Cenário Econômico Nacional – 25/07/2022

Cenário Econômico Nacional – 25/07/2022

Cenário Econômico Nacional – 25/07/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

ITE-Facamp cresce 3,0% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal

O Índice de Tendência Econômica da Facamp (ITE-Facamp) cresceu 3,0% na margem em maio, na série com ajuste sazonal, acelerando em relação à alta de 1,0% registrada em abril. Com o resultado, a média móvel trimestral do indicador avançou de 0,35% para 1,6%.

“O resultado dá continuidade à recuperação do indicador, que vem registrando resultados positivos na margem desde março deste ano. Apesar do resultado expressivo na comparação mensal, há uma tendência de desaceleração registrada no acumulado de 12 meses”, afirmam os pesquisadores do Núcleo de Estudos de Conjuntura (NEC) da Facamp, em nota.

Na comparação interanual, o ITE-Facamp registrou crescimento de 0,78%, após contração de 1,0% em abril. O índice acumula alta de 3,2% nos 12 meses encerrados em maio, abaixo do crescimento de 4,7% registrado no mês anterior.

De acordo com o NEC-Facamp, o ITE tem um coeficiente de correlação de Pearson (r) de 0,84 com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Em relação ao PIB trimestral, o coeficiente de correlação foi de 0,79 no quarto trimestre de 2021.

O Broadcast divulga o ITE-Facamp entre os dias 10 e 15 de cada mês.

Em tempos de Pix, brasileiros ainda emitem 200 milhões de cheques ao ano

O uso do cheque segue forte no Brasil mesmo com a popularização do Pix, que significou uma revolução na forma de o brasileiro movimentar seu dinheiro. Como ferramenta de pagamento de salário ou de parcelamento, são compensadas hoje, por ano, mais de 200 milhões de folhas de cheques, mais da metade no Sudeste. A conclusão é de que esse meio de pagamento, já deixado na gaveta há alguns anos por grande parte da população bancarizada, segue substituindo dinheiro, cartões e transferências eletrônicas, principalmente em regiões mais distantes de grandes centros e com acesso precário à internet.

Levantamento do Banco Central a pedido do Estadão mostra que o advento do Pix, no fim de 2020, ajudou a reduzir a circulação de cheques, mas o número de compensação segue firme especialmente em municípios menores, com forte presença do agronegócio. Em 2020, foram compensados 287 milhões de cheques, volume que caiu para 219 milhões em 2021. Neste ano até maio, mesmo com a disseminação do Pix, foram 76 milhões de folhas emitidas.

O diretor adjunto de Serviços da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Walter Faria, reconhece que esse instrumento de pagamento continua relevante no País, especialmente onde a internet é intermitente. “Alguns comerciantes, por exemplo, ainda pedem o cheque. Eles ainda endossam o cheque e o repassam, funcionando como se fosse um crédito”, afirma Faria, embora acredite que, com o avanço da bancarização e da melhora do sinal da internet, o uso do cheque seguirá caindo.

O empresário José Oliveira, que atua na compra e na venda de hortifrúti para o varejo, explica que o uso do cheque é parte da cultura do negócio. Mensalmente, ele usa cerca de 200 folhas da cédula do pré-datado para a compra de insumos para a empresa. “Pelo menos 90% dos meus pagamentos são feitos com cheque”, conta. “No Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), o uso do cheque ainda é muito forte, dificilmente alguém faz um pagamento por Pix.”

Apesar da dependência da modalidade de crédito, o empresário afirma que prefere não repassar cheques recebidos para evitar as dores de cabeça em caso de inadimplência. “Tem de tomar cuidado com quem passa o cheque para você. Hoje em dia só 5% dos cheques que eu recebo acabam voltando”, diz.

Com o pré-datado, o cheque ocupa um espaço que outros meios ainda não entraram. Professor da Escola de Economia da FGV, Joelson Sampaio diz que o cheque permite ao comerciante a programação de pagamentos. “Isso os ajuda no controle financeiro de seus negócios. Isso ajuda a explicar o porquê de o cheque ainda ser muito utilizado, apesar do avanço dos cartões e do Pix”, diz.

IGP-10 reduz alta a 0,60% em julho com alívio no varejo; preços ao produtor aceleram

Os preços ao consumidor arrefeceram e a alta do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou a 0,60% em julho, contra 0,74% no mês anterior, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda-feira (18).

A expectativa em pesquisa da Reuters era de que o índice subiria 0,46% no mês. Com o resultado de julho, o IGP-10 passou a acumular avanço em 12 meses de 10,87%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, passou a subir 0,42% no mês, depois de alta de 0,72% no mês anterior. Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços, a desaceleração foi motivada por quedas nos custos de gasolina (-1,49%) e energia (-1,45%), que refletiram parcialmente a redução do ICMS.

Por outro lado, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, acelerou a alta a 0,57% em julho, de 0,47% antes.

A inflação ao produtor avançou sob influência dos preços de alimentos e combustíveis, disse Braz, destacando as disparadas de 16,30% do leite industrializado e de 10,91% do diesel.

De acordo com o especialista, a alta do IPA só não foi mais forte por conta da queda nos preços de commodities importantes, como minério de ferro, milho e algodão, diante de temores internacionais de recessão.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,26% em julho, depois de avançar 3,29% em junho.

O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Balança comercial tem superávit de US$ 1,386 bilhão na 3ª semana de julho

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,386 bilhão na terceira semana de julho de 2022. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (18), pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 7,285 bilhões e importações de US$ 5,898 bilhões.

Nas três primeiras semanas do mês, o superávit chega a US$ 3,791 bilhões. No ano, o saldo é positivo em US$ 38,098 bilhões.

A média diária das exportações registrou nas três primeiras semanas de julho aumento de 33,1%, com alta de 66% em agropecuária, crescimento de 38,4% em indústria da transformação e de 2,6% em produtos da indústria extrativa. Já as importações subiram 45,5%, com queda de 0,3% em agropecuária e crescimentos de 24,8% em indústria extrativa e de 48,6% em produtos da indústria da transformação, sempre na comparação pela média diária.

Atividade econômica cai 0,8% em maio, mostra Monitor do PIB da FGV

O Monitor do Produto Interno Bruto (PIB), apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), indicou queda de 0,8% na economia brasileira em maio deste ano, comparativamente a abril, considerando os dados com ajuste sazonal. A retração ocorreu depois de três meses consecutivos de expansão. Na comparação com maio de 2021, a atividade econômica cresceu 4,4% e, no trimestre móvel encerrado em maio deste ano, 3,7%.

Segundo a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, a indústria, que tinha crescido nos meses anteriores, após um início de ano ruim, voltou a apresentar queda. “Outro importante destaque negativo foi o consumo das famílias”, disse Juliana.

Na atual conjuntura, com inflação e juros elevados, o poder de compra das famílias cai. “Isso se reflete no consumo de produtos menos essenciais, como é o caso de semiduráveis e de duráveis, que perderam força e retraíram em maio.”

O consumo das famílias caiu 2,1% em maio, frente a abril. Já na comparação interanual mensal, houve evolução de 4,7% em maio e de 5,8% no trimestre móvel encerrado em maio. Na comparação trimestral, todos os componentes tiveram crescimento, exceto o consumo de bens duráveis. O item Serviços permanece como destaque entre os componentes que cresceram.

O Monitor do PIB revela também que a formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 1,6% em maio, ante o mês anterior. Na comparação interanual, houve retração de 2% no trimestre móvel findo em maio. Nessa comparação, o único componente em queda foi o de máquinas e equipamentos (-6,9%), respondendo pelo resultado negativo interanual da FBCF.

De acordo com o Monitor do PIB, a exportação de bens e serviços caiu 7,6% em maio, em relação a abril. Na comparação interanual, houve retração de 5,4% no trimestre móvel findo em maio. O desempenho negativo da exportação foi atribuído em grande parte à queda nas vendas externas de produtos agropecuários e da extrativa mineral.

Também a importação de bens e serviços caiu 1,6% em maio, comparado com abril. Na comparação interanual, a retração foi de 5,1% no trimestre móvel findo em maio. A avaliação dos dados revela que, embora a importação de serviços tenha sido a única com resultado positivo no mês, a queda na importação de bens intermediários foi a principal responsável pelo resultado apurado.

Inflação medida pelo IGP-10 sobe 0,60% em julho

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,60% em julho, percentual um pouco abaixo da alta do mês anterior, quando alcançou 0,74%. No ano, o indicador acumula avanço de 9,18% e de 10,87% em 12 meses. Em julho do ano passado, a elevação foi bem menor, ficou em 0,18% e o acumulado de 12 meses chegou a 34,61%.

Os índices foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O IGP-10 mede a evolução de preços no período entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. A série do indicador começou no início em 1993.

Banco Central: Fluxo cambial total em abril é positivo em US$ 7,727 bilhões

Depois de encerrar março com entradas líquidas de US$ 2,851 bilhões, o fluxo cambial registrado para o Brasil ficou positivo em US$ 7,727 bilhões em abril, informou o Banco Central.

Mesmo com nova atualização, os dados de fluxo cambial ainda estão atrasados devido à greve dos servidores do BC, encerrada no dia 5 de julho. Hoje, deveriam estar disponíveis os resultados até o dia 15 deste mês.

Em abril, o canal financeiro do fluxo cambial apresentou saídas líquidas de US$ 3,683 bilhões. Isso é resultado de aportes no valor de US$ 46,481 bilhões e de retiradas no total de US$ 50,164 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

No comércio exterior, o saldo em abril foi positivo em US$ 11,410 bilhões, com importações de US$ 18,716 bilhões e exportações de US$ 30,126 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 4,302 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 8,423 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 17,401 bilhões em outras entradas.

Em 2022 até abril, o fluxo para o Brasil ficou positivo em US$ 18,411 bilhões. No mesmo período do ano passado, o resultado era positivo em US$ 12,713 bilhões, já no ano fechado de 2021, houve entrada líquida de US$ 6,134 bilhões.

O canal financeiro do fluxo cambial apresentou entradas líquidas de US$ 1,272 bilhão no acumulado do ano. Isso é resultado de aportes no valor de US$ 190,360 bilhões e de retiradas no total de US$ 189,088 bilhões.

No comércio exterior, o saldo em 2022 até abril foi positivo em US$ 17,139 bilhões, com importações de US$ 72,803 bilhões e exportações de US$ 89,942 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 14,138 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 20,280 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 55,523 bilhões em outras entradas.

Arrecadação recorde confirma crescimento econômico sustentável, diz Guedes

O nível recorde da arrecadação tributária no primeiro semestre deste ano é sintoma inequívoco de que o crescimento econômico está surpreendendo e é sustentável, disse na quinta-feira (21) o ministro da Economia, Paulo Guedes.

A arrecadação teve alta real de 11% no semestre e atingiu patamar recorde da série histórica iniciada em 1995, em período marcado pela normalização da atividade após a pandemia e efeito inflacionário sobre a tributação.

Para Guedes, o Brasil está conseguindo sustentar o crescimento da atividade mesmo com a alta dos juros.

Apesar da avaliação do ministro, a atividade econômica brasileira declinou em abril e maio, indicaram dados do Banco Central. O BC também acredita que a economia irá retrair com mais intensidade no segundo semestre em resposta aos efeitos do duro ciclo de alta da taxa Selic.

Ministério da Economia prepara novo decreto para cortar IPI de 4 mil produtos

O governo prepara um novo decreto para reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A ideia é substituir o corte anterior, questionado no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a redução será de 35% e incidirá sobre 4 mil produtos não fabricados na Zona Franca de Manaus. Na região são fabricados eletrodomésticos, veículos, motocicletas, bicicletas, TVs, celulares, aparelhos de ar-condicionado e computadores, entre outros produtos. Cigarros também devem ficar de fora da redução do tributo.

Com o novo decreto, o Ministério da Economia quer resolver o imbróglio jurídico e político iniciado depois do anúncio do primeiro corte do imposto. Em fevereiro, o governo fez uma primeira redução de 25% no tributo, valendo para todos os produtos, com exceção de cigarros. Representantes e políticos ligados à Zona Franca de Manaus reclamaram que, como os produtos feitos no local são livres do imposto, houve perda de competitividade ao reduzir a tributação no restante do País.

Em abril, o governo ampliou em mais 10 pontos porcentuais o corte, deixando de fora da redução adicional produtos também feitos na Zona Franca. Em maio, no entanto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o segundo decreto, atendendo a um pedido do Solidariedade. Na ação, o partido argumentou que a redução afeta o desenvolvimento da região e a preservação ambiental.

O decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, publicado em 29 de abril, ampliava o corte no tributo federal de 25% para 35% com o argumento de que era preciso estimular a indústria em momento de baixo crescimento.

Agora, a avaliação no Ministério da Economia é de que um novo texto dá maior segurança jurídica para o corte do tributo federal. O novo decreto deve ser publicado na semana que vem.

Novas altas dos juros vão esfriar retomada, preveem analistas

A continuidade da alta da taxa básica de juros (Selic) prevista pelo mercado para os próximos meses vai frear o movimento de recuperação da atividade econômica e dos empregos verificada nos últimos meses. É um remédio amargo, mas necessário, na visão de economistas. “O juro mais alto gera uma desaceleração da economia no curto prazo, mas, se o Banco Central (BC) for bem-sucedido em controlar a inflação, vai favorecer o crescimento da economia no longo prazo”, diz Mauricio Oreng, superintendente de pesquisa macroeconômica do Santander.

A sequência da alta dos juros, em princípio até outubro, é a única alternativa para que o BC consiga levar a inflação para perto da meta em 2024. Neste ano já é quase certo que não será possível e, para alguns economistas, também será difícil no próximo.

O Santander prevê para este ano inflação de 7,9%, caindo a 5,7% no próximo e a 3% em 2024. As taxas de juros projetadas para esses anos são, respectivamente, 14,25%, 12% e 9%.

A expectativa é de que o ciclo de alta termine a partir de outubro e que a taxa de 14,25% se mantenha até meados de 2023, para então começar a cair. Para o consumidor, com a Selic nesse patamar o juro real deve ficar na casa dos 9% a 10% ao ano, mas esse efeito não é imediato. Hoje está em 8%.

O economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria, ressalta que o ajuste “fatalmente vai contribuir com o esfriamento da atividade econômica”, que teve desempenho no primeiro semestre acima do esperado.

Ele acrescenta que “o BC não pode ficar esperando a inflação cair por conta própria e vai continuar posicionando a Selic em um patamar contracionista”.

Para Campos Neto, boa parte da inflação é resultante de um movimento externo global e é importante que outros bancos centrais também estejam nesse processo de aperto monetário.

Escolhido para disputar a Presidência, Luciano Bivar se reúne com pré-candidatos do União Brasil em SP

Postulante à presidência da República, Luciano Bivar se reuniu no domingo (17) com pré-candidatos do União Brasil nas eleições de outubro. O encontro ocorreu na Liberdade, região central da cidade de São Paulo.

Bivar disse que há conversas para que a senadora Soraya Thronicke (MS) seja escolhida para o posto de vice em sua chapa. Segundo o pré-candidato, falta convencer a parlamentar a aceitar o convite.

“Eu sei que ela está vendo como não é fácil, né? Porque é um sacerdócio. Entendo perfeitamente esse momento de pensamentos, para que a gente faça esse projeto. O União Brasil tem um projeto, se algum outro partido não estiver conosco nessa reta final, nós temos luz própria”, afirmou o presidente da legenda.

Nesta semana, Bivar obteve apoio para a sua candidatura do atual governador paulista, Rodrigo Garcia, que busca a reeleição no estado. O União Brasil deve indicar o vice de Garcia na chapa paulista.

Outro governador em busca da reeleição definiu apoio para Bivar: Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul. Ele postulava a candidatura à presidência ou pelo PSDB ou pelo PSD, mas optou por tentar voltar ao comando do RS.

“Nos deixa muito feliz, diante da certeza do homem que é o Eduardo Leite, a sua sensibilidade, em defesa do povo brasileiro, é algo que nos estimula mais ainda e a gente tem a certeza que estamos no caminho certo”, disse Bivar.

Antes de ter Bivar como pré-candidato, o União Brasil cogitou para a Presidência o nome do ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Contudo, disputas internas fizeram com que Moro optasse por concorrer a cargo no legislativo.

O ex-juiz tentou mudar seu domicílio eleitoral para concorrer ao Senado por São Paulo, mas a alteração foi questionada e impedida pela Justiça Eleitoral. Moro manteve seu domicílio no Paraná, estado pelo qual concorrerá a um posto no Senado.

Seguindo roteiro de ataque às urnas, Bolsonaro faz encontro com diplomatas estrangeiros e escala ministro da Defesa

O presidente Jair Bolsonaro (PL) montou um briefing para apresentar na segunda-feira (18) a embaixadores, em Brasília, a respeito das urnas eletrônicas. A reunião é parte da estratégia de Bolsonaro de levantar suspeitas sobre o sistema eletrônico eleitoral, para, numa eventual derrota, contestar o resultado das urnas.

Oficialmente, Bolsonaro disse na live da semana passada que convidaria os embaixadores para falar “como é o sistema eleitoral brasileiro”. “Será um PowerPoint mostrando tudo o que aconteceu nas eleições de 2014, 2018, documentado, bem como essas participações dos nossos ministros do TSE, que são do Supremo, sobre o sistema eleitoral”, disse.

O G1 procurou o ministro das Relações Exteriores. Carlos França disse que o presidente “está no direito de se manifestar” e que ele tem um “estilo muito direto”. “E ele achou que era o caso de fazer um briefing sobre segurança para os embaixadores”.

Perguntado se a reunião não traria mais prejuízos à imagem do Brasil, França diz que sistemas eletrônicos em diferentes áreas, como bancos, sofrem ataques e que acredita que a ideia do presidente é discutir o aperfeiçoamento das urnas.

Mas não é disso que se trata. O presidente Bolsonaro tem preparado o terreno ao Levantar dúvidas sobre o sistema eletrônico para que, caso haja uma derrota, ele possa repetir o script de Trump, ao questionar o resultado das urnas.

França disse que o ministro da Defesa, Paulo Sérgio, também deve participar. Ele disse que Sergio, como foi chamado a integrar o comitê do TSE sobre fiscalização, deve participar. O G1 procurou a assessoria da Defesa para confirmar a presença do ministro da Defesa, mas não obteve retorno ainda.

França também relatou que conversou com ministro Edson Fachin, atual presidente do TSE, sobre observadores internacionais nas eleições. Que não se opõe a organismos nos quais o Brasil tem cadeira, mas que se sente “desconfortável” com órgãos como a União Europeia, e que deixou isso claro em manifestações do Itamaraty.

Novo vai ao STF para suspender efeitos de Emenda dos Benefícios nas eleições

O Partido Novo entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação para suspender os efeitos da emenda constitucional que ampliou e criou uma série de benefícios sociais, após a promulgação da chamada PEC dos Benefícios, até pelo menos as eleições, incluindo o segundo turno da disputa.

Para a legenda, houve uma série de desvios jurídico-constitucionais no curso do processo legislativo que justifica plenamente o exercício da atuação do STF no caso.

O partido, um dos que votou em peso contra a emenda quando a PEC tramitou no Congresso, argumentou que a proposta fere a liberdade do voto.

“Da mesma forma, diante de inconstitucionalidade que está atrelada a liberdade do voto, pede-se, alternativa e sucessivamente, que se reconheça a inconstitucionalidade da incidência da norma, ao menos, antes do processo eleitoral e, portanto, suspenda o pagamento de qualquer vantagem até a data das eleições, incluindo o segundo turno”, disse a ação.

“O grave risco imposto à legitimidade e normalidade do processo eleitoral, em si, justificaria a medida cautelar”, reforçou a legenda.

Segundo fontes, a chamada PEC dos Benefícios é tida como uma das principais apostas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de aliados para melhorar as intenções de voto na disputa à reeleição na qual, segundo pesquisas de intenção de voto, ele aparece atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Gilmar Mendes cria comissão para discutir propostas sobre ICMS de combustíveis

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a criação de uma comissão para discutir propostas de solução para o impasse entre o governo federal e Estados na questão do ICMS incidente sobre os combustíveis, informou o tribunal.

A primeira reunião da comissão está agendada para 2 de agosto, e o prazo para a conclusão dos trabalhos foi fixado para 4 de novembro, de acordo com nota no site do STF.

Governos de 11 Estados e do Distrito Federal entraram com uma ação no STF para suspender os efeitos de uma lei aprovada pelo Congresso que define combustíveis, telecomunicações, energia elétrica e transporte coletivo como bens essenciais e limita a cobrança do ICMS pelas unidades federativas a um teto de aproximadamente 17%.

Na ação, os Estados alegam que a lei representa uma intervenção inédita da União.

A comissão determinada pelo STF será formada por até cinco representantes dos Estados e do DF e cinco da União. O relator também determinou que a Secretaria do Tesouro Nacional designe um servidor com poderes para disponibilizar elementos de interesse, entre os quais as informações sobre a receita tributária de ICMS de cada ente subnacional, em cada um dos 12 meses anteriores a junho de 2022 e dos meses seguintes, de acordo com o STF.

A limitação do ICMS foi responsável pela redução do preço dos combustíveis no país nas últimas semanas.

Rio: depois de recurso negado, Garotinho não será candidato ao governo

O ex-governador Anthony Garotinho não concorrerá mais ao governo do Estado do Rio de Janeiro nas eleições de 2022. A retirada da pré-candidatura do político foi uma decisão do partido União Brasil anunciada na terça-feira (19), na capital carioca. Garotinho fez uma live para comunicar que a direção do União Brasil decidiu pelo apoio a outro candidato. “Eu não serei candidato a governador”.

A decisão vem dias depois de o colegiado do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) rejeitar, por unanimidade, na sessão plenária, recurso do ex-governador nos autos do processo por compra de votos nas eleições municipais de 2016. A decisão mantém a condenação do político a 13 anos e nove meses de prisão e multa. Pela legislação eleitoral, a condenação criminal em segunda instância torna o réu inelegível nos oito anos seguintes ao da condenação.

Em março do ano passado, o colegiado do TRE/RJ condenou Garotinho, por unanimidade, pelos crimes de corrupção eleitoral, associação criminosa, supressão de documento público e coação no curso do processo. A partir da Operação Chequinho, a Promotoria Eleitoral em Campos dos Goytacazes tinha denunciado o ex-governador por usar irregularmente o programa social Cheque Cidadão, da prefeitura da cidade fluminense, para cooptar votos para seu grupo político. Naquele ano eleitoral, a prefeita era a esposa do réu, Rosinha Matheus, e Garotinho era o secretário municipal de Governo. Segundo a Justiça, o esquema concedia o benefício, voltado a famílias de baixa renda, em troca do compromisso de votar nos candidatos indicados.

O União Brasil vai apoiar o atual governador Cláudio Castro (PL), candidato à reeleição. Garotinho decidirá até a próxima sexta-feira (22) se será candidato a outro cargo ou não. Para tomar a decisão, terá conversas antes com seu grupo político.

Com mortes por Covid e licenças para eleição, suplentes ocupam 20% das cadeiras no Senado

Um em cada cinco senadores com mandato vigente neste momento, no país, não foi eleito diretamente pelo voto popular. São, ao todo, 17 suplentes ocupando os postos, com direito a todas as prerrogativas de quem exerce um mandato regular.

O número, que ainda pode oscilar, representa a maior quantidade de “substitutos” ocupando os postos desde o início da legislatura, em 2019.

Os motivos para a substituição são variados: da morte dos senadores efetivamente eleitos (que leva os suplentes a assumir o mandato de forma permanente) às articulações para as eleições de outubro, que obrigam alguns parlamentares a se afastarem dos mandatos.

O regimento do Senado e a Constituição estabelecem as regras para a posse do suplente. A substituição é permitida quando o titular assume cargos fora do Parlamento (como o de prefeito, ministro de estado ou governador) ou pede licença de até 120 dias.

Se o afastamento for justificado por “interesse particular”, como é comum durante o período eleitoral, o senador não pode passar mais de 121 fora, sob o risco de perder o mandato.

As mudanças geram alterações drásticas representação original do Senado. Formada por três senadores, a bancada do Acre, por exemplo, atualmente não tem nenhum titular no cargo.

Cada senador é eleito com dois suplentes, pré-definidos na chapa durante a campanha eleitoral.

Em geral, são empresários que ajudam a custear as campanhas, políticos em busca de protagonismo e até parentes dos titulares.

Ou seja, figuras com maior trânsito nos bastidores e nem sempre conhecidas do eleitor comum, já que raramente são apresentadas como candidatos durante as campanhas. Eles apenas assumem no caso da vacância (temporária ou permanente) do titular.

Governo avalia cortar quase R$ 5 bilhões em despesas para cumprir o teto de gastos

Mesmo com a continuidade do processo de alta da arrecadação, o governo vai ser obrigado a cortar e cancelar novamente gastos às vésperas das eleições para o cumprimento do teto de gastos, a regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação.

Os cálculos iniciais apontam uma necessidade de corte efetivo de cerca de R$ 5 bilhões, segundo apurou o Estadão. Mas o valor do contingenciamento poderá cair para um patamar mais próximo de R$ 3 bilhões com ajustes por dentro do próprio Orçamento.

O tamanho do corte só deverá ser definido na próxima sexta-feira no envio ao Congresso do novo relatório bimestral de avaliação de despesas e receitas do Orçamento. Nesse relatório, o governo é obrigado a corrigir desvios que possam implicar no descumprimento do teto ou da meta de resultado primário. O anúncio só deverá ocorrer na segunda-feira da semana que vem.

Como há excesso de arrecadação, o problema neste ano é do lado do teto de gastos, que segue muito apertado, apesar da flexibilização com as mudanças feitas pelo Congresso para adiar parte do pagamento dos precatórios (dívidas que a União é obrigada a bancar depois de sentenças judiciais). Também não houve reajuste de 5% dos salários dos servidores públicos, nem mesmo para as carreiras policiais, apesar da promessa do presidente Jair Bolsonaro à categoria.

Novas despesas apareceram, porém, desde o último relatório bimestral de maio, entre elas, a derrubada pelo Congresso do veto presidencial às Lei Paulo Gustavo, que determina o repasse de R$ 3,86 bilhões do Fundo Nacional de Cultura (FNC) para fomento de atividades e produtos culturais em razão dos efeitos econômicos e sociais da pandemia de Covid-19. A lei é uma homenagem ao ator e comediante que morreu vítima da Covid-19.

Uma previsão de gastos maior dos benefícios da Previdência também poderá entrar na conta. Além disso, o Congresso proibiu o governo de bloquear recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). No total, R$ 2,5 bilhões que estavam contingenciados do fundo vão precisar ser desbloqueados.

Essas novas despesas podem obrigar o governo a ter que fazer bloqueio de emendas parlamentares. Se foram preservadas, o corte adicional vai exigir mais aperto dos ministérios. O Ministério da Defesa, que teve um bloqueio de R$ 706 milhões no último relatório, cobra recursos para custeio das operações das três forças: Exército, Marinha e Aeronáutica.

Entorno regional é prioritário, diz Bolsonaro em reunião do Mercosul

Em vídeo enviado à 60ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, que ocorreu na quinta-feira (21), no Paraguai, o presidente da República Jair Bolsonaro declarou que o Brasil tem atuado para que o bloco sul-americano tenha um “papel importante no enfrentamento dos atuais choques externos.”

Referindo-se à alta inflacionária global em consequência dos reflexos da pandemia da Covid-19 e da invasão russa à Ucrânia, Bolsonaro disse que o mundo vive “um momento desafiador” e, portanto, “precisa de mais comércio e investimentos.”

“Por isso, ao longo do último semestre, trabalhamos com afinco para a conclusão de acordo moderno com Singapura”, disse o presidente brasileiro, referindo-se a uma das iniciativas anunciadas durante a cúpula: a conclusão das negociações para a assinatura de um acordo de livre comércio entre os países do Mercosul e Singapura, no sudeste asiático.

O Brasil também apoiou outra das iniciativas aprovadas ontem (20), durante a reunião ordinária do Conselho do Mercado Comum, evento que precedeu a Cúpula de Chefes de Estado: um acordo para reduzir em 10% a alíquota da Tarifa Externa Comum (TEC), tributo que, salvo exceções acordadas, incide sobre mercadores importadas de outras nações de fora do bloco sul-americano e varia conforme o produto.

“O Brasil tem atuado para que o Mercosul tenha papel importante no enfrentamento dos atuais choques externos. Por isso, defendemos a redução da Tarifa Externa Comum, o que dará uma importante contribuição ao combate à inflação [regional]”, comentou Bolsonaro antes de assegurar que o Brasil tem conferido prioridade às negociações com grandes parceiros comerciais do Mercosul e região.

“Nosso entorno regional é prioritário. Ainda mais no atual cenário. Precisamos continuar ampliando nossos fluxos de comércio e de investimentos na América Latina e Caribe, fortalecendo as cadeias regionais de valor e reduzindo nossas vulnerabilidades externas a crises”, acrescentou o presidente, que finalizou o vídeo parabenizando o Paraguai pelos resultados alcançados durante os seis meses em que o país ocupou a presidência rotativa do bloco sul-americano, posição que, pelos próximos seis meses, será ocupada pelo Uruguai.

Governo prevê pagar auxílio a taxista em 16/8 e ‘bolsa-caminhoneiro’ em 9/8

O Ministério do Trabalho e Previdência enviou ofícios às prefeituras de todo o Brasil para solicitar o envio das informações referentes aos taxistas regularmente cadastrados junto aos municípios. A previsão é de que o primeiro lote do Benefício Emergencial aos Motoristas de Táxis seja pago em 16 de agosto. A Pasta também informou que começará o pagamento do auxílio a caminhoneiros em 9 de agosto.

Os transportadores autônomos de carga receberão seis parcelas de R$ 1 mil. As informações de cadastro dos caminhoneiros foram repassadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e já estão em processamento pela Dataprev para permitir o pagamento aos elegíveis. Os detalhes sobre o pagamento de cada benefício serão regulamentados em breve por meio de portaria.

As orientações para a inserção dos dados e demais informações sobre o pagamento do BEm-Taxista estarão no portal do governo federal. O sistema ficará aberto para receber os cadastros até 31 de julho. Aqueles que no dia 25, eventualmente, ainda não tenham recebido a comunicação do Ministério, poderão acessar o sistema igualmente para enviar as informações.

O envio dos cadastros dos taxistas pelas prefeituras é necessário em razão da competência municipal ou distrital sobre o tema. Os dados cadastrados serão processados pela Dataprev.

Para aplicar o comando da Emenda 123, serão considerados os motoristas de táxi com Carteira Nacional de Habilitação válida e alvará em vigor no dia 31 de maio de 2022. O valor e o número de parcelas do benefício poderão ser ajustados de acordo com o número de beneficiários cadastrados, respeitando o limite global disponível para o pagamento do auxílio, previsto na Emenda.

Comitiva de organizações brasileiras vai aos EUA pedir respaldo para o resultado das eleições de outubro

Uma comitiva com representantes de 18 organizações da sociedade civil brasileira estará em Washington, capital dos Estados Unidos, entre 24 e 29 de julho, para se reunir com membros do Departamento de Estado norte-americano, embaixadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) e integrantes da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos EUA para pedir respaldo para o resultado das eleições brasileiras de outubro.

A ideia é dar a conhecer a situação político-eleitoral do Brasil e pedir que esses atores se pronunciem, de modo a validar o resultado das urnas, ganhe quem ganhar. O objetivo é tornar mais difícil uma “virada de mesa” por parte do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição.

A iniciativa ocorre em meio a uma série de ataques às urnas que têm sido feitos por Bolsonaro nos últimos meses. Na segunda-feira (18), ele recebeu embaixadores de vários países no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, em Brasília, para fazer uma apresentação na qual voltou a levantar suspeitas já desmentidas por órgãos oficiais sobre as eleições de 2018 e a segurança das urnas eletrônicas.

A agenda dos brasileiros em Washington incluirá encontros com nomes de democratas como Jamie Raskin, um dos mais aguerridos membros da Comissão Parlamentar que investiga a invasão ao Capitólio norte-americano de janeiro de 2021, e Bernie Sanders. Ambos deverão se reunir pessoalmente com os representantes das organizações do Brasil.

Carro usado sobe até 28% com falta de modelos no mercado

Quem comprou carro zero quilômetro um ano atrás está hoje pedindo até 28% a mais do que o valor pago na aquisição para vender o veículo, agora considerado um seminovo. A distorção que permite lucro na venda de carros mesmo após um ano de uso, quando em condições normais o veículo teria sofrido depreciação de 15% a 20%, se deve à falta de modelos no mercado.

Após mais de um ano de produção limitada por falta de peças, período no qual as montadoras direcionaram os componentes disponíveis à fabricação de carros mais caros, alguns modelos se tornaram raridade. Como os preços dos carros novos, referência do mercado, também não pararam de subir em meio ao contexto de oferta restrita, donos de automóveis usados perceberam uma valorização incomum de seus veículos.

Segundo levantamento feito com base nos anúncios publicados por revendas e donos de carros usados no site da Mobiauto, o preço dos 40 automóveis de passeio e comerciais leves mais vendidos no Brasil subiu, na média, 7,1% após um ano de uso. A pesquisa compara os preços cobrados no primeiro semestre deste ano com o valor médio dos mesmos modelos na condição de zero quilômetro nos seis primeiros meses de 2021.

A maior valorização foi observada no Mobi, da Fiat, cujo preço, na versão Easy com motor 1.0, saltou de R$ 41 mil para R$ 52,5 mil – ou seja, ficou 28% mais caro após um ano de uso. Chama a atenção também o preço do Onix, modelo que deixou de ser produzido pela General Motors por cinco meses em 2021. Na versão LT, equipada com motor 1.0, a valorização foi de 14,5%: de R$ 65,6 mil para R$ 75,1 mil. “É espantoso comprar um carro zero quilômetro, usá-lo por um ano e ver seu patrimônio aumentar em quase 30%”, comenta Sant Clair Castro Jr., CEO da Mobiauto.

Daqui para frente, porém, a tendência apontada por analistas é de estabilização. Depois do recorde em 2021, o mercado de usados mostrou no primeiro semestre recuo de 20% nas transações de compra e venda envolvendo automóveis de passeio e utilitários leves, como picapes e vans. Já nas vendas de novos, a queda desde o primeiro dia de 2022 está em 15%. Com a acomodação no ritmo de vendas em junho, os estoques, de 145,5 mil veículos zero quilômetro, estão no maior volume dos últimos dois anos, apesar de todas as dificuldades de produção nas montadoras.

A situação já se reflete em menor impulso da inflação dos carros usados, onde a alta dos preços, que em 12 meses chegou a bater nos 17% em fevereiro, caiu em junho para abaixo de 15% (14,9%). Na passagem de março para abril, os preços dos usados chegaram a mostrar deflação de 0,5%.

Vendas no varejo cresceram 5,9% no Brasil em junho ante um ano antes, diz Cielo

As vendas no varejo brasileiro tiveram em junho um aumento de 5,9% ante o mesmo período de 2021, descontada a inflação, segundo dados da empresa de meios de pagamentos Cielo divulgados na segunda-feira (18).

O avanço está relacionado à base comparativa de junho do ano passado, período atingido pelas restrições ao funcionamento do comércio por causa da Covid-19, disse a Cielo em comunicado. Os efeitos de calendário tiveram pouca interferência no resultado do mês, de acordo com a empresa.

“Eliminando os efeitos de aumento de preços no período, o varejo ainda se encontra abaixo do patamar observado em 2019, ano anterior ao do início da pandemia”, afirmou Diego Adorno, gerente de produtos de dados da Cielo, no comunicado.

O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) é apurado junto a 1,1 milhão de varejistas no país credenciados à companhia e distribuídos por 18 setores.

Supermercados estão com o menor estoque em dois anos

Com a demanda em queda livre por conta da inflação, as redes de supermercados têm trabalhado com estoques menores e buscado equilibrar pedidos, ao encomendar apenas a previsão do que o consumidor vai de fato comprar. Com essa maior seletividade, porém, tem aumentado a queda de braço entre lojistas e indústria, que tem sido mais criteriosa nos descontos para grandes encomendas.

Os mercados têm acertado em suas previsões. O índice geral de rupturas (produtos que faltam nas prateleiras) calculado pela Neogrid, empresa especializada em cadeias de suprimentos, teve ligeira queda em junho e ficou em 11%, comparado aos 11,5% de maio. Esse não é um indicador de desabastecimento, mas, sim, de faltas pontuais, que ocorrem em razão de estoques menores e entregas postergadas.

Segundo Robson Munhoz, diretor da Neogrid, o varejo alimentar vem trabalhando com o menor índice de estoques em dois anos. “As varejistas não estão mais comprando por oportunidade, mas sim por necessidade. Diversas indústrias têm limitado os volumes e, por isso, os descontos concedidos têm sido mais criteriosos”, afirma.

Para ele, as varejistas estão aprendendo a calcular a demanda do ponto de vista do consumidor. “É um ensaio mais apurado sobre o que de fato vende”, diz. “Estão aprendendo a entender a demanda principalmente pelo uso de tecnologia.”

O vice-presidente institucional da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, afirmou que a entidade tem estimulado os associados a negociar mais intensamente com a indústria. A lógica é entender os aumentos de preços e identificar determinadas altas injustificáveis. Ele diz que as negociações têm sido mais longas, exigido mais informações e que isso não tem causado desabastecimento nas lojas.

“Não identificamos falta de produtos em razão da maior negociação de supermercados com indústria”, afirmou. Ainda assim, eventuais quebras no fornecimento podem acontecer de maneiras pontuais. “Ruptura é algo inerente à operação dos supermercados. Em momentos inflacionários, normalmente há uma tendência disso aumentar”, diz.

Isso ocorre porque, na tentativa de melhorar o preço de compra da mercadoria, os estoques diminuem e faltam determinados itens nas gôndolas até que se chegue a um acordo com o fornecedor. Como a demanda está menos aquecida, porém, essas quebras estão menos frequentes. O consumo nos lares brasileiros subiu 0,39% em maio em relação ao mesmo mês de 2021. Na comparação com o mês imediatamente anterior, porém, houve queda de 3,47%, influenciada pela sazonalidade. Os dados são da pesquisa Consumo nos Lares Brasileiros da Abras.

Ecorodovias recebe linhas de crédito de R$ 4,2 bilhões do BNDES e Banco da Amazônia

A Ecorodovias informou que o BNDES e o Banco da Amazônia aprovaram as linhas de crédito de longo prazo para a companhia, no valor total de R$ 4,2 bilhões e com prazo de vencimento em setembro de 2051.

As linhas de crédito serão formadas por três itens: debêntures incentivadas, financiamento do BNDES e um financiamento do Banco da Amazônia.

As debêntures incentivadas estruturadas pelo BNDES, integralmente liquidadas em 14 de julho de 2022, no valor de R$ 600 milhões, ao custo de IPCA mais 6,66% a.a. e com prazo de vencimento em julho de 2051.

Já o financiamento do BNDES será no valor de R$ 3,160 bilhões, ao custo de IPCA mais 7,70% a.a. e com prazo de vencimento em setembro de 2051. Enquanto o montante emprestado pelo Banco da Amazônia será de R$ 461 milhões, ao custo de IPCA mais 2,51% a.a. e com prazo de vencimento em julho de 2046.

Ontem, as ações da Ecorodovias avançaram 2,29%, a R$ 5,35. Nos últimos 365 dias, os papeis acumularam uma desvalorização de 54,66%, mas as estimativas consensuais obtidas pelo Investing.com Brasil indicam uma alta potencial de 113,42% nos próximos 12 meses, para R$ 11,42.

Varejo de SP recua 8% na 1ª quinzena de julho ante mesmo período pré-pandemia

A movimentação no varejo paulistano na primeira quinzena de julho teve alta de 67,5% em relação ao mesmo período de 2021. O dado é da prévia do Balanço de Vendas, indicador elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O resultado, porém, não anima, nem reflete a realidade porque a base de comparação, segundo o IEGV, é fraca. Na comparação com o espaço de tempo correspondente em 2019, por exemplo, há queda de 8,3%. Na primeira quinzena de julho do ano passado, o comércio operava com redução de 80% da capacidade e horário reduzido devido à pandemia de Covid-19, explica a ACSP. Na comparação com o mesmo intervalo de dias do mês anterior, houve queda de 3,5%.

Para Marcel Solimeo, economista da ACSP, os dados são justificados por fatores como a inflação e perda de renda. “Há uma combinação de juros e inflação alta, o que encarece produtos nas prateleiras e, consequentemente, acarreta perda do poder de compra dos consumidores”, analisa.

O economista pontua ainda que há expectativa de melhora no cenário para os próximos meses. Parte disso em razão do maior valor concedido aos beneficiários do Auxílio Brasil. Ainda na sua avaliação, a injeção de outro recurso extra, como o 13º salário pago aos trabalhadores, deverá contribuir para que o setor alcance o patamar anterior à pandemia.

Frete.com compra fornecedora de software para transporte InterSite

A startup de logística Frete.com completou sua primeira aquisição, do controle da fornecedora de software de gerenciamento de transportes InterSite, em um negócio que envolve dinheiro e ações, segundo divulgado na quarta-feira (20).

O valor e participação exata da aquisição não foram revelados.

A Frete.com, que se tornou um unicórnio na última rodada de financiamento, tem entre seus investidores Tencent, Softbank Group, Goldman Sachs, Farallon Capital e investidores individuais como o fundador do fundo KKR, Henry Kravis, e o co-fundador do Uber Oscar Salazar.

Focada em serviços para o transporte de produtos agrícolas, a InterSite tem cerca de 10 mil clientes. Fundadores da empresa, Edilmar Alves e Sanir Bacarin continuarão administrando a InterSite de maneira separada da Frete.com.

A InterSite faz emissão de toda documentação necessária para o transporte rodoviário de produtos agrícolas, incluindo notas fiscais, para cerca de 4 milhões de viagens ao ano, que geram cerca de 11 bilhões de reais em fretes.

O presidente-executivo da Frete.com, Federico Vega, afirmou que a startup busca agora potenciais aquisições de outros provedores de software para transporte, empresas de ciência de dados e fintechs.

A Frete.com já provê crédito para caminhoneiros e transportadoras, mas ainda em baixos volumes como uma maneira de testar o serviço. A análise de dados de caminhoneiros e transportadoras ajuda a reduzir os índices de roubo de carga, acrescentou Vega.

Abear: expansão de voos em Congonhas deve ser precedida de investimentos

A expansão de voos pretendida pela Infraero no aeroporto de Congonhas, solicitada à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), deve ser precedida por “investimentos significativos no terminal de passageiros”, defendeu a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

Em nota, a entidade afirmou que entende o aumento de quantidade de pousos e decolagens no aeroporto como totalmente seguro devido aos recentes investimentos na pista principal, mas ressalvou a situação no terminal de passageiros, que deveria receber melhorias antes da expansão, avaliou.

A Abear alega que os investimentos são necessários porque a infraestrutura atual para embarque e desembarque estaria “bastante saturada” em horários de pico. Para a associação, tal investimento poderia ser efetuado ainda na gestão da Infraero ou pelo concessionário que assumir o aeroporto. Congonhas junto de outros 14 aeroportos hoje controlados pela Infraero irão a leilão marcado para agosto.

“O investimento deve ser realizado em itens como pontes de embarque, pórticos de raios-x, portões de embarque remoto e demais itens necessários à qualidade adequada do atendimento aos clientes, prevenindo assim qualquer risco de grandes problemas, principalmente em casos de recuperação da malha aérea por interrupções meteorológicas”, disse a Abear em nota, que tem entre suas associadas a Gol e a Latam. A Azul deixou a entidade em 2019.

Segundo apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a Anac já está avaliando a solicitação da Infraero, o que envolve pedidos de informações complementares à estatal, como, por exemplo, sobre o plano de ruídos do aeroporto.

As discussões sobre a possibilidade de expansão no movimento de Congonhas, o que pode aumentar a competição no terminal, acontece após a Anac aprovar novas regras de distribuição de slots para o aeroporto. De acordo com relatório do BTG Pactual, com isso, há espaço para a Azul atingir mais de 80 slots em Congonhas (dos atuais 41) até 2023, aumentando sua participação de mercado no aeroporto de 7% para cerca de 15%.

IBGE: indústria gera 35 mil empregos em 2020, mas perda desde 2011 soma 1 milhão

O emprego industrial passou ileso, ao menos no agregado do setor, pelo primeiro ano de crise causada pela Covid-19, em 2020. Mesmo com a pandemia, as indústrias extrativa e da transformação registraram, em 2020, um ligeiro aumento de 0,5% no total de trabalhadores empregados ante 2019, o equivalente à geração de 35.241 postos, mostram dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA) – Empresa 2020, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar disso, no longo prazo, o setor industrial registrou o fechamento de 1 milhão de empregos em uma década.

Marcado pela prevalência dos empregos formais, o setor industrial lançou mão das medidas emergenciais lançadas pelo governo federal no primeiro ano de pandemia. Segundo o IBGE, o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), que permitiu às empresas reduzirem os gastos com remuneração dos trabalhadores, em parte custeada pelo governo federal, contemplou 20,1 milhões de contratos. Desse total, 4,1 milhões, ou 20,5%, foram com empregados da indústria.

Com o ligeiro crescimento em 2020, as indústrias brasileiras empregavam, naquele ano, 7,652 milhões de trabalhadores. Apesar da resiliência aos problemas causados pela Covid-19, os dados estruturais do IBGE reforçam o quadro de crise de longo prazo no setor industrial. Entre 2011 e 2020, a indústria reduziu o total de empregados em cerca de 1 milhão de trabalhadores.

Segundo o relatório divulgado pelo IBGE, nesse período, foram mais atingidos os “setores que provavelmente enfrentam de forma mais intensa mudanças estruturais relacionadas, por exemplo, à evolução da tecnologia, à forte concorrência com o setor externo e à dependência do consumo interno”.

“Entre 2011 e 2020, mais da metade da perda esteve concentrada nos setores de Confecção de artigos do vestuário e acessórios (258,4 mil), de Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (138,1 mil) e de Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (134,2 mil)”, diz o documento do IBGE.

O País gerou R$ 1,542 trilhão em valor da transformação industrial em 2020, resultado que reflete um valor da produção de R$ 3,616 trilhões (vendas e variação de estoque) deduzido de custos de R$ 2,074 trilhões das operações. Os dados são da Pesquisa Industrial Anual Empresa 2020, divulgados pelo IBGE.

A indústria de transformação foi responsável por 92,9% do faturamento gerado pelo segmento industrial em 2020. O País tinha 303,6 mil empresas industriais ativas, com pelo menos uma pessoa ocupada, que empregavam um contingente de 7,7 milhões de pessoas e pagaram R$ 308,4 bilhões em remunerações, mostra a PIA.

A pesquisa revela ainda que a indústria registrou faturamento bruto total de R$ 4,8 trilhões em 2020, sendo R$ 4,3 trilhões relativos à receita bruta da venda de produtos e serviços industriais. A receita líquida de vendas, por sua vez, foi de R$ 3,970 trilhões em 2020.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

O mercado passou a rever suas apostas para a evolução da Selic, com a perspectiva de uma inflação mais alta do que o esperado em 2023 e de maior risco para a administração das contas públicas, depois da aprovação da PEC “Kamizake”, que aumentou o valor de benefícios como o Auxílio Brasil e criou outros em pleno ano eleitoral. O pacote vai custar R$ 41,2 bilhões, valor fora do teto de gastos.

Se antes a expectativa era de que a elevação da taxa básica de juros, hoje em 13,25% ao ano, já pudesse ser interrompida em agosto, agora bancos e consultorias avaliam que os aumentos devem prosseguir pelo menos até setembro ou outubro. Nesse cenário, a Selic poderia chegar a até 14,25%, segundo novas estimativas do mercado, voltando ao patamar de meados de 2016.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (25), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 13,75%, ante 13,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), um dos indicadores mais utilizados para o reajuste dos aluguéis, subiu 0,52% na segunda prévia de julho.

Entretanto, o indicador recuou frente ao mês anterior, quando naquela data o IGP-M havia marcado aceleração de 0,55%.

O levantamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) e traz outros dados, conforme seguem:

  • IPA-M acelera a 0,52%, após 0,21% na leitura anterior;
  • IPC-M desacelera a 0,19, ante 0,66% em igual leitura de junho;

INCC-M cai a 1,23% na 2ª prévia de julho, ante 3,33% na leitura anterior.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (25), a projeção para o IGP-M ficou em 11,59%, ante 11,88% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

A redução no preço da gasolina anunciada pela Petrobras na terça-feira (19) deve contribuir para uma redução de 2% na bomba. Com isso, o IPCA deverá recuar 0,05 ponto percentual em julho e 0,10 ponto percentual em agosto, segundo cálculos do economista André Braz, responsável pelos índices de inflação da FGV (Fundação Getulio Vargas).

A gasolina tem um peso de aproximadamente 6,5% no IPCA, que é o índice oficial da inflação ao consumidor, medido pelo IBGE e utilizado como referência pelo Banco Central para a política monetária.

Se o reajuste fosse integralmente captado em julho indicaria que os motoristas tiveram preços neste patamar desde o início do mês, o que não é o caso, afirma o economista.

Ele projeta deflação de 0,35% no IPCA de julho, que será divulgado no começo de agosto, mas diz que o número poderá ser revisto para baixo até lá. Em quatro semanas, as projeções para o índice de inflação na pesquisa Focus passaram de alta de 0,43% para deflação de 0,46%. A mediana das projeções dos economistas consultados que fizeram atualizações apenas na semana passada está em -0,58%. Algumas casas já projetam queda de até 1% no IPCA do mês.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (25), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 7,30%, ante 7,54% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

Os economistas do Bradesco destacaram que o quadro fiscal do País ficou mais incerto nas últimas semanas, diante do avanço de pautas que ampliam desonerações e gastos do governo, o que reduz a chance de superávit primário em 2022. Ainda assim, o banco elevou a projeção para o PIB deste ano de 1,5% para 1,8%, mas reduziu a do PIB de 2023 de 0,3% para zero.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (25), a projeção para o PIB ficou em 1,93%, ante 1,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (18), o Ibovespa fechou em alta, pelo segundo pregão seguido, apoiado particularmente no avanço de Petrobras, mas distante da máxima da sessão diante do enfraquecimento das bolsas norte-americanas. O índice Ibovespa teve alta de 0,48%, a 97.010,53 pontos. O volume financeiro somou R$ 16 bilhões.

Na terça-feira (19), o Ibovespa fechou em alta, beneficiado pela performance positiva das bolsas norte-americanas e com Embraer entre os maiores ganhos após encomendas da ordem de 2,68 bilhões de dólares. O índice Ibovespa teve alta de 1,37%, a 98.244,80 pontos. O volume financeiro somou R$ 18,7 bilhões.

Na quarta-feira (20), o Ibovespa fechou em alta, mesmo com a queda de Vale, após dados operacionais e revisão de previsões, e Weg, após balanço do segundo trimestre, minando o efeito positivo procedente de Wall Street. O índice Ibovespa teve alta de 0,02%, a 98.262,50 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,1 bilhões.

Na quinta-feira (21), o Ibovespa fechou em alta, seguindo a performance dos pregões norte-americanos, com Vale e B3 entre os principais suportes positivos, enquanto Klabin figurou entre as maiores quedas. O índice Ibovespa teve alta de 0,76%, a 99.033,17 pontos. O volume financeiro somou R$ 18,7 bilhões.

Na sexta-feira (22), por volta das 12h20, o índice Ibovespa operava em alta de 0,27%, a 99.299,39 pontos. Diante da instabilidade das bolsas norte-americanas e do petróleo. Além disso, investidores avaliam o relatório trimestral de produção e vendas da Petrobras, informado na quinta-feira (21), após o fechamento da B3, que trouxe queda na produção. Em sessão de alta de mineradoras e siderúrgicas, enquanto IRB Brasil despencava após novo prejuízo mensal. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 0,11%, a 98.924,82 pontos pontos. O volume financeiro somou R$ 18,3 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (22), por volta das 12h37, o dólar registrava queda de 0,61%, cotado a R$ 5,4628 na venda. Num movimento de ajuste após salto recente para perto da marca de 5,50 reais, mas ainda caminhava para sua segunda semana consecutiva de ganhos e seguia próximo de devolver completamente as perdas acumuladas até agora em 2022. A desvalorização do dólar nesta manhã vinha na contramão de alta do índice da moeda norte-americana contra uma cesta de rivais fortes, mas estava alinhada aos leves ganhos de algumas divisas emergentes ou sensíveis às commodities.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (22) cotado a R$ 5,4988, o dólar anulou perdas acentuadas vistas mais cedo e voltou a superar a marca de 5,50 reais na tarde de sexta-feira (22), acompanhando piora no sentimento internacional em meio a temores crescentes de desaceleração econômica.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
25/07/2022