Cenário Econômico Nacional – 13/06/2022

Cenário Econômico Nacional – 13/06/2022

Cenário Econômico Nacional – 13/06/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Mercado financeiro prevê inflação em 9% neste ano

O mercado financeiro prevê inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em torno de 9%, neste ano. A estimativa está no Boletim Focus, divulgado hoje (6) pelo Banco Central (BC).

A mediana (desconsidera os extremos das projeções) da previsão dos últimos 30 dias prevê inflação em 8,89%. Se for considerado um período mais recente, de cinco dias, a mediana fica em 9%.

Para 2023, a projeção é de que a inflação fique em 4,39% (mediana de 30 dias). Na projeção que considera cinco dias, o índice é 4,5%.

As projeções para este ano estão acima da meta de inflação que é de 3,50%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, ou seja, o limite inferior é 2% e o superior, 5%. Para 2023, o centro da meta é 3,25%, com intervalo de 1,75% a 4,75%.

O Boletim Focus reúne a projeção de cerca de 100 instituições do mercado para os principais indicadores econômicos do país.

Esta é a primeira divulgação do boletim, após cinco semanas de suspensão, em razão da greve dos servidores do BC, que seguem em paralisação. A edição de hoje do boletim tem informações parciais das projeções do mercado financeiro feitas até a última sexta-feira (03).

De acordo com o boletim, a taxa básica de juros, a Selic, deve fechar o ano em 13,25% ao ano (mediana de 30 dias e de cinco dias). Atualmente, a Selic está em 12,75% ao ano.

Para 2023, o mercado prevê que a Selic fique em 9,75% ao ano (mediana de 30 dias). Na mediana de cinco dias, a previsão é 10,13% ao ano no final de 2023.

Criação de vagas formais de trabalho no Brasil acelera para 196.966 em abril, acima do esperado

O Brasil abriu 196.966 vagas formais de trabalho em abril, resultado acima da expectativa e que representa aceleração na criação de vagas em relação ao mês anterior, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado na segunda-feira (06) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

Em março, o país havia registrado abertura líquida de 88.145 empregos. A leitura de abril veio acima da criação de 170.655 postos projetada por analistas em pesquisa da Reuters, e foi a melhor para o mês desde os 216.974 postos de trabalho criados em abril de 2012.

O dado de abril é fruto de 1,85 milhão de contratações e 1,66 milhão de desligamentos, e deixou o Brasil com saldo positivo de 770.593 empregos formais no acumulado do ano, contra superávit de 894.664 visto no mesmo período de 2021.

A criação de empregos foi puxada em abril pelo setor de serviços, que teve saldo positivo de 117.007 vagas. Os setores de comércio, construção e indústria também apresentaram criação líquida de empregos, mas o grupo de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura fechou 1.021 postos de trabalho no início do segundo trimestre.

No recorte regional, o Sudeste criou 101.279 vagas em abril e o Sul abriu 25.102 postos. O saldo positivo ficou em 25.598 no Centro-Oeste, 29.813 no Nordeste e 12.023 no Norte.

Com relação ao salário médio real de contratação, houve aumento em abril após queda registrada no mês anterior. O valor ficou em 1.906,54 reais, ante 1.891,54 em março.

FGV: indicador antecedente do emprego sobe 1,4 ponto

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), divulgado hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) atingiu em maio o maior nível desde dezembro, ao subir 1,4 ponto, para 80,9 pontos. Em dezembro de 2021, o indicador ficou em 81,8 pontos.

O IAEmp combina séries de dados extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, para antecipar as tendências do mercado de trabalho no país, se relacionando com o nível de emprego.

Em médias móveis trimestrais, o IAEmp chegou a 78,5 pontos em maio, um aumento de 2,0 pontos. De acordo com o economista da FGV/Ibre Rodolpho Tobler esta segunda alta seguida do indicador sugere um cenário mais favorável para o mercado de trabalho no segundo trimestre.

“A melhora do quadro sanitário, após o surto do início do ano, e um certo aquecimento da atividade econômica parecem contribuir para a melhora do indicador. Ainda é preciso cautela, dado que o indicador ainda se mantém em patamar baixo e com perspectivas de recuperação lenta”.

Tobler avalia que a atividade econômica segue com projeção baixa para o ano de 2022 por causa da inflação alta e da política monetária mais restritiva.

No mês de maio, cinco dos sete componentes do IAEmp contribuíram para o resultado positivo. O destaque foi a Indústria, cujos indicadores de Situação Atual dos Negócios e de Tendência dos Negócios contribuíram com 0,9 e 0,5 ponto, respectivamente.

Sondagem de Serviços – Emprego Previsto e Sondagem de Serviços – Tendência dos Negócios variaram 0,1 ponto. Sondagem do Consumidor – Emprego Local Futuro variou 0,3 no mês.

Tiveram contribuição negativa os indicadores de Situação Atual dos Negócios de Serviços e o de Emprego Previsto da Indústria, que variaram -0,2 e -0,1 ponto.

Aluguéis residenciais sobem 0,59% em maio deste ano

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou alta de 0,59% em maio deste ano. A taxa é inferior ao 0,82% observado no mês anterior.

Segundo a FGV, o índice acumula variação de 8,83% em 12 meses, a maior taxa desde o início da série histórica, em janeiro de 2019.

Em maio, a única cidade a apresentar queda na variação média do aluguel residencial foi São Paulo (-0,26%). No mês anterior, a capital paulista havia tido inflação de 1,27%.

As outras três cidades apresentaram inflação em maio e taxas mais altas do que as observadas no mês anterior: Rio de Janeiro (1,31% em maio ante uma taxa de 0,31% no mês anterior), Belo Horizonte (1,97% em maio ante -0,07% em abril) e Porto Alegre (0,87% em maio ante 0,82% em abril).

Na variação anual, três das quatro cidades tiveram alta na taxa de inflação de abril para maio: Rio de Janeiro (de 8,70% para 10,33%), Belo Horizonte (de 14,87% para 15,96%) e Porto Alegre (de 7,17% para 8,06%). Em São Paulo, a taxa caiu de 6,54% para 6,49%.

PIB do Brasil deve ter o 3º pior desempenho da América Latina, diz Banco Mundial

O Brasil começou o ano com um crescimento sólido da economia, uma alta de 1% de janeiro a março sobre o trimestre anterior, segundo dados do IBGE. Mas essa expansão deve perder força graças à inflação de dois dígitos e ao investimento baixo, segundo relatório divulgado na terça-feira (07) pelo Banco Mundial.

Com isso, após um crescimento esperado de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB) este ano, a economia do país deve crescer apenas 0,8% em 2023 – menos de 1/3 da alta de 3% esperada para a economia global, e de metade da alta de 1,9% prevista para a América Latina.

Considerando os países da América Latina e Caribe, o Brasil só deve crescer mais este ano que o Haiti (-0,4%) e o Paraguai (0,7%), entre os países com previsões feitas pelo Banco Mundial (o banco não divulga dados sobre a Venezuela por falta de confiabilidade). Já a projeção de alta de 0,8% no PIB brasileiro para o próximo ano é a menor entre os países da região, empatada com a do Chile.

Assim, o crescimento brasileiro, tanto este ano quanto no próximo, deve ser menor que as altas esperadas para o México e a Argentina: enquanto o primeiro deve crescer 1,7% e 1,9% em 2022 e 2023, respectivamente, o segundo deve ver altas de 4,5% e 2,5%.

Entre as maiores economia de cada região, as expansões projetadas para a economia brasileira deste ano e do próximo só perdem para os dados da Rússia, segundo os números do Banco Mundial.

Inflação medida pelo IGP-DI fica em 0,69% em maio, diz FGV

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve inflação de 0,69% em maio deste ano. A taxa é superior à registrada no mês anterior (0,41%) mas inferior à observada em maio de 2021 (3,40%).

Com o resultado, o índice acumula taxa de 10,56% em 12 meses, menos do que um terço daquela apurada em maio de 2021 (36,53%).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que analisa o atacado, subiu de 0,19% em abril para 0,55% em maio, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de 0,95% para 2,28%.

Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, teve queda na taxa de inflação, ao passar de 1,08% em abril para 0,50% em maio.

Consumo das famílias tem alta de 7,3% em abril

O consumo das famílias brasileiras teve alta de 7,37% em abril na comparação com o mesmo mês de 2021, segundo levantamento pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Nos primeiros quatro meses do ano, o consumo registra alta de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo o vice-presidente Administrativo e Institucional da Abras, Marcio Milan, os resultados indicam que há crescimento consistente do consumo nesta primeira parte do ano. “Mostra estabilidade no consumo nos meses de fevereiro, março e abril”, ressaltou. Em comparação com março, a expansão do consumo em abril ficou 4,2%.

Para este ano, a previsão da Abras é que o consumo das famílias tenha crescimento de 2,8%.

A cesta com os 35 produtos mais consumidos em supermercados registrou, no acumulado de janeiro a abril, alta de 8,31% em relação ao mesmo período de 2021. No acumulado de 12 meses, os preços tiveram alta de 17,87%.

Os produtos com as maiores altas no primeiro quadrimestre de 2022 foram o leite longa vida (22,35%), o óleo de soja (20,38%), o feijão (19,71%) e a farinha de trigo (15,45%).

De acordo com Milan, os preços dos produtos têm sofrido diversas pressões inflacionárias, como o aumento dos custos com energia com a Guerra na Ucrânia. Para ele, é necessário reduzir, ainda que momentaneamente, os impostos para conseguir conter a alta inflacionária. “Pelo menos um período de corte desses impostos. Um esforço do governo federal, estadual, municipal no sentido de criar alternativas para a gente ter uma cesta básica desonerada”, defendeu.

IPCA de maio desacelera com força e vem abaixo do esperado

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou uma alta de 0,47% em maio, abaixo da previsão de 0,60%, segundo dados divulgados pelo IBGE na manhã de quinta-feira (09). O resultado também é bem inferior aos 1,06% prévios. A divulgação do anúncio acontece uma semana antes da reunião do Copom e deve trazer maiores sinais sobre os próximos passos da autoridade monetária.

O IPCA anual acumulou alta de 11,73%, abaixo da expectativa do mercado de 11,84% e dos 12,13% apresentados anteriormente.

Segundo resultados parciais divulgados pelo Banco Central nesta semana, os analistas consultados para a formulação do Boletim Focus estimam que o IPCA em 2022 será de 8,89%, ante 9% de cinco dias atrás. Para 2023, a expectativa passou de 4,50%, para 4,39%.

Brasileiros sem casa própria gastam mais de 30% da renda familiar com aluguel, diz pesquisa

O aluguel pesa no orçamento dos brasileiros: quem não tem imóvel próprio desembolsa, em média, 31% da renda familiar com o pagamento, segundo o Censo QuintoAndar de Moradia, realizado em parceria com o Datafolha.

O valor médio de aluguel no Brasil é R$ 686, mas pode chegar a muito mais dependendo da região. A média mais cara é a do Sudeste, com quase o dobro do valor cobrado no Nordeste:

  • Sudeste: R$ 824 (34% da renda familiar)
  • Sul: R$ 791 (33% da renda familiar)
  • Centro-Oeste: R$ 640 (30% da renda familiar)
  • Norte: R$ 579 (29% da renda familiar)
  • Nordeste: R$ 400 (27% da renda familiar)

Já o financiamento imobiliário tem um valor médio mais alto, mas compromete menos do orçamento das famílias. Com isso, os dados “indicam que a renda média de quem tem a casa própria é, sim, superior à renda daqueles que moram de aluguel”, explica Thiago Reis, gerente de dados do QuintoAndar.

Apesar da média, um em cada quatro brasileiros gasta mais que o aconselhável com o pagamento do aluguel mensal. E isso é um alerta vermelho.

“Os especialistas em gestão financeira aconselham que uma família gaste até 30% do seu orçamento com aluguel. A média nacional está no limite do aconselhável. No entanto, o censo mostra que 25% compromete mais que isso. No cenário econômico atual, só reforça que é preciso negociar, tentar chegar a um valor que caiba no bolso”, diz Reis.

A pesquisa da startup mostra que a maioria dos brasileiros quer comprar uma casa, mas só uma pequena parcela tem condições de realizar esse sonho. Mais da metade (57%) dos entrevistados que pretendem mudar de casa nos próximos dois anos querem comprar um imóvel, mas só 45% deles tem planejamento financeiro para isso.

Vendas no varejo do Brasil sobem acima do esperado em abril; 4º mês seguido de alta

As vendas no varejo brasileiro registraram alta acima do esperado em abril e seguiram em recuperação, com o quarto mês seguido de alta, embora o ritmo venha enfraquecendo.

Em abril, as vendas varejistas apresentaram ganho de 0,9% na comparação com o mês anterior, além de registrarem alta de 4,5% em relação a abril do ano anterior.

Os resultados divulgados na sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficaram acima das expectativas em pesquisa da Reuters de avanço de 0,4% na base mensal e de 2,6% na comparação anual.

Mas mostraram perda de força, depois de ganhos de 2,4% em janeiro e de 1,4% tanto em fevereiro quanto em março.

“O crescimento é consistente, porém desigual. Como um todo, o comércio varejista está 4,0% acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Mas entre as atividades está desigual”, explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Embora a inflação elevada no país venha corroendo a confiança e a renda do consumidor, em um ambiente de juros altos, ao mesmo tempo o setor varejista conta com o impulso recente de medidas de estímulo do governo com a liberação de FGTS e o Auxílio Brasil, que segundo Santos ajudam o comércio a ficar no terreno positivo.

“Essa perda de força denota cenário com elementos que trazem impacto negativo como inflação mais elevada. O apetite para consumo das famílias é afetado também pelos juros mais elevados e ainda tem um delimitador das vendas que é o crédito mais caro para o consumidor”, completou Santos.

Entre as oito atividades pesquisadas, metade registraram aumento no volume de vendas em abril. Móveis e eletrodomésticos (2,3%); Tecidos, vestuário e calçados (1,7%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,4%); E outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%).

As perdas aconteceram em Combustíveis e lubrificantes (-0,1%); Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,1%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-5,6%); e Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-6,7).

No comércio varejista ampliado, o volume de vendas apresentou aumento de 0,7% frente a março, embora tanto Veículos, motos, partes e peças (-0,2%) quanto material de construção (-2,0%) tenham registrado perdas.

Lula é diagnosticado com Covid e fará isolamento; assessoria diz que está assintomático

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de outubro, foi diagnosticado com a Covid-19, está sem sintomas e iniciará um período de isolamento domiciliar, informou a equipe do ex-presidente na conta oficial de Lula no Twitter.

A esposa de Lula, Rosângela Silva, também teve teste positivo para o Coronavírus e apresenta sintomas leves, acrescentou a equipe do petista.

“O ex-presidente e sua esposa foram diagnosticados com Covid-19. Os dois estão bem, o ex-presidente assintomático e Janja com sintomas leves. Ficarão em isolamento e acompanhamento médico nos próximos dias”, afirma a publicação na rede social, acompanhada de uma foto de uma nota do cardiologista Roberto Kalil Filho, médico pessoal de Lula, informando o diagnóstico do ex-presidente.

No início de abril, Lula, que está com 76 anos, disse em sua conta no Twitter que tomou a quarta dose da vacina contra Covid, o imunizante da Janssen como dose de reforço. Na ocasião, também afirmou ter feito um check-up médico e, segundo disse, “o médico disse para eu não dizer mais que tenho energia de 30, mas sim energia de 25 anos”.

Com o diagnóstico positivo para a doença, Lula cancelou todos os compromissos de pré-campanha para os próximos dias.

Bolsonaro diz que Guedes fica em caso de reeleição, mas admite pressão por troca

O presidente Jair Bolsonaro garantiu na segunda-feira (06) que o ministro da Economia, Paulo Guedes, ficará no governo no caso de reeleição, mas admitiu que há pressão pela troca do ministro.

“Com toda certeza sim. Depende dele. Eu o vejo às vezes cansado, que é natural, é um ministro que no passado era muito trocado na Economia”, disse o presidente em entrevista ao canal Terraviva.

“De vez em quando alguns querem que eu o troque para resolver certos assuntos. Eu prefiro conversar com ele e dentro daquela lealdade mútua que temos, mudar algumas coisas e prosseguir nessa linha.”

Ao mesmo tempo, Bolsonaro pôs na conta do ministro da Economia uma solução para a questão da alta dos combustíveis. Guedes vem sendo apontado pela ala política do governo, preocupada com a reeleição, como o principal responsável hoje por não ter se conseguido implementar uma medida que evitasse a alta.

Preocupado com o teto de gastos, Guedes é contra a implementação de um fundo que subsidie o preço dos combustíveis.

“O Paulo Guedes espero que nos próximos dias resolva a questão dos combustíveis no tocante a impostos pelo Brasil. Ele já se mostrou favorável a isso, tem trabalhado para isso e espero que nos próximos dias, nessa semana mesmo, tenhamos uma boa notícia sobre preço dos combustíveis no Brasil”, disse Bolsonaro.

Durante a entrevista, Bolsonaro prometeu ainda a criação de novos ministérios no caso de ser reeleito em outubro. Segundo ele, está sendo analisada a criação novamente do Ministério da Segurança Pública, em uma divisão do Ministério da Justiça, e o Ministério da Indústria e Comércio.

Redução de tributos sobre combustíveis será aprovada, dizem Lira e Pacheco a Bolsonaro

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disseram ao presidente Jair Bolsonaro que projetos que podem reduzir tributos sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações devem ser aprovados no Congresso Nacional.

A avaliação é que esses projetos podem levar à queda no preço do óleo diesel, da gasolina e do gás de cozinha ainda no mês de junho.

Lira e Pacheco disseram a Bolsonaro que o clima no Congresso é favorável às propostas e que os governadores terão de ceder e propor algumas alternativas para reduzir em parte a perda de receita com a queda na alíquota do ICMS sobre combustíveis.

O governo federal fez a seguinte proposta nesta segunda-feira (6):

  • O Legislativo aprova o projeto que limita em 17% e 18% a alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações (o que pode gerar perda aos estados superior a R$ 80 bilhões e a União não compensa a perda);
  • Depois, o Congresso aprova uma proposta de emenda à Constituição que autoriza o governo a bancar a redução a zero do ICMS sobre diesel e gás de cozinha (o que deve custar à União R$ 25 bilhões até o final deste ano; neste caso, o governo cobre a perda de receita dos estados e municípios).

Entre os governadores, a avaliação é que as duas propostas serão aprovadas e que eles terão de negociar para reduzir as perdas com o limite da alíquota de ICMS a 17% ou 18% para produtos que passariam a ser considerados essenciais, como combustíveis.

Na Câmara, o projeto foi aprovado com a previsão de que a União cobriria parte desta perda com abatimento no pagamento das dívidas estaduais.

Só que Bolsonaro disse não concordar com essa compensação e prometeu vetá-la, se for aprovada no Congresso Nacional.

Na segunda-feira (06), o presidente disse que aceita bancar as perdas dos estados apenas no caso do diesel e gás de cozinha, que teriam suas alíquotas de ICMS zeradas até o final do ano.

Os governadores vão se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para discutir alternativas aos dois projetos.

Após Mendonça interromper julgamento no plenário virtual, 2ª Turma do STF decidirá sobre bolsonarista cassado

Após o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter pedido vista (mais tempo para análise) do caso do deputado bolsonarista Fernando Francischini (União-PR) no plenário virtual, a discussão será feita pela Segunda Turma do tribunal. A sessão da turma está marcada para as 14h de terça-feira (7).

Os ministros vão analisar a decisão do ministro Nunes Marques, que devolveu o mandato a Francischini, após ele ter sido cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por divulgação de informações falsas sobre as eleições.

O caso tinha ido para o plenário virtual a pedido da ministra Cármen Lúcia, relatora. No plenário virtual, os 11 ministros devem se manifestar.

Depois do voto de Cármen, que entendeu que a decisão de Nunes Marques deve ser revertida, Mendonça pediu vista. O julgamento só será retomado quando Mendonça devolver o caso ao plenário, o que não tem data para ocorrer.

O pedido de vista, segundo Mendonça, foi necessário para “evitar eventuais decisões conflitantes no âmbito desta Suprema Corte, em benefício da ordem processual e do rigor procedimental”.

O caso foi levado para a Segunda Turma por Nunes Marques, que preside o colegiado. Além dele, fazem parte outros quatro ministros:

  • Gilmar Mendes
  • Ricardo Lewandowski
  • Edson Fachin
  • André Mendonça

Nunes Marques entende que, pelo fato de a Segunda Turma ter menos ministros que o plenário, é maior a chance de o colegiado manter a decisão dele sobre Francischini.

Justiça rejeita transferência eleitoral de Moro para SP

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo decidiu cancelar a transferência de domicílio eleitoral do ex-juiz Sergio Moro de Curitiba para a cidade de São Paulo. Com a decisão, Moro, que é filiado ao União Brasil, pode ficar impedido de concorrer a qualquer cargo pelo estado.

A decisão do plenário foi motivada por uma ação protocolada pelo Partido dos Trabalhadores (PT). De acordo com a legenda, Moro indicou residir em um hotel e não comprovou o vínculo residencial, familiar ou profissional com o estado, requisitos exigidos pela legislação eleitoral para fixação do domicilio eleitoral.

Por 4 votos a 2, a maioria do tribunal seguiu o voto proferido pelo juiz Maurício Fiorito. Segundo o magistrado, Moro não conseguiu comprovar o vínculo mínimo de três meses com a cidade para justificar a transferência do domicílio eleitoral.

“Não se está a afirmar que o recorrido agiu ou não com má-fé no sentido de ludibriar a Justiça Eleitoral, mas, tão somente que não restou comprovado nos autos que, de fato, possuía algum vínculo com a cidade de São Paulo quando solicitou a transferência de seu domicílio”, afirmou.

Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que dará decisão definitiva sobre a questão.

Lula tem 46% das intenções de voto e venceria em 1º turno, diz pesquisa Quaest

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a liderança da corrida ao Palácio do Planalto na eleição de outubro chegando a 46% da preferência do eleitorado em simulação de primeiro turno, percentual superior ao da soma de seus adversários que, se concretizado no dia da eleição, daria ao petista a vitória já no primeiro turno em 2 de outubro, mostrou pesquisa Quaest divulgada na quarta-feira (08).

De acordo com o levantamento, o presidente Jair Bolsonaro (PL) segue na segunda colocação na preferência do eleitorado, com 30% das intenções de voto, seguido por Ciro Gomes (PDT), que tem 7%, pelo deputado federal André Janones (Avante-MG), que soma 2%, e pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o palestrante Pablo Marçal (Pros), que ficaram com 1% cada.

Caso seja necessária uma segunda rodada de votação, que ocorreria em 30 de outubro, Lula venceria Bolsonaro por 54% a 32%, apontou o levantamento do instituto Quaest.

O petista também venceria um eventual segundo turno contra Ciro 52% a 25%, e um duelo com Tebet 56% a 20%, apontou a pesquisa.

O levantamento também apontou que a avaliação negativa do governo de Bolsonaro está em 47%, ante 46% em pesquisa realizada no mês passado; ao passo que o percentual dos que avaliam o governo de forma positiva manteve-se em 25% e aqueles que veem o governo como regular somam 26%, contra 27% na sondagem anterior.

O instituto Quaest ouviu 2.000 pessoas de forma presencial entre os dias 2 e 5 de junho. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

STF decide que empresas precisam dialogar com sindicatos antes de demissão em massa

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as empresas precisam sentar à mesa com os sindicatos de trabalhadores antes da dispensa em massa de funcionários. O placar foi de 6 votos a 3.

Os ministros concluíram que os trabalhadores têm direito ao diálogo com os empregadores. A decisão não obriga as empresas a firmarem convenção ou acordo coletivo com os funcionários. Também não significa que as companhias precisam de autorização das entidades de classe para efetivar as demissões.

“A medida trará vantagens também ao empregador, que poderá encontrar soluções alternativas ao rigor das dispensas coletivas, evitar a incidência de multas, contribuir para a recuperação e crescimento da economia do País”, defendeu o ministro Dias Toffoli.

O julgamento chegou a ser iniciado duas vezes. Em fevereiro do ano passado, a votação foi aberta no plenário virtual, mas Toffoli pediu para transferir a discussão para o colegiado. Quando o processo foi pautado no plenário físico, em maio de 2021, Toffoli pediu vista (mais tempo para análise) e suspendeu mais uma vez o debate.

A tese firmada pelos ministros foi a seguinte: “Intervenção sindical prévia é exigência procedimental imprescindível para dispensa em massa de trabalhadores, que não se confunde com autorização prévia por parte da entidade sindical ou celebração de convenção ou acordo coletivo.”

O debate foi aberto em um processo movido pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, na Grande São Paulo, na esteira da demissão de cerca de quatro mil trabalhadores da Empresa Brasileira de Aeronáutica Embraer em 2009. Ao analisar o caso, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) fixou o entendimento de que é “inválida a dispensa coletiva enquanto não negociada com o sindicato de trabalhadores, espontaneamente ou no plano do processo judicial coletivo”. A Embraer recorreu e o STF analisou o processo com repercussão geral, ou seja, o entendimento fixado pelos ministros serve como diretriz para todas as instâncias da Justiça julgarem casos semelhantes.

“O diálogo é ínsito à noção própria de democracia”, defendeu a ministra Rosa Weber, vice-presidente do tribunal, em seu voto.

Os ministros levaram em consideração que as demissões em massa têm impacto não só na vida dos trabalhadores envolvidos, mas em toda a sua comunidade.

PSDB deve ratificar apoio a Simone Tebet e coligação com MDB

O PSDB deve ratificar, em reunião de sua Executiva Nacional na quinta-feira, a decisão de se coligar com o MDB e apoiar a pré-candidatura ao Planalto da senadora Simone Tebet (MDB-MS), informou a legenda.

“Nesse importante momento da história do país será encaminhado, nessa quinta-feira, na Executiva Nacional do PSDB, a proposta de coligação com o MDB para eleição de presidente de República com o nome da senadora Simone Tebet”, disse o PSDB em publicação no Twitter.

Tebet afirmou, também no Twitter, que o PSDB dá mais um passo “em direção à união do centro democrático”, e disse que o partido, junto com MDB e Cidadania, caminha “para um momento histórico a favor da reconstrução do Brasil”.

A adesão do PSDB à pré-candidatura da senadora contará com a participação do senador tucano Tasso Jereissati (CE) na chapa de Tebet como pré-candidato a vice, de acordo com uma fonte que acompanhou de perto as conversas.

Em entrevista à CNN Brasil, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que “a expectativa amanhã é que primeiro possamos confirmar” a coligação.

Questionado sobre a escolha de Tasso para vice, ele afirmou que o senador “aglutina” e é um “dos mais respeitados”, mas acrescentou que o nome será anunciado “no momento oportuno”.

A pré-candidatura de Tebet conta com o apoio declarado da maioria da Executiva Nacional do MDB, ainda que lideranças de peso da legenda não tenham se manifestado, e também recebeu o endosso oficial do Cidadania.

MDB, PSDB e Cidadania formaram um grupo para definir um único nome a ser colocado como alternativa a chamada terceira via aos líderes nas pesquisas: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Inicialmente o grupo contava também com o União Brasil, mas o partido decidiu lançar candidatura própria no decorrer das discussões e anunciou o nome do deputado Luciano Bivar.

Guedes: Governo não conseguiu dar aumento para funcionalismo, mas reduziu impostos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na quinta-feira (09), que os servidores públicos não terão reajuste salarial em 2022, mas sinalizou que eles devem ser contemplados com aumentos em 2023. As declarações foram feitas durante participação virtual no Fórum da Cadeia Nacional, organizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

“O governo federal não conseguiu dar aumento para funcionalismo, mas reduziu impostos. O funcionalismo está entendendo que terá aumento para todo mundo ali na frente”, disse.

Segundo Guedes, o Brasil será o primeiro país a sair da crise econômica decorrente da pandemia de Covid-19 e da guerra da Ucrânia.

O ministro afirmou que um dos indicativos da melhora do ambiente econômico é a demanda por ações no processo de capitalização Eletrobras.

Para frear a alta de preços, Guedes também pediu aos empresários que travem os preços dos produtos vendidos no Brasil.

“Nova tabela de preços só em 2023, trava os preços, vamos parar de aumentar preços”, fez o apelo o ministro.

Pacheco sobre votação do pacote dos combustíveis: vamos definir a pauta no fim de semana

O presidente em exercício, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou na saída do Palácio do Planalto que vai definir neste fim de semana se o Senado votará o pacote dos combustíveis na próxima segunda-feira (13).

Pacheco é presidente do Senado e responsável por pautar os projetos em plenário, mas até domingo exerce ainda a Presidência da República interina, devido à viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) aos Estados Unidos. Os dois primeiros nomes da linha sucessória, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também estão fora do País.

A expectativa é que o Senado aprecie na próxima segunda-feira o projeto de lei complementar que estabelece um teto para o ICMS incidente sobre os combustíveis. O texto integra o pacote apresentado pelo Executivo para tentar frear a alta dos combustíveis.

A jornalistas, Pacheco não quis revelar quais atos assinou enquanto presidente interino. “Assinei o que presidente Bolsonaro assinaria”, limitou-se a dizer. De acordo com o parlamentar, a Secretaria de Comunicação do governo (Secom) vai divulgar o que foi assinado em breve.

Setor de serviços do Brasil tem recordes de altas de preços e criação de empregos em maio, mostra PMI

O setor de serviços do Brasil registrou em maio recorde de criação de empregos, mas também os aumentos mais acentuados de preços em mais de 15 anos, com a expansão da atividade perdendo força, de acordo com dados da pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global.

O PMI recuou a 58,6 em maio, de 60,6 em abril, permanecendo acima da marca de 50 que separa crescimento de contração. Embora tenha mostrado perda de força, essa ainda foi a segunda taxa mais rápida de expansão desde maio de 2007.

A manutenção do crescimento deve-se à retomada da demanda e de eventos após a pandemia de Covid-19, bem como a políticas de estímulo, de acordo com a S&P Global.

Os novos negócios aumentaram pelo 13º mês em maio devido à demanda forte e à conquista de novos clientes, o que levou os prestadores de serviços a buscarem expansão da capacidade e a contratarem novos funcionários.

Em maio, a taxa de criação de vagas no setor de serviços brasileiro foi a mais forte desde que a pesquisa começou, em março de 2007.

Mas o mês também foi marcado por aumentos recordes de preços. A inflação de insumos apresentou ritmo sem precedentes em maio, com os participantes da pesquisa citando custos mais altos de energia, alimentos, combustíveis, mão de obra e materiais.

Eles ainda indicaram pressão derivada da força do dólar e da guerra da Ucrânia. Esse cenário levou os fornecedores de serviços a elevaram os preços cobrados novamente em maio, com a taxa de inflação geral batendo máxima pelo terceiro mês seguido.

“Com os preços também subindo no setor industrial, os resultados do PMI mostram aumentos sem precedentes tanto nos custos de insumo quanto nos preços cobrados no setor privado”, disse a diretora associada de economia da S&P Markit, Pollyanna De Lima.

“Isso será preocupante para as autoridades dado que o aperto agressivo da política monetária falhou até agora em conter as pressões de preços causadas por limitações da cadeia de abastecimento, volatilidade dos preços de energia e a guerra na Ucrânia”, completou.

Em relação ao futuro, os empresários mostraram maior otimismo para os próximos 12 meses, com a taxa de sentimento positivo se fortalecendo para um pico em quase três anos.

As empresas citaram esforços para atrair novos clientes e investimento em campanhas, com algumas esperando estabilidade dos preços.

Com o crescimento menor em serviços, o PMI Composto do Brasil caiu da máxima de 14 anos e meio de 58,5 atingida em abril para 58,0 em maio. Ainda assim, a leitura é a segunda mais forte desde outubro de 2007, sustentada pela expansão da indústria brasileira para o nível mais alto em oito meses.

Unipar prevê construção de fábrica na Bahia com investimento de R$ 140 milhões

A petroquímica Unipar anunciou planos para implementação de uma unidade produtiva no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, que demandará investimentos de cerca de 140 milhões de reais.

A expectativa é que a obra seja finalizada em até dois anos contados do início da construção, prevista para começar no segundo semestre deste ano, disse a Unipar em comunicado ao mercado.

A capacidade anual de produção da nova fábrica será de até 10 mil toneladas de cloro, 12 mil toneladas de soda cáustica, 25 mil toneladas de ácido clorídrico e 20 mil toneladas de hipoclorito de sódio.

A Unipar atualmente tem fábricas em Cubatão (SP) e Santo André (SP), além de uma unidade em Bahía Blanca, na Argentina.

A capacidade instalada de produção da companhia no final do primeiro trimestre era de até 680 mil toneladas de cloro líquido ao ano, 766 mil toneladas de soda cáustica líquida e em escamas, 667 mil toneladas de ácido clorídrico e 472 mil toneladas de hipoclorito de sódio.

ACSP: Movimentação no varejo sobe 27% em maio, mas não atinge patamar pré-pandemia

Puxado pela movimentação no comércio no Dia das Mães e maior número de dias úteis, o varejo paulistano avançou 26,8% em maio, comparado com o mês anterior. Na comparação com um ano atrás, há alta de 28,9%. Os dados são do Balanço de Vendas elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP) e Boa Vista.

No entanto, se a comparação for feita entre maio deste ano com o mesmo mês de 2019, excluindo o cenário de restrições da pandemia, o indicador se mostra negativo em 9%.

“Observamos avanços, mas ainda não conseguimos atingir o mesmo nível de movimento registrado anteriormente à pandemia”, diz o economista da ACSP, Marcel Solimeo.

Quase 70% das empresas ativas no país são MEI, divulga ministério

Quase 70% das empresas em atividade no Brasil são formadas por microempreendedores individuais (MEI), divulgou hoje a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia. Segundo o boletim Mapa de Empresas, existem 13.489.017 MEI no país, de um total de 19.373.257 empresas ativas.

Segundo o diretor do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração do Ministério da Economia, André Luiz Santa Cruz, os dados mostram o sucesso das políticas de desburocratização e indicam que o país deixou de ser hostil ao empreendedorismo.

“O fato de ter grandes números de MEI é resultado do sucesso de política pública de formalização para quem tinha atividade informal. Não há dificuldades em abrir empresas no Brasil”, declarou Santa Cruz. Segundo ele, o microempreendedor individual representa uma categoria importante, que gera empregos formais (cada MEI pode contratar até um empregado) e criam empreendimentos que prosperam.

O diretor atribuiu o aumento da participação dos microempreendedores à política de melhoria do ambiente de negócios. “Quanto mais se melhora o ambiente de negócios, mais as pessoas se sentem estimuladas a empreender. Este é o retrato de nosso tempo. O Brasil não é mais um país hostil a quem quer empreender”, disse.

No primeiro quadrimestre deste ano, o tempo necessário para abrir um negócio ficou em 1 dia e 16 horas, o que representa uma redução de 1 dia e 13 horas em relação ao primeiro quadrimestre de 2021. De acordo com o Ministério da Economia, esse é o intervalo mais curto da série histórica. Segundo a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade, a meta é reduzir o tempo para menos de 1 dia até o fim deste ano. Atualmente, 61,3% das novas empresas alcançam esse prazo.

Na comparação por setores, a maior parte das empresas brasileiras atua no setor de serviços: 48,9%, segundo o boletim. Em seguida, vêm o comércio (32,6%), a indústria de transformação (9,3%), a construção civil (7,9%), a agropecuária (0,7%), a indústria extrativa mineral (0,1%), e outros setores (0,5%).

Comércio espera vender R$ 2,49 bilhões em produtos para o Dia dos Namorados

As vendas para o Dia dos Namorados deste ano deverão alcançar R$ 2,49 bilhões, com queda de 2,6%, descontada a inflação, na comparação com o resultado da mesma data em 2021, que chegou a R$ 2,56 bilhões. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e mostram efeito da inflação, que atinge diversos produtos e serviços relacionados ao período.

O movimento financeiro estimado deverá ser semelhante ao de 2019, ano em que as vendas do varejo atingiram R$ 2,47 bilhões. No ano seguinte (2020), o setor registrou queda histórica de 21,5% na comparação com o ano anterior, com movimentação de R$ 1,94 bilhão. Em 2021, houve avanço de 32,2% em relação ao ano anterior, com recuperação nas vendas do Dia dos Namorados.

“De 2011 a 2015, o varejo faturou mais do que fatura hoje”, disse à Agência Brasil o economista da CNC Fabio Bentes. “A diferença em relação àquele período está associada ao baixo crescimento da economia depois de 2016”. Como exemplo, Bentes citou o rendimento efetivo do mercado de trabalho que teve queda real de 6,3% no trimestre encerrado em abril deste ano, comparativamente ao mesmo período do ano passado.

“É inflação? É. Mas também é essa pressão que a taxa de desemprego coloca no ganho real do trabalho. E uma taxa de desemprego de dois dígitos, de 10,5%, acaba desfavorecendo os reajustes reais no rendimento do trabalho”. Bentes ressaltou que esta é a maior queda dos últimos dez anos. A taxa de 10,5% foi apurada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A CNC observou que os preços de bens e serviços associados ao Dia dos Namorados devem estar, em média, 10,7% mais altos do que no mesmo período do ano passado. Se confirmada tal expectativa, seria a maior variação do preço médio desses itens desde o início do levantamento feito pela CNC em 2013. “Na série histórica, é a maior variação da cesta desde 2013, cuja alta foi de 8,8%”.

Na cesta de 20 produtos e serviços pesquisada pela CNC, apenas um item (casa noturna) apresentou deflação de 5,9%. Todos os demais preços estão mais altos do que no ano passado. “Na maior parte dos casos, a variação é de dois dígitos”. Fabio Bentes destacou, entre as maiores altas, pacotes turísticos (21%), roupas masculinas (20,6%), flores naturais (19,4%) e artigos de maquiagem (18,4%).

Segundo o economista, a inflação está sendo o principal problema do varejo neste ano e acaba afetando os principais condicionantes do varejo, como o rendimento do trabalho.

IBGE reduz previsão de safra de café do Brasil em 2022 em 3,7% com baixa no arábica

A safra de café do Brasil deste ano foi estimada na quarta-feira (08) em 52,8 milhões de sacas, declínio de 3,7% ante o mês anterior, com uma produção menor que a esperada na variedade arábica, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mesmo com a redução, a safra do Brasil ainda será 7,8% maior ante 2021, quando o país estava no ano de baixa do ciclo bianual do arábica.

A colheita do café arábica, que está em andamento, foi estimada em 35,2 milhões de sacas, declínio de 5,9% frente ao mês anterior e alta de 9,8% ante o ano passado.

“Em 2022, a safra do café arábica será de bienalidade positiva, o que deveria resultar em um aumento expressivo da produção. Contudo, o clima seco e excessivamente frio do inverno de 2021, inclusive com a ocorrência de geadas em algumas regiões produtoras, reduziu o potencial de produção esperado, ao afetar a fixação das floradas e o desenvolvimento dos ‘chumbinhos'”, disse o IBGE.

Para o café canéfora (conilon/robusta), a colheita foi estimada em 17,66 milhões de sacas, aumento de 0,8% frente ao mês anterior e de 4,1% em relação a 2021.

Procura por voos domésticos tem queda de 9,9%

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou em São Paulo, que a procura por voos domésticos, medida em passageiros-quilômetro transportados (RPK), teve queda de 9,9% em abril, em relação ao mesmo mês de 2019, com base em dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Ainda segundo a Abear, a oferta, calculada em assentos-quilômetro oferecidos (ASK), teve redução de 5,8% na mesma comparação. A taxa média de ocupação dos aviões ficou em 78,4%, redução de 3,5 pontos percentuais. No total, foram transportados 6,1 milhões de passageiros, recuo de 16,2% diante de igual mês de 2019.

No mercado internacional, a demanda (RPK) teve queda de 34,2% e a oferta (ASK) anotou redução de 33,9% em relação a abril de 2019. O aproveitamento das aeronaves ficou em 83,9%, redução de 0,4 ponto percentual. O total de passageiros transportados atingiu 1,1 milhão, uma retração de 39,4%.

De acordo com a associação, a comparação dos resultados operacionais do mercado doméstico entre abril e março apresentou queda de 7,1% na demanda (RPK) e de 5,9% (ASK) na oferta. A taxa média de ocupação dos aviões recuou 1 ponto percentual. No mercado internacional, a demanda (RPK) cresceu 5,4% e a oferta (ASK) recuou 1,8% nas mesmas comparações.

O transporte aéreo de carga e correio registrou redução de 11,3% em abril em relação a abril de 2019. No mercado internacional, houve aumento de 12,7% em igual comparação.

Indústria cresce 0,1% em abril, diz IBGE

A indústria cresceu 0,1% em abril, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Oito dos 15 locais investigados acompanharam o resultado positivo. As maiores altas foram registradas no Rio de Janeiro (5,9%), em Santa Catarina (3,3%) e na Bahia (3%).

Apesar de percentuais mais baixos, a produção em Pernambuco (2%), no Pará (1,9%), na Região Nordeste (1,5%) e no Rio Grande do Sul (0,5%) também subiu acima da média nacional. Já o estado do Amazonas (0,1%) ficou no mesmo patamar. Em movimento contrário, Mato Grosso (-4,7%), Paraná (-4,3%) e São Paulo (-2,8%) tiveram recuos mais acentuados.

Segundo a pesquisa, no período entre fevereiro e abril, a média móvel trimestral ficou positiva em 11 dos 15 locais pesquisados. Os destaques foram Pará (6,3%), Minas Gerais (3,3%), Pernambuco (3,2%), Amazonas (3,2%), Ceará (2,7%), Rio de Janeiro (2,7%) e Região Nordeste (2,5%). No acumulado do ano, no entanto, houve recuo em 11 dos 15 locais pesquisados, principalmente no Pará (-10,2%), no Ceará (-9%) e em Santa Catarina (-8,1%).

Em 12 meses, a indústria nacional caiu 0,3% e sete dos 15 locais pesquisados tiveram taxas negativas em abril de 2022. “Amazonas (de 6,5% para 1,5%), Paraná (de 5,8% para 2,1%), Santa Catarina (de 3,5% para 0,1%), Rio Grande do Sul (de 5,2% para 2%), Ceará (de -0,9% para -3,7%), Espírito Santo (de 6,4% para 3,8%), São Paulo (de 1,6% para -0,7%) e Minas Gerais (de 7% para 4,8%) mostraram as principais perdas entre março e abril de 2022, enquanto Bahia (de -8,8% para -6,9%) e Mato Grosso (de 7,1% para 8,4%) assinalaram os maiores ganhos entre os dois períodos”, apontou a pesquisa.

Os dados foram divulgados pelo IBGE. Para o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, fatores como a inflação elevada, a baixa massa de rendimento, que reduz o consumo das famílias, o encarecimento das matérias-primas e o desabastecimento de insumos explicam o crescimento tímido em abril. “Tudo isso recai diretamente sobre a cadeia produtiva, diminuindo o ritmo da produção industrial”, observou.

O resultado do Rio de Janeiro, que foi a segunda taxa positiva consecutiva para a indústria fluminense, representou a principal influência no resultado. O avanço foi causado pelo desempenho do setor de coque e dos produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, impactando ainda o setor de metalurgia. “Foi a taxa mais intensa para o Rio desde julho de 2020, quando a indústria fluminense atingiu 8% de crescimento”, informou o analista.

De acordo com a pesquisa, a alta de 3,3% de Santa Catarina, que ficou em segundo lugar nos destaques de abril, foi influenciada em grande parte pela indústria do vestuário. Com o resultado, o estado eliminou parte da sua queda do mês anterior, que atingiu 3,5%.

Segundo o analista, a principal influência negativa no índice nacional foi a queda de 2,8% de São Paulo. O estado responde por aproximadamente 34% da produção industrial nacional. “O baixo desempenho do setor de veículos automotores e o de máquinas e equipamentos tiveram o maior peso nesse resultado”, explicou Bernardo Almeida.

A pesquisa mostrou ainda que em abril, cinco dos 15 locais pesquisados atingiram índices acima do patamar pré-pandemia de Covid-19, registrada em fevereiro de 2020. Minas Gerais e Rio de Janeiro ficaram em 5,8%; Mato Grosso, 5%; Rio Grande do Sul, 3% e Santa Catarina 2,9%.

Em relação a abril de 2021, a produção industrial caiu 0,5% com taxas negativas em sete dos 15 locais pesquisados. O IBGE destacou que abril de 2022 teve 19 dias úteis, ou seja, um dia a menos do que o mesmo mês do ano anterior.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O IGP-M voltou a ficar abaixo do IPCA no acumulado de 12 meses, após quatro anos acima do indicador oficial da inflação no país. Conhecido como “a inflação do aluguel”, o índice da FGV (Fundação Getulio Vargas) atualmente acumula alta de 10,72% em 12 meses, contra 12,13% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor-Amplo) na comparação.

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,47 por cento em maio, após alta de 1,06 por cento no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

No acumulado de 12 meses até maio, o IPCA teve alta de 11,73 por cento, contra 12,13 por cento do mês anterior.

PIB

O Banco Mundial revisou levemente para cima a previsão para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022, a 1,5%, de acordo com o relatório “Prospectos Econômicos Globais”, divulgado na terça-feira (07). Na edição de janeiro do mesmo documento, a instituição havia projetado que a maior economia da América Latina cresceria 1,4% este ano.

A entidade, por outro lado, cortou drasticamente a estimativa para a expansão econômica do Brasil em 2023, de 2,7% a 0,8%. Para 2024, a expectativa é por um avanço de 2%.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (06), o Ibovespa fechou em queda, após voltar a rondar os 112 mil pontos, com as ações da Hapvida e da Positivo Tecnologia liderando as perdas da sessão, que também voltou a mostrar volume negociado abaixo da média do ano. O índice Ibovespa teve queda de 0,82%, a 110.185,91 pontos. O volume financeiro somou R$ 16,8 bilhões.

Na terça-feira (07), o Ibovespa fechou em queda, em sessão marcada novamente por baixa liquidez, com o suporte de ações de commodities sendo contrabalançado pela percepção de aumento de risco fiscal. O mercado tem se equilibrado entre notícias positivas e negativas, com o segmento de commodities candidato a ser o fiel da balança. O índice Ibovespa teve queda de 0,11%, a 110.069,76 pontos. O volume financeiro somou R$ 21 bilhões.

Na quarta-feira (08), o Ibovespa fechou em queda, quase perdendo o patamar de 108 mil pontos no pior momento, pressionado pelo recuo das bolsas nos Estados Unidos na esteira do movimento dos Treasuries, além de preocupações com o cenário fiscal do Brasil. O índice Ibovespa teve queda de 1,55%, a 108.367,67 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,3 bilhões.

Na quinta-feira (09), o Ibovespa fechou em queda, contaminado por Wall Street e com mineração e siderurgia entre os destaques negativos, enquanto Eletrobras avançou antes da precificação da oferta de ações que privatizará a maior companhia de energia elétrica da América Latina. O índice Ibovespa teve queda de 1,18%, a 107.093,71 pontos. O volume financeiro somou R$ 24,9 bilhões.

Na sexta-feira (10), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em queda de 1,62%, a 105.357,63 pontos. Após um dado de preços acima do esperado nos Estados Unidos corroborar apostas de que o Federal Reserve pode manter o ritmo de aperto monetário até setembro para combater a inflação. O destaque da sessão fica com as ações da Eletrobras, que figuram entre as maiores quedas após a precificação da oferta de privatização da maior empresa de geração e transmissão de energia da América Latina. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 1,51% a 105.481,23 pontos. O volume financeiro somou R$ 30,6 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (10), por volta das 12h03, o dólar registrava alta de 1,75%, cotado a R$ 5,0016 na venda. O dólar abandonou perdas iniciais e passava a subir acentuadamente, chegando a superar a marca de 5 reais depois que dados de inflação norte-americanos bem acima do esperado intensificaram temores de um posicionamento mais agressivo por parte do Banco Central dos Estados Unidos.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (10) cotado a R$ 4,9892, o dólar teve forte alta contra o real, embora tenha fechado abaixo de cotações máximas acima da marca psicológica de 5 reais atingidas ao longo do dia, com dados de inflação norte-americanos mais elevados que o esperado desencadeando temores de endurecimento da trajetória de aperto monetário do banco central dos Estados Unidos.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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13/06/2022