Cenário Econômico Nacional – 20/06/2022

Cenário Econômico Nacional – 20/06/2022

Cenário Econômico Nacional – 20/06/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Renda média no Brasil caiu em 2021 para menor nível desde 2012, diz IBGE

A renda média dos brasileiros caiu em 2021 para o menor nível desde 2012 devido principalmente à redução do auxílio emergencial e ao aumento da inflação, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

O rendimento médio mensal real domiciliar per capita teve queda de 6,9% no ano passado e ficou em 1.353 reais, o menor valor da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua iniciada em 2012. Em 2020, o rendimento foi de 1.454 reais.

A inflação elevada afetou o rendimento, assim como a mudança nos critérios de concessão do auxílio-emergencial em 2021. Também influenciou a dinâmica do mercado de trabalho, que abriu mais vagas no ano passado para trabalhadores informais, que tendem a ter menor renda.

“O mercado de trabalho no primeiro ano da pandemia foi muito afetado por medidas sanitárias, especialmente comércio, serviços, trabalhadores sem carteira e por conta própria. Quando a flexibilização aconteceu, alguns voltaram ao mercado, mas com rendimento menor, e isso puxou para baixo a renda”, explicou a pesquisadora do IBGE Alessandra Scalioni.

“A exceção foi a renda de aluguel que subiu por que é ajustada pelo IGP-M”, completou.

De acordo com o IBGE, quase metade da população com menores rendimentos recebeu, em média, 415 reais por mês em 2021, queda de 15,1% em relação a 2020 (489 reais). A leitura também é a menor da série histórica.

A pesquisa destacou ainda a desigualdade de renda no país. Após relativa estabilidade em 2019 (0,544) e queda em 2020 (0,524), o índice de Gini do rendimento médio mensal domiciliar por pessoa aumentou em 2021, voltando ao patamar de dois anos antes (0,544) quanto maior o Gini, maior a desigualdade.

Mercado melhora projeções para déficit fiscal e dívida bruta do governo em 2022

O mercado financeiro melhorou as projeções para o resultado primário das contas do governo federal em 2022 pelo sexto mês consecutivo, mostrou relatório Prisma Fiscal divulgado pelo Ministério da Economia, indicando também uma redução na previsão para a dívida bruta no ano.

De acordo com o documento, que capta projeções de agentes de mercado para as contas públicas, a expectativa para o resultado primário do governo central neste ano ficou em déficit de 11,938 bilhões de reais, ante rombo de 21,346 bilhões de reais projetado em maio. O número do mês anterior diverge dos 22,053 bilhões de reais apresentados no relatório de maio, segundo a pasta, por conta de uma instabilidade no sistema que atrasou o acesso de algumas instituições.

As revisões das projeções para resultados mais positivos em 2022 começaram em janeiro, quando os agentes de mercado melhoraram a previsão de rombo fiscal neste ano de 95,5 bilhões de reais para 88,7 bilhões de reais. Todos os resultados seguintes trouxeram perspectivas melhores para as contas públicas.

As projeções do mercado para o resultado primário refletem uma melhora nas expectativas para a receita líquida do governo neste ano, com ampliação de 1,738 trilhão de reais no relatório anterior para 1,762 trilhão de reais na pesquisa deste mês. Houve elevação menos intensa na estimativa da despesa total do governo, de 1,757 trilhão de reais para 1,770 trilhão de reais.

Com a melhora nos dados, os analistas consultados pela pasta reduziram a expectativa para a dívida bruta do governo geral em 2022 para 78,90% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 80,05% na pesquisa de maio.

O governo vem registrando recordes de arrecadação em meio à retomada da atividade econômica, alta da inflação e disparada dos preços de combustíveis. A equipe econômica tem afirmado que a estratégia do momento é converter esse ganho de receitas em cortes de tributos.

As estimativas fiscais do mercado vieram melhores mesmo após o corte de PIS/Cofins de combustíveis, a redução de 35% do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para uma série de produtos e cortes de tarifas de importação.

Para 2023, as projeções de mercado indicam déficit primário de 24,764 bilhões de reais no governo central, ante 28,206 bilhões de reais na estimativa trazida pelo relatório anterior.

A dívida bruta no ano que vem, segundo os prognósticos, deve ficar em 81,75% do PIB, ante 83,23% previstos no mês passado.

Endividamento cresce no País e cria contingente de ‘devedores crônicos

De acordo com Lauro Leite, presidente da Return, empresa de recuperação de crédito do Santander, além dos problemas com perda de emprego ou gastos inesperados, a falta de organização também ajuda a tornar as dívidas uma “bola de neve”. Ele diz, por exemplo, que é comum o brasileiro pegar dinheiro emprestado de um cartão de crédito para pagar a conta de outro. “O brasileiro é cheio de cartões”, diz.

E, mesmo quem sai da lista de negativados, costuma voltar pouco tempo depois, segundo Eric Garmes de Oliveira, cofundador da Paschoalatto, que cobra dívidas para os principais bancos do País. Para quem está preso nesse círculo vicioso, diz ele, uma das recomendações é sempre mostrar disposição em negociar e resolver a questão. “Isso é importante para evitar que a dívida seja cobrada judicialmente”, explica.

E a situação deve piorar. Economista da Serasa, Luiz Rabi afirma que a trajetória da inadimplência é de alta, por causa da confluência negativa de renda em baixa, juro em alta e inflação galopante. “É um momento ruim do ponto de vista financeiro. Não vai ser simples diminuir o número de inadimplentes”, diz.

De acordo com a Boa Vista, o registro de inadimplentes voltou a crescer em maio, pela quarta vez seguida. Em relação ao mesmo mês em 2021, o indicador de dívidas em atraso subiu 12,7%. Segundo a entidade, a curva continuar “acelerada”.

Segundo Rabi, em momentos de dificuldade, o consumidor prefere atrasar contas do dia a dia, como água e luz, do que ficar devendo para o banco, o que geralmente resulta em uma inclusão mais rápida nos serviços de proteção ao crédito. E o brasileiro quer evitar isso, porque ter “nome limpo” para o parcelamento de necessidades de consumo.

Para Elle Braude, da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), o primeiro passo diante do endividamento é buscar ajuda, muitas vezes, vale consultar um especialista. Isso porque o endividado deve ter em mente que as ofertas de refinanciamento dos bancos não são, em geral, a melhor opção para o cliente.

Balança comercial tem superávit de US$ 4,9 bilhões em maio com recordes de exportação e importação

A balança comercial brasileira registrou superávit de 4,944 bilhões de dólares em maio, informou o Ministério da Economia nesta segunda-feira, em mês marcado por forte aceleração de preços dos produtos comercializados, levando a recordes de exportação e importação.

Pesquisa da Reuters com economistas apontava expectativa em valor ligeiramente inferior, com saldo positivo de 4,566 bilhões de dólares para o período.

O número do mês passado é resultado de 29,648 bilhões de dólares em exportações, e 24,704 bilhões de dólares em importações. Os dois indicadores são recorde para todos os meses da série histórica iniciada em 1997.

O saldo comercial, por sua vez, foi menor do que o observado em maio de 2021 (8,5 bilhões de dólares) e de 2020 (6,8 bilhões de dólares).

Os números do mês passado refletem uma forte aceleração dos preços dos produtos. O valor total das exportações brasileiras cresceu 8% na comparação com maio de 2021, resultado de uma alta de 21,9% nos preços dos itens vendidos, combinada a um recuo de 7,9% na quantidade embarcada.

As importações cresceram 33,5%, diante de um salto de 35,7% nos preços, simultaneamente a uma sutil alta de 0,1% nas quantidades compradas.

No recorte por setor, houve crescimento de 19,4% nas exportações da indústria de transformação e de 0,2% na agropecuária. A indústria extrativa teve valor médio reduzido em 4,5%.

A Ásia teve queda significativa nas compras feitas do Brasil, reduzindo sua participação nas exportações de 51% do total em maio de 2021 para 41,8% no mês passado.

No acumulado dos cinco primeiros meses de 2022, o saldo comercial brasileiro ficou positivo em 25,129 bilhões de dólares. Na divulgação dos dados de março, o Ministério da Economia revisou a projeção para o resultado da balança em 2022, impulsionada por melhor perspectiva para as exportações. De acordo com a estimativa da pasta, o saldo comercial do ano deve ficar positivo em 111,6 bilhões de dólares ante projeção de 79,4 bilhões de dólares feita em janeiro.

Servidores do BC aprovam continuidade da greve por tempo indeterminado

O Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal) informou na terça-feira (14), que os servidores do órgão aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado em assembleia nesta terça-feira (14). A manutenção do movimento de paralisação, que começou no dia 1º de abril, foi aprovada por 80% dos votos, segundo o presidente do Sinal, Fábio Faiad. A próxima assembleia ocorre no dia 21 de junho.

Segundo uma fonte que está participando da assembleia, está marcada para amanhã uma reunião dos sindicatos com a diretora de Administração do BC, Carolina de Assis Barros.

A greve no BC continua mesmo após o governo ter confirmado que os servidores não terão reajustes salariais este ano, algo que o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, já havia antecipado aos funcionários do órgão em reunião com os sindicatos no início de junho, conforme Faiad afirmou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Depois disso, a categoria reduziu a demanda de recomposição salarial em 2022 de 27% para 13,5%, segundo o Sinal. Mas também pedem um bônus de produtividade, a exemplo do que pedia a Receita Federal. Além disso, foi enviada ao Ministério da Economia uma proposta de minuta com a pauta não salarial dos servidores do BC, com pontos como exigência de ensino superior no concurso para todos os cargos e classificação da carreira como típica de Estado. O clima internamente é de insatisfação com a forma com que o tema tem sido conduzido.

O movimento dos servidores do BC tem prejudicado serviços e divulgações do órgão. O Comitê de Política Monetária (Copom) de junho está acontecendo sem antes o órgão ter divulgado às expectativas do mercado no Boletim Focus, que tem variáveis importantes para o modelo de inflação do colegiado.

Governo Central tem superávit de R$ 28,6 bilhões em abril, revela Tesouro

Com o forte crescimento na arrecadação de tributos federais, as contas do Governo Central registraram superávit primário em abril. No mês, a diferença entre as receitas e as despesas ficou positiva em R$ 28,553 bilhões. O saldo, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, foi o melhor desempenho para o mês desde 1997. Em abril de 2021, o resultado havia sido positivo em R$ 16,658 bilhões.

O superávit do mês passado foi maior que as expectativas do mercado financeiro, cuja mediana apontava um saldo positivo de R$ 17,3 bilhões, de acordo com o Prisma Fiscal do Ministério da Economia. Já a pesquisa do Projeções Broadcast indicava superávit de R$ 20,20 bilhões (intervalo de -R$ 5,80 bilhões a R$ 32,815 bilhões).

Nos quatro primeiros meses do ano, o resultado primário registrou superávit de R$ 79,263 bilhões, o melhor resultado desde 1997. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era positivo em R$ 40,863 bilhões. Em abril, as receitas tiveram alta real de 8% em relação a igual mês do ano passado.

No acumulado do ano, houve alta de 12,3%. Já as despesas caíram 0,5% em abril, já descontada a inflação. No acumulado de 2022, a variação foi positiva em 5,4%. Em 12 meses até abril, o Governo Central apresenta um déficit de R$ 4,6 bilhões, equivalente a 0,06% do PIB. A meta fiscal para este ano admite um déficit de até R$ 170,5 bilhões nas contas do Governo Central, mas a equipe econômica esperar fechar o ano com um rombo de R$ 66,9 bilhões, conforme projeção divulgada no último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas.

As despesas sujeitas ao teto de gastos subiram 19,1% no acumulado do ano até abril na comparação com o mesmo período de 2021, segundo o Tesouro Nacional. Pela regra do teto, o limite de crescimento das despesas do governo é a variação acumulada da inflação no ano passado. Porém, como o governo não ocupou todo o limite previsto em anos anteriores, na prática, há uma margem para expansão de até 15,2%. As despesas do Poder Executivo variaram 19,9% no período (a margem nesse caso é de 15,1%).

IGP-10 registra inflação de 0,74% em junho, diz FGV

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou inflação de 0,74% em junho deste ano, superior aos 0,10% de maio. Com o resultado, o IGP-10 acumula taxas de 8,53% no ano e de 10,40% em 12 meses.

A alta da taxa de maio para junho foi puxada pelos três subíndices que compõem o IGP-10. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, passou de uma deflação (queda de preços) de 0,08% em maio para uma inflação de 0,47% em junho.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, passou de 0,54% para 0,72% no período. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu de 0,74% para 3,29%.

Copom eleva juros básicos da economia para 13,25% ao ano

Em meio aos impactos da guerra na Ucrânia sobre a economia global, o Banco Central (BC) continuou a apertar os cintos na política monetária. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic, juros básicos da economia, de 12,75% para 13,25% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando estava em 13,75% ao ano. Esse foi o 11ª reajuste consecutivo na taxa Selic. Apesar da alta, o BC reduziu o ritmo do aperto monetário. Depois de dois aumentos seguidos de 1 ponto percentual, a taxa foi elevada em 0,5 ponto.

De março a junho do ano passado, o Copom tinha elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Com a alta da inflação e o agravamento das tensões no mercado financeiro, a Selic foi elevada em 1,5 ponto de dezembro do ano passado até maio deste ano.

Com a decisão de quarta-feira (16), a Selic continua num ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018. A Selic voltou a ser reduzida em agosto de 2019 até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada pela contração econômica gerada pela pandemia de Covid-19. Esse era o menor nível da série histórica iniciada em 1986.

A elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia. No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava crescimento de 1% para a economia em 2022.

Pobreza sobe em 2021 a nível mais alto da série histórica, diz FGV

A proporção da população que se encontra abaixo da linha da pobreza aumentou 42,11% em 2021, alcançando 23 milhões de pessoas, nível mais alto da série histórica em termos relativos ou absolutos, informou a Fundação Getulio Vargas em pesquisa de seu Centro de Políticas Sociais.

Segundo o levantamento, de 2020 para 2021, mais 7,2 milhões de pessoas entraram na parcela dos que estão abaixo da linha da pobreza, com menos de 210 reais per capita.

Se comparado ao período pré-pandemia, o número dos que entraram nessa condição chega a 3,6 milhões de pessoas.

A renda da população brasileira e o número de vulneráveis no país oscilou, no entanto, à medida que eram concedidos benefícios sociais pelo poder público, com grandes flutuações nas séries mensais de pobreza.

Em agosto de 2020, a pobreza atinge, segundo a FGV, seu menor ponto 3,9% da série histórica iniciada em 2015. Já em março de 2021, atinge seu ápice 13,2%, quando foi interrompido o Auxílio Emergencial.

“Os brasileiros mais pobres têm de fato vivido uma montanha-russa nos três últimos anos. A renda mensal dos 10% mais pobres já vinha em queda antes da chegada da Covid-19 ao Brasil e despencou a menos da metade no início do isolamento social”, dizem os autores da FGV Marcelo Neri e Marcos Hecksher na pesquisa.

“Desde este mínimo, a renda do grupo foi mais do que quadruplicada até seu pico histórico em agosto do mesmo ano (215 reais), na fase mais generosa do Auxílio Emergencial (AE). Daquele valor de pico, desabou, ficando 15,8% abaixo do nível pré-pandemia (96 reais em novembro de 2021). Este último projeta tendência negativa pois incorpora os valores nominais fixados do novo Auxílio Brasil face o cenário prospectivo de inflação alta, especialmente para baixa renda.”

Inadimplência bate recorde e atinge 66,1 milhões de brasileiros em abril, aponta Serasa

A inadimplência bateu novo recorde no país: em abril, 66.132.670 brasileiros estavam com o nome no vermelho, o maior número da série histórica da Serasa Experian, iniciada em 2016.

Desde o início do ano, mais de 2 milhões de brasileiros se tornaram inadimplentes.

Ao todo, eram R$ 271,6 bilhões em dívidas entre os inadimplentes.

“Sabemos que a instabilidade econômica do país vem afetando grande parte da população. No entanto, algumas ferramentas como o saque extraordinário do FGTS e a antecipação do pagamento do 13º salário para aposentados podem e devem ser utilizadas para reorganizar as finanças pessoais, amenizar dívidas e tentar tirar o nome do vermelho”, afirmou em nota o economista da Serasa, Luiz Rabi.

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o aumento da inadimplência ao decorrer de 2022 era uma movimentação esperada, mas existem fatores que podem auxiliar o consumidor nessa situação.

Com relação ao perfil das dívidas, os segmentos de Bancos e Cartões possui 28,1% dos débitos, enquanto contas básicas como água, luz e gás representam 22,9%.

Na comparação com abril de 2021, o setor de Financeiras foi o que teve maior aumento na participação de inadimplência, indo de 9,6% para 12,4%.

“As financeiras costumam oferecer crédito para perfis de risco, como os de consumidores inadimplentes. Por isso, quanto mais instável ficar o cenário econômico, mais a inadimplência desse setor tende a crescer”, explica Rabi, em nota. Já o recorte por faixa etária mostra que os inadimplentes estão, em sua maioria, nas faixas de 26 a 60 anos de idade (35,2%) e de 41 a 60 anos (34,8%).

Bolsonaro diz que deseja entregar país “bem lá na frente” a sucessor

O presidente Jair Bolsonaro afirmou no sábado (11) que pretende entregar o país a seu sucessor de forma democrática, mas bem mais adiante.

O presidente, que se encontra em viagem aos Estados Unidos, comentou ainda conversa com o presidente norte-americano Joe Biden, e disse se identificar com o povo dos EUA por compartilharem valores relacionados à liberdade.

“Eu só peço a Deus lá na frente, bem lá na frente, poder entregar para quem me suceder, democraticamente, um Brasil bem melhor do que aquele que recebi em janeiro de 2019”, disse em inauguração de vice-consulado em Orlando, nos Estados Unidos.

O presidente já afirmou em diversas ocasiões que não aceitará o resultado de eleições que não considerar “limpas” e vem reiterando ataques ao sistema eleitoral brasileiro. Na disputa pelo Palácio do Planalto marcada para outubro deste ano, Bolsonaro figura como segundo colocado nas pesquisas eleitorais, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Eu confessei para Joe Biden que desde criança eu sempre admirei o povo americano. Temos muita identidade, em especial na questão de valores tocantes à liberdade de religião e essa liberdade também que é um bem maior que qualquer um povo pode ter: a liberdade de expressão, a liberdade na sua forma mais ampla possível. E falei também com ele que sobre o que o mundo vem sofrendo com alguns que procuram cercear esse bem maior e o Brasil não foge disso.”

TSE diz que contagem simultânea de votos já é possível após Bolsonaro insistir em apuração paralela

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse em nota na segunda-feira (13) que “a contagem simultânea de votos já é possível há várias eleições”, após o presidente Jair Bolsonaro voltar a colocar em dúvida o processo eletrônico de votação em entrevista concedida mais cedo e insistir em uma totalização paralela dos votos pelas Forças Armadas, medida que o presidente afirmou ter sido rejeitada pelo tribunal.

O comunicado, embora não cite nominalmente, rebate alegações feitas reiteradamente por Bolsonaro favorável à realização de uma contagem paralela dos votos no dia das eleições. Bolsonaro tem dito falsamente que existe uma sala de contagem secreta que totaliza os votos do pleito.

No comunicado, o TSE informou que implementou novidades para o pleito, como a publicação dos Boletins de Urna (BU) tão logo recebidos após o encerramento da votação. O documento é impresso por cada uma das urnas eletrônicas logo após o término da votação e nele constam todos os votos depositados naquela urna eletrônica.

“Trata-se, portanto, de ferramenta que permitirá a qualquer pessoa ou instituição fazer contagem simultânea de votos. Para isso, é preciso ter acesso à internet, onde estarão disponibilizados os arquivos dos BUs das seções eleitorais. Tais arquivos correspondem efetivamente os resultados de cada seção eleitoral, disponibilizados em seu formato original. Isto é, sem processamento adicional, o que assegura a origem e a total integridade em relação aos dados emitidos pelas urnas eletrônicas”, afirma a nota do TSE.

“Todas as medidas voltadas para garantir ainda mais transparência e segurança nas Eleições 2022 vêm sendo amplamente divulgadas pelo portal do TSE e pela imprensa, o que leva a crer que questionamentos sobre o assunto acontecem apenas por desconhecimento técnico ou por motivações políticas”, disse o tribunal na nota.

Bolsonaro, que está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de intenção de voto para o pleito de outubro, tem repetido, sem apresentar provas, que houve fraude no primeiro turno da eleição de 2018 e que ele deveria ter vencido o pleito na primeira rodada de votação.

O presidente também tem repetido que a votação eletrônica não é auditável, o que não é verdade. Este ponto, inclusive, já foi reiteradamente esclarecido pelo TSE.

Senado aprova teto para ICMS sobre combustível e energia, proposta volta à Câmara

O Senado aprovou o projeto que limita a cobrança do ICMS aos setores de combustíveis, energia elétrica, gás natural, comunicações e transporte coletivo e, como os senadores alteraram o texto que veio da Câmara, a proposta terá de ser novamente analisada pelos deputados.

O texto não fixa uma alíquota, mas estabelece um teto de aproximados 17%, ao incluir esses setores no rol de “essenciais”.

A proposta também traz compensações a Estados por eventuais perdas de arrecadação em decorrência do limite ao ICMS.

Entre as alterações aprovadas pelos senadores está a inclusão de uma emenda que garante recursos à saúde e à educação, incluindo ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

A votação da proposta na segunda chegou a ser questionada e alguns senadores pediram seu adiamento, apontando incertezas jurídicas que rodeiam o tema. Os parlamentares citaram proposta de acordo em conciliação oferecida ao ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelos Estados.

Também lembraram de decisão do ministro, que deu 24 horas para manifestações do governo e do Congresso sobre o assunto.

Alexandre de Moraes, do STF, prorroga inquérito sobre declarações de Bolsonaro sobre vacinas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por 60 dias, o inquérito que apura declarações do presidente Jair Bolsonaro propagando notícias falsas sobre a eficácia das vacinas contra a Covid-19.

O ministro tomou a decisão a pedido da Polícia Federal, que considerou haver necessidade de prosseguimento das investigações.

O inquérito foi instaurado na corte a partir de apurações e conclusões do relatório final produzido pela CPI da Pandemia, no Senado. A Comissão Parlamentar de Inquérito atribui a prática de crimes a Bolsonaro e identificou semelhanças entre o modo de operação da pulverização de fake news sobre a vacinação com esquemas de propagação em massa em redes sociais.

Câmara aprova texto-base de projeto que limita ICMS dos combustíveis

A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que limita a aplicação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis. O texto, de origem na Câmara, passou pelo Senado e sofreu alterações, por isso, voltou à Câmara.

Os deputados devem analisar na quarta-feira (15), pela manhã, destaques a trechos de algumas emendas incluídas pelos senadores. A análise desses destaques começou a ser discutida na sessão de hoje, mas um problema técnico impediu a abertura do resultado das votações no painel do plenário. Por isso, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu encerrar a sessão e retomar a votação no dia seguinte. Após a conclusão dessa etapa, o texto seguirá para sanção presidencial.

O projeto afeta a alíquota do ICMS para gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. Segundo a proposta, esses produtos seriam classificados como essenciais e indispensáveis, levando à fixação da alíquota do ICMS em um patamar máximo de 17%, inferior à praticada pelos estados atualmente. O PLP também prevê a compensação da União às perdas de receita dos estados quando a perda de arrecadação ultrapassar 5%.

O texto também reduz a zero, até 31 de dezembro de 2022, as alíquotas de Cide-Combustíveis e a tributação de Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre a gasolina. O diesel e o gás de cozinha já têm esses tributos zerados.

Todos os deputados aprovaram as emendas vindas do Senado, ressalvados os destaques. Os deputados da oposição apoiaram o novo texto, principalmente por causa de uma emenda que garante recursos para o Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb). Essa emenda prevê que, se os estados e municípios perderem recursos em função da lei, a União vai compensá-los para que os atuais níveis do Fundeb sejam mantidos. A aprovação dessa emenda impede que o Fundeb perca recursos com a redução da arrecadação do ICMS. O fundo tem receitas vinculadas à arrecadação desse imposto.

Moraes é eleito presidente do TSE e promete combater milícias que atentem contra democracia

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) elegeu como presidente o ministro Alexandre de Moraes para comandar a corte e conduzir as eleições gerais de outubro, em meio a uma crise institucional alimentada por ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral e a cortes superiores.

Moraes, que assumirá o comando do tribunal em agosto no lugar de Edson Fachin, tem sido um dos alvos principais do presidente da República e aliados. Ele é relator de uma série de inquéritos em que Bolsonaro figura como investigado e não tem se intimidado com os ataques, muitas vezes pessoais.

“Posso garantir que a justiça eleitoral irá concretizar eleições limpas, seguras e transparentes”, disse Moraes em discurso após a votação. “A Justiça Eleitoral não tolerará que milícias pessoais ou digitais desrespeitem a vontade soberana do povo e atentem contra a democracia no Brasil”.

O ministro Ricardo Lewandowski foi eleito para a vice-presidência da instância máxima da justiça eleitoral. A escolha dos nomes é definida por uma regra pré-definida de rotatividade do tribunal.

Os ministros terão a tarefa de tocar o pleito eleitoral de outubro em meio a questionamentos sobre o sistema de votação por meio das urnas eletrônicas.

Bolsonaro e partidários lançam dúvidas, sem provas, sobre a segurança do sistema, sugerem que ele não permite a auditagem e levantam suspeitas sobre a possibilidade de fraudes. O presidente já afirmou em algumas ocasiões que não aceitará o resultado de eleições que não considerar “limpas”.

O TSE tem reiterado, seja por meio de ministros, seja por meio de testes e divulgação de dados, que o sistema de votação é seguro, confiável e que as urnas são invioláveis.

Mesmo com sinalização de Bolsonaro, aliados veem ainda pequena chance de Tereza Cristina ser vice

Mesmo com a fala surpreendente do presidente Jair Bolsonaro de voltar a cogitar a ex-ministra Tereza Cristina como opção para ser a vice em sua chapa pela reeleição, integrantes da ala política do governo ainda estão cautelosos.

“A chance é pequena ainda, mas no início da semana era zero. Já tem uma pequena chance, porque isso partiu do próprio presidente. Foi ele quem aventou essa possibilidade. Na cabeça de todos da campanha, (o nome do general Braga Netto) já era uma situação resolvida”, ressaltou ao G1 um interlocutor do presidente Jair Bolsonaro.

A percepção entre integrantes da campanha é de que, mesmo com as declarações feitas, Bolsonaro prefere o general Braga Netto, visto como uma espécie de seguro contra um eventual pedido de impeachment.

Para a ala política do governo, a única coisa que poderia fazer o presidente mudar seria o pragmatismo eleitoral, já que Tereza é vista como um trunfo, inclusive para diminuir a rejeição de Bolsonaro junto ao eleitorado feminino.

“Entre todo o quadro político, Tereza Cristina é a primeira opção de nove em cada dez aliados. Seria muito bom para a campanha”, afirmou esse interlocutor de Bolsonaro.

Em tempo: em março deste ano, foi o próprio Bolsonaro quem descartou a então ministra da Agricultura como vice, quando lançou o nome dela para disputar o Senado pelo estado de Mato Grosso do Sul.

Como revelou o G1 na ocasião, o anúncio aconteceu em um evento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Em discurso para senadores e deputados, ele disse que no próximo ano teria o ministro Tarcísio de Freitas como governador de São Paulo. Na sequência, ao lado de Tereza Cristina, engatou: “E, no próximo ano, não terei uma deputada-ministra, mas sim uma senadora-ministra da Agricultura”.

Ministro da Defesa pede encontro de técnicos das Forças Armadas e do TSE

Em ofício encaminhado ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira, pediu uma reunião entre as equipes técnicas das Forças Armadas e da corte responsável pela condução do processo eleitoral de outubro.

As Forças Armadas foram convidadas pelo próprio TSE a participarem de uma comissão de transparência das eleições. Iniciativa tinha como intenção reduzir os atritos e esclarecer questionamentos levantados em boa parte pelo presidente Jair Bolsonaro e aliados, sem prova, sobre a lisura e a segurança do sistema eleitoral. Ainda assim, não houve redução da tensão entre o presidente, seu ministro da Defesa e a corte eleitoral.

“Solicito a Vossa Excelência o agendamento de um encontro entre as equipes técnicas do Tribunal e das Forças Armadas”, diz Nogueira em ofício encaminhado a Fachin.

“Pretende-se, com esse encontro, dirimir eventuais divergências técnicas surgidas nos trabalhos da Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e discutir as propostas apresentadas pelas Forças Armadas”, acrescentou.

O ministro e o presidente têm insistido que as sugestões dos militares não foram acatadas e que apesar do convite da corte para a comissão, as Forças Armadas não se sentem “devidamente prestigiadas”.

Na segunda-feira (13), o TSE publicou texto em sua página oficial informando que acolheu “de forma completa ou parcial, 32 propostas feitas pelos integrantes da Comissão de Transparência Eleitoral (CTE) ainda para as Eleições 2022”. Ainda de acordo com a corte, esse número de propostas acatadas equivale a 72% do total de 44 sugestões apresentadas.

Das sugestões feitas pelo general de Divisão Heber Garcia Portella, que representa as Forças Armadas no colegiado, cinco foram totalmente acolhidas, três parcialmente, três vão ficar para o próximo pleito e apenas uma foi rejeitada, que pretendia divulgar lista de abstenções, mas isso desrespeitaria princípios da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.

O TSE também tem reiterado, seja por meio de ministros, seja por meio de testes e divulgação de dados, que o sistema de votação é seguro, confiável e que as urnas são invioláveis e que “todas as medidas voltadas para garantir ainda mais transparência e segurança nas Eleições 2022 vêm sendo amplamente divulgadas pelo Portal do TSE e pela imprensa, o que leva a crer que questionamentos sobre o assunto acontecem apenas por desconhecimento técnico ou por motivações políticas”.

Lira e Nogueira procuram José Mauro e pressionam por renúncia imediata do comando da Petrobras

Após a notícia de que a Petrobras não ia segurar o reajuste dos combustíveis, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o ministro da Casa Civil, procuraram diretamente o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, para que a estatal recuasse da decisão e cobraram que ele renunciasse imediatamente do comando da estatal.

A conversa, segundo o G1 apurou, foi em tom ríspido.

Nas palavras de um ministro do governo, “o foco agora é tirar José Mauro mais rápido possível do comando da empresa”.

Com apoio do Planalto, Lira prometeu, em seguida ao telefonema, “medidas duras” no Congresso contra o reajuste: fala em mudar política de preços e dobrar a taxação de lucro da estatal.

O presidente Bolsonaro apoia a decisão.

Crivella almeja o Senado para retomar carreira política, mas partido resiste

Membros do Republicanos debatem se o ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella deve se candidatar ao Senado ou à Câmara dos Deputados nas eleições deste ano. Com expectativa de amealhar ao menos 200 mil votos para deputado, Crivella é visto como o principal puxador do partido, embalado pelo eleitorado evangélico. No entanto, uma ala da legenda, encabeçada pelo próprio Crivella, insiste para que ele entre na disputa que hoje tem o senador Romário (PL) como único pré-candidato apresentado como “bolsonarista”.

Na avaliação de lideranças do Republicanos ligadas ao ex-prefeito, o alinhamento entre Crivella e o presidente Jair Bolsonaro (PL) no enfrentamento à pandemia da Covid-19 faria dele um nome com mais apelo junto ao eleitorado de direita. Eles também argumentam que Romário não se atrela às pautas de costumes, caras ao bolsonarismo.

No cálculo mais conservador de outros nomes do Republicanos, no entanto, uma candidatura de Crivella à Câmara significaria um voo mais tranquilo para o ex-prefeito e para o partido, além de garantir um número maior de parlamentares na bancada federal. Apesar de pesquisas de intenção de votos o apontarem como um nome bem cotado ao Senado, pesa contra Crivella o fato de o Republicanos ainda ocupar espaços generosos no governo de Cláudio Castro (PL), que é correligionário de Romário. Atualmente, o partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus comanda a Secretaria Estadual de Assistência Social e é responsável por nomeações na pasta de Administração Penitenciária (Seap).

Com tantos cargos e projetos espalhados pelo governo, há o temor de que sejam feitos cortes em retaliação a uma eventual empreitada de Crivella. A pessoas próximas, o bispo licenciado da Universal externou a vontade de voltar ao Senado, onde já cumpriu dois mandatos. O ex-prefeito não respondeu aos pedidos de entrevista.

Mercado publicitário tem expansão e supera patamar anterior à pandemia

O mercado publicitário brasileiro movimentou aproximadamente R$ 69 bilhões em compra de mídia em 2021, de acordo com o levantamento da Kantar Ibope Media. O resultado do ano anterior é 29% superior ao registrado em 2020, período de maiores restrições pela Covid-19, quando o setor totalizou um investimento de R$ 49 bilhões. Mas a principal notícia do estudo é que o setor já superou os patamares anteriores à pandemia.

Na comparação com o ano de 2019, o resultado de 2021 mostra um avanço de 16%. “O mercado publicitário viu as marcas cortarem os seus investimentos em 2020. No ano passado, mesmo com alguns reflexos da doença na economia, as empresas voltaram a investir na comunicação”, explica a diretora da Kantar Ibope Media, Viviane Vela.

Conforme o levantamento, mais de 90% do total em compra de mídia foram realizados por 15 segmentos da economia. No topo do ranking estão os setores de serviços ao consumidor (20%), comércio (19%) e financeiro e securitário (10%).

Desde que a Kantar Ibope Media começou a compilar dados de investimento publicitário, há sete anos, essa é a primeira vez que o setor de comércio não aparece na primeira colocação do estudo.

Outro aspecto importante na retomada do capital no mercado criativo se deu com a entrada de novos anunciantes. Os dados da pesquisa – que tem o título Insider Advertising, ou Por Dentro da Publicidade – apontam que o número de empresas investindo em propaganda cresceu 22% em relação a 2020 e 47% na comparação com 2019.

“A maior parte desses entrantes têm atuação forte no digital, mas eles anunciam em todos os espaços publicitários”, destaca a presidente da Kantar Ibope Media no Brasil, Melissa Vogel.

Conforme apurou a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, na lista empresas que mais investiram em publicidade em 2021 estão nomes como a rede social chinesa TikTok, o e-commerce asiático Shopee e o aplicativo de compras de supermercados Cornershop.

Além de retomar o crescimento nos valores investidos, o mercado publicitário voltou a alocar recursos em inserções que acabaram sendo deixadas de lado por causa das limitações de movimentação de pessoas impostas da pandemia.

Um dos destaques, segundo a pesquisa, foi o avanço nas campanhas em mobiliários urbanos, como os painéis digitais, relógios de rua e outdoors, que registraram crescimento de 39% de um ano para o outro.

A Insider Advertising ainda avaliou a recepção do público às campanhas. Em 2021, 70% dos espectadores disseram estar atentos aos anúncios das marcas, 10 pontos porcentuais a mais que o registrado em 2020.

Além disso, quase metade dos brasileiros disseram levar em conta a publicidade na hora de fazer compras.

Localiza anuncia venda de ativos a fundo da Brookfield por R$ 3,570 bilhões

A Localiza e a Unidas anunciaram na segunda-feira (13) que firmaram um Contrato para a venda, pela Unidas, a um fundo de investimentos administrado por afiliadas da Brookfield Asset Management, de determinados ativos a serem segregados das operações de RAC (aluguel de carros) e seminovos, incluindo cerca de 49 mil carros, de controladas da Unidas, por R$ 3.570.526.000,00. O valor está sujeito a ajustes, conforme usual em operações dessa natureza.

O fundo comprador é o Cedar Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, acionista controlador da Ouro Verde Locação e Serviço.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as empresas explicam que o contrato foi firmado em atendimento ao Acordo em Controle de Concentração (ACC) assinado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no contexto da aprovação da combinação de negócios das companhias.

O fechamento da operação está sujeito ao cumprimento de determinadas condições suspensivas, entre as quais a aprovação da Compradora pelo Tribunal do Cade; a aprovação da Operação pelo Cade; a consumação da Combinação de Negócios; e a realização de uma reorganização societária de controladas da Unidas, além de outras condições suspensivas usuais em operações dessa natureza. “As Companhias e a Compradora submeterão imediatamente ao Cade os documentos da Operação e respectivos formulários para fins de cumprimento do ACC”, afirmam.

Os bancos Scotiabank, BTG e Citi atuaram como assessores financeiros e financiadores da compradora na transação e o Bank of America atuou como assessor financeiro das companhias. Atuaram como assessores legais da operação, Pinheiro Neto Advogados, pelas companhias, e Cescon Barrieu, pela compradora. Como assessores legais de antitruste, atuaram Machado Meyer, LCA e VMCA, pelas companhias.

Setor de serviços do Brasil cresce em abril, mas inicia 2º trimestre com ritmo abaixo do esperado

O volume de serviços no Brasil registrou crescimento pelo segundo mês seguido em abril, beneficiando-se da reabertura econômica, mas iniciou o segundo trimestre com ritmo abaixo do esperado.

O volume de serviços aumentou 0,2% em relação a março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (14). O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de ganho de 0,4%.

O IBGE ainda revisou para baixo do dado de março, para aumento de 1,4%, de 1,7% informado anteriormente.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, foi registrada alta de 9,4%, ante expectativa de avanço de 10,4%.

Com esse resultado, o setor está 7,2% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, segundo o IBGE.

Depois de ser fortemente abalado pelas restrições para combate à Covid-19, o setor de serviços vem se recuperando diante da reabertura econômica.

No entanto, o cenário no país é de forte pressão inflacionária que corrói o poder de compra, o que tende a afetar principalmente os serviços prestados à família.

No mês de abril, apenas duas das cinco atividades pesquisadas tiveram ganhos, informação e comunicação, de 0,7%, e serviços prestados às famílias, de 1,9%.

Por outro lado, resultados negativos foram registrados em transportes (-1,7%); serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%); e outros serviços (-1,6%).

No entanto, o transporte de passageiros cresceu 2,3% no mês e superou pela primeira vez o patamar pré-pandemia, ficando 0,1% acima do nível de fevereiro de 2020.

CCR acumula falhas nos trens de SP, mas lidera concessões do governo

Uma das principais vencedoras das recentes concessões de rodovias do país, ganhando inclusive a relicitação da Via Dutra, a CCR se arriscou em novos territórios para se tornar referência em operações de infraestrutura no Brasil. Ganhou o leilão de 15 aeroportos de 2021 e deve disputar Congonhas, em São Paulo, neste ano. Opera linhas de metrô em São Paulo e Bahia e barcas no Rio. Mas toda essa experiência não garantiu sucesso na gestão de trens metropolitanos na capital paulista.

Líder do consórcio Via Mobilidade, que assumiu em janeiro a operação das linhas 8 (Diamante) e 9 (Esmeralda) quer eram da estatal Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), vem enfrentando problemas no modal, complicando a vida dos passageiros. A linha 8 liga Itapevi com a estação Júlio Prestes, no Centro, com 24 estações. A linha 9 tem 11 estações, de Pinheiros a Jurubatuba.

Seguidas falhas técnicas vêm causando atrasos e deixam os trens superlotados com frequência, especialmente pela manhã, horário de pico. Problemas nos cabos aéreos já interromperam o fornecimento de energia, obrigando os trens a circularem com velocidade reduzida e com intervalos de até 40 minutos. Em março, o Ministério Público de São Paulo abriu duas investigações, uma no âmbito do consumidor e outra sobre prejuízos ao patrimônio público.

O promotor Silvio Marques, que está à frente das investigações sobre possíveis prejuízos ao patrimônio público, não fala em romper o contrato de concessão imediatamente. Mas não descarta entrar com uma ação na Justiça contra o consórcio para que essa decisão seja avaliada:

“A CCR tem expertise na operação de estradas, metrôs, mas claramente não tem experiência na operação de trens metropolitanos. Assumiram a concessão sem estar preparados. Vamos pedir indenizações aos usuários e ao Estado.”

Varejo de SP tem crescimento recorde no 1º trimestre e fatura R$ 252,5 bilhões

O comércio varejista no Estado de São Paulo registrou faturamento de R$ 252,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que equivale a um crescimento de 10,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no estado de São Paulo (PCCV), promovida pela FecomercioSP, essa é a maior alta porcentual nos três primeiros meses do ano desde 2010.

As vendas foram R$ 23,5 bilhões maiores no primeiro trimestre deste ano na comparação com igual período de 2021. Em 2022, o mês de janeiro teve um aumento de 5,5%, em fevereiro, de 7,9%, alcançando em março 17,2%. Já em 2021, o crescimento foi respectivamente de 3,4%, 3,5% e 6,3%.

Dos nove segmentos avaliados na pesquisa, oito mostraram avanço no faturamento real. Na liderança, estão as lojas de vestuário, tecidos e calçados (50,5%), que foi uma das áreas mais impactadas na pandemia encolhendo 20% do seu faturamento anual. O setor é seguido por outras atividades (19,7%), autopeças e acessórios (18,5%), concessionárias de veículos (13,3%). Além disso, houve alta nas vendas de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (9,5%), materiais de construção (8,7%), farmácias e perfumarias (8,1%) e, por fim, as lojas de móveis e decoração (6,6%). O único caso de estabilidade foi o setor de supermercados (-0,6%). Capital.

Na capital paulista, a alta do faturamento do varejo foi de 11,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Considerando a série histórica a partir de 2008, foi o maior resultado do varejo paulistano para o período, atingindo uma receita de R$ 74,9 bilhões -alta de R$ 7,9 bilhões na comparação com o primeiro trimestre de 2021.

Na cidade, as taxas de expansão foram observadas em oito segmentos: lojas de vestuário, tecidos e calçados (58,6%), outras atividades (27,9%), autopeças e acessórios (21,4%) e lojas de móveis e decoração (46,8%). Também tiveram expansão no faturamento as lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (63,0%), concessionárias de veículos (38,6%), farmácias e perfumarias (9,5%) e materiais de construção (12,3%). No sentido inverso, houve queda nos supermercados (-2%). Em ambos os casos, estado e capital, esse aumento significativo pode ser explicado pela diminuição da taxa de desemprego, que na unidade federativa foi de 14,9%, em 2021, para 10,5%, em 2022, o que impactou positivamente na renda média, sobretudo na cidade de São Paulo. E, também, pela concessão de crédito, que em fevereiro subiu 21% na comparação anual, segundo o Banco Central.

Micro e pequenos empresários mantêm otimismo pelo quarto mês seguido

O otimismo dos donos de micro e pequenas empresas segue em alta pelo quarto mês consecutivo. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o índice de confiança do micro e pequeno empresário (IC-MPE) avançou 1,8 ponto em maio, chegando a 98,1 pontos, o maior nível desde outubro de 2021, quando indicou 98,9 pontos. Os dados fazem parte da Sondagem Econômica das Micro e Pequenas Empresas, realizada em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Na avaliação do Sebrae, a maior circulação de pessoas, após dois anos de confinamento em razão da pandemia de Covid-19, a melhora no desempenho das vendas, bem como a prorrogação do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) até 2024, pesaram na percepção positiva dos empresários.

“A contínua recuperação da confiança foi observada em todos os setores pesquisados: comércio, serviços e indústria de transformação”, disse o Sebrae.

Entre os setores, o comércio foi o que obteve mais destaque. Após registrar queda em abril, a confianças dos empresários desse segmento voltou a subir em maio. O índice apresentou elevação de 5,5 pontos, fechando o mês em 91,4 pontos, o maior nível desde outubro de 2021 (92,9 pontos).

No setor de serviços, a atividade de transporte foi a que mais se destacou. Outro setor que ganhou espaço foi o de serviços profissionais e serviços prestados às famílias. Já a indústria de transformação se manteve em um patamar neutro, mas com destaque para o vestuário que trouxe um índice de confiança positivo.

De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o ânimo dos empresários foi influenciado tanto pela situação atual quanto pelas expectativas de curto prazo. Melles, entretanto, pondera que ainda é preciso ter cautela.

“Mesmo com esse cenário de melhora no ânimo por parte das empresas, a parcimônia tem sempre que prevalecer, já que ainda enfrentamos problemas conjunturais, como a escassez de insumos, prognósticos de alta de inflação e taxas de juros”, argumentou.

Índice de produção industrial sobe e dá sinais de melhora em maio, mostra CNI

O índice de produção industrial atingiu 53,6 pontos em maio, mostrando sinais de melhora do setor, segundo Sondagem Industrial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em abril, o índice estava em 46,5 pontos, sinalizando queda da produção. O indicador varia de 0 a 100 pontos, com uma linha de corte de 50 pontos, valores acima indicam crescimento e abaixo queda.

O emprego industrial também apresentou crescimento, segundo a pesquisa, acompanhando o impulso da produção. Em maio, o índice de evolução do número de pessoas empregadas na indústria chegou a 51 pontos, uma alta de 0,5 ponto em relação a abril. “Ao se afastar da linha de 50 pontos, o índice mostra novo crescimento do emprego, maior e mais disseminado entre as empresas em maio”, destaca a CNI.

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) na indústria cresceu um ponto porcentual em maio, na comparação com abril, atingindo 70%. Já em relação a maio de 2021, a UCI manteve-se inalterada. O indicador que mede a UCI efetiva em relação ao usual ficou em 46,1 pontos em maio, um aumento de 2,8 pontos em relação a abril. Com relação aos estoques, o índice que mede a evolução do nível de estoques foi de 49,7 pontos, ligeiramente abaixo da linha divisória dos 50 pontos, indicando pequena queda dos estoques em relação ao mês anterior.

O índice que mede o nível de estoque efetivo em relação ao planejado teve queda de 1,5 ponto, para 49,1 pontos. “Ao cair para abaixo dos 50 pontos, o índice mostra que o nível de estoque ao fim do mês foi inferior ao planejado pelo empresário. A última vez que o estoque planejado foi significativamente inferior ao registrado foi em setembro de 2021 (em janeiro de 2022, o índice ficou praticamente sobre a linha, em 49,9 pontos)”, destaca a pesquisa.

ACSP defende interrupção dos aumentos da taxa de juros

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) defende que o Banco Central anuncie já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) a interrupção da elevação da taxa de juros. Na noite de quarta-feira (15), foi divulgado um aumento da Selic de 12,75% para 13,25% ao ano, algo que vai impactar ainda mais no varejo e nas atividades econômicas de uma forma geral.

Os consumidores já sentem muito no bolso no momento em que vão às compras. Itens com valores mais elevados como, por exemplo, produtos da linha branca, eletrônicos, móveis, veículos e imóveis estão cada vez menos acessíveis para uma grande parcela da população brasileira.

“Subir os juros a cada anúncio do Banco Central não é a solução do problema”, disse Marcel Solimeo, economista da ACSP. “A gente precisa aguardar um tempo para saber como a inflação vai se comportar com essa já alta taxa de juros praticadas no País”, emendou.

Hoje, temos no Brasil uma piora das condições do crédito e uma menor disponibilidade de financiamento no mercado, com uma taxa grande de desemprego e queda no poder aquisitivo das famílias. “Fica difícil adquirir produtos como geladeira, fogão, máquina de lavar, TVs, computadores, celulares, carros e imóveis, por exemplo”.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou, na quarta-feira (15), a taxa Selic em um 0,5 ponto percentual, passando de 12,75% para 13,25%. Com isso, a taxa básica de juros atingiu o seu maior patamar desde dezembro de 2016 e com uma alta pela 11ª vez seguida.

Para a próxima reunião, o Comitê escreveu, no comunicado, que antevê um novo ajuste, de igual (+0,5pp) ou menor magnitude (+0,25pp).

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

IPCA

No cenário de referência, que utiliza câmbio variando conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC) e juros do Relatório de Mercado Focus, o BC alterou a projeção do IPCA de 2022 de 7,3% para 8,8%. No caso de 2023, foco da política monetária atualmente, subiu de 3,4% para 4,0%. Dessa vez, mesmo que ainda esteja fora do horizonte relevante, o BC também trouxe a sua projeção para 2024, que está em 2,7%.

PIB

A Instituição Fiscal Independente (IFI) melhorou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, passando de 1% para 1,4%, e, assim como a maioria dos agentes financeiros piorou as previsões para a inflação, conforme os dados do Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF), divulgado na quarta-feira (15).  Contudo, piorou as estimativas de crescimento em 2023, reduzindo a taxa de 1% para 0,8%.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (13), o Ibovespa fechou em queda, tocando mínimas desde o começo do ano, em meio a uma forte aversão a risco global em razão de preocupações sobre os movimentos de bancos centrais, principalmente do Federal Reserve, para conter a inflação e seus efeitos na atividade econômica. O índice Ibovespa teve queda de 2,73%, a 102.598,18 pontos. O volume financeiro somou R$ 30,1 bilhões.

Na terça-feira (14), o Ibovespa fechou em queda, com a manutenção da aversão a risco no exterior, na véspera da aguardada decisão do Federal Reserve sobre juros, em que parte do mercado já se posiciona para um aumento maior na taxa de referência dos EUA (em 0,75 ponto porcentual), o Ibovespa não escapou da oitava perda seguida, em desempenho não visto desde maio de 2012. O índice Ibovespa teve queda de 0,52%, a 102.063,25 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,8 bilhões.

Na quarta-feira (15), o Ibovespa fechou em alta, reagindo após oito quedas consecutivas, em sessão marcada por decisão do Banco Central norte-americano de aumentar o ritmo do aperto monetário para conter a inflação nos Estados Unidos. A alta veio após o indicador acumular um declínio de 9,19% na maior sequência de quedas desde 2015. A última vez em que o Ibovespa caiu por mais de oito sessões foi em 1998, quando recuou por nove pregões. O índice Ibovespa teve alta de 0,73%, a 102.806,82 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,8 bilhões.

Na quinta-feira (16), feriado, sem operações na bolsa.

Na sexta-feira (17), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em queda de 3,79%, a 98.911,74 pontos. Perdendo o patamar dos 100 mil pontos pela primeira vez desde novembro de 2020, sem alívio nas preocupações com os efeitos de medidas de políticas monetária na atividade econômica mundial. Parte das vendas na bolsa brasileira refletia ajustes a fortes perdas em Wall Street na véspera, quando não houve negociação no mercado acionário brasileiro pelo feriado de Corpus Christi. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 2,90%, a 99.824,94 pontos. O volume financeiro somou R$ 43,1 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (17), por volta das 12h14, o dólar registrava alta de 2,30%, cotado a R$ 5,1417 na venda. O dólar tinha forte alta contra o real, movimento atribuído por investidores a um ajuste à forte aversão a risco registrada na véspera nos mercados internacionais, quando os ativos brasileiros não tiveram negociações devido ao feriado de Corpus Christi.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (17) cotado a R$ 5,1443, marcando uma terceira valorização semanal consecutiva com impulso da recente decisão do Federal Reserve de subir os juros dos Estados Unidos no ritmo mais intenso desde 1994, conduta que, além de tornar a moeda norte-americana globalmente mais atraente, elevou temores de uma recessão na maior economia do mundo, minando o apetite de investidores por risco.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
20/06/2022