Cenário Econômico Nacional – 11/07/2022

Cenário Econômico Nacional – 11/07/2022

Cenário Econômico Nacional – 11/07/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Balança comercial registra superávit de US$ 8,81 bilhões em junho

O encarecimento do preço de vários itens importados, especialmente fertilizantes e petróleo, fez o superávit da balança comercial encolher em junho. No mês passado, o país exportou US$ 8,814 bilhões a mais do que importou, queda de 15,4% em relação ao registrado em junho do ano passado. Apesar do recuo, esse é o segundo melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1989, só perdendo para junho de 2021.

No primeiro semestre, a balança comercial acumula superávit de US$ 34,246 bilhões. Isso representa 8,2% a menos que o registrado de janeiro e junho do ano passado. O saldo é o segundo melhor da história para o período, perdendo apenas para 2021, quando o superávit tinha fechado o primeiro semestre em US$ 37 bilhões nesse intervalo.

No mês passado, o Brasil vendeu US$ 32,675 bilhões para o exterior e comprou US$ 23,861 bilhões. Tanto as importações como as exportações bateram recorde em junho, desde o início da série histórica, em 1989. As exportações subiram 15,6% em relação a junho do ano passado, pelo critério da média diária. As importações aumentaram 33,7% na mesma comparação.

O recorde das importações e das exportações, no entanto, deve-se ao aumento dos preços internacionais das mercadorias. No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu em média apenas 0,1% na comparação com junho do ano passado, enquanto os preços aumentaram 14,6%, favorecido pela valorização das commodities, que são bens primários com cotação internacional.

Nas importações, a quantidade comprada caiu 1,8%, mas os preços médios subiram 34,6%. A alta dos preços foi puxada principalmente por adubos, fertilizantes, petróleo, carvão e trigo, itens que ficaram mais caros após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Ao comparar o setor agropecuário, o aumento nos preços internacionais pesou mais nas exportações. O volume de mercadorias embarcadas caiu 4,5% em junho na comparação com o mesmo mês de 2021, enquanto o preço médio subiu 36,2%. Na indústria de transformação, a quantidade subiu 11,6%, com o preço médio aumentando 23,4%. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada caiu 15,9%, enquanto os preços médios recuaram 10,9% em relação a junho do ano passado.

Os produtos com maior destaque nas exportações agropecuárias foram milho não moído (+1.458,9%), café não torrado (+76,7%) e soja (+22,7%). Esse crescimento deve-se principalmente aos preços. O destaque negativo foi o algodão, cujas exportações caíram 10,5% de junho do ano passado a junho deste ano por causa da antecipação de embarques no início do ano.

O encarecimento das importações fez o governo revisar para baixo a projeção de superávit comercial. Para 2022, o governo prevê saldo positivo de US$ 81,5 bilhões, contra projeção anterior de US$ 111,6 bilhões. As estimativas são atualizadas a cada três meses.

IPC-Fipe desacelera alta a 0,28% em junho com recuos em preços de Habitação e Transportes

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo subiu 0,28% em junho, desacelerando ante a alta de 0,42% em maio, com queda nos custos de Habitação e Transporte.

Os dados divulgados na segunda-feira (04) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostram que os preços de Habitação tiveram recuo de 0,57% no mês, enquanto os de Transporte caíram 0,25%.

Em maio, esses grupos haviam registrado respectivamente deflação de 1,18% e alta de 0,87%.

Já o maior impacto positivo em junho foi exercido por Alimentação, embora a alta tenha desacelerado de 1,15% no mês anterior para 0,93%.

O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.

Indicador Antecedente de Emprego do Brasil vai a pico em 7 meses em junho, diz FGV

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) do Brasil subiu em junho para seu nível mais forte em sete meses, beneficiado pelo aquecimento da atividade econômica no primeiro semestre e maior controle da pandemia, embora as perspectivas para os próximos meses sigam cautelosas.

A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou na terça-feira (05) que o IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, avançou 1,0 ponto no mês passado, a 81,9 pontos, maior nível desde novembro de 2021 (83,0 pontos).

Cinco dos sete componentes do índice geral contribuíram para o resultado positivo de junho, segundo a FGV, com a principal ajuda 0,6 ponto, partindo do indicador de Tendência dos Negócios da Indústria.

“O IAEmp avança pelo terceiro mês consecutivo, confirmando o momento favorável do mercado de trabalho na primeira metade do ano”, disse em nota Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre.

“O aquecimento da atividade econômica aliado ao maior controle da pandemia favoreceram a criação de vagas nesse período, mas a desaceleração da taxa de crescimento do indicador e o patamar ainda baixo sinalizam cautela para os próximos meses.”

Ele disse ainda ser possível haver novas altas no IAEmp, mas alertou que a tendência para o resto do ano é de maior oscilação devido à incerteza do ambiente macroeconômico.

O IBGE informou na semana passada que a taxa de desemprego do Brasil caiu mais do que o esperado no trimestre até maio e foi abaixo de 10% pela primeira vez desde o início de 2016, com o país registrando o maior número de pessoas ocupadas da série histórica. Mesmo assim, os dados voltaram a apontar fortes perdas de rendimento diante da inflação elevada.

Salário médio de contratação com carteira assinada cai 5,6% em 1 ano

O salário médio de contratação no país em empregos com carteira assinada voltou a cair em maio e acumula uma queda de 5,6% em 1 ano, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Previdência.

Em maio, o salário médio real de admissão foi de R$ 1.898, contra um valor de R$ 1.916 em abril, e de R$ 2.010 em maio do ano passado, em valores corrigidos pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Nos cinco primeiros meses de 2022, apenas em abril o salário de admissão registrou aumento real. O valor médio de R$ 1.898 registrado em maio é o mais baixo desde dezembro de 2021.

De acordo com os dados do governo federal, foram criados 277 mil empregos com carteira assinada em maio no Brasil. No ano acumulado no ano, foram 1,05 milhão de vagas formais a mais.

Os números do Caged mostram, porém, que os salários médios iniciais continuam encolhendo. Em outras palavras, a recuperação do mercado de trabalho e a queda do desemprego ainda não refletem em uma melhora da renda, que segue sendo corroída pela inflação nas alturas e pelo elevado número de brasileiros em busca de uma ocupação.

“Essa queda no salário de admissão já foi até pior. Mas isso não significa que o salário daqui a pouco vai começar a apresentar ganho. Provavelmente, não vai. Quem está entrando no mercado de trabalho, está predominantemente aceitando um salário menor do que se pagava 12 meses atrás”, afirma Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), destacando que o país ainda reúne 10,6 milhões de desempregados em busca de uma vaga no mercado de trabalho.

Levantamento feito recentemente pela CNC mostrou que, entre as 140 profissões com maior volume de contratações, em apenas 8 o salário de admissão conseguiu bater a inflação no último ano.

Servidores aprovam fim da greve no Banco Central, último órgão que ainda estava paralisado

Os servidores do Banco Central aprovaram o fim da greve na autarquia, último órgão federal que ainda enfrentava paralisação.

A decisão foi tomada em assembleia na manhã de terça-feira (05), informou o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do BC, Fábio Faiad.

A mobilização no BC foi iniciada no início do ano, com interrupções parciais, e foi ampliada para uma greve no começo de abril. O fim da paralisação, assim como nas outras carreiras, ocorreu mesmo sem a liberação de reajustes ou outros benefícios pelo governo.

De acordo com o ministério da Economia, os servidores do Banco Central eram os únicos que seguiam em greve. A Receita Federal está em operação padrão, mas os empregados não chegaram a entrar em greve.

Neste ano, segundo a pasta, também foram registradas greves ou operações padrão no INSS, Tesouro Nacional, Controladoria-Geral da União, Comissão de Valores Mobiliários e ministérios do Trabalho e Previdência e da Educação, além de carreiras de comércio exterior, planejamento e orçamento, políticas públicas e gestão governamental, policiais penais federais, delegados da Polícia Federal e auditores fiscais agropecuários.

O Executivo tinha até o fim de junho para definir, aprovar e sancionar todas as regras e reservas orçamentárias caso fosse conceder reajustes ainda neste ano. A lei eleitoral proíbe a liberação desses benefícios nos seis meses finais de mandato do presidente.

Durante as negociações, o governo chegou a indicar que liberaria um aumento linear de 5% a todos os servidores federais a partir de julho deste ano, mas o plano travou e não foi efetivado. A ideia de aumentar o vale alimentação do funcionalismo neste ano também não saiu do papel.

Agora, as categorias pressionam para que as contas federais de 2023 prevejam dinheiro para reajustes. Embora a lei proíba que o governo conceda benefícios com efeito no próximo mandato, é permitido reservar recursos no Orçamento do ano que vem para que a próxima gestão efetive, ou não, o aumento.

O Ministério da Economia informou que o valor reservado para reajustes nas diretrizes do Orçamento de 2023 é de 11,7 bilhões de reais, ressaltando que a proposta de Lei Orçamentária com o valor final será apresentada no fim de agosto.

A pasta informou ainda que mantém diálogo com os órgãos e entidades representativas dos servidores públicos, independentemente de movimentos grevistas.

“Os pleitos relativos às relações de trabalho que possuam pautas não remuneratórias continuarão sendo tratados pelas áreas técnicas”, disse.

As paralisações de categorias afetaram serviços e atrasaram a divulgação de indicadores. No BC, por exemplo, foram impactados projetos internos e as apresentações de dados econômicos.

Com o fim da greve, o BC informou que as divulgações passadas serão atualizadas assim que possível.

Índice de variação dos aluguéis cai 0,31% em junho, diz FGV

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar) registrou deflação (queda de preços) de 0,31% em junho deste ano, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador mede os preços dos aluguéis em quatro cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Em maio deste ano, o Ivar havia registrado inflação de 0,59%. Com isso, o índice acumula, em junho, taxa de inflação de 8,05% em 12 meses, abaixo dos 8,83% acumulados no mês anterior.

“O Ivar deve começar a se assemelhar cada vez mais com o resultado acumulado do IPCA, uma vez que o IPCA vem sendo adotado como o indexador de contratos de aluguel residencial. A partir desse segundo semestre, essa taxa de variação acumulada dos aluguéis deve estabilizar em torno de 8% a 9%”, explica o pesquisador da FGV, Paulo Picchetti.

São Paulo foi a única cidade a registrar inflação no Ivar de junho (0,86%). No mês anterior, o indicador havia apresentado deflação de 0,26%.

As demais cidades apresentaram deflação em junho: Rio de Janeiro (-0,26% ante uma inflação de 1,31% no mês anterior), Porto Alegre (-0,27% ante uma inflação de 0,87% em maio) e Belo Horizonte (-4,12% ante uma inflação de 1,97% em maio).

Risco-Brasil renova máxima desde maio de 2020 com medo global e cena fiscal doméstica

Uma medida do risco-país do Brasil fechou acima de 300 pontos-base, renovando seu maior patamar desde maio de 2020 em meio a movimento globalmente coordenado de fuga para a segurança e persistentes riscos fiscais domésticos.

O custo de proteção contra calote da dívida soberana brasileira mensurado por Credit Default Swaps (CDS) de cinco anos fechou a última sessão em 300,47 pontos-base, máxima para encerramento desde 22 de maio de 2020 (304,01).

Depois de ter chegado a cair para perto de 200 pontos no início de abril deste ano, o risco-Brasil se recuperou rapidamente ao longo do restante do segundo trimestre, disparando quase 70 pontos-base apenas em junho.

A confiança no Brasil tem sofrido com o azedamento do sentimento internacional em meio a temores crescentes de recessão global, afetada ainda pela tramitação no Congresso doméstico de medidas de ampliação e criação de benefícios sociais, que devem levar a gastos fora do teto fiscal.

IGP-DI desacelera alta a 0,62% em junho com queda de commodities no atacado

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou a subir 0,62% em junho depois de um avanço de 0,69% no mês anterior com recuo nos preços de grandes commodities.

Apesar da leve desaceleração, o dado divulgado na quinta-feira (07) pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,59%, e levou o índice a acumular, nos 12 meses até junho, alta de 11,12%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, subiu 0,44% em junho, abaixo da taxa de 0,55% no mês anterior.

“O risco de recessão em grandes economias contribui para o recuo dos preços do milho (de -0,10% para -3,30%), do minério de ferro (de -4,61% para -1,63%) e da soja (de 2,76% para -0,81%)”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV.

Para o consumidor a alta dos preços foi mais intensa, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-DI, aumentando a 0,67% no período, de 0,50% em maio.

Os destaques foram Habitação (-1,37% para 0,43%), Alimentação (0,45% para 1,30%) e Vestuário (1,21% para 1,26%).

A alta do Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, desacelerou a 2,14% em junho, de 2,28% em maio.

O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.

Mercado financeiro prevê inflação de 7,96% para 2022

O mercado financeiro prevê, para 2022, uma inflação de 7,96%, percentual projetado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pelo Boletim Focus, divulgado na sexta-feira (08) pelo Banco Central. O número está abaixo das projeções apresentadas há uma semana (8,27%) e há quatro semanas (8,89%).

O Boletim Focus é uma publicação semanal que reúne a projeção de cerca de 100 instituições do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Para 2023, a expectativa de inflação subiu para 5,01%. É a 13ª alta seguida.

Há uma semana, o mercado previa uma inflação de 4,91% para o próximo ano; e há quatro semanas este percentual (IPCA) estava em 4,39%. Já para os anos 2024 e 2025, as previsões inflacionárias se mantiveram estáveis em 3,25% e 3%, respectivamente.

IPCA acelera alta a 0,67% em junho sob peso de alimentos e planos de saúde

Os alimentos e o reajuste dos planos de saúde fizeram com que a inflação nacional voltasse a acelerar em junho, embora o IPCA ainda permaneça abaixo de 12% no acumulado em 12 meses.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou a alta a 0,67% no mês passado, de 0,47% em maio, depois de dois meses seguidos de alívio na pressão. O índice registrou a maior taxa para meses de junho desde 2018 (1,26%).

A expectativa em pesquisa da Reuters para o dado divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era uma de alta de 0,70%.

Com isso, o IPCA acumulado em 12 meses foi a 11,89%, depois de ter ficado em 11,73% no mês anterior e contra projeção de 11,90%.

O resultado representa quase duas vezes e meia o teto da meta oficial para a inflação este ano, que é de 3,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, já abandonada pelo Banco Central.

“Temos uma inflação acima de 10% desde setembro, e temos que ver como vai ficar o comportamento de itens de peso como gasolina, energia, plano de saúde e outros para avaliar a direção da inflação”, disse o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

A inflação no Brasil está não apenas alta como também bastante disseminada. Embora a taxa de difusão tenha enfraquecido para o menor nível desde novembro, ainda foi de 67% em junho.

O BC elevou a taxa básica de juros Selic em 0,5 ponto percentual no mês passado, a 13,25% ao ano, e disse que antevê um novo ajuste, de igual ou menor magnitude, na reunião de agosto, em movimento que busca esfriar a atividade e a demanda.

Em junho, os preços do grupo Alimentação e bebidas, que tem grande peso no índice geral e no bolso dos consumidores, subiram 0,80%, acelerando ante taxa de 0,48% no mês anterior.

“O resultado foi influenciado pelo aumento nos preços dos alimentos para consumo fora do domicílio (1,26%), com destaque para a refeição (0,95%) e o lanche (2,21%)”, explicou Kislanov, destacando ainda os efeitos do aumento dos custos de insumos e matérias-primas.

“Assim como outros serviços que tiveram a demanda reprimida na pandemia, há também uma retomada na busca pela refeição fora de casa. Isso é refletido nos preços”, completou.

Já os preços dos planos de saúde saltaram 2,99% em junho depois ter sido autorizado reajuste de até 15,5% em seus valores, exercendo o maior impacto individual no IPCA do mês.

Isso levou o grupo Saúde e cuidados pessoais a acelerar a alta a 1,24% em junho, de 1,01% em maio.

Por sua vez, os custos de Transportes, grupo de maior peso no índice geral, desaceleraram o avanço a 0,57% em junho, ante 1,34% no mês anterior, diante da queda de 1,20% nos combustíveis. Os preços da gasolina caíram 0,72%, enquanto os do etanol recuaram 6,41% e os do óleo diesel subiram 3,82%.

Os custos de serviços também aceleraram a alta, chegando a 0,90% em junho, de 0,85% antes, acumulando avanço de 8,73% em 12 meses, maior taxa desde janeiro de 2015, segundo o IBGE.

Apesar do nível elevado, a inflação no Brasil pode já ter chegado ao pico, de acordo com o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Ele afirmou na semana passada que o pior momento da inflação no Brasil já passou e que o país está muito perto de finalizar todo o trabalho de elevação de juros para domar a alta de preços.

Lula e Alckmin acertam detalhes com França para saída da disputa do governo de SP

O ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) conversaram no domingo (03) com Márcio França para acertar detalhes da saída do candidato do PSB da disputa pelo governo de São Paulo e sua candidatura para o Senado.

O ex-prefeito e candidato do PT ao governo paulista, Fernando Haddad, também participa das tratativas.

No PT, a saída de França da disputa ao Palácio dos Bandeirantes é dada como certa e aguardada para esta semana. Falta apenas combinar a data do anúncio, segundo fontes ouvidas pelo G1.

Já França, após o encontro, repete que aguarda uma manifestação de Gilberto Kassab (PSD) antes de anunciar sua desistência.

França e Kassab conversaram nas últimas semanas sobre o eventual apoio do PSD a uma candidatura do peessebista, mas o PSD está em conversas avançadas com Tarcisio de Freitas (Republicanos), candidato de Jair Bolsonaro (PL).

Kassab, confirmou que vai conversar com lideranças do PSD nesta semana para definir o apoio na disputa pelo governo de SP, mas admite que a maior parte do partido, hoje, tende a apoiar Freitas.

No plano nacional, Kassab vai apoiar Lula.

Sem apoio do PSD e de nenhum partido grande, França deve anunciar nos próximos dias sua desistência ao Palácio dos Bandeirantes.

Deputados querem incluir motorista de aplicativo no vale aprovado para taxistas

Enquanto o governo corre para aprovar a PEC das Eleições, deputados querem mudar a proposta aprovada no Senado e incluir no pagamento de benefícios para taxistas o vale para motorista de aplicativos.

O deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), que será o relator da PEC na Câmara, disse ao blog que seus colegas querem incluir na medida os motoristas de aplicativos.

“Os deputados avaliam que não faz sentido dar um vale para os taxistas e não para os motoristas de aplicativos, que estão sofrendo da mesma forma com a gasolina cara”, disse ao G1 o deputado Danilo Forte.

Ele também estuda se é possível retirar do texto a decretação do estado de emergência e trocar por um dispositivo previsto na PEC do teto dos gastos públicos.

Danilo Forte informou que sua assessoria jurídica está analisando se é possível fazer essa mudança, para dar maior segurança jurídica à Proposta de Emenda Constitucional aprovada no Senado. Os senadores aprovaram a criação do Estado de Emergência para driblar a Legislação Eleitoral, que proíbe a criação de novos benefícios sociais em ano de eleição.

Para estender o vale também para motoristas de aplicativos, os gastos com o pacote de bondades da PEC das Eleições vai crescer. Ele já passou do valor inicial admitido pela equipe econômica de R$ 29 bilhões para R$ 42,1 bilhões. Agora, se os motoristas de aplicativos também forem beneficiados, o valor vai aumentar e pode gerar mais incerteza no mercado.

Na semana passada, logo depois de o Senado aprovar a PEC das Eleições, prevendo um gasto de R$ 42,1 bilhões fora do teto dos gastos públicos, o dólar voltou a subir no mercado financeiro. Isso preocupa o Banco Central, porque aumenta a pressão sobre a inflação e dificulta ainda mais o trabalho do Comitê de Política Monetária para reduzi-la.

Na segunda-feira (04), o presidente da Câmara, Arthur Lira, deve ter uma reunião preliminar com alguns líderes partidários para acertar a estratégia de votação da PEC das Eleições. Lira, alinhado com o Palácio do Planalto, quer votar a proposta ainda nesta semana, mas pode enfrentar a resistência da oposição.

AGU vai acompanhar de perto cumprimento da legislação eleitoral

Decreto publicado pela Advocacia-Geral da União (AGU) determina que a instituição vai monitorar o cumprimento da legislação eleitoral até o pleito de outubro. “O decreto só veio deixar mais clara essa atribuição específica da Advocacia Geral da União, dizendo o seguinte: todo e qualquer ato, no período eleitoral, que eventualmente possa confrontar com a legislação eleitoral, deve passar pela assessoria da advocacia-geral da União”, explicou o advogado-geral da União, Bruno Bianco, ao programa A Voz do Brasil.

Segundo Bianco, por meio do decreto, sempre que houver um ato, uma política pública, ou qualquer fator que eventualmente possa confrontar com a legislação eleitoral a AGU, dentro do âmbito do executivo, fará essa análise. “O presidente da República vai ter a certeza de que todos os atos, durante esse período, e que todas as políticas públicas, durante esse período, passarão por um crivo jurídico e ele vai ter a certeza de que todos esses atos estarão de acordo com a legislação eleitoral.

Bianco também falou sobre a judicialização causada pela redução do ICMS sobre os combustíveis nos estados, dos quais a AGU participou. “Tivemos decisões favoráveis ao cumprimento da lei e os estados, de fato, começando a cumprir e nós já estamos vendo a redução do valor do combustível”.

Nenhum estado divulga dados completos sobre incentivos fiscais e uso de emendas parlamentares, diz Transparência Internacional

Nenhum dos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal divulga dados completos sobre incentivos fiscais e uso de emendas parlamentares estaduais, aponta ranking da organização não governamental Transparência Internacional divulgado na terça-feira (05). A área, segundo a ONG, é a de maior risco para corrupção, privilégios e prejuízos aos cofres públicos.

Coordenadora do Programa de Integridade e Governança Pública da Transparência Internacional Brasil, Maria Dominguez lembra que uma série de denúncias ocorreram nos últimos meses ligadas ao mal uso de emendas parlamentares do Orçamento Secreto.

Assim como o em âmbito federal, esse tema tem pouca transparência nos estados. Segundo Dominguez, 10 estados divulgam dados parciais sobre emendas estaduais e os demais não divulgaram as informações mapeadas pela ONG, que incluem nome do deputado, valor da emenda, justificativa da destinação e localidade beneficiada.

“Sem os dados, fica difícil saber se a alocação segue normas técnicas ou arbitrárias”, explica a coordenadora.

O Índice de Transparência e Governança Pública (ITGP) foi elaborado com base em 84 critérios divididos em oito categorias: Marcos Legais, Plataformas, Administração e Governança, Transparência Financeira e Orçamentária, Transformação Digital, Comunicação, Participação e Dados Abertos.

De acordo com o ranking, 5 estados têm classificação “ótima”, 11 e o Distrito Federal têm classificação “bom” e 5 têm classificação “regular”. Três estados foram classificados como “ruim”: Sergipe, Pará e Acre. Nenhum estado recebeu a classificação “péssimo”.

Os cinco estados que estão no topo da tabela têm representantes de todas as regiões, com exceção do Nordeste. Na outra ponta, no entanto, os cinco estados com piores notas são do Norte e do Nordeste. Somente Rondônia teve nota acima de regular na região Norte.

Câmara: votação da PEC dos benefícios em comissão é adiada após pedido de vistas

A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Benefícios, também chamada de Kamikaze, em comissão especial da Câmara foi adiada, após um pedido de vistas. Antes do adiamento, o relator, Danilo Forte (União Brasil-CE), chegou a ler seu relatório final. A reunião teve início ainda na noite de terça-feira (5), mas se estendeu em meio a críticas e embates protagonizados pela oposição.

Dessa forma, o texto só poderá ser votado na comissão a partir de quinta-feira, dia 7, dado que, quando há pedido de vistas, é preciso contar duas reuniões para que uma PEC volte para deliberação do colegiado, de acordo com o Regimento Interno da Câmara. Forte manteve o texto aprovado no Senado, que prevê custo de R$ 41,25 bilhões fora do teto de gastos – a regra que limita o crescimento das despesas do governo à inflação do ano anterior.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o relator chegou a dizer que negociava incluir um auxílio-gasolina a motoristas de aplicativo, como o Uber (NYSE:UBER), e retirar a decretação do estado de emergência no País. No entanto, após o Palácio do Planalto entrar em campo para impedir qualquer mudança na PEC, o relator recuou e manteve o texto do Senado.

A proposta, que concede uma série de benefícios sociais às vésperas da eleição, foi apensada a outra PEC, que trata de biocombustíveis e cuja análise já estava avançada na comissão especial. Dessa forma, o texto da Kamikaze pegou “pegou carona” e teve a tramitação acelerada. A previsão é que o texto seja votado no plenário da Câmara ainda nesta semana.

O texto aprovado no Senado prevê auxílio-gasolina a taxistas de R$ 200 mensais, uma bolsa-caminhoneiro de R$ 1 mil por mês, o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, além da ampliação do vale-gás a famílias de baixa renda e recursos para subsidiar a gratuidade a idosos nos transportes públicos urbanos e metropolitanos.

Durante as discussões na comissão, os oposicionistas se disseram a favor dos benefícios sociais, mas chamaram a PEC de “eleitoreira” e “golpe baixo”. “É uma confissão da incompetência desse governo e de seus aliados, que não se preocuparam desde o início de 2019 com as altas dos preços dos combustíveis e dos alimentos, que foram aumentando mês a mês, ano a ano”, líder da Minoria na Câmara, Alencar Santana (PT-SP).

No momento da leitura do parecer, houve uma confusão entre os parlamentares. A presidente da Comissão, Celina Leão (PP-DF), autorizou o relator a ler o documento, mas os oposicionistas alegaram desrespeito ao regimento interno e disseram que ainda tinham direito de discursar. Danilo Forte, então, proferiu o parecer sob protesto de deputados de esquerda, que falavam junto com o relator.

Lula tem 45% das intenções de voto e Bolsonaro soma 31%, diz pesquisa Quaest

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a liderança da corrida ao Palácio do Planalto na eleição de outubro, com 45% da preferência do eleitorado em simulação de primeiro turno, contra 31% do presidente Jair Bolsonaro (PL), mostrou pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta-feira (06).

Esse resultado daria ao petista a vitória já no primeiro turno em 2 de outubro, de acordo com o levantamento, uma vez que Lula tem percentual superior ao da soma de seus adversários.

Lula oscilou 1 ponto para baixo em relação ao mês passado, enquanto Bolsonaro oscilou 1 ponto para cima, o que fez a diferença entre os dois candidatos recuar de 16 para 14 pontos neste mês. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais.

De acordo com o levantamento, Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro, com 6%. A seguir vêm o deputado federal André Janones (Avante-MG) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), com 2% cada, e o palestrante Pablo Marçal (Pros), que ficou com 1%.

Caso seja necessária uma segunda rodada de votação, que ocorreria em 30 de outubro, Lula venceria Bolsonaro por 53% a 34%, apontou o levantamento do instituto Quaest. No mês passado, a vantagem de Lula era maior, com 54% a 32%.

O petista também venceria um eventual segundo turno contra Ciro 52% a 25%, e um duelo com Tebet 55% a 20%, apontou a pesquisa.

O levantamento também apontou que a avaliação negativa do governo de Bolsonaro está em 47%, no mesmo patamar do mês passado, ao passo que o percentual dos que avaliam o governo de forma positiva oscilou de 25% para 26% e aqueles que veem o governo como regular somam 25%, contra 26% na sondagem anterior.

O instituto Quaest ouviu 2.000 pessoas de forma presencial entre os dias 29 de junho e 2 de julho.

Senado aprova inclusão de representantes comerciais no Simples

O Senado aprovou um projeto de lei (PL) que altera trecho do Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte para inclusão dos representantes comerciais no Simples Nacional. Proposta é que a categoria se submeta a uma tabela de tributação com alíquotas menores que as praticadas atualmente. O projeto segue para a Câmara.

O projeto, de autoria de Paulo Paim (PT-RS), tramita no Senado desde 2015. O texto aprovado no Senado estende a essa categoria as mesmas regras de tributação válidas para contadores, agentes de viagem, fisioterapeutas e corretores de seguros.

O senador Wellington Fagundes (PL-MT) foi o relator da matéria em Plenário. Ele acatou três emendas apresentadas à proposta. A primeira delas posterga a vigência do projeto para o primeiro dia do ano subsequente ao da publicação da respectiva lei complementar.

As outras emendas acatadas têm a intenção de evitar prejuízo às pequenas e microempresas prestadoras dos serviços de arquitetura e urbanismo. Para evitar essa possibilidade, o relator fez um ajuste na redação da lei do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, de 2006.

Câmara aprova MP que libera R$ 1,2 bilhão para agricultores

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou uma medida provisória que libera R$ 1,2 bilhão para o programa Agropecuária Sustentável. O objetivo é compensar perdas de agricultores familiares atingidos pela seca nos estados de Mato Grosso do Sul, do Paraná, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O texto segue para análise do Senado.

Os recursos serão destinados a produtores rurais de municípios destes quatro estados que decretaram emergência ou estado de calamidade. O dinheiro será aplicado no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A condição para os agricultores receberem os recursos é não estarem cobertos pelo Proagro ou pelo Seguro Rural.

De acordo com o Ministério da Economia, os níveis de chuva na safra 2021/2022 ficaram abaixo da média histórica. O Poder Executivo vai conceder descontos de até 58,5% nas parcelas de financiamentos contratados pelos agricultores no âmbito do Pronaf, com vencimento entre 1º de janeiro e 30 de junho.

O crédito extraordinário não será sujeito ao teto de gasto, segundo informou o Ministério da Economia.

Bolsonaro volta a atacar sistema eleitoral e sugere que diversos órgãos contabilizem votos além do TSE

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar o sistema eleitoral brasileiro e disse duvidar da segurança do processo de votação eletrônica, sugerindo que diferentes órgãos, como a Polícia Federal e a Ordem dos Advogados do Brasil, além das Forças Armadas, possam contabilizar os votos junto com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Eu duvido desse sistema eleitoral, é um direito meu duvidar”, disse Bolsonaro em sua transmissão semanal ao vivo pelas redes sociais, voltando a levantar dúvidas, sem apresentar evidências de possíveis fraudes em eleições passadas.

Bolsonaro, que se elegeu presidente em 2018 e deputado diversas vezes em eleições anteriores pelo sistema de voto eletrônico, tem feito ataques constantes aos ministros do TSE Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes, que também pertencem ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro acusa, sem apresentar provas, os três magistrados de terem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato preferencial na eleição presidencial de outubro. Lula (PT) lidera as pesquisas de intenção de voto à frente de Bolsonaro (PL) e alguns levantamentos apontam até mesmo uma possível vitória no primeiro turno.

Bolsonaro já chegou a afirmar que não irá aceitar o resultado de uma eleição que não considere justa.

Depois de sugerir inicialmente que as Forças Armadas tivessem acesso ao sistema de votação para realizar uma apuração própria dos votos, o presidente agora sugeriu que entidades como a Polícia Federal, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Controladoria-Geral da República (CGU) e universidades também possam fazer suas apurações paralelas.

Apesar das falas do presidente acusando o TSE de fazer a apuração em uma “sala secreta”, a corte eleitoral já esclareceu diversas vezes que a totalização dos votos é um ato público.

Em tom de ameaça, Bolsonaro disse que “ninguém quer invadir nada”, mas que sabe o que “temos que fazer antes das eleições”. Antes, criticou o presidente do TSE, Edson Fachin, por ter afirmado na véspera que há risco de o Brasil passar por um evento mais grave do que a invasão ao Capitólio de Washington, ocorrido em 6 de janeiro do ano passado, quando partidários do então presidente derrotado dos EUA, Donald Trump, invadiram as dependências do Congresso para tentar impedir a certificação da vitória de Joe Biden.

No STF, André Mendonça nega suspensão da tramitação da ‘PEC Kamikaze’

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido do deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS) para suspender a tramitação, no Congresso Nacional, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui estado de emergência e autoriza o governo a conceder uma série de benefícios em pleno período eleitoral. A iniciativa ficou conhecida como “PEC Kamikaze”.

“A absoluta excepcionalidade da intervenção do Poder Judiciário no exercício de atividade típica de outro Poder milita em favor da deferência e do respeito ao princípio da Separação dos Poderes, optando-se, neste momento inicial, pela presunção de legitimidade constitucional dos atos questionados. Ante o exposto, indefiro o pedido liminar, sem prejuízo de eventual reavaliação após a necessária oitiva das autoridades coatoras”, diz Mendonça na decisão.

O ministro negou deferir a liminar (decisão provisória, dada em casos urgentes) justificando que deve ser “evitada, ao máximo, a prematura declaração de invalidade de ato legislativo ainda no seu processo de formação, diante do evidente risco de que se traduza em interferência indevida do Poder Judiciário sobre o Poder Legislativo”.

“Com efeito, não se pode tomar por corriqueiro ou mesmo banalizar o antecipado escrutínio integral e completo do ato normativo, ainda em fase de construção política e democrática no âmbito do Poder Legislativo, sob pena de congelamento da função legiferante, constitucionalmente atribuída, primordialmente, ao Poder Legislativo”, afirma o ministro.

Mendonça ainda diz não ver “inequívoco e manifesto desrespeito ao processo legislativo” a justificar a concessão de uma liminar e considerou que a avaliação do caso deve ser feita após a prestação de informações pelas autoridades questionadas, os presidentes do Senado e da Câmara, “em prestígio ao Poder Legislativo e em resguardo à harmonia e independência dos Poderes”.

O ministro também crê estar ausente, no caso, o requisito do periculum in mora (perigo na demora) para a concessão de liminar no mandado de segurança, uma vez que a eventual apreciação da PEC pela Câmara dos Deputados não impede sua posterior anulação, se for o caso.

O parlamentar alegou uma série de supostos problemas na tramitação do texto, como a interferência na separação dos Poderes, o vício de iniciativa, a violação da soberania popular dos direitos políticos e a violação aos princípios da moralidade e do devido processo legal.

Festas juninas devem movimentar este ano R$ 641 milhões em São Paulo

As festas juninas devem movimentar R$ 641 milhões entre os meses de maio e julho no estado de São Paulo, segundo projeção do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (Ciet), ligado à Secretaria de Turismo e Viagens. O centro calcula R$ 396,1 milhões de impacto direto e R$ 244,9 milhões de efeitos indiretos.

Uma grande parcela dessa movimentação financeira vem dos gastos do público durante os eventos, estimado em R$ 361,1 milhões. Os turistas representam 12% dos frequentadores das festas juninas, respondendo por 37% dos gastos (R$ 133,2 milhões), enquanto os moradores locais respondem por 63% do consumo (R$ 227,9 milhões), calculou o Ciet.

De acordo com informações do estado, em 2022, eventos em 316 municípios localizados em regiões turísticas devem reunir 3,7 milhões de pessoas, com geração de 15.950 empregos.

A projeção do Ciet mostra que as festas juninas deste ano praticamente recuperam o fluxo de visitantes e movimentação financeira, na comparação com o ano de 2019, período anterior à pandemia.

De acordo com o centro, o público médio estimado em 2022 é de 12 mil pessoas por evento. Em 2019, o público estava em torno de 14 mil, e a movimentação financeira foi de R$ 660 milhões.

CSN acerta compra da operadora da usina hidrelétrica Quebra-Queixo

A CSN e sua controlada CSN Energia assinaram contrato para aquisição da Chapecó, que detém o direito de exploração da usina hidrelétrica Quebra-Queixo, localizada em Santa Catarina, disse o grupo siderúrgico nesta segunda-feira. O valor do negócio não foi revelado.

As partes vendedoras são a Astra Infraestrutura I, fundo de investimento em participações, administrado pela Reag Administradora de Recursos, e a BMPI.

A usina Quebra-Queixo tem uma capacidade instalada de 120 megawatts médios.

O objetivo da aquisição é “fortalecer a estratégia de expansão dos negócios da CSN, através de investimentos em energia renovável e autoprodução para a maior competitividade dos seus negócios”, disse a empresa em fato relevante.

A CSN afirmou que o contrato prevê o direito de cessão, pela CSN e CSN Energia, dos direitos e obrigações decorrentes do contrato a qualquer de suas afiliadas.

O fechamento da operação está sujeito a certas condições suspensivas, incluindo a aprovação por autoridades concorrenciais e regulatórias.

Fiesp: 66% das indústrias de SP não buscaram crédito em 2022

A alta da taxa de juros desestimulou a busca por crédito, apontou o levantamento Rumos da Indústria Paulista, que foi divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Segundo o levantamento, 66,8% das indústrias de São Paulo não buscaram crédito em 2022. Entre os principais motivos alegados para que a empresa não buscasse crédito neste ano apareceram o fato dela não ver necessidade nesse momento (71%), seguida pela elevada taxa de juros (18%). Já entre os que buscaram linhas de crédito, a maior parte se referiu a capital de giro e antecipação de recebíveis.

Para 71% das grandes empresas e 50% das micro, pequenas e médias indústrias, a taxa de juros que vem sendo praticada em 2022 é muito pior do que a que vinha sendo aplicada no ano passado.

A pesquisa apontou ainda que 61,8% dos entrevistados não enxergam a possibilidade de buscar instituições financeiras ainda neste ano para obtenção de crédito, empréstimo ou financiamento.

O levantamento foi feito entre os dias 16 de maio e 3 de junho com 317 indústrias de transformação do estado de São Paulo.

Demanda por voos domésticos tem queda de 2,5% no Brasil em maio

A demanda por voos domésticos teve queda de 2,5% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2019, aponta a Associação Brasileira das Empresas Aéreas, com base nos relatórios da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O dado é medido em passageiros por quilômetro transportados (RPK).

A oferta, por sua vez, teve alta de 6%. Ela é calculada em assentos por quilômetro oferecidos (ASK). A taxa média de ocupação das aeronaves, portanto, ficou em 75,1%, o que representa um recuo de 6,6 pontos percentuais em relação a maio de 2019. Foram transportados 6,4 milhões de passageiros, 10% a menos do que o ano base de comparação.

No mercado internacional, a queda da demanda chegou a 31,1% na comparação com 2019 e, na oferta, a redução foi 31,2%. O aproveitamento das aeronaves teve leve variação positiva de 0,2 ponto percentual, ficando em 85,7%. Foram transportados 1,2 milhão de passageiros, 36,5% a menos.

Na comparação com abril, os resultados no mercado doméstico são positivos, com aumento de 3,4% na demanda e de 7,9% na oferta. Nos voos internacionais, houve crescimento de 6,4% na demanda e de 3,5% na oferta.

Em relação ao transporte aéreo de carga e correio, foi registrada queda de 6,1% em maio na comparação com o mesmo mês de 2019. Já na demanda internacional, essa atividade cresceu 24,7% no mesmo período.

Produção industrial tem 4ª alta seguida, mas segue abaixo do patamar pré-pandemia

A produção industrial brasileira cresceu 0,3% em maio, na comparação com abril, na quarta alta mensal consecutiva, conforme divulgado na terça-feira (05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a maio do ano passado, o avanço foi de 0,5%.

Apesar do resultado positivo, o avanço em maio não foi suficiente para eliminar a perda de 1,9% registrada em janeiro, e a indústria segue com um nível de atividade abaixo do padrão pré-pandemia.

O resultado veio abaixo do esperado. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de avanço de 0,7% na variação mensal e de 1,1% na base anual.

No ano, a indústria acumula alta de 2,6%. Em 12 meses, porém, a queda acumulada foi ampliada para -1,9%, contra -0,3% nos 12 meses até abril.

“Com esses resultados, o setor industrial ainda se encontra 1,1% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 17,6% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011″, destacou o IBGE.

Entre os fatores que limitam a recuperação da indústria, segundo o IBGE, está a inflação em patamares mais elevados reduzindo a renda das famílias, taxa de juros alta encarecendo o crédito e o mercado de trabalho que ainda permanece com a característica de uma massa de rendimentos que não mostra avanço.

“O setor industrial ainda tem um espaço grande a ser recuperado frente a patamares mais elevados da série histórica. Ainda permanecem a restrição de acesso das empresas a insumos e componentes para a produção do bem final e o encarecimento dos custos de produção. Várias plantas industriais prosseguem realizando paralisações, reduções de jornadas de trabalho e concedendo férias coletivas, com a indústria automobilística exemplificando bem essa situação nos últimos meses”, afirmou André Macedo, gerente da pesquisa industrial mensal.

A indústria brasileira vem sendo impactada pelos custos elevados por conta da disparada das commodities e energia, além da falta de insumos e restrições de oferta.

Apesar deste cenário, a confiança da indústria no Brasil subiu pelo terceiro mês seguido em junho e o índice de confiança empresarial atingiu o maior nível desde outubro de 2021.

A expectativa dos economistas, porém, é de uma desaceleração da atividade econômica neste 2º semestre em razão do aperto das condições monetárias e financeiras, em meio à alta da taxa básica de juros para tentar frear a inflação.

Vendas de veículos têm queda de 4,81% na passagem de maio para junho

As vendas de veículos deram sinal de acomodação em junho, após dois meses de recuperação, com o mercado recuando 4,81% no mês passado frente a maio. Na comparação com o mesmo mês de 2021, a queda foi de 2,39%, conforme balanço divulgado pela Fenabrave, a associação que representa as concessionárias.

No total, foram vendidas durante o mês passado 178.063 unidades, entre carros de passeio, utilitários leves, como picapes e vans, caminhões e ônibus. O ritmo diário ficou próximo ao registrado em maio, até aqui o melhor resultado do ano, mas o calendário de junho, com um dia a menos de venda, contribuiu a uma maior diferença entre os dois meses.

Com isso, as vendas de veículos acumularam 917.942 unidades desde o primeiro dia do ano, 14,53% a menos do que nos seis primeiros meses de 2021, quando o volume era de 1.073.937.

As dificuldades de abastecimento na indústria continuaram em junho, levando a paradas por dias a semanas por falta de peças, principalmente componentes eletrônicos, em fábricas das três maiores montadoras do País: Fiat, Volkswagen e General Motors.

Os lockdowns por causa da política de ‘Covid zero’ da China agravaram a irregularidade no fornecimento por não só restringir as exportações de produtos chineses, como também limitar a oferta de navios e contêineres para o transporte dos materiais de outras origens, dado o congestionamento de embarcações causado pelo fechamento de portos no gigante asiático.

As interrupções na indústria de automóveis continuam em julho, com a parada nesta semana na fábrica da Nissan em Resende, no sul do Rio de Janeiro, e as férias de três semanas concedidas ontem pela Volkswagen em São José dos Pinhais, no Paraná, onde é montado o utilitário esportivo T-Cross. A Volks também vai reduzir em 24% a jornada de trabalho, e em 12% os salários, na volta, marcada para quinta-feira, dos trabalhadores que estão em férias de dez dias em São Bernardo do Campo. No ABC paulista, a montadora produz os modelos Polo, Virtus, Nivus e Saveiro.

Pequenos negócios geram renda de R$ 420 bilhões por ano

Os pequenos negócios geram renda em torno de R$ 420 bilhões por ano, o equivalente a cerca de um terço do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) brasileiro. A estimativa consta do Atlas dos Pequenos Negócios, lançado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que completa 50 anos.

Segundo o levantamento inédito, os negócios de menor porte injetam R$ 35 bilhões por mês na economia brasileira. A pesquisa analisou a participação na economia de microempresas, pequenas empresas e microempreendedores individuais (MEI). De acordo com a publicação, os MEI geram R$ 11 bilhões todos os meses, o que significa R$ 140 bilhões por ano. As micro e pequenas empresas geram mensalmente R$ 23 bilhões, movimentando R$ 280 bilhões por ano.

Atualmente, os negócios de menor porte correspondem a 30% do PIB. Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a participação poderá chegar a 40% do PIB, caso o país cresça 3% ao ano nos próximos anos. “Em países desenvolvidos, a participação dos pequenos negócios no PIB fica em torno de 40% a 50%.

Se em 10 anos conseguirmos promover esse crescimento, toda a economia sai beneficiada, graças ao poder que as MPE [micro e pequenas empresas] têm de gerar renda e empregos”, avaliou. A pesquisa constatou que, de 15,3 milhões de donos de pequenos negócios em atividade no Brasil, 11,5 milhões dependem exclusivamente da atividade empresarial para sobreviver.

Em relação aos MEI, a proporção chega a 78%, o que equivale a cerca de 6,7 milhões de pessoas. Entre os donos de micro e pequenas empresas, 71% têm no negócio de pequeno porte a principal fonte de renda, o que representa cerca de 4,7 milhões de pessoas.

De 2012 a 2021, o número de trabalhadores por conta própria no Brasil cresceu 26%, passando de 20,5 milhões para 25,9 milhões. No mesmo período, o número de formalizações entre os MEI passou de 2,6 milhões para 11,3 milhões, alta de 323%. Isso significa crescimento mais de 12 vezes maior entre os microempreendedores individuais, comparado com os donos de negócios que não se formalizaram.

Segundo a pesquisa do Sebrae, 28% dos MEI atuavam fora do mercado formal ao adotar o regime especial de pagamento de imposto. Desse total, 13% tinham como ocupação principal o empreendedorismo informal e 15% atuavam como empregados sem carteira assinada. A proporção de informais vem caindo ao longo do tempo. Cerca de 2,5 milhões de pessoas foram retiradas da informalidade (28% de 8,7 milhões de microempreendedores individuais em atividade), por causa do registro do MEI.

Em relação às micro e pequenas empresas, 13% dos empreendedores eram informais antes da abertura do negócio. Desse total, 6% exerciam a atividade como empreendedores informais e 7% eram empregados sem carteira assinada.

Conab prevê safra de trigo do Brasil em recorde de 9 milhões de toneladas em 2022

A safra de trigo do Brasil foi estimada na quinta-feira (07) em um recorde de 9 milhões de toneladas em 2022, ante 7,68 milhões na temporada passada, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A estatal apontou a área plantada de trigo do Brasil em 2,9 milhões de hectares, ante 2,7 milhões na temporada anterior.

A Conab praticamente não alterou as projeções de safras de soja e milho, que foram estimadas em 124,05 milhões de toneladas e 115,66 milhões de toneladas, respectivamente.

Itaú compra fatia de 35% na Avenue por R$ 493 milhões e terá controle após dois anos

O Itaú Unibanco assinou contrato para a aquisição do controle da Avenue, corretora que fornece aos brasileiros acesso aos mercados estrangeiros, disse o banco na sexta-feira (08).

O Itaú pagará inicialmente 493 milhões de reais por 35% da Avenue, valor que inclui um aporte de capital de 160 milhões de reais e compra secundária de ações, afirmou a instituição em fato relevante ao mercado.

Dois anos após o fechamento da aquisição da fatia, o Itaú comprará uma participação adicional de 15,1% por valor ainda a ser definido, passando a deter o controle com 50,1% da corretora. Posteriormente, o banco ainda poderá exercer uma opção de compra da fatia remanescente detida pelos acionistas da Avenue.

A Avenue é dona de uma corretora digital de valores mobiliários norte-americana e tem mais de 229 mil clientes ativos e 6,4 bilhões de reais sob custódia, disse o Itaú.

A gestão e condução da Avenue permanecerá autônoma em relação ao Itaú, segundo do banco.

O negócio ainda necessita de aprovação de órgãos reguladores.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

Para a taxa básica de juros (Selic), o ponto-médio das expectativas aumentou para 13,75% em 2022, de 13,25% em 29 de abril. Para 2023 e 2024, as projeções subiram de 9,25% para 10,50% e de 7,50% para 7,75%, respectivamente.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (11), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 13,75%, ante 13,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (11), a projeção para o IGP-M ficou em 12,03%, ante 12,22% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

Assim, a mediana das projeções dos economistas do mercado para o IPCA de 2022 está em 7,96%, segundo o Focus divulgado hoje com estimativas coletadas até o fim da semana passada, em 1º de julho. Na última postagem, em maio, o ponto-médio das expectativas para a inflação oficial brasileira no fim deste ano estava em 7,89%

Para 2023, a mediana do mercado para a inflação oficial brasileira ficou em 5,01%, vindo de 4,10% no fim de abril. Para 2024, ficou em 3,25%, vindo de 3,20%. A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,50% em 2022, 3,25% em 2023 e 3,00% em 2024, sempre com margem de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (11), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 7,67%, ante 7,96% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2022 está em 1,51%, maior que a estimativa de 0,70% divulgada na sondagem do Focus de maio.

Para 2023, as expectativas para a alta do PIB ficaram em 0,50%, de 1,00% no fim de abril. Para 2024, ficaram em 1,81%, de 2,00% na divulgação do começo de maio.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (11), a projeção para o PIB ficou em 1,59%, ante 1,51% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (04), o Ibovespa fechou em queda, com baixo volume de negócios em razão de feriado norte-americano e agentes financeiros ainda preocupados com o ritmo de aperto monetário nos Estados Unidos e a possibilidade de uma recessão global. O índice Ibovespa teve queda de 0,35%, a 98.608,76 pontos. O volume financeiro somou R$ 11,3 bilhões.

Na terça-feira (05), o Ibovespa fechou em queda, com recuo forte de Petrobras na esteira do tombo do petróleo no exterior, enquanto varejistas mostraram reação expressiva, com Magazine Luiza disparando quase 12%. O índice Ibovespa teve queda de 0,32%, a 98.294,64 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,1 bilhões.

Na quarta-feira (06), o Ibovespa fechou em alta, mas o movimento foi marcado por queda de braço entre incertezas globais e riscos fiscais no Brasil que desanimam compras e preços de alguns papéis que desencorajam vendas pelos investidores. Vale respondeu por suporte relevante na sessão. O outro destaque ficou para os papéis de consumo, principalmente as varejistas Via e Americanas, que voltaram a figurar entre os maiores ganhos. O índice Ibovespa teve alta de 0,43%, a 98.718,98 pontos. O volume financeiro somou R$ 22 bilhões.

Na quinta-feira (07), o Ibovespa fechou em alta, embalado pelo clima positivo em mercados acionários no exterior, bem como na alta de preços de commodities como o minério de ferro e o petróleo. Vale e Petrobras avançaram cerca de 3% cada. O índice Ibovespa teve alta de 2,04%, a 100.729,72 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,6 bilhões.

Na sexta-feira (08), por volta das 12h20, o índice Ibovespa operava em alta de 0,017%, a 100.746,64 pontos. A piora das bolsas norte-americanas faz o Ibovespa mirar queda e perder o nível dos 101 mil pontos, após subir 0,84% (máxima de 101.576,67 pontos), renovando mínimas. O resultado acima do esperado do payroll reforça estimativa de que os juros continuarão subindo nos Estados Unidos e a um ritmo mais intenso do que meio ponto porcentual. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 0,44%, a 100.288,94 pontos. O volume financeiro somou R$ 17,4 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (08), por volta das 12h40, o dólar registrava queda de 0,94%, cotado a R$ 5,2946 na venda. O dólar devolveu ganhos iniciais e passou a cair acentuadamente nesta sexta-feira, chegando a ir abaixo de 5,30 reais, movimento que alguns operadores atribuíram a extensão de ajuste técnico no preço da moeda e a entrada pontual de recursos no mercado brasileiro, enquanto investidores digeriam um relatório de emprego norte-americano e a leitura de junho do IPCA.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (08) cotado a R$ 5,2680, com aprofundamento das perdas nas duas últimas horas de negócios, o dólar emendou na sessão o segundo pregão consecutivo de queda firme e encerrou a semana com recuo de 1%, voltando a ser negociado abaixo da linha de R$ 5,30.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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11/07/2022