Cenário Econômico Internacional – 20/05/2022

Cenário Econômico Internacional – 20/05/2022

Cenário Econômico Internacional – 20/05/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

G7 continuará a exercer pressão econômica sobre a Rússia e atacará “guerra do trigo”

Os ministros de Relações Exteriores do Grupo dos Sete (G7) prometeram reforçar o isolamento econômico e político da Rússia, continuar a enviar armas à Ucrânia e atacar o que a ministra das Relações Exteriores da Alemanha descreveu como “guerra do trigo” que está sendo travada por Moscou.

Após se reunirem em um castelo de 400 anos no resort de Weissenhaus no Mar Báltico, diplomatas seniores de Reino Unido, Canadá, Alemanha, França, Itália, Japão, Estados Unidos e União Europeia também prometeram manter sua assistência militar e de defesa “por quanto tempo for necessário”.

Eles também atacarão o que chamaram de desinformação russa com o objetivo de culpar o Ocidente por problemas de fornecimento de alimentos ao redor do mundo devido às sanções econômicas sobre Moscou e pediram que a China não ajude Moscou ou justifique a guerra da Rússia, segundo o comunicado conjunto.

“Fizemos o suficiente para mitigar as consequências desta guerra? Não é nossa guerra. É uma guerra do presidente da Rússia, mas temos responsabilidade global”, afirmou a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, a repórteres em uma entrevista coletiva de encerramento do encontro.

A chave para aumentar a pressão sobre a Rússia é proibir ou diminuir gradualmente a compra de petróleo russo. A expectativa é que Estados-membros da UE cheguem a um acordo sobre o assunto na próxima semana, mesmo que neste momento haja oposição da Hungria.

“Aceleraremos nossos esforços para reduzir e encerrar a dependência dos fornecimentos de energia russos e o mais rápido possível trabalhar em cima dos compromissos do G7 para diminuir gradualmente ou proibir importações de carvão e petróleo da Rússia”, disse o comunicado.

Os ministros disseram que acrescentariam mais sanções contra a elite russa, incluindo personagens econômicos, instituições do governo central e o Exército, que permitem que o presidente Vladimir Putin “lidere a guerra que escolheu”.

A reunião no norte da Alemanha, que contou com a participação dos ministros de Relações Exteriores de Ucrânia e da Moldávia, também destacou preocupações com a segurança alimentar e temores de que a guerra na Ucrânia possa transbordar à vizinha menor Moldávia.

“Pessoas morrerão na África e no Oriente Médio e temos uma questão urgente pela frente: quantas pessoas podem ser alimentadas ao redor do mundo? As pessoas estão se perguntando o que acontecerá se não tivermos os grãos que precisamos e que costumávamos comprar de Rússia e Ucrânia”, disse Baerbock.

Como o comércio mundial se desenvolverá: 5 cenários do Fórum Econômico Mundial

O Fórum Econômico Mundial (WEF) descreveu como a operação militar russa na Ucrânia pode afetar o comércio global. O conflito resultou em “comércio sem precedentes e outras sanções econômicas” e “as crescentes tensões geopolíticas estão levantando questões sobre as implicações para o sistema comercial global”, disseram os especialistas em sua previsão.

Eles identificaram cinco cenários possíveis para o desenvolvimento das relações comerciais entre os países.

O primeiro é o “boicote à Rússia”. Com essa opção, as sanções serão impostas apenas contra a Rússia e a Bielorrússia e, se o conflito na Ucrânia se prolongar, as restrições se expandirão e as empresas globais continuarão a deixar o país.

O segundo é o cenário de “reabilitação”. Se uma “trégua convincente” puder ser alcançada na Ucrânia, as relações comerciais da Rússia com outros países poderão ser gradualmente restauradas. Isso reduzirá o risco de maior fragmentação do sistema de comércio global, apontam analistas.

A terceira é a “fragmentação reativa”, na qual sanções secundárias serão impostas aos países da OMC que apoiam financeiramente a Rússia.

O quarto cenário é o aprofundamento dos laços entre os países parceiros, por exemplo no domínio da economia digital ou da ecologia, onde podem ser desenvolvidas novas regras comuns.

O WEF chamou a quinta opção de cenário de “pobres não aliados”. Nesse caso, um grupo de pessoas com ideias semelhantes na OMC continuará a cooperação comercial apenas com os países que compartilham seus valores da “ordem econômica mundial liberal”, e outros estados serão privados de privilégios comerciais.

Países emergentes devem ter recuperação mais lenta no pós-pandemia, diz FMI

Entre os países membros do G20 – grupo das 19 maiores economias desenvolvidas e emergentes, mais a União Europeia, o ritmo de recuperação da pandemia de Covid-19 é diferenciado e as nações em desenvolvimento são as que mais diferenciados, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que alerta para o fato de os países emergentes se recuperarem mais lentamente do que os mais desenvolvidos.

Em artigo divulgado, na terça-feira (17), pelo organismo multilateral, os economistas Mehdi Benatiya Andaloussi, Lone Engbo Christiansen, Ashique Habib e Davide Malacrino destacam que o choque sem precedentes provocado pela pandemia criou desafios que precisam ser enfrentados por trabalhadores e estudantes de mercados emergentes serão maiores e eles podem ser transformados em cicatrizes duradouras, principalmente, no mercado de trabalho dessas economias, que investiram muito menos do que as nações desenvolvidas no combate aos efeitos da pandemia. Além disso, eles chamam a atenção para a informalidade elevada no mercado trabalho dos países emergentes, que pagam as piores remunerações, como um fator que condena os trabalhadores a terem uma renda reduzida.

“Para muitas economias, a eclosão da guerra na Ucrânia está aumentando os desafios”, destacaram os analistas no documento onde eles ressaltaram que as perdas de aprendizado durante a pandemia foram maiores entre as economias emergentes, o que poderá condenar os futuros trabalhadores “a uma vida inteira de renda comprimida”.

Os analistas destacaram que as economias avançadas experimentaram fortes recuperações do mercado de trabalho, graças ao apoio político robusto e vacinação generalizada. Além disso, reforçaram que as preocupações iniciais de que a pandemia criaria um descompasso em grande escala entre as habilidades dos trabalhadores e a demanda de trabalho dos empregadores, devido à persistência mudanças na atividade em todos os setores, por exemplo, não se materializaram até agora. Já as economias emergentes estão apresentando recuperações econômicas mais fracas.  “Também vemos um impacto marcante na extensão da informalidade trabalho, que é difundido em muitas dessas economias”, acrescentaram.

No estudo, os economistas ainda destacam que a atividade nos setores de serviços continua aquém da dos setores de bens, como distanciamento para minimizar a transmissão do vírus permanece. “A pandemia também levou a um aumento da pobreza e da desigualdade global, como 75 milhões de pessoas adicionadas à extrema pobreza em 2021, em relação às tendências pré-pandemia”, destacou o documento.

Mundo está cada vez mais perto de ‘catástrofe climática’, diz ONU

A Organização Mundial Meteorológica (OMM) divulgou uma nova edição do relatório “Estado do Clima”, que confirma que os últimos sete anos tem sido os mais quentes já registrados no planeta.

Em análise do documento, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que o “sistema energético global está quebrado” e, com isso, que estamos “cada vez mais próximos de uma catástrofe climática”.

Além disso, Guterres disse que o “Estado do Clima” mostra a “triste repetição do fracasso humano em combater os problemas climáticos” com “recordes alarmantes” atingidos em 2021 em várias frentes: aumento do nível do mar, aquecimento dos oceanos, concentração de gases de efeito estufa e acidificação dos oceanos.

O secretário-geral aponta que os combustíveis fósseis são um caminho sem saída e ressalta, ainda, que a guerra na Ucrânia e seus efeitos sobre o preço da energia é um outro aviso para que o mundo “acorde” para as mudanças climáticas.

Em um dos pontos de destaque apresentados pela OMM, os cientistas relatam que os oceanos do planeta inteiro chegaram em 2021 ao maior nível de temperatura e acidez já registrados na história da humanidade.

O documento também reafirma – como já dito em outros relatórios climáticos – que há um aumento do nível do mar por conta do derretimento contínuo de camadas de gelo.

“Nosso clima está mudando diante de nossos olhos. O calor retido pelos gases de efeito estufa induzidos pela humanidade aquecerá o planeta por muitas gerações”, declarou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.

As mudanças já são visíveis em todos os continentes, e o relatório cita como exemplo ondas de calor extremas, incêndios florestais e enchentes registradas ao longo do ano passado.

E as consequências também já chegaram aos cofres públicos, que tiveram prejuízo de ao menos US$ 100 bilhões (cerca de R$ 494 bilhões) por conta de episódios causados pela mudança climática apenas em 2021.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (16), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, novos comentários do Federal Reserve em defesa do aperto monetário nos EUA e dados fraco das duas maiores potências globais pressionaram os papéis ao longo do dia. O índice Dow Jones teve alta de 0,08%, a 32.223,42 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,39%, a 4.008,01 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,20%, a 11.662,79 pontos.

Na terça-feira (17), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, impulsionadas por Apple, Tesla, e outras ações de megacapitalização depois que fortes vendas no varejo em abril aliviaram preocupações com a desaceleração do crescimento econômico. O índice Dow Jones teve alta de 1,34%, a 32.654,59 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 2,02%, a 4.088,85 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 2,76%, a 11.984,52 pontos.

Na quarta-feira (18), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, o dia já começou em tom negativo, após ganhos no pregão anterior, e piorou em meio a sinais ruins nas perspectivas de varejistas dos Estados Unidos. O índice Dow Jones teve queda de 3,57%, a 31.490,07 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 4,04%, a 3.923,68 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 4,73%, a 11.418,15 pontos.

Na quinta-feira (19), as bolsas de valores de Nova York operavam mistas, com os investidores preocupados com o impacto do aumento da inflação na economia e nos resultados das empresas. Por volta das 13h36, o índice Dow Jones registrava queda de 0,80%, a 31.238,17 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,33%, a 3.910,90 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,30%, a 11.963,78 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 13.05.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (13) cotado a R$ 5,0578 com queda de 1,65%. O dólar fechou em forte queda e tomou distância dos 5,10 reais, conforme investidores realizaram lucros ao fim de uma semana de grande instabilidade nos mercados globais. A moeda brasileira teve o melhor desempenho do mundo nesta sessão.

Na segunda-feira (16) – O dólar à vista registrou queda de 0,12%, cotado a R$ 5,0516 na venda. Segundo operadores, o aprofundamento das perdas da moeda norte-americana no exterior e a alta firme do Ibovespa abriram espaço para realização de lucros intraday e leve desmonte de posições compradas (que apostam na alta do dólar) no mercado futuro. O dólar oscilou entre R$ 5,1042 na máxima e R$ 5,0318 na mínima.

Na terça-feira (17) – O dólar à vista registrou queda de 2,14%, cotado a R$ 4,9419 na venda. Com os mercados avaliando a possibilidade de alívio nas restrições de combate à Covid-19 na China, em dia de forte desvalorização da moeda norte-americana no exterior. O dólar oscilou entre R$ 5,0124 na máxima e R$ 4,9278 na mínima.

Na quarta-feira (18) – O dólar à vista registrou alta de 0,80%, cotado a R$ 4,9826 na venda. Em um movimento de correção amparado pelo ambiente externo negativo. Relatos de novas medidas restritivas na China, que sustenta a política de Covid zero, e a leitura de que os Bancos Centrais dos países desenvolvidos, em especial o Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano), terão que ser mais agressivos para conter a inflação preocupam os mercados. O dólar oscilou entre R$ 5,0124 na máxima e R$ 4,9278 na mínima.

Na quinta-feira (19) – Por volta das 13h37, o dólar operava em queda de 1,68% cotado a R$ 4,8989 na venda. Alinhando-se a movimento internacional de recuperação de moedas arriscadas depois de uma forte onda de vendas na véspera, quando temores sobre inflação, aperto monetário e possível desaceleração econômica aumentaram a busca por segurança.

Inflação na Argentina atinge o maior patamar em 30 anos

O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC) da Argentina informou que a inflação de abril foi de 6%, acumulando 23,1% nos quatro primeiros meses do ano e 58% nos últimos 12 meses, a maior taxa desde janeiro de 1992, quando o país saía da hiperinflação.

Com o aumento da inflação, aceleraram-se os protestos em todo o país, conforme registra a consultoria Diagnóstico Político que projeta o ano de 2022 como o de maior conflito social.

“Nos primeiros quatro meses do ano, foram mais de 2.500 protestos com bloqueios de avenidas e estradas em todo o país. Tudo indica que 2022 será o ano com mais bloqueios desde 2009, quando começamos a monitorar os protestos. É o começo de ano mais tenso dos últimos 14 anos”, diz Patricio Giusto, analista político, diretor da consultoria Diagnóstico Político.

“Há uma correlação direta da disparada da inflação e da queda de popularidade do governo com o aumento de protestos”, afirma.

No ano passado, houve 6.658 manifestações em todo o país, número só superado pelos 6.805 protestos de 2014. Somente em abril de 2022, foram 908 protestos, cifra recorde.

“Se a tendência se mantiver, vamos superar os 10 mil protestos em 2022 e a principal razão é a inflação”, indica Giusto.

Mariel Fornoni, diretora da consultoria Management & Fit, especialista em opinião pública, indica que a população não acredita que o governo possa controlar a inflação.

“A inflação é, de longe, a principal preocupação dos argentinos. Cerca de 45% dos entrevistados colocam esse problema como prioridade, independente da visão política ou da classe social. Ao mesmo tempo, sete de cada dez entrevistados afirmam que o governo não tem nenhuma probabilidade de solucionar o problema da inflação. Nenhuma”, sublinha Fornoni.

Os 6% de abril mantém a Argentina no pódio mundial de inflação, apesar da leve queda desde os 6,7% de março, quando o país ficou abaixo apenas dos 7,6% da Rússia, um país em guerra e afetado por sanções econômicas.

EUA: ‘risco muito, muito alto’ de recessão, diz CEO do Goldman

Há um “fator de risco muito, muito alto” de que os Estados Unidos estão entrando em recessão, alertou o presidente sênior do Goldman Sachs Group, Lloyd Blankfein.

Em entrevista à CBS News, Blankfein disse que definitivamente há risco de recessão e que empresas e consumidores devem se preparar para esse cenário.

No entanto, o executivo acrescentou que há um “caminho estreito” para o Fed usar suas “ferramentas muito poderosas” para evitar uma recessão. “Acho que eles estão respondendo bem”, disse Blankfein.

Blankfein acrescentou que o Fed não tem escolha a não ser continuar aumentando as taxas de juros para conter a demanda do consumidor. “E isso vai envolver alguma dor”, disse ele. Embora ressalte que alguns fatores inflacionários, como a guerra na Ucrânia e as crises na cadeia de suprimentos, são transitórios e eventualmente desaparecerão, até então, “será bastante difícil e opressivo” para as pessoas de baixa renda à medida que os preços sobem.

Blankfein disse que, embora a inflação tenha sido alimentada por gastos fiscais adicionais causados ​​pela pandemia de Covid-19, ele não culpa necessariamente o governo por fazer grandes esforços para evitar outro colapso financeiro. O presidente do Fed, Jerome Powell, admitiu na semana passada que o banco central foi muito lento para começar a aumentar as taxas de juros para combater a inflação.

“Eles reagiram e acho que reagiram sensatamente ao que sabiam na época”, disse Blankfein. “E você pode argumentar sobre isso, mas é isso com o benefício da retrospectiva”, alertou.

Índice de sentimento do consumidor de Michigan bate mínima de 11 anos, mas expectativa do IPC se mantém firme

O sentimento dos consumidores dos EUA está em seu menor nível em 11 anos na sequência de mais uma queda acentuada, segundo a Universidade de Michigan.

A pesquisa mensal da universidade mostrou que o principal índice de confiança caiu mais do que o esperado, de 65,2 para 59,1 no mês até meados de abril. Os subíndices de avaliação das condições atuais e expectativas e também recuaram.

O sinal positivo da pesquisa foi que a expectativa dos consumidores para a inflação nos próximos cinco anos continuou estável a 3,0%, indicando que o Federal Reserve já não está trás da curva no imaginário do público em termos de reduzir a inflação. O Presidente do Fed, Jerome Powell, tinha indicado em uma entrevista de rádio para a NPR na quinta-feira que ainda não acredita ser necessário elevar as taxas de juros em mais de meio porcento no momento.

Os dados divulgados no início desta semana foram interpretados como uma indicação provisória de que a inflação ano-a-ano pode ter alcançado seu pico a 8,5% em março, recuando para 8,3% em abril. Para os próximos 12 meses, os consumidores veem a inflação ao redor de 5,4%, disse a universidade.

A pesquisa corrobora evidências sugerindo que a inflação, juntamente com o esgotamento das poupanças na pandemia, está pesando cada vez mais sobre o sentimento, especialmente entre os segmentos de renda mais baixa. Ela também proporcionou provas adicionais de que os consumidores estão revertendo alguns dos padrões de gastos observados durante a pandemia. As condições de compra de bens duráveis atingiram sua leitura mais baixa desde que a questão começou a aparecer nas pesquisas mensais em 1978, principalmente devido aos altos preços, afirmou a universidade.

Os declínios no sentimento eram “de ampla base e visíveis através de recortes de renda, idade, instrução, região geográfica e afiliação política,” disse a universidade.

Economia do Peru cresce 3,79% em março, com mineração afetada por protestos

A economia do Peru cresceu 3,79% em março em comparação com o ano anterior, disse a agência de estatísticas do país neste domingo, com a maioria dos setores da economia mostrando melhora, enquanto a principal indústria do país, da mineração, encolheu devido a conflitos sociais que afetaram a produção.

O Peru é o segundo produtor mundial de cobre, mas protestos das comunidades indígenas dos Andes exigindo maiores benefícios da indústria de mineração afetaram a produção.

Em março, a mina de cobre Cuajone, da Southern Copper Corp, teve sua atividade interrompida durante o mês.

O crescimento econômico de março é inferior aos 4% que o banco central havia previsto em uma entrevista coletiva na última sexta-feira (13).

O Ministério das Finanças do Peru espera que a economia cresça 3,6% em 2022.

Equipe de Biden vê poucas opções sobre inflação antes de eleições de meio de mandato nos EUA

O governo dos Estados Unidos sente cada vez mais que tem pouco controle sobre a inflação no curto prazo, dizem as autoridades, e está procurando maneiras de compensar o risco político das altas de preços nos meses que antecedem as eleições de meio de mandato de novembro.

Dados da semana passada mostraram que a inflação ainda estava em máximas de 40 anos, mas um pouco abaixo do pico anterior. A economia e o modo como o presidente, Joe Biden, lida com ela são questões fundamentais para os eleitores, e a redução do custo da carne, gás e outros produtos básicos domésticos é uma forma fundamental de Biden e seus colegas democratas defenderem o controle do Congresso nas eleições de meio de mandato de novembro, dizem os estrategistas.

Mas a capacidade de qualquer presidente norte-americano de cortar os preços a curto prazo nos mercados globais de produtos como petróleo e grãos é limitada, dizem os assessores da Casa Branca.

A influência sobre os gargalos da cadeia de abastecimento relacionados com os lockdowns na China contra a Covid e a invasão russa da Ucrânia, ambos elevando os preços, estão ainda mais fora de alcance, dizem eles.

O governo espera que a inflação diminua ainda mais em relação ao seu recente ritmo acelerado à medida que o ano avança, disseram os assessores, mas não a um nível que seria considerado aceitável.

Em resposta, a Casa Branca, que até recentemente descrevia o aumento da inflação como transitório, desenvolveu uma estratégia em três frentes: agir o mais agressivamente possível sobre os preços que acredita poder ter impacto sobre as margens, enfatizar o papel do presidente russo Vladimir Putin e a pandemia, e atacar os republicanos, sugerindo que suas políticas econômicas seriam piores.

A mudança não testada na mensagem vem depois que alguns democratas disseram à Casa Branca que ela está sendo muito lenta em levar a sério o problema político da inflação. Os democratas dizem que é muito cedo para afirmar se a nova mensagem vai influenciar os eleitores.

“Houve um excesso de promessas e uma falta de entrega”, disse Jason Furman, professor de economia da Universidade de Harvard e ex-assessor do presidente Barack Obama.

“Agora a mensagem é mais realista”. Mas ele disse que não estava claro se a nova mensagem vai satisfazer os eleitores.

Estrategistas políticos dizem que é importante para Biden transmitir empatia e ação, mesmo na ausência de boas opções, pois um partido republicano se une em torno de atacar o presidente por uma “Bidenflação”.

“Eles precisam comunicar que as famílias estão lutando, mas eis o que estamos fazendo hoje”, disse a pesquisadora democrata Celinda Lake, que acrescentou que os eleitores em grupos de foco estavam identificando a questão como sendo crítica para os democratas abordarem. “Apenas estar implacavelmente lá fora fazendo algo todas as semanas, todos os dias sobre estas questões.”

Os republicanos culpam o Plano de Resgate Americano de 1,9 trilhão de dólares de dólares de Biden e outras políticas por impulsionarem a inflação, embora os preços tenham começado a subir antes de ele tomar posse e o fenômeno tenha sido global.

Chefe do BC dos EUA promete subir juro o quanto for necessário para liquidar salto da inflação

O chair do Banco Central norte-americano, Jerome Powell, prometeu que o Federal Reserve elevará a taxa de juros o mais alto que for necessário para matar um aumento na inflação que, segundo ele, ameaça as fundações da economia.

“O que precisamos ver é a inflação recuando de maneira clara e convincente e vamos continuar insistindo até vermos isso”, afirmou Powell em evento do Wall Street Journal. “Se não virmos isso, teremos de considerar agir de forma mais agressiva” para apertar as condições financeiras.

“Alcançar a estabilidade de preços, restaurar a estabilidade de preços é uma necessidade incondicional. Algo que temos que fazer, porque realmente a economia não funciona para os trabalhadores ou para as empresas ou para qualquer pessoa sem estabilidade de preços. É realmente o alicerce da economia.”

Reconhecendo a possível “dor” que o controle da inflação pode causar, gerando um crescimento econômico mais lento ou desemprego mais alto, Powell disse que existem “caminhos” para que a alta dos preços diminua em um ritmo que não resulte em recessão total.

Mas se a inflação não arrefecer, o Fed não hesitará em ajustar os juros até que isso aconteça, disse Powell.

“Se isso envolve ultrapassar níveis amplamente entendidos como ‘neutro’, não hesitaremos em fazer isso”, disse Powell, referindo-se ao patamar de taxa de juro que não estimula nem restringe a atividade econômica. “Vamos até sentir que estamos em um lugar onde podemos dizer ‘sim, as condições financeiras estão em um lugar apropriado, vemos a inflação em queda’.”

O que vem a seguir, o quanto o Banco Central subirá os juros e com que rapidez, depende de como a economia e a inflação evoluem, algo que Powell disse que o Fed avaliará “reunião por reunião, dado por dado”.

Powell afirmou que, se o ritmo dos aumentos de preços não diminuir, o Banco Central, que já elevou sua taxa básica em um total de 0,75 ponto percentual neste ano, não hesitará em corrigir os juros para níveis mais restritivos.

“A economia está forte. As finanças dos consumidores estão saudáveis. As empresas estão saudáveis”, disse Powell, afirmando que a atual força econômica é uma das razões pelas quais o Fed pode aumentar os custos dos empréstimos e desacelerar o crescimento o suficiente para esfriar a inflação sem causar o tipo de retração dolorosa que o banco central usou no passado para reprimir a escalada dos preços.

O Fed tem como meta uma taxa de inflação de 2% ao ano, mas os preços, segundo o indicador preferencial do banco central, sobem em velocidade mais de três vezes esse patamar. Uma inflação muito acelerada pode distorcer o planejamento de famílias e empresas e, mais especificamente em relação ao senso de urgência sentido por Powell e seus colegas do Fed, corroer a capacidade do banco central de mantê-la sob controle.

Biden se prepara para primeira viagem à Ásia com temores nucleares da Coreia do Norte

O presidente Joe Biden parte na quinta-feira (19) para a Coreia do Sul e o Japão para consolidar a liderança dos EUA na Ásia em um momento em que a atenção da Casa Branca foi desviada para a Rússia e a Europa, e em meio a temores de que os testes nucleares norte-coreanos ofusquem a viagem.

As visitas estão sendo apresentadas como prova de que os Estados Unidos estão aproveitando os movimentos recentes para cimentar seu pivô de anos para a Ásia, onde o crescente poder comercial e militar chinês está minando décadas de domínio dos EUA.

Mas, destacando as demandas concorrentes de dois lados do mundo, Biden se reunirá na Casa Branca com os líderes da Finlândia e da Suécia para celebrar seus pedidos de adesão à OTAN antes de embarcar no Força Aérea Um para Seul.

O democrata segue para a Coreia do Sul e depois para o Japão no domingo para realizar cúpulas com os líderes dos dois países, além de participar de uma cúpula regional do Quad – um agrupamento de Austrália, Índia, Japão e Estados Unidos – enquanto estiver em Tóquio.

Durante a primeira etapa, ele visitará tropas norte-americanas e sul-coreanas, mas não fará a tradicional caminhada presidencial até a fronteira fortificada conhecida como DMZ entre as Coreias do Sul e do Norte, informou a Casa Branca.

O conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan insistiu que não havia “tensão” entre as questões europeias e asiáticas, chamando-as de “reforçadores mútuos”.

“Há algo bastante evocativo em ir do encontro com o presidente da Finlândia e o primeiro-ministro da Suécia para reforçar o impulso por trás da aliança da OTAN e a resposta do mundo livre à Ucrânia, depois pegar um avião e voar para o Indo-Pacífico”, disse Sulivan.

Desaceleração da habitação pode prejudicar a economia do Canadá

A crise imobiliária que está se enraizando em todo o Canadá atuará como um vento contrário ao crescimento econômico este ano, após um período em que o setor imobiliário impulsionou a recuperação econômica da Covid-19, mas também foi caracterizado por especulação fervorosa e piora da acessibilidade em meio a taxas de juros ultrabaixas.

As vendas de casas em todo o país caíram 12,6% em abril em relação a março, com recuos ainda mais acentuados observados nos mercados espumantes de Toronto e Vancouver. O índice nacional de preços de imóveis, que se ajusta à volatilidade, caiu apenas 0,6% no mês passado, embora as quedas de preços tenham sido maiores em algumas partes do sul de Ontário.

O aumento das taxas de juros esfriou rapidamente um rali febril. Dado que mais aumentos de juros estão a caminho, muitos economistas dizem que o Canadá pode estar nos estágios iniciais de uma prolongada queda no mercado imobiliário, embora seja bem-vinda por possíveis compradores que foram precificados.

Para uma economia que depende cada vez mais da habitação, a desaceleração provavelmente pesará sobre o crescimento econômico no futuro próximo, não apenas por meio de canais diretos, como comissões imobiliárias reduzidas, mas de maneiras indiretas, como gastos mais fracos de famílias que se empanturraram de hipotecas e agora enfrentam custos mais altos com o serviço da dívida.

“Infelizmente para o Canadá, estamos em uma situação bastante perigosa agora, onde nossas medidas de atividade habitacional estão extremamente esticadas. A pandemia basicamente colocou o que já estava esticado em esteroides”, disse David Doyle, chefe de economia do Macquarie Group.

À medida que as vendas de casas caem e as taxas de juros sobem, “isso cria riscos significativos para a economia do Canadá”, acrescentou.

Já a maior indústria do Canadá, o setor imobiliário se tornou uma fatia ainda maior da economia durante a pandemia, em grande parte devido às baixas taxas de hipotecas recordes que incentivaram a compra raivosa.

O investimento residencial, como parcela do produto interno bruto nominal, subiu para cerca de 10% nos horários de pico nos últimos dois anos, totalizando mais de US$ 240 bilhões em 2021. Isso representa um aumento de cerca de 7% do PIB antes da pandemia, ou o dobro da taxa equivalente nos Estados Unidos. Para os ursos habitacionais, é um sinal de que os canadenses se apaixonaram demais pelo setor imobiliário e que as fortunas econômicas do país estão muito ligadas às do setor.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (16), as bolsas europeias fecharam mistas, os mercados globais buscam orientações diante de dados fracos na China e revisão para baixo de crescimento na União Europeia. A guerra da Rússia na Ucrânia segue no radar dos investidores, com a Finlândia e Suécia tendo anunciado que irão solicitar adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,04%, a 433,67 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,23%, a 6.347,77 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,45%, a 13.964,38 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,64%, a 5741,48 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,19%, a 8.353,70 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,63%, a 7.464,80 pontos.

Na terça-feira (17), as bolsas europeias fecharam em alta, na esperança de que a demanda na China possa ser mantida, com expectativa de que as autoridades relaxem as restrições contra a Covid-19, enquanto investidores também comemoraram previsões otimistas de balanços. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,22%, a 438,97 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,30%, a 6.430,19 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,59%, a 14.185,94 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,61%, a 5.834,03 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,46%, a 8.475,70 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,72%, a 7.518,35 pontos.

Na quarta-feira (18), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, o quadro já era em geral negativo mais cedo, com preocupações sobre a inflação e o aperto monetário para contê-la. Além disso, houve piora na reta final, após relatos de que a China impôs lockdown em mais uma região importante economicamente, diante de surtos da Covid-19 e da rígida política local para conter o vírus. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,14%, a 433,95 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,20%, a 6.352,94 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,26%, a 14.007,76 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,09%, a 5.828,56 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,01%, em 8.476,40 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,07%, em 7.438,09 pontos.

Na quinta-feira (19), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, após Wall Street sofrer fortes perdas ontem, à medida que balanços desanimadores de grandes varejistas americanos mostraram o impacto da inflação elevada nos EUA, a maior economia mundial. Também seguem no radar a perspectiva de mais aumentos de juros nos EUA e a situação da covid-19 na China. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,37%, a 427,99 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,26%, a 6.272,71 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,90%, a 13.882,30 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,31%, a 5.904,72 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,83%, a 8.406,00 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,82%, a 7.302,74 pontos.

Inflação russa salta para 17,83% em abril, máxima desde o início de 2002

A inflação ao consumidor na Rússia acelerou em abril para 17,83% em termos anuais, seu nível mais alto desde janeiro de 2002, mostraram dados, após os preços receberem impulso de um rublo volátil e das sanções ocidentais sem precedentes em razão da guerra na Ucrânia, que interromperam as cadeias logísticas.

Mas a inflação mensal desacelerou para 1,56% em abril, ante 7,61% em março, quando registrou o maior aumento mensal desde janeiro de 1999, apontaram dados do serviço federal russo de estatísticas Rosstat.

A queda do rublo para mínimas recordes em março impulsionou a demanda por uma ampla gama de bens, desde alimentos básicos até carros, com a expectativa de que os preços subiriam ainda mais. A moeda se recuperou desde então e subiu para uma máxima em quase cinco anos em relação ao euro na sexta-feira (13).

O Banco Central tem como meta inflação de 4%, mas espera que ela atinja 18% a 23% este ano. Mas a instituição já cortou sua taxa básica para 14% após um ajuste emergencial dos juros para 20% no final de fevereiro e disse que vê espaço para mais flexibilização monetária para ajudar a economia.

Villeroy, do BCE, diz que euro muito fraco pode ameaçar meta de inflação

A fraqueza do euro nos mercados cambiais poderia ameaçar os esforços do Banco Central Europeu para direcionar a inflação para sua meta, disse na segunda-feira (16) o membro do BCE François Villeroy de Galhau.

Na quinta-feira (12) o euro atingiu seu ponto mais baixo em relação ao dólar desde 2017. A moeda era negociada em leve alta nesta sessão.

A fraqueza do euro torna os bens e commodities importados denominados em dólar, como o petróleo, mais caros, alimentando as pressões de preços que levaram a inflação da zona do euro a níveis recordes.

“Deixe-me enfatizar isto: vamos monitorar cuidadosamente a evolução da taxa de câmbio efetiva, como um motor significativo da inflação importada”, disse Villeroy em uma conferência no banco central francês, do qual é presidente.

“Um euro fraco demais irá contra nosso objetivo de estabilidade de preços.”

O Federal Reserve tem apertado a política monetária nos Estados Unidos de forma mais agressiva do que o banco central da zona do euro, embora o BCE tenha sinalizado que é provável que se junte a outros grandes bancos centrais no aumento dos custos dos empréstimos em julho.

Villeroy disse que uma reunião decisiva da diretoria do BCE poderia ser esperada em junho, seguida por um “verão ativo” (no hemisfério norte) no front de política monetária.

“O ritmo das próximas etapas levará em conta a atividade real e os dados da inflação com alguma opcionalidade e gradualismo”, disse Villeroy.

Zona do euro registra déficit comercial recorde em março por energia

A balança comercial da zona do euro registrou déficit recorde em março, segundo dados divulgados na segunda-feira (16), devido aos custos crescentes da energia importada.

A agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, informou que os 19 países que usam o euro registraram um déficit comercial de 16,4 bilhões de euros em março, em dado não ajustado para oscilações sazonais, contra superávit de 22,5 bilhões em março de 2021.

Ajustado para oscilações sazonais, o déficit comercial da zona do euro foi ainda maior, de 17,6 bilhões de euros em março – o maior déficit comercial registrado desde que os dados da Eurostat começaram em 1999.

O valor não ajustado das importações em março disparou 35,4% em relação ao ano anterior, disse a Eurostat, enquanto o valor das exportações subiu apenas 14,0%.

A mudança no valor das importações de energia foi o maior destaque, com o déficit no comércio de energia quase triplicando para 128,7 bilhões de euros nos primeiros três meses do ano.

O déficit comercial da União Europeia com a Rússia, seu principal fornecedor de energia – mais do que quadruplicou de 10,8 bilhões de euros no mesmo período de 2021 para 45,2 bilhões de euros no primeiro trimestre.

Knot diz que alta de 0,5 p.p. dos juros pelo BCE em julho é possível se a inflação se ampliar

O Banco Central Europeu deveria aumentar sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual em julho, mas ainda não deve descartar uma alta maior, disse o chefe do banco central da Holanda, Klaas Knot, ao programa de TV holandês College Tour.

“O primeiro aumento da taxa de juros está agora sendo precificado para a reunião de política monetária de 21 de julho, e isso me parece realista”, disse Knot.

Ele acrescentou que o BCE deveria, no entanto, manter a porta aberta para um movimento maior se os dados recebidos nos próximos meses sugerirem que a inflação está “se ampliando mais ou se acumulando”.

“Se este for o caso, um aumento maior também não deve ser excluído“, disse Knot. “Nesse caso, um próximo passo lógico seria de (até) 0,5 ponto percentual”

Os mercados financeiros atualmente precificam 97 pontos base de aumento na taxa de depósito do BCE, atualmente de -0,5%, ao longo do restante do ano, com o primeiro movimento previsto para julho e altas subsequentes em cada reunião de política neste ano.

O BCE se reunirá no próximo dia 9 de junho, mas essencialmente descartou uma subida da taxa então, uma vez que continua a acumular dívida governamental.

Sua orientação estipula que as taxas só podem subir uma vez que a compra dos títulos termine, o que se espera para a metade do ano.

Taxa de crescimento do PIB da zona do euro no 1º trimestre é revisada para cima

O crescimento econômico da zona do euro foi mais forte do que o anteriormente esperado no primeiro trimestre, mostraram na terça-feira (17) dados revisados, e o emprego também aumentou, mostrando que a zona do euro expandiu no ritmo sólido visto no final de 2021 apesar da guerra na Ucrânia.

A agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, disse que o Produto Interno Bruto (PIB) dos 19 países que compartilham o euro subiu 0,3% no período de janeiro a março sobre os três meses anteriores, marcando um crescimento de 5,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A Eurostat havia estimado anteriormente uma taxa de crescimento de 0,2% na comparação trimestral e de 5,0% na base anual.

Os dados mostram que a zona do euro expandiu nos três primeiros meses de 2022 no mesmo ritmo trimestral do último trimestre de 2021, apesar da invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro, que perturbou as cadeias de abastecimento, atingiu a confiança e aumentou os preços da energia.

O crescimento do emprego no primeiro trimestre foi de 0,5% na comparação trimestral e de 2,6% sobre o ano anterior, disse a Eurostat, acelerando de 0,4% e 2,1% respectivamente nos três meses anteriores.

Lagarde, do BCE, dá mais voz a chefes de bancos centrais nacionais na política monetária

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, tem dado mais voz aos chefes dos Bancos Centrais nacionais nas reuniões de política monetária e pediu que seu próprio conselho fale menos e reserve mais tempo para o debate, disseram fontes familiarizadas com o processo.

Lagarde decidiu agora limitar as apresentações dos membros do conselho a 20 páginas e disse às autoridades para encerrar suas apresentações até a hora do almoço no primeiro dia da reunião de política monetária do BCE, disseram as fontes.

Além disso, a reunião de política monetária de dois dias agora começa na quarta-feira de manhã, em vez da tarde, e a sessão de quinta-feira começa 30 minutos mais cedo do que anteriormente, tudo com o objetivo de deixar mais espaço para debate, segundo as fontes.

As mudanças, que não haviam sido relatadas anteriormente, já estavam em vigor na reunião de 14 de abril.

“Agora estamos fornecendo uma análise mais abrangente em documentos de apoio antes da reunião para que as apresentações possam ser mais concisas para evitar repetições”, disse um porta-voz do BCE. “Ao iniciar as reuniões mais cedo, o Conselho do BCE deu a si mesmo mais tempo para chegar a uma avaliação compartilhada das perspectivas econômicas e tomar decisões coletivas de política monetária.”

Como é a pessoa que supervisiona as projeções econômicas e é o autor de recomendações de política monetária no BCE, as apresentações e propostas do economista-chefe Philip Lane são a peça central dos debates, que incluem um jantar informal na noite de quarta-feira com a presença dos chefes dos bancos nacionais e dos seis membros do conselho do BCE.

Lane se recusou a comentar esta matéria.

A inflação na zona do euro é atualmente quase quatro vezes a meta do BCE e pode não cair abaixo de 2% por anos, de acordo com uma série de projeções dos setores público e privado.

Algumas autoridades haviam alertado publicamente que os aumentos de preços poderiam ser maiores e mais duráveis ​​do que o BCE previu e contestaram a visão de Lane de que o salto recorde da inflação diminuiria sem uma ação mais dura. Alguns formuladores de política monetária disseram em particular que sentiram que Lane deu pouca atenção às visões contrastantes.

Erros nas estimativas de inflação do BCE forçaram a instituição a uma guinada sem precedentes na sua abordagem de política monetária. Lagarde primeiro disse que um aumento da taxa de juros este ano seria altamente improvável, mas apenas alguns meses depois consolidou expectativas de um ajuste em meados do ano.

A frustração com o fato de o banco central ter tido que mudar de direção tão abruptamente e também o formato do debate nas reuniões de política monetária levaram algumas autoridades a vazar detalhes das reuniões de política monetária, disseram as fontes.

“Christine (Lagarde) está realmente irritada com os vazamentos e este é mais um passo para tentar detê-los”, afirmou uma das fontes.

Quando assumiu o cargo no final de 2019, Lagarde prometeu tornar o processo de formulação de política monetária mais inclusivo após os turbulentos meses finais da presidência de Mario Draghi, seu antecessor, quando várias autoridades se opuseram abertamente às decisões de política monetária.

A reestruturação das reuniões é vista como parte desse compromisso.

Inflação no Reino Unido dispara a 9,0% e atinge máxima de 40 anos em abril

A inflação britânica subiu no mês passado para sua maior taxa anual desde 1982, pressionando o ministro das Finanças, Rishi Sunak, para intensificar a ajuda às famílias que enfrentam uma crise cada vez mais grave de custo de vida.

A inflação dos preços ao consumidor atingiu 9% em abril, disse a Agência de Estatísticas Nacionais nesta quarta-feira, superando os picos da recessão do início dos anos 1990 que muitos britânicos lembram devido à taxa de juros altíssima e à inadimplência hipotecária generalizada.

Economistas consultados em pesquisa da Reuters projetavam uma leitura de 9,1%, depois de avanço de 7,0% em março.

O Reino Unido tem agora a maior taxa de inflação entre as grandes economias da Europa e quase certamente o G7, uma vez que o Canadá e o Japão ainda não informaram os números de abril.

“Não podemos proteger completamente as pessoas contra estes desafios globais, mas estamos fornecendo apoio significativo onde podemos, e estamos prontos para adotar novas medidas”, disse Sunak.

A alta das contas de energia deu a maior contribuição para o resultado da inflação, refletindo o aumento das tarifas de energia regulamentadas no mês passado. Os efeitos colaterais da invasão russa da Ucrânia significam que essas contas provavelmente irão saltar mais.

As famílias estão enfrentando o maior aperto de custo de vida desde que os registros começaram nos anos 1950, de acordo com especialistas orçamentários britânicos, e a confiança dos consumidores afundou em direção a mínimas de todos os tempos.

UE oferece empréstimo de 9 bilhões de euros à Ucrânia e prepara reconstrução, diz Comissão

A Comissão Europeia propôs um empréstimo de 9 bilhões de euros à Ucrânia para manter o país em atividade conforme luta para se defender da invasão russa, e quer criar uma ferramenta de reconstrução para depois da guerra.

O dinheiro para o empréstimo de 9 bilhões seria emprestado pela Comissão nos mercados sob o mecanismo de assistência macrofinanceira, apoiado por garantias dos governos da UE.

“Propomos uma plataforma de reconstrução como parte deste plano liderado conjuntamente pela Ucrânia e pela Comissão e reunindo Estados membros da UE, outros doadores bilaterais ou internacionais, instituições financeiras internacionais e outros parceiros com ideias semelhantes”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (16), as bolsas asiáticas fecharam mistas, após a China revelar mais dados econômicos fracos resultantes de medidas contra a Covid-19. Apesar dos novos sinais de forte desaceleração, o banco central chinês (PBoC) decidiu deixar algumas de suas principais taxas de juros inalteradas. O índice Xangai teve queda de 0,34%, a 3.073,75 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,45%, a 26.547,05 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,26%, a 19.950,21 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,80%, a 3.956,54 pontos.

Na terça-feira (17), as bolsas asiáticas fecharam em alta, à medida que sinais de avanços na situação da Covid-19 em Xangai se sobrepuseram a temores com a desaceleração da economia chinesa. O índice Xangai teve alta de 0,65%, a 3.093,70 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,42%, a 26.659,75 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 3,27%, a 20.602,52 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,25%, a 4.005,89 pontos.

Na quarta-feira (18), as bolsas asiáticas fecharam mistas, seguindo o tom positivo de Wall Street, que na terça-feira (17) teve sólidos ganhos na esteira de comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Seguem no radar os avanços em Xangai, a maior cidade chinesa, no combate ao surto local de Covid-19. O índice Xangai teve queda de 0,25%, a 3.085,98 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,94%, a 26.911,20 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,20%, a 20.644,28 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,35%, a 3.991,91 pontos.

Na quinta-feira (19), as bolsas asiáticas fecharam mistas, seguindo fortes perdas em Wall Street. Na China continental, os mercados driblaram o mau humor do restante da Ásia e tiveram ganhos moderados, mantendo o padrão de variações contidas desta semana. O índice Xangai teve alta de 0,36%, a 3.096,96 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,89%, a 26.402,84 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,54%, a 20.120,68 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,19%, a 3.999,60 pontos.

BC da China mantém juros de médio prazo, mercado espera redução da LPR

O Banco Central da China manteve a taxa de juros de médio prazo inalterada pelo quarto mês consecutivo na segunda-feira (16), como esperado, mas os mercados ainda esperam medidas de afrouxamento monetária para sustentar a economia.

O Banco do Povo da China informou que vai manter em 2,85% a taxa sobre empréstimos de médio prazo de um ano (MLF) de algumas instituições financeiras, no valor equivalente de 100 bilhões de iuanes (14,7 bilhões de dólares) compensando a mesma quantia de tais empréstimos com vencimento no mesmo dia.

Apesar disso, os mercados ainda esperam alguma flexibilização monetária e medidas de estímulo para impulsionar a economia doméstica em desaceleração, que tem sido prejudicada pelos lockdowns contra a Covid-19. Os últimos dados oficiais também mostraram que a produção industrial contraiu em abril e ficou bem abaixo das expectativas do mercado.

O movimento de liquidez de segunda-feira foi projetado para “manter a liquidez do sistema bancário razoavelmente ampla”, disse o banco central em um comunicado online.

Trinta e um de 39 operadores e analistas, ou quase 80% de todos os participantes de uma pesquisa da Reuters, previam que não haveria nenhuma mudança na taxa MLF, observando que um iuan enfraquecido e o aumento nos preços ao consumidor estavam dando ao banco central menos espaço para a flexibilização da política monetária.

O iuan perdeu mais de 6% em relação ao dólar nas últimas quatro semanas, a queda mais acentuada em décadas.

Uma flexibilização monetária agressiva na China, como a redução da taxa de compulsório e dos juros básicos, deixaria ainda mais afastada sua postura política de monetária daquela de outras grandes economias, que deram início a um aperto monetário.

Ainda assim, alguns bancos de investimento, incluindo o UBS, esperam que a taxa primária referencial de empréstimo (LPR) possa ser reduzida na fixação mensal de sexta-feira, já que um corte no compulsório dos bancos em abril e do teto da taxa de depósito reduziu o custo dos passivos dos credores.

Dados da economia da China desapontam após séries de lockdowns

A atividade econômica chinesa caiu acentuadamente em abril de 2022, quando os bloqueios da Covid-19 afetaram fortemente o consumo, a produção industrial e o emprego, aumentando os temores de que a economia pudesse encolher no segundo trimestre.

Os dados do National Bureau of Statistics (NBS) divulgados na segunda-feira (16) mostraram que o investimento em ativos fixos cresceu anualmente 6,8%. A produção industrial contraiu anualmente 2,9% e produção industrial chinesa cresceu 4% ano a ano.

As Vendas no varejo contraíram 11,1% ano a ano em abril de 2022 e a taxa de desemprego chinesa foi de 6,1%.

Embora o primeiro-ministro Li Keqiang tenha dito em março que a China pretende criar mais de 11 milhões de empregos, e preferencialmente 13 milhões de empregos urbanos, em 2022, ele recentemente chamou a situação de emprego do país de “complicada e sombria” devido aos piores surtos de Covid-19 do país desde 2020.

Isso levou a bloqueios totais ou parciais em dezenas de cidades em março e abril, incluindo um prolongado na cidade de Xangai. Esse bloqueio e os testes prolongados em Pequim estão aumentando as preocupações com o crescimento econômico no resto do ano, disse o economista do Hwabao Trust, Nie Wen, à Reuters.

“Ainda é possível alcançar um crescimento do PIB de cerca de 5% este ano se as restrições da Covid afetarem a economia apenas em abril e maio. Mas o Coronavírus é tão infeccioso e contínuo preocupado com o crescimento daqui para frente”.

Outros investidores não estão convencidos, com analistas do ING buscando uma contração de 1% no crescimento econômico no segundo trimestre em relação ao ano anterior e Nomura dizendo que a economia chinesa enfrenta um risco crescente de recessão desde meados de março.

A Capital Economics agora está prevendo um crescimento chinês de apenas 2% para o ano inteiro e diz que se a Covid-19 não puder ser controlada, mesmo isso não é garantido. “Mesmo que a atual onda de vírus seja anulada, os controles do Covid-19 continuarão a reter a atividade até certo ponto nos próximos trimestres”.

Embora os formuladores de políticas tenham repetidamente prometido mais apoio à desaceleração da economia, o estímulo até agora tem sido “insatisfatório”, com apenas pequenos cortes nas taxas de juros, acrescentou.

As autoridades financeiras também disseram no domingo que permitirão que os bancos reduzam o limite inferior das taxas de juros dos empréstimos à habitação com base no prazo correspondente da taxa básica de empréstimos para a primeira compra de casa. O Banco Popular da China renovou os empréstimos de médio prazo com vencimento, mantendo a taxa de juros inalterada pelo quarto mês consecutivo no início do dia.

As autoridades serão cautelosas na implementação de medidas quantitativas, como cortes em larga escala nas taxas de juros ou taxas de compulsório dos bancos para estimular a economia, dadas as preocupações com os aumentos das taxas de juros nos EUA e uma desvalorização da moeda chinesa, mas medidas estruturais e direcionadas, como no setor imobiliário, seria o preferido, disse Nie, da Hwabao Trust.

Japão permitirá pacotes turísticos limitados no exterior como experiência

O governo do Japão anunciou na terça-feira (17) que começará a permitir pequenos pacotes turísticos de quatro países no final deste mês, antes de se abrir gradualmente ao turismo estrangeiro pela primeira vez desde que impôs restrições rígidas nas fronteiras devido à pandemia de Coronavírus.

O ministro dos Transportes, Tetsuo Saito, disse que os passeios serão permitidos da Austrália, Cingapura, Tailândia e Estados Unidos como um experimento.

Os participantes devem ser vacinados triplamente e os passeios devem ter guias e itinerários fixos, disse a Agência de Turismo do Japão. Cada passeio pode ter um máximo de quatro pessoas, e um total de 50 participantes devem participar do experimento, disse a agência governamental.

Os participantes entrarão no Japão com um visto especial, não um visto de turista, disse a agência. Os resultados serão usados ​​para compilar diretrizes de Coronavírus para operadoras de turismo, hotéis e outras empresas relacionadas, disse.

A experiência deve começar na próxima semana e continuar até o final de maio. Mais detalhes, incluindo a duração e o destino dos passeios, ainda precisam ser decididos, disse a agência.

A indústria de turismo do Japão, duramente atingida pelos rígidos controles de fronteira, está ansiosa pela retomada do turismo estrangeiro. As infecções por Covid-19 diminuíram no Japão desde o início deste ano e o governo está expandindo gradualmente a atividade social e econômica.

Depois de enfrentar críticas de que seus rígidos controles de fronteira eram xenófobos, o Japão começou a diminuir as restrições no início deste ano e atualmente permite a entrada de até 10.000 pessoas do exterior por dia, incluindo cidadãos japoneses, estudantes estrangeiros e alguns viajantes de negócios. O governo está considerando dobrar o limite diário para 20.000 nas próximas semanas. Atualmente, turistas estrangeiros não estão autorizados a entrar.

O primeiro-ministro Fumio Kishida disse em um discurso durante uma visita a Londres no início deste mês que planeja facilitar os controles de fronteira já em junho, de acordo com as políticas de outros países industrializados do Grupo dos Sete, mas não deu mais detalhes.

As chegadas de turistas estrangeiros caíram mais de 90% em 2020, de um recorde de 31,9 milhões no ano anterior, quase eliminando o mercado de turismo receptivo pré-pandemia de mais de 4 trilhões de ienes (US$ 31 bilhões).

Coreia do Norte mobiliza exército e intensifica rastreamento em meio à onda de Covid-19

A Coreia do Norte mobilizou seus militares para distribuir medicamentos contra a Covid-19 e enviou mais de 10.000 profissionais de saúde para ajudar a rastrear pacientes em potencial, enquanto luta contra uma onda de Coronavírus, disse a mídia estatal KCNA na terça-feira (17).

O país isolado está enfrentando seu primeiro surto reconhecido de Covid-19, confirmado na semana passada, alimentando preocupações com uma grande crise devido à falta de vacinas e infraestrutura médica adequada.

A sede estadual de prevenção de epidemias de emergência relatou mais 269.510 pessoas com sintomas de febre, elevando o total para 1,48 milhão, enquanto o número de mortos cresceu de seis para 56 na noite de segunda-feira, disse a KCNA. Ele não disse quantas pessoas testaram positivo para Covid-19.

O país não iniciou as vacinações em massa e tem capacidade de teste limitada, levantando preocupações de que pode ser difícil avaliar quão ampla e rapidamente a doença está se espalhando e verificar o número de casos confirmados e mortes.

“Os números não são confiáveis, mas o grande número de pessoas com febre é preocupante”, disse Lee Jae-gap, professor de doenças infecciosas da Escola de Medicina da Universidade Hallym.

Ele disse que a contagem de mortes aumentaria com o tempo, mas que Pyongyang pode ficar tentada a manter os números publicamente disponíveis baixos para evitar uma crise política.

“Não acho que o regime norte-coreano possa se dar ao luxo de liberar qualquer número crescente de mortos, o que azedaria o sentimento público.”

Medir as mortes por Covid-19 de fora da Coreia do Norte exigiria comparar os números de excesso de mortalidade muito depois que a onda diminuir, mas o Norte não realiza estudos de censo anuais, disse Eom Joong-sik, professor de doenças infecciosas do Centro Médico Gil da Universidade Gachon na Coreia do Sul.

A KCNA relatou esforços aprimorados de controle de vírus. Ele disse que “uma força poderosa” do corpo médico do exército foi imediatamente enviada para melhorar o fornecimento de medicamentos na capital Pyongyang, o centro da epidemia, seguindo uma ordem do líder Kim Jong Un.

A missão da equipe visava “desarmar a crise de saúde pública” em Pyongyang, disse.

A Organização Mundial da Saúde alertou que o vírus pode se espalhar rapidamente na Coreia do Norte, que não tinha programa de vacinação e recusou ajuda internacional.

Goldman corta a projeção de crescimento da China em 2022 para 4%

Os analistas da Goldman Sachs disseram na quarta-feira (18) que estavam reduzindo sua previsão de crescimento do PIB da China 2022 para 4%, de 4,5%, como resultado dos danos à economia relacionados à Covid-19 no segundo trimestre deste ano.

É mais provável que a economia da China não atinja do que ultrapasse seu objetivo, acrescentaram eles.

“Mesmo esta projeção de menor crescimento incorpora a suposição de que a Covid estará amplamente sob controle no futuro, que o mercado imobiliário melhorará a partir daqui, e que o governo forneça uma compensação substancial através de gastos com infraestrutura nos próximos meses”, escreveram eles.

A atividade varejista e industrial da China caiu drasticamente em abril, uma vez que os lockdowns contra a Covid-19 confinaram trabalhadores e consumidores a suas casas afetaram gravemente as cadeias de fornecimento.

PIB do Japão encolhe no 1º trimestre e aumento de custos cria novas pressões

A economia do Japão encolheu pela primeira vez em dois trimestres no período de janeiro a março, quando as restrições contra a Covid-19 atingiram o setor de serviços e o aumento dos preços das commodities criou novas pressões, levantando preocupações sobre uma retração prolongada.

O declínio apresenta um desafio para o primeiro-ministro, Fumio Kishida, para alcançar o crescimento e a distribuição de riqueza sob sua agenda de “novo capitalismo”, alimentando o medo de estagflação, uma mistura de crescimento tépido e inflação crescente.

A terceira maior economia mundial caiu a uma taxa anualizada de 1,0% em janeiro-março, de acordo com os números do Produto Interno Bruto (PIB), contra contração de 1,8% esperada por economistas.

Isso se traduziu em uma queda trimestral de 0,2%, mostraram os dados do Escritório do Gabinete, contra previsão do mercado de uma queda de 0,4%.

A leitura fraca pode pressionar Kishida a adotar ainda mais medidas de estímulo com as eleições para a câmara alta em 10 de julho, após os 2,7 trilhões de ienes (20,86 bilhões de dólares) em gastos orçamentários extras compilados.

“A economia voltará a crescer nos próximos trimestres, mas não será uma recuperação dramática, deixando a possibilidade de gastos adicionais em aberto à medida que as eleições se aproximam”, disse Hiroshi Shiraishi, economista sênior do BNP Paribas Securities.

“O lockdown na China e as altas de juros nos Estados Unidos, bem como a crise na Ucrânia, podem pesar na demanda externa. Quedas na renda real das famílias e das empresas devido à piora dos termos de troca podem dificultar a recuperação da demanda interna”, completou.

O consumo privado, que representa mais da metade da economia, foi pouco alterado, mostraram os dados, melhor do que uma queda de 0,5% esperada pelos economistas, mas abaixo do crescimento de 2,5% revisado para cima visto no trimestre encerrado em dezembro.

Taiwan diz que OMS ignora pedidos de status de observador na assembleia

Taiwan expressou “insatisfação e arrependimento” pelo fracasso da Organização Mundial da Saúde em convidá-la para participar de uma próxima assembleia anual em Genebra, em meio à pressão diplomática da China para isolar a ilha.

A OMS ignorou os repetidos pedidos de Taiwan para poder participar da Assembleia Mundial da Saúde (AMS), marcada para 22 a 28 de maio, como observadora, disse o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

Taiwan é excluída da maioria dos grupos globais devido às objeções de Pequim. A China insiste que Taiwan não deve ser tratada como um país independente, pois considera a ilha uma de suas próprias províncias.

Taiwan reclamou que sua exclusão da OMS prejudicou os esforços para combater a pandemia de Covid-19.

“A OMS falhou em permanecer neutra e profissional, ignorando repetidamente a necessidade e a urgência da participação de Taiwan na OMS e na WHA”, disse o comunicado do ministério.

No início desta semana, um funcionário da OMS disse que uma decisão sobre se Taiwan receberia o status de observador provavelmente seria até segunda-feira (23), depois que a agência recebeu uma proposta de 13 estados membros apoiando o pedido de Taiwan para participar.

Taiwan enviará uma delegação a Genebra para fazer lobby pelo status de observador na assembleia e se reunir com colegas de outros países à margem do fórum.

A Reuters não conseguiu entrar em contato imediatamente com a OMS para uma resposta à declaração de Taiwan. A China bloqueou a participação de Taiwan após a eleição em 2016 da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, que a China vê como separatista, uma acusação que ela rejeita. Taiwan teve permissão para participar da assembleia de 2009 a 2016, durante um período de relações mais calorosas entre Pequim e Taipei.

Não há crise de fornecimento de grãos na Arábia Saudita, diz vice-governador do SAGO

O vice-governador da Organização Saudita de Grãos disse que não há crise de fornecimento de grãos no Reino em meio à guerra russo-ucraniana.

Isso é resultado da estratégia da organização, que depende de diferentes fontes em diferentes países e continentes para seus estoques de trigo, disse Zaid Al-Shabanat em entrevista à TV saudita.

Ele acrescentou que a organização assinou um contrato no mês anterior para garantir uma grande quantidade de trigo, para estar disponível nos mercados sauditas até o quarto trimestre de 2022.

A SAGO está trabalhando para alimentar continuamente seu estoque, disse Al-Shabanat, acrescentando que também há uma porcentagem de trigo local sendo cultivado no Reino.

Fórum de Mulheres Árabes começa em Dubai

Reportagens de guerra como jornalista feminina, como lidar com fraudes e o potencial das mulheres no Oriente Médio e Norte da África fizeram parte das discussões na manhã de abertura do Fórum de Mulheres Árabes, realizado em Dubai.

O evento de dois dias está programado para receber palestrantes de várias indústrias, com a embaixadora saudita nos Estados Unidos, a princesa Reema bint Bandar, fazendo comentários por vídeo no início das primeiras sessões.

Outros abordando o fórum incluem o editor-chefe assistente da Arab News, Noor Nugali, o repórter da Skynews Arizh Mukhammed e Cecilie Fjellhøy e Pernilla Sjoholm, do Tinder Swindler.

A princesa Reema bint Bandar, embaixadora da Arábia Saudita nos EUA, usou seu discurso para falar sobre a importância de não apenas abrir as portas para as mulheres entrarem no local de trabalho, mas também recebê-las.

“Temos milhões de mulheres talentosas e motivadas ansiosas para contribuir, e elas são a chave para o progresso social, cultural e econômico no Reino e, francamente, no mundo árabe e em todo o mundo”, disse ela.

O editor-chefe assistente, Arab Noor Nugali moderou a sessão Storytellers From The War Front no Arab Women Forum, Dubai, apresentando o repórter da Skynews Arizh Mukhammed e a âncora sênior de notícias de Alhadath, Christiane Baissary.

Preços do petróleo impulsionam orçamento trimestral saudita a registrar primeiro superávit em 6 anos

A Arábia Saudita registrou seu maior superávit orçamentário trimestral em seis anos durante o primeiro trimestre de 2022, no valor de 57,5 ​​bilhões de ienes (US$ 15,3 bilhões), anunciou o Ministério das Finanças.

O excedente é atribuído ao aumento dos preços do petróleo.

As receitas atingiram SR278 bilhões, enquanto as despesas no valor de SR220 bilhões foram registradas durante o período.

De acordo com o relatório do Ministério das Finanças, as receitas não petrolíferas do Reino atingiram SR94,26 bilhões.

Este é o maior superávit trimestral desde que o ministério começou a anunciar o orçamento trimestralmente desde o início de 2016.

A dívida pública do Reino subiu para SR 958,64 bilhões no primeiro trimestre, de SR 938 bilhões no mesmo trimestre do ano passado, enquanto os gastos públicos totalizaram SR 22,46 bilhões, disse o ministério.

A economia da Arábia Saudita cresceu robustos 2,2% em relação ao trimestre anterior no primeiro trimestre, o que se traduz em um crescimento anual de 9,6%, a taxa mais rápida desde 2011.

Esta expansão resultou do aumento da produção de todos os setores, mas foi principalmente impulsionada por um forte aumento no setor petrolífero, que cresceu 2,9% ao longo dos trimestres, informou a Autoridade Geral de Estatística.

A produção de petróleo no Reino foi de 10,3 milhões de bpd em março, o que se traduziu em um crescimento de 26,7% em relação ao ano anterior.

Saudi Electromin lança 100 estações de carregamento para veículos elétricos em todo o Reino

A Saudi Electromin, uma fornecedora de soluções completas de mobilidade eletrônica sob a Petromin, anunciou o lançamento de pontos de carregamento de veículos elétricos em todo o Reino. 

A rede inclui 100 locais em todo o Reino com um aplicativo móvel centrado no cliente, anunciaram os funcionários da empresa em uma cerimônia em Riad.

Ele permitirá que os motoristas façam longas jornadas com fácil acesso às estações de carregamento de veículos elétricos.

A rede de carregamento da Electromin oferecerá um espectro completo de serviços, desde carregadores CA para casa/escritório, carregadores rápidos CC, até carregadores ultrarrápidos CC, atendendo a todos os segmentos de clientes.

De acordo com um comunicado, os carregadores instalados na fase 1 serão compatíveis com todos os veículos homologados e aprovados pela Saudi Standards, Metrology and Quality Organization usando conectores AC Tipo 2. A segunda fase incluirá carregadores AC adicionais e carregadores DC de até 360kW, permitindo que os usuários adicionem até 100 quilômetros em 4 minutos.

O aplicativo mostrará todos os locais de carregamento nas lojas Petromin Express e Petromin AutoCare selecionadas no início de maio. Ele permitirá que os clientes localizem o carregador público mais próximo, planejem sua rota, verifiquem o status do carregador para garantir que ele esteja disponível e controlem totalmente o início e o término de sua sessão de carregamento. O aplicativo também facilitará pagamentos e reservas.

Emirados Árabes Unidos pressionam por mais startups locais enquanto se esforçam para ser o lar de unicórnios, diz ministro

Os Emirados Árabes Unidos estão apoiando mais Emirados para se tornarem empreendedores, já que a nação do Golfo planeja se tornar o lar de unicórnios, startups com valor superior a US$ 1 bilhão, disse um ministro responsável pelo desenvolvimento do setor.

Alguns anos atrás, cerca de 1,5% de todos os graduados estavam começando seu próprio negócio logo após a graduação, com 100% de comprometimento com seus negócios, e agora essa taxa saltou para cerca de 5%, disse o Ministro de Estado do Empreendedorismo e PMEs dos Emirados Árabes Unidos, Ahmad Belhoul Al-Falasi.

“Três vezes o número de Emiratis está agora buscando iniciar um negócio. Então eu acho que isso é uma coisa. O outro elemento é que precisamos encontrar um caminho e políticas que permitam que eles passem de funcionário a empresário”, disse ele ao Arab em entrevista exclusiva à margem do evento Top CEO em Dubai.

O aumento de cidadãos que se tornaram empresários nos Emirados Árabes Unidos foi acelerado pela pandemia, pois muitos graduados “inteligentes” não conseguiam encontrar emprego, acrescentou.

Os Emirados Árabes Unidos definiram claramente suas ambições sobre os unicórnios em sua iniciativa ‘Nação Empreendedora’, sob a qual planeja ter 20 dessas startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão cada até 2031.

Referindo-se ao alvo de 20 unicórnios, ele disse: “Acho que, no final do dia, se você observar o efeito dominó, uma vez que você tenha os primeiros cinco ou sete unicórnios, ele se torna extremamente rápido”.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
20/05/2022