Cenário Econômico Internacional – 29/07/2022

Cenário Econômico Internacional – 29/07/2022

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Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Cenário para economia global obscurece com mordida da inflação

É cada vez mais provável que a economia global esteja caminhando para uma séria desaceleração, conforme a inflação mais alta em uma geração leva os bancos centrais a reverter agressivamente a política monetária ultrafrouxa adotada durante a pandemia para apoiar o crescimento, mostraram dados.

A atividade empresarial nos Estados Unidos, a maior economia do mundo, contraiu pela primeira vez em quase dois anos neste mês. A atividade na zona do euro declinou pela primeira vez em mais de um ano, e o crescimento no Reino Unido atingiu uma mínima em 11 meses, mostraram pesquisas de gerentes de compras.

E mais dominós devem cair, com a expectativa de o governo do Japão cortar drasticamente a previsão para o crescimento doméstico.

Enquanto isso, os rígidos bloqueios contra a Covid-19 na China e a invasão da Ucrânia pela Rússia prejudicaram ainda mais cadeias de suprimentos globais que ainda não haviam se recuperado da pandemia.

Nos EUA, a queda do PMI foi a quarta consecutiva, ditada pela fraqueza no setor de serviços, que contraiu o suficiente para compensar o crescimento moderado da indústria.

Com uma leitura abaixo de 50, indicando que a atividade de negócios retraiu, o relatório alimentará o debate sobre se a economia dos EUA está de volta, ou perto, de uma recessão depois de se recuperar acentuadamente da desaceleração no início de 2020, no começo da pandemia.

“Os dados preliminares do PMI para julho apontam uma deterioração preocupante na economia”, disse o economista-chefe de negócios da S&P, Chris Williamson, em comunicado. “Excluindo os meses de bloqueio pandêmico, a produção está caindo a uma taxa não vista desde 2009, em meio à crise financeira global.”

Na zona do euro, a atividade empresarial contraiu inesperadamente neste mês devido a uma desaceleração expressiva na manufatura e a uma quase estagnação do crescimento do setor de serviços, já que os custos crescentes levaram consumidores a reduzir gastos.

As empresas da zona do euro continuaram a relatar crescentes pressões inflacionárias e uma aceleração no aumento salarial, mesmo com a perspectiva geral de crescimento se tornando cada vez mais obscura, disse o Banco Central Europeu (BCE) nesta sexta-feira, com base em uma pesquisa com 71 grandes empresas.

A inflação no bloco monetário bateu 8,6% no mês passado, mostraram dados oficiais, e na quinta-feira o BCE elevou as taxas de juros mais do que o esperado, confirmando que as preocupações com a inflação desenfreada agora superam os receios sobre crescimento.

O Federal Reserve, que luta contra a inflação mais elevada em 40 anos, deve entregar outro forte aumento de 75 pontos-base na taxa de juros em sua reunião essa semana.

A pesquisa Reuters mostrou probabilidade de 40% de uma recessão nos EUA no próximo ano e chance de 50% de acontecer dentro de dois anos, mudança significativa ante a pesquisa de junho.

China e Japão continuam sendo exceções ao manterem a política monetária frouxa, sinal de que suas economias, a segunda e terceira maiores do mundo, não têm força para compensar as fraquezas em outras partes do globo.

Preocupações com uma desaceleração global estão lançando uma sombra sobre as perspectivas de recuperação da Ásia, com o crescimento da atividade fabril esfriando no Japão e na Austrália, mantendo a pressão sobre os formuladores de política monetária para que prossigam com apoio a suas economias enquanto apertam a política monetária para combater a inflação.

O crescimento econômico da China desacelerou acentuadamente no segundo trimestre, golpeado pelos bloqueios generalizados contra a Covid-19 e apontando uma pressão persistente nos próximos meses para o cenário global.

A desaceleração na segunda maior economia do mundo e as consequências do agressivo aperto monetário em curso por bancos centrais forçaram o Banco Asiático de Desenvolvimento a reduzir sua previsão de crescimento para a região.

FMI diz que seu principal porta-voz se aposentará em 1º de dezembro

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou a aposentadoria planejada de seu porta-voz de longa data, Gerry Rice, que orientou as comunicações do FMI através das crises globais desde o colapso financeiro de 2007 a 2009 até a pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia.

Rice deixará o cargo em 1º de dezembro como diretor do Departamento de Comunicação do Fundo. Ele ingressou no FMI em 2006 como vice-diretor do departamento e assumiu o posto mais alto em 2011.

“Ele teve um impacto indelével na eficácia da instituição, transformando a forma como o Fundo se comunica, reforçando assim sua posição e reputação entre nossos membros, partes interessadas e o público em geral”, disse a diretora-gerente do da instituição, Kristalina Georgieva.

O FMI disse que vai iniciar a busca pelo sucessor de Rice em breve.

OMS alerta que pandemia de Covid ‘está longe de terminar’

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus voltou a afirmar na quarta-feira (27), que a pandemia de Covid-19 “está longe de terminar”. Segundo ele, porém, a situação atual é “muito diferente de um ano atrás”, com lições importantes já aprendidas. Durante entrevista coletiva, ele enfatizou a importância de se vacinar “os grupos certos primeiro”, como os mais velhos e os profissionais de saúde.

Ghebreyesus disse que alguns países que atingiram 70% de cobertura vacinal ainda podem enfrentar pressão sobre seus sistemas de saúde, por esses grupos mais vulneráveis não estarem devidamente imunizados. Ele ainda ressaltou que a advertência “não é teórica, isso é real”, e lembrou que as mortes pela Covid-19 têm aumentado nas últimas cinco semanas pelo mundo. “Vários países reportam tendências crescentes em hospitalizações, após ondas de transmissão impulsionadas pelas subvariantes da Ômicron”, ressaltou.

Crise climática não será resolvida sem participação de emergentes

Não importa o que os países desenvolvidos façam, se as economias emergentes não acompanharem os esforços para reduzir as emissões de poluentes, os problemas relacionados à mudança climática não serão resolvidos, alertou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, durante evento da Organização Mundial do Comércio.

Segundo ela, são os emergentes que mais poluem, proporcionalmente, e por isso é vital que eles também reduzam suas emissões. Para isso, as economias desenvolvidas e órgãos multilaterais devem apoiá-los por meio de instrumentos de incentivo econômico, como precificação do carbono e “swaps de dívida por clima”, instrumento que permite a países condições melhores de reestruturação da dívida pública em caso de adoção de políticas ambientais adequadas, avaliou.

Entre outros assuntos, Georgieva também mostrou preocupação quanto à tendência de fragmentação da economia global, iniciada durante a pandemia de Covid-19 e agravada pela guerra entre Rússia e Ucrânia. Também presente no evento, a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, afirmou que o mundo não pode concentrar a produção de bens em apenas uma região. Neste contexto de reorganização das cadeias globais, ela vê uma “grande oportunidade” de que países em desenvolvimento aumentem sua participação na produção industrial. “Precisamos ‘reglobalizar’, não desglobalizar”, resumiu.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (25), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, uma melhora na reta final garantiu quadro misto. Na expectativa por uma semana de balanços de companhias importantes, entre elas gigantes do setor de tecnologia, as bolsas abriram em alta, mas logo passaram ao território negativo, em sessão volátil. O índice Dow Jones teve alta de 0,28%, a 31.990,04 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,13%, a 3.966,84 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,43%, a 11.782,67 pontos.

Na terça-feira (26), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, depois que um alerta de lucro do Walmart derrubou os papéis do varejo e alimentou temores sobre gastos do consumidor. As ações do Walmart afundaram depois que o varejista cortou sua previsão de lucro para o ano inteiro. O índice Dow Jones teve queda de 0,74%, a 31.754,06 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,15%, a 3.921,05 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,87%, a 11.562,57 pontos.

Na quarta-feira (27), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, com o Nasdaq em seu maior ganho diário desde 2020. Balanços importantes estiveram em foco e, à tarde, a decisão de política monetária do Federal Reserve, seguida de entrevista coletiva do presidente da instituição, Jerome Powell. Em meio às declarações de Powell, os índices renovaram máximas. O índice Dow Jones teve alta de 1,37%, a 32.197,59 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 2,62%, a 4.023,61 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 4,06%, a 12.032,42 pontos.

Na quinta-feira (28), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, enquanto uma leitura preliminar mostrou que a economia dos Estados Unidos registrou nova contração no segundo trimestre, aumentando temores de que o país já esteja em recessão. Por volta das 12h50, o índice Dow Jones registrava alta de 0,70%, a 32.421,71 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,78%, a 4.054,91 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,59%, a 12.103,68 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 22.07.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (22) cotado a R$ 5,4988 com alta de 0,05%. Os receios de uma recessão na economia norte-americana voltaram a pesar no mercado financeiro. O dólar, que iniciou o dia em forte queda, terminou com leve alta.

Na segunda-feira (25) – O dólar à vista registrou queda de 2,35%, cotado a R$ 5,3697 na venda. O dólar fechou em firme queda ante o real, a mais forte desde março de 2021, com investidores realizando lucros depois de a moeda renovar máximas em seis meses e à medida que as atenções se afunilam para a decisão de juros nos Estados Unidos nesta semana. O dólar oscilou entre R$ 5,479 na máxima e R$ 5,3665 na mínima.

Na terça-feira (26) – O dólar à vista registrou queda de 0,38%, cotado a R$ 5,3492 na venda. O suficiente para tocar uma mínima em mais de duas semanas e deixar o real entre as divisas mais resilientes do dia, à medida que a força das commodities por expectativas melhores sobre a China deu fôlego à divisa brasileira e amorteceu pressões relacionadas à alta de juros nos EUA. O dólar oscilou entre R$ 5,3929 na máxima e R$ 5,336 na mínima.

Na quarta-feira (27) – O dólar à vista registrou queda de 1,83%, cotado a R$ 5,2509 na venda. O dólar fechou em firme queda, e no menor valor em quase um mês, o que conferiu à moeda brasileira o segundo melhor desempenho global na sessão, após uma onda de vendas da divisa norte-americana na esteira de sinalização do Banco Central dos Estados Unidos que limou apostas em aumentos mais agressivos dos juros por lá. O dólar oscilou entre R$ 5,3504 na máxima e R$ 5,2428 na mínima.

Na quinta-feira (28) – Por volta das 12h55, o dólar operava em queda de 0,81% cotado a R$ 5,2080 na venda. O dólar devolveu ganhos iniciais e passava a cair acentuadamente, indo abaixo da marca de 5,20 reais pela primeira vez em quase um mês, depois que uma contração inesperada na economia dos Estados Unidos reduziu as apostas de investidores sobre os próximos aumentos de juros pelo Banco Central norte-americano, o Federal Reserve.

Economia dos EUA está desacelerando, mas recessão não é inevitável, diz Yellen

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse no domingo (24) que o crescimento econômico dos EUA está desacelerando e reconheceu o risco de uma recessão, mas afirmou que uma retração não é inevitável.

Yellen, falando no programa “Meet the Press” da NBC, disse que números fortes de contratações e de gastos dos consumidores mostraram que a economia dos EUA não está atualmente em recessão.

As contratações nos EUA permaneceram robustas em junho, com 372.000 empregos criados e a taxa de desemprego mantendo-se em 3,6%. Foi o quarto mês consecutivo de abertura de vagas acima de 350.000.

“Esta não é uma economia que está em recessão”, disse Yellen. “Mas estamos em um período de transição em que o crescimento está desacelerando e isso é necessário e apropriado”.

Ainda assim, dados da semana passada sugeriram que o mercado de trabalho estava enfraquecendo, com os novos pedidos de auxílio-desemprego atingindo seu ponto mais alto em oito meses.

Yellen disse que a inflação “está muito alta” e que as recentes altas de juros pelo Federal Reserve estão ajudando a controlar o aumento dos preços.

Yellen, que já comandou o Fed, espera que o Banco Central norte-americano possa esfriar a economia o suficiente para baixar os preços sem desencadear uma ampla contração econômica.

“Não estou dizendo que definitivamente evitaremos uma recessão”, disse Yellen. “Mas acho que há uma trajetória que mantém o mercado de trabalho forte e reduz a inflação.”

Nova ministra da Economia da Argentina se reunirá com chefe do FMI na segunda-feira (25)

A recém-nomeada ministra da Economia da Argentina, Silvina Batakis, se reunirá na segunda-feira (25) com a chefe do Fundo Monetário Internacional em Washington, disse o governo, num momento em que a Argentina enfrenta uma inflação em espiral.

A Argentina é o maior devedor do FMI, com um programa de 44 bilhões de dólares que foi aprovado no final de março. O peso argentino também caiu para mínimas recordes nesta semana, pressionado por um dólar mais forte em todo o mundo e uma crise política doméstica.

Batakis foi nomeada há menos de um mês depois que seu antecessor Martín Guzmán, o arquiteto do acordo da dívida com o FMI, renunciou abruptamente com a inflação acima de 60% ao ano e a expectativa de continuar subindo.

Batakis, que disse que respeitará o acordo do FMI, se encontrará com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva. Elas já falaram por telefone no que Georgieva descreveu no Twitter como uma “ligação muito boa”.

O presidente argentino Alberto Fernández deveria viajar a Washington para se encontrar com o presidente dos EUA, Joe Biden, mas a reunião foi cancelada depois que Biden contraiu a Covid-19.

Batakis também deve se reunir com representantes do Departamento do Tesouro dos EUA e do Banco Mundial, disse o governo.

Elevação dos juros derruba operações do setor imobiliário nos Estados

A elevação das taxas de juros ao redor do mundo tem provocado uma perda de fôlego do mercado imobiliário em diversos países, inclusive em economias maduras como nos Estados Unidos. No Brasil, também há uma desaceleração em curso, embora o mercado local conte com artifícios para amortecer o pouso. A resposta está no modelo dos financiamentos, de acordo com especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Nos Estados Unidos, as famílias têm amargado uma perda relevante no poder de compra porque o país vem registrando uma elevação expressiva no valor das moradias e, principalmente, nas parcelas dos financiamentos, esta última reflete a subida dos juros básicos pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) para conter a inflação.

“Tanto as taxas de financiamento quanto os preços das casas subiram muito em um curto espaço de tempo”, avalia o economista-chefe da Associação Nacional de Corretoras (NAR, na sigla em inglês), Lawrence Yun. “A queda na acessibilidade está afetando os potenciais compradores de casas.”

Em junho, pelo segundo mês consecutivo, os números do mercado imobiliário por lá foram piores do que o esperado. A quantidade de construções iniciadas no mês recuou 2% em relação a maio, enquanto a previsão era de alta de 1,4%, levando o total de unidades a 1,559 milhão, o ritmo mais lento desde setembro de 2021. Em um ano, a queda chegou a 6,3%.

Já nas vendas de imóveis usados, houve retração de 5,4% em junho ante maio, segundo os dados da NAR. Este foi o quinto mês seguido de baixa e o ritmo mais lento de vendas em dois anos, segundo a entidade. “O mercado residencial é o setor mais sensível às taxas de juros da economia, e as taxas mais altas devem ajudar a desacelerar as vendas”, avaliam os economistas Isfar Munir, Andrew Hollenhorst e Veronica Clark, do Citi.

Pesa sobretudo o processo de aperto monetário por parte do Fed para tentar deter a maior inflação no país desde 1981. Nesta semana, uma nova subida de juros deve acelerar ainda mais o processo de esfriamento do setor imobiliário local. Depois de aventar uma alta de até 1 ponto porcentual, o mercado projeta agora elevação de 0,75 ponto, empurrando os Fed Funds (que são os juros básicos do país) para a faixa de 2,25% a 2,50% ao ano.

Chile: Boric diz haver ‘acordo’ para mudar projeto de nova Constituição

O presidente do Chile, Gabriel Boric, disse ontem que a nova Constituição proposta para ser submetida a um referendo em setembro “não é perfeita”, mas que existe “acordo” na coalizão governamental para “melhorar” o texto após a sua aprovação.

“Estamos de acordo (entre) todos que apoiam o governo de que é possível melhorar”, afirmou o mandatário à imprensa depois de um ato oficial.

Boric, que foi um dos principais promotores do atual processo constituinte quando era deputado em 2019, repetiu um verso do cantor Pablo Milanés que a ex-presidente Michelle Bachelet tinha usado na semana passada para reafirmar a sua posição a favor do novo texto.

“Como disse a ex-presidente, ‘não é perfeito (o projeto de Constituição), mas está próximo daquilo com o que sempre sonhei’. Tudo é perfeccionável, e vamos prosseguir com este processo após o plebiscito”, acrescentou.

Os chilenos estão convocados às urnas no dia 4 de setembro para decidirem se querem aprovar a nova Constituição ou manter a atual, herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) e parcialmente reformada ao longo da democracia.

A direita e parte da centro-esquerda votarão contra, por considerarem o novo texto “radical”, enquanto a esquerda fará campanha a favor do “eu aprovo”, embora diferentes vozes peçam um grande pacto para reformar os aspectos mais controversos.

Confiança do consumidor dos EUA tem nova piora em julho

A confiança do consumidor dos Estados Unidos caiu pelo terceiro mês consecutivo em julho, em meio a preocupações persistentes sobre a inflação mais alta e juros crescentes, apontando uma expansão econômica mais lenta no início do terceiro trimestre.

O Conference Board disse na terça-feira (26) que seu índice de confiança do consumidor caiu 2,7 pontos neste mês, para leitura de 95,7.

O índice de situação atual da pesquisa, com base na avaliação dos consumidores sobre as condições atuais dos negócios e do mercado de trabalho, recuou para 141,3, de 147,2 em junho.

Já o índice de expectativas, que reflete perspectivas de curto prazo para renda, negócios e condições do mercado de trabalho, teve queda para 65,3, de 65,8 no mês passado.

Fed opta por alta de 0,75 p.p. no juro e cita enfraquecimento de dados econômicos

O Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) elevou sua taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual na quarta-feira (27), em um esforço para esfriar a inflação mais intensa nos Estados Unidos desde a década de 1980, com “aumentos contínuos” nos custos de empréstimos ainda por vir apesar da desaceleração da economia.

“A inflação continua elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões de preços mais amplas”, disse o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) ao elevar a taxa referencial a um intervalo entre 2,25% e 2,50%, em votação unânime.

O Fomc acrescentou que segue “altamente atento” aos riscos de inflação.

Mas, embora a geração de empregos tenha permanecido “robusta”, as autoridades observaram no novo comunicado de política monetária que “os indicadores recentes de gastos e produção abrandaram”, um aceno para o fato de que o ciclo agressivo de aumentos dos juros que têm colocado em prática desde março está começando a pesar.

Depois de uma alta de 0,75 ponto percentual no mês passado e movimentos menores em maio e março, o Fed elevou sua taxa básica em um total de 2,25 ponto neste ano, conforme luta contra uma explosão de inflação como a vista na década de 1980 com uma política monetária ao estilo da de 1980.

A taxa de juros está agora no nível que a maioria das autoridades considera ter um impacto econômico neutro, marcando o fim dos esforços da era da pandemia para incentivar os gastos das famílias e das empresas com dinheiro barato.

O comunicado deu pouca orientação explícita sobre quais passos o Fed pode tomar em seguida, decisão que dependerá bastante de os próximos números econômicos mostrarem ou não que a inflação começou a desacelerar.

Com os dados mais recentes mostrando que os preços ao consumidor subiram a uma taxa anual de mais de 9%, investidores esperam que o Banco Central dos EUA eleve a taxa básica de juros em pelo menos 0,50 ponto percentual em sua reunião de setembro.

Venezuela: com retomada econômica, analistas preveem alta de 10% do PIB em 2022

Após oito anos de retração, a economia da Venezuela volta a crescer. De acordo com as estimativas econômicas, o Produto Interno Bruto (PIB) venezuelano deve fechar 2022 com um aumento de 10%, uma alta significativa principalmente se comparada aos anos anteriores. A recuperação também é retratada no aumento do consumo e na volta de venezuelanos ao seu país natal.

O que se vê nas ruas da capital Caracas neste segundo semestre de 2022 aponta para uma Venezuela totalmente diferente daquela de anos atrás. Há uma notável movimentação econômica. Pessoas comprando produtos de variados preços, desde alimentos e bebidas a artigos mais sofisticados. Para se ter uma ideia, o preço de um cachorro quente em uma carrocinha de rua pode variar entre U$1,50 e US$ 10. Preços surpreendentes se comparados com os de anos anteriores, ou até mesmo com os de outros países da região.

De acordo com o Observatório Venezuelano de Finanças, o consumo escalou um aumento de 21% nos últimos meses. Já a atividade econômica subiu 16,6% no segundo trimestre de 2022. Este crescimento é consequência de alguns fatores, como a estabilização da produção petroleira, um maior investimento do governo e o fim da hiperinflação, que por anos foi classificada como a maior do mundo.

A recuperação econômica venezuelana tem sido contínua, ficando em 12,3% no primeiro semestre deste ano. De acordo com a empresa de análises econômicas Ecoanalítica, o PIB deste ano deve apresentar um crescimento de 9,7%, número expressivo em relação aos resultados do PIB dos últimos oito anos, marcados pela forte contração da economia local.

Recessão fica à espreita após nova contração da economia dos EUA no 2° trimestre

A economia dos Estados Unidos registrou uma inesperada contração no segundo trimestre, com os gastos do consumidor crescendo no ritmo mais lento em dois anos e os gastos das empresas em queda, o que pode alimentar temores de que o país já esteja numa recessão.

O segundo declínio trimestral consecutivo no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, informado pelo Departamento do Comércio na quinta-feira (28), refletiu em grande parte um ritmo mais moderado de acúmulo de estoques pelas empresas, devido à escassez contínua de automóveis.

A desaceleração dos gastos do consumidor também deixou varejistas com pouco apetite para acumular mais estoque. O segundo declínio consecutivo do PIB, que vem num contexto de aperto agressivo da política monetária pelo Federal Reserve, Banco Central norte-americano, poderia forçar uma desaceleração dos intensos aumentos de juros nos EUA.

“A economia está altamente vulnerável a uma recessão”, disse Sal Guatieri, economista sênior da BMO Capital Markets. “Isso pode desencorajar o Fed a forçar outro grande aumento de juros em setembro.”

O Produto Interno Bruto (PIB) caiu a uma taxa anualizada de 0,9% no último trimestre, disse na quinta-feira (28) o Departamento de Comércio em estimativa preliminar do PIB. Economistas consultados pela Reuters previam recuperação do PIB a uma taxa de 0,5%.

As estimativas variaram de retração de 2,1% a crescimento de 2,0%. A economia contraiu 1,6% no primeiro trimestre.

O segundo declínio trimestral consecutivo do PIB atende à definição padrão de recessão.

Mas o escritório nacional de estatísticas dos EUA, o árbitro oficial das recessões no país, define uma recessão como “um declínio significativo na atividade econômica espalhada por toda a economia, com duração superior a alguns meses, normalmente visível na produção, emprego, renda real, e outros indicadores”.

A geração de empregos ficou, em média, em 456.700 vagas por mês na primeira metade do ano, o que está estimulando fortes ganhos salariais. No entanto, riscos de uma recessão aumentaram. A construção e a venda de moradias enfraqueceram, enquanto a confiança de consumidores e empresários piorou nos últimos meses.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (25), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, enquanto os investidores aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve, que na quarta-feira (27) deverá voltar a elevar juros para combater a salgada inflação americana. Ainda influenciaram os negócios as expectativas em torno dos resultados corporativos, com uma semana farta de importantes balanços. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,13%, a 426,25 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,33%, a 6.237,55 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,33%, a 13.210,32 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,10%, a 6.002,60 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,42%, a 8.085,60 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,41%, a 7.306,30 pontos.

Na terça-feira (26), as bolsas europeias fecharam em queda, com os papéis da Alemanha e da Itália na lanterna nas principais bolsas da zona do euro, depois que os países da União Europeia aprovaram um plano de emergência para conter sua demanda por gás, enquanto nomes do varejo recuaram após o alerta de lucro do Walmart. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,03%, a 426,14 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,42%, a 6.211,45 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,86%, a 13.096,93 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,060%, a 5.998,98 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,20%, a 8.069,60 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,00027%, a 7.306,28 pontos.

Na quarta-feira (27), as bolsas europeias fecharam em alta, depois que uma série de resultados fortes de empresas, incluindo o credor exposto à Rússia UniCredit e a britânica Smurfit Kappa, proporcionou algum conforto em meio a ambiente sombrio. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,47%, a 428,12 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,75%, a 6.257,94 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,53%, a 13.166,38 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,96%, a 6.116,72 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,68%, a 8.124,40 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,57%, a 7.348,23 pontos.

Na quinta-feira (28), as bolsas europeias fecharam mistas, no dia seguinte à subida dos juros nos Estados Unidos, de 0,75 ponto porcentual, e repercutindo a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, que moderou as expectativas pelo aperto monetário do Federal Reserve (Fed). Há também preocupações generalizadas sobre recessão na zona do euro. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,09%, a 432,77 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,30%, a 6.339,21 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,88%, a 13.282,11 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,72%, a 6.160,72 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,49%, a 8.084,90 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,041%, a 7.345,25 pontos.

BCE vai avaliar situação econômica ao decidir sobre juros, diz Holzmann

O Banco Central Europeu avaliará a situação econômica antes de decidir se deve avançar com outro grande aumento das taxas de juros em setembro, disse no domingo (24) a autoridade do banco Robert Holzmann.

O BCE está conciliando seu desejo de enfrentar uma inflação mais alta com um agravamento da situação econômica por causa de problemas como o conflito na Ucrânia, disse Holzmann à emissora austríaca ORF.

“A economia crescerá com menos força, as previsões apontam nessa direção, o que nos tornou um pouco cautelosos”, disse Holzmann, que dirige o Banco Nacional Austríaco. “Veremos no outono (europeu) qual é a situação econômica. Então provavelmente poderemos decidir por mais 0,5% ou menos”

O BCE também quer evitar que as expectativas de inflação mais alta se tornem enraizadas entre o público em geral, acrescentou ele.

O BCE aumentou sua taxa de depósito de referência em 0,50 ponto percentual, para zero, na quinta-feira (21), sua primeira alta em 11 anos e se juntando aos pares globais no aumento dos custos de empréstimo.

Diplomata da Rússia diz que objetivo de Moscou é derrubar presidente da Ucrânia

A Rússia parece ter se revertido depois que o principal diplomata do país disse que o objetivo principal de Moscou é derrubar o governo do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, enquanto as barragens de artilharia e ataques aéreos russos continuam a atingir cidades em toda a Ucrânia.

A observação do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, ocorre em meio aos esforços da Ucrânia para retomar as exportações de grãos de seus portos do Mar Negro, algo que ajudaria a aliviar a escassez global de alimentos, sob um novo acordo testado por um ataque russo a Odesa no fim de semana.

Falando aos enviados em uma cúpula da Liga Árabe no Cairo no final do domingo, Lavrov disse que Moscou está determinada a ajudar os ucranianos a “se libertarem do fardo deste regime absolutamente inaceitável”.

Lavrov acusou Kiev e “seus aliados ocidentais” de divulgar propaganda destinada a garantir que a Ucrânia “se torne o eterno inimigo da Rússia”.

“Os povos russo e ucraniano continuariam a viver juntos, certamente ajudaremos o povo ucraniano a se livrar do regime, que é absolutamente anti-povo e anti-histórico”, disse ele.

As observações de Lavrov contrastaram fortemente com a linha do Kremlin no início da guerra, quando as autoridades russas enfatizaram repetidamente que não estavam tentando derrubar o governo de Zelensky.

Lavrov argumentou que a Rússia estava pronta para negociar um acordo para encerrar as hostilidades em março, quando Kiev mudou de rumo e declarou sua intenção de derrotar a Rússia no campo de batalha, acrescentando que o Ocidente encorajou a Ucrânia a continuar lutando.

“O Ocidente insiste que a Ucrânia não deve iniciar negociações até que a Rússia seja derrotada no campo de batalha”, disse Lavrov.

Alemanha está à beira da recessão, diz Ifo após queda no sentimento empresarial

O sentimento empresarial alemão caiu mais do que o esperado em julho, mostrou uma pesquisa de opinião empresarial do Ifo, com o instituto dizendo que os preços altos de energia e uma iminente escassez de gás deixavam a maior economia da Europa à beira da recessão.

O índice de clima empresarial do instituto Ifo, observado de perto, caiu para 88,6, mínima em mais de dois anos e abaixo da leitura de 90,2 esperada em pesquisa da Reuters com analistas. A leitura de junho foi ligeiramente revisada para baixo, a 92,2.

“A recessão está batendo na porta. Isso não pode mais ser descartado”, disse o chefe de pesquisas do Ifo, Klaus Wohlrabe.

A Alemanha enfrenta a ameaça de um racionamento de gás não visto há gerações neste inverno (no Hemisfério Norte), após queda significativa nos suprimentos vindos da Rússia, cujo presidente, Vladimir Putin, o Ocidente acusa de usar a energia como arma em resposta às sanções impostas contra ele pela guerra na Ucrânia.

Itália prepara novo pacote de estímulo de até 13 bilhões de euros, diz vice-ministra

A Itália está preparando um novo decreto de estímulo no valor de até 13 bilhões de euros para ajudar famílias e empresas a lidar com um aumento nos custos de eletricidade, gás e gasolina, disse a vice-ministra da Economia, Laura Castelli.

O novo esquema, que se soma aos cerca de 33 bilhões de euros já orçados desde janeiro, deve ser um dos últimos grandes atos do primeiro-ministro Mario Draghi, que renunciou na semana passada, deixando o país a caminho de uma eleição nacional antecipada, em 25 de setembro.

Entre as medidas que estão sendo estudadas, o governo poderia isentar temporariamente do IVA itens essenciais de consumo, como massas e pães, disse Castelli à emissora Radio 24. Outras medidas incluem subsidiar o fornecimento de energia para famílias de baixa renda e empresas fortemente dependentes de energia, acrescentou a vice-ministra.

Credit Suisse prevê recessão na Europa; Moody’s também demonstra preocupação

Em uma atualização de sua previsão de crescimento para a Zona do Euro, o banco Credit Suisse anunciou que prevê uma recessão na Europa.

O banco prevê uma evolução negativa do PIB europeu do terceiro trimestre de 2022 para o primeiro trimestre de 2023.

Para todo o ano de 2022, no entanto, o banco prevê um crescimento de 2,3% (contra 2,4% nas suas previsões anteriores), enquanto que para 2023, prevê queda do PIB de -0,2%, contra crescimento de 0,7% previsto anteriormente.

O banco também disse que espera que as maiores contrações do PIB sejam registradas na Alemanha e na Itália.

Ontem à noite, a agência Moody’s também revisou para baixo suas previsões de crescimento na Europa em um contexto de crise energética.

“Nossa previsão inicial assume que os preços da energia persistentemente altos e a inflação generalizada continuarão a comprimir a renda real e diminuir os gastos do consumidor à medida que a crise de energia se prolongar”, escreveu a Moody’s.

A Moody’s prevê que o PIB real da zona do euro deve crescer 2,2% em 2022 e depois 0,9% em 2023, abaixo das previsões de maio de 2,5% e 2,0%, respectivamente.

Note-se que, de acordo com a Moody’s, os principais fatores por trás da queda nas previsões de crescimento são “interrupções na oferta de gás e a incerteza resultante, que exigirá ajuste do lado da demanda; inflação alta, que pesa nos gastos do consumidor; retirada do apoio à política monetária do Banco Central Europeu (BCE); aperto da liquidez global; e fraca demanda externa. Por fim, a Moody ‘s esclareceu que essas previsões serão seriamente comprometidas se a Rússia cortar completamente os fluxos de gás para a Europa.

Preocupação com fornecimento de gás leva confiança do consumidor alemão a mínima recorde, diz GfK

A confiança do consumidor alemão deve atingir outra mínima recorde em agosto, à medida que as preocupações com o fornecimento de gás se somam à apreensão relacionada às cadeias de oferta e pela guerra na Ucrânia, mostrou uma pesquisa na quarta-feira (27).

O instituto GfK disse que seu índice de confiança do consumidor, baseado em uma pesquisa com cerca de 2.000 alemães, caiu para -30,6 pontos em agosto, superando o recorde registrado apenas um mês antes, a leitura de julho foi revisada a -27,7.

A leitura, com base em uma pesquisa de 30 de junho a 11 de julho, foi pior do que a previsão dos analistas de -29,0, de acordo com uma pesquisa da Reuters.

Além das preocupações com as cadeias de oferta, a guerra na Ucrânia e o aumento dos custos de energia e alimentos, agora existe o temor de que não haverá gás suficiente no inverno, disse o especialista em consumo do GfK, Rolf Buerkl.

“Isso está fazendo com que o sentimento do consumidor despenque”, disse ele. “Especialmente porque a escassez de gás natural deve pressionar ainda mais os preços de energia e, portanto, a inflação.”

O instituto disse que, para reverter o sentimento, os consumidores precisam ter certeza de que há suprimento adequado de gás e que todas as possibilidades de fornecedores alternativos são usadas para substituir qualquer déficit no gás russo.

A Alemanha elevou suas metas de armazenamento de gás para o outono e divulgou novas medidas de economia de energia na semana passada depois que o gasoduto Nord Stream 1, que corre no leito do Mar Báltico da Rússia à Alemanha, reiniciou o bombeamento de gás após uma manutenção de 10 dias, mas com apenas 40% da capacidade.

Ucrânia busca empréstimo de até US$ 20 bilhões do FMI este ano, diz presidente do Banco Central

A Ucrânia quer fechar acordo para um programa de empréstimo de 15 bilhões a 20 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI) antes do final do ano para ajudar a sustentar sua economia devastada pela guerra, disse à Reuters o presidente do Banco Central do país, Kyrylo Shevchenko.

Com a invasão da Rússia iniciada em 24 de fevereiro, a Ucrânia enfrenta uma contração econômica de 35% a 45% em 2022, um déficit fiscal mensal de 5 bilhões de dólares e depende fortemente de financiamento estrangeiro de seus parceiros ocidentais.

Shevchenko, falando durante sua visita a Londres, também disse que espera chegar a um acordo sobre uma linha de swap com o Banco da Inglaterra “dentro de semanas”, embora não tenha especificado o valor.

Kiev já apresentou seu pedido ao FMI, disse o presidente, e agora está em consulta com o fundo sobre o novo financiamento que espera receber de até 20 bilhões de dólares, em dois ou três anos.

Foi a primeira vez que a Ucrânia fixou um número para o novo financiamento que precisa do credor em Washington. Um programa de 20 bilhões de dólares será o segundo maior empréstimo atualmente ativo do FMI, depois do auxílio à Argentina.

“O FMI sempre atuou como parceiro da Ucrânia durante a guerra”, disse Shevchenko a Reuters.

“Minha esperança é começar o programa este ano.”

O presidente do Banco Central disse que um novo programa deve fornecer medidas que ajudarão a estabilizar a economia. Isso pode garantir um retorno às condições pré-guerra, como uma taxa de câmbio flexível, ausência de limite no mercado de câmbio, redução de empréstimos inadimplentes no setor bancário e uma política fiscal equilibrada.

O último empréstimo do FMI à Ucrânia foi um apoio financeiro emergencial de 1,4 bilhão de dólares concedido em março – o equivalente a 50% da cota do país no fundo.

Confiança da zona do euro cai muito mais do que o esperado em julho

A confiança econômica da zona do euro se deteriorou muito mais do que o esperado em julho, mostraram dados na quinta-feira (28), com o otimismo caindo em todos os setores e a confiança do consumidor atingindo o menor patamar já registrado em meio à guerra na Ucrânia e à inflação acelerada.

A Comissão Europeia disse que seu índice de confiança econômica caiu para 99,0 pontos em julho, ante 103,5 em junho, bem abaixo da expectativa média de queda para 102,0 em uma pesquisa da Reuters com economistas.

A confiança da indústria piorou para 3,5 pontos, de 7,0 em junho, ante expectativas dos economistas de uma queda para 6,0. O otimismo em serviços, setor que gera mais de dois terços do PIB da zona do euro, caiu de 14,1 para 10,7, ante expectativas de queda para 13,5.

O humor entre os consumidores se deteriorou de -23,8 para -27,0, atingindo o menor nível desde que as medições começaram em 2000.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (25), as bolsas asiáticas fecharam em queda, após uma rodada de perdas em Wall Street motivada por dados econômicos e balanços corporativos decepcionantes. O índice Xangai teve queda de 0,60%, a 3.250,39 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,77%, a 27.699,25 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,22%, a 20.562,94 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,60%, a 4.212,64 pontos.

Na terça-feira (26), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, após a gigante chinesa de e-commerce Alibaba revelar planos de buscar uma listagem primária de ações em Hong Kong. O índice Xangai teve alta de 0,83%, a 3.277,44 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,16%, a 27.655,21 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,67%, a 20.905,88 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,79%, a 4.245,98 pontos.

Na quarta-feira (27), as bolsas asiáticas fecharam mistas, e com variações predominantemente modestas, à espera de um provável novo aumento de juros nos EUA em meio a pressões inflacionárias. O índice Xangai teve queda de 0,05%, a 3.275,76 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,22%, a 27.715,75 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,13%, a 20.670,04 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,49%, a 4.225,04 pontos.

Na quinta-feira (28), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, após o Federal Reserve sinalizar que poderá desacelerar seu processo de aperto monetário. O índice Xangai teve alta de 0,21%, a 3.282,58 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,36%, a 27.815,48 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,23%, a 20.622,68 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,015%, a 4.225,67 pontos.

Coreia do Norte acusa EUA de fabricar armas biológicas na Ucrânia

A Coreia do Norte acusou os Estados Unidos de fabricar armas biológicas na Ucrânia, ecoando uma alegação russa rejeitada pelas Nações Unidas em março.

Washington “criou muitos laboratórios biológicos em dezenas de países e regiões, incluindo a Ucrânia, em desrespeito aos tratados internacionais”, disse a agência de notícias estatal da Coreia do Norte KCNA no domingo (24), citando o que alegou ter sido “detectado” pela Rússia.

Em março, Moscou acusou Washington de financiar pesquisas para o desenvolvimento de armas biológicas na Ucrânia, invadida pela Rússia há quase cinco meses.

Aliado de Moscou, Pyongyang disse em fevereiro que a política externa dos EUA era a “causa raiz da crise ucraniana”. E este mês reconheceu formalmente as duas regiões separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, levando Kiev a cortar relações diplomáticas com a Coreia do Norte.

Washington e Kiev negaram a existência de laboratórios que pretendem fabricar tais armas na Ucrânia. Para os Estados Unidos, as acusações são um sinal de que a Rússia pode usar essas táticas por conta própria.

Izumi Nakamitsu, subsecretário-geral da ONU para Assuntos de Desarmamento, também disse em março que a ONU “não estava ciente de nenhum programa de armas biológicas na Ucrânia”.

Japão deve cortar previsão de crescimento econômico neste ano fiscal, diz Nikkei

O governo japonês deve cortar a previsão de crescimento econômico do ano fiscal de 2022 para 2%, nitidamente abaixo da projeção de 3,2% feita em janeiro, disse o jornal Nikkei.

A notícia vem após previsões trimestrais do Banco do Japão, que foram divulgadas, e mostraram piora na expectativa de crescimento no ano até março de 2023, para 2,4%, abaixo dos 2,9% de três meses atrás.

A redução reflete amplamente a fraqueza no consumo privado, enquanto uma nova alta em infecções pela Covid-19 nubla as perspectivas, disse o jornal.

A incerteza crescente sobre a economia global, cuja responsabilidade é atribuída à guerra da Rússia contra a Ucrânia e às medidas restritivas contra a Covid-19 na China, também amortecem as projeções de um retorno forte e sustentado da economia japonesa, tão dependente das exportações.

China planeja fundo imobiliário de até US$ 44 bilhões para aliviar dificuldades do setor, diz fonte

A China lançará um fundo imobiliário para ajudar as incorporadoras imobiliárias a resolver a crise de dívida, visando até 300 bilhões de iuanes (44 bilhões de dólares), numa tentativa de restaurar a confiança no setor, de acordo com um funcionário de um banco estatal com conhecimento direto do assunto.

O movimento marcará o primeiro grande passo do Estado para salvar o setor imobiliário desde que os problemas da dívida se tornaram públicos no ano passado.

O tamanho do fundo seria inicialmente fixado em 80 bilhões de iuanes através de suportes, do Banco Central, disse a fonte à Reuters, que se recusou a ser identificada devido à sensibilidade do assunto.

A autoridade disse que o Banco de Construção da China, que é estatal, contribuirá com 50 bilhões de iuanes para o fundo de 80 bilhões, mas que o dinheiro virá do instrumento de repasse do Banco do Povo da China.

Se o modelo funcionar, outros bancos seguirão o exemplo, com uma meta de levantar até 200 a 300 bilhões de iuanes, acrescentou.

Pilar importante da segunda maior economia do mundo, o setor imobiliário da China tem enfrentado uma crise atrás de outra, e foi um grande entrave ao crescimento durante o ano passado. Uma revolta dos compradores de moradias este mês trouxe mais dor de cabeça para as autoridades.

China diz estar aberta à ‘cooperação’ com o Mercosul

O diretor-geral para América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores da China, Cai Wei, afirmou que Pequim está aberta à “cooperação” com “o Mercosul em seu conjunto”.

Wei está em Montevidéu, onde negocia um tratado de livre-comércio (TLC) com o Uruguai.

“A parte chinesa está aberta à cooperação tanto com o Mercosul em conjunto como com o país-membro particular [o Uruguai]”, assinalou o chefe de uma delegação oficial chinesa que se reuniu com integrantes do governo do presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, incluindo o chanceler, Francisco Bustillo, e a ministra da Economia, Azucena Arbeleche.

“A China é uma firme defensora do livre-comércio” e está “disposta a negociar e a firmar TLCs com todos os países interessados”, assinalou o funcionário chinês, segundo a tradução oficial de sua declaração à imprensa publicada em vídeo no site da Presidência uruguaia.

O Uruguai iniciou tratativas para um tratado de livre-comércio com a China depois que ambos os países realizaram um estudo de viabilidade de um acordo com essas características, que gerou polêmica no Mercosul, o bloco econômico sul-americano que também reúne Argentina, Brasil e Paraguai.

O Mercosul não permite que um de seus membros negocie acordos comerciais sem a anuência dos demais, mas o Uruguai, que há quase duas décadas pede uma flexibilização dessa decisão adotada pelo grupo, resolveu tratar individualmente com a China.

Japão melhora avaliação geral da economia pela 1ª vez em 3 meses

O Japão melhorou sua visão sobre a economia pela primeira vez em três meses em julho, sinalizando uma recuperação mais ampla da atividade econômica conforme o peso exercido pela pandemia de Covid-19 continua a perder força.

A melhora ocorreu em grande parte porque o governo se tornou mais otimista em relação ao consumo e ao emprego, em meio à esperança de que a força na atividade do consumidor ajudará a proteger a economia dos riscos crescentes da desaceleração da demanda global.

“A economia está se recuperando lentamente”, disse o governo em seu relatório econômico de julho, descrevendo a terceira maior economia do mundo de uma forma que não fazia desde maio de 2013.

O governo melhorou a visão sobre o consumo privado, dizendo que ele está se recuperando levemente ao se tornar mais otimista sobre gastos com serviços como transporte.

Analistas em geral têm se mostrado menos confiantes em relação ao consumo privado do Japão, que representa mais da metade da economia, alertando para a probabilidade de que o aumento dos preços está suprimindo o consumo.

A economia deve ter voltado a crescer no segundo trimestre após uma contração de janeiro a março, embora a recuperação tenha sentido a pressão de interrupções prolongadas no fornecimento de peças e chips de alta tecnologia.

No relatório de julho, o governo melhorou sua visão sobre as condições de emprego, relatando uma tendência crescente no número de trabalhadores, acrescentando que o número de mulheres que possuem emprego regular está aumentando.

China abandona menção à meta do PIB e busca resultados “melhores possíveis”

A China vai se esforçar para alcançar os melhores resultados possíveis para a economia este ano, disse a mídia estatal na quinta-feira (28) após uma reunião de alto nível do Partido Comunista, em contraste com compromisso anterior de cumprir sua meta de crescimento econômico anual.

No segundo semestre de 2022, a China deve “estabilizar o emprego e os preços, manter as operações econômicas dentro de um intervalo razoável e se esforçar para alcançar os melhores resultados possíveis”, informou a agência de notícias estatal Xinhua, depois que o Politburo, comitê do partido de 25 membros presidido pelo presidente Xi Jinping, se reuniu para avaliar a economia.

Os analistas esperam que a China não atinja sua meta de crescimento econômico para 2022, de cerca de 5,5%, pela primeira vez desde 2015, com sua economia de 18 trilhões de dólares prejudicada este ano por extensas restrições relacionadas à Covid, incluindo bloqueios completos de cidades como Xangai.

O Produto Interno Bruto cresceu apenas 2,5% no primeiro semestre em relação ao ano anterior, apontando para grande pressão no segundo semestre, em meio a temores de uma recessão global.

Kim Jong-un diz estar pronto para lutar contra os EUA e ‘eliminar’ governo da Coreia do Sul

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, ameaçou “eliminar” o governo da Coreia do Sul e disse estar pronto para qualquer batalha com os Estados Unidos em um discurso no 69º aniversário do acordo que encerrou os combates na Guerra da Coreia, em 1953.

Kim, em sua primeira aparição pública em quase três semanas, fez um dos ataques retóricos mais fortes contra Seul desde que o presidente conservador do país vizinho, Yoon Suk Yeol, chegou ao poder em maio e prometeu adotar uma linha mais dura com relação a Pyongyang. O mandatário norte-coreano disse que os “imperialistas dos Estados Unidos estão empurrando as autoridades sul-coreanas para um confronto suicida” com seu país.

O regime sul-coreano e seus bandidos militares estão planejando táticas para nos confrontar militarmente, disse Kim sobre um possível ataque preventivo, sem dar maiores detalhes, segundo a imprensa estatal de seu país. Uma tentativa tão perigosa será imediatamente punida por nossas forças poderosas, e o regime de Yoon Suk Yeol e seu Exército serão eliminados.

A grande cerimônia em Pyongyang, como de habitual, foi acompanhada pela alta cúpula militar do país. Kim esteve acompanhado da primeira-dama, Ri Sol-ju, que chorou durante o hino nacional.

Os comentários marcaram a primeira vez na mídia estatal da Coreia do Norte que Kim se referiu a Yoon pelo nome.

Em um comunicado, o Gabinete de Yoon expressou seu “profundo arrependimento” sobre comentários, e disse que Seul está a postos para responder às provocações do país vizinho. Ele também fez um apelo para que a Coreia do Norte volte às negociações sobre seu programa armamentista e nuclear, interrompidas desde uma cúpula em Hanói há cerca de quatro anos, capitaneada pelo ex-presidente americano Donald Trump.

Exportações sauditas não petrolíferas aumentam 27%, para US$ 7,4 bilhões em maio

As exportações não petrolíferas da Arábia Saudita, incluindo reexportações, aumentaram 26,7 por cento em maio, para 27,9 bilhões de libras esterlinas (7,42 bilhões de dólares), em comparação com 22 bilhões de libras esterlinas registradas no mesmo período do ano passado, de acordo com dados revisados ​​divulgados hoje pelo Autoridade Geral de Estatística.

O crescimento das exportações não petrolíferas foi impulsionado pelos produtos das indústrias químicas e afins, que representaram 35,3% do total das exportações de mercadorias não petrolíferas, seguidos pelos plásticos e produtos de borracha.

As exportações totais de mercadorias sauditas, incluindo petróleo bruto e refinado, cresceram 83,4%, para 144,1 bilhões de libras esterlinas em maio de 2022, acima dos 78,6 bilhões de libras esterlinas registrados em maio de 2021.

Os dados da GASTAT revelaram que esse aumento se originou principalmente das exportações de petróleo, que aumentaram em SR59,7 bilhões ou 105,5% no mesmo período. A participação das exportações de petróleo no total das exportações aumentou de 72% em maio de 2021 para 80,6% em maio de 2022.

Isso ocorre quando as importações de mercadorias sauditas aumentaram 21,8%, para SR53,9 bilhões em maio de 2022, em comparação com SR44,2 bilhões em maio de 2021.

Isso ajudou a Arábia Saudita a alcançar um superávit comercial, pois a proporção de exportações não petrolíferas para importações aumentou 51,8% em maio, de 49,8% em maio de 2021.

No entanto, quando comparado mês a mês, as exportações não petrolíferas diminuíram SR0,03 bilhão ou 0,1% em relação a abril de 2022. 

As importações sauditas também diminuíram SR2,2 bilhões ou 4% em maio em comparação com abril de 2022.

A China continua sendo o maior importador da Arábia Saudita com 19,2 bilhões de SR, respondendo por 13,3 do total de exportações, seguida pela Índia e Japão, que importaram 14,7 bilhões de SR e 12,5 bilhões de SR, respectivamente, em maio.

Ajlan & Bros assina acordos de US$ 200 milhões durante Cúpula Arábia-Cazaquistão

O conglomerado saudita Ajlan & Bros Holding Group assinou acordos de cooperação no valor de US$ 200 milhões com uma delegação comercial na Cúpula Arábia Saudita-Cazaquistão liderada pelo presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, em 24 de julho.

De acordo com um alto executivo da empresa, os acordos envolveram interesses nos setores de agricultura e energia limpa.

“Assinamos alguns acordos na importação de carne vermelha, fabricação de xarope de sódio e exploração do campo de proteção ambiental e metais raros”, disse Ajlan Al-Ajlan, vice-presidente da Ajlan & Bros Holding Group, ao Arab.

Coincidindo com a visita do presidente dos EUA Biden ao Reino na semana passada, a empresa assinou três memorandos de entendimento no valor de US$ 2,1 bilhões com as empresas americanas Specialty RTP, Solar Edge e Lightbeam.

“Consideramos que faremos parcerias com players internacionais que implementaram com sucesso sua tecnologia e know-how globalmente para trazê-los para a região e crescer aqui. Nossa estratégia com essas empresas é ter uma joint venture”, disse Al-Ajlan.

Al-Ajlan pretende colocar essas joint ventures no Reino e estender seus serviços para a região como fase dois.

“Assinamos acordos com a Specialty RTP, com foco no fornecimento de tubos não metálicos no setor de petróleo e gás, pois eles têm um histórico comprovado de aprovação da indústria de tubos, fornecendo uma tecnologia única”, acrescentou Al-Ajlan.

De acordo com Al-Ajlan, o tamanho do mercado global de tubos metálicos é de US$ 36 bilhões, crescendo 28% ao ano.

“Acreditamos que há uma demanda na região do Conselho de Cooperação do Golfo e na Arábia Saudita em particular, e pretendemos ser um ator líder nisso, localizando a tecnologia, transferindo o know-how e criando empregos no Reino”, acrescentou.

FMI eleva previsão de crescimento da economia saudita para 2023 para 3,7%

O Fundo Monetário Internacional elevou suas expectativas para o crescimento da economia saudita em 2023 para 3,7%, acima da previsão de abril de 3,6%.

O FMI manteve suas expectativas para o crescimento econômico do Reino em 2022 inalteradas em 7,6%, de acordo com uma atualização de seu World Economic Outlook.

Internacionalmente, o fundo cortou novamente as previsões de crescimento global, alertando que os riscos negativos da alta inflação e da guerra na Ucrânia estavam se materializando e poderiam levar a economia mundial à beira da recessão se não fossem controlados.

O crescimento real do produto interno bruto global desacelerará para 3,2% em 2022, ante uma previsão de 3,6% divulgada em abril, disse o FMI em uma atualização de seu World Economic Outlook.

Ele acrescentou que o PIB mundial realmente contraiu no segundo trimestre devido a desacelerações na China e na Rússia.

Ao analisar mais de perto as economias emergentes e em desenvolvimento, o crescimento real do PIB na China foi revisado para 3,3% em 2022, uma queda de 1,1 ponto percentual em relação ao seu valor em abril.

Da mesma forma, as projeções do PIB real da China para 2023 continuarão com a mesma tendência.

No último relatório do FMI, o PIB real da China está previsto em 4,6%, uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao valor previsto em abril. 

A China continua a sofrer com o crescimento econômico lento à medida que as restrições de bloqueio prosseguem e as condições financeiras globais se apertam devido à guerra na Ucrânia.

Em contraste, o número de 2022 para a Rússia foi revisado para cima desde abril, onde a projeção para o crescimento real do PIB aumentou 2,5 pontos percentuais, atingindo 6,0% negativos no relatório atualizado do World Economic Outlook do FMI.

O mesmo não pode ser dito para as projeções de crescimento real do PIB em 2023, já que os números do FMI foram revisados ​​para baixo em 1,2 ponto percentual em relação ao relatório de perspectivas econômicas de abril, esperando que o crescimento real do PIB da Rússia contraia 3,5%.

Passando para a região MENA, o último relatório mostra uma previsão de crescimento real do PIB de 4,9% em 2022, revisado para baixo em 0,1 ponto percentual em relação à previsão de abril.

Rei da Jordânia discute perspectiva de criação de Estado palestino com primeiro-ministro israelense

O rei Abdullah II da Jordânia se encontrou com o primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, em Amã na quarta-feira (27), para discutir a participação da Palestina em projetos econômicos regionais. 

O rei Abdullah disse a Lapid que a criação de um estado palestino era essencial para alcançar uma paz duradoura entre árabes e israelenses, de acordo com um relatório da agência de notícias estatal jordaniana Petra. 

Ele também disse ao primeiro-ministro de Israel para aproveitar as discussões mantidas com o presidente dos EUA, Joe Biden, durante sua visita à região no início deste mês. 

O rei jordaniano enfatizou a necessidade de respeitar os locais sagrados islâmicos e cristãos localizados em Jerusalém e manter a paz no próximo período.

Durante a visita, os dois líderes abordaram, e ofereceram soluções aos desafios enfrentados nas áreas de transporte, comércio, água e energia.

Bancos centrais do GCC seguem o Fed dos EUA para aumentar as taxas de juros à medida que a inflação aumenta

Os bancos centrais da região do Conselho de Cooperação do Golfo aumentaram as taxas de juros de referência em três quartos de ponto percentual na quarta-feira, depois que o Federal Reserve dos EUA dobrou sua luta para combater a inflação.

A decisão foi tomada depois que o Fed aumentou a taxa básica de juros em 75 pontos base, o quarto aumento da taxa de juros nos últimos quatro meses e o maior desde 1994.

Para restaurar a estabilidade de preços e combater a inflação, o Banco Central da Arábia Saudita, também conhecido como SAMA, elevou sua taxa de acordo de recompra em 75 bps para 3%, e sua taxa de recompra reversa em uma margem semelhante para 2,50%.

Os bancos centrais dos Emirados Árabes Unidos, Catar e Bahrein também aumentaram suas taxas de juros para 2,4%, 3% e 3,25%, respectivamente.

O Banco Central do Kuwait, que vincula sua moeda a uma cesta e não apenas ao dólar, também aumentou sua taxa de desconto em 0,25 bps para 2,50%.

O Banco Central de Omã também aumentou as taxas de juros dos bancos locais em 75 bps para 3%.

Na Arábia Saudita, a maior economia do mundo árabe, a taxa de inflação anual subiu para 2,3% em junho de 2022, ante 2,2% em maio, segundo os dados divulgados pela Autoridade Geral de Estatísticas.

“Como a taxa de juros está subindo, e se você não puder controlar a inflação ao mesmo tempo, será incomum para a economia, e então você estará adicionando dois dígitos para custos de vida mais altos”,

Economistas da Focus Economics projetaram a taxa de inflação da Arábia Saudita para uma média de 2,4% em 2022. Eles também projetaram a inflação no Reino em 2,2% em 2023.

A Jadwaa Investments também prevê que a inflação do Reino chegue a 2,4% em 2022, impulsionada pelo aumento global dos preços dos alimentos. Nos Emirados Árabes Unidos, a inflação é relativamente baixa em comparação com as taxas de outras partes do mundo. O Índice de Preços ao Consumidor nos Emirados Árabes Unidos aumentou para 3,4% durante o primeiro trimestre de 2022.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
29/07/2022