Cenário Econômico Internacional – 15/07/2022

Cenário Econômico Internacional – 15/07/2022

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Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Chefe do FMI alerta contra “complacência” em relação a problemas de dívida globais

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, está pressionando a China e outras economias do Grupo dos 20 a acelerar o alívio da dívida para um número crescente de países altamente endividados, alertando que o fracasso em fazê-lo pode desencadear uma “espiral descendente” prejudicial.

Georgieva disse à Reuters que é crucial impulsionar o Marco Comum para negociação de dívidas, programa amplamente paralisado que foi adotado pelo G20 e pelo Clube de Paris de credores oficiais em outubro de 2020, mas não conseguiu entregar um único resultado até agora.

“Este é um tópico sobre o qual não podemos ter complacência”, disse ela. “Se a confiança for corroída a ponto de haver uma espiral descendente, não se sabe onde isso terminará”, disse a chefe do FMI em entrevista no final da semana passada, antes de reunião desta semana de autoridades financeiras na Indonésia.

Georgieva disse que quase um terço dos países de mercados emergentes e duas vezes essa proporção de países de baixa renda estão com dificuldades envolvendo a dívida, com a situação piorando à medida que as economias avançadas aumentaram suas taxas de juros.

Ela fez um apelo à China para que coordene melhor seus múltiplos credores, alertando que o país seria o “primeiro a perder dramaticamente” se os atuais problemas de dívida se transformarem numa crise total.

Opep prevê crescimento mais lento da demanda por petróleo em 2023

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo prevê que a demanda mundial por petróleo aumentará ainda mais no próximo ano, mas a um ritmo um pouco mais lento do que em 2022, com consumo sustentado por melhor contenção da pandemia de Covid-19 e crescimento econômico global ainda robusto.

Em um relatório mensal, a Opep disse que espera que a demanda mundial de petróleo aumente 2,7 milhões de barris por dia em 2023. A previsão de crescimento deste ano permaneceu inalterada em 3,36 milhões de bpd.

O uso de petróleo se recuperou da queda induzida pela pandemia em 2020 e deve superar os níveis de 2019 este ano, mesmo com os preços atingindo níveis recordes. No entanto, os altos preços do petróleo e os surtos de Coronavírus chineses afetaram as projeções de crescimento para 2022.

“Em 2023, as expectativas de crescimento econômico global saudável em meio a melhorias nos desenvolvimentos geopolíticos, combinadas com melhorias esperadas na contenção da Covid-19 na China, devem aumentar o consumo de petróleo”, disse a Opep no relatório.

A Opep disse que suas previsões para 2023 pressupõem que não haverá escalada da guerra na Ucrânia e que riscos como o aumento da inflação não afetam fortemente o crescimento econômico global.

O grupo e seus aliados, incluindo a Rússia, conhecida coletivamente como OPEP+, estão aumentando a produção após cortes recordes implementados quando a pandemia ocorreu em 2020.

Nos últimos meses, a OPEP+ tem subestimado os aumentos de produção direcionados devido ao subinvestimento em campos petrolíferos por alguns membros da OPEP e por perdas na produção russa.

O relatório mostrou que a produção da Opep contrariou essa tendência em junho, subindo 234.000 bpd para 28,72 milhões de bpd.

Banco Mundial e FMI voltarão a ter reuniões anuais presenciais em outubro

O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional disseram que realizarão as reuniões anuais de 2022 de forma presencial, em outubro, marcando o primeiro grande encontro a voltar às condições pré-pandemia desde outubro de 2019.

As duas instituições disseram em uma declaração conjunta que realizarão as reuniões de 10 a 16 de outubro em suas sedes vizinhas em Washington, mas monitorarão as condições de saúde e poderão ajustar seus planos se necessário.

As reuniões anuais e de primavera do FMI e do Banco Mundial foram realizadas em um formato em grande parte virtual em 2020, e em 2021 mudaram para um formato híbrido, com delegações de países se reunindo pessoalmente, mas eventos de mídia e políticas públicas realizados virtualmente.

Antes da pandemia, as reuniões normalmente atraíam mais de 10 mil pessoas para um conjunto de edifícios de escritórios próximos à Casa Branca.

FMI vai cortar novamente projeções de crescimento global

O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortará a previsão de crescimento econômico global novamente, segundo informações da agência de notícias Bloomberg.

Segundo a reportagem, as repercussões da invasão da Ucrânia pela Rússia e as incertezas em relação à recuperação chinesa (que ora aperta o lockdown e ora afrouxa) são os principais motivadores do corte. Uma das consequências desse cenário foi uma alta das commodities, que ajudou a reforçar a pressão inflacionária.

Ainda de acordo com a agência, as perspectivas para 2022 e o 2023 serão rebaixadas no fim deste mês, quando o fundo divulgar uma atualização do relatório “Panorama Econômico Mundial”. A informação foi dada pela diretora-geral da instituição, Kristalina Georgieva, em um post de blog.

“As perspectivas permanecem extremamente incertas”, disse Georgieva. “Será um 2022 difícil, e possivelmente um 2023 ainda mais difícil, com maior risco de recessão”, completou.

O FMI já havia rebaixado no último mês de abril as previsões de expansão global deste ano, de 4,4% para 3,6%. Além disso, o fundo também rebaixou a previsão para o PIB dos EUA em 2022 de 2,9% para 2,3%, alertando que a alta da inflação representa “risco sistêmico” para o país e também para a economia global.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (11), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, em uma sessão marcada pela aversão ao risco. Com uma agenda de indicadores econômicos esvaziada, os investidores começaram a semana monitorando comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e o início da temporada de balanços, enquanto ainda persistem os temores de recessão. O índice Dow Jones teve queda de 0,52%, a 31.173,84 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,15%, a 3.854,43 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 2,26%, a 11.372,60 pontos.

Na terça-feira (12), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, depois que crescentes sinais de recessão mantiveram compradores fora do mercado acionário antes da divulgação de dados de inflação na quarta-feira (13). O índice Dow Jones teve queda de 0,62%, a 30.981,33 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,92%, a 3.818,80 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,95%, a 11.264,73 pontos.

Na quarta-feira (13), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, depois que investidores digeriram dados de inflação dos Estados Unidos mais elevados do que o esperado, o que alimentou temores de que o Banco Central norte-americano possa subir os juros em até 100 pontos-base no fim deste mês. O índice Dow Jones teve queda de 0,67%, a 30.772,79 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,45%, a 3.801,78 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,15%, a 11.247,58 pontos.

Na quinta-feira (14), as bolsas de valores de Nova York operavam em queda, após balanços mais fracos do que o esperado dos bancos norte-americanos JPMorgan Chase & Co e Morgan Stanley ressaltarem preocupações sobre uma forte desaceleração econômica. Por volta das 13h15, o índice Dow Jones registrava queda de 1,06%, a 30.446,21 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,94%, a 3.766,22 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 0,76%, a 11.162,11 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 08.07.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (08) cotado a R$ 5,2680 com queda de 1,44%. O ambiente de recuperação de preços de commodities e a diminuição da busca pela moeda americana no exterior, dada a redução dos temores de recessão nos EUA, abriram espaço para ajustes e realização de lucros no mercado doméstico de câmbio.

Na segunda-feira (11) – O dólar à vista registrou alta de 1,96%, cotado a R$ 5,3710 na venda. Voltando a superar a barreira de R$ 5,35, em meio a uma onda de fortalecimento global da moeda americana e ao tombo dos preços das commodities. O dólar oscilou entre R$ 5,3755 na máxima e R$ 5,2995 na mínima.

Na terça-feira (12) – O dólar à vista registrou alta de 1,27%, cotado a R$ 5,4391 na venda. A perspectiva de que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos em junho, que será divulgada na quarta-feira (13), apresente a maior alta anualizada em 40 anos, hipótese admitida até pelo presidente americano, Joe Biden, alimenta a busca global pela moeda norte-americana. O dólar oscilou entre R$ 5,4431 na máxima e R$ 5,3717 na mínima.

Na quarta-feira (13) – O dólar à vista registrou queda de 0,61%, cotado a R$ 5,4058 na venda. O refresco para o real veio na esteira da perda de fôlego da moeda americana lá fora, a despeito de o índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA em junho ter vindo acima do esperado, ensejando até apostas de que o Federal Reserve possa acelerar o passo e subir a taxa básica em 100 pontos-base. O dólar oscilou entre R$ 5,4663 na máxima e R$ 5,3635 na mínima.

Na quinta-feira (14) – Por volta das 14h15, o dólar operava em alta de 0,51% cotado a R$ 5,4329 na venda. Acompanhando a força da moeda norte-americana no exterior conforme cresciam as apostas de que o Federal Reserve promoverá um aperto monetário mais agressivo do que o anteriormente estimado pelos mercados financeiros.

Força do emprego nos EUA consolida cenário de outro grande aumento de juros pelo Fed

Mais uma surpresa positiva num dado de emprego norte-americano e o crescimento contínuo dos salários provavelmente fortalecerão a determinação do Federal Reserve de promover outro aumento de 0,75 ponto percentual nos juros em sua reunião de julho, à medida que as boas notícias sobre um mercado de trabalho ainda robusto esbarram no temor de que o Banco Central dos EUA terá de esfriar a economia.

Foram criadas 372 mil vagas de trabalho nos Estados Unidos em junho, número muito maior do que o esperado que impulsionou o emprego privado de volta ao nível pré-pandemia e manteve a taxa de desemprego no patamar ultrabaixo de 3,6%.

Os salários continuaram a subir a uma taxa anual de 5,1%, ritmo apenas ligeiramente abaixo do visto no mês anterior.

Embora isso provavelmente deva esfriar especulações sobre uma recessão iminente, pode alimentar a incerteza sobre se o Fed precisará se tornar mais agressivo no uso de taxas de juros mais altas para esfriar a economia e reduzir a inflação ao consumidor, que, em mais de 8%, está nos níveis mais altos em 40 anos.

“Apoio totalmente um movimento de 75 pontos-base” na reunião de julho do Banco Central, disse o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, à CNBC. “Este relatório (de emprego) apenas reafirma que a economia está forte e que ainda há muito impulso no mercado de trabalho, e isso é uma coisa boa.”

Mas, combinada com a inflação “nas alturas”, é essa mesma força que ajuda a justificar mais, e agressivos aumentos de juros.

“Devemos ser resolutos e não podemos decepcionar”, disse o presidente do Fed de Nova York, John Williams, em comentários preparados para discurso em Porto Rico.

Várias autoridades do Fed já endossaram um aumento de juros de 0,75 ponto percentual no encontro de política monetária de julho, mas deixaram em aberto o uso de mais incrementos intensos caso a inflação não mostre arrefecimento claro.

Operadores elevaram as apostas num aumento agressivo de juros pelo Fed após o relatório de emprego, com os contratos futuros atrelados à taxa básica do Banco Central mostrando até mesmo uma pequena chance de o Fed adotar elevação de 1 ponto percentual em julho.

Os contratos futuros dos juros agora refletem visão de que a taxa básica do Fed estará numa faixa de 3,5% a 3,75% até o fim do ano, intervalo que ficaria acima do que os próprios formuladores de política monetária do banco previram apenas três semanas atrás.

Argentina apresenta medidas econômicas para reduzir déficit fiscal

A nova ministra da Economia da Argentina, Silvina Batakis, anunciou na segunda-feira (11) uma série de medidas destinadas a reduzir o alto déficit fiscal do país, que está passando por uma crise financeira e política.

Batakis, que assumiu a pasta há uma semana em meio a uma grave disputa na coalizão governista de centro-esquerda, disse que vai manter as metas acordadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), entre outras decisões que buscam afastar as dúvidas sobre o futuro da economia.

“Não vamos gastar mais do que temos”, afirmou ela em entrevista à imprensa. “Precisamos dar certa ordem e equilíbrio às finanças públicas do Estado nacional”.

Batakis destacou que a Argentina buscará uma trajetória de taxa de juros positiva, congelará a entrada de novos funcionários no setor público, além de manter o plano de cortes de subsídios ao consumo de serviços estipulado pela gestão anterior.

A ministra avaliou que o peso argentino, atualmente sob pressão devido à escassez de divisas que o país enfrenta, encontra-se em um valor adequado.

Alguns especialistas levantaram dúvidas sobre o respaldo que plano de Batakis terá por parte da vice-presidente Cristina de Kirchner, que provocou uma crise no governo de Alberto Fernández ao pressioná-lo pela saída do ex-ministro da Economia Martín Guzmán.

Dados recentes de inflação não são tão animadores quanto o esperado, diz Bostic, do Fed

Dados recentes de inflação “não têm sido tão encorajadores quanto eu gostaria”, disse o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, explicando que a falta de melhora no ritmo de avanço mensal dos preços justifica outro aumento de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros quando as autoridades do Fed se reunirem no fim deste mês.

“As informações que chegaram nos últimos meses apontaram a necessidade de chegar à neutralidade (na política monetária) muito mais rapidamente”, afirmou.

Ele destacou que a atual taxa de juros, fixada em uma faixa entre 1,5% e 1,75%, ainda está, em sua opinião, “estimulativa”, incentivando, portanto, a atividade econômica.

Após a alta esperada na reunião de julho, “teremos de ver como a economia evolui… Não estou colocando muito peso nas probabilidades do que faremos” nas próximas reuniões, disse Bostic.

Chile pagará auxílio a 40% da população como ajuda contra inflação mais alta em 30 anos

O presidente do Chile, Gabriel Boric, informou que seu governo pagará um auxílio de uma só parcela de 120 mil pesos (R$ 651) para cerca de 7,5 milhões de pessoas, o equivalente a 40% da população do país de 19 milhões de habitantes.

O anúncio acontece em um contexto de forte inflação e integra um pacote de medidas econômicas para ajudar as famílias denominado Plano de Apoio ao Chile.

Num evento realizado em Santiago, o chefe de Estado chileno afirmou que o auxílio será pago com o cuidado de manter a responsabilidade fiscal.

Após a pandemia, o nosso país e o mundo não conseguiram se recuperar totalmente, afirmou. Temos uma situação em que há uma grande pressão sobre as famílias devido ao aumento do custo de vida e, como governo, não podemos ficar indiferentes a isso.

Quero que saibam que, como governo, estamos a fazer todos os esforços para apoiar os setores mais afetados por esta crise sem abandonar o nosso compromisso de responsabilidade fiscal, para podermos avançar por ora, enquanto também entendemos as emergências, as reformas estruturais e o mandato de mudança que temos como governo.

Segundo o ministro da Fazenda, Mario Marcel, o pagamento “beneficiará os 60% mais vulneráveis” da população.

Vamos destinar cerca de 1, 2 bilhões de pesos (R$ 6,5 bi) para financiar as medidas, disse Marcel, que também disse que essas receitas virão de recursos inesperados arrecadados pelo Tesouro Público “mantendo os compromissos de responsabilidade fiscal”.

FMI corta projeções de alta do PIB dos EUA em 2022, a 2,3%, e em 2023, a 1,0%

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, esperando agora 2,3% em 2023 e 1,0% em 2022. Em comunicado divulgado no dia 24 de junho, as previsões eram de altas de 2,9% e 1,7%, respectivamente.

A mais recente previsão está em relatório do Fundo sobre o país, publicado nesta terça-feira após consultas no âmbito do Artigo IV do regimento do FMI. O organismo projeta que o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos EUA mostre avanço de 5,2%, no quarto trimestre, na comparação com igual período do ano passado. Em igual período de 2023, prevê alta de 2,0%. Já o núcleo do PCE, que exclui dados voláteis como alimentos e energia, deve subir 4,4% no quarto trimestre deste ano e 2,2% em igual período de 2023. A meta do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) é de 2% ao ano de inflação, com dirigentes em geral dando mais peso ao núcleo do indicador.

Nesse contexto, o FMI avalia que a prioridade para os Estados Unidos neste momento deve ser “desacelerar rapidamente o crescimento dos preços sem precipitar uma recessão”.

O Fundo projeta ainda que a taxa do desemprego do país esteja em 3,7% no fim deste ano e em 4,6% ao final de 2023. Já para a taxa média dos juros básicos nos EUA, os fed funds, prevê 1,5% neste ano, 3,8% no próximo e 3,5% em 2024.

O relatório destaca a “rápida recuperação” dos EUA após o choque da Covid-19, mas aponta que ela veio acompanhada por “forte aumento nos salários nominais e nos preços”. O retorno à estabilidade na inflação “exigirá uma retirada assertiva de acomodação monetária”, defende, pedindo ainda especial atenção do Fed à comunicação de seus passos, nesse contexto.

O FMI prevê que o “forte impulso subjacente” da economia dos EUA deve perder fôlego ao longo dos próximos dois anos. O maior risco de baixa atual seria um aperto monetário abrupto nas condições financeiras, avalia. Ainda para o Fundo, além dos riscos de baixa macroeconômicos, é possível que os mercados “possam não absorver de modo suave as taxas de juros mais elevadas e a redução no balanço do Fed”.

México gastará US$ 1,5 bilhão na modernização da fronteira com os EUA

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse que seu governo gastará US$ 1,5 bilhão na modernização da fronteira de seu país com os EUA.

Ele fez o anúncio depois de se encontrar com o presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca.

Em um comunicado conjunto, o presidente mexicano pediu um “programa ousado” para lidar com o número recorde de migrantes que cruzam a fronteira EUA-México.

Os dois homens também disseram que vão intensificar a luta contra o narcotráfico.

O presidente dos EUA, Biden, havia descrito anteriormente o fluxo de migrantes como “um desafio hemisférico compartilhado”.

Desde que assumiu o cargo, houve um influxo recorde de imigrantes que cruzaram a fronteira sul com o México para os EUA, com mais de 2,8 milhões de prisões feitas durante sua presidência.

Embora a promessa do México de gastar US$ 1,5 bilhão na modernização da fronteira tenha sido bem recebida pelo presidente Biden, poucos detalhes foram dados sobre como os planos de modernização ajudariam a conter a migração.

Inflação anual nos EUA junho atinge pico de 9,1%

O núcleo da inflação dos Estados Unidos, medido pelo núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), veio acima do esperado pelos mercados em junho, segundo dados divulgados na quarta-feira (13). O resultado do mês passado somou 0,7%, maior do que os 0,6% esperados e os 0,6% revisados de maio.

O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) voltou a ganhar força em junho, acelerando-se em relação a maio. O CPI subiu 1,3% em base mensal e avançou 9,1% ante igual período de 2021, ficando acima das estimativas do mercado, de altas de 1,1% e de +8,8%.

A taxa anual do CPI está no maior nível desde novembro de 1981 e reflete, principalmente, o aumento de 41,6% do índice de energia em maio em relação a um ano antes. No mesmo período, o índice de alimento subiu 10,4%, o maior aumento de 12 meses desde o período encerrado fevereiro de 1981.

Em maio, o CPI havia registrado aumentos de 1% no mês e de +8,6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os resultados efetivos do mês passado enfraquecem a narrativa de que a inflação no varejo americano já teria alcançado um pico, reforçando a postura agressiva (“hawkish”) do Federal Reserve no processo de alta da taxa de juros.

Já o núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, teve altas de 0,7% no mês e de +5,9% em junho. A previsão era de aumentos de 0,5% e +5,7%, respectivamente.

Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, que divulga o dado, o aumento no CPI reflete uma alta generalizada nos preços, com os índices de moradia, gasolina e alimentação sendo os maiores responsáveis pela pressão ascendente.

Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA sobem pela 2ª semana consecutiva

O número de norte-americanos que apresentaram novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou pela segunda semana consecutiva na semana passada, sugerindo algum arrefecimento no mercado de trabalho em meio a uma política monetária e condições financeiras mais rígidas.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 9.000, para 244.000 na semana encerrada em 9 de julho, disse o Departamento do Trabalho.

Economistas consultados pela Reuters previam 235.000 pedidos para a última semana. As solicitações têm ficado em torno de 230.000 desde junho.

Tem havido relatos de demissões nos setores de habitação e indústria, que são sensíveis às taxas de juros. Apesar de alguma perda de impulso, a demanda por mão-de-obra continua bastante forte.

Havia 11,3 milhões de vagas de emprego no final de maio, com quase 2 vagas abertas para cada desempregado.

O Federal Reserve deve aumentar os juros nos Estados Unidos em mais 0,75 ponto percentual no final deste mês, aposta que foi reforçada pela alta de 9,1% dos preços ao consumidor nos 12 meses até junho, maior taxa desde novembro de 1981.

O Banco Central dos EUA aumentou sua taxa de juros em 1,5 ponto percentual desde março.

O governo norte-americano informou na sexta-feira passada que a economia criou 372.000 vagas de emprego no mês passado.

Economistas dizem que os pedidos semanais de auxílio desemprego precisam aumentar acima de 250.000 em uma base sustentada para levantar preocupações sobre a saúde do mercado de trabalho.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (11), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, com ajustes após ganhos da semana passada. Frankfurt liderou as perdas, mas em Londres o quadro foi de volatilidade, com fechamento estável. Algumas ações do setor de energia estiveram sob pressão, enquanto investidores aguardavam indicadores e balanços de empresas americanas no restante da semana. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,50%, a 415,02 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,61%, a 5.996,30 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,40%, a 12.832,44 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,09%, a 6.001,00 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,43%, a 8.065,20 pontos. O índice FTSE 100 fechou estável, a 7.196,59 pontos.

Na terça-feira (12), as bolsas europeias fecharam mistas, lideradas pelos combalidos papéis de aviação, luxo e viagens, embora preocupações com uma crise no fornecimento de energia no continente e uma possível recessão global tenham limitado os ganhos. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,49%, a 417,04 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,80%, a 6.044,20 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,57%, a 12.905,48 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,34%, a 5.920,56 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,62%, a 8.014,80 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,18%, a 7.209,86 pontos.

Na quarta-feira (13), as bolsas europeias fecharam em queda, depois que dados da inflação dos Estados Unidos acima do esperado para junho alimentaram apostas sobre uma ação mais agressiva de política monetária pelo Federal Reserve, ao mesmo tempo em que o Banco Central Europeu ficou sob pressão depois que o euro caiu abaixo da paridade em relação ao dólar. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,01%, a 412,81 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,73%, a 6.000,24 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,16%, a 12.756,32 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,97%, a 5.863,41 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,87%, a 7.944,90 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,74%, a 7.156,37 pontos.

Na quinta-feira (14), as bolsas europeias fecharam em queda, pressionadas pelos temores de um aperto monetário mais acelerado dos Bancos Centrais e pela instabilidade política na Itália, além dos temores sobre a crise energética na Europa. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,53%, a 406,50 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,41%, a 5.915,41 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,86%, a 12.519,66 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,90%, a 5.751,90 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,77%, a 7.804,30 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,63%, a 7.039,81 pontos.

Ministros da zona do euro devem focar inflação e piora das perspectivas econômicas

Os ministros das Finanças da zona do euro deverão indicar na segunda-feira (11) que combate à inflação é a prioridade atual apesar do enfraquecimento da expansão do bloco, disseram as autoridades, que serão informados sobre a deterioração das perspectivas econômicas.

Em uma reunião mensal regular de ministros, a comissão executiva da UE deve fornecer uma atualização de suas previsões econômicas, mostrando crescimento mais lento e inflação mais alta, disseram as autoridades.

Os ministros se concentrarão no combate à inflação, indicando a disposição de se afastarem ainda mais do estímulo econômico maciço oferecido durante a fase aguda da pandemia de Covid-19.

De acordo com autoridades, deve ser reconhecido que “nos afastamos da necessidade de ajudar a economia”, ecoando recomendação de “uma política fiscal moderadamente restritiva” no próximo ano emitida em junho pelo Conselho Fiscal Europeu, um órgão consultivo.

O conselho, cuja recomendação será discutida pelos ministros na segunda-feira (11), pediu prudência fiscal especialmente para países com alto endividamento, como Itália, Grécia ou França.

Rússia lança bombardeio generalizado antes de novo ataque, diz Ucrânia

Um prédio de apartamentos em Kharkiv foi atingido por um míssil durante a noite, mas nenhuma vítima foi relatada, disseram autoridades.

Um ataque com foguete em um prédio de cinco andares na cidade de Chasiv Yar, no leste do país, matou 15 pessoas e deixou duas dezenas de pessoas presas nos escombros.

O chefe de gabinete do presidente Volodymyr Zelensky, Andriy Yermak, disse que o ataque foi “outro ataque terrorista” e que a Rússia deveria ser designada como um estado patrocinador do terrorismo.

Moscou nega que tenha como alvo civis, mas cidades, vilas e vilarejos ucranianos foram deixados em ruínas após o bombardeio russo, com porões e abrigos antibombas sendo o único lugar seguro para aqueles que permanecem.

No domingo (10), equipes de resgate em Chasiv Yar usaram um guindaste para levantar uma laje de concreto e suas mãos para cavar os escombros, enquanto moradores atordoados que sobreviveram ao ataque recuperaram pertences pessoais e contaram histórias de sua fuga.

Uma mulher foi vista saindo do prédio destruído carregando uma tábua de passar debaixo do braço, um guarda-chuva e uma sacola plástica de compras. Outros simplesmente assistiram aos esforços de resgate, temendo o pior quando os mortos fossem removidos.

“Corremos para o porão, houve três batidas, a primeira em algum lugar da cozinha”, disse uma moradora que se identificou como Ludmila.

O presidente russo, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, chamando o conflito de “operação militar especial” para desmilitarizar a Ucrânia e livrá-la de nacionalistas.

A Ucrânia e seus aliados ocidentais dizem que a guerra de Putin é uma apropriação de terras imperial e acusou suas forças de crimes de guerra. Moscou nega ter atacado civis.

O maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial matou milhares, deixou cidades e vilas em ruínas e viu mais de 5,5 milhões de ucranianos fugirem de seu país.

O estado-maior da Ucrânia disse na segunda-feira que as forças russas lançaram uma onda de bombardeios no Leste, enquanto tentam assumir o controle do centro industrial de Donbas.

Ele disse que o bombardeio generalizado foi uma preparação para uma intensificação das hostilidades.

O Kremlin declarou vitória na província de Luhansk, em Donbas, e suas tropas agora se concentram em tomar o controle da vizinha Donetsk.

Putin prometeu entregar o controle do Donbas a separatistas pró-Rússia que declararam independência de Kyiv.

A Rússia abandonou um avanço inicial sobre a capital Kyiv em face da feroz resistência reforçada pelas armas ocidentais.

A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, alertou os civis na região de Kherson, ocupada pela Rússia, no domingo para evacuarem com urgência, enquanto as forças armadas da Ucrânia preparam um contra-ataque, sem dar um prazo para a ação.

“Sei com certeza que não deve haver mulheres e crianças lá, e que não devem se tornar escudos humanos”, disse ela em rede nacional.

A Reuters não conseguiu verificar independentemente os relatórios do campo de batalha.

Nagel, do BCE, diz que spreads de títulos estão justos até que se prove o contrário

O membro do Banco Central Europeu Joachim Nagel elevou o nível para uma intervenção do BCE no mercado de títulos na terça-feira (12), dizendo entender que as diferenças nos rendimentos seriam “fundamentalmente justificadas” até que se prove o contrário.

O BCE está trabalhando em um novo esquema de compra de títulos para reduzir os custos de empréstimos para a Itália e outros países endividados no sul da zona do euro, que têm aumentado mais rapidamente do que os da Alemanha desde que o Banco Central interrompeu as compras e anunciou planos para aumentar as taxas de juros.

“Os mercados financeiros estão agora fazendo uma maior diferenciação entre os diferentes riscos devido à mudança nas perspectivas da política monetária”, disse Nagel, chefe do Banco Central da Alemanha, em um evento.

“Presumo que estes desenvolvimentos de preços são fundamentalmente justificados, já que não há provas do contrário.”

O BCE deve divulgar o novo esquema em 21 de julho e impor condições tais como que a dívida de um país seja considerada sustentável ou que cumpra as recomendações econômicas e as regras orçamentárias da União Europeia.

Seu principal argumento é que tais spreads nem sempre são justificados por fundamentos econômicos e que criam “fragmentação”, ou condições de financiamento desiguais entre os 19 países que compartilham o euro.

Em uma reunião de emergência em 15 de junho, Nagel se opôs ao anúncio pelo BCE de planos para acelerar os trabalhos sobre a nova ferramenta, embora desde então tenha estabelecido as condições que o tornariam aceitável para ele.

União Europeia deve cortar perspectiva de crescimento econômico e vê inflação mais alta

O combate à inflação é a prioridade econômica atual da zona do euro, apesar do enfraquecimento da expansão do bloco, disseram ministros das Finanças da região, após serem informados sobre uma deterioração das perspectivas econômicas da Comissão Europeia.

Em uma reunião mensal regular do chamado Eurogrupo, o braço executivo da UE forneceu uma atualização de suas previsões econômicas, mostrando crescimento mais lento e inflação mais alta, disse o vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis, após o encontro.

“Algumas revisões para baixo podem ser esperadas, ainda mais para o próximo ano”, afirmou Dombrovskis, acrescentando que o crescimento continua resiliente.

Ele disse que “a inflação será revisada para cima”, antecipando o tom das previsões da Comissão, que serão divulgadas na quinta-feira (14).

O comissário de Economia da UE, Paolo Gentiloni, alertou que os riscos para a economia do bloco têm aumentado uma vez que a Rússia pode cortar seu fornecimento de gás para a Europa. Ele acrescentou que Bruxelas pode adotar uma série de medidas, que incluem imposição de tetos para os preços, de forma a reduzir a pressão inflacionária das importações de gás, embora nenhuma decisão tenha sido tomada sobre a questão.

Apesar da esperada desaceleração adicional no crescimento econômico, os ministros se concentraram no combate à inflação, indicando a disposição de se afastarem ainda mais do grande estímulo econômico oferecido durante a fase aguda da pandemia de Covid-19.

O conselho fiscal deve reconhecer que “nos afastamos da necessidade de ajudar a economia”, disse uma das autoridades.

“As políticas fiscais em todos os países devem ter como objetivo preservar a sustentabilidade da dívida”, disseram os 19 ministros em comunicado conjunto após discutirem o assunto na reunião, num alerta para países com alto endividamento, como Itália, Grécia e França.

O comunicado acrescentou que isso facilitaria a tarefa da política monetária do Banco Central Europeu “para garantir a estabilidade de preços sem aumentar pressões inflacionárias”.

A discussão sobre a orientação fiscal de 2023 ocorre antes da preparação pelos governos de seus orçamentos nacionais para o próximo ano.

Rússia: Superávit em Conta Corrente é recorde no segundo trimestre de 2022

O superávit em conta corrente da Rússia atingiu US$ 70,1 bilhões no segundo trimestre de 2022, o maior desde pelo menos 1994, segundo o Banco Central da Rússia, escreve o Business Insider.

Na comparação com o primeiro trimestre, as exportações caíram de US$ 166,4 bilhões para US$ 153,1 bilhões, enquanto as importações caíram de US$ 88,7 bilhões para US$ 72,3 bilhões. Segundo o Banco Central, o superávit em conta corrente atingiu US$ 138 nos primeiros seis meses do ano. 5 bilhões

O aumento dos preços da energia e o aumento das exportações de commodities estão alimentando as finanças de Moscou, mesmo apesar das sanções ocidentais, escreve o Business Insider. Enquanto isso, as importações estão caindo à medida que os EUA e seus aliados tentam isolar a economia russa da rede financeira global.

“Os superávits comerciais crescentes dizem muito sobre o que está dando certo para a Rússia, desde os altos preços das commodities até a demanda robusta de muitos parceiros de exportação”, disse o economista Scott Johnson.

Em maio, a AIE disse que Moscou estava faturando cerca de US$ 20 bilhões por mês com as vendas de petróleo, já que os altos preços do petróleo aumentaram as receitas de exportação em 50%.

Enquanto isso, os rígidos controles de capital da Rússia tornaram o rublo a moeda de melhor desempenho em relação ao dólar este ano, apesar de uma queda maciça no início da operação de ataque da Rússia na Ucrânia.

União Europeia aceita Croácia como 20º membro da zona do euro

Os ministros das Finanças da União Europeia aprovaram formalmente e a Croácia se tornará o 20º membro da moeda comum do euro no início de 2023.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, disse que a adesão da Croácia confirma que o euro continua sendo uma “moeda global atraente, resiliente e bem-sucedida” e um símbolo de força e unidade.

“Isso é particularmente importante em um momento tão desafiador, quando a agressão da Rússia contra a Ucrânia continua a causar choque em todo o mundo”, afirmou Dombrovskis em uma cerimônia para marcar a adesão da Croácia, a primeira expansão da zona do euro desde 2015.

O Conselho Europeu, agrupamento de 27 governos da UE, adotou três atos jurídicos necessários para permitir que a Croácia, um Estado-membro da UE desde 2013, introduza o euro em 1º de janeiro.

Um desses atos estabeleceu a taxa de conversão para entrada em um euro para 7,53450 kunas croatas, com a Croácia agora tendo alguns meses para preparar os aspectos práticos para a troca de moeda.

A Croácia, no sudeste da Europa, é um país independente desde 1991, quando deixou a então Iugoslávia, que, juntamente com a secessão da Bósnia um ano depois, desencadeou anos de guerra devastadora com a Sérvia.

A vizinha Eslovênia, também uma ex-República iugoslava e agora membro da UE, adotou o euro em 2007. Dezenove países estão atualmente na zona do euro.

PIB do Reino Unido sobe mais que o esperado em maio com melhora na cadeia de suprimentos

A economia britânica surpreendeu ao registrar forte crescimento em maio, graças ao excelente desempenho dos setores de construção civil, saúde e viagens, reduzindo os temores de que o país esteja prestes a entrar em recessão.

O Produto Interno Bruto cresceu 0,5%, melhor desempenho em cinco meses, com destaque para o avanço de 1,4% na construção e os sólidos ganhos na atividade industrial e produção manufatureira, declarou o Escritório Nacional de Estatística (ONS, na sigla em inglês) na quarta-feira (13).

Gabriella Dickens, economista-chefe da Pantheon Macroeconomics para o Reino Unido, atribui esse resultado ao alívio dos distúrbios nas cadeias de suprimentos, permitindo que as empresas conseguissem atender às encomendas pendentes.

O ONS apontou para uma robusta atividade entre as empresas de transporte rodoviário e agências de viagens. Estas últimas, em particular, beneficiaram-se da demanda reprimida após dois verões locais de pouca atividade, devido às restrições da pandemia.

No período de três meses até maio, o PIB acumulou alta de 0,4%, bem acima das previsões consensuais de estagnação.

Os dados ofereceram um alívio para os ativos britânicos, após o grande choque registrado na confiança dos consumidores e empresas, ocasionado pela forte alta dos preços de energia e pela maior disseminação da inflação. Analistas esperavam que o crescimento seria zero há um mês da divulgação.

A libra esterlina passou a subir com a notícia, mas sem ameaçar escapar da tendência de baixa das últimas semanas. Às 8h20 (horário de Brasília), a libra avançava 0,3%, a US$ $1,1923, frente ao dólar e a uma porcentagem similar frente ao euro, a 1,1876.

Na terça-feira (12), o governador do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, alertou que a instituição precisaria fazer a inflação voltar para 2% “sem condicionantes”, comentário que reforçou as preocupações de que a economia do país possa entrar em recessão este ano.

A expectativa de Dickens, da Pantheon, é que a economia britânica tenha uma contração no 2º trimestre, já que o feriado bancário prolongado para o Jubileu de Platina da Rainha pode afetar os números. No entanto, isso pode reduzir a base comparativa e facilitar a expansão do PIB novamente no 3º trimestre.

União Europeia corta projeções de crescimento da zona do euro e revisa perspectivas de inflação para cima

A Comissão Europeia cortou suas previsões para o crescimento econômico da zona do euro neste ano e no próximo e elevou suas estimativas de inflação, em grande parte devido ao impacto da guerra na Ucrânia.

Em suas previsões trimestrais, Bruxelas confirmou a perspectiva mais pessimista, que já havia discutido com os ministros das Finanças da zona do euro na segunda-feira.

O braço executivo da União Europeia (UE) agora prevê um crescimento de 2,6% neste ano para o bloco monetário de 19 países, um pouco abaixo da taxa de 2,7% que havia previsto em maio.

Mas, no próximo ano, quando o impacto da guerra na Ucrânia e dos preços mais altos da energia pode ser sentido de forma ainda mais aguda, o crescimento deve ser de 1,4%, contra taxa de 2,3% estimada anteriormente.

“Uma tempestade é possível, mas não estamos lá no momento”, disse o comissário de economia da UE, Paolo Gentiloni, observando que a queda do euro para a paridade em relação ao dólar é uma grande preocupação, principalmente para as economias em desenvolvimento, mais do que para a zona do euro, porque o euro estava se valorizando em relação a outras moedas importantes.

Para os 27 países da União Europeia, a previsão de crescimento permaneceu em 2,7% para este ano, mas foi revisada a 1,5% para 2023, de 2,3% antes.

Em uma grande mudança, a Comissão também elevou suas estimativas para a inflação da zona do euro, que neste ano deve atingir um pico de 7,6% antes de arrefecer para 4,0% em 2023.

Em maio, a Comissão previa que os preços na zona do euro subiriam 6,1% neste ano e 2,7% em 2023.

Bruxelas alertou que a inflação pode subir ainda mais se os preços do gás dispararem devido a um corte de oferta da Rússia, o que poderia levar a uma nova revisão para baixo no crescimento.

Apesar dos riscos elevados, a Comissão destacou que não espera que a zona do euro caia em recessão, e que as previsões também podem melhorar se as recentes baixas nos preços do petróleo e das matérias-primas continuarem.

O crescimento da Alemanha, a maior economia da UE, deve desacelerar para 1,4% neste ano e 1,3% em 2023. A Comissão previa em maio expansões de 1,6% e 2,4%, respectivamente.

A França deve crescer 2,4% neste ano, em vez dos 3,1% previstos anteriormente. No ano que vem, a expansão provavelmente desacelerará ainda mais, para 1,4%, contra taxa de 1,8% prevista em maio.

Entre as três maiores economias do bloco, a Itália é a única cujo crescimento deste ano foi revisado para cima, a 2,9%, em vez dos 2,4% estimados em maio. No entanto, espera-se que o país experimente uma desaceleração acentuada em 2023, quando deve avançar apenas 0,9%, menor taxa da zona do euro e abaixo da previsão anterior de 1,9%.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (11), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, em meio a preocupações renovadas com a situação da Covid-19 na China e após gigantes de tecnologia do país serem multados. Na contramão, o mercado japonês subiu após as eleições legislativas do fim de semana e também impulsionado pela fraqueza do iene. O índice Xangai teve queda de 1,27%, a 3.313,58 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,11%, a 26.812,30 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,77%, a 21.124,20 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,67%, a 4.354,62 pontos.

Na terça-feira (12), as bolsas asiáticas fecharam em queda, após uma rodada de perdas em Wall Street, com investidores demonstrando aversão a risco em meio a preocupações com a situação da Covid-19 na China e antes da publicação de novos dados de inflação nos EUA. O índice Xangai teve queda de 0,97%, a 3.281,47 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,77%, a 26.336,66 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,32%, a 20.844,74 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,94%, a 4.313,62 pontos.

Na quarta-feira (13), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, após dados de exportação da China virem acima do esperado, numa indicação de que a segunda maior economia do mundo pode estar superando os impactos da pandemia de Covid-19. O índice Xangai teve alta de 0,09%, a 3.284,29 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,54%, a 26.478,77 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,22%, a 20.797,95 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,18%, a 4.321,46 pontos.

Na quinta-feira (14), as bolsas asiáticas fecharam mistas, um dia após dados de inflação dos EUA acima do esperado reforçarem apostas de agressivos aumentos de juros na maior economia do mundo e à espera de dados de crescimento da China, a segunda maior potência econômica do planeta. O índice Xangai teve queda de 0,08%, a 3.281,74 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,62%, a 26.643,39 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,22%, a 20.751,21 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,014%, a 4.322,07 pontos.

Manifestantes no Sri Lanka prometem não desistir até que presidente e premiê renunciem

Líderes do movimento de protesto no Sri Lanka disseram no domingo (10) que ocuparão as residências do presidente e do primeiro-ministro até que as autoridades finalmente deixem o cargo, um dia após os dois homens concordarem em renunciar, deixando o país em um limbo político.

Milhares de manifestantes invadiram no sábado a casa e o gabinete do presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, e a residência oficial do premiê, conforme as manifestações contra a incapacidade das autoridades de superar a crise econômica se transformavam em violência.

Rajapaksa deixará o cargo em 13 de julho, enquanto o primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, também disse que renunciará para permitir que um governo interino de todos os partidos assuma o poder, de acordo com o líder do Parlamento.

“O presidente tem de renunciar, o primeiro-ministro tem de renunciar e o governo tem de partir”, disse a dramaturga Ruwanthie de Chickera em coletiva de imprensa no principal espaço de protesto em Colombo.

Banco Central da Índia continuará flexível enquanto combate inflação, diz presidente da instituição

O Banco Central da Índia continuará calibrando a política monetária para preservar e promover a estabilidade macroeconômica enquanto reduz a inflação e permanecerá flexível em sua abordagem, disse o presidente do BC, Shaktikanta Das.

A economia global está passando por um momento incerto e as preocupações com o crescimento e a inflação persistem, mas o Banco Central acredita que pode haver alguma pausa no aumento dos preços nos próximos meses, disse Das em um fórum econômico em Nova Delhi.

A inflação no varejo diminuiu marginalmente em maio, depois de atingir uma máxima em oito anos de 7,79% em abril, mas permaneceu acima da faixa de tolerância do Banco Central, de 2% a 6%, pelo quinto mês.

Inflação ao produtor chinês desacelera em junho e contraria tendência global

A inflação nos portões das fábricas da China desacelerou em junho para o menor nível em 15 meses, à medida que o país continua contrariando a tendência global de aceleração dos preços.

O índice de preços ao produtor (PPI) subiu 6,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou o Departamento Nacional de Estatísticas (NBS) neste sábado, após aumento de 6,4% em maio. Analistas esperavam elevação de 6,0%, conforme pesquisa da Reuters.

O aumento mais lento do PPI foi ditado pela retomada da produção industrial adicional, estabilidade em cadeias de suprimentos em setores-chave e políticas governamentais para suavizar os preços das commodities, disse Dong Lijuan, funcionário do NBS, em comunicado separado.

Bancos chineses aumentaram empréstimos em junho, mas tensões continuam

Os bancos da China aumentaram seus empréstimos novamente em junho, a mais recente ilustração de uma campanha liderada pelo governo para apoiar uma economia sob pressão devido aos lockdowns contra Covid-19, tensão entre o governo e o setor de tecnologia e a implosão de uma bolha imobiliária.

O total do Financiamento Social, a medida mais ampla de crédito para a economia chinesa, saltou 5,17 trilhões de yuans (US$ 771 bilhões), igualando seu segundo maior aumento mensal em pelo menos três anos, conforme instruções do governo para bancos estatais alimentados através de empréstimos reais. Novos empréstimos, enquanto isso, subiu para 2,8 trilhões de yuans de 1,89 trilhão em maio e meros 645 bilhões em abril, quando as empresas voltadas para o consumidor em particular foram prejudicadas por lockdowns generalizados em todo o país.

Os números ajudam a explicar por que o Banco Central da China não tem sido mais rápido em afrouxar a política monetária, dada a aparente falta de pressão inflacionária na economia. Eles também mostram como, apesar das repetidas campanhas governamentais para encontrar novas maneiras de apoiar o crescimento, ele permanece tão dependente como sempre da dívida.

Os números vêm menos de uma semana depois que a Bloomberg informou que o Ministério das Finanças em Pequim está analisando um plano para antecipar para o segundo semestre deste ano cerca de 1,8 trilhão de yuans em empréstimos do governo local programados para 2023, a fim de ajudar a atender às necessidades do governo com a meta oficial de crescimento de 5,5%. A maioria dos analistas independentes espera que os bloqueios da Covid e outras questões mantenham o crescimento em pouco mais de 4%. A Bloomberg informou que o empréstimo seria, como de costume, em grande parte direcionado ao setor de infraestrutura.

Michael Pettis, professor de finanças da Universidade de Pequim, observou que até agora este ano a dívida total aumentou pouco mais de 20 trilhões de yuans, um valor equivalente a cerca de 34% do PIB esperado no período.

“Isso é muito, mas não é surpresa, dada a acentuada deterioração na qualidade do crescimento chinês este ano”, disse Pettis via Twitter.

Com base nas tendências atuais, observou ele, a relação dívida/PIB da China atingirá mais de 285% até o final deste ano, um aumento de quase 40 pontos percentuais em apenas cinco anos.

“Isso deveria nos lembrar, se precisássemos lembrar, do custo de a China continuar com seu modelo de crescimento de investimentos pesados”, resumiu.

Embora as fábricas da China tenham conseguido trabalhar com a onda de bloqueios e testes em massa de Covid este ano, elas continuam atrapalhando a vida cotidiana de milhões, atingindo o consumo final. Os analistas do Nomura estimam que cerca de 114 milhões de chineses estão atualmente sob alguma forma de restrição de mobilidade, com esse número aumentando em meio a anúncios sugerindo que uma nova e mais infecciosa subvariante da cepa Ômicron da Covid-19 parece ter chegado ao país.

Os cassinos de Macau ficaram fechados por uma semana como medida de ‘disjuntor’ depois de descobrir mais de 1.500 casos desde meados de junho. Essa é sua resposta mais extrema desde os primeiros dias da pandemia, há dois anos. Enquanto isso, as autoridades de Xangai ordenaram três rodadas de testes de Covid em massa nesta semana para a maioria dos distritos que abrigam seus 25 milhões de habitantes.

Japão e EUA concordam em abordar câmbio e impacto econômico da guerra da Ucrânia

O ministro das Finanças japonês Shunichi Suzuki, e a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, concordaram em trabalhar juntos para enfrentar o aumento dos preços de alimentos e energia, bem como a volatilidade nos mercados cambiais, exacerbada pela guerra da Rússia na Ucrânia.

Eles disseram que a guerra elevou a volatilidade cambial, o que poderia ter implicações adversas para a estabilidade econômica e financeira, e se comprometeram a “cooperar conforme apropriado” em questões cambiais em linha com seus compromissos como parte do G7 e do G20.

“Continuaremos a avaliar de perto os mercados de câmbio e cooperaremos, conforme apropriado, em questões cambiais, de acordo com nossos compromissos do G7 e do G20”, disseram as duas partes em uma declaração conjunta após sua reunião.

Os dois líderes também disseram que estavam unidos em sua “forte condenação da guerra não provocada, injustificável e ilegal da Rússia contra a Ucrânia”, acrescentando que continuaram a aumentar o custo da guerra para a Rússia através da implementação de sanções econômicas e financeiras.

A crise da Ucrânia aumentou o risco de uma recessão global, alimentando um aumento das pressões de custo e exacerbando as rupturas da cadeia de abastecimento, em um golpe para a demanda.

Suzuki e Yellen também pediram à China e outros credores que não o Clube de Paris para cooperarem “construtivamente” no tratamento da dívida de países de baixa renda que enfrentam problemas de endividamento, ao mesmo tempo em que abordam questões como mudança climática e reformas tributárias globais.

BC da China vai intensificar suporte à economia, nível da dívida aumentará

A China intensificará o suporte à economia, disseram autoridades do Banco Central na quarta-feira (13), acrescentando que o nível geral da dívida deve aumentar em meio aos esforços para reanimar a economia.

As observações em uma entrevista à imprensa depois de uma promessa de Yi Gang, presidente do Banco do Povo da China, de manter a política monetária expansionista para apoiar a recuperação econômica.

“Usaremos várias ferramentas de política monetária de forma oportuna e flexível, daremos espaço melhor às funções duplas de ferramentas agregadas e estruturais, impulsionaremos o apoio à economia real”, disse Ruan Jianhong, chefe do departamento de estatísticas.

O Banco Central manterá a liquidez razoavelmente ampla e pressionará as instituições financeiras a reduzirem os custos de financiamento para as empresas, disse Zou Lan, chefe do departamento de política monetária.

“No segundo semestre do ano, a operação econômica ainda enfrenta grande incerteza e instabilidade”, acrescentou ele. “Precisamos trabalhar duro para estabilizar a economia e prestar atenção às mudanças no cenário da inflação.”

Analistas consultados pela Reuters estimaram que o crescimento econômico da China deve ter desacelerado acentuadamente para 1% no segundo trimestre, de 4,8% no período de janeiro a março, sugerindo que as autoridades podem ter que fazer mais para estimular o crescimento.

Em junho, a taxa de juros sobre novos empréstimos corporativos estava em 4,16%, 34 pontos-base abaixo do ano anterior, enquanto a taxa de juros sobre novos depósitos a prazo era de 2,5%, ou 16 pontos-base inferior ao ano anterior, disse Ruan.

Coreia do Sul sobe juros em meio ponto percentual pela primeira vez, para 2,25% ao ano

O Banco Central da Coreia do Sul (BoK, na sigla em inglês) decidiu aumentar a taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 2,25%. Com a decisão, a autoridade monetária se junta ao Federal Reserve (Fed) e outros Bancos Centrais com um aperto monetário mais agressivo, ao optar por amplitude maior que os habituais 25 pontos-base.

Esta é a terceira reunião monetária consecutiva em que o BoK decide por alta de juros e a sexta elevação desde agosto de 2021.

Vinte dos 24 analistas consultados pelo The Wall Street Journal previram um aumento de 50 pontos-base na taxa, enquanto os quatro restantes esperavam 25 pontos-base. Todos eles esperam que o banco continue aumentando os custos dos empréstimos nos próximos meses.

A Coreia do Sul foi a primeira grande economia desenvolvida da Ásia a começar a aumentar as taxas no ano passado para controlar a inflação, mas os preços em alta ainda são um desafio.

A taxa de inflação ao consumidor do país foi de 6,0% em junho – a mais alta desde novembro de 1998, no auge da crise financeira asiática. O banco espera que a inflação supere sua projeção anterior de 4,5% para todo o ano de 2022.

O país também está sob pressão para responder ao aperto agressivo da política do Fed, já que as taxas mais altas dos EUA podem arriscar uma fuga de capital estrangeiro.

Produção industrial da Arábia Saudita tem o terceiro maior aumento em três anos

O Índice de Produção Industrial Saudita aumentou 24% em maio em comparação com o mesmo período do ano passado, impulsionado principalmente pela alta produção nos três subsetores, manufatura, mineração e pedreiras e fornecimento de eletricidade e gás, mostraram dados oficiais.

De acordo com um relatório da Autoridade Geral de Estatística, este é o terceiro maior aumento nos últimos três anos, um forte indício da recuperação do setor industrial após a pandemia.

“O crescimento do IPI tornou-se positivo em maio de 2021 após um longo período de taxas de crescimento negativas em 2019 e 2020, parcialmente impactado pelos efeitos da pandemia mundial. Desde meados de 2021, o crescimento do IPI mostrou uma tendência positiva, acelerando no final de 2021 até agora”, disse a GASTAT no relatório.

Este desempenho positivo deveu-se principalmente a um aumento de 23,3% no setor de mineração e pedreiras, que inclui também a produção de petróleo.

A atividade manufatureira cresceu 28,8% em maio em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o fornecimento de eletricidade e gás aumentou 3%.

Em relação a abril de 2022, o IPI geral aumentou 1,2%.

O relatório observou ainda que a mineração e pedreiras mostraram uma taxa de crescimento mensal de 0,9%, enquanto o setor manufatureiro testemunhou um crescimento de 0,2%.

O fornecimento de eletricidade e gás aumentou 24,9% em maio, em relação ao mês anterior.

Primeiro-ministro israelense diz que combater o Irã será prioridade na agenda de visita de Biden

A expansão da ação conjunta para combater o Irã estará no topo da agenda durante a próxima visita do presidente dos EUA, Joe Biden, a Israel, disse o primeiro-ministro Yair Lapid, pedindo uma resposta “decisiva” às ambições nucleares de Teerã.

Discursando em sua segunda reunião de gabinete desde que assumiu o cargo em 1º de julho, Lapid chamou Biden, que deve chegar a Jerusalém na quarta-feira (13), “um dos amigos mais próximos que Israel já teve na política americana”.

A visita “se concentrará em primeiro lugar na questão do Irã”, disse Lapid, que está servindo como primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores de um governo interino de Israel até as eleições marcadas para 1º de novembro.

De acordo com um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica que surgiu no fim de semana, o Irã informou o órgão de vigilância com sede em Viena sobre melhorias em sua capacidade de enriquecimento de urânio.

“Ontem, foi revelado que o Irã está enriquecendo urânio em centrífugas avançadas em total violação dos acordos que assinou”, disse Lapid.

“A resposta internacional precisa ser decisiva: retornar ao Conselho de Segurança da ONU e ativar o mecanismo de sanções com força total”, acrescentou.

Israel se opõe à restauração de um acordo de 2015 entre o Irã e potências mundiais que oferecia alívio das sanções a Teerã em troca de restrições em seu programa nuclear.

Os EUA abandonaram o acordo em 2018 sob o governo do então presidente Donald Trump, que voltou a impor sanções mordazes a Teerã.

Muitos em Israel aplaudiram esse desenvolvimento, o que levou o Irã a se afastar de muitos dos compromissos nucleares assumidos sob o acordo.

As negociações para restaurar o acordo, incluindo conversas indiretas com os EUA, começaram em Viena em abril do ano passado, mas estão em um impasse desde março.

Além do programa nuclear do Irã, Israel soou crescente alarme sobre o apoio de Teerã ao grupo libanês Hezbollah.

O Estado judeu também acusou agentes iranianos de conspirar para sequestrar ou matar israelenses em Istambul.

“Israel não ficará de braços cruzados enquanto o Irã tenta nos atacar”, disse Lapid. “Vamos discutir com o presidente e sua equipe a expansão da cooperação de segurança contra todas as ameaças.”

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse na quinta-feira que “maior colaboração” em questões como defesa aérea, particularmente no que diz respeito ao combate a Teerã, estaria na agenda de Biden durante a viagem ao Oriente Médio.

O World Logistics Passport de Dubai responde por 47% do sistema de comércio global

As operações do World Logistics Passport (WLP) quase dobraram no segundo ano desde a sua criação, de acordo com relatórios.

A iniciativa agora abrange mais de 40 países, respondendo por 47% do sistema de comércio global.

A Plataforma Logística Mundial (WLP), que pertence e é operada pela Dubai Ports, Customs and Freezone Corporation (PCFC), foi lançada em 2020 no Fórum Econômico Mundial em Davos.

É o primeiro programa de frete do mundo destinado a aumentar as oportunidades comerciais entre os mercados em desenvolvimento e acelerar o fluxo do comércio global.

O WLP combina os pontos fortes de organizações comerciais nacionais, líderes de logística e multinacionais para formar “uma aliança estreita focada no crescimento do comércio”, de acordo com o xeque Mohammed bin Rashid Al Maktoum, vice-presidente e primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos e governante de Dubai.

Em dezembro de 2021, a WLP entrou na China pela primeira vez ao assinar um memorando de entendimento com a estatal Fujian Port Group, que aderiu ao programa de fidelidade de frete como parceira.

O WLP agora tem hubs em mais de 15 países, com parceiros registrados no Brasil, África do Sul e Cingapura.

O presidente dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Mohammed, discursará à nação sobre o futuro do país

O presidente dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Mohammed bin Zayed Al Nahyan, se dirigirá à nação em um discurso televisionado na noite de quarta-feira (13), informou a agência de notícias estatal WAM.

No discurso, o presidente delineará a abordagem estratégica e as ambições dos Emirados Árabes Unidos para as próximas décadas, acrescentou o relatório.

Seu discurso, que ocorre dois meses depois que ele foi eleito presidente dos Emirados Árabes Unidos, após a morte de seu meio-irmão, Sheikh Khalifa, será exibido na televisão e rádio locais às 18h, horário local.

Inflação saudita sobe para 2,3% em junho com alta dos preços de alimentos e bebidas

A taxa anual de inflação ao consumidor da Arábia Saudita subiu para 2,3% em junho, ante 2,2% em maio, de acordo com os últimos dados divulgados pela Autoridade Geral de Estatísticas.

O ligeiro aumento da taxa de inflação foi impulsionado principalmente pelo aumento dos preços dos alimentos e bebidas. A taxa de crescimento nesta categoria atingiu 4,4%, de acordo com o comunicado de imprensa da GASTAT.

“Os preços de alimentos e bebidas foram os principais impulsionadores da taxa de inflação em junho de 2022 devido à sua alta importância relativa na cesta de consumo saudita com um peso de 18,8%”, disse GASTAT.

Olhando para outras categorias que afetaram os números de junho, a mudança mais notável surgiu em transporte, habitação e serviços públicos.

Enquanto o crescimento anual do índice de transporte desacelerou para 2,47% em junho, de 4,05% em maio, a taxa de crescimento no grupo de habitação e serviços públicos dobrou para 1,02%, de 0,49% em maio.

Como resultado, a contribuição do transporte no valor global de junho diminuiu 0,21 ponto, para 0,32 ponto, enquanto este último aumentou 0,14 ponto, para 0,26 ponto.

A contribuição da categoria de alimentos e bebidas para a inflação global mudou menos em junho em relação a maio, em torno de 36%. No entanto, a participação do transporte caiu consideravelmente para aproximadamente 14%, de 24% em maio.

Ao mesmo tempo, o bolo de habitação e serviços públicos quase dobrou para mais de 11%, de cerca de 6% no mês anterior.

Além disso, a contribuição de bens e serviços diversos aumentou de 11% para 12% aproximadamente.

Relativamente à inflação homóloga, que se situou em 0,2%, as variações mais perceptíveis foram o efeito atenuante sobre o valor global da descida de 0,08 pontos na categoria de mobiliário e equipamentos e aumentos no contributo dos alimentos e bebidas, bem como categorias de transporte, 0,04 pontos cada.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
15/07/2022