Cenário Econômico Internacional – 03/06/2022

Cenário Econômico Internacional – 03/06/2022

Cenário Econômico Internacional – 03/06/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

ONU alerta para níveis recordes de insegurança alimentar

A Guerra na Ucrânia agravou situação já preocupante ao impedir escoamento adequado da grande safra do país do Leste Europeu. Insegurança alimentar atinge 276 milhões de pessoas atualmente, o dobro de antes da pandemia. O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para um “novo recorde” nos níveis globais de fome e para o altíssimo número de pessoas em insegurança alimentar severa, que duplicou de 135 milhões, no período pré-pandemia, para 276 milhões atualmente. 

A já difícil situação se agravou ainda mais após o início da guerra na Ucrânia, que impossibilitou o escoamento adequado da grande produção de grãos no país do Leste Europeu e interrompeu cadeias de distribuição.  Guterres disse que está em “intenso contato” com Rússia, Ucrânia, Turquia, Estados Unidos e União Europeia, em um esforço para restaurar as exportações de grãos ucranianos à medida que a crise alimentar global se agrava. 

“Estou esperançoso, mas ainda há um caminho a percorrer”, afirmou Guterres, que visitou Moscou e Kiev no final do mês passado. “As complexas implicações de segurança, econômicas e financeiras exigem boa vontade de todos os lados”

Em reunião sobre segurança alimentar organizada pelos EUA, em Nova York, Guterres apelou à Rússia para permitir “a exportação segura de grãos armazenados nos portos ucranianos” e para que alimentos e fertilizantes russos, bem como os de Belarus, “tenham acesso total e irrestrito aos mercados mundiais”. 

A invasão da Ucrânia pela Rússia fez com que os preços globais de grãos, óleos de cozinha, combustível e fertilizantes disparassem. Segundo Guterres, isso piorará a crise alimentar, energética e econômica nos países pobres.  “Ameaça levar dezenas de milhões de pessoas à insegurança alimentar, seguida de desnutrição e fome em massa e escassez de alimentos, em uma crise que pode durar anos”, disse.

De acordo com Guterres, essa espiral de problemas terá um impacto devastador sobre as sociedades, como em crianças que podem sofrer os efeitos da má nutrição ao longo da vida, em “meninas que serão retiradas das escolas e forçadas a trabalhar ou a casar” e em “famílias que terão de embarcar em perigosas viagens continentais, apenas para sobreviver”.

Preços globais de carbono geram receita recorde de US$ 84 bilhões

A receita global de precificação de carbono em 2021 aumentou quase 60% em relação aos níveis de 2020, para cerca de US$ 84 bilhões, fornecendo uma importante fonte de fundos para ajudar a apoiar uma recuperação econômica sustentável, financiar reformas fiscais mais amplas ou investir em comunidades como parte do futuro da transição de baixo carbono, de acordo com o relatório anual do Banco Mundial “Estado e Tendências da Precificação do Carbono”.

O relatório, que apresenta os mais recentes desenvolvimentos de precificação de carbono em todo o mundo, constata que existem 68 instrumentos de precificação direta de carbono operando hoje: 36 impostos de carbono e 32 Sistemas de Comércio de Emissões (ETSs). Quatro novos instrumentos de precificação de carbono foram implementados desde o lançamento do relatório 2021 State and Trends of Carbon Pricing: um no Uruguai e três na América do Norte (Ontário, Oregon, New Brunswick). Os países que anunciam planos para novas políticas de precificação de carbono incluem Israel, Malásia e Botsuana.

Os preços do carbono atingiram recordes em muitas jurisdições, incluindo a União Europeia, Califórnia, Nova Zelândia, República da Coreia, Suíça e Canadá. No entanto, o relatório conclui que menos de 4% das emissões globais são atualmente cobertas por um preço direto do carbono na faixa necessária até 2030 para atingir a meta de temperatura do Acordo de Paris.

“O ano passado viu alguns sinais muito positivos, como o aumento significativo da receita que pode ser investida nas comunidades e no apoio à transição de baixo carbono. de novas regras para os mercados internacionais de carbono que foram acordadas na COP26 em Glasgow, o que ajuda a definir uma direção política mais clara”, disse Bernice Van Bronkhorst, Diretora Global de Mudanças Climáticas do Banco Mundial.  realmente aumentar a cobertura e os níveis de preços para liberar todo o potencial da precificação do carbono no apoio à descarbonização inclusiva.

Os principais tópicos abordados no Estado e tendências da precificação de carbono 2022 incluem abordagens transfronteiriças para precificação de carbono, desafios e oportunidades do aumento dos preços da energia e novas tecnologias e estruturas de governança que moldam os mercados de carbono.

O relatório foi lançado no Innovate4Climate, o principal evento anual do Grupo Banco Mundial sobre finanças climáticas, investimentos e mercados, realizado virtualmente este ano de 24 a 26 de maio. Agora em seu sexto ano, a conferência reúne líderes de governos, empresas, políticas, e finanças para discutir soluções inovadoras de financiamento climático.

ONU investe em parcerias para avançar missões de paz pelo mundo

O chefe da ONU contou que em 2022, o foco é o poder das parcerias que resultam da união de governos e sociedades para fortalecer o trabalho das missões de paz, resolver as diferenças através do diálogo, criando uma cultura pacífica.

A ONU tem 90 mil integrantes espalhados em 12 operações de paz pelo mundo, a maioria na África.

São homens e mulheres, civis e militares, que servem nas missões, juntando-se a um contingente total de mais de 1 milhão de capacetes azuis desde a criação da ONU em 1945.

Mas a realidade no terreno foi se transformando durante décadas, e a bandeira azul das Nações Unidas, antes respeitada por todas as partes do conflito, passou a ser alvo também da violência, como explicou o secretário-geral.

Guterres afirma que a crescente violência contra as forças de paz tem feito o trabalho ainda mais perigoso, assim como as restrições impostas durante a pandemia tornaram as missões mais difíceis.

Mesmo assim os boinas-azuis continuam com persistência e distinção.

Desde o início das operações de paz em 1948, a ONU já perdeu 4,2 mil integrantes das forças de paz em serviço.

Para Guterres, o sacrifício de cada um deles os torna heroínas e heróis da paz.

Pandemia reduziu progresso no acesso à energia no mundo

A pandemia de Covid-19 reduziu o progresso rumo ao acesso universal à energia, especialmente na eletrificação da África, e a crise causada pela guerra na Ucrânia pode agravar a situação, alertaram diversas agências internacionais.

“No ritmo atual, 670 milhões de pessoas ficarão sem energia elétrica até 2030, ou seja, 10 milhões a mais do que o cálculo estabelecido no ano passado”, consideram a ONU, o Banco Mundial, a Agência Internacional de Energia (AIE) e a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) em um comunicado.

Esses organismos publicaram um relatório sobre o progresso em direção ao acesso universal à energia acessível e sustentável até 2030 e concluem que o mundo não está no caminho certo para alcançar a meta.

Atualmente, 733 milhões de pessoas, 570 milhões delas na África subsaariana, não têm acesso à eletricidade.

O relatório destaca os efeitos negativos da pandemia devido a bloqueios, interrupções na cadeia de suprimentos e novas prioridades orçamentárias.

A eletrificação progrediu de forma constante, mas o ritmo diminuiu nos últimos anos.

A parcela da população mundial com acesso à eletricidade aumentou de 83% em 2010 para 91% em 2020, mas nas taxas atuais dificilmente aumentará para 92% em 2030.”São os países mais vulneráveis e os que já estavam atrasados em termos de acesso à energia os mais afetados”, salientam os autores.

Soma-se às dificuldades da pandemia a invasão da Ucrânia pela Rússia, que resultou no aumento dos preços da energia.

“Quase 90 milhões de pessoas na Ásia e na África, para quem o acesso à eletricidade se tornou uma realidade, não podem pagar pelo consumo básico de energia”, segundo o relatório.

“Serão necessárias soluções financeiras massivas e inovadoras da comunidade internacional para superar essas dificuldades e alcançar as metas de desenvolvimento sustentável”, concluiu Fatih Birol, diretor executivo da AIE.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (30), as bolsas de valores de Nova York não tiveram operações, devido ao feriado Memorial Day.

Na terça-feira (31), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, após um rali na semana passada, conforme negociações voláteis do petróleo mantiveram a inflação elevada em foco e investidores reagiram a duros comentários de uma autoridade do Federal Reserve. O índice Dow Jones teve queda de 0,67%, a 32.990,12 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,63%, a 4.132,15 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,41%, a 12.081,39 pontos.

Na quarta-feira (01), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, à medida em que as preocupações com a inflação e uma possibilidade de desaceleração da economia norte-americana geraram cautela para investidores. A sequência de aperto monetário Federal Reserve é alvo de atenção, em um dia no qual dirigentes voltaram a reforçar os sinais de novas altas de juros pela autoridade. O índice Dow Jones teve queda de 0,54%, a 32.813,23 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,75%, a 4.101,23 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,72%, a 11.994,46 pontos.

Na quinta-feira (02), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, depois que a Microsoft cortou suas perspectivas de lucro inesperadamente, enquanto investidores digeriam comentários de uma autoridade do Federal Reserve que pareceram reduzir o otimismo recente sobre eventual pausa no ciclo de aumento de juros do Banco Central norte-americano. Por volta das 14h18, o índice Dow Jones registrava alta de 0,57%, a 32.998,74 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 1,07%, a 4.145,07 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 1,87%, a 12.783,30 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 27.05.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (27) cotado a R$ 4,7384 com queda de 0,49%. Com isso, o dólar emendou a terceira semana consecutiva de baixa, mais longa série do tipo desde o começo de abril. O real teve no acumulado dos últimos cinco dias o melhor desempenho dentre alguns de seus principais pares emergentes.

Na segunda-feira (30) – O dólar à vista registrou alta de 0,33%, cotado a R$ 4,7536 na venda. Num dia de menor volume de negócios e sem a referência dos mercados norte-americanos, fechados por causa de feriado, o que abriu espaço para volatilidade às vésperas da formação da Ptax de fim de mês. O dólar oscilou entre R$ 4,7561 na máxima e R$ 4,6911 na mínima.

Na terça-feira (31) – O dólar à vista registrou queda de 0,02%, cotado a R$ 4,7526 na venda. Depois de oscilar entre perdas e ganhos num dia sem direção comum nos mercados globais de câmbio e ao fim de um mês instável marcado por preocupações com desaceleração econômica global. O dólar oscilou entre R$ 4,778 na máxima e R$ 4,6985 na mínima.

Na quarta-feira (01) – O dólar à vista registrou alta de 1,08%, cotado a R$ 4,8041 na venda. O dólar teve um dia de alta em todo o planeta após declarações de um diretor regional do Federal Reserve, que defendeu a continuidade do aumento dos juros nos Estados Unidos para combater a inflação, que está no maior nível em 40 anos. Os juros dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os papéis mais seguros do mundo, subiram, pressionando o marcado financeiro global. O dólar oscilou entre R$ 4,8145 na máxima e R$ 4,7225 na mínima.

Na quinta-feira (02) – Por volta das 14h18, o dólar operava em queda de 0,41% cotado a R$ 4,784 na venda. Embora tenha recuperado algum fôlego em relação às mínimas do dia, conforme investidores digeriam dados promissores, embora ligeiramente mais baixos que o esperado, sobre a atividade econômica brasileira.

Argentina corta imposto sobre salários médios para compensar inflação alta

A Argentina anunciou uma redução do imposto sobre os salários médios para adequá-lo aos reajustes salariais que ocorreram este ano em linha com a inflação alta que assola o país e pode ultrapassar 60% este ano.

A medida, exigida por sindicatos, gerou dúvidas no governo porque implica em uma arrecadação de impostos menor em um momento em que o país deve passar pela revisão de um acordo com o Fundo Monetário Internacional para a reestruturação de uma dívida de 44 bilhões de dólares.

Durante o anúncio, o ministro da Economia, Martín Guzmán, disse que 1,2 milhão de trabalhadores deixarão de pagar o imposto em comparação a 2019.

“Todo o esquema de políticas econômicas que realizamos é um esquema que transforma realidades (…) para que a Argentina continue no caminho da recuperação e da melhoria da capacidade de arrecadação”, acrescentou a autoridade.

A mudança no Imposto de Renda isentará do pagamento os funcionários que ganham até 280.792 pesos por mês (2.348 dólares, pelo câmbio oficial), que no último ano tiveram reajustes salariais em linha com a inflação e, portanto, pagavam um imposto mais alto, apesar de terem um poder de compra igual ou até menor.

Marido da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, é preso por dirigir embriagado

O marido da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, foi preso por suspeita de dirigir embriagado na noite de sábado (28) no condado de Napa, na Califórnia, depois de se envolver em um acidente de dois veículos, disse a Patrulha Rodoviária da Califórnia neste domingo. Paul Pelosi, de 82 anos, foi preso no Centro de Detenção do Condado de Napa depois de ser acusado de duas contravenções e a fiança foi fixada em US$ 5.000, de acordo com registros online da polícia e do condado. No domingo, ele não foi listado como preso.

A Patrulha Rodoviária da Califórnia disse que Pelosi estava dirigindo um Porsche 2021 e tentando atravessar a State Route-29, quando seu veículo foi atingido por um homem de 48 anos dirigindo um Jeep 2014. Ninguém ficou ferido, segundo a Polícia Rodoviária. O outro motorista não foi preso.

A lei da Califórnia proíbe os motoristas de operar um veículo com um nível de álcool no sangue acima de 0,08 gramas por decilitro de sangue.

Paul Pelosi não pôde ser encontrado imediatamente para comentar.

Nancy Pelosi estava em Rhode Island no domingo fazendo um discurso de formatura na Brown University.

Drew Hammill, seu porta-voz, disse: “O orador não comentará sobre este assunto privado que ocorreu enquanto ela estava na Costa Leste”.

Nancy e Paul Pelosi estão casados ​​desde 1963.

Corrida presidencial da Colômbia para segundo turno; esquerdista contra empresário

Em um golpe para a classe política colombiana, um ex-rebelde esquerdista e um empresário populista conquistaram os dois primeiros lugares nas eleições presidenciais do país no domingo e se dirigiram ao confronto do segundo turno em junho.

O senador de esquerda Gustavo Petro liderou o campo de seis candidatos com pouco mais de 40 por cento dos votos, enquanto o magnata imobiliário independente Rodolfo Hernández terminou em segundo lugar com mais de 28 por cento, disseram autoridades eleitorais na noite de domingo (29).

Um candidato precisava de 50% do total de votos para vencer a disputa realizada em meio a um ambiente polarizado e crescente descontentamento com o aumento da desigualdade e da inflação.

Não importa quem vença em 19 de junho, o país sul-americano há muito governado por conservadores ou moderados verá uma mudança dramática na política presidencial.

A Petro prometeu fazer ajustes significativos na economia, incluindo reforma tributária, e mudar a forma como a Colômbia combate os cartéis de drogas e outros grupos armados. Hernández, cuja vaga no segundo turno foi uma surpresa, tem poucas conexões com partidos políticos e promete reduzir gastos desnecessários do governo e oferecer recompensas para pessoas que denunciarem funcionários corruptos.

Olhando para as áreas onde Hernández venceu em alguns dos departamentos mais tradicionais do interior, “a rejeição do status quo mesmo entre muitos dos colombianos mais conservadores… realmente mostra um desgosto com o funcionamento tradicional da política colombiana”, disse Adam Isacson, especialista em Colômbia no think tank do Washington Office on Latin America.

O principal rival de Petro durante a maior parte da campanha foi Federico Gutierrez, um ex-prefeito de Medellín que era visto como candidato a continuidade e concorreu em uma plataforma pró-negócios de crescimento econômico. Mas Hernández começou a subir fortemente nas pesquisas recentes antes da eleição.

Houve uma série de vitórias políticas de esquerda na América Latina, pois as pessoas buscam mudanças em um momento de insatisfação com a situação econômica. Chile, Peru e Honduras elegeram presidentes de esquerda em 2021 e, no Brasil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera as pesquisas para a eleição presidencial deste ano. O México elegeu um presidente de esquerda em 2018.

Inflação menos pressionada nos EUA cria expectativa de alta menor de juro pelo Fed em setembro

Evidências de que a inflação nos Estados Unidos está esfriando não vão afastar as autoridades do Federal Reserve dos aumentos de 0,50 ponto percentual nas taxas de juros planejados para as próximas reuniões em junho e julho, mas podem levar a uma mudança para elevações menores das taxas em setembro, se a tendência continuar.

Um relatório do Departamento de Comércio dos EUA divulgado, mostrou que o índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) subiu 6,3% em abril em relação a um ano antes.

A taxa ainda é mais de três vezes a meta de 2% do Fed.

Embora os preços ainda estejam subindo, o ritmo do aumento desacelerou em relação ao mês anterior. A leitura do PCE de abril marcou a primeira desaceleração na medida desde novembro de 2020.

O núcleo do índice PCE, que exclui os preços de alimentos e energia visando oferecer uma leitura mais clara de pressões de preços mais persistentes, subiu 4,9%, novamente, uma taxa desconfortavelmente alta, mas um segundo mês consecutivo de moderação de um índice que pode ter encontrado seu pico ao bater 5,3% em fevereiro.

O declínio no núcleo da inflação é uma notícia particularmente boa para o banco central, assim como novas evidências de que os gastos das famílias continuam a crescer, apesar dos preços ainda em rápida ascensão. O relatório desta sexta-feira mostrou que os gastos do consumidor cresceram 0,9% no mês passado.

“Embora os níveis de inflação na faixa de 4% ainda sejam muito altos para o Fed, estamos vendo um movimento na direção certa”, escreveu em nota o economista Dan Hadden, da Nationwide. Contanto que a inflação continue se estabilizando ou moderando, “isso provavelmente dará ao (Fed) mais flexibilidade no fim deste ano”.

A grande esperança do Fed é passar por essa era de choques de preços e incertezas com, na pior das hipóteses, uma desaceleração no ritmo de crescimento, em vez de uma recessão total que cause um aumento dramático no desemprego.

Operadores de contratos futuros vinculados à taxa básica de juros do Fed mantinham apostas de que o banco central reduzirá a velocidade de aumentos de juros para 0,25 ponto percentual em setembro.

Para que isso aconteça, o restante do mundo precisará cooperar.

O impacto da guerra da Ucrânia sobre os preços mundiais das commodities e os bloqueios contra o Coronavírus em andamento na China são dois grandes riscos totalmente fora do controle do Fed.

As autoridades do banco central também dizem estar observando de perto as expectativas de inflação em busca de sinais de que a alta inflação de agora está se enraizando na psicologia doméstica e empresarial norte-americana. Dados recentes sugerem que esses riscos também não estão, pelo menos, piorando.

Enquanto isso, a equipe do Fed continua vendo a inflação pelo PCE moderando para 4,3% até o fim do ano e para 2,5% até o término do próximo ano, uma vez que um aperto “historicamente grande” das condições financeiras foi sentido em toda a economia, mostrou a ata do Fed nesta semana.

Congelamento de armas de fogo é o principal recurso da nova lei de armas de fogo do Canadá

O governo do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau apresentou uma legislação que congelaria a importação, compra ou venda de armas de fogo em todo o país.

O governo disse que o projeto de lei também permitiria a remoção de licenças de armas de pessoas envolvidas em atos de violência doméstica ou assédio criminal, como perseguição.

O governo também planeja combater o contrabando e o tráfico de armas aumentando as penalidades criminais, fornecendo mais ferramentas para investigar crimes de armas de fogo e fortalecendo as medidas de fronteira.

O projeto criaria uma nova lei de “bandeira vermelha”, permitindo que os tribunais exigissem que as pessoas consideradas um perigo para si mesmas ou para outras entregassem suas armas de fogo à polícia. O governo disse que a medida protegeria a segurança daqueles que se candidatam ao processo, geralmente mulheres em perigo de abuso doméstico, protegendo suas identidades.

O governo disse que exigirá que os pentes de fuzil sejam permanentemente alterados para que nunca possam conter mais de cinco cartuchos e proibirá a venda e a transferência de pentes de grande capacidade sob o Código Penal.

Trudeau há muito tem planos de promulgar leis mais duras sobre armas, mas a introdução da nova lei em potencial ocorre após tiroteios em massa em Uvalde, Texas, e Buffalo, NY, este mês.

Biden promete dar “espaço” a Powell para combater inflação

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, encontrou-se com o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, para discutir a inflação em alta histórica que está pesando sobre os bolsos dos norte-americanos, assegurando ao chefe do banco central liberdade de interferência política.

“O presidente destacou para o chair Powell na reunião o que ele tem ressaltado consistentemente, inclusive hoje, que respeita a independência do Federal Reserve”, afirmou o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Brian Deese, após uma reunião classificada por ele como “muito construtiva”.

Deese também sinalizou a “transição” à frente para a economia dos EUA, à medida que o Fed eleva a taxa básica de juros para níveis mais normais a fim de diminuir a demanda e aliviar pressões de preços, o que desacelerará o crescimento no processo.

“Nós percorremos esta primeira etapa da corrida em um ritmo muito rápido que nos colocou em uma posição forte em relação aos nossos pares, mas esta é uma maratona e temos de nos mover e mudar para um crescimento resiliente e estável”, disse Deese. “Nós podemos efetivamente enfrentar a inflação sem ter de sacrificar… todos esses ganhos (do mercado de trabalho).”

A reunião, a primeira desde a confirmação de Powell pelo Senado dos EUA no início deste mês para um segundo mandato à frente do Fed, ocorre no momento em que Biden busca reduzir os custos da gasolina, alimentos e bens de consumo que levaram a inflação a máximas em 40 anos.

Em breves comentários antes do encontro, Biden disse que estava se reunindo com Powell e a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, para “discutir minha principal prioridade, que é lidar com a inflação”.

O Banco Central espera que a inflação modere por conta própria, à medida que empresas resolverem problemas da cadeia de suprimentos complicados pela pandemia, por exemplo, e os consumidores migrarem seus gastos para serviços.

Mas Powell também deixou claro que a instituição financeira não conta mais com isso e aumentará a taxa de juros o quanto for necessário.

Ele vê a inflação alta como o principal risco econômico que o país enfrenta e controlá-la, como a principal prioridade do Fed durante seu segundo mandato, mesmo que o processo seja doloroso para famílias e empresas e eleve um pouco mais a taxa de desemprego.

CEO do JPMorgan alerta para “furacão” na economia norte-americana

O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, alertou na quarta-feira (01), que a economia enfrenta incerteza, em parte porque estímulos sem precedentes continuam a desempenhar um papel.

Ele afirmou que há um “furacão econômico se formando”. Por exemplo, disse ele, a guerra na Ucrânia continua a agitar os mercados de commodities e pode elevar os preços do petróleo acima de US$ 150 o barril. “Aquele furacão está bem ali na estrada vindo em nossa direção”, disse Dimon. “Só não sabemos se é uma pequena tempestade ou a Supertempestade Sandy. Você tem que se preparar”.

O CEO disse que os consumidores dos EUA ainda têm de seis a nove meses de poder de compra em suas contas bancárias. O chefe do maior banco do país disse que a recente queda na taxa de poupança dos americanos não alterou sua visão de que o estímulo pandêmico do governo ainda está enchendo as carteiras dos consumidores. Ele estimou que cerca de US$ 2 trilhões em fundos extras ainda estão esperando para serem gastos.

“Esse estímulo fiscal ainda está no bolso dos consumidores. Eles estão gastando”, disse ele em uma conferência de investidores. As famílias norte-americanas aumentaram os gastos pelo quarto mês consecutivo em abril, mas a taxa em que estavam economizando caiu para seu ponto mais baixo em 14 anos, segundo dados divulgados na semana passada. Isso levantou preocupações de que os consumidores estavam aproveitando as economias para acompanhar a inflação e que o estímulo da pandemia havia acabado.

Dimon disse que os dados estão fortemente distorcidos pelos impactos da inflação e pela mudança nos padrões de gastos do consumidor em bens e serviços. As famílias de baixa renda não são tão saudáveis, acrescentou. O JPMorgan disse em abril que seus clientes, muitos dos quais são ricos, estavam gastando mais em viagens e refeições. Dimon disse que o forte mercado de trabalho e os salários mais altos o impulsionariam.

Banco do Canadá aumenta a taxa de juros em 50 pontos básicos para 1,5%

O Banco do Canadá anunciou que aumentará sua taxa básica de juros em 50 pontos base, em um movimento que era amplamente esperado. A medida elevará a taxa básica de juros do banco para 1,5%, e é o segundo aumento consecutivo de 50 pontos base, enquanto o banco central tenta domar a inflação crescente. Na última contagem, a inflação estava em 6,8%, bem acima do mandato do Banco de 2%.

O Banco também anunciou que continuará a flexibilização quantitativa e alertou que será ainda mais “contundente” se necessário para combater a inflação, que observou ” persistir bem acima da meta e deve subir no curto prazo”.

“Com a economia em excesso de demanda e a inflação persistindo bem acima da meta e com expectativa de alta no curto prazo, o conselho de governo continua a julgar que as taxas de juros precisarão subir ainda mais”, disse o banco em seu comunicado de anúncio da taxa.

Os aumentos consecutivos marcam a primeira vez que o Banco do Canadá aumentou as taxas em 50 pontos base em decisões consecutivas em quase 25 anos.

Outra alta de 50 pontos base é esperada na próxima reunião do Banco em julho. Analistas esperam que a taxa seja de 3% até o final do ano.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (30), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, em uma sessão com liquidez limitada, com os mercados acionários em Nova York fechados por conta do Memorial Day. No radar das mesas de operação, estiveram indicadores da zona do euro e Alemanha, além de sinalização pelo Banco Central Europeu sobre alta de juros. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,59%, a 446,57 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,72%, a 6.562,39 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,79%, a 14.575,98 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,87%, a 6.294,98 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,03%, a 8.930,80 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,19%, a 7.600,06 pontos.

Na terça-feira (31), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, o embargo a boa parte do petróleo da Rússia pela União Europeia e seus impactos estiveram em foco, com analistas elevando o risco de recessão na zona do euro, enquanto alguns indicadores fracos reforçaram preocupações. Além disso, continua a haver expectativa por aperto monetário, diante da inflação persistente confirmada mais cedo, o que tende a pressionar as ações. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,72%, a 443,35 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,43%, a 6.468,80 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,29%, a 14.388,35 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,60%, a 6.257,50 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,89%, a 8.851,50 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,10%, a 7.607,66 pontos.

Na quarta-feira (01), as bolsas europeias fecharam em queda, com piora no fim do pregão na esteira da queda em Nova York. Falas da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e dirigentes estiveram no radar, além de indicadores macroeconômicos da zona do euro, Alemanha e Reino Unido. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,04%, a 438,72 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,77%, a 6.418,89 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,33%, a 14.340,47 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,42%, a 6.231,15 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,18%, a 8.747,20 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,98%, a 7.532,95 pontos.

Na quinta-feira (02), as bolsas europeias fecharam em alta, lideradas por empresas dos setores industrial e de luxo, mas os ganhos foram limitados por preocupações persistentes sobre a desaceleração do crescimento econômico e o avanço dos preços. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,57%, a 441,23 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,27%, a 6.500,44 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,01%, a 14.485,17 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,67%, a 6.189,66 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,04%, a 8.744,10 pontos. O índice FTSE 100 não teve operações devido ao feriado.

Confiança da zona do euro mal fica estável em maio, expectativas de inflação diminuem

O sentimento econômico da zona do euro ficou praticamente estável em maio, pois o otimismo um pouco maior nos serviços e entre os consumidores compensou a redução da confiança na indústria, de acordo com dados divulgados na segunda-feira (30).

A pesquisa mensal da Comissão Europeia mostrou que o sentimento econômico nos 19 países que compartilham o euro subiu de 104,9 em abril para 105,0 em maio. Economistas consultados pela Reuters esperavam uma leitura de 104,9 em maio.

O sentimento na indústria caiu para 6,3 pontos de 7,7 em abril, mas o otimismo em serviços, o maior setor da economia, subiu de 13,6 em abril para 14,0. A confiança dos consumidores melhorou de -22,0 para -21,1.

As expectativas de inflação dos consumidores, que atingiram um recorde histórico em março, continuaram a cair, recuando de 50,0 em abril para 45,6 em maio.

Inflação na Alemanha atinge nível mais alto em quase meio século

A inflação na Alemanha atingiu seu nível mais alto em quase meio século em maio, resultado dos preços da energia e dos alimentos que sobem cada vez mais desde o início da guerra na Ucrânia.

Os preços ao consumidor, harmonizados para torná-los comparáveis com os dados de inflação de outros países da União Europeia, aumentaram 8,7% na comparação anual, informou a Agência Federal de Estatísticas na segunda-feira (30).

A última vez que a inflação foi igualmente alta na Alemanha foi durante o inverno de 1973/1974, quando os preços do petróleo subiram como resultado da primeira crise do combustível, disse a agência.

O número, que superou os 8,0% previstos por analistas em uma pesquisa da Reuters, marca segundo mês consecutivo de máximas recordes, depois que o aumento de 7,8% em abril foi o maior em quatro décadas.

De acordo com a agência, os preços da energia aumentaram 38,3% em maio em comparação com o mesmo mês do ano anterior, enquanto os preços dos alimentos também aumentaram a uma taxa acima da média de 11,1%.

Holger Schmieding, economista-chefe do Berenberg Bank, disse que ainda há alguma pressão inflacionária por vir, devido aos bens afetados por gargalos de abastecimento e aos preços de alimentos.

Inflação acelera na zona do euro em abril; BCE dividido com alta de juros

A inflação pode ter atingido o pico nos EUA, mas ainda parece estar se acelerando na zona do euro.

Dados preliminares da Alemanha, a maior economia da zona do euro, mostraram que os aumentos de preços aumentaram um pouco em maio, com o impacto do aumento dos preços do gás no ano passado se espalhando por partes mais amplas da economia, enquanto os preços dos aluguéis também aumentaram de forma preocupante.

Os números divulgados pelos cinco maiores estados federais alemães mostraram que os preços ao consumidor subiram entre 0,9% e 1,1%, acima da média nacional de 0,8% em abril e desafiando as expectativas de uma ligeira moderação para um crescimento de cerca de 0,5%.

Um número preliminar para toda a Alemanha deve ser divulgado às 9h00.

Dados de outras partes da região mostraram tendências semelhantes: na Espanha, a quarta maior economia do bloco monetário, os preços subiram 0,8% no mês, impulsionando a taxa anual de inflação até 8,7% de 8,3%. Na Bélgica, também, os preços subiram 0,8% em maio, de 0,3% em abril, enquanto a taxa anual subiu para 9,0%, de 8,3% no mês anterior.

Os dados chegam em um momento em que a alta administração do Banco Central Europeu parece ter resistido à pressão por um aumento de meio ponto em sua principal taxa de juros em julho. O economista-chefe do BCE, Philip Lane, disse em entrevista ao jornal espanhol Cinco Dias publicada na segunda-feira que dois aumentos de 25 pontos-base são preferíveis, dados os ventos contrários à economia da guerra da Rússia na Ucrânia e as interrupções na atividade econômica chinesa devido à política chinesa de Covid-zero.

“O que vemos hoje é que é apropriado sair das taxas negativas até o final do terceiro trimestre, e que o processo deve ser gradual.” disse Lane. “A normalização tem um foco natural na movimentação em unidades de 25 pontos base, então aumentos de 25 pontos base nas reuniões de julho e setembro são um ritmo de referência.”

A presidente do BCE, Christine Lagarde, na semana passada, deixou a porta aberta para um ritmo mais rápido de aperto monetário se houvesse sinais claros de que as expectativas de inflação na zona do euro se desprendessem.

Os comentários de Lane garantiram que o euro não saísse de sua faixa de negociação recente com o dólar, tendo atingido seu maior valor em quase um mês na semana passada. Às 08h13, o euro subia 0,47%, para US$ 1,0777.

Economia da França encolhe no 1º trimestre e inflação afeta consumidores

A economia da França encolheu inesperadamente no primeiro trimestre, com os consumidores lutando para lidar com a inflação em alta, mostraram dados oficiais na terça-feira (31), pressionando o presidente Emmanuel Macron a caminho das eleições legislativas deste mês.

A agência de estatísticas INSEE informou que a segunda maior economia da zona do euro contraiu 0,2% nos três meses até março na comparação com o trimestre anterior. Anteriormente, a agência havia estimado que o Produto Interno Bruto havia ficado estável durante esse período.

Os dados mostraram que os gastos dos consumidores foram mais fracos do que o estimados anteriormente, caindo 1,5% em vez da leitura anterior de 1,3%, à medida que as famílias evitaram gastos com carros novos e hotéis.

Enquanto um surto da variante Ômicron da Covid-19 pesou sobre a atividade no início do ano, o aumento da inflação ao consumidor, que o INSEE disse ter atingido um recorde de 5,8% em maio, afetou os gastos das famílias.

Indústria da zona do euro registra dificuldades em maio com mudança da demanda por lazer, mostra PMI

O crescimento da indústria na zona do euro desacelerou no mês passado uma vez que as fábricas enfrentaram escassez de oferta, preços altos e queda na demanda, de acordo com uma pesquisa que sugere que os consumidores estavam mudando seus gastos para turismo e recreação.

O Índice Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) final da S&P Global caiu para 54,6 em maio em relação aos 55,5 de abril, seu valor mais baixo desde novembro de 2020, mas ainda acima da preliminar de 54,4. Qualquer coisa acima de 50 indica crescimento.

Um índice que mede a produção atingiu 51,3 ante 50,7.

“Os fabricantes da zona do euro continuam a lutar contra a escassez de oferta, pressões inflacionárias elevadas e o enfraquecimento da demanda em meio à incerteza crescente sobre as perspectivas econômicas”, disse Chris Williamson, economista-chefe da S&P Global.

“Entretanto, a deterioração da saúde do setor manufatureiro também foi exacerbada pela transferência da demanda para os serviços.”

Como as economias reabriram após as restrições contra a pandemia do Coronavírus, as pessoas estão desfrutando novamente de férias e atividades recreativas, disse a S&P Global.

Visco, do BCE, diz que aumentos de juros devem ser graduais

O Banco Central Europeu deve prosseguir gradualmente no ciclo de aumento de juros, e manter uma postura flexível para impedir que as condições de financiamento sejam divergentes entre os países da zona do euro, disse o membro do BCE Ignazio Visco.

A inflação na zona do euro subiu mais do que o esperado em maio, atingindo novo recorde e fortalecendo as expectativas de um ciclo de aperto monetário mais agressivo conforme o BCE debate o ritmo de altas.

Peter Kazimir, do Banco Central da Eslováquia, disse à Reuters que os dados desta terça-feira consolidam a necessidade de alta de juros, acrescentando que está aberto a discutir aumentos de 0,5 ponto percentual, possivelmente em setembro depois de uma alta de 0,25 ponto em julho.

Visto também disse que é hora de deixar para trás os juros negativos, agora que a deflação não é mais uma ameaça e o impacto da pandemia na demanda final diminuiu.

No entanto, as perspectivas econômicas incertas para a zona do euro sugerem que o BCE deve agir com cautela, disse ele no texto de um discurso preparado para reunião geral anual do banco central italiano.

“Dada a incerteza das perspectivas econômicas, os juros terão que ser aumentados gradualmente”, disse o presidente do Banco da Itália e membro do Conselho do BCE.

Dinamarca vota adesão à política de defesa comum da UE

A Dinamarca, tradicionalmente eurocética, vota na quarta-feira (01) em um referendo sobre a revogação da política de defesa comum da UE após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

A votação vem logo após os pedidos históricos da vizinha Finlândia e da Suécia para a adesão à Otan, enquanto a guerra da Ucrânia força os países da Europa a repensar suas políticas de segurança.

Mais de 65 por cento dos 4,3 milhões de eleitores da Dinamarca devem votar a favor da suspensão da isenção, sugeriu uma pesquisa de opinião publicada no domingo. As votações abrem às 08h00 (0600 GMT) e encerram às 20h00 Os resultados finais devem ser entregues por volta das 23h00

As previsões dos analistas, no entanto, foram cautelosas, dada a baixa participação eleitoral esperada em um país que muitas vezes disse “não” a mais integração da UE, mais recentemente em 2015.

“Devemos sempre votar quando há uma votação”, exortou a primeira-ministra Mette Frederiksen aos dinamarqueses no último debate televisionado da campanha no domingo (29).

“Acredito de todo o coração que temos que votar ‘sim’. Em um momento em que precisamos lutar pela segurança na Europa, precisamos estar mais unidos com nossos vizinhos”, disse ela.

A Dinamarca é membro da UE desde 1973, mas freou a transferência de mais poder para Bruxelas em 1992, quando 50,7% dos dinamarqueses rejeitaram o Tratado de Maastricht, o tratado fundador da UE.

Precisava ser ratificado por todos os Estados membros para entrar em vigor. Para persuadir os dinamarqueses a aprovar o tratado, Copenhague negociou uma série de isenções e os dinamarqueses finalmente o aprovaram no ano seguinte.

Desde então, a Dinamarca permaneceu fora da moeda única europeia, o euro, que rejeitou em um referendo de 2000, bem como das políticas comuns do bloco sobre justiça e assuntos internos e defesa.

O opt-out da defesa significa que o país escandinavo, membro fundador da OTAN, não participa da política externa da UE no que diz respeito à defesa e não contribui com tropas para as missões militares da UE.

O primeiro-ministro dinamarquês Frederiksen convocou o referendo apenas duas semanas após a invasão da Ucrânia pela Rússia e depois de ter chegado a um acordo com a maioria dos partidos no parlamento dinamarquês, o Folketing.

Tempo está se esgotando para Rússia, diz ministro da Economia da Alemanha

A Alemanha deve trabalhar mais para reduzir sua dependência energética da Rússia, mas as sanções ocidentais em resposta à invasão da Ucrânia por Moscou ainda estão cobrando um preço pesado à máquina de guerra russa, disse nesta quinta-feira o ministro alemão da Economia, Robert Habeck.

“A economia russa está em colapso”, disse Habeck a parlamentares, acrescentando que as exportações da Alemanha para a Rússia haviam caído 60% em março, esperando-se uma queda ainda mais acentuada em abril.

“Putin ainda está recebendo dinheiro, mas … o tempo não está trabalhando a favor da Rússia, está trabalhando contra a Rússia”, disse o ministro.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (30), as bolsas asiáticas fecharam em alta, com ganhos superiores a 2% em alguns casos, à medida que metrópoles da China retomam atividades após um período de restrições ligadas à disseminação da Covid-19 no país. Entre as cidades chinesas que tiveram regras flexibilizadas estão Pequim e Xangai. Na última, o governo municipal anunciou um plano de recuperação econômica para complementar a reabertura, segundo a mídia estatal. O índice Xangai teve alta de 0,60%, a 3.149,06 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 2,19%, a 27.369,43 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 2,06%, a 21.123,93 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,69%, a 4.029,02 pontos.

Na terça-feira (31), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, os negócios na China tiveram tom positivo após as altas dos índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de indústria e serviços em maio indicarem que o desempenho da atividade chinesa está melhorando, em meio aos processos de reabertura de Pequim e Xangai, após um extenso período de “lockdowns” para conter a Covid-19. O índice Xangai teve alta de 1,19%, a 3.186,43 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,33%, a 27.279,80 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,38%, a 21.415,20 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,55%, a 4.091,52 pontos.

Na quarta-feira (01), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, atentas ao movimento de queda no mercado acionário em Nova York, a índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) industrial da China e do Japão, além da reabertura de Xangai, na principal potência econômica do continente. O índice Xangai teve queda de 0,13%, a 3.182,16 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,65%, a 27.457,89 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,56%, a 21.294,94 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,20%, a 4.083,18 pontos.

Na quinta-feira (02), as bolsas asiáticas fecharam mistas, na esteira do recuo das bolsas de Nova York na quarta, em sessão na qual os negócios foram contaminados por temores de que a inflação e o aperto monetário global segurem o crescimento econômico das principais potências econômicas mundiais. Exceção hoje, os mercados da China terminaram o dia em alta. O índice Xangai teve alta de 0,42%, a 3.195,46 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,165, a 27.413,88 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,00%, a 21.082,13 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,16%, a 4.089,57 pontos.

China mira pacto de segurança na cúpula das Ilhas do Pacífico

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversa com líderes e altos funcionários de dez estados insulares do Pacífico na segunda-feira (30), parte de uma blitz diplomática regional que despertou profunda preocupação ocidental.

A cúpula virtual deve discutir propostas vazadas para a China aumentar radicalmente seu envolvimento na segurança, economia e política do Pacífico Sul.

Wang está na capital de Fiji, Suva, onde co-organizará uma reunião virtual com ministros de Relações Exteriores regionais, muitos dos quais também são líderes dos pequenos estados insulares.

Em cima da mesa está um acordo secreto, obtido pela AFP, que permitiria à China treinar a polícia local, envolver-se em segurança cibernética, expandir laços políticos, realizar mapeamentos marinhos sensíveis e obter maior acesso a recursos naturais em terra e na água.

Como tentação, Pequim está oferecendo milhões de dólares em assistência financeira, a perspectiva de um acordo de livre comércio China-Ilhas do Pacífico e acesso ao vasto mercado chinês de 1,4 bilhão de pessoas.

Somente as nações do Pacífico que reconhecem a China em detrimento de Taiwan participarão da cúpula de hoje, incluindo aquelas que Wang já visitou em sua parada regional, Ilhas Salomão, Kiribati, Samoa e Fiji.

A proposta surge no momento em que Pequim disputa com Washington e seus aliados a influência no estrategicamente vital Pacífico.

Analistas dizem que é improvável que o acordo seja aprovado por unanimidade pelos líderes das ilhas do Pacífico hoje.

Um recente acordo de segurança entre as Ilhas Salomão e a China causou profundo desconforto em uma região que geralmente está mais preocupada com as mudanças climáticas do que com a política das superpotências.

“As Ilhas Salomão saíram como uma exceção, não houve uma onda de interesse”, disse Richard Herr, acadêmico da Universidade da Tasmânia que tem décadas de experiência trabalhando nas ilhas do Pacífico.

Cidade de Xangai fará todos os esforços para acelerar recuperação econômica, diz autoridade

O centro financeiro da China, Xangai, implementará plenamente políticas econômicas e fará todos os esforços necessários para acelerar a recuperação econômica, disse o secretário do partido da cidade, Li Qiang, na segunda-feira (30).

“É necessário acelerar a retomada do trabalho sem relaxar os esforços para normalizar as medidas de prevenção da epidemia”, disse Li, acrescentando que a cidade passou num teste sob condições extremas e concluiu uma tarefa “árdua”.

Na contramão, Japão tenta manter alta na inflação

Enquanto o mundo sobe juros agressivamente na luta contra a inflação, o Japão tenta viabilizar os preços altos por mais tempo. Com o risco de deflação sobre a economia japonesa nos últimos anos, o Banco do Japão (BoJ, banco central local), tem mantido uma política monetária relaxada na tentativa de segurar o nível do índice de preços ao consumidor (CPI), que registrou em abril 2,5%, a maior taxa em 12 meses em 31 anos.

Analistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, contudo, não veem sustentabilidade da alta nos preços no país. Sayuri Shirai, professora de Economia da Universidade de Keio e membro do conselho do BoJ entre 2011 e 2016, explica que a inflação baixa no Japão nos últimos anos tem relação com um consumo lento, em parte devido ao avanço tímido dos salários, baixa expectativa sobre remunerações futuras e preocupações acerca da longevidade da população. Fatores culturais também pesam, como a relutância de empresas em elevar preços.

Contração da indústria da China perde força em maio com alívio de restrições à Covid, mostra PMI oficial

A atividade industrial da China caiu a um ritmo mais lento em maio diante do alívio das restrições contra a Covid-19 nos principais centros de produção, mas os controles de movimento continuaram a pesar sobre a demanda e a produção, levantando preocupações sobre o crescimento econômico no segundo trimestre.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial subiu de 47,4 em abril para 49,6 em maio, informou a Agência Nacional de Estatísticas na terça-feira (31), superando as previsões em pesquisa da Reuters de leitura de 48,6.

A desaceleração das fábricas da China está afetando as linhas de produção em outras grandes economias asiáticas, com o Japão e a Coreia do Sul relatando quedas acentuadas na produção.

Embora o PMI tenha atingido uma máxima de três meses, ele permaneceu abaixo da marca de 50 pontos que separa contração do crescimento pelo terceiro mês consecutivo.

“Mostra que o impacto dos surtos da Covid-19 em maio não acabou completamente, deixando as perspectivas econômicas sombrias desde o segundo trimestre em 2020”, disse Pang Ming, economista chefe da Huaxing Securities.

O subíndice de produção subiu de 44,4 em abril para 49,7 em maio, enquanto o subíndice de novas encomendas subiu de 42,6 para 48,2.

“Isto mostrou que a produção e a demanda se recuperaram em graus variados, mas o impulso de recuperação precisa ser reforçado”, disse Zhao Qinghe, estatístico sênior da agência de estatísticas.

Produção industrial do Japão cai 1,3% em abril

A produção industrial do Japão caiu 1,3% em abril em comparação com o mês anterior, após um aumento de 0,3% registado em abril, de acordo com dados divulgados pelo Governo.

O Ministério da Economia, Comércio e Indústria japonês admitiu, num relatório, que “a produção industrial está em pausa”, tendo mesmo caído 4,8% em relação a abril de 2021.

As indústrias que mais contribuíram para o declínio da produção industrial japonesa, em abril, foram os dispositivos e componentes eletrônicos, produção de máquinas e veículos automóveis.

Pelo contrário, os aumentos mais significativos registaram-se na produção de máquinas elétricas, equipamentos de informação e comunicação, máquinas para uso geral e empresarial e produtos químicos.

De acordo com um inquérito feito pelo Ministério junto de empresas japonesas, a produção industrial do Japão deve crescer 4,8% em maio, uma melhoria em relação ao inquérito anterior, que previa uma queda de 0,8% em abril.

Para junho, a estimativa é de crescimento de 8,9.

A produção industrial mede o ritmo das fábricas japonesas e é considerada fundamental para antecipar o desempenho da economia do país asiático.

Inflação no Sri Lanka bate novo recorde

O Sri Lanka, sem dinheiro, teve sua inflação mais alta já registrada pelo oitavo mês consecutivo em maio, mostraram dados oficiais na quarta-feira (01), enquanto o país insular enfrenta sua pior crise econômica de todos os tempos.

O Índice de Preços ao Consumidor Colombo (CCPI) subiu 39,1% ano a ano no mês passado, acima dos 29,8% em abril, segundo o departamento de estatísticas.

A inflação de alimentos em Colombo ficou em 57,4%, acima dos 46,6% em abril.

Os aumentos de preços em maio ainda não capturaram totalmente os aumentos acentuados no combustível, uma das muitas commodities vitais em oferta escassa em todo o país.

Economistas privados dizem que os preços ao consumidor estão subindo ainda mais rápido do que os registros oficiais mostram, com um analista da Universidade Johns Hopkins acompanhando a inflação de março em 133%, mais de seis vezes o número oficial.

A economia dependente de importações do Sri Lanka foi atingida por uma escassez crítica de moeda estrangeira, levando a meses de escassez aguda de alimentos, medicamentos e outros itens essenciais.

Diante de uma enorme crise de caixa, o governo na terça-feira (31) aumentou os impostos em todos os setores, revertendo os cortes ordenados pelo presidente Gotabaya Rajapaksa em novembro de 2019.

Semanas de protestos do lado de fora do escritório do presidente à beira-mar exigiram sua renúncia devido à má gestão da crise pelo governo.

O Sri Lanka deu calote em sua dívida externa de US$ 51 bilhões e está buscando ajuda internacional para reviver sua economia falida, inclusive do Fundo Monetário Internacional.

Teo Chee Hean e o Chefe do Executivo eleito de Hong Kong, John Lee, reafirmam o compromisso com a colaboração bilateral

O ministro sênior de Cingapura, Teo Chee Hean, e o chefe do Executivo eleito de Hong Kong, John Lee, reafirmaram seu compromisso de continuar a colaboração bilateral ao se encontrarem no território na quarta-feira (01).

Eles também afirmaram os laços amistosos entre Cingapura e Hong Kong e saudaram uma cooperação mais estreita entre os dois serviços públicos, disse o Ministério das Relações Exteriores (MFA) de Cingapura em um comunicado à imprensa.

Teo, que é Ministro Coordenador da Segurança Nacional, está em Hong Kong de 29 de maio a 1º de junho para uma visita de trabalho.

Ele parabenizou o Sr. Lee por seu sucesso eleitoral e transmitiu um convite do primeiro-ministro Lee Hsien Loong para que o novo chefe do Executivo visite Cingapura.

Lee, um ex-chefe de segurança, é o único candidato em uma corrida de cavalos apoiada por Pequim para assumir a liderança de Carrie Lam.

Na reunião de quarta-feira, o Sr. Teo e o Sr. Lee também trocaram opiniões sobre os desenvolvimentos nas duas cidades e na região mais ampla.

O Sr. Teo expressou confiança de que Cingapura e Hong Kong continuarão a progredir juntos e contribuirão para a vitalidade econômica da região.

O Sr. Teo, juntamente com o ministro das Relações Exteriores de Cingapura, Vivian Balakrishnan, se encontraram na segunda-feira com a chefe-executiva que deixa a presidência, a Sra. Lam.

Ela completará seu mandato de cinco anos em 30 de junho.

Durante a reunião, a Sra. Lam e o Sr. Teo reafirmaram a parceria de longa data e estreita entre Cingapura e Hong Kong, que é sustentada por intercâmbios regulares de alto nível, forte cooperação econômica e ligações interpessoais.

Euforia em Xangai é temperada por profunda ferida na economia da China

Os pedidos evaporaram na empresa têxtil de Zhou, com sede nos arredores de Xangai, uma cidade agora livre de um bloqueio de dois meses que deixou pequenas empresas em suporte de vida.

As vendas estão em “uma queda muito séria” e as demissões são iminentes em sua fábrica, disse o proprietário Zhou à AFP, pedindo que sua empresa permaneça não identificada.

Xangai, uma cidade de 25 milhões de habitantes, é o centro de inúmeras linhas de abastecimento que se espalham pela costa leste do país, incluindo carros Tesla e iPhones.

Pequim está vinculada a uma estratégia de eliminar os surtos de Covid-19 por meio de bloqueios severos e testes em massa, mesmo que a maior parte do resto do mundo tenha optado por viver com o vírus.

Isso significou fechar fábricas, interromper a logística e reduzir as viagens a quase zero por semanas a fio nos principais centros de fabricação, incluindo Shenzhen e Xangai, lar do porto de contêineres mais movimentado do mundo.

A atividade fabril em todo o país despencou para uma baixa de dois anos em abril, depois que Xangai fechou seus 25 milhões de residentes em casa, enquanto vários surtos causados ​​pela Ômicron surgiram em outros lugares, com a atividade continuando a encolher, embora em um ritmo mais lento, em maio.

A desaceleração sufocou linhas inteiras de abastecimento.

O bloqueio de Xangai calcificou as empresas em toda a China, dizem analistas, com temores de que qualquer novo aglomerado de vírus possa ver partes do país mais uma vez mergulhadas no bloqueio.

Emirados Árabes Unidos e China continuam sendo os principais destinos de exportação não petrolífera da Arábia Saudita

A participação dos Emirados Árabes Unidos nas exportações não petrolíferas da Arábia Saudita, incluindo reexportações, caiu para 14,81% no primeiro trimestre deste ano, ante 14,87% no trimestre anterior, de acordo com os dados iniciais divulgados pela Autoridade Geral de Estatísticas.

No primeiro trimestre de 2022, a Arábia Saudita exportou bens não petrolíferos no valor de SR 11,52 bilhões (US$ 3 bilhões) para o país vizinho, SR 343 milhões a menos do que no quarto trimestre de 2021.

A queda se deve em parte a um declínio nas exportações de equipamentos de transporte, que representaram 27,54% da participação dos Emirados Árabes Unidos nas exportações (sauditas) no primeiro trimestre deste ano. As exportações deste grupo de bens caíram de SR4 bilhões no último trimestre de 2021 para SR3,17 bilhões no primeiro trimestre deste ano.

Por outro lado, as exportações do Reino de máquinas, produtos ópticos e pérolas para os Emirados Árabes Unidos aumentaram em SR330 milhões, SR170 milhões e SR99 milhões, respectivamente.

Apesar da queda, os Emirados Árabes Unidos continuam sendo o principal destino das exportações não petrolíferas do Reino, seguidos pela China e Índia.

As exportações sauditas não petrolíferas para a China atingiram 12,22%, caindo de 13,26% em relação ao trimestre anterior.

As exportações não petrolíferas do Reino para a China caíram em SR1,1 bilhão para SR9,51 bilhões no primeiro trimestre de 2022.

Esta queda é atribuída principalmente a um declínio no valor das exportações de produtos químicos para SR5 bilhões de SR5,87 bilhões no último trimestre. As exportações de plásticos e equipamentos de transporte também diminuíram em um total de SR685 milhões. Esse declínio, no entanto, foi parcialmente compensado por um aumento de US$ 461 milhões no valor dos metais básicos enviados para a China no primeiro trimestre de 2022.

Parlamento libanês reelege Nabih Berri como presidente

A nova legislatura do Líbano elegeu por pouco o veterano político muçulmano xiita Nabih Berri para um sétimo mandato como presidente do parlamento em sua primeira sessão na terça-feira (31).

Berri, de 84 anos, obteve 65 votos no parlamento de 128 membros, onde o papel de orador é reservado para um muçulmano xiita sob o sistema político sectário.

Foi a menor maioria já conquistada por Berri, refletindo a composição de um novo parlamento no qual o movimento xiita armado apoiado pelo Irã Hezbollah e seus aliados perderam a maioria que ganharam em 2018.

A sessão de terça-feira foi a primeira desde que o novo parlamento foi eleito em 15 de maio, na primeira votação desde o colapso econômico do Líbano e a devastadora explosão do porto de Beirute em 2020.

Berri, que lidera o Movimento Xiita Amal, ocupa o cargo de orador desde 1992 e é um aliado próximo do Hezbollah.

Cerca de uma dúzia de recém-chegados da oposição tomaram seus assentos pela primeira vez na câmara mais fragmentada, após um forte avanço esperado de candidatos reformistas em um sistema há muito dominado pelos mesmos grupos sectários.

Os opositores do Hezbollah, incluindo as Forças Libanesas alinhadas com a Arábia Saudita, uma facção cristã, ganharam assentos.

Com o parlamento dividido em vários campos, nenhum dos quais tem maioria, analistas alertaram sobre a perspectiva de paralisia política que poderia atrasar ainda mais as reformas necessárias para tirar o Líbano do desastre econômico.

Alguns dos votos expressos na votação secreta para orador carregavam mensagens ecoando queixas contra uma elite sectária que conduziu o Líbano à sua pior instabilidade desde a guerra civil de 1975-90.

“Justiça pela explosão de Beirute”, dizia.

Comércio Israel-EAU ultrapassará US$ 2 bilhões em 2022, com nações assinando primeiro acordo de livre comércio

Espera-se que o comércio entre Israel e os Emirados Árabes Unidos ultrapasse US$ 2 bilhões este ano, já que as duas nações assinaram um acordo de livre comércio na terça-feira (31), o primeiro grande acordo comercial com um estado árabe e uma medida destinada a aumentar o comércio entre as duas nações do Oriente Médio.

O pacto foi assinado pela ministra da Economia e Indústria de Israel, Orna Barbiva, e seu homólogo, o ministro da Economia dos Emirados Árabes Unidos, Abdulla bin Touq Al Marri, após meses de negociações.

“Pronto”, disse o embaixador de Israel nos Emirados Árabes Unidos, Amir Hayek, no Twitter, respondendo a outro tweet que postou anteriormente dizendo que “os Emirados Árabes Unidos e Israel assinarão o TLC na próxima hora”.

Dorian Barak, cofundador do Conselho Empresarial EAU-Israel, disse ao Arab: “O comércio EAU-Israel excederá US$ 2 bilhões em 2022, subindo para cerca de US$ 5 bilhões em 5 anos, reforçado pela colaboração em energias renováveis, bens de consumo, turismo e os setores de ciências da vida.’’

“Além disso, Dubai está se tornando rapidamente um centro para empresas israelenses que procuram o sul da Ásia, o Oriente Médio e o Extremo Oriente como mercados para seus produtos e serviços. Quase 1.000 empresas israelenses estarão trabalhando nos Emirados Árabes Unidos até o final do ano. É inédito.”

O Ministério da Economia de Israel disse na segunda-feira que as taxas alfandegárias serão eliminadas em 96 por cento dos produtos, incluindo alimentos, agricultura, cosméticos, equipamentos médicos e remédios.

Também inclui regulamentação, alfândega, serviços e compras governamentais.

Os Emirados Árabes Unidos e Israel estabeleceram formalmente relações em 2020 como parte dos Acordos de Abraham mediados pelos EUA, que também incluíam Bahrein e Marrocos.

Para os Emirados Árabes Unidos, ricos em petróleo, o acordo com Israel é seu segundo acordo bilateral de livre comércio após a assinatura de um acordo semelhante com a Índia em fevereiro. Está em negociações comerciais bilaterais com vários outros países, incluindo Indonésia e Coreia do Sul.

Os Emirados Árabes Unidos têm buscado agressivamente esses acordos em uma tentativa de fortalecer sua economia após o impacto da pandemia de Coronavírus.

SWCC abrirá seis usinas de dessalinização na Arábia Saudita até 2024

A Saline Water Conversion Corp da Arábia Saudita abrirá seis usinas de dessalinização até 2024 de forma faseada, começando com o lançamento de duas usinas até o final de 2022.

Falando ao Arab nos bastidores da conferência sobre Dessalinização Orientada à Inovação, o governador do SWCC, Abdullah Al-Abdul-Karim, revelou que essas plantas seriam estabelecidas em várias cidades do Reino, incluindo Al-Shuqaiq, Al-Shoaiba, Jubail e Alkhobar.

Cada usina terá um consumo de energia inferior a 1,7 quilowatts por metro cúbico, o que reduzirá o custo de produção de água de SR1,54 (US$ 0,42) por metro cúbico para SR1,3 por metro cúbico.

“Com a produção a um custo tão mínimo, aumentará a contribuição do setor para o produto interno bruto nacional”, disse.

A produção de água dessalinizada do Reino é de mais de 7,9 milhões de metros cúbicos por dia, o que representa 55% da região do Golfo e 22,2% da dessalinização global, de acordo com um relatório divulgado pela SWCC.

Destacando a importância de ser sustentável, Al-Abdul-Karim revelou que a indústria de dessalinização de água no Reino está planejando reduzir suas emissões de carbono em 65% até 2024, equivalente a 35 milhões de toneladas de dióxido de carbono.

“É um número grande. É um grande movimento. E isso porque o país tem um plano para o futuro ambiental e economicamente”, disse Al-Abdul-Karim.

A empresa também está mudando de fontes de energia convencionais para sistemas avançados e eficientes para alimentar essas usinas de dessalinização.

Primeiro-ministro do Iêmen elogia apoio dos EUA aos esforços de paz em seu país

O apoio dos Estados Unidos aos esforços de paz no Iêmen é muito apreciado, disse o primeiro-ministro do Iêmen, Dr. Ma’een Abdulmalik, segundo a Agência de Notícias do Iêmen (SABA).

Sua declaração veio durante uma reunião com o recém-nomeado embaixador dos EUA no Iêmen Steven Fagin e enviado dos EUA para o Iêmen Timothy Lenderking, em Aden.

O primeiro-ministro elogiou o governo dos EUA por apoiar o governo iemenita em todos os desafios que o país enfrentou, segundo a SABA.

Abdulmalik deu as boas-vindas a Fagin, acrescentando que seus respectivos governos continuariam sua cooperação para fortalecer ainda mais as relações americano-iemenitas, informou a SABA.

Os funcionários também discutiram os laços bilaterais entre o Iêmen e os EUA e os esforços contínuos do governo iemenita para melhorar os serviços básicos e implementar as reformas econômicas e administrativas necessárias.

Segundo a SABA, o primeiro-ministro reiterou o compromisso do governo em alcançar a paz.

De sua parte, Fagin disse estar interessado em impulsionar ainda mais as relações bilaterais entre os dois países em diferentes áreas e continuaria apoiando os esforços do governo iemenita.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
03/06/2022