas de isolamento social na China ajudando a derrubar os preços de minério de ferro e petróleo, enquanto Ambev e Equatorial subiram. O índice Ibovespa teve queda de 0,35%, a 110.684,95 pontos. O volume financeiro somou R$ 26,3 bilhões.

Na terça-feira (26), o Ibovespa fechou em queda, acumulando a maior sequência negativa desde 2016, diante de novo tombo em Wall Street com manutenção de temores por desaceleração econômica global, em meio à inflação elevada e avanço da Covid-19 na China. A queda de bancos após reação negativa ao balanço do Santander Brasil, que abriu a temporada de resultados para o setor, pressionou adicionalmente o índice. PetroRio foi a principal contribuição positiva. O índice Ibovespa teve queda de 2,23%, a 108.212,86 pontos. O volume financeiro somou R$ 27,7 bilhões.

Na quarta-feira (27), o Ibovespa fechou em alta, diante do salto de ações ligadas a commodities metálicas e da influência marginalmente positiva em Nova York. Um dado de inflação no Brasil abaixo do esperado pelo mercado, embora em patamares elevados, também contribuiu. Vale disparou antes de balanço e após alta do minério de ferro, que ainda impulsionou siderúrgicas. Petrobras fechou praticamente estável antes de anunciar dados operacionais. Na ponta negativa, a Hapvida cedeu, em meio a expectativas pela divulgação dos resultados do primeiro trimestre. O índice Ibovespa teve alta de 1,05%, a 109.349,37 pontos. O volume financeiro somou R$ 27 bilhões.

Na quinta-feira (28), o Ibovespa fechou em alta, om apoio de Wall Street e de empresas locais como Vale, além de Petrobras e Embraer. Bancos ficaram entre as baixas mais relevantes e limitaram um alta mais firme do indicador. O índice Ibovespa teve alta de 0,52%, a 109.918,97 pontos. O volume financeiro somou R$ 24,4 bilhões.

Na sexta-feira (29), por volta das 12h13, o índice Ibovespa operava em alta de 1,12%, a 111.149,86 pontos. Ainda que futuros de ações nos Estados Unidos estejam em baixa. Início de sessão positiva para ações de commodities e bancos ajudava no desempenho. O índice mostra ganhos de 0,3% na semana, o que pode interromper série de três semanas de baixa. No mês, o acumulado é de queda de 7,1%, depois de quatro avanços mensais seguidos. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 1,86%, a 107.876,16 pontos. O volume financeiro somou R$ 38,1 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (29), por volta das 12h23, o dólar registrava alta de 0,12%, cotado a R$ 4,9460 na venda. O dólar se afastava dos menores patamares desta sexta-feira, sessão que tende a ser volátil devido à formação da taxa Ptax de fim de mês, enquanto investidores monitoravam oscilações da moeda norte-americana no exterior e digeriam comentários do presidente Jair Bolsonaro sobre o teto de gastos brasileiro.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (29) cotado a R$ 4,9427, o dólar fechou em ligeira alta, ao fim de mais uma sessão volátil que encerrou uma semana de forte instabilidade, a qual por sua vez concluiu um mês iniciado com otimismo e que termina com temor sobre a economia global e incertezas político-fiscais no Brasil.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
02/05/2022