Cenário Econômico Internacional – 27/05/2022

Cenário Econômico Internacional – 27/05/2022

Cenário Econômico Internacional – 27/05/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Lockdowns na China e guerra arriscam minar recuperação global de empregos, diz OIT

O mercado de trabalho global corre o risco de reverter seu progresso em direção à recuperação dos níveis pré-Covid-19 conforme os lockdowns na China e a guerra na Ucrânia pesam sobre as economias, disse a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em relatório na segunda-feira (23).

A agência da ONU estima que havia o equivalente a 112 milhões de empregos em período integral a menos no primeiro trimestre de 2022 em comparação com os níveis pré-Covid, com um risco crescente, mas incerto, de que a quantidade de horas trabalhadas continue a diminuir ao longo deste ano.

A China foi responsável por 86% da queda nas horas trabalhadas devido a medidas de contenção da Covid-19, de acordo com o relatório, e as interrupções globais na cadeia de suprimentos, exacerbadas pela guerra na Ucrânia, ameaçam levar a um declínio ainda maior.

O diretor-geral da OIT, Guy Ryder, disse a jornalistas que os números provavelmente não capturam os efeitos da guerra na Ucrânia.

A OIT, que disse que as perspectivas estavam cada vez mais nebulosas, agora prevê que no segundo trimestre haverá o equivalente a 123 milhões de empregos em período integral a menos em relação aos níveis pré-Covid.

“Existe um perigo muito real de que o próximo monitor, não importa quando o produzirmos, citará números que representarão uma deterioração bastante acentuada nas condições do mercado de trabalho”, disse Ryder.

A inflação crescente, impulsionada principalmente pelos preços de energia e problemas na cadeia de oferta, também representa o risco de paralisar a recuperação econômica e dos empregos se a renda dos trabalhadores não acompanhar o ritmo, disse a OIT.

O risco geral de uma espiral preços-salários no futuro próximo é baixo, acrescentou a agência da ONU, apontando que os salários reais cresceram mais lentamente em 2021 do que antes da pandemia.

Líderes empresariais e governamentais alertam em Davos para risco de tempestade econômica

Múltiplas ameaças à economia global estão no topo da lista de preocupações dos países mais abastados do mundo num encontro anual em Davos, com alguns sinalizando o risco de uma recessão mundial.

Líderes políticos e empresariais estão reunidos para o Fórum Econômico Mundial na Suíça em meio a um cenário de inflação no nível mais alto em uma geração nas principais economias, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e zona do euro.

Esses aumentos de preços minaram a confiança do consumidor e abalaram os mercados financeiros mundiais, levando vários bancos centrais, incluindo o Federal Reserve, dos EUA, a aumentar as taxas de juros.

Ao mesmo tempo, as repercussões nos mercados de petróleo e alimentos da invasão da Ucrânia pela Rússia, que Moscou descreve como uma “operação militar especial”, e os lockdowns da Covid-19 por tempo indeterminado na China agravam a incerteza.

“Temos pelo menos quatro crises, que estão interligadas. Temos inflação alta… temos uma crise de energia… temos pobreza alimentar e temos uma crise climática. E não podemos resolver os problemas se nos concentrarmos em apenas uma das crises”, disse o vice-chanceler alemão, Robert Habeck.

“Mas, se nenhum dos problemas for resolvido, temo que estejamos caminhando para uma recessão global com tremendo efeito… na estabilidade global”, disse Habeck durante um painel de discussão do Fórum Econômico Mundial.

Os juros mais altos, com expectativa de mais elevações adiante, no entanto, ainda não enfraqueceram os gastos do consumidor ou o aquecido mercado de trabalho norte-americano.

“Ainda não estamos vendo isso se materializar em nossos negócios”, disse o presidente-executivo da Marriott International Inc, Anthony Capuano, sobre a ameaça de recessão, acrescentando: “Continua havendo demanda reprimida.”

Mercados emergentes importantes, incluindo a China, ainda devem ter crescimento em 2022, mesmo que em ritmo mais lento do que o estimado anteriormente.

Marcos Troyjo, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, operado pelos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), disse que a instituição ainda espera “crescimento robusto” este ano de China, Índia e Brasil.

Chefe do FMI não espera recessão, mas ela não “está fora de questão”

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, afirmou que não espera uma recessão para as principais economias do mundo, mas que não pode descartá-la.

Questionada em um painel no Fórum Econômico Mundial se espera uma recessão, Georgieva disse: “Não, não nesse momento. Isso não significa que está fora de questão.”

O cenário econômico global piorou no mês desde que o FMI reduziu sua perspectiva de crescimento em 2022 por causa da guerra na Ucrânia, desaceleração da China e choques globais de preços, particularmente de alimentos, disse ela.

“Em um curto período de tempo…o horizonte piorou.”

IIF reduz pela metade estimativa de crescimento de PIB global, fluxos a emergentes devem recuar 42%

O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) reduziu sua perspectiva de crescimento global em 2022 pela metade, citando os efeitos econômicos da invasão da Ucrânia pela Rússia, a resposta da China à onda de Covid-19 e uma política monetária mais apertada nos Estados Unidos.

O IIF também espera redução de 42% nos fluxos de capital para mercados emergentes em relação ao ano passado.

Com base em suas novas estimativas, o grupo disse que o risco de recessão aumentou já que o crescimento real deve ficar estagnado.

“A fraqueza é generalizada e deixa pouco espaço para erro”, escreveram economistas do IIF no relatório. “O risco de recessão global é elevado. Nesse contexto, esperamos que o fluxo de não residentes a mercados emergentes desacelere de forma significativa.”

O IIF cortou sua estimativa para o crescimento do PIB global a 2,3%, de 4,6%, com o G3, Estados Unidos, zona do euro e Japão, avançando a uma taxa de 1,9% este ano.

A expectativa é de que a expansão da China desacelere a 3,5% de 5,1% na estimativa anterior.

“A onda de Ômicron na China é mais prejudicial do que esperávamos e terá impacto substancial no crescimento e nos fluxos de capital”, disse o IIF.

O crescimento da zona do euro foi anteriormente reduzido de 3% a 1%, principalmente devido aos efeitos da invasão da Ucrânia. Enquanto isso, a América Latina deve crescer 2% com os preços altos das commodities.

Os fluxos de capital a mercados emergentes devem desacelerar com força, segundo o relatório, com os fluxos de não residentes caindo a 972 bilhões de dólares, de 1,680 trilhão no ano passado.

A estimativa de fluxo para o Brasil deve quase cair pela metade, a 55,3 bilhões de dólares.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (23), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, conforme ganhos de bancos e uma recuperação nos papéis de empresas de tecnologia líderes de mercado impulsionaram uma recuperação de base ampla do mercado após a mais longa sequência de quedas semanais de Wall Street desde o colapso das “pontocom” há mais de 20 anos. O índice Dow Jones teve alta de 1,98%, a 31.880,24 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,86%, a 3.973,75 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,59%, a 11.535,28 pontos.

Na terça-feira (24), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, conforme preocupações de que medidas agressivas para conter o crescimento da inflação recorde possam levar a economia dos Estados Unidos à recessão minaram o apetite por risco de investidores. O índice Dow Jones teve alta de 0,15%, a 31.928,62 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,81%, a 3.941,48 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 2,35%, a 11.264,45 pontos.

Na quarta-feira (25), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, após investidores digerirem a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve. O documento não surpreendeu o mercado ao reforçar a expectativa por altas de 50 pontos-base do juro em junho e julho. O índice Dow Jones teve alta de 0,60%, a 32.120,28 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,95%, a 3.978,73 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,51%, a 11.434,74 pontos.

Na quinta-feira (26), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, após previsões anuais positivas de várias varejistas, enquanto dados confirmaram que a economia dos Estados Unidos teve contração no primeiro trimestre, aliviando preocupações sobre altas muito agressivas nos juros pelo Banco Central. Por volta das 13h36, o índice Dow Jones registrava alta de 1,83%, a 32.709,13 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 2,22%, a 4.067,16 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 3,10%, a 12.314,01 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 20.05.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (20) cotado a R$ 4,8740 com queda de 0,87%. Afora uma alta pontual na primeira hora de negócios, o dólar trabalhou em baixa firme durante todo o pregão e renovou mínimas no início da tarde, descendo até R$ 4,8540 (-1,28%). Com a piora do sentimento externo, diminuiu parte das perdas e terminou a sessão em queda.

Na segunda-feira (23) – O dólar à vista registrou queda de 1,41%, cotado a R$ 4,8054 na venda. O dólar engatou a terceira queda seguida e fechou pouco acima de 4,80 reais na sessão, após cair abaixo desse patamar ao longo da jornada, com as operações domésticas mais uma vez replicando a movimentação externa, que foi de forte apetite por risco e de nova queda global da divisa norte-americana. O dólar oscilou entre R$ 4,8505 na máxima e R$ 4,7857 na mínima.

Na terça-feira (24) – O dólar à vista registrou alta de 0,14%, cotado a R$ 4,8123 na venda. O dólar oscilou entre perdas e ganhos expressivos e acabou encerrando as operações no mercado à vista com apenas modesta alta, conforme a moeda manteve sua consolidação no exterior um dia antes de o Banco Central norte-americano emitir nova sinalização de política monetária. O dólar oscilou entre R$ 4,8535 na máxima e R$ 4,7765 na mínima.

Na quarta-feira (25) – O dólar à vista registrou alta de 0,18%, cotado a R$ 4,8209 na venda. Após forte volatilidade inicial nas negociações. O fator impactante no pregão da divisa norte-americana foi a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve. O dólar oscilou entre R$ 4,8643 na máxima e R$ 4,8058 na mínima.

Na quinta-feira (26) – Por volta das 13h57, o dólar operava em queda de 0,85% cotado a R$ 4,7799 na venda. O dólar abandonou ganhos de mais cedo e era negociado abaixo de 4,80 reais, após dados mais fracos que o esperado sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, com investidores tentando entender quais serão os próximos passos de política monetária do Federal Reserve em meio a receios persistentes sobre a economia.

Vendas de moradias usadas nos EUA caem pelo 3° mês seguido com preços em nível recorde

As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos caíram para o nível mais baixo em quase dois anos em abril, com os preços das casas saltando para um pico recorde em meio à persistente falta de estoque.

As vendas de moradias usadas caíram 2,4%, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 5,61 milhões de unidades no mês passado, o nível mais baixo desde junho de 2020, quando as vendas estavam se recuperando dos lockdowns da Covid-19. Essa foi a terceira queda consecutiva nas vendas mensais.

Economistas consultados pela Reuters previam queda nas vendas para 5,65 milhões de unidades.

Em abril, o preço médio das casas usadas disparou 14,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, para 391.200 dólares.

Com cesta básica subindo acima da inflação, pobreza aumenta na Argentina

A inflação é um problema crônico na Argentina, e os preços da cesta básica mostram que é um drama que atinge de forma muito mais dura a população de menor renda.

O levantamento mensal feito pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) mostrou que em abril o valor da cesta básica alimentar subiu 59,4% na Grande Buenos Aires na comparação com o mesmo mês no ano passado.

Trata-se de uma alta superior à inflação geral acumulada em 12 meses na Argentina, que foi de 58% no mês passado, o maior avanço interanual desde janeiro de 1992.

O valor da cesta básica total na Grande Buenos Aires, que considera também preços de bens e serviços não relacionados à alimentação, como vestuário, transporte, educação e saúde, subiu 51,3% em um ano.

O Indec traça a linha da indigência e da pobreza na Argentina conforme o valor da cesta básica na capital e arredores: quem tem renda abaixo da cesta básica alimentar está na indigência, e quem ganha abaixo da cesta básica total está na pobreza.

Para um adulto, o limiar da indigência em abril ficou em 13.763 pesos (cerca de R$ 570) e o da pobreza, em 30.829 pesos (pouco menos de R$ 1,3 mil). Para uma família de quatro pessoas, os patamares ficaram respectivamente em 42.527 (pouco menos de R$ 1,8 mil) e 95.260 pesos (quase R$ 4 mil).

Famílias dos EUA entraram em 2022 com bem-estar financeiro, mostra pesquisa do Fed

As famílias norte-americanas relataram seu nível mais alto de bem-estar financeiro desde que esse fator começou a ser acompanhado numa pesquisa do Banco Central dos Estados Unidos, há quase uma década, e a melhora foi sentida em todos os grupos raciais e étnicos, mostrou um relatório do Federal Reserve.

A “Pesquisa de Economia e Tomada de Decisão das Famílias” do Banco Central dos EUA, publicada anualmente, também mostrou que os trabalhadores desfrutaram dos benefícios de trabalhar de casa, mesmo com a recuperação diante da pandemia de Coronavírus, com pouco entusiasmo de sua parte para retornar aos escritórios e otimismo geral sobre o mercado de trabalho.

O relatório fornece “informações valiosas sobre as condições financeiras dos norte-americanos durante o final do outono (no Hemisfério Norte) de 2021”, disse a diretora do Fed Michelle Bowman em comunicado.

O relatório é baseado nas respostas de 11 mil adultos consultados entre outubro e novembro de 2021, antes de um aumento nos casos de Covid-19 devido à variante Ômicron, que afetou brevemente o crescimento econômico, mas está de acordo com dados que revelam que os norte-americanos, em geral, viram uma melhora em suas finanças nos últimos dois anos.

Cerca de 78% dos adultos disseram estar vivendo confortavelmente ou “okay” financeiramente, acima dos 75% registrados em 2020 e o nível mais alto desde o início da pesquisa, em 2013.

O bem-estar financeiro aumentou entre todos os grupos raciais e étnicos, com um salto notável entre os hispânicos.

A parcela de norte-americanos que disse ser capaz de cobrir uma despesa emergencial hipotética de 400 dólares usando dinheiro, poupança ou cartão de crédito com pagamento na fatura seguinte também subiu para o nível mais alto desde o início da pesquisa, para 68%, de 64% em 2020.

Autoridades do Fed disseram que o aumento é consistente com melhorias de longo prazo no bem-estar financeiro, além de fatores como saldos maiores em conta bancária e possíveis medidas de alívio financeiro.

Jerome Powell toma posse para segundo mandato de quatro anos à frente do Fed

O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, tomou formalmente posse para iniciar seu segundo mandato de quatro anos como chefe do banco central dos Estados Unidos, que tenta conter a inflação mais alta em quatro décadas sem levar a economia à recessão.

Também foram empossados nesta segunda-feira Lael Brainard, como a nova vice-chair do Fed, e os dois mais novos membros do conselho de diretores do banco central, Philip Jefferson e Lisa Cook, ambos economistas negros, informou o Fed em comunicado.

O ex-presidente norte-americano Donald Trump indicou Powell para seu primeiro mandato como chefe da instituição financeira. Depois, o atual presidente Joe Biden o escolheu em novembro de 2021 para servir mais quatro anos. O ex-advogado no setor de private equity sobreviveu a severas críticas de Trump durante seu primeiro mandato no comando do Banco Central.

O Senado dos EUA votou em 12 de maio para confirmar Powell no cargo com apoio bipartidário. Powell atua no Conselho de Diretores do Fed desde 2012.

Cook é a primeira mulher negra a servir no Conselho da instituição financeira. Esta também é a primeira vez o Fed terá mais de um formulador de política monetária negro trabalhando juntos.

A posse significa que seis dos sete assentos na diretoria do banco central estão preenchidos apenas algumas semanas antes da reunião de política monetária de 14 a 15 de junho, na qual se espera um ajuste de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, conforme o banco central enfrenta a inflação.

Jefferson foi recentemente reitor do corpo docente da Davidson College e escreveu extensivamente sobre a pobreza. Cook foi professora de economia na Universidade Estadual de Michigan, onde sua pesquisa se concentrava no impacto econômico da desigualdade racial e de gênero.

Nenhum deles deverá ter um impacto imediato na trajetória da política monetária do banco central, decidida em reuniões regulares ao longo do ano pelo Conselho do Fed e pelos presidentes dos 12 bancos regionais da instituição.

Powell prometeu continuar a insistir em aumentos dos juros até que haja evidências claras e convincentes do arrefecimento da inflação.

Operadores de futuros atrelados à taxa básica de juros do Fed apostam que isso significa que a taxa de empréstimo de um dia entre os bancos, atualmente na faixa de 0,75% a 1%, subirá para 2,75% a 3% até o fim do ano, valor alto o suficiente para começar a frear o crescimento econômico.

Escolha de Biden para ocupar a sétima cadeira do Fed, o ex-funcionário sênior do Departamento do Tesouro Michael Barr, provavelmente ganhará a confirmação do Senado como vice-chair de supervisão do banco central, disse o senador republicano Pat Toomey à Reuters na segunda-feira (23). Esse posto faria Barr assumir um portfólio abrangente onde supervisionaria os maiores bancos dos EUA.

Presidente do Chile promulga maior aumento do salário mínimo em 23 anos

O presidente do Chile afirmou na terça-feira (24) que está “profundamente comprometido com a promoção do trabalho decente” e a necessidade de “não deixar ninguém para trás”, ao promulgar a lei com o maior aumento do salário mínimo em 23 anos.

Sempre se disse que podemos divergir em algumas formas e ter debates complexos, mas quando nos pomos de acordo conseguimos obter o melhor de nós mesmos, disse Gabriel Boric, ao realçar a unanimidade com que a iniciativa foi aprovada pelo Câmara das Deputadas e dos Deputados na semana passada.

“O que estamos a promover não é contra ninguém. São acordos que vão beneficiar todos os cidadãos do nosso país (…). Estamos a construir na base do que fizeram os que nos antecederam. Não podíamos falar do aumento do salário mínimo para 400 mil pesos (480 dólares) se não fosse pelos esforços feitos anteriormente”, acrescentou.

A subida resultou de um acordo entre o governo e a Central Unitária de Trabalhadores, a principal central sindical do país, e coloca o Chile na vanguarda da América Latina, mas ainda longe dos principais membros da OCDE, no que respeita ao salário mínimo.

A iniciativa estipula um aumento em duas fases: até 380 pesos até 01 de agosto e até 400 mil a partir de então.

O ministro das Finanças, Mario Marcel, adiantou que o projeto vai beneficiar um milhão de trabalhadores e inclui também um subsídio para as pequenas e médias empresas, para cobrir a subida do salário que exceda a inflação e uma ajuda aos mais vulneráveis para enfrentar a subida do custo do cabaz de compras básico.

Atividade empresarial dos EUA desacelera em maio, mostra PMI

A atividade empresarial dos Estados Unidos desacelerou moderadamente em maio, com os preços mais altos esfriando a demanda por serviços, enquanto renovadas restrições de oferta devido aos lockdowns contra a Covid-19 na China e ao conflito em andamento na Ucrânia prejudicaram a produção nas fábricas.

A S&P Global disse que seu índice PMI preliminar composto dos EUA, que acompanha os setores de manufatura e serviços, caiu para leitura de 53,8 neste mês, ante 56,0 em abril.

Esse ritmo de crescimento, o mais lento em quatro meses, foi atribuído a “elevadas pressões inflacionárias, uma nova deterioração nos prazos de entrega dos fornecedores e um crescimento mais fraco da demanda”.

Leitura acima de 50 indica expansão no setor privado. O índice permanece consistente com um forte crescimento econômico até meados do segundo trimestre.

A economia norte-americana sofreu contração no primeiro trimestre deste ano, sob o peso de um déficit comercial recorde, embora a demanda doméstica tenha permanecido sólida, já que as famílias aumentaram os gastos e as empresas elevaram o investimento em equipamentos.

No entanto, a inflação anual ao consumidor dos EUA está nos níveis mais altos em 40 anos, o que levou o Federal Reserve a começar a aumentar os juros em março e a adotar uma postura de política monetária cada vez mais agressiva.

“As empresas relatam que a demanda está sendo pressionada por preocupações com o custo de vida, taxas de juros mais altas e uma desaceleração econômica mais ampla”, disse Chris Williamson, economista-chefe para empresas da S&P Global Market Intelligence.

O PMI de manufatura preliminar da pesquisa caiu para leitura de 57,5 neste mês, de 59,2 em abril, em linha com as expectativas de economistas. A manufatura responde por 12% da economia dos EUA.

Já o PMI preliminar do setor de serviços caiu para leitura de 53,5 no período, de 55,6 em abril. Economistas consultados pela Reuters previam recuo para 55,2 em maio no setor de serviços, que representa mais de dois terços da atividade econômica norte-americana.

México cresce um pouco mais do que o estimado no 1º trimestre

A economia do México cresceu no primeiro trimestre um pouco mais do que o inicialmente estimado, expandindo 1,0% em relação aos três meses anteriores, mostraram dados oficiais na quarta-feira (24).

O número ajustado sazonalmente publicado pela agência nacional de estatísticas INEGI foi mais forte do que uma estimativa preliminar de expansão de 0,9% para o período de janeiro a março.

O detalhamento dos dados do INEGI mostrou que as atividades primárias, que abrangem agricultura, pesca e mineração, contraíram 2,0% em comparação com o trimestre anterior.

Em contraste, as atividades secundárias, que incluem a manufatura, expandiram 1,2%, e o setor terciário, que compreende serviços, cresceu 1,3%.

Em comparação com o mesmo trimestre de 2021, a economia mexicana cresceu 1,8%.

Apoio de autoridades do Fed a alta de juros de maio foi unânime, mostra ata

Todos os participantes da reunião de política monetária do Banco Central dos Estados Unidos de 3 a 4 de maio apoiaram um aumento de juros de 0,50 ponto percentual para combater a inflação, que eles concordaram ter se tornado uma grande ameaça para o desempenho da economia norte-americana e que poderia subir ainda mais sem a ação do Federal Reserve, apontou a ata do encontro.

A elevação de juros de 0,50 ponto percentual neste mês foi a primeira desse tamanho em mais de 20 anos, e colocou o Fed em uma trajetória de rápido aperto da política monetária, com “a maioria dos participantes” julgando que mais ajustes de 0,50 ponto seriam “provavelmente apropriados” nas próximas reuniões do banco central, em junho e julho, de acordo com a ata divulgada.

“Todos os participantes concordaram que a economia dos EUA estava muito forte, o mercado de trabalho estava extremamente apertado e a inflação, muito elevada”, afirmou a ata, com os riscos de uma inflação mais acelerada “inclinados para cima” em razão dos atuais problemas de oferta globais, da guerra na Ucrânia e dos lockdowns contínuos contra o Coronavírus na China.

Nesse contexto, “os participantes concordaram que o Comitê (Federal de Mercado Aberto) deve mudar rapidamente a postura da política monetária para uma posição neutra… Eles também destacaram que uma abordagem restritiva da política monetária pode se tornar apropriada”.

“Muitos participantes” julgaram que aprovar altas de juros agora “deixaria o Comitê bem posicionado no final deste ano para avaliar os efeitos do fortalecimento da política monetária”.

A ata mostra um esforço do Fed para achar a melhor forma de conduzir a economia em direção a uma inflação mais baixa sem causar uma recessão ou subir a taxa de desemprego substancialmente, tarefa que “vários participantes” da reunião deste mês disseram que seria desafiadora no ambiente atual.

Segundo “vários” participantes da reunião do banco central, dados começaram a indicar que o avanço dos preços “pode ​​não estar mais piorando”.

Mas mesmo assim, concordaram que era “muito cedo para ter certeza de que a inflação atingiu o pico”.

A economia, enquanto isso, permaneceu forte, com famílias dos EUA em tão boa forma que as autoridades do Fed disseram que pode ser mais difícil fazê-las parar de gastar e aliviar a pressão dos preços.

Com pouca certeza, os formuladores de política monetária começaram a estabelecer uma ampla gama de posições sobre o que pode acontecer após os próximos aumentos da taxa básica, desde uma pausa total nas elevações dos juros no outono norte-americano até pedidos por uma série agressiva de incrementos de 0,50 ponto percentual nas reuniões de setembro, novembro e dezembro.

Dados de inflação ainda não mostraram uma queda convincente em relação aos níveis que deixaram as autoridades do Fed nervosas e foram comparadas com os choques inflacionários dos anos 1970 e início dos anos 1980. O indicador preferencial do Fed para o salto dos preços está em patamar equivalente a mais de três vezes a meta de 2% do Banco Central.

Alguns analistas, enquanto isso, aumentaram suas projeções sobre os riscos de recessão, e investidores em contratos vinculados às Fed funds recentemente reduziram suas estimativas para a elevação da taxa de juros.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (23), as bolsas europeias fecharam em alta, conforme um aumento inesperado na confiança empresarial alemã ressaltou a resiliência da maior economia da região, enquanto a fabricante de turbinas eólicas Siemens Gamesa saltou após uma oferta de aquisição. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,26%, a 436,54 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,17%, a 6.358,74 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,38%, a 14.175,40 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 2,67%, a 6.079,51 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,67%, a 8.625,80 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,67%, a 7.513,44 pontos.

Na terça-feira (24), as bolsas europeias fecharam mistas, acompanhando perdas nas bolsas globais após dados de expansão de negócios para maio renovarem preocupações dos investidores sobre a desaceleração do crescimento econômico e o aperto da política monetária. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,14%, a 431,58 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,66%, a 6.253,14 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,80%, a 13.919,75 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,85%, a 6.130,90 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,06%, a 8.631,20 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,39%, a 7.484,35 pontos.

Na quarta-feira (25), as bolsas europeias fecharam em alta, impulsionadas por papéis de bancos e recursos básicos, com investidores aguardando atualizações de bancos centrais sobre o aperto da política monetária em meio a temores crescentes de uma desaceleração econômica. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,63%, a 434,31 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,73%, a 6.298,64 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,63%, a 14.007,93 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,88%, a 6.184,84 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,49%, a 8.760,20 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,51%, a 7.522,75 pontos.

Na quinta-feira (26), as bolsas europeias fecharam em alta, acompanhando o bom humor em Wall Street, após a publicação da ata da reunião de maio do Federal Reserve, divulgada na tarde de ontem, após o encerramento da sessão europeia. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,78%, a 437,71 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,78%, a 6.410,58 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,59%, a 14.231,29 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,95%, a 6.305,14 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,47%, a 8.888,80 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,56%, a 7.564,92 pontos.

FMI vê recuperação lenta na Alemanha e riscos negativos

A economia alemã deve registrar uma recuperação econômica fraca e os riscos são negativos, disse o Fundo Monetário Internacional na segunda-feira (23), alertando que Berlim deveria se concentrar em amortecer o impacto da guerra na Ucrânia e em garantir o abastecimento de gás.

A política fiscal na maior economia da Europa deve ser flexível em um ambiente incerto, acrescentou o FMI em comunicado após missão à Alemanha.

O FMI disse projetar que o crescimento da economia alemã vai desacelerar para cerca de 2% em 2022, aumentando em 2023 para um pouco mais de 2% se os preços da energia e os gargalos de abastecimento diminuírem e as infecções de Covid-19 permanecerem sob controle.

“O crescimento diminuirá então em direção ao potencial após 2024”, disse o FMI em seu chamado relatório Artigo IV.

“A produção permanecerá abaixo da tendência pré-pandemia a médio prazo, dados os obstáculos causados pelos elevados preços da energia ao investimento privado, a demanda externa mais fraca e a maior incerteza econômica e geopolítica após a guerra”, acrescentou.

As prioridades imediatas de Berlim devem ser garantir o abastecimento de gás, aliviar as repercussões da invasão russa da Ucrânia e aumentar a resiliência, disse o FMI.

BCE deve tirar juros de território negativo até setembro, diz Lagarde

O Banco Central Europeu provavelmente tirará sua taxa de depósito do território negativo atual até o final de setembro e poderá aumentá-la ainda mais se prever que a inflação vai se estabilizar em 2%, disse a presidente do BCE, Christine Lagarde, na segunda-feira (23).

Ela estava acelerando uma guinada já acentuada na postura de política monetária, que a fez ir de praticamente descartar aumentos de juros neste ano para agora prever vários ajustes em face da inflação recorde na zona do euro.

“Com base na perspectiva atual, provavelmente estaremos em posição de sair das taxas de juros negativas até o final do terceiro trimestre”, disse Lagarde em um post em blog publicado no site do BCE.

A taxa de depósito do BCE está atualmente em -0,5%, o que significa que os bancos são cobrados para deixar dinheiro no banco central, e está abaixo de zero desde 2014, já que a instituição lutou por anos contra uma inflação baixa demais.

Mas os preços têm disparado nos últimos meses, uma vez que os custos dos combustíveis saltaram devido a fatores como a invasão russa da Ucrânia e se espalharam para outros produtos.

Lagarde abriu a porta para novos aumentos de juros em direção ao que os economistas chamam de nível neutro, uma taxa que aproxima a produção econômica de seu potencial, ou mesmo acima dele.

“Se enxergarmos a inflação se estabilizando em 2% no médio prazo, uma progressiva normalização das taxas de juros em direção à taxa neutra será apropriada”, acrescentou Lagarde.

Zona do euro planeja mudar política fiscal de estimulativa para neutra

Os ministros das Finanças da zona do euro concordaram que mudariam gradualmente neste ano suas políticas fiscais de apoiantes para neutras em 2023, disse o presidente dos ministros, Paschal Donohoe, em coletiva de imprensa.

“A estratégia fiscal deve ser ágil e responsiva ao desenrolar de eventos”, afirmou Donohoe. Ele adicionou que a crescente incerteza criada pela invasão russa à Ucrânia em 24 de fevereiro exige flexibilidade suficiente.

“Mas vamos mudar progressivamente de uma política fiscal de suporte neste ano para uma neutra no próximo ano”, disse ele.

Os países da zona do euro apoiam suas economias com dinheiro público desde 2020, quando a pandemia de Covid-19 mergulhou os 19 territórios que compartilham a moeda única, e a economia global, em uma profunda recessão.

Mas com o retorno do crescimento e com a inflação em recordes, o estímulo generalizado à economia deixou de fazer sentido, concluíram os ministros, que se concentrarão mais em apoio direcionado e seletivo, quando necessário.

Crescimento empresarial da zona do euro desacelera em maio, mas permanece resistente, aponta PMI

O crescimento empresarial da zona do euro desacelerou neste mês, mas permaneceu forte à medida que a crise do custo de vida fez com que o poder de consumo dos consumidores fosse prejudicado, enquanto a escassez de matérias-primas retardava a expansão da indústria, mostrou uma pesquisa preliminar na terça-feira (24).

O Índice de Gerentes de Compras Composto (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global, visto como um bom guia para a saúde econômica geral, caiu de 55,8 em abril para 54,9 em maio, abaixo dos 55,3 previstos em pesquisa da Reuters.

Qualquer leitura acima de 50 indica crescimento.

“A economia da zona do euro manteve um crescimento encorajadoramente resiliente em maio, já que os problemas do setor industrial foram compensados por um setor de serviços próspero”, disse Chris Williamson, economista chefe de negócios da S&P Global.

“Embora as fábricas continuem a relatar restrições generalizadas de fornecimento e diminuição da demanda por bens em meio a pressões de preços elevados, a economia está sendo impulsionada pela demanda reprimida por serviços, à medida que as restrições relacionadas à pandemia são derrubadas”, completou.

O PMI de serviços de maio caiu de 57,7 para 56,3, bem abaixo dos 57,5 previstos na pesquisa da Reuters, já que o aumento acentuado dos preços manteve alguns consumidores cautelosos.

A demanda por serviços enfraqueceu, o subíndice de novos negócios caiu de 56,6 para 55,2, mas as empresas aumentaram o número de funcionários a uma taxa mais rápida do que em abril.

O PMI preliminar da indústria caiu de 55,5 para 54,4 este mês, pior do que os 54,9 previstos na pesquisa da Reuters e seu valor mais baixo desde novembro de 2020. Mas o índice de produção, que alimenta o PMI Composto, subiu de 50,7 para 51,2.

Os lockdowns contra a Covid-19 na China e a invasão russa da Ucrânia afetaram as cadeias de abastecimento que estavam se recuperando da pandemia, elevando os custos e limitando o acesso às matérias-primas.

Rússia pagará serviço da dívida externa em rublos, diz ministério

A Rússia pagará o serviço de sua dívida externa em rublos, que poderão ser convertidos na moeda dos eurobônus originais em uma data posterior, disse na quarta-feira (25) o Ministério das Finanças russo.

O Ministério disse que a decisão dos Estados Unidos de não prorrogar a isenção que permite à Rússia pagar o serviço de seus bônus em moedas estrangeiras afetará primeiro os investidores estrangeiros.

Lagarde ganha aliados importantes para planos de aperto monetário do BCE

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, ganhou aliados importantes para seu plano de elevar os juros acima do território negativo até o final do terceiro trimestre, mesmo depois que um dos membros de seu próprio conselho expressou na quarta-feira (25) algum ceticismo sobre o caminho de política monetária à frente.

Com o aumento da inflação, Lagarde disse nesta semana que a taxa de depósito de -0,5% do BCE deve começar a subir em julho e pode estar em zero ou “ligeiramente acima disso até o final de setembro, antes de avançar ainda mais “em direção à taxa neutra”.

O presidente do Banco Central holandês, Klaas Knot, um dos membros mais conservadores do Conselho de Diretores do BCE, disse que apoia totalmente este plano, e Olli Rehn, chefe do banco central da Finlândia, também expressou apoio a aumentos de juros durante o verão (no Hemisfério Norte), assim como o próprio economista-chefe do BCE, Philip Lane.

“Estou totalmente de acordo, apoio totalmente tudo o que está no blog (de Lagarde), acho que ele traça bem o curso da política monetária”, disse Knot a um painel do Fórum Econômico Mundial em Davos.

Knot disse anteriormente que uma alta de 0,5 ponto percentual nos juros em julho deve continuar sendo uma possibilidade, mas seus comentários na quarta-feira (25) sugerem suporte a ajustes menores, de 0,25 ponto, em linha com um pedido de Lagarde por gradualismo.

Falando em Helsinque, Rehn, considerado por alguns como “dove”, ou inclinado a apoiar uma política monetária que favorece juros mais baixos, disse que também defende aumentos de 0,25 ponto em julho e setembro.

Já Lane disse que a trajetória de aumento dos custos dos empréstimos traçada por Lagarde foi “clara e robusta”, mas alertou que qualquer movimento além de setembro dependerá de como a inflação se desenvolve e dos impactos da guerra na Ucrânia.

Fabio Panetta, “dove” de opinião clara, tem uma visão um pouco diferente, e argumentou que a normalização da política monetária não deve ser equiparada a trazer as taxas de juros de volta a um ambiente neutro. Em vez disso, ele disse que o objetivo deve ser consolidar a inflação na meta de 2% do BCE.

Rússia realizará reunião extraordinária para definir juros conforme inflação diminui

O Banco Central da Rússia realizará uma reunião extraordinária na quinta-feira (26) para avaliar o nível de sua principal taxa de juros, disse o banco nesta quarta-feira, à medida que as expectativas inflacionárias caem e a alta do rublo minimiza o crescimento dos preços

O Banco Central reduziu a taxa de juros duas vezes, cada uma em 3 pontos percentuais, para 14%, desde um aumento de emergência no final de fevereiro para 20%.

Dados recentes sobre a inflação permitem que o banco central reduza ainda mais os juros para sustentar a economia prejudicada por sanções, dizem analistas.

O Banco Central, que tem sua próxima reunião para definição de juros programada para 10 de junho, publicará o comunicado na quinta-feira (26) após a reunião extraordinária. Ele não forneceu mais detalhes em comunicado nesta quarta-feira.

A inflação semanal russa caiu para 0,05% na semana até 13 de maio, diminuindo de 0,12% uma semana antes e bem abaixo dos 2,22% atingidos no início de março. Isso diminuiu a inflação anual para 17,69%, que, no entanto, permanece em seus níveis mais altos em quase duas décadas.

Sanções da UE não devem prejudicar a classe média, adverte o primeiro-ministro belga Alexander De Croo

As sanções da UE devem prejudicar mais a Rússia do que os cidadãos europeus, alertou o primeiro-ministro belga Alexander De Croo.

“Sua política externa só pode sobreviver se sua classe média ainda for capaz de defendê-la”, disse De Croo à Euronews em entrevista no Fórum Econômico Mundial em Davos.

“Ter a adesão de nossa população é uma coisa importante porque temo que estejamos em um longo período de instabilidade e precisamos garantir que as pessoas não estejam sofrendo muito”.

Seus comentários vêm no meio das negociações em torno de uma proposta paralisada de introduzir uma proibição em toda a UE de todas as importações de petróleo russo. O embargo, peça central do sexto pacote de sanções da UE, é considerado a medida mais radical e consequente tomada pelo bloco desde que a Rússia lançou a invasão da Ucrânia.

A Hungria, um país sem litoral que depende fortemente de oleodutos operados pela Rússia, emergiu como o oponente mais veemente e até agora se recusou a aprovar a proibição. A Eslováquia, a República Checa e a Bulgária também levantaram objecções. As sanções da UE exigem a unanimidade dos 27 estados membros.

De Croo disse ser a favor do embargo, mas ressaltou que, dada a magnitude econômica da medida, as preocupações “legítimas” de todos os países devem ser levadas em consideração.

“Todo mundo está olhando para a Hungria hoje, mas não é apenas a Hungria que tem dificuldades com a proibição total do petróleo. Alguns países estão sem litoral e terão dificuldades para ter acesso a gasolina para seus carros”, disse De Croo.

Se tomarmos sanções, o princípio básico sempre foi que precisa machucar do outro lado e precisamos mitigar o impacto do nosso lado o máximo possível.

“Nossa classe média está sofrendo e não é fácil nos dias de hoje. Os preços da energia estão subindo. Então, se há preocupações com a segurança do abastecimento, com os preços, vamos enfrentá-los.”

De Croo parecia confiante de que a proposta “passaria da linha” nos próximos dias.

Uma cúpula de dois dias da UE está programada para ocorrer no início da próxima semana, mas o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, pediu formalmente a retirada do embargo de energia da agenda. Diplomatas esperavam que a cúpula fosse o momento de alcançar o tão necessário avanço.

“Eu preferiria tomar uma decisão sobre a proibição do petróleo”, disse De Croo, “mas, ao mesmo tempo, também saber como vamos lidar com as repercussões de tal decisão?”

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (23), as bolsas asiáticas fecharam mistas, à medida que persistem temores com a perspectiva de enfraquecimento da economia global. O clima na Ásia e em outras partes é de cautela, uma vez que a inflação elevada, aumentos de juros, a desaceleração da China em meio ao combate contra a Covid-19 e a guerra na Ucrânia pesam na economia global, que pode até enfrentar uma recessão este ano, segundo o Instituto de Finanças Internacionais. O índice Xangai teve alta de 0,01%, a 3.146,86 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,98%, a 27.001,52 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,19%, a 20.470,06 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,58%, a 4.053,98 pontos.

Na terça-feira (24), as bolsas asiáticas fecharam em queda, à medida que restrições mais duras contra a Covid-19 em Pequim, a capital chinesa, realimentaram preocupações com a desaceleração da segunda maior economia do mundo. O índice Xangai teve queda de 2,41%, a 3.070,93 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,94%, a 26.748,14 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,75%, a 20.112,10 pontos. O índice CSI300 teve queda de 2,34%, a 3.959,15 pontos.

Na quarta-feira (25), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, após sinais de que a China dará mais estímulos para impulsionar a economia em meio à sua pior onda de Covid-19. Após os tombos de terça-feira (24), os mercados chineses se recuperaram parcialmente. O índice Xangai teve alta de 1,19%, a 3.107,46 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,26%, a 26.677,80 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,29%, a 20.171,27 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,61%, a 3.983,18 pontos.

Na quinta-feira (26), as bolsas asiáticas fecharam mistas, após o Federal Reserve confirmar ontem planos de seguir elevando juros em ritmo acelerado, mas possíveis estímulos adicionais continuaram sustentando os mercados chineses. O índice Xangai teve alta de 0,50%, a 3.123,11 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,27%, a 26.604,84 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,27%, a 20.116,20 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,25%, a 3.993,04 pontos.

Índia considera gastar mais US$ 26 bilhões para enfrentar inflação, dizem fontes

O governo indiano está considerando gastar mais 2 trilhões de rúpias (26 bilhões de dólares) no ano fiscal 2022/23 para proteger consumidores da alta dos preços e enfrentar uma elevada inflação de vários anos, disseram duas autoridades do governo à Reuters.

As novas medidas dobrarão o impacto de 1 trilhão de rúpias às receitas do governo por cortes de impostos em petróleo e diesel anunciados pelo ministro das Finanças no sábado, de acordo com as duas autoridades.

A inflação no varejo da Índia subiu ao seu maior patamar em oito anos em abril, e a inflação no atacado está em seu maior nível em pelo menos 17 anos, uma grande dor de cabeça ao governo do primeiro-ministro Narendra Modi antes das eleições para várias assembleias estaduais este ano.

“Estamos totalmente focados em reduzir a inflação. O impacto da crise na Ucrânia foi pior que qualquer um poderia imaginar”, disse uma autoridade, que não quis se identificar.

O governo estima que mais 500 bilhões de rúpias em fundos adicionais serão necessárias para subsidiar fertilizantes, da atual estimativa de 2,15 trilhões de rúpias, afirmaram as duas autoridades.

O governo também pode apresentar outra rodada de cortes de impostos em petróleo e diesel se o óleo bruto continuar a subir, que podem significar um impacto adicional de 1 trilhão a 1,5 trilhão de rúpias no ano fiscal 2022/23 que começou em 1º de abril, afirmou a segunda autoridade.

As duas autoridades não quiseram ser identificadas porque não estão autorizadas a divulgar os detalhes. O governo não comentou o assunto em um primeiro momento, fora do horário comercial.

JPMorgan reduz previsão de crescimento da China de 4,3% para 3,7%

O banco de investimento norte-americano JPMorgan cortou na segunda-feira (23) sua previsão de crescimento da China para o ano inteiro de 4,3% para 3,7%, dizendo que uma contração mais profunda do que a esperada é agora provável neste trimestre devido aos lockdowns contra a Covid-19 do país.

O corte leva a estimativa do JPMorgan bem abaixo dos 5,5% que Pequim disse esperar alcançar este ano e abaixo do nível de 4% que outro grande banco de investimento norte-americano, o Goldman Sachs, previu na semana passada.

“No lado positivo, o período mais sombrio pode ter ficado para trás”, disseram os analistas do JPMorgan, apontando para uma queda no número de novos casos de Covid-19 na China na semana passada.

Governo chinês se compromete com pacote de estímulo fiscal de 33 medidas

O governo chinês se comprometeu com um grande pacote de estímulo fiscal, com o objetivo de reviver uma economia em crise gravemente atingida nos últimos meses pelos bloqueios da Covid-19.

O gabinete foi citado por agências de notícias locais dizendo que implementará uma lista de 33 medidas em seis áreas, incluindo benefícios fiscais mais amplos para empresas, aumento da oferta de crédito para pequenas e médias empresas e cortes em impostos para compras de automóveis.

As medidas são as mais recentes de uma série coordenada de medidas destinadas a sustentar a economia, após uma flexibilização modesta da política monetária na sexta-feira, quando o banco central cortou sua taxa básica de cinco anos, uma referência para empréstimos hipotecários de longo praz, em 15 pontos base.

Pequim priorizou conter o vírus Covid-19 sobre a economia nos últimos dois meses, impondo bloqueios drásticos e prolongados em cidades como Xangai e Zhenjiang e na província de Jilin, no Nordeste. Crescem os temores de que a capital Pequim seja a próxima cidade a sofrer o mesmo destino, depois de relatar seu maior número diário de novas infecções ainda no fim de semana.

O gabinete disse que alocaria 60 bilhões de yuan (US$ 9 bilhões) para uma redução gradual nos impostos sobre alguns carros de passeio. Embora os relatórios iniciais não especifiquem quais carros, os analistas assumiram que se referirão a veículos elétricos.

Além disso, disse que queria um aumento ordenado do tráfego aéreo doméstico, que caiu para seu nível mais baixo desde o início de 2020 devido às várias restrições à mobilidade.

Os relatórios da declaração do gabinete continuaram a sugerir uma tensão não resolvida entre o desejo de estimular a atividade e o desejo de controlar a Covid.

Os telegramas disseram que o gabinete pediu aos “departamentos relevantes” que refinem as medidas do pacote item por item o mais rápido possível e anunciem sua implementação, mas acrescentaram que devem garantir que as políticas introduzidas “estão alinhadas com as realidades locais”.

Coreia do Sul despacha jatos após aviões de guerra chineses e russos entrarem na zona de defesa aérea

Os militares da Coreia do Sul disseram que despacharam caças depois que pelo menos quatro aviões de guerra chineses e quatro russos entraram em sua zona de defesa aérea na terça-feira (24).

As aeronaves russas e chinesas entraram e saíram da Zona de Identificação de Defesa Aérea da Coreia (Korea ADIZ) no Mar do Japão, conhecido na Coreia como Mar do Leste, várias vezes ao longo do dia, de acordo com o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS).

A aeronave, que incluía caças e bombardeiros de cada lado, não violou o espaço aéreo da Coreia do Sul, acrescentou o JCS.

Os militares sul-coreanos enviaram caças da força aérea para “implementar medidas táticas” para se preparar para uma potencial contingência.

Ao contrário do espaço aéreo, uma ADIZ é geralmente uma área onde os países podem exigir unilateralmente que aeronaves estrangeiras tomem medidas especiais para se identificarem, sem leis internacionais que regem as ADIZs.

A incursão de terça-feira foi a primeira relatada desde que o novo presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol assumiu o cargo em 10 de maio, e criticou a guerra da Rússia na Ucrânia.

Moscou não reconhece a Coreia ADIZ, enquanto Pequim disse que a área não é espaço aéreo territorial e todos os países devem desfrutar de liberdade de movimento lá.

Em 2019, aviões de guerra sul-coreanos dispararam centenas de tiros de advertência contra aeronaves militares russas quando entraram no espaço aéreo sul-coreano durante uma patrulha aérea conjunta com a China.

Fabricante vietnamita de veículos elétricos VinFast mudará sede para Cingapura antes do IPO

A vietnamita VinFast está mudando sua sede para Cingapura enquanto a nova fabricante de veículos elétricos (EV) se prepara para uma listagem pública e a primeira produção de carros para os mercados norte-americano e europeu, disse seu presidente-executivo à Reuters.

A unidade de três anos do conglomerado Vingroup JSC começará a construir seu veículo utilitário esportivo (SUV) VF8 na próxima semana, suas próprias baterias EV em agosto e uma fábrica de US$ 4 bilhões nos EUA até o final do verão, disse Le Thi Thu Thuy em uma entrevista.

Enquanto isso, a VinFast entrou com um pedido de oferta pública inicial (IPO) nos Estados Unidos por meio de uma holding sediada em Cingapura, embora as condições do mercado possam levar o acordo até 2023, disse o Vingroup no início deste mês.

“Sentimos que Cingapura é uma jurisdição que dará mais confiança aos investidores”, disse Thuy sobre sua empresa atualmente sediada em Hanói. “Nós nos colocamos no lugar dos investidores.”

A controladora Vingroup é a maior empresa listada do Vietnã por capitalização de mercado, com negócios tão variados quanto varejo e imóveis. Criou a VinFast em 2019 para construir carros convencionais movidos a gasolina antes de mudar exclusivamente para EVs em 2021.

Embora o mercado esteja lotado de montadoras estabelecidas competindo com uma miscelânea de startups, o Vingroup em maio ainda disse que viu uma escassez global de veículos elétricos, o que considerou uma “chance de ouro”.

Com uma linha local de apenas um pequeno EV, o e34, a VinFast investiu pesadamente no desenvolvimento de modelos para o exterior.

“Vamos entregar carros para o mercado internacional até o final do ano”, disse Thuy, começando com o VF8. “Todo o nosso esforço está no início da produção do VF8.”

Kuroda diz que a inflação global crescente está entre desafios para Bancos Centrais

O presidente do Banco Central do Japão, Haruhiko Kuroda, disse na quarta-feira (25) que um “salto global” da inflação está entre os principais desafios para os bancos centrais, o que provavelmente levará a diferentes respostas de política monetária de país para país.

O atual aumento da inflação é impulsionado tanto por restrições de oferta quanto por uma forte recuperação da demanda observada em alguns países após a crise induzida pela pandemia, disse Kuroda.

No Japão, a demanda reprimida das famílias e o crescimento dos salários foram modestos em comparação com os Estados Unidos e países europeus, disse ele.

“Dadas essas diferenças nos efeitos de oferta e demanda, a resposta apropriada da política monetária também será diferente entre os países”, disse Kuroda em discurso durante seminário acadêmico organizado pelo banco central japonês.

“Um desafio comum para cada país é determinar a magnitude e a persistência da pressão inflacionária.”

Outro desafio enfrentado pelos bancos centrais é o aumento do risco geopolítico desencadeado pela invasão russa da Ucrânia, que elevou os preços das commodities e levou a uma inflação mais alta em todo o mundo, disse Kuroda.

As mudanças estruturais trazidas pela pandemia, como a reorganização das cadeias de suprimentos e o aumento da desigualdade de renda, também podem afetar a taxa de crescimento potencial de uma economia e “ter implicações na eficácia da política monetária e nas respostas apropriadas”, disse Kuroda.

“Os bancos centrais devem, portanto, prestar muita atenção às mudanças na estrutura econômica e seu potencial impacto nos preços e na economia real”, acrescentou.

Governo do Japão pedirá a BC para atingir meta de inflação de forma sustentável

O governo do Japão pedirá ao Banco Central para atingir sua meta de 2% de inflação de uma forma “sustentável e estável”, mostrou o esboço de seu esquema de longo prazo visto pela Reuters.

Esta foi uma mudança em relação ao perfil atual, que expressa a esperança de que o Banco do Japão mantenha uma política ultrafrouxa para atingir a meta de 2% de inflação.

Um aumento nos preços das commodities impulsionado pela guerra na Ucrânia elevou o núcleo da inflação no Japão, que exclui alimentos frescos, mas inclui custos de energia, para 2,1% em abril, excedendo a meta de 2% do banco central pela primeira vez em sete anos.

Analistas esperam que a inflação ao consumidor permaneça em torno de 2% durante a maior parte deste ano, já que mais empresas repassam custos mais altos para as famílias através de aumentos de preços. Mas a demanda geral permanece fraca.

O ajuste na linguagem enfatiza a esperança do governo de que o Banco do Japão mantenha a taxa de juros baixa até que haja mais pistas de que o aumento esperado da inflação será sustentado, em vez de responder ao aumento dos preços agora com um aperto imediato.

“O governo continuará a conduzir uma política macroeconômica flexível … com uma estrutura que combine uma política monetária ousada, uma política fiscal flexível e uma estratégia de crescimento destinada a fomentar o investimento privado”, disse a minuta.

“Esperamos que o Banco do Japão atinja sua meta de 2% de inflação de forma sustentável e estável, de olho na evolução econômica, de preços e financeira”, disse.

China se esforçará por crescimento econômico razoável no 2° trimestre, diz premiê

A China se esforçará para alcançar um crescimento econômico razoável no segundo trimestre, disse o primeiro-ministro do país, Li Keqiang, segundo a mídia estatal.

A China também buscará reduzir sua taxa de desemprego o mais rápido possível, disse Li em uma reunião nacional sobre a estabilização da economia.

Os indicadores econômicos da China enfraqueceram significativamente desde março, especialmente em abril, disse Li, acrescentando que as dificuldades econômicas em alguns aspectos foram ainda maiores do que em 2020, quando a economia foi atingida pela primeira vez pelo surto de Covid-19.

Muitos economistas do setor privado esperam que a economia chinesa encolha neste trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, em comparação com crescimento de 4,8% registrado no primeiro trimestre.

A China divulgará diretrizes detalhadas de implementação de um pacote de medidas para estabilizar o crescimento até o final de maio, acrescentou Li.

O gabinete chinês anunciou na segunda-feira um pacote de medidas, incluindo a ampliação de abatimentos de créditos fiscais, adiamento de pagamentos à previdência social e pagamentos de empréstimos e o recrutamento de novos projetos para apoiar a economia.

Emir diz que Qatar está pronto para contribuir com todos os esforços de mediação entre Rússia e Ucrânia

O emir do Catar disse na segunda-feira (23) que está pronto para contribuir com todos os esforços internacionais e regionais para encontrar uma solução pacífica imediata para o conflito na Ucrânia.

Discursando no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o xeique Tamim bin Hamad Al-Thani disse que a resolução de disputas por meio da agressão está em alta e que está em contato com todas as partes envolvidas na crise ucraniana.

“Nunca devemos desistir de tentar unir os partidos. Enquanto acreditarmos que nossos esforços podem salvar uma única vida, nossas tentativas de mediação valerão a pena”, disse o emir.

Ele expressou simpatia pelos milhões de pessoas que foram forçadas a fugir de suas casas devido ao conflito, independentemente de sua raça e religião.

“Consideramos o valor de cada vida europeia tão precioso como alguém da nossa região. “Somos solidários com os milhões de refugiados inocentes que são vítimas desta guerra europeia e as vítimas de todas as outras guerras que estão acontecendo agora, vítimas de todas as raças, nacionalidades e religiões. Quero que ajudemos todos eles.”

Sheikh Tamim também destacou o sofrimento do povo palestino “que está ocupado há décadas sem nenhum alívio à vista.

“Como aplicamos corretamente o foco do laser para encontrar uma solução diplomática para a crise ucraniana, espero que possamos dar a mesma atenção e esforço para resolver todos esses conflitos esquecidos ou ignorados.

“O exemplo mais claro está na Palestina, que tem sido uma ferida aberta desde o estabelecimento das Nações Unidas. A escalada na agressão ilegal aos assentamentos tem sido implacável, e o mesmo vale para os contínuos ataques contra o povo palestino”, disse o xeque Tamim.

Para aplausos da plateia, o emir prestou homenagem ao veterano jornalista palestino-americano Shireen Abu Akleh, que foi morto em Jenin enquanto cobria ataques israelenses em um campo de refugiados na Cisjordânia em 11 de maio.

“Shireen cobriu o sofrimento do povo palestino por décadas e nossos corações estão partidos. Sua morte foi tão horrível quanto os sete jornalistas mortos na Ucrânia desde março deste ano, 18 outros jornalistas mortos na Palestina desde 2000 e muitos outros jornalistas mortos no cumprimento do dever no Iraque, Síria e Iêmen”, disse.

O emir criticou os governos por exibir padrões duplos sobre o valor das pessoas com base em sua religião, região ou raça.

“No século 21, não devemos tolerar essas agressões e não devemos aceitar um mundo onde os governos tenham padrões duplos sobre o valor das pessoas com base em sua religião, região ou raça”, disse ele.

Ele também criticou o que chamou de ataques sem precedentes ao Catar se tornar o primeiro país árabe a sediar a Copa do Mundo da FIFA.

Riyadh espera ‘elaborar um acordo com a Opep+ que inclua a Rússia’, diz ministro da Energia

O ministro da Energia saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, disse que Riyadh “esperava chegar a um acordo com a Opep+, que inclui a Rússia”.

Em conversa com o Financial Times, o ministro disse que a política deve ser mantida fora da OPEP+ e insistiu que “o mundo deve valorizar” a aliança dos produtores de petróleo.

Os preços do petróleo atingiram seus níveis mais altos em uma década, um conjunto de cotas de produção da OPEP + implementadas em abril de 2020 deve expirar em três meses.

O príncipe Abdulaziz disse que era muito cedo para dizer como seria um novo acordo, dadas as incertezas do mercado, mas acrescentou que a Opep + aumentaria a produção “se houver demanda”.

“Com o caos que você vê agora, é muito prematuro tentar identificar (um acordo)”, disse ele na entrevista. “Mas o que sabemos é o que conseguimos entregar é suficiente para as pessoas dizerem que até agora há um mérito, há um valor de estar lá, trabalhando juntos.”

A OPEP + manteve seu acordo de 2020, segundo o qual os membros da aliança aumentam a produção total a cada mês na modesta quantidade de 430.000 barris por dia. Mas a produção da Rússia caiu desde o início da guerra na Ucrânia, caindo de cerca de 11 milhões de barris por dia em março para uma média de 10 milhões de bpd em abril, segundo o provedor de dados OilX.

O príncipe Abdulaziz culpou a alta dos preços pela falta de capacidade global de refino e impostos. “O determinante do mercado é a capacidade da refinaria e como você a libera”, disse ele. “Pelo menos nos últimos três anos, o mundo inteiro perdeu cerca de 4 milhões de barris de capacidade de refino, 2,7 milhões deles apenas desde o início da Covid-19.”

Sindicato da Tunísia convoca greve nacional por salários e economia

O sindicato dos trabalhadores da Tunísia disse que realizará uma greve nacional por causa dos salários e da economia depois de se recusar a participar de um diálogo limitado proposto pelo presidente enquanto ele reescreve a Constituição.

Com mais de um milhão de membros, a UGTT é a força política mais poderosa da Tunísia e seu pedido de greve pode representar o maior desafio ainda para o presidente Kais Saied após sua tomada de amplos poderes e movimentos para o governo de um homem só.

Saied se concentrou em sua agenda política desde o verão passado, quando ignorou o parlamento e desconsiderou a maior parte da constituição democrática da Tunísia para dizer que governaria por decreto, apesar da crise econômica que se aproximava.

Os opositores do presidente o acusam de minar as conquistas democráticas da revolução de 2011 que desencadeou a Primavera Árabe, mas ele diz que suas medidas foram legais e necessárias para salvar a Tunísia de uma crise política prolongada.

O sindicato exigiu um diálogo nacional significativo sobre reformas políticas e econômicas, mas rejeitou a proposta de Saied de se juntar a um pequeno grupo consultivo de outras organizações da sociedade civil que poderiam apresentar ideias de reforma.

“Rejeitamos qualquer diálogo formal em que os papéis sejam determinados unilateralmente e do qual as forças civis e políticas sejam excluídas”, disse o porta-voz da UGTT, Sami Tahri.

Os principais partidos políticos da Tunísia se comprometeram a combater a decisão de Saied de excluí-los das principais reformas políticas, incluindo a redação de uma nova constituição, e o acusaram de tentar consolidar o regime autocrático. Achaab, o jornal do sindicato, disse que Saied se reuniu com o líder da UGTT no domingo (22) e informou que ele insistiu que o diálogo será na fórmula atual que ele propôs.

Egito promete ajudar na reconstrução da Líbia

O chefe da Organização Árabe para a Industrialização, com sede no Egito, disse que “participará com suas várias empresas e fábricas na iniciativa de reconstruir a Líbia”.

Abdel Moneim Al-Terras acrescentou: “O Estado egípcio acredita na necessidade de cumprir seu dever nacional de apoiar os irmãos na Líbia”.

Ele disse: “Delegados do governo egípcio realizaram visitas exploratórias na Líbia, para determinar os setores prioritários em que as empresas egípcias podem trabalhar, como parte dos planos de reconstrução”.

O vice-primeiro-ministro líbio, Ali Faraj Al-Qatrani, disse que a reconstrução é uma prioridade para seu governo, que apoiará todas as empresas que desejam participar.

Enquanto isso, o Sindicato de Engenheiros do Egito assinou um protocolo de cooperação com o Sindicato Geral das Profissões de Engenharia da Líbia.

Tarek Al-Nabarawy, presidente do sindicato egípcio, disse que o protocolo inclui a troca de experiências.

Irã mina sistematicamente a estabilidade da região, diz presidente israelense ao WEF

O Irã mina sistematicamente a estabilidade da região e Israel não pode aceitar a busca de Teerã por capacidades nucleares, disse o presidente israelense Isaac Herzog ao Fórum Econômico Mundial. “Israel está ansioso para compartilhar sua prosperidade e sucesso com todos os seus vizinhos para quebrar as barreiras impostas pela influência do Irã. Eu realmente acredito que, se escolhermos apenas as forças da luz, o caminho para um futuro brilhante e drasticamente diferente está mais próximo do que podemos imaginar”, disse Herzog. Ele acrescentou que os israelenses sempre estenderão suas mãos pela paz aos seus vizinhos do “Levant ao Golfo, do Magrebe ao Mashreq, de nossos vizinhos imediatos, os palestinos, a todo o mundo muçulmano, e também a todo o continente africano, e todo o Oriente Médio.”

“O regime iraniano mina sistematicamente a estabilidade da região. Israel e todas as nações do mundo não podem aceitar a busca do Irã por capacidades nucleares, reconhecendo a ameaça que representa para Israel e todo o Oriente Médio”, disse Herzog.

Ele disse que todo país ou região infiltrada pelo Irã teve “a vida sugada de seu povo e de sua terra”, acrescentando que Teerã espalha ódio, dor e sofrimento.

“A prosperidade, a liberdade humana, a criatividade e o crescimento foram todos apagados”, disse o presidente, apontando para o que aconteceu no Iraque, Iêmen, Gaza, Síria e Líbano.

Quando perguntado se a Arábia Saudita seguiria os passos de seus vizinhos do Golfo, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, na normalização das relações com Israel, Herzog disse que, embora o Reino seja um “país muito importante na região”, o processo de adesão aos Acordos de Abraham “tem seu tempo.” “Já abordei isso várias vezes no passado e nada mudou na forma como vemos o assunto. Acho que sempre vimos a normalização como o resultado final, mas o resultado final de um caminho”, disse o príncipe Faisal ao WEF.

“Acho que o Reino da Arábia Saudita é um país muito importante na região. E adoraríamos ver desenvolvimentos nessa direção, mas acho que é um processo que leva tempo”, comentou Herzog.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
27/05/2022