Cenário Econômico Nacional – 23/05/2022

Cenário Econômico Nacional – 23/05/2022

Cenário Econômico Nacional – 23/05/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Setor público consolidado tem superávit de R$ 4,312 bilhões em março, diz BC

O setor público consolidado brasileiro registrou um superávit primário de 4,312 bilhões de reais em março, informou o Banco Central na segunda-feira (16).

Com o saldo positivo, o resultado acumulado em 12 meses alcançou um superávit de 122,758 bilhões de reais, o que corresponde a 1,37% do Produto Interno Bruto (PIB).

O dado engloba as contas de governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS), Estados, municípios e empresas estatais e não inclui as despesas com juros.

O número de março foi impulsionado pelo resultado positivo dos governos regionais, que vêm registrando ganhos de arrecadação com a retomada da atividade e o salto nos preços de combustíveis, além de um aumento nas transferências de recursos feitas pela União.

Os entes foram superavitários em 11,882 bilhões de reais em março. Desse montante, o saldo dos Estados ficou positivo em 8,408 bilhões de reais, enquanto os municípios ficaram no azul em 3,473 bilhões de reais.

As empresas estatais tiveram superávit de 242 milhões de reais no período.

Os saldos foram suficientes para compensar o resultado do governo central, que ficou no vermelho em 7,811 bilhões de reais.

No mês, a dívida bruta do país ficou em 78,5% do PIB em março, enquanto a dívida líquida foi a 58,2%.

Em relação ao gasto com juros nominais, o total do mês ficou em 30,784 bilhões de reais. No ano, o dado atingiu 403,810 bilhões de reais, equivalente a 4,52% do PIB, com o déficit nominal do setor público somando 3,15% do PIB.

A nota foi apresentada pela autoridade monetária com cerca de duas semanas de atraso. A divulgação de indicadores pelo BC tem sido comprometida pela greve de servidores que pressionam o governo por reajustes salariais.

Na semana passada, o BC informou que divulgaria os dados fiscais de março em respeito a exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, mesmo diante da continuidade da greve. A apresentação de outros dados compilados pelo órgão segue suspensa.

Balança comercial do Brasil tem superávit de US$ 495,7 milhões na 2ª semana de maio

A balança comercial do Brasil registrou superávit de 495,7 milhões de dólares na segunda semana de maio, de acordo com dados divulgados no final da segunda-feira (16) pelo Ministério da Economia.

Com isso, o país tem saldo positivo de 2,709 bilhões de reais até a segunda semana do mês.

As exportações somaram 6,463 bilhões de dólares na segunda semana de maio, enquanto as importações chegaram a 5,968 bilhões.

A divulgação dos dados comerciais tem sofrido atrasos por conta de operação padrão de servidores que pressionam o governo por reajustes salariais.

Manter Selic alta por mais tempo seria adequado, mas é preciso ser razoável, diz diretor do BC

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, disse preferir um cenário de taxa de juros parada em um patamar alto por mais tempo para atingir a meta de inflação, mas ponderou que nem sempre isso é possível, em meio a especulações do mercado sobre os próximos movimentos do BC no combate à inflação.

Em evento promovido pelo Goldman Sachs (NYSE:GS), Serra afirmou que se pudesse escolher alongar o período de manutenção da Selic em um patamar mais elevado, essa seria uma opção “adequada”, ressaltando, contudo, que a decisão precisa ser “razoável” e considerar outros fatores, como a atividade econômica.

“A gente fez o trabalho mais rápido do que nossos pares, a gente imaginava poder parar (o aperto) nessa reunião (de maio); o cenário piorou, a gente teve que estender o ciclo, dar uma sinalização de provável extensão do ciclo, mas daqui para frente eu acho que o tempo dirá”, disse.

Há cerca de duas semanas, o BC subiu a Selic em 1,0 ponto percentual, a 12,75% ao ano, e disse ser provável uma extensão do movimento de alta dos juros com um ajuste de menor magnitude na próxima reunião, em junho, sem especificar se esse seria o último aumento da taxa.

“Se eu puder escolher alongar o período de convergência, alongar a manutenção da Selic em um nível apertado, juro alto, e for possível entregar a meta de inflação com essa política, acho que ela é adequada, mas precisa ser razoável”, disse, ponderando que o BC fará ajuste no ciclo se necessário.

O diretor justificou que até o momento houve poucos sinais de desaceleração da atividade, mas que as pressões nesse sentido agora serão ampliadas.

Depois de ressaltar que a taxa de juros entrou em campo contracionista recentemente, no fim de 2021, ele afirmou que os efeitos defasados da política monetária começarão a ser sentidos no segundo semestre deste ano, impactando a economia e abrindo caminho para recuo da inflação.

“Daqui para frente, há risco crescente de a política monetária fazer efeito e desacelerar a demanda”, disse.

Apesar da avaliação de que a atividade deve esfriar nos próximos meses, ele afirmou que o setor de serviços ainda tem espaço para recuperar e há melhores perspectivas para o crescimento estrutural do país com cenário mais favorável de câmbio, poupança interna e balanço de pagamentos.

Sobre o foco da atuação do BC, Serra disse que é válido discutir um alongamento do horizonte relevante da política monetária, mas ressaltou que a autarquia está hoje focada no cumprimento da meta de inflação em 2023.

Segundo ele, a partir de agosto deste ano, a autoridade monetária passará a incorporar em seu horizonte relevante algum peso para o ano de 2024.

Alta do IGP-10 tem forte desaceleração em maio com alívio de commodities

Os preços de commodities agrícolas e minerais arrefeceram e a alta do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) moderou a apenas 0,10% em maio, de 2,48% em abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O dado divulgado na terça-feira (17) ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de alta de 0,35%, e levou o índice a acumular avanço em 12 meses de 12,13%.

Em maio, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, passou a cair 0,08%, contra avanço de 2,81% no mês anterior.

“A queda verificada entre abril e maio nos preços de grandes commodities agrícolas (de +0,23% para -1,72%) e minerais (de +0,77% para -3,17%) contribuiu para a queda da inflação ao produtor”, explicou André Braz, coordenador dos índices de Preços. Ele afirmou que esse alívio está influenciando a taxa em 12 meses do grupo Matérias-Primas Brutas, agora de -2,77%.

“Ainda ao produtor, as taxas de variação dos bens intermediários (de 4,26% para 0,89%) e dos bens finais (de 4,07% para 1,12%) também apresentaram desaceleração, mas a variação acumulada em 12 meses para estes estágios de processamento se mantém em patamar muito elevado, 25,70% e 19,49%, nesta ordem, o que sustenta repasses que chegam gradualmente ao varejo”, ponderou Braz.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, registrou alta de 0,54% em maio, de 1,67% em abril.

Por trás dessa desaceleração esteve a queda de 2,37% dos preços de Habitação, contra alta de 1,62% no mês anterior. O destaque no grupo foi a baixa de 12,93% da tarifa de eletricidade residencial, que havia subido 2,10% em abril.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, ganhou 0,74% no período, depois de avançar 1,17% em abril.

O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Monitor do PIB aponta crescimento de 1,5% no primeiro trimestre

O Monitor do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), divulgado na terça-feira (17) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou aumento de 1,5% na atividade econômica no primeiro trimestre de 2022, na comparação com o quarto trimestre de 2021. Na passagem de fevereiro para março deste ano, o crescimento foi de 1,8%. Na comparação anual, o aumento do PIB ficou em 2,4% no trimestre e em 4,2% no mês.

A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, avalia que o aumento se deve ao desempenho positivo dos serviços, que apresentam boa recuperação após o forte impacto sofrido durante os piores momentos da pandemia de Covid-19.

“Dentre as atividades que compõem o setor, apenas as de outros serviços e de administração, educação e saúde pública ainda não haviam recuperado, no quarto trimestre de 2021, o nível de atividade pré-pandemia da Covid-19. Com o resultado do primeiro trimestre deste ano, a atividade de outros serviços ultrapassou o nível pré-pandêmico”.

Ele alerta que o desempenho do PIB tem sido impulsionado pela normalização da atividade econômica ao que era antes da pandemia, mas que este efeito está se esgotando e deve impactar na sustentabilidade do crescimento.

De acordo com os dados da FGV, o consumo das famílias cresceu 3,4% no primeiro trimestre, na comparação interanual, puxado pelo consumo de serviços. As principais influências para o desempenho positivo foram os serviços de alojamento, alimentação e domésticos. Já o consumo de bens duráveis caiu 6,7%, o único com queda.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) teve crescimento de 1,5% no primeiro trimestre, em comparação ao mesmo trimestre de 2021. Desde o quarto trimestre do ano passado, a análise da taxa trimestral móvel apresenta queda no componente de máquinas e equipamentos, encerrando o período com retração de 4,8%. As quedas continuam disseminadas entre os segmentos de automóveis, máquinas e equipamentos elétricos e mecânicos.

A exportação de bens e serviços subiu 9,6% no primeiro trimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado, com destaque para a exportação de serviços (14,7%), bens intermediários (14,3%) e produtos agropecuários (29,5%).

Já a importação caiu 1,8% na mesma análise. Os serviços e a extrativa mineral tiveram bom desempenho, mas o resultado negativo foi puxado pela queda na importação de produtos agropecuários e industrializados.

Em valores, a estimativa da FGV é que o acumulado do PIB no primeiro trimestre do ano some R$ 2,46 trilhões. A taxa de investimento no primeiro trimestre foi 18,4%, na série a valores correntes.

Economia de mercado e democracia fazem do Brasil país confiável, diz Guedes

Ser uma democracia ocidental estruturada em uma economia de mercado, e estar localizado próximo aos mercados europeu e norte-americano ajudará o Brasil a se beneficiar da busca cada vez maior de outros países por segurança energética e alimentar. Mas para garantir essa posição, é fundamental que o país se destaque também como uma potência verde que preserva recursos ambientais e avança na transição para fontes limpas de energia.

Estas foram as previsões apresentadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na quarta-feira (18) durante o Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes. O evento, do qual participam ministros, secretários, empresários e autoridades, segue até sexta-feira (20) no Museu do Meio Ambiente, localizado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

“O Brasil já é uma potência verde, energética e alimentar. Essa ficha caiu para o mundo”, disse o ministro ao abrir seu discurso, no qual destacou a relevância deste papel na relação com outros países em um contexto de pós-pandemia de Covid-19, seguido de uma guerra que alterou as cadeias produtivas globais.

Segundo ele, a pandemia fez o mundo mergulhar em uma economia digital. Já a guerra entre Rússia e Ucrânia resultou em “um problema muito mais urgente para os europeus: está faltando tanto a energia que era fornecida pela Rússia, como os grãos que eram fornecidos pela Ucrânia”, disse o ministro.

Guedes acrescentou que esse contexto mostrou ao mundo a relevância de dois “conceitos-chave” reforçados pelos EUA e pela Europa: o nearshore, que é a busca por negócios com países geograficamente próximos, de forma a facilitar a logística; e o friendshore, conceito relacionado a países mais confiáveis.

“Qual é a única plataforma de amigos que estão perto? É a do Brasil. Essa ficha caiu para os outros países”, disse Guedes. “Estamos perto, do ponto de vista de logística, e ao mesmo tempo somos confiáveis porque somos uma democracia com economia de mercado”, acrescentou.

Brasil perde 2,8 milhões de trabalhadores com carteira em 8 anos; informalidade e conta própria crescem

O emprego com carteira assinada tem perdido protagonismo e espaço no mercado de trabalho brasileiro. A participação desta modalidade no total da população ocupada no setor privado ficou em 38,1% no 1º trimestre de 2022 e segue bem distante do pico de 43% alcançado em 2014.

Segundo levantamento da LCA Consultores, a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) do IBGE, o número de trabalhadores com carteira assinada diminuiu em 2,8 milhões entre 2014 e 2022, enquanto que o de trabalhadores por conta própria ou sem registro em carteira aumentou em 6,3 milhões em 8 anos.

Em números absolutos, o contingente atual de trabalhadores com carteira assinada no 1º trimestre de 2022 totalizou 36,3 milhões, contra 39,1 milhões no 1º trimestre de 2014.

O cálculo considera a soma dos trabalhadores do setor privado no regime CLT e domésticos com carteira assinada, sem incluir trabalhadores do setor público, que emprega 11,2 milhões, o correspondente a uma fatia de 11,8% dos ocupados.

Mesmo com o aumento do número de brasileiros com emprego formal nos últimos meses, o percentual dos ocupados com carteira assinada permanece abaixo do patamar pré-pandemia (38,7%).

“É um movimento de precarização do mercado de trabalho mesmo”, resume Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, autor do levantamento.

Em 8 anos, a categoria que mais ganhou participação no mercado de trabalho foi a de trabalhadores por conta própria, que saltou de 22,5% para 26,5% do total de ocupados, seguida pelo emprego sem carteira assinada, que passou de 11,6% para 12,8%. Juntas, as duas modalidades representam 39,3% do total de brasileiros com trabalho, mais do que o contingente com carteira assinada, totalizando 37,5 milhões.

Governo deve manter projeções de crescimento de 1,5% do PIB em 2022 e 2,5% em 2023, dizem fontes

O Ministério da Economia deve manter a projeção oficial de crescimento econômico em 1,5% para 2022 e 2,5% para 2023, disseram dois membros da pasta à Reuters na quarta-feira (18), reforçando que a atividade terá um desempenho melhor do que o esperado pelo mercado devido à força do mercado de trabalho e aos crescentes investimentos privados.

O ministério atualizará suas projeções para os indicadores econômicos na quinta-feira e os números de inflação devem vir piores do que a estimativa anterior, apresentada em março, quando o IPCA projetado para este ano estava em 6,55%.

Os dados servirão de base para os cálculos do relatório bimestral de receitas e despesas, previsto para sexta-feira, que avalia o cumprimento da meta fiscal e do teto de gastos.

Economistas vêm melhorando as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, aproximando os números das previsões de governo. Já as estimativas para 2023 têm sido revisadas para baixo.

Analistas apontam que a demanda no país foi auxiliada por um maior estímulo fiscal, após o aumento da transferência de renda aos mais pobres por meio do Auxílio Brasil. Além disso, o mercado de trabalho deu sinais de força e a pandemia perdeu intensidade.

Ao mesmo tempo, as expectativas de mercado para 2023 se deterioraram, com o aperto monetário agressivo conduzido pelo Banco Central para controlar a inflação devendo afetar a atividade a partir do segundo semestre deste ano.

A autoridade monetária elevou a taxa básica de juros a 12,75% no início deste mês, já sinalizando outro provável aumento para junho.

Goldman Sachs e Credit Suisse agora veem o PIB brasileiro subindo 1,25% e 1,4% neste ano, respectivamente, contra projeções anteriores de 0,6% e 0,2%. Para 2023, o Goldman Sachs piorou sua previsão de 1,2% para 0,9%, enquanto o Credit Suisse revisou sua estimativa de 2,1% para 0,9%.

O Bank of America projetou na terça-feira que o Brasil crescerá 1,5% em 2022, ante 0,5% antes. Por outro lado, a expansão para 2023 agora é estimado em 0,9%, de 1,8% anteriormente.

Governo eleva a 7,9% projeção para inflação em 2022

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia piorou na quinta-feira (19) as projeções oficiais para o desempenho da inflação, embora ainda se mantenha mais otimista do que o mercado, e deixou inalteradas as estimativas para a atividade econômica neste ano e em 2023.

Para a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a estimativa da equipe econômica subiu para 7,90% em 2022, contra 6,55% da projeção feita em março. Para 2023, o patamar subiu de 3,25% para 3,60%.

O centro da meta de inflação é de 3,5% neste ano e 3,25% no próximo, nos dois casos com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.

A projeção do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que é usado para corrigir o salário mínimo e outras despesas do governo, ficou em 8,10% para este ano, contra 6,70% antes. Em 2023, a estimativa foi de 3,25% para 3,70%.

As estimativas fazem parte do boletim usado como base para os cálculos do relatório bimestral de receitas e despesas, a ser divulgado na sexta-feira (20), que avalia o cumprimento da meta fiscal e do teto de gastos.

No documento distribuído nesta quinta, a SPE afirmou que o mercado vem melhorando projeções para o PIB, impulsionado pela retomada do setor de serviços e ampliação de investimentos. A pasta destacou que analistas também têm previsto situação melhor para a dívida pública.

A secretaria ponderou que riscos externos devem ser monitorados, sobretudo a guerra na Ucrânia e seus impactos nas cadeias globais de valor.

“Nesse contexto adverso, houve uma revisão das taxas de crescimento dos países desenvolvidos e emergentes”, disse.

Agentes de mercado vêm piorando as previsões de inflação, em meio a pressões geradas pela retomada da atividade econômica no país, nova onda de Covid-19 na China e guerra na Ucrânia.

Com alta da inflação, governo eleva para R$ 1.310 estimativa do valor do salário mínimo no ano que vem

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia informou que a estimativa do salário mínimo para o ano que vem é de R$ 1.310,17, aumento de R$ 98,17 a partir de janeiro.

A previsão é baseada na estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é a base da correção anual do salário mínimo pelo governo. A secretaria elevou de 6,7% para 8,1% a projeção do INPC deste ano.

Se as estimativas se confirmarem e não houver mudança no cálculo, o reajuste do salário mínimo em 2023 também será maior que o previsto em abril, na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) enviada ao Congresso Nacional. Na ocasião, o governo propôs um salário mínimo de R$ 1.294. Atualmente, o mínimo está em R$ 1.212.

Mas se a inflação verificada no acumulado de 2022 for diferente das estimativas oficiais, o governo terá de rever o valor do mínimo porque a Constituição estabelece que o reajuste não pode ser inferior à inflação.

A projeção de R$ 1.310,17 para o salário mínimo em 2023 considera que o governo manterá a sistemática adotada nos últimos anos, de não conceder aumento real (acima da inflação) ao salário mínimo.

De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 56,7 milhões de pessoas no Brasil, das quais 24,2 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Mendonça acata ação do governo no STF contra tributação do ICMS do diesel pelos Estados

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça acatou, em caráter liminar, ação em que o governo federal pede a suspensão dos efeitos de uma norma dos Estados que passou a regular neste ano a tributação do ICMS que incide sobre o óleo diesel, em meio a críticas do presidente Jair Bolsonaro aos governadores quanto à política de arrecadação desse tributo estadual.

Na Ação Direta de Inconstitucionalidade, o Executivo pedia que o Supremo concedesse a liminar para suspender os efeitos de cláusulas de um convênio do Comitê de Política Fazendária (Confaz), que definiu as alíquotas do ICMS que cada Estado e o Distrito Federal podem praticar. Mendonça acatou o pedido, mas caberá ao plenário do STF tomar uma decisão definitiva.

“Defiro a medida cautelar pleiteada, ad referendum do Plenário desta Suprema Corte, para suspender a eficácia das Cláusulas quarta e quinta, bem como do Anexo II, do Convênio”, diz conclusão da decisão do ministro nesta sexta-feira.

O convênio do Confaz foi realizado após a aprovação da lei 192/22, em março, e na prática não implementou a monofasia completa com alíquota única e uniforme, conforme era prerrogativa da legislação, que poderia ter um efeito de amenizar os valores do diesel, segundo o governo.

O governo argumentou na ação apresentada e que ainda não tem relator sorteado, que o convênio Confaz contemplou “uma maneira inovadora de diferenciação de alíquotas de um mesmo produto” entre os entes regionais, permitindo que na prática cada Estado pratique sua própria política para o imposto.

“A forte assimetria das alíquotas de ICMS enseja problemas que vão muito além da integridade do federalismo fiscal brasileiro, onerando sobretudo o consumidor final, que acaba penalizado com o alto custo gerado por alíquotas excessivas para combustíveis, que são insumos essenciais, e, por isso, deveriam ser tratados com modicidade e com a dificuldade no entendimento da composição do preço final desses produtos”, disse ação, assinada por Bolsonaro e pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco.

“Hoje pela manhã ajuizamos a ação, caiu com o ministro André Mendonça. E com total isenção, ele deferiu a liminar, de modo que o ICMS do diesel tem que ser uniforme em todo o Brasil. Não vai existir mais, espero que o pleno ratifique isso, cada Estado ter um percentual. E também vai se dar previsibilidade e redução do valor dos mesmos”, disse o presidente em abertura de Convenção Nacional do Comércio Lojista.

A ação foi protocolada após novo aumento do diesel de 8,87% pela Petrobras na semana passada, que já impactou os valores nas bombas.

A empresa, que busca manter alinhadas as cotações à paridade internacional, tem afirmado que os preços praticados pela companhia são apenas uma parcela do total pago pelo consumidor, que também arca com custos e margens de distribuição e revenda, além de tributos como o ICMS, no caso dos federais PIS e Cofins, esses tiveram suas alíquotas zeradas a partir de 11 de março.

Em nota, o Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), que representa empresas de distribuição de combustíveis e petroleiras, disse apoiar a ação movida pelo governo. Segundo ele, o convênio do ICMS, “ao estabelecer cargas tributárias distintas entre os Estados, não observou o preceito constitucional de alíquotas uniformes em nível nacional”.

“Ao desfigurar a cobrança monofásica, o Convênio sinaliza a manutenção da atual complexidade tributária, que estimula o mercado ilegal, e do desequilíbrio concorrencial no segmento, que afugenta investimentos”, afirmou a entidade.

FHC defende Doria em disputas internas do PSDB e reafirma que prévias da sigla devem ser respeitadas

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) defendeu a postura de João Doria (PSDB) sobre a manutenção da pré-candidatura à Presidência pelo partido.

No domingo (15), o ex-governador de São Paulo João Doria enviou uma carta ao presidente do PSDB, Bruno Araújo, em que sobe o tom ao reafirmar que não vai desistir da candidatura e indica que poderá judicializar a situação, caso seja abandonado pela sigla.

“Agiu bem o candidato João Doria. Ressaltando que o resultado das prévias deve ser respeitado”.

Em março, também por meio das redes sociais, o ex-presidente já tinha manifestado apoio a Doria por conta das disputas internas.

Após a divulgação da carta, Bruno Araújo convocou uma reunião da Comissão Executiva Nacional do PSDB para debater as afirmações do ex-governador. Ao G1, João Doria reiterou que não irá abrir mão da candidatura nas eleições presidenciais deste ano.

Em um dos trechos da carta, o ex-governador pede a Bruno Araújo que respeite a vontade dos filiados do partido que participaram das prévias, que definiram João Doria como o pré-candidato tucano ao Palácio do Planalto.

“Solicitamos que você [Bruno Araújo] respeite o estatuto do PSDB e a vontade democraticamente manifestada pela ampla maioria dos trinta mil eleitores do nosso partido”, afirma Doria.

Em outro ponto, o ex-governador diz que, antes mesmo das prévias, existia uma “movimentação de parte da cúpula” do PSDB contra ele e que, depois do processo interno, “tentativas de golpe continuaram acontecendo”.

“Qual foi a nossa surpresa ao saber que, apesar de termos vencido legitimamente as prévias, as tentativas de golpe continuaram acontecendo. As desculpas para isso são as mais estapafúrdias, como, por exemplo, a de que estaríamos mal colocados nas pesquisas de opinião pública e com altos índices de rejeição, cinco meses antes do pleito”, afirma o ex-governador no documento, que também é assinado por seu advogado.

Doria declara, no texto, que pesquisas de opinião “refletem o momento” e não podem “servir para guiar os destinos” do PSDB nas eleições nem o voto dos eleitores. Ele não tem tido bom desempenho nas sondagens feitas por institutos de pesquisa.

Bolsonaro diz a empresários que eleição será conturbada e pede ajuda para conquistar votos

Em um discurso de praticamente uma hora, o presidente Jair Bolsonaro usou sua fala em um evento com empresários, para alertar o público sobre uma possível “eleição conturbada” e pedir votos.

Durante evento do setor de supermercados, em São Paulo, Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre o sistema de votação no país, e também disse mais uma vez que jamais será preso.

“O Brasil tem jeito, vocês foram excepcionais nessa pandemia, mas tudo pode acontecer. Podemos ter outra crise, podemos ter umas eleições conturbadas. Imagine acabarmos as eleições e pairar para um lado ou para o outro a suspeição de que elas não foram limpas? Não queremos isso”, afirmou Bolsonaro, entre ataques aos opositores, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Exaltado, em um discurso aos gritos e com vários palavrões, Bolsonaro fez uma coletânea dos ataques que costuma levantar em seus discursos, das políticas de gênero ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que hoje lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição de outubro, à frente de Bolsonaro.

“Ou nós decidimos no voto, para valer, contabilizado, auditado, ou a gente se entrega. E se entregar, vocês vão levar 50 anos ou mais para voltar à situação que está hoje em dia”, disse.

O presidente insistiu ainda para que os empresários presentes convencessem as “pessoas humildes” sobre “o que vai acontecer no país” se vier o “outro lado”.

As pesquisas eleitorais têm demonstrado que Bolsonaro perde nas camadas mais pobres da população, especialmente no segmento de renda até dois salários mínimos e de dois a cinco salários.

“Dá para evitar (a volta do PT ao poder)? Dá. O trabalho vem de cada um de vocês, conversar com os humildes da sua casa. Não é com o seu homônimo (sic) do lado não, isso é perder tempo. Ou passar mensagem para o grupo de zap que já são todos convertidos”, pediu Bolsonaro aos empresários.

Em uma série de ataques a decisões do STF, Bolsonaro defendeu os atos de 7 de setembro do ano passado, e chamou de “imbecis” quem os via como ameaça. Os atos estão sob investigação do STF como antidemocráticos.

“Mais da metade do tempo eu me viro contra processos. Até já falam que vou ser preso. Por Deus que está no céu, eu nunca serei preso”, disse.

Justiça do Rio arquiva processo de caso de supostas rachadinhas

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) rejeitou a denúncia do Ministério Público (MP) contra o senador Flávio Bolsonaro em processo que envolvia investigações sobre o suposto esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do estado (Alerj). A decisão, divulgada foi tomada pelo Órgão Especial.

O próprio MP pediu a extinção da denúncia, depois que as provas usadas na peça acusatória foram anuladas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No pedido, o MP reconheceu que, em face do decidido pelas cortes superiores, nenhum dos elementos obtidos a partir da análise dos dados bancários e fiscais dos denunciados poderia ser utilizado para embasar a denúncia, que listava possíveis indícios de peculato, lavagem de dinheiro e outros crimes.

De acordo com a tese acolhida pela relatora do processo, desembargadora Maria Augusta Vaz Monteiro de Figueiredo, a denúncia foi oferecida por quem tinha atribuição para oferecer, descreveu fatos, em tese típicos, e se escorou em elementos de informação que posteriormente foram reconhecidos que foram obtidos de forma ilícita pelo STJ.

Com isso, foram anulados os elementos de informação que justificaram a apresentação da peça acusatória. Ainda de acordo com a decisão, a rejeição da denúncia por falta de justa causa não impede o retorno das investigações.

A advogada Luciana Pires, que defende o senador, se manifestou em nota, considerando que o caso está finalizado: “O tribunal de justiça do Rio de Janeiro entendeu por rejeitar a denúncia envolvendo o senador Flávio Bolsonaro. O STJ já havia anulado todas as provas. A defesa entende que o caso está encerrado e, caso haja qualquer desdobramento, serão tomadas as medidas judiciais cabíveis.”

Brasília sedia Semana do Governo Aberto

De terça-feira (17) e até a sexta-feira (20), está sendo realizada, em Brasília, a Semana do Governo Aberto, iniciativa proposta pela Controladoria-Geral da União (CGU), governo de Santa Catarina e prefeituras de São Paulo e Osasco (SP).

A iniciativa faz parte do evento internacional Open Government Partneship (Parceria Governo Aberto), que conta com a participação de 79 membros nacionais e 56 governos locais de todo o mundo.

Durante a Semana do Governo Aberto serão realizadas mesas de debate, painéis e oficina focadas em temas como transparência, participação social, controle social e outros. A programação completa pode ser conferida no site.

Para participação nas mesas e painéis não é necessário fazer inscrição. A transmissão das mesas e dos painéis será ao vivo pelo canal da CGU no YouTube.

Senado aprova MP que reduz imposto para leasing de aeronaves

O Senado aprovou de maneira simbólica, medida provisória que reduz alíquota de imposto incidente sobre valores para leasing de aeronaves por empresas brasileiras a estrangeiras.

A proposta, que segue à sanção presidencial, reduz até 31 de dezembro de 2026 a alíquota do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) incidente sobre os valores remetidos ao exterior a título de contraprestação de contrato de arrendamento mercantil de aeronave ou de motores destinados a aeronaves, celebrado por empresa de transporte aéreo regular, de passageiros ou cargas.

O texto da MP prevê a redução da alíquota-padrão atualmente de 15% e traz um escalonamento. Até dezembro de 2023, ela será zerada; de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2024, será de 1%; de 1º de janeiro até 31 de dezembro de 2025, de 2%; e de 3% entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2026.

O relator da MP no Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS), lembrou em seu parecer que a alíquota incidente nestes casos já estava próxima de zero entre 2006 e 2020, até que voltou ao patamar de 15%.

Governo levará comitiva de empresários a leste europeu e países árabes

Uma missão coordenada pela Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR) visitará 11 países árabes e do leste europeu ao longo das próximas semanas.

A comitiva, formada por 60 integrantes, inclui representantes comerciais dos setores de engenharia, indústria química, materiais de defesa, matérias-primas para fertilizantes e tecnologia. Também fazem parte do grupo técnicos de três ministérios (Economia, Defesa e Relações Exteriores), além de representantes da SAE/PR, Apex-Brasil, Câmara dos Deputados e Embratur.

Segundo o governo, a missão começa hoje e visitará, até 7 de junho, os seguintes países: Arábia Saudita, Bahrein, Egito, Emirados Árabes Unidos, Hungria, Iraque, Kuwait, Marrocos, Omã, Qatar e República Tcheca. 

No roteiro, estão previstos encontros com representantes governamentais, confederações, empresários dos setores selecionados e autoridades das áreas de finanças e investimentos.

Ministro nega prosseguimento de ação do presidente contra Moraes

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu negar prosseguimento à notícia-crime por abuso de autoridade apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro contra o ministro Alexandre de Moraes, também do STF.

Na decisão, Toffoli escreveu que “considerando-se que os fatos narrados na inicial evidentemente não constituem crime e que não há justa causa para o prosseguimento do feito”.

A ação foi protocolada na terça-feira (17) por um advogado particular, e não pela Advocacia-Geral da União (AGU), que representa os interesses do governo junto ao Judiciário.

A petição inicial alegava que o ministro Alexandre de Moraes teria cometido ao menos cinco crimes previstos na Lei de Abuso de Autoridade (Lei 13.869/2019), entre eles o prolongamento injustificado do chamado Inquérito das Fake News, do qual o ministro é relator e no qual Bolsonaro figura como investigado.

Outro argumento apresentado foi de que Moraes estaria negando acesso à defesa de informações do inquérito, e também que prestou informação falsa sobre a investigação.

A ação dizia ainda que o ministro teria cometido o crime de exigir informação ou cumprimento de obrigação “sem amparo legal”, por ter ordenado o bloqueio de contas de investigados nas redes sociais.

A ação foi distribuída por sorteio a Toffoli, que decidiu rejeitá-la algumas horas após ela chegar a seu gabinete. Ele afirmou que a legislação exige, para que se possa configurar qualquer crime de abuso de autoridade, que haja “finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, a indicação de mero capricho ou satisfação pessoal”, o que não se configura no caso.

“Diante desse cenário, os fatos descritos na “notícia-crime” não trazem indícios, ainda que mínimos, de materialidade delitiva, não havendo nenhuma possibilidade de enquadrar as condutas imputadas em qualquer das figuras típicas apontadas”, escreveu Toffoli.

A decisão ainda pode ser alvo de recurso, pedindo reconsideração.

TSE faz audiência sobre prestação de contas de Fundos Partidários

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou uma audiência pública para debater a regulamentação da prestação de contas dos recursos do Fundo Partidário destinados para fundações e institutos ligados a partidos políticos.

De acordo com a minuta elaborada para conduzir os trabalhos, fica estabelecido que a Justiça Eleitoral é competente para julgar as contas, a partir do exercício financeiro de 2021.

As contas deverão ser entregues até 30 de junho do ano subsequente ao exercício e serão analisadas pela equipe técnica do tribunal.

Os recursos públicos do Fundo Partidário são destinados à manutenção das legendas.

PSDB busca saída para Doria e tenta blindar disputa em São Paulo da rejeição do ex-governador

Para livrar-se da pré-candidatura de João Doria à Presidência, o PSDB está diante de uma encruzilhada. Enquanto tenta, ainda sem sucesso, encontrar uma saída minimamente consensual com o ex-governador e evitar judicialização, tucanos tentam afastá-lo do principal objetivo da legenda: manter a hegemonia no comando de São Paulo, estado que a sigla governa ininterruptamente desde 1995.

Mais do que pesquisas internas qualitativas e quantitativas, a escolha pelo nome da senadora Simone Tebet (MDB) como pré-candidata da terceira via foi uma decisão eminentemente política e que teve como pano de fundo a prioridade do PSDB para São Paulo. Soma-se a isso a possibilidade de, com Tebet, os dois partidos acertarem palanques conjuntos em pelo menos três estados.

Na avaliação da cúpula do PSDB, a pré-candidatura de Doria tornaria inviável a vitória de seu sucessor, o atual governador Rodrigo Garcia. Isso porque Doria deixou o governo paulista com apenas 23% de aprovação e 36% de rejeição, segundo o Datafolha.

Arriscar uma eventual derrota no governo de São Paulo significaria, para o PSDB, perder projeção nacional e enfraquecer o partido, que venceu sete eleições seguidas no estado. Diante desse cenário, a candidatura de Tebet foi vista pelo PSDB oportunidade perfeita para rifar o ex-governador paulista. E as pesquisas quantitativa e qualitativa eram o embasamento técnico que faltava para justificar uma decisão política.

Indústria deve qualificar 9,6 milhões de pessoas até 2025

O Brasil precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas até 2025 para atender necessidades projetadas pelas indústrias, de forma a repor inativos, atualizar funcionários ou preencher as novas vagas programadas para o setor. É o que prevê o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, divulgado na segunda-feira (16) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Deste total, dois milhões precisarão de qualificação visando formação inicial para a reposição de inativos ou para o preenchimento de novas vagas. Os 7,6 milhões restantes serão via formação continuada para trabalhadores que precisam se atualizar para exercer funções.

Segundo a CNI, “isso significa que 79% da necessidade de formação nos próximos quatro anos serão em aperfeiçoamento”.

De acordo com a entidade, essas projeções têm por base a necessidade de uso de novas tecnologias e mudanças na cadeia produtiva que tanto influenciam e transformam o mercado de trabalho. Assim sendo, acrescenta a CNI, cada vez mais o Brasil precisará investir em aperfeiçoamento e requalificação.

O levantamento hoje divulgado, feito pelo Observatório Nacional da Indústria, tem por finalidade identificar demandas futuras por mão de obra e orientar a formação profissional de base industrial no país.

As áreas com maior demanda por formação são transversais (que permitem ao profissional atuar em diferentes áreas, como técnico em segurança do trabalho, técnico de apoio em pesquisa e desenvolvimento e profissionais da metrologia, por exemplo), metal mecânica, construção, logística e transporte, e alimentos e bebidas.

Com alta de preços e crédito escasso, vendas ficam estagnadas

O rescaldo da pandemia, agora mais focado na falta de semicondutores para a produção, somado aos preços e juros elevados e ao crédito escasso resultaram também na estagnação do tamanho da frota brasileira de veículos. No caso dos automóveis, o crescimento em 2021 foi de 0,2% em relação ao ano anterior, que já tinha apresentado alta de apenas 0,5% ante 2019.

Na frota geral, o crescimento foi de 0,7%, puxado pelos comerciais leves e caminhões, com altas respectivas de 3,5% e 2,9%.

Já o segmento de motocicletas ficou estagnado em 12,8 milhões de unidades, com idade média de 8,5 anos, a mais antiga desde 1990.

Há dez anos, por exemplo, a média era de 5,5 anos. Este ano, as vendas de motos estão próximas das de automóveis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Índice que mede produção industrial teve queda de 46,5 pontos em abril

A produção industrial apresentou queda em abril de 2022 na comparação com março, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo boletim divulgado pela entidade, o índice que mede a evolução da produção ficou em 46,5 pontos, ficando abaixo dos 50 pontos, linha divisória entre queda e crescimento da produção na comparação com o mês anterior, quando fechou em 54,5 pontos.

As informações fazem parte do boletim Sondagem Industrial, que também traz informações a respeito da evolução da produção, do número de empregos, dos estoques, entre outros indicadores. Para a realização da pesquisa foram entrevistadas 1.839 empresas, sendo 740 de pequeno porte, 641 de médio porte e 458 de grande porte, no período de 2 a 10 de maio.

Os índices avaliados pela CNI apresentam variação de 0 a 10. Valores acima de 50 indicam aumento do emprego da produção, estoque acima do planejado ou utilização da capacidade instalada acima do usual. Valores abaixo de 50, indicam que o nível de atividade está abaixo do usual.

A CNI disse que o comportamento para o mês já era esperado e que o resultado está dentro do padrão histórico para meses de abril, desconsiderando abril de 2020, quando a produção foi profundamente afetada pela pandemia do novo Coronavírus.

O boletim mostra que o emprego industrial também sofreu um recuo em abril na comparação com março. O índice de evolução do número de empregados ficou em 49,5 pontos, pouco abaixo da linha divisória. Em março de 2022, o índice ficou exatamente na linha divisória, em 50 pontos.

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) das indústrias fechou em 69% em abril, na comparação com março. Segundo a entidade, o percentual é um ponto superior à média histórica registrada para o mês, medida desde 2011.

De acordo com a CNI, apesar de a UCI estar um ponto mais alta, o aumento não se traduziu na alta da produção industrial, em razão da baixa produtividade da indústria.

Um dos fatores é a desorganização das cadeias globais de valor, em razão da pandemia do novo Coronavírus, que foi acentuada pela guerra entre a Rússia e Ucrânia. Este fato tem ocasionado incertezas em relação a aquisição de matérias-primas, com atrasos nas entregas e elevação dos custos.

“Ao permanecer próximo dos 50 pontos, o índice mostra que os estoques seguem relativamente ajustados. Não obstante, o resultado revela frustração dos empresários, pois o nível de estoques se afastou do planejado”, disse a CNI.

O índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual registrou 43,3 pontos em abril, uma queda de 2,4 pontos em relação ao mês anterior. Esse resultado indica que o índice permanece menor que o usual para o mês.

Empresários do setor de serviços do Rio estão otimistas, diz pesquisa

Os empresários fluminenses do setor de serviços mantêm a confiança na retomada econômica e no crescimento dos negócios nos próximos três meses. É o que aponta a pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), da Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio), entre os dias 2 e 6 de maio. De acordo com a sondagem, 82% dos entrevistados acreditam que a situação melhore ou que melhore muito. Esse percentual é maior que o registrado na pesquisa anterior, quando ficou em 79,5%.

O levantamento indicou ainda que apenas 13,3% esperam que a situação permaneça igual. Os que estimam que a situação dos seus negócios piore ou piore muito chegaram a 4,7%.

Ainda conforme a pesquisa, 31,4% dos entrevistados consideram que o panorama de seus negócios melhorou ou melhorou muito nos últimos três meses. O número supera o da última sondagem que ficou em 28,3%. Para 31,6%, a situação piorou ou piorou muito e 37% indicaram que permaneceu igual.

A demanda insuficiente foi apontada como o principal fator que limita os negócios. Ao todo 45,2% dos empresários indicaram essa dificuldade. Na sequência, estão as restrições financeiras para 45% dos entrevistados. O terceiro limitador dos negócios é a falta de mão de obra para 13,5% dos empresários. A falta de espaço e/ou equipamentos é problema para 12,3% dos entrevistados.

Para 38,5% dos entrevistados a demanda pelos bens e serviços de suas empresas diminuiu ou diminuiu muito nos últimos três meses. Na perspectiva dos próximos três meses, 66,9% esperam que a procura aumente ou aumente muito. O que indica certa estabilidade, uma vez que na última pesquisa no mês de abril atingiu 66%.

“Apenas 8,1% acham que a demanda diminuirá ou diminuirá muito nos próximos três meses, enquanto 25% dos consultados acham que se estabilizará”, completou o IFec RJ.

Vendas no varejo crescem 20,5% em abril, mostra indicador da Cielo

As vendas no varejo aumentaram 20,5% em abril na comparação com o mesmo período de 2021, descontada a inflação, diante do efeito do fim das medidas restritivas contra a Covid-19, segundo dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) levantados pela empresa de meios de pagamento Cielo e divulgados na terça-feira (17).

Alguns efeitos de calendário também beneficiaram o crescimento das vendas, como a presença de um sábado a mais no mês e de uma quinta-feira a menos por causa do feriado de Tiradentes.

Pedro Lippi, head de inteligência da Cielo, diz que o comércio segue apresentando sinais de recuperação.

“Abril marcou o sexto mês seguido de crescimento nas vendas. Esse quadro está associado a um comércio com menos portas fechadas. A alta dos preços também influenciou no índice nominal. Os setores de serviços continuam puxando a retomada”, disse ele em comunicado.

O ICVA é apurado junto a 1,2 milhão de varejistas do país credenciados pela Cielo e distribuídos por 18 setores.

Turismo nacional cresce 43,5% em março, aponta FecomercioSP

O turismo nacional faturou R$ 15,4 bilhões em março deste ano, o que representa alta de 43,5% ou R$ 4,8 bilhões, em termos monetários, na comparação ao mesmo período de 2021. Os dados são do levantamento do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

A entidade avalia que o setor se aproxima dos patamares anteriores à pandemia, ainda que os números sejam 7,1% inferiores quando comparados a março de 2019.

O crescimento neste ano foi impulsionado, principalmente, pelo setor aéreo, que faturou R$ 4,4 bilhões, ou seja, aumento de 113,5% em um ano, apontou a FecomercioSP. Já na comparação com 2019, o segmento teve faturamento 3,8% menor.

“Quatro fatores contribuíram para o crescimento do transporte aéreo no mês, dentre eles, maior contenção da variante Ômicron, demanda reprimida na pandemia, dias de carnaval no início do mês e redução quase total das restrições e do uso de máscaras. Além destes fatores, a alta do querosene de aviação influenciou o aumento no faturamento, ao fazer os preços das passagens subirem na segunda quinzena de março”, disse a FecomercioSP.

Os serviços de alojamento e alimentação cresceram 57,7%, registrando faturamento de R$ 4,45 bilhões. E as atividades culturais, recreativas e esportivas cresceram 33,2%, chegando a R$ 1,25 bilhão.

Índice de Confiança do Agronegócio fecha 1º trimestre em 111,5 pontos

O Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), fechou o 1º trimestre de 2022 em 111,5 pontos, 1,9 ponto acima do levantamento do último trimestre de 2021. Já em relação ao mesmo período do ano passado, quando o índice ficou em 117,4, houve queda de 5,9 pontos.

Resultados acima de 100 pontos estão na faixa considerada otimista pela metodologia do estudo, enquanto resultados inferiores a 100 denotam pessimismo.

De acordo com a Fiesp, o resultado positivo em relação ao final do ano passado foi puxado pelas indústrias situadas Depois da Porteira, o único segmento dentre os pesquisados em que a confiança melhorou, já que os índices da indústria Antes da Porteira e dos produtores agropecuários caíram em relação ao trimestre anterior.

“O bom momento das exportações do agronegócio é uma das razões às quais pode ser atribuído o ganho de otimismo, já que muitas empresas que compõe o grupo Depois da Porteira são exportadoras”, explicou o diretor do Departamento de Agronegócio da Fiesp, Roberto Betancourt.

Com oferta de R$ 30 bilhões, Eletrobras dá ânimo à Bolsa

A oferta de ações da Eletrobras, que vai resultar na saída do governo do controle da gigante de energia, tem potencial de movimentar R$ 30 bilhões na Bolsa no mês que vem. A operação, do tipo subsequente, ou seja, de empresa já listada na Bolsa brasileira, a B3, vai reanimar o combalido mercado de renda variável brasileiro, que está praticamente parado neste ano.

Fontes afirmam que existem dez grandes investidores já comprometidos e outros três em negociação, incluindo cinco estrangeiros. Não há conversas com investidores estratégicos, ou seja, empresas do setor. Segundo fontes, já haveria demanda para cobrir a oferta.

O tamanho da operação é equivalente a mais de dez vezes a média de ofertas semelhantes no ano passado: em 2021, foram 24 lançamentos, com valor médio de R$ 2,4 bilhões cada um. A movimentação da Eletrobras pode ser uma das maiores operações na Bolsa brasileira desde a megacapitalização de R$ 120 bilhões da Petrobras, realizada em 2020.

A oferta de ações vai definir o valor que o governo deverá receber diretamente pela Eletrobras, montante que deve variar de R$ 23 bilhões a R$ 26 bilhões, segundo fontes. O governo calcula seu ganho com a operação em R$ 67 bilhões. Para chegar a esse valor estão sendo considerados mais de R$ 40 bilhões referentes a investimentos futuros e à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), criada para compensar políticas públicas para amenizar reajustes de energia.

Os agentes do mercado financeiro esperam também adesão do investidor de varejo em níveis não vistos há cerca de 20 anos. Estão protocolados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 14 fundos para investidores que queiram usar recursos do FGTS ou migrar posições que compraram em ações da Petrobras e da Vale, com recursos do Fundo, em 2000 e em 2002.

No ano passado, a Eletrobras anunciou a pré-seleção de instituições financeiras para formar o sindicato de bancos que estruturariam a oferta. Os coordenadores líderes da oferta são BTG Pactual, Itaú BBA, Bank of America, Goldman Sachs e XP. Participam ainda do grupo Bradesco BBI, Caixa, Citi, Credit Suisse, JP Morgan, Morgan Stanley e Safra.

O governo corre contra o tempo para garantir a operação. A Eletrobras precisa concluir o preparo dos documentos finais que terá de apresentar aos reguladores de mercado no Brasil e nos EUA.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Bruno Serra, disse na quarta-feira (18) que a autarquia tem instrumentos para combater uma eventual volatilidade adicional do câmbio, por exemplo, aumentando mais a taxa Selic caso o juro global suba.

“Temos instrumentos para combater uma eventual volatilidade adicional do câmbio”, afirmou Serra. “Se precisar subir mais o juro porque o juro global sobe, a gente também pode fazer. O que a gente não tem instrumentos para controlar é a demanda global pressionando a inflação”, acrescentou.

Serra disse ainda que é importante para o processo de desinflação brasileiro que a inflação global retorne para o nível de 2,0%, com a ação dos bancos centrais de países desenvolvidos. “Nossos modelos estão calibrados para um ambiente de inflação global por volta de 2,0%. Se não for o caso, é possível que os modelos não funcionem tão bem”, afirmou.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

IPCA

O governo federal revisou para 7,9% sua estimativa para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2022. A previsão anterior, de março, era 6,55%. Para o ano que vem, a estimativa é de 3,6%, contra 3,25% calculados em março. Os cálculos mais recentes foram apresentados pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia e divulgado na quarta-feira (18).

PIB

A revelação pela Fundação Getúlio Vargas de que o seu monitor do Produto Interno Bruto apontou alta de 1,5% no 1º trimestre, levou bancos e consultorias a reajustarem ligeiramente para cima as projeções do PIB para este ano. E alguns estão considerando que mesmo com um 2º semestre de baixo crescimento, os dados sobre o PIB de 2023 podem ser revistos para cima.

Para 2023, o governo federal manteve também a previsão do PIB e aumentou a da inflação. O PIB, segundo a estimativa, deverá fechar 2023 com alta de 2,5% (a mesma previsão do último boletim, divulgado em março).

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (16), o Ibovespa fechou em alta, engatando a quarta alta consecutiva, com suporte de bancos, Vale e Petrobras, ainda que Wall Street tenha tido sessão sem direção comum. JBS e Hapvida ficaram entre as principais quedas do índice. O índice Ibovespa teve alta de 1,22%, a 108.232,74 pontos. O volume financeiro somou R$ 24,3 bilhões.

Na terça-feira (17), o Ibovespa fechou em alta, na quinta sessão consecutiva de ganhos, diante de cenário de maior apetite por risco nos mercados internacionais. O setor financeiro se destacou como a maior influência para o avanço do índice, com destaque para Bradesco. O grupo de saúde Hapvida desabou na ponta contrária, assim como o Magazine Luiza, ambos após resultados do primeiro trimestre. O índice Ibovespa teve alta de 0,51%, a 108.789,33 pontos. O volume financeiro somou R$ 29,9 bilhões.

Na quarta-feira (18), o Ibovespa fechou em queda, após cinco altas seguidas, diante do tombo das ações em Nova York, à medida que mercado mantém as preocupações com inflação e desaceleração econômica global. Vale, Petrobras e B3 foram algumas das que mais pressionaram o índice. Eletrobras também recuou enquanto mercado acompanhava o desenrolar do julgamento sobre a privatização da estatal no Tribunal de Contas da União (TCU). Hapvida subiu no outro lado. O índice Ibovespa teve queda de 2,34%, a 106.247,15 pontos. O volume financeiro somou R$ 29,6 bilhões.

Na quinta-feira (19), o Ibovespa fechou em alta, impulsionado por ações de siderúrgicas e mineradoras, destoando do recuo em Wall Street, que teve outro dia volátil. Vale cresceu na esteira dos preços do minério de ferro e CSN disparou com anúncio de recompra de ações. A Eletrobras também foi destaque positivo, após aval do Tribunal de Contas da União (TCU) para privatização. WEG e Hapvida foram destaques de queda. O índice Ibovespa teve alta de 0,71%, a 107.005,22 pontos. O volume financeiro somou R$ 24,7 bilhões.

Na sexta-feira (20), por volta das 12h07, o índice Ibovespa operava em alta de 0,90%, a 107.971,68 pontos. Diante de recuperação dos ativos nos mercados internacionais após a China cortar os juros via taxa de referência para financiamentos imobiliários em nível maior do que o esperado para reanimar o setor habitacional, o dia é vencimento de opções sobre ações na B3. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 1,39%, a 108.487,88 pontos. O volume financeiro somou R$ 31,1 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (20), por volta das 12h20, o dólar registrava queda de 0,86%, cotado a R$ 4,8745 na venda. O dólar era negociado em queda contra o real, a caminho de registrar nova desvalorização semanal, em linha com recente arrefecimento da divisa norte-americana no exterior, enquanto novas medidas de estímulo econômico na China pareciam aliviar o fragilizado sentimento global.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (20) cotado a R$ 4,8740, o anúncio de estímulos monetários na China, que dá novo alento às perspectivas para os preços das commodities, fez com que o real e seus pares emergentes se livrassem da onda global de aversão ao risco detonada por temores de recessão nos EUA.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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23/05/2022