Cenário Econômico Nacional – 27/06/2022

Cenário Econômico Nacional – 27/06/2022

Cenário Econômico Nacional – 27/06/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

IPC-S acelera a 0,91% na 2ª quadrissemana de junho, após 0,79% na 1ª leitura

O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou a 0,91% na segunda quadrissemana de junho, após 0,79% na primeira leitura. A informação foi divulgada na segunda-feira (20), pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador acumula alta de 10,58% em 12 meses, maior do que o avanço de 10,44% no período até a primeira medição.

Das oito categorias de despesas que compõem o indicador, quatro avançaram da primeira para a segunda quadrissemana do mês, com destaque para Habitação, que passou de queda de 0,15% para alta de 0,79%. O item com maior influência no grupo foi tarifa de eletricidade residencial (-4,99% para -0,15%).

Vestuário (1,62% para 1,94%), Comunicação (-0,31% para -0,23%) e Educação, Leitura e Recreação (3,43% para 3,44%) foram os outros grupos a apresentar acréscimo na taxa de variação. Nessas classes, os itens com maior peso foram roupas masculinas (2,12% para 2,93%), serviços de streaming (0,46% para 1,09%) e passagem aérea (15,40% para 15,90%).

Por outro lado, Transportes (0,62% para 0,30%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,89% para 0,72%), Despesas Diversas (0,77% para 0,61%) e Alimentação (0,73% para 0,70%) arrefeceram ante a primeira quadrissemana. Esses grupos foram puxados por etanol (0,07% para -4,87%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,85% para 0,95%), serviços bancários (1,04% para 0,75%) e hortaliças e legumes (-7,09% para -8,04%).

Passagem aérea (15,40% para 15,90%) e taxa de água e esgoto residencial (3,85% para 3,21%) foram os itens que mais pressionaram para cima o IPC-S da segunda quadrissemana de junho. Leite tipo longa vida (5,09% para 5,31%), condomínio residencial (0,45% para 1,38%) e automóvel novo (0,93% para 0,92%) completam a lista.

Na outra direção, tomate (-23,56% para -16,45%), cenoura (-34,48% para -34,15%) e etanol (0,07% para -4,87%) foram os itens que mais puxaram o indicador para baixo, seguidos por batata-inglesa (-2,71% para -7,14%) e banana-prata (-5,09% para -7,42%).

IGP-M acelera a 0,55% na 2ª prévia de junho, de 0,39% na mesma leitura de maio

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou a 0,55% na segunda prévia de junho, de 0,39% na mesma leitura de maio, informou nesta segunda-feira (20), a Fundação Getulio Vargas (FGV). Dois dos três componentes do IGP-M registraram avanço no período.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) acelerou a 0,66% neste decêndio, de 0,28% na prévia de maio, de acordo com a FGV. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) também avançou no período, de 0,70% para 3,33%. Em contrapartida, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) desacelerou de 0,38% na segunda prévia de maio para 0,21% agora.

ITE-Facamp avança 0,8% na margem em abril, após alta de 0,6% em março

O Índice de Tendência Econômica da Facamp (ITE-Facamp) avançou 0,8% na margem em abril, na série com ajuste sazonal, após alta de 0,6% em março. Com o resultado, a média móvel trimestral do indicador chegou a um crescimento de 0,2% ante o trimestre anterior, depois de uma retração de 0,8% no período até março.

“Apesar dos resultados positivos dos últimos meses, o cenário prospectivo ainda inspira cautela. Com inflação elevada, rendimento médio em queda, alta da Selic e, como mostrou o PIB trimestral, nova retração do investimento, é muito pouco provável a hipótese de aceleração relevante da economia ainda em 2022”, afirmam os pesquisadores no Núcleo de Estudos da Conjuntura (NEC) da Facamp, em nota.

Na comparação com o mesmo mês de 2021, o ITE mostrou queda de 1,1% em abril, após recuo de 0,6% em março.

O índice acumula crescimento de 4,7% em 12 meses, abaixo da alta de 6,9% observada nos 12 meses encerrados em março.

De acordo com o NEC-Facamp, o ITE tem um coeficiente de correlação de Pearson (r) de 0,83 com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br).

Em relação ao PIB trimestral, o coeficiente de correlação foi de 0,79 no quarto trimestre de 2021.

O Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, divulga o ITE-Facamp entre os dias 10 e 15 de cada mês.

Ministro da Economia Paulo Guedes diz que BNDES ainda deve bilhões ao governo

Durante cerimônia de comemoração dos 70 anos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o ministro da Economia, Paulo Guedes, lembrou que a instituição financeira deve à União e criticou posicionamento jurídico apresentado ao Tribunal de Contas da União (TCU). O evento aconteceu no auditório do edifício-sede do banco. O discurso foi acompanhado por funcionários, gestores do banco e convidados e também foi transmitido pelas redes sociais.

A crítica de Guedes foi apresentada após ele destacar as novas diretrizes na administração do banco e classificar de “brilhante” o trabalho realizado nos últimos três anos. Segundo o ministro, nesse período, foram devolvidos cerca de R$ 260 bilhões.

“Ainda estão devendo. E nos aplicaram uma rasteira. O pessoal do jurídico que deve estar por aí foi ao TCU. A inflação subiu e quando a inflação sobe, aumenta o subsídio. A capitalização à base de empréstimo é com taxa longa fixa. Quando a inflação sobe, o Brasil está subsidiando o BNDES. Mas o jurídico do BNDES teve a coragem de ir ao TCU para convencer o TCU de que é o contrário. E o TCU caiu. Falaram que se devolvesse agora, haveria uma perda para o banco. É o contrário. O BNDES está se beneficiando. Vocês deveriam estar devolvendo porque o Brasil está precisando”, avaliou.

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, comentou que foram devolvidos cerca de R$ 400 bilhões. “Não foi isso não”, insistiu Guedes. Em outro momento do discurso, ele voltou ao assunto. “Se for R$ 400 bilhões, está legal. Se for R$ 260 bilhões, está me devendo R$ 140 bilhões e tem que pagar até o fim do ano. E aí vocês têm que pegar o jurídico de vocês e falar para eles: ‘colabora aí’. Não nos obriga a pedir os dividendos. Se não vamos ter que falar: ‘então, me dá 100% dos dividendos'”, disse.

Atuação assertiva do BC é necessária para que inflação convirja à meta, diz diretora Guardado

A atuação “assertiva” do Banco Central é necessária para levar a inflação à meta em um ambiente com desvios nas expectativas, disse na terça-feira (21) a diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos​ do Banco Central, Fernanda Guardado.

Em evento promovido pelo governo brasileiro e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Guardado também afirmou que o atual cenário mundial exige dos bancos centrais atuação mais forte e aperto da política monetária em economias avançadas para evitar que a inflação em patamar elevado não se torne permanente.

“Em um ambiente em que as expectativas de inflação mostram desvio de suas metas no horizonte relevante da política monetária, a atuação assertiva do BC é necessária para garantir que a inflação entre em trajetória de desaceleração e convirja para a meta ao longo dos próximos trimestres”, disse.

De acordo com a diretora, o mundo observa uma reversão de estímulos monetários e fiscais nos países após o arrefecimento da pandemia de Covid-19, com preocupação também sobre mudanças nas expectativas dos consumidores.

“Esse estado econômico requer dos bancos centrais uma atuação mais forte e o aperto da política monetária também em países desenvolvidos para garantir que não se migre para um estado de inflação permanentemente mais alta”, disse.

Guardado afirmou que essa sincronia mundial com retirada de estímulos introduz riscos adicionais, mantendo ambiente de incerteza “à medida que as economias se ajustam a um ambiente global de taxas de juros mais altas”.

A diretora avaliou que os próximos trimestres devem ser de desaceleração no mundo, com moderação no crescimento do Brasil após uma alta do PIB acima do esperado no início do ano. Ela destacou que parte importante do ajuste na Selic feito pelo BC ainda não teve tempo para agir sobre a inflação.

PIB cresceu 0,3% em abril, aponta Ibre-FGV

O Monitor do PIB-FGV aponta crescimento de 0,3% na atividade econômica em abril na comparação com o mês anterior, considerando-se dados com ajuste sazonal. Na comparação interanual, a economia cresceu 3,6% em abril e 2,8% no trimestre móvel terminado em abril.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Segundo a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, o crescimento de 0,3% do PIB em abril em comparação a março é o terceiro consecutivo, embora seja a uma taxa menor que as anteriores.

“A despeito do crescimento da agropecuária e da indústria, o setor de serviços parou de contribuir para o PIB da mesma forma que vinha contribuindo, principalmente devido a retração de comércio e transporte. Pela ótica da demanda, o consumo das famílias também cresce pelo terceiro mês consecutivo. O único segmento de consumo a retrair foi o de produtos duráveis, o que pode ser reflexo da elevação da taxa de juros e das incertezas com relação ao desempenho econômico e político no ano eleitoral”, explicou Juliana.

Em termos monetários, estima-se que o acumulado do PIB até abril, em valores correntes, foi de R$ 2,98 trilhões.

O consumo das famílias cresceu 4,8% no trimestre móvel findo em abril em comparação ao mesmo período do ano passado. O consumo de serviços (7,5%), de bens não duráveis (2,1%) e de bens semiduráveis (13,3%) foram os responsáveis por esse crescimento. Em contrapartida, o consumo de bens duráveis foi o único componente em queda.

Aneel reajusta em até 64% valor da cobrança extra na conta de luz para o período 2022-2023

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste nos valores das bandeiras tarifárias (cobrança extra aplicada às contas de luz quando aumenta o custo de produção de energia no país).

Pela proposta aprovada pela agência, a maior alta será no valor da bandeira vermelha patamar 1 (alta de 63,7%). A bandeira amarela vai subir 59,5%, e a vermelha patamar 2 aumentará 3,2%. A bandeira verde seguirá sem cobrança.

Os novos valores entram em vigor em 1º de julho e serão válidos até meados de 2023. São os seguintes:

  • Bandeira verde: continua sem cobrança adicional;
  • Bandeira amarela: de R$ 1,874 para R$ 2,989 a cada 100 kWh consumidos (+ 59,5%);
  • Bandeira vermelha patamar 1: de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh consumidos (+ 63,7%);
  • Bandeira vermelha patamar 2: de R$ 9,492 para R$ 9,795 a cada 100 kWh consumidos (+3,2%).

Os valores aprovados ficaram acima daqueles colocados em consulta pública. A alteração foi necessária, segundo a Aneel, para inclusão de alguns parâmetros no cálculo dos valores.

A revisão dos valores das bandeiras acontece anualmente, normalmente na metade do ano.

A bandeira “escassez hídrica” foi excepcional e temporária. Foi criada durante a crise energética do ano passado e vigorou de setembro de 2021 a 15 de abril deste ano, data a partir da qual foi extinta.

A Aneel informou que a tendência é que a conta de luz dos consumidores fique com a bandeira verde até o fim do ano, devido à recuperação dos reservatórios das hidrelétricas.

Mercado reavaliou expectativas e espera superávit de 0,7% do PIB

O mercado reavaliou as expectativas em relação ao cenário fiscal e passou a apontar para um superávit primário já neste ano de 0,7% do PIB, destacam em relatório distribuído a clientes pelo Bradesco as economistas Mariana Freitas e Myriã Bast.

A revisão, segundo as duas, se deu na esteira das surpresas recorrentes com a arrecadação federal e com o resultado dos entes regionais nos últimos meses.

“Como argumentamos em publicações anteriores, essa melhora esteve associada, em boa medida, à maior persistência das altas de commodities e às revisões altistas sucessivas do cenário de atividade e inflação. Tal reavaliação do cenário também levou a alterações significativas no deflator do PIB, garantindo uma melhora na trajetória estimada da dívida pública naquele momento”, pontuaram Mariana e Myriã.

Nas últimas semanas, porém, continuam as duas economistas do Bradesco, “tivemos a aprovação de medidas que alteram um pouco esse quadro. O PLP-18, que limita as alíquotas de ICMS sobre energia, combustíveis, telecomunicações e transporte coletivo, podem levar a uma perda de receita na ordem de 1% do PIB, de forma permanente, para os Estados e municípios”.

Para as economistas, ainda que os entes regionais façam algum ajuste em suas despesas, é pouco provável que o superávit deste momento não evolua para déficit no médio prazo. Além disso, o governo central deve ter uma perda na ordem de R$ 17 bilhões em 2022, decorrente da isenção do PIS/Cofins para gasolina e etanol. Essa renúncia pode chegar a R$ 46 bilhões, se aprovada a PEC-16, que permite desoneração do ICMS do diesel e gás de cozinha com compensação da União.

CMN fixa meta de inflação em 3,00% para 2025, com margem de 1,5 pp

Mesmo com o estouro da meta de inflação por três anos consecutivos no radar, o Conselho Monetário Nacional (CMN) manteve a estratégia de redução do alvo a ser perseguido pelo Banco Central, em decisão nesta quinta-feira, 23. O CMN estabeleceu a meta de inflação de 2025 em 3,00%, a mesma já adotada para 2024. Para este ano, o alvo central é de 3,50% e, no próximo, de 3,25%, sem modificações pelo CMN.

A meta de inflação é o norte do Banco Central em suas decisões sobre o rumo dos juros no País. Há ainda uma margem tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos em todos os anos em relação aos resultados do IPCA – índice oficial de inflação. No caso de 2024 e 2025, o limite inferior é de 1,5% e o superior, de 4,5%. Já para o ano que vem, o piso é de 1,75% e o teto, de 4,75%.

Após o BC descumprir seu mandato principal em 2021, as estimativas do mercado financeiro indicam grandes chances do rompimento da meta se repetir neste e no próximo ano, em um cenário de inflação alta, persistente e disseminada por diversos produtos e serviços.

Conforme as projeções do Boletim Focus informadas no comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de junho, as medianas estão em torno de 8,5% para 2022 (muito acima do teto de 5,0%) e de 4,7% para 2023. O BC, por sua vez, projeta 8,8% e 4,0%, respectivamente.

Com esse contexto inflacionário difícil, os questionamentos sobre a capacidade de o Brasil alcançar uma meta de inflação mais baixa, alinhada a pares internacionais, têm aumentado. Mas, como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, esta semana, a maioria dos economistas do mercado financeiro esperava a manutenção do processo iniciado em 2017.

A avaliação é de que mudar as regras no meio do “furacão” tende a gerar mais prejuízos à credibilidade do BC e, consequentemente, ao objetivo de controle da inflação.

Hoje, questionado sobre discussões acerca de modificar as metas, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que isso não aumenta a credibilidade do Banco Central. “Modificar meta muito longa que está perto de ser cumprida não ganha credibilidade”, afirmou. “Entendo o debate, mas é decisão do CMN. Vamos seguir estratégia com meta que é dada.”

Para a próxima reunião, em agosto, o BC já indicou novo aumento de juros, atualmente em 13,25%, igual (0,50pp) ou menor do que o de junho. A autoridade monetária também sinalizou que a estratégia envolve Selic no fim de 2023 acima da premissa do cenário de referência (10%).

Confiança do consumidor no Brasil avança em junho, mas destaca diferenças, mostra FGV

A confiança dos consumidores brasileiros avançou em junho para o melhor nível desde meados do ano passado com melhora tanto da percepção sobre o momento atual quanto do futuro, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas divulgados na sexta-feira (24).

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve alta de 3,5 pontos em junho e foi a 79,0 pontos, marcando o melhor resultado desde a leitura de 81,8 vista em agosto de 2021.

No entanto, a coordenadora das sondagens, Viviane Seda Bittencourt, destacou sinais de muita heterogeneidade na percepção do consumidor.

“Mesmo considerando o pacote de incentivos financeiros, a avaliação sobre a situação no momento pelos consumidores com baixa renda continua piorando enquanto suas perspectivas sobre os próximos meses continuam bastante voláteis, revelando elevada incerteza”, disse ela em nota.

“Já consumidores com renda mais alta percebem melhora da situação financeira e, pelo segundo mês, elevam suas intenções de compras, possivelmente efeito do estímulo dado pelo governo”, completou.

Em junho, o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,3 ponto, para 70,4 pontos, melhor resultado desde julho de 2021. O Índice de Expectativas (IE), por sua vez, avançou 4,9 pontos e chegou aos 85,9 pontos.

Na contramão do governo, Pacheco diz não ver fatos para CPI da Petrobras

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ao G1 na segunda-feira (20) que não “antevê” suspeita de prática criminosa para uma CPI da Petrobras, como quer o presidente Bolsonaro e o presidente da Câmara, Arthur Lira.

“Vejo com reserva nesse fato específico. CPI é para casos muitos excepcionais e fatos constituídos. Nesse caso, não antevejo de pronto práticas criminosas”, diz Pacheco.

Para ele, antes de CPI, é preciso discutir medidas legislativas, como a reversão de lucros da estatal para “ajudar a população”.

“Não tem dicotomia Petrobras versus União. Precisamos buscar a estabilização. Tem lucro desmedido? Então vamos reverter, claro, sem atingir os acionistas minoritários, mas vamos reverter para ajudar quem precisa. Estabilidade em primeiro lugar. Podemos encontrar mecanismos mais efetivos no legislativo do que a CPI”, avalia.

Pacheco ficou de conversar com Lira nesta segunda, em Brasília, sobre as medidas legislativas que a Câmara está propondo para conter a alta nos combustíveis. Entre elas, a política de preços da Petrobras e também dobrar a taxa de lucro da estatal.

Desde sexta (17), Bolsonaro tem insistido na ideia de uma CPI para investigar diretores da Petrobras. Lira apoia a ideia, mas uma ala de aliados do presidente Bolsonaro vê pouco efeito prático do ponto de vista eleitoral em uma CPI para aliviar o bolso do consumidor com os combustíveis.

A expectativa do governo é a de que o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, renuncie na segunda-feira (20), o que ele foi pressionado a fazer diretamente, na semana passada, por Lira e Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil. Sua saída tiraria pressão do discurso da CPI.

Por isso, o discurso de CPI é apenas mais uma narrativa e tentativa de terceirizar a responsabilidade pela alta nos preços do que qualquer outra coisa.

Mourão deseja sorte ao presidente eleito da Colômbia; Bolsonaro ainda não se pronunciou

O vice-presidente Hamilton Mourão comentou na segunda-feira (20) as eleições na Colômbia e desejou sorte ao presidente eleito Gustavo Petro.

Ex-prefeito de Bogotá e ex-combatente da guerrilha M-19, Petro venceu as eleições presidenciais da Colômbia neste domingo (19) e se tornou o primeiro presidente de esquerda do país.

“Sorte ao Gustavo Petro, porque administrar um país na situação que o mundo está enfrentando não é simples. Nós temos interesses comuns com os colombianos, principalmente na questão da Amazônia, estamos aí dentro da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica. E a relação é de Estado para Estado independentemente do governo de turno”, declarou Mourão em entrevista à imprensa na entrada do Palácio do Planalto.

O presidente Jair Bolsonaro ainda não havia se pronunciado publicamente sobre o assunto até a última atualização desta reportagem.

Gustavo Petro venceu na disputa presidencial o candidato Rodolfo Hernández, empresário e ex-prefeito da cidade de Bucaramanga.

Segundo informações do órgão de contagem de votos nacional, o presidente eleito obteve 50,49% dos votos, e Hernández, 47,25%.

Durante a campanha eleitoral, Petro prometeu reformas econômicas e sociais para combater a pobreza, a desigualdade e a exclusão.

Gustavo Petro nasceu na cidade de Ciénaga de Oro, na província de Córdoba, em 19 de abril de 1960.

Combustíveis: presidente da Câmara cobra maior participação do governo

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cobrou uma participação mais direta do governo federal e, principalmente, do Ministério da Economia, na busca por soluções para a alta dos combustíveis. Lira se reuniu com líderes partidários da Câmara, em um encontro que durou aproximadamente quatro horas. Ao final, fez um breve pronunciamento à imprensa e não respondeu perguntas.

“Há um sentimento quase unânime por parte dos líderes que participaram dessa reunião de que o Ministério da Economia, o governo federal, tem que se envolver diretamente, participar mais de perto dessas discussões”, disse Lira. Ele ainda propôs que o presidente Jair Bolsonaro edite medidas provisórias (MPs) em vez de propor projetos de Lei, quando isso for possível.

“Medidas provisórias que possam alterar a Lei das Estatais, que permitam uma maior sinergia entre as estatais e o governo do momento”, exemplificou o presidente da Câmara. Para Lira, as MPs fariam o governo participar mais diretamente e provocar efeitos mais rápidos, pois as medidas provisórias têm validade assim que são publicadas e contam com um prazo não menor que 60 dias antes que o Congresso tenha que referendá-las.

Lira sugeriu que o governo edite uma MP para alterar a Lei das Estatais, legislação criada no governo Michel Temer como uma resposta à influência política na Petrobras, que foi apontada como uma das responsáveis pela corrupção revelada na Operação Lava Jato. “O que se aprovou lá atrás, ainda no rebote das operações e das situações que o Brasil passou, transformou as estatais em seres autônomos com vida própria e dissociadas do governo do momento”, criticou Lira.

O presidente da Câmara afirmou que deverá propor ao governo a edição de uma MP com alterações no sistema de formatação de aumento de impostos na questão dos lucros. “Para isso precisaremos ainda de uma discussão pormenorizada com relação aos aspectos jurídicos e técnicos”, pontuou.

Justiça Eleitoral está preparada para conduzir eleição limpa e transparente, diz Fachin

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, afirmou em reunião da comissão de transparência criada pela corte, que a Justiça Eleitoral está preparada para realizar as eleições gerais de outubro.

A declaração do ministro ocorre em um momento em que a Justiça Eleitoral e o sistema de votação são alvos de ataques e acusações, sem provas, que sugerem falhas em sua confiabilidade. Boa parte desses questionamentos tem partido do presidente Jair Bolsonaro e de aliados.

“A Justiça Eleitoral está preparada para conduzir as eleições de 2022 de forma limpa e transparente, como vem fazendo nos últimos 90 anos”, afirmou Fachin, ao abrir os trabalhos da comissão nesta segunda, segundo nota do TSE.

“Não há dúvidas de que a transparência é um dos elementos mais relevantes para a aferição da qualidade de uma democracia”, acrescentou o presidente do TSE.

A Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e o Observatório de Transparência das Eleições (OTE) reuniram-se nesta segunda para a apresentação dos resultados das discussões nos últimos meses “para assegurar a transparência e a auditabilidade do pleito geral de 2022”, informou o TSE.

Segundo o tribunal, 34 representantes de entidades públicas e privadas, incluindo partidos políticos, participaram da reunião.

As Forças Armadas foram convidadas pelo próprio TSE a participarem da comissão de transparência das eleições, criada há 9 meses na intenção de reduzir os atritos e esclarecer questionamentos. Ainda assim, não houve redução da tensão entre o presidente, seu ministro da Defesa e a corte eleitoral.

O TSE, no entanto, rebate essa afirmação e publicou texto em sua página oficial informando que acolheu “de forma completa ou parcial, 32 propostas feitas pelos integrantes da Comissão de Transparência Eleitoral (CTE) ainda para as Eleições 2022”.

Ainda de acordo com a corte, esse número de propostas acatadas equivale a 72% do total de 44 sugestões apresentadas.

Das sugestões oferecidas pelo general Heber Garcia Portella, que representa as Forças Armadas no colegiado, cinco foram totalmente acolhidas, três parcialmente, três vão ficar para o próximo pleito e apenas uma foi rejeitada, a que pretendia divulgar lista de abstenções, mas isso desrespeitaria princípios da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, segundo o TSE.

“Não há como negar que houve ‘olhos’ e respostas para o todo. Desde detalhes técnicos até ponderações estatísticas, contamos com a experiência e a expertise do que existe de melhor nas diversas áreas por onde versa o processo eleitoral”, disse Fachin.

Vice-presidente diz que adesão do Brasil à OCDE é prioridade

O vice-presidente Hamilton Mourão disse que a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo das economias mais industrializadas do planeta, é a grande prioridade na política externa do governo. A declaração foi dada durante a abertura do Fórum Brasil-OCDE, em Brasília, evento que ocorre até quinta-feira (23) e prevê uma série de reuniões entre países latino-americanos e representantes da organização.

“Desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro a acessão do Brasil à OCDE é prioridade da política externa do nosso país”, destacou Mourão. Ele representou o presidente Jair Bolsonaro, que estava previsto para participar do evento, mas acabou alterando a agenda.

“Concluímos que o ingresso do Brasil na OCDE é caminho natural e fator relevante para que o Brasil dê passos largos rumo a uma maior inserção de nossa economia, nossas empresas e nossos produtos nos fluxos internacionais de comércio e investimentos”, acrescentou o vice-presidente.

A carta-convite do conselho da OCDE, que formaliza o início do processo de entrada do Brasil ao grupo, foi enviada em janeiro deste ano. O documento marca o início do processo concreto de adesão, que pode demorar pelo menos mais três anos. Além do Brasil, a OCDE formalizou o mesmo convite a outros cinco países: Argentina, Peru, Romênia, Bulgária e Croácia.

Criada em 1961, e com sede em Paris, a OCDE é uma organização internacional formada atualmente por 38 países, incluindo algumas das principais economias desenvolvidas do mundo, como Estados Unidos, Japão e países da União Europeia. É vista como um “clube dos ricos”, mas também tem entre seus membros economias emergentes latino-americanas, como México, Chile e Colômbia. O Brasil manifestou formalmente o interesse em tornar-se membro pleno da organização em 2017, durante o governo de Michel Temer. Desde então, tem buscado aderir mais rapidamente às normas da organização.

O secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, lembrou que o Brasil é parceiro estratégico da organização desde 2007. Segundo ele, o país já aderiu a 121 dos 229 instrumentos legais da organização. O melhor desempenho entre todos os países que passaram pelo processo de ingresso, disse Cormann.

“O Brasil apresenta uma conformidade substancialmente mais elevada do que qualquer outro país candidato na história da organização”, enfatizou.

Cormann listou alguns dos principais desafios do Brasil para completar o processo de adesão à OCDE. Entre eles, a necessidade de esforços para melhorar a eficiência dos gastos públicos e o fortalecimento do arcabouço fiscal para liberar mais recursos para investimentos no setor produtivo.

Câmara aprova fundo para consórcios públicos de estados e municípios

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que permite a criação de fundos para consórcios públicos formados por estados ou municípios para custear programas e ações de interesse público, como foco em obras de infraestrutura ou aquisição de bens e serviços. A proposta agora segue para o Senado.

O texto aprovado é o substitutivo da relatora, a deputada Leandre (PSD-PR), ao projeto de lei 196/20, originalmente apresentado pelo deputado Geninho Zuliani (União-SP). “A criação de consórcio público de municípios favorece o planejamento regional e permite a articulação das políticas públicas entre os entes federativos”, afirmou a relatora.

“Além disso, minimiza a fragmentação e racionaliza os investimentos, especialmente na implementação de programas, projetos, atividades e ações que são praticamente impossíveis para muitos municípios realizarem isoladamente”, explicou.

De acordo com o substitutivo aprovado, os consórcios públicos poderão receber transferências intergovernamentais da Saúde, recursos dos fundos constitucionais de financiamento do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste e repasses de emendas parlamentares.

O deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) criticou a destinação de recursos de emendas para consórcios públicos. “Isso pode induzir a utilização indevida de recurso público, com possibilidade menos transparente de destinação de emendas parlamentares.”

Os consórcios públicos também poderão obter financiamentos e arrecadar taxas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.

Para formação de um consórcio público, cada município ou estado consorciado deverá aprovar uma lei autorizativa. O consórcio público de direito privado será constituído nos termos do Código Civil.

Para o deputado Afonso Florence (PT-BA), a proposta diminui controvérsias jurídicas sobre os consórcios públicos. “Em vez de um estado ter de conveniar com dez municípios, poderá repassar fundo a fundo para o consórcio dos municípios executar a obra da infraestrutura”, disse.

Os fundos consorciados intermunicipais ou interestaduais serão criados e regulamentados em atos próprios do consórcio público, aprovados em assembleia geral. Além disso, terão conselho gestor constituído por até cinco integrantes, incluindo representação da sociedade civil.

O projeto também permite que consórcios públicos fiscalizem a classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico.

Bolsonaro veta prorrogação de incentivos fiscais à indústria química

O presidente da República, Jair Bolsonaro, vetou a prorrogação de incentivos fiscais à indústria química que iria até 2027, conforme aprovou o Congresso Nacional. O veto consta de lei sancionada pelo presidente e publicada no Diário Oficial da União (DOU).

A norma é resultado da aprovação de projeto de conversão da Medida Provisória 1.095/2021, por meio da qual Bolsonaro tentou, pela segunda vez, extinguir o Regime Especial da Indústria Química (Reiq). O texto, porém, foi modificado pelos parlamentares, que esvaziaram o conteúdo original da medida e estenderam o prazo do benefício fiscal, que acabaria em 2024, para 2027.

Pelo Reiq, centrais petroquímicas e indústrias químicas são taxadas com alíquotas reduzidas de PIS/Pasep, Cofins, PIS/Pasep-Importação e Cofins-Importação nas operações com nafta e outros produtos destinados a centrais petroquímicas.

Devido a um acordo entre governo e Parlamento, o texto sancionado mantém as alíquotas cheias de 1,65% para PIS e de 7,6% para Cofins até o fim deste ano. Mas não mexe nas alíquotas anteriormente reduzidas para 2023 e 2024, o que, na prática, ainda permite a concessão de incentivos do Reiq nesses dois anos seguintes. Para 2023, as alíquotas são de 1,39% e 6,4% para PIS e Cofins, respectivamente; e para 2024, de 1,52% e 7% nessa ordem.

A nova lei impõe ainda obrigações ao setor para cumprimento de normas de segurança e medicina do trabalho, além de medidas de compensação ambiental determinadas administrativa ou judicialmente.

Bolsonaro também vetou a previsão de crédito presumido a 0,5% de PIS/Pasep e PIS/Pasep-Importação e a 1% de Cofins e de Cofins-Importação incidentes sobre a base de cálculo desses tributos. O trecho foi inserido na MP pelos parlamentares e beneficiaria centrais petroquímicas e indústrias químicas que fizessem investimentos para ampliar sua capacidade produtiva ou instalar novas plantas para usar gás natural na produção de fertilizantes.

Pelas razões dos vetos encaminhadas ao Congresso, o governo diz que a medida incorreria em inconstitucionalidade, “haja vista a renúncia de receitas sem apresentação da estimativa do impacto orçamentário e financeiro e de medidas compensatórias adequadas e Suficientes”.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República reforça que “os dispositivos vetados estão restritos àqueles que descumpriam as normas de responsabilidade fiscal e orçamentária, considerando que ampliavam indevidamente o regime especial tributário”.

Randolfe diz que já tem assinaturas necessárias para CPI do MEC, mas deve apresentar pedido na 3ª feira (28)

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou na quinta-feira (23) que já tem as 27 assinaturas necessárias para a criação da CPI do MEC, mas ponderou que pretende reunir até 30 nomes e, por isso, vai apresentar o pedido de criação na próxima terça-feira.

Em entrevista coletiva, o parlamentar disse que conseguiu a 27ª assinatura do senador Giordano (MDB-SP), mas vai trabalhar por outros apoios para evitar que, quando o pedido for apresentado, outros senadores sejam abordados e retirem o apoio já dado.

O senador disse trabalhar por conseguir as assinaturas dos senadores Otto Alencar (PSD-BA), Marcelo Castro (MDB-PI) e Izalci Lucas (PSDB-DF).

“Com a assinatura do senador Giordano, temos 27 assinaturas, alcançando obter essas outras assinaturas, nós teríamos 30 assinaturas”, afirmou.

“Aguardaremos pelo menos até a próxima terça-feira (28) e espero alcançarmos até a próxima terça as outras três assinaturas para ampliar a margem da comissão, do requerimento, e alcançando essas outras três, com 30, não haveria risco mais de derrubada da CPI”, reforçou.

O senador disse que não há mudanças na intenção de se criar a CPI após um desembargador do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) ter determinado a soltura do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e outros envolvidos em operação realizada na véspera pela Polícia Federal para investigar suspeitas de corrupção e desvio de recursos no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Lula lidera corrida eleitoral e venceria no 1º turno, mostra Datafolha

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria as eleições em primeiro turno, caso elas fossem realizadas agora, mostrou pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (23).

Na pergunta estimulada, em que são oferecidos nomes dos postulantes ao cargo, Lula registra 47% das intenções de voto na corrida pelo Palácio do Planalto, à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL) com 28%.

Em maio, quando foi realizada a última sondagem do instituto, Lula computava 48% da preferência eleitoral, enquanto Bolsonaro marcava 27%. As variações dos dois estão dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

O patamar percentual de Lula supera a soma de todas as pontuações dos demais pré-candidatos. Considerando os votos válidos, que excluem os brancos e nulos, Lula aparece com 53%, contra 32% de Bolsonaro, o que garantiria a eleição do petista já no primeiro turno.

Realizada entre quarta-feira (22) e esta quinta-feira (23), a pesquisa ocorreu após o anúncio do reajuste dos combustíveis na última sexta-feira (17), depois do desaparecimento e assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips e em meio à repercussão da prisão do ex-ministro da Educação da gestão de Bolsonaro Milton Ribeiro, por suspeita de corrupção.

Seguindo, a uma boa distância, os primeiros dois colocados, vem o chamado segundo pelotão na disputa do primeiro turno: o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, com 8%,1 ponto percentual acima do registrado em maio, seguido de André Janones (Avante), com 2%, e Simone Tebet (MDB), com 1%. Os dois últimos haviam pontuado com 2% na última sondagem do instituto.

Os dados sugerem que a chamada terceira via, grupo político que tenta encampar os eleitores resistentes a Bolsonaro ou a Lula, não tem conseguido firmar-se como alternativa viável.

Governo Bolsonaro é reprovado por 47%, diz Datafolha

O percentual dos que consideram o governo do presidente Jair Bolsonaro ruim ou péssimo é de 47%, oscilando um ponto percentual para baixo em relação a maio, de acordo com pesquisa Datafolha, disse o jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com o levantamento, aqueles que veem o governo como ótimo ou bom somam 26%, variando um ponto pra cima em relação à pesquisa anterior, ao passo que os que enxergam a gestão como regular são também 26%, contra 27% na sondagem anterior.

O Datafolha divulgou o trecho da pesquisa sobre as eleições presidenciais de outubro, que apontaram que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria as eleições em primeiro turno, caso o pleito fosse realizado agora.

De acordo com o levantamento, Lula tem 47% das intenções de voto na corrida pelo Palácio do Planalto, à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL) com 28%.

Ainda de acordo com a pesquisa, 55% não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum, enquanto Lula tem rejeição de 35%.

O Datafolha ouviu 2.556 pessoas entre a quarta e a quinta-feira. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

Saraiva abate R$ 160 milhões de dívida após venda de ativos em leilão judicial

Em um leilão judicial realizado na semana passada, a Saraiva vendeu o ponto de uma loja do Shopping Ibirapuera, em São Paulo, hoje alugada pela varejista Centauro, além de créditos tributários. As informações são de O Estado de S.Paulo.

Com o leilão, a varejista abate cerca de R$ 160 milhões de sua dívida, que já alcançava a casa de R$ 500 milhões.

O negócio vai ser concretizado apenas após homologação judicial das propostas vencedoras.

O espaço agora ocupado pela Centauro era o único ponto que ainda pertencia à Saraiva, o restante das lojas abertas funciona em áreas alugadas. Os créditos tributários pertenciam originalmente ao Banco do Brasil, mas estão hoje nas mãos do fundo Travessia, do BTG Pactual.

Esses eram os únicos ativos disponíveis para venda, conforme o plano de recuperação judicial. Anteriormente, a companhia tentou vender seu e-commerce (Saraiva.com), ativo que foi a leilão em mais de uma ocasião, sem sucesso.

Petrobras diz que CEO pediu demissão e avalia nomeação de interino

A Petrobras informou na segunda-feira (20) que José Mauro Coelho pediu demissão do cargo de presidente-executivo da empresa nesta manhã e que avalia a nomeação de um interino, que será examinada pelo Conselho de Administração da petroleira a partir de agora.

Em comunicado posterior, a companhia disse que Coelho também renunciou ao posto ocupado no conselho. CEOs da Petrobras são eleitos antes como conselheiros em assembleias de acionistas.

A renúncia de Coelho havia sido antecipada pelo jornal O Globo, com base em relatos de membros do conselho de administração da Petrobras que conversaram com o executivo durante o fim de semana.

A saída do presidente ocorre em meio à crescente pressão sobre a Petrobras, especialmente após o reajuste dos preços do diesel e da gasolina anunciado na sexta-feira, que provocou forte reação de políticos.

Coelho chegou à presidência da estatal no início de abril, mas deixa a empresa cerca de dois meses depois, após o governo decidir indicar Caio Paes de Andrade, alto funcionário do Ministério da Economia, para o principal cargo da Petrobras.

Coelho é o terceiro presidente da Petrobras a deixar o comando em um contexto de insatisfação do governo com a política de preços da estatal. Ele sucedeu o general da reserva Joaquim Silva e Luna e Roberto Castello Branco, que caíram após críticas do presidente Jair Bolsonaro sobre alta nos preços de combustíveis.

Setor aéreo ganha fôlego, mas deve fechar o ano com prejuízo de US$ 9,7 bilhões

Mesmo com a alta do preço do combustível dificultando sua recuperação financeira, o setor aéreo deve ter um 2022 um pouco melhor do que o esperado. As perdas da indústria neste ano devem ficar em US$ 9,7 bilhões, ainda por conta da pandemia de Covid-19, segundo dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).

Apesar de o resultado previsto para 2022 estar em patamar negativo, há uma melhora quando comparado com o valor que se projetava em outubro passado (perdas de US$ 11,6 bilhões) e com o registrado nos últimos dois anos – prejuízo de US$ 42,1 bilhões, em 2021, e de US$ 137,7 bilhões em 2020, o primeiro ano da pandemia.

A entidade estima que 2023 deve, finalmente, ser o ano em que o setor como um todo voltará a registrar lucros. Nos Estados Unidos, porém, isso deve acontecer já em 2022, com US$ 8,8 bilhões; já na China, por causa da política de Covid zero, só em 2024.

Entre os motivos para o otimismo no setor, estão a retomada da demanda que vem sendo verificada e os ganhos de eficiência das empresas, mesmo com a alta de 40% no preço do petróleo. Em países avançados, o baixo nível de desemprego também tem favorecido a retomada. Na América Latina, apesar de a economia ainda estar fraca, as companhias recuperaram o tráfego “de forma robusta”, segundo a Iata. A demanda hoje está em 94,2% do nível pré-crise, abaixo apenas da verificada na América do Norte, de 95%.

Santander leva mais sete funcionalidades ao atendimento via WhatsApp

O atendimento do Santander Brasil via WhatsApp ganha sete novas funcionalidades a partir desta semana. O banco passa a permitir a solicitação de acordos de renegociação de dívidas, do código de barras da fatura do cartão de crédito e a consulta de senhas e do status da entrega de novos cartões. Os serviços também estão disponíveis para clientes pessoa jurídica.

Para os clientes que possuem financiamento de automóvel, bens ou serviços com o Santander Financiamento, será possível solicitar segunda via de boletos, antecipação de parcelas ou a quitação de contratos.

O banco conta hoje com 39 serviços ativos através do WhatsApp, e espera chegar a 80 até o final do ano. O Santander afirma ser a instituição financeira com o maior número de operações disponíveis para realização no aplicativo. Nos últimos 12 meses, mais de 7 milhões de clientes já realizaram ao menos uma operação através do canal.

“Não tem como prever qual será o principal canal digital dos brasileiros no futuro, mas sabemos que a tendência é que ele esteja em ecossistemas digitais fora do banco. A única certeza que temos é que estaremos onde o nosso cliente estiver”, afirma Marcela Ulian, superintendente executiva de negócios digitais do Santander.

Segundo ela, metade dos clientes ativos da instituição já recorreu ao WhatsApp para fazer serviços financeiros. O banco utiliza de forma integrada sua ferramenta de inteligência artificial, a Gent&, e também oferece atendimento humano de ouvidoria na plataforma.

Os maiores bancos brasileiros têm ampliado seu atendimento através do WhatsApp, aplicativo de mensagens mais popular do País, em busca de tempos menores de espera e também de clientes que em muitos casos, ainda recorrem aos canais físicos para operações do dia a dia.

Microempresas e MEI poderão acessar programa de crédito garantido

A segunda edição do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito, na modalidade garantia (PEAC-FGI), poderá apoiar microempresas e microempreendedores individuais (MEI), anunciou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Segundo o chefe do Departamento de Produtos de Garantia para Acesso ao Crédito do BNDES, Luciano Lanz, para a operacionalização do programa, são necessários ainda a realização de assembleia geral extraordinária de cotistas do Fundo, a divulgação de regulamento com as novas condições e o desenvolvimento e adaptação dos sistemas de tecnologia da informação (TI) do BNDES e dos bancos parceiros. Na primeira rodada do PEAC, foram 47 bancos habilitados.

“A expectativa é que esteja disponível para concessão de garantias em torno de um mês”, informou Lanz.

Esse prazo conta a partir da publicação na terça-feira (21), no Diário Oficial da União (DOU), da portaria assinada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes que estabeleceu as diretrizes do novo PEAC-FGI, operacionalizado pelo Fundo Garantidor para Investimentos (FGI).

Resultado de parceria entre o BNDES e o Ministério da Economia, a segunda edição do PEAC foi viabilizada pela Medida Provisória 1.114/2022, e contará com recursos já disponíveis no Fundo Garantidor, sem necessidade de novos aportes da União.

Os novos empréstimos terão como garantia os recursos pagos pelas empresas referentes aos financiamentos garantidos até o término do primeiro PEAC, em dezembro de 2020.

“Nessa nova rodada, não há novo aporte de recursos do Tesouro. O que acontece é que os recursos que já foram liberados em decorrência de resultados de aplicações financeiras do Fundo ou de operações de garantia eventualmente já liquidadas estão sendo usados para concessão de novas garantias”.

Com isso, a expectativa é ter em torno de R$ 1 bilhão de recursos este ano e algo próximo de R$ 1,2 bilhão, no próximo exercício. Considerando a expectativa de alavancagem desses recursos, Lanz estimou que isso deve possibilitar um volume perto de R$ 22 bilhões até o final de 2023, em termos de crédito garantido.

Na versão anterior, lançada em 30 de junho de 2020 como medida para mitigar a crise econômica gerada pela pandemia da Covid-19, o PEAC-FGI recebeu quatro aportes do Tesouro Nacional no montante de R$ 5 bilhões cada, somando R$ 20 bilhões, para garantia dos recursos destinados para financiamentos pela rede de bancos parceiros, com baixo risco de inadimplência.

PIB do agronegócio recua 0,8% no primeiro trimestre, aponta Cepea/CNA

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cedeu 0,8% no primeiro trimestre deste ano, apontou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), que calcula o indicador juntamente com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Segundo pesquisadores do Cepea, a queda foi registrada tanto no setor agrícola (-0,75%) quanto no pecuário (-0,96%). “Ela esteve atrelada, em grande medida, à forte alta dos custos com insumos na agropecuária e também na agroindústria”, diz o Cepea, em nota.

Entre os segmentos do agronegócio, apenas o de insumos cresceu no primeiro trimestre (9,61%). Pesquisadores do Cepea indicam que esse desempenho foi impulsionado sobretudo pela valorização dos insumos agrícolas, como fertilizantes, defensivos e máquinas, o que se reflete na pressão de custos sobre a agricultura, como mencionado.

Dentro da porteira, na agricultura, a queda do PIB (-4,22%) no trimestre se deve à intensa elevação dos custos com fertilizantes, defensivos, combustíveis, sementes e outros. “A queda só não foi mais intensa porque também se estima crescimento do faturamento agrícola no ano, reflexo da expansão esperada das safras, com destaque para milho e café, e da alta dos preços reais dos produtos agrícolas, sobretudo do café, a madeira, o tomate, a mandioca, a cana e o algodão”, ressalta o centro de estudos.

Já no segmento primário pecuário, o PIB cresceu 1,18% no trimestre – isso porque, espera-se leve alta do faturamento anual, e os custos apresentaram uma leve queda frente ao primeiro trimestre de 2021, devido ao patamar expressivamente elevado alcançado naquele período. A estagnação do faturamento pecuário, por sua vez, decorre dos movimentos divergentes entre as atividades que o compõe: os preços subiram na comparação trimestral para bovinos, aves de corte, ovos e leite, mais caíram expressivamente para suínos; já a produção aumentou para bovinos e aves, mas reduziu para leite, ovos e suínos.

O PIB do segmento agroindustrial do agronegócio também teve queda modesta, de 0,43% no primeiro trimestre de 2022, com redução para a agroindústria de base agrícola (0,1%) e pecuária (1,89%). Assim como dentro da porteira, a queda do PIB refletiu o aumento dos custos industriais a taxa superior à do crescimento esperado para o faturamento. Além dos maiores preços das matérias-primas agropecuárias, outros custos também subiram, como os de energia e logísticos, ao passo que a ainda enfraquecida demanda doméstica dificulta o repasse desses custos aos preços ao consumidor.

Por fim, o PIB dos agrosserviços também recuou, 1,51%, devido à dinâmica dos segmentos a montante. Considerando-se esse desempenho e o comportamento do PIB brasileiro no período, estima-se que a participação do setor na economia fique em por volta de 26,24% em 2022, pouco abaixo dos 27,6% registrados em 2021.

Turismo brasileiro cresce 47,7% em abril, aponta FecomercioSP

O turismo brasileiro faturou R$ 15,3 bilhões em abril, crescendo 47,7% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do levantamento do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Houve também alta de 32,2% no acumulado no ano. No entanto, na comparação com abril de 2019, ano anterior à pandemia, o setor teve queda de 7,5%.

A FecomercioSP avalia que os feriados de Sexta-feira Santa, Tiradentes e os desfiles de carnaval contribuíram para o crescimento, considerado significativo, em abril deste ano e que a variação do mês demonstra sólida recuperação do turismo no Brasil. No mesmo período do ano passado, o setor cresceu 36%. Diante disso, a entidade acrescenta que “a alta não é resultado de uma base fragilizada de comparação, em razão dos efeitos da pandemia, mas um indicativo real de melhora nas perspectivas do turismo nacional”.

O maior crescimento ocorreu na atividade de transporte aéreo, com aumento de 159,7% na comparação anual e faturamento de R$ 4,6 bilhões no mês, voltando ao nível que faturava em abril de 2019, já com o valor corrigido pela inflação, conforme apontou a FecomercioSP.

Para explicar o resultado, a entidade cita que as empresas estão ampliando a malha aérea com novas rotas e a demanda tem acompanhado este movimento. Outro motivo apontado foi o aumento no valor das passagens, que sofre influência da alta do querosene de aviação. “Desta forma, além da recuperação do mercado no pós-pandemia, o que influenciou o segmento foi, sem dúvida, os preços elevados dos bilhetes”, divulgou, em nota, a entidade.

O segundo maior crescimento foi observado nos serviços de alojamento e alimentação, com alta de 56,1% e faturamento de R$ 4,5 bilhões. Na comparação com o período pré-pandemia, entretanto, houve queda de 12,9%. As atividades culturais, recreativas e esportivas registraram alta de 21,7%, com faturamento de R$ 1,1 bilhão no mês. O montante ficou abaixo do período anterior à pandemia, já que, na comparação com abril de 2019, houve queda de 24,2%.

O transporte terrestre, que inclui os ônibus intermunicipal, interestadual e internacional, além de trens turísticos, teve alta de 10,9%, com faturamento de R$ 2,6 bilhões e aumento de 1,9% em relação ao nível pré-pandemia. As locadoras de veículos, agências e operadoras de turismo avançaram 2,5%, faturando R$ 2,5 milhões.

O transporte aquaviário foi o único segmento a ter queda no mês (-2,3%), com faturamento de R$ 42,3 milhões, o menor entre as atividades apontadas no levantamento. Com grande evolução durante a pandemia, segundo avaliou a FecomercioSP, o resultado foi 27,3% maior em relação a abril de 2019.

Apesar dos resultados de abril mostrarem um contexto positivo para o turismo, avaliação da entidade aponta que, se a inflação no setor continuar elevada, pode haver comprometimento do desempenho no segundo semestre, diminuindo a amplitude de expansão.

CVC levanta R$ 402,8 milhões com oferta de ações

A operadora de viagens CVC levantou 402,8 milhões de reais em uma oferta de ações ao preço de 7,70 reais por papel, disse a empresa na sexta-feira (24).

A CVC havia anunciado a oferta no início deste mês, citando uma recuperação gradual da indústria do turismo, com crescente demanda por viagens de lazer e negócios.

A oferta inicial de 46,5 milhões de ações ordinárias da CVC foi acrescida em 12,5%, conforme a demanda permitiu, disse a empresa. A cotação de 7,70 reais representou um desconto de 13,3% em relação ao preço de fechamento de quinta-feira (23), de 8,88 reais por ação.

O Preço por Ação foi fixado após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento pelos coordenadores da Oferta junto a investidores institucionais.

A CVC usará o valor arrecadado para reforçar seu capital de giro e pagar debenturistas, disse.

O Citi e o Bank of America coordenaram a transação.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destaca que a destinação dos recursos da Oferta Restrita será influenciada pelas condições futuras dos mercados em que a Companhia atua, bem como pelas oportunidades de investimento identificadas, além de outros fatores que não se pode identificar neste momento.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, esclareceu que o Comitê de Política Monetária (Copom) concentra esforços para que a inflação de 2023 fique abaixo dos 4%. Segundo ele, é isso que o BC quis comunicar quando informou que a última decisão de elevar a Selic a 13,25% é “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante (2023)”.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou a 0,55% na segunda prévia de junho, de 0,39% na mesma leitura de maio, informou na segunda-feira (20), a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Dois dos três componentes do IGP-M registraram avanço no período. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) acelerou a 0,66% neste decêndio, de 0,28% na prévia de maio, de acordo com a FGV. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) também avançou no período, de 0,70% para 3,33%.

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado a prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,69% em junho, acima da taxa de 0,59% registrada em maio, segundo divulgou na sexta-feira (24) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,65% e, em 12 meses, de 12,04%, abaixo dos 12,20% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores”, informou o IBGE.

Segundo o IBGE, o item que mais pesou na taxa do mês foi plano de saúde, que subiu 2,99% e representou 0,10 ponto percentual do IPCA-15 de junho.

PIB

O Banco Central passou de 1% para 1,7% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano.

A informação divulgada na quinta-feira (23) em apresentação feita pelo diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen.

A previsão do Banco Central para o crescimento da economia brasileira supera a divulgada pelo governo federal. Pelas projeções do Ministério da Economia, o PIB deve crescer 1,5% neste ano.

Na apresentação feita por Guillen, o BC explica que aumentou a projeção em razão do resultado positivo do primeiro semestre do ano.

A instituição afirma que “a surpresa positiva no PIB do 1º trimestre e a previsão de nova alta no segundo elevam o carregamento estatístico para 2022”.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (20), o Ibovespa fechou em alta, o bom desempenho das ações de bancos e a mudança de sinal na Petrobras, de negativo para positivo na sessão, contribuíram para que o Ibovespa respirasse um pouco neste começo de semana, na máxima do dia chegou a recuperar a linha dos 100 mil pontos, após ter fechado a sexta-feira (17) no menor nível desde 4 de novembro de 2020. O índice Ibovespa teve alta de 0,03%, a 99.852,67 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,6 bilhões.

Na terça-feira (21), o Ibovespa fechou em queda, sem fôlego para acompanhar a trajetória positiva de Wall Street e enfraquecido por preocupações com riscos domésticos. Banco do Brasil caiu mais de 4%. O índice Ibovespa teve queda de 0,17%, a 99.684,50 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,7 bilhões.

Na quarta-feira (22), o Ibovespa fechou em queda, após quase perder o patamar dos 98 mil pontos no pior momento do dia, encontrando algum apoio na trajetória de Wall Street, mas também em uma relativa trégua em ruídos políticos locais, o que abriu espaço para um repique em alguns papéis. O índice Ibovespa teve queda de 0,16%, a 99.522,32 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,7 bilhões.

Na quinta-feira (23), o Ibovespa fechou em queda, chegando a ir abaixo dos 98 mil pontos pela primeira vez desde novembro de 2020, pressionado sobretudo pela ação da Vale, que caiu mais de 3%. Apesar da reação dos preços do minério de ferro, temores de recessão global seguiram minando perspectivas para commodities e a bolsa paulista, também enfraquecida por riscos domésticos. O índice Ibovespa teve queda de 1,45%, a 98.080,34 pontos. O volume financeiro somou R$ 24,8 bilhões.

Na sexta-feira (24), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em alta de 0,73%, a 98.794,39 pontos. O Ibovespa acelerou o ritmo de alta, renovando máximas e tocando o nível dos 99 mil pontos. O avanço é amparado nos ganhos das bolsas americanas e em ações ligadas a commodities. No entanto, a valorização do índice Bovespa ainda é inferior à vista nos Estados Unidos, onde há pouco saíram dados de moradias e da confiança do consumidor e a alta se aproxima de 3% (Nasdaq). Por aqui, pesa desconfiança em relação ao fiscal. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 0,60%, a 98.672,26 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,3 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (24), por volta das 12h04, o dólar registrava alta de 0,07%, cotado a R$ 5,2335 na venda. O dólar abandonou perdas iniciais e passava a subir, chegando a superar os 5,27 reais na máxima do dia até o momento, a caminho de marcar uma quarta semana consecutiva de ganhos, depois que temores de que juros mais altos nas principais economias levem a uma recessão abalaram o sentimento global, cenário agravado por receios políticos e fiscais domésticos.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (24) cotado a R$ 5,2527, a percepção de aumento de risco fiscal, em meio à ofensiva do governo no Congresso para turbinar programas de transferência de renda com recursos fora do teto de gastos, impediu que o real se beneficiasse da recuperação dos ativos de risco no exterior na sessão de sexta-feira (24).

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
27/06/2022