Cenário Econômico Internacional – 05/08/2022

Cenário Econômico Internacional – 05/08/2022

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Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

FMI vê risco de divisão geopolítica do mundo

O Fundo Monetário Internacional (FMI) atribui o risco de divisão em blocos geopolíticos a fatores negativos no desenvolvimento da economia mundial, juntamente com os tradicionais riscos econômicos e financeiros (aperto monetário, desaceleração econômica na China, aumento dos preços da energia etc.). Segundo o FMI, esse risco surgiu como resultado da invasão da Ucrânia pela Rússia, escreve o RBC com referência ao relatório do fundo.

“Um risco sério no médio prazo é que as ações militares na Ucrânia contribuam para a fragmentação da economia mundial em blocos geopolíticos com padrões tecnológicos claramente distinguíveis, sistemas de pagamento transfronteiriços, moedas de reserva”, disse o fundo em um relatório publicado.

Ao mesmo tempo, no momento, o FMI não vê sinais significativos de “reshoring” (o retorno da produção à sua terra natal de países com custos mais baixos) ou desglobalização comercial. O comércio global está mais resiliente hoje do que o esperado no início da pandemia de Covid-19, segundo analistas de fundos.

No entanto, se a tendência à fragmentação geopolítica se intensificar, isso poderá reduzir a eficácia da cooperação multilateral, inclusive na área de combate às mudanças climáticas. No futuro, essa desunião também pode levar “a atual crise alimentar a se tornar a norma”, alerta o FMI.

Na reunião do Conselho de Segurança da ONU, as atrocidades cometidas por Israel sob o radar

O Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) se reuniu para discutir “a situação no Oriente Médio, incluindo a questão palestina”. Numerosos representantes presentes no CSNU enfatizaram a gravidade da violência e dos desafios humanitários na Palestina, e o impacto das violações dos direitos humanos israelenses no processo político.

Lynn Hastings, a vice-coordenadora especial para o processo de paz no Oriente Médio e a coordenadora humanitária para os terroristas palestinos ocupados (oPt), citou um “crescente sentimento de desesperança entre muitos palestinos que veem escapar suas perspectivas de Estado, soberania e um futuro pacífico” devido à construção ilegal de assentamentos, demolições de casas e violência extrajudicial por parte do Estado israelense. Ela também fez referência à recente ordem do Supremo Tribunal Israelense para permitir a expulsão forçada de palestinos na região de Masafer Yatta para a criação de uma zona de disparos israelense, expressando preocupação com “as implicações potenciais da decisão do Supremo Tribunal e o custo humanitário nas comunidades em questão se as ordens de despejo forem executadas”.

De acordo com o resumo de imprensa da reunião da ONU, o observador do Estado Palestino exortou o CSNU e a comunidade internacional a agirem, dizendo que “sabemos como será o futuro se nada for feito de diferente”. Ele delineou a recusa de Israel por igual liberdade, segurança e prosperidade, e a “persistente falta de accountability” pelos crimes de Israel, referindo-se ao ataque de Israel a Gaza em 2021, que matou 232 palestinos, além do assassinato da jornalista Shireen Abu Akleh em maio.

Embora a sociedade civil palestina tenha chamado a opressão estatal israelense de “apartheid” por décadas, o termo ganhou recentemente impulso global após relatórios de organizações internacionais de direitos humanos como a Human Rights Watch e a Anistia Internacional.

FMI reduz previsão de crescimento da economia global em 2022

Estimativa de alta do PIB mundial cai para 3,2% neste ano e 2,9% em 2023, e órgão alerta para risco de recessão global. Na contramão, previsão para economia brasileira é elevada em 2021, mas reduzida no próximo ano.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu sua previsão para o crescimento da economia global em 2022 e 20123 em meio ao aumento da inflação e uma desaceleração severa nos Estados Unidos e na China. 

O órgão alertou que a situação ainda pode piorar. “A perspectiva tem ficado significativamente mais sombria desde abril”, afirmou o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas. “O mundo pode ficar em breve à beira de uma recessão global, apenas dois anos após a última.” 

Segundo Gourinchas, as três maiores economias do mundo, Estados Unidos, China e zona do euro, “estão paralisando, com consequências importantes para as perspectivas globais”.  Em atualização divulgada nesta terça-feira, o FMI reduziu a estimativa para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2022 para 3,2%: em abril a previsão era de 3,6%. Já as perspectivas de crescimento mundial para 2023 são de 2,9% – 0,7 ponto percentual a menos do que o esperado em abril. 

A “recuperação tímida” dos efeitos econômicos da pandemia em 2021 “foi seguida por desdobramentos cada vez mais sombrios em 2022, à medida que os riscos começaram a se materializar”, disse o novo relatório do órgão.  Segundo o FMI, “vários choques atingiram uma economia mundial já enfraquecida pela pandemia”, incluindo a guerra na Ucrânia, que elevou os preços globais de alimentos e energia, levando os bancos centrais a aumentarem acentuadamente as taxas de juros.  Os contínuos lockdowns devido à Covid-19 e o agravamento da crise imobiliária prejudicaram a economia da China, enquanto os aumentos agressivos das taxas de juros pelo Banco Central americano Federal Reserve (Fed) desaceleram de forma acentuada o crescimento dos EUA. 

Somado a isso está o temor pelas consequências da guerra na Ucrânia, incluindo a possibilidade de a Rússia suspender totalmente o fornecimento de gás natural para a Europa, bem como escassez e um novo aumento nos preços dos alimentos devido à impossibilidade de fornecimento de cereais. 

ONU afirma que economia energética é “razoável” e não deveria ser polêmica

A ONU defendeu as medidas de economia energética promovidas por vários governos como algo “razoável” e muito necessário diante da crise energética no mundo, e afirmou que tais iniciativas não deveriam ser vistas como polêmicas. “Não vejo motivo para isto ser polêmico”, disse a secretária geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), Rebeca Grynspan, ao ser questionada em entrevista coletiva sobre as críticas que algumas destas políticas têm recebido.

Grynspan apresentou juntamente com o chefe da ONU, António Guterres, um relatório elaborado pela organização com recomendações para responder à atual crise energética, no qual apela aos governos, especialmente os dos países desenvolvidos, para que atuem para controlar a demanda.

Entre as iniciativas, a ONU aposta em ações como aumentar a temperatura do ar condicionado no verão, diminuir o aquecimento no inverno, melhorar o isolamento dos edifícios, instalar sistemas mais eficientes de aquecimento nas casas e aprovar medidas para reduzir o consumo de combustível nos transportes.

“Quem realmente vai se opor não a colocar o ar condicionado a 18 graus, mas a 21 ou 22 graus?”, questionou Grynspan, que insistiu que “o racionamento da demanda não tem de ser polêmico”.

“Estas são medidas que todos sabemos que fazem sentido, que são razoáveis e que também tentam aumentar a consciência do consumidor e oferecer a mensagem certa da liderança”, acrescentou. As propostas apresentadas nesta quarta-feira pelas Nações Unidas são frutos de um grupo de trabalho coordenado por Grynspan com o objetivo de responder aos efeitos globais da guerra na Ucrânia e que, anteriormente, já tinha apresentado recomendações na área da alimentação e das finanças.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (01), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, em sessão volátil, investidores avaliaram dados e também aguardavam por mais balanços corporativos nesta semana. A maioria dos setores recuou, mas o industrial subiu, apoiado por alta forte da Boeing. O índice Dow Jones teve queda de 0,14%, a 32.798,40 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,28%, a 4.118,63 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,18%, a 12.368,98 pontos.

Na terça-feira (02), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, os índices chegaram a oscilar sem sinal único em parte do dia, mas o tom negativo prevaleceu, com cautela ante o quadro geopolítico e também sinais de mais altas de juros por dirigentes do Federal Reserve. O índice Dow Jones teve queda de 1,23%, a 32.396,17 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,67%, a 4.091,19 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,16%, a 12.348,76 pontos.

Na quarta-feira (03), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, com acionistas acompanhando falas de diversos dirigentes do Federal Reserve (Fed) e resultados dos índices de gerentes de compras (PMIs) americanos. O fim da viagem da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, trouxe algum alívio aos mercados. O índice Dow Jones teve alta de 1,29%, a 32.812,50 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,56%, a 4.155,17 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 2,59%, a 12.668,16 pontos.

Na quinta-feira (04), as bolsas de valores de Nova York operavam mistas, em dia de negociações instáveis, com perdas da Apple Inc e de empresas de energia afetando os principais índices depois de forte alta na sessão anterior, que marcou seu melhor dia em uma semana. Por volta das 13h25, o índice Dow Jones registrava queda de 0,20%, a 32.746,18 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,025%, a 4.156,19 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,32%, a 12.708,86 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 29.07.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (29) cotado a R$ 5,1743 com alta de 0,21%. Mas ainda registrou a maior queda semanal desde novembro de 2020, ao fim de uma semana marcada pela melhora do sentimento de investidores por algum alívio nos temores de agressivo aperto monetário nos Estados Unidos e por intenções de estímulos na China.

Na segunda-feira (01) – O dólar à vista registrou alta de 0,08%, cotado a R$ 5,1786 na venda. O dólar começou agosto com bastante volatilidade, trocou de sinal várias vezes na sessão e acabou fechando em ligeira alta ante o real nesta segunda-feira, com um pano de fundo externo menos favorável a risco diante de temores de recessão e preocupações geopolíticas. O dólar oscilou entre R$ 5,2024 na máxima e R$ 5,1303 na mínima.

Na terça-feira (02) – O dólar à vista registrou alta de 1,94%, cotado a R$ 5,2792 na venda. O acirramento das tensões políticas entre China e Taiwan interrompeu a trégua dos últimos dias no mercado financeiro. O dólar voltou a aproximar-se de R$ 5,30 e teve a maior alta diária em três semanas. O dólar oscilou entre R$ 5,2801 na máxima e R$ 5,1908 na mínima.

Na quarta-feira (03) – O dólar à vista registrou queda de 0,02%, cotado a R$ 5,2780 na venda. Em um pregão marcado por instabilidade e trocas de sinal, com investidores digerindo dados da economia norte-americana e declarações de dirigentes do Federal Reserve. Por aqui, o mercado dá como certo que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai anunciar à noite elevação da taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, para 13,75% ao ano. O dólar oscilou entre R$ 5,3163 na máxima e R$ 5,2456 na mínima.

Na quinta-feira (04) – Por volta das 13h27, o dólar operava em queda de 1,33% cotado a R$ 5,2080 na venda. O dólar devolveu ganhos iniciais e passava a cair frente ao real, acompanhando movimento visto no exterior em dia de maior apetite por risco, enquanto investidores avaliavam a decisão do Banco Central de elevar a taxa Selic a 13,75% e manter a porta aberta para aperto monetário residual em setembro.

Banco Central da Colômbia eleva taxa básica de juros a 9%

A diretoria do Banco Central da Colômbia elevou a taxa básica de juros em 1,50 ponto percentual, para 9%, em linha com as expectativas do mercado, levando os custos dos empréstimos ao nível mais alto desde fevereiro de 2009, conforme responde a pressões inflacionárias persistentes.

As autoridades ficaram divididas sobre a intensidade do aumento de juro, com seis apoiando a dose de 1,50 ponto, enquanto outro membro do Banco Central votou por ajuste mais moderado, de 1 ponto.

Dez de 14 analistas consultados pela Reuters previam que o Banco Central aumentaria sua taxa básica em 1,50 ponto percentual.

A equipe técnica do Banco Central também elevou sua estimativa de crescimento para a Colômbia em 2022 para 6,9%, de 6,3% anteriormente.

Chile: opção para rejeitar nova Constituição permanece à frente da aprovação, diz pesquisa

A opção de Rejeição da nova Constituição chilena continua tendo vantagem sobre a de Aprovação pouco mais de um mês antes do plebiscito de 4 de setembro, segundo o último levantamento do instituto Cadem.

A pesquisa detalha que 48% dos chilenos (um ponto a mais que a medição anterior) optariam pela Rejeição, enquanto 38% (um ponto a menos que no domingo passado) votariam pela Aprovação. Enquanto isso, o número de indecisos permanece em 14%.

Em relação aos eleitores de uma ou outra opção, quem escolheria “eu aprovo” são, em sua maioria, jovens (45%). Além disso, 76% dos que optariam por aprovar se identificam com a esquerda, assim como 73% dos eleitores do presidente Gabriel Boric apoiam a nova constituição.

Os que optariam pela Rejeição são em sua maioria pessoas entre 35 e 54 anos (58%), assim como 85% dos que não concordam se identificam com a direita.

A pesquisa também indica que 76% dos chilenos estão interessados ​​no plebiscito e 94% estão “totalmente decididos em votar”. 30% dos que votariam pela aprovação consideram que o aspecto mais valioso da proposta constitucional é o sistema nacional de saúde.

Há ainda, pela primeira vez, um empate entre as duas expectativas, pois 46% dos pesquisados ​​acreditam que a rejeição vencerá e o mesmo percentual acredita que a aprovação vencerá. 59% sustentam que a nova Constituição produz “medo” e 39% dizem que gera “esperança”.

Caso vença a rejeição, 74% dos pesquisados ​​concordam em iniciar um novo processo para que o país tenha outra Constituição, enquanto 24% discordam dessa posição.

EUA e Japão buscam diplomacia comercial para combater a China, diz enviado a Tóquio

Chips, baterias e energia são áreas essenciais de colaboração entre Estados Unidos e Japão, conforme os dois aliados buscam proteger as cadeias de suprimentos e combater a China, disse o enviado de Washington a Tóquio.

O ex-prefeito de Chicago Rahm Emanuel se concentrou na “diplomacia comercial” desde que chegou como embaixador dos EUA este ano, pressionando por parcerias comerciais em áreas que têm significado mais amplo para a segurança econômica.

Uma empresa dos EUA está agora analisando um “grande investimento potencial” relacionado a chips no Japão, no que marcaria a mais recente colaboração entre os países em semicondutores, disse Emanuel à Reuters em entrevista.

Ele se recusou a se aprofundar ou dar uma previsão.

“A diplomacia comercial é uma grande parte da colaboração e coordenação econômica abrangente entre os Estados Unidos e o Japão”, disse Emanuel nesta segunda-feira (01).

Os dois países concordaram em estabelecer um novo centro de pesquisa conjunto para semicondutores de próxima geração.

Setor manufatureiro dos EUA tem leve desaceleração em julho; gargalos na oferta parecem diminuir

A atividade manufatureira dos Estados Unidos desacelerou menos do que o esperado em julho e houve sinais de que as restrições de oferta estão diminuindo, com um indicador de preços pagos por insumos pelas fábricas caindo para o menor nível em dois anos, sugerindo que a inflação provavelmente atingiu seu pico.

O Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) disse que seu índice de atividade fabril nacional caiu para 52,8 no mês passado, leitura mais baixa desde junho de 2020, quando o setor estava saindo de um tombo induzido pela Covid-19.

O índice do ISM estava em 53,0 em junho. Números acima de 50 indicam expansão na manufatura, que responde por 11,9% da economia dos EUA. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice cairia para 52,0.

A desaceleração reflete uma mudança nos gastos de bens para serviços e um ambiente de juros crescentes, à medida que o Federal Reserve enfrenta a inflação teimosamente alta. O Banco Central dos EUA já aumentou sua taxa básica de juros em 2,25 pontos percentuais desde março passado.

O subíndice prospectivo de novos pedidos do ISM caiu para 48,0 no mês passado, contra leitura de 49,2 em junho, em sua segunda contração mensal consecutiva.

Ainda assim, o crescimento contínuo da manufatura sustenta a visão de economistas de que a economia não está em recessão, apesar da contração de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro semestre do ano.

Enquanto isso, gargalos no abastecimento parecem estar diminuindo. Uma medida do ISM para entregas de fornecedores caiu para 55,2 no mês passado, de 57,3 em junho. Uma leitura acima de 50 indica entregas mais lentas às fábricas.

A melhora ajudou a conter a inflação nos portões das fábricas no mês passado. Uma medida de preços pagos pelos produtores caiu para 60,0, nível mais baixo desde agosto de 2020, ante leitura de 78,5 em junho. No entanto, o caminho até uma inflação baixa ainda é longo.

Embora uma medida de emprego nas fábricas tenha subido para 49,9, permaneceu em território de contração pelo terceiro mês consecutivo.

Argentina torra reservas para segurar o peso e pode estar ficando sem dinheiro

Mesmo na Argentina, país cujo próprio nome se tornou sinônimo de crise financeira, o momento atual é terrível. Com a inflação chegando aos três dígitos e, segundo economistas, a apenas um ou dois erros de política para preparar o cenário para a hiperinflação, o Banco Central está tentando desesperadamente evitar uma desvalorização do peso, o que só desencadearia outra onda de aumentos de preços.

Todos os dias, o banco despacha seus operadores para vender dólares e comprar pesos, mas ninguém quer. Em média, o governo intervém com cerca de US$ 60 milhões por dia para evitar desvalorização. Por enquanto, isso manteve o peso praticamente estável no mercado primário de câmbio.

O problema é que suas reservas estrangeiras, a moeda forte que serve como um estoque de emergência para proteger um país da ruína financeira, agora estão tão baixas que ninguém pode realmente dizer quanto mais podem gastar.

Na semana passada, a nação teve uma hemorragia de US$ 1,47 bilhão, apesar de, na tentativa de conter a crise, o presidente Alberto Fernández ter entregue amplos poderes ao recém-nomeado ministro da Economia, Sergio Massa, para acertar as coisas.

De acordo com alguns relatos, os formuladores de políticas já esgotaram todas as reservas fáceis de gastar que tinham em mãos, deixando-os lutando para encontrar maneiras de transformar ativos ilíquidos em dinheiro.

Os dados públicos do Banco Central argentino são muito sombrios para decifrar como exatamente a autoridade monetária está usando as várias pilhas de dinheiro que compõem suas reservas, e as autoridades não falam sobre o assunto.

O que se sabe é o seguinte: há poucas chances de obter ajuda financeira do exterior. Os investidores estrangeiros em títulos, que já reduziram o preço dos títulos estrangeiros da Argentina para cerca de 20 centavos de dólar, estão muito assustados com uma série de calotes passados ​​para emprestar dinheiro ao país agora.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) também não deve intervir desta vez. Já comprometeu cerca de US$ 44 bilhões com o país e não mostra interesse em prometer mais capital.

EUA não abandonarão Taiwan, diz Pelosi

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse na quarta-feira (03) que os norte-americanos estão ao lado de Taiwan. A congressista esteve no Parlamento do país e se encontrou com a líder de Taiwan, Tsai Ing-wen. “Nossa delegação veio a Taiwan para deixar inequivocamente claro que não abandonaremos Taiwan e estamos orgulhosos de nossa amizade duradoura”, disse Pelosi em entrevistas a jornalistas ao lado de Tsai Ing-wen. “Agora, mais do que nunca, a solidariedade dos EUA com Taiwan é crucial, e essa é a mensagem que estamos trazendo.”

Pelosi disse que há mais de 40 anos os EUA fizeram uma “promessa fundamental” de sempre estar ao lado da ilha. “Sobre esta base sólida, construímos uma parceria próspera”, disse ela. “Em nossa reunião bilateral, discutimos as principais oportunidades para aprofundar nossa parceria: defender a democracia e os direitos humanos e respeitar o indivíduo”, falou Pelosi. “Nossa economia: conversamos sobre um acordo comercial que pode ser possível em breve.”

A delegação do Congresso dos EUA, chefiada por Pelosi, chegou a Taiwan na terça-feira (02), apesar de alertas da China, e deixou o país na quarta-feira (03). A questão taiwanesa é um tema delicado na região. Taiwan é governada de forma independente desde o fim de uma guerra civil em 1949. A China, no entanto, considera a ilha como parte do seu território, na forma de uma província dissidente. Se Taiwan tentar sua independência, deve ser impedida à força, na interpretação chinesa.

Em resposta à visita de Pelosi, a China declarou que fará uma série de operações militares conjuntas ao redor da ilha de Taiwan. Ainda anunciou sanções a Taiwan.

A porta-voz do ministério de Relações Exteriores da China, Hua Chunying, disse em entrevista que os Estados Unidos devem assumir a responsabilidade por consequências de seguirem o “caminho errado”.

Novo ministro da Economia da Argentina deve anunciar cortes orçamentários

O novo ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, assume formalmente as rédeas de seu recém-apelidado “superministério”, e a expectativa é que anuncie cortes de gastos para acalmar os mercados em meio a uma crise econômica cada vez mais profunda.

O grande déficit fiscal do país sul-americano, exacerbado por anos de gastos excessivos, inflação furiosa, dívida alta e uma moeda combalida, aguarda Massa, que se tornou o terceiro chefe econômico da Argentina em um mês.

Ex-líder do Congresso e advogado da coalizão peronista governista, Massa deve tomar posse em Buenos Aires. A expectativa é que ele anuncie em discurso novos cortes de gastos, bem como medidas para aumentar as cada vez menores reservas internacionais do país.

Os mercados locais pareciam encorajados nesta quarta-feira antes dos anúncios esperados. O principal índice de ações da Argentina, S&P Merval, subia 1,1%, depois de alta próxima a 1% na véspera.

As facções beligerantes da coalizão governista de centro-esquerda se uniram em torno de Massa, visto por muitos como talvez a última chance de o presidente Alberto Fernández estancar o sangramento econômico que prejudicou a popularidade do governo antes da eleição presidencial do ano que vem.

“A economia está em uma situação difícil, com um contexto global muito complicado”, disse a repórteres Juan Manzur, chefe de gabinete de Fernández. “Mas, apesar de todos os nossos problemas, temos confiança nele.”

Massa vai comandar um expandido Ministério da Economia, em que as secretarias de Agricultura, Produção e Comércio responderão a ele. Martin Guzmán renunciou ao cargo de ministro abruptamente no início de julho e, depois dele, Silvina Batakis durou apenas algumas semanas no cargo.

Setor de serviços dos EUA acelera em julho e pressão de preços diminui, mostra ISM

O setor de serviços dos Estados Unidos acelerou inesperadamente em julho em meio a um forte crescimento das encomendas, enquanto os gargalos de oferta e as pressões sobre os preços diminuíram, sustentando a visão de que a economia não está em recessão, apesar da queda na produção no primeiro semestre do ano.

O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) disse que seu PMI não manufatureiro acelerou para uma leitura de 56,7 no mês passado, de 55,3 em junho. O aumento encerrou três declínios mensais consecutivos.

Economistas consultados pela Reuters projetavam leitura de 53,5. Qualquer leitura acima de 50 indica expansão no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos.

A aceleração inesperada seguiu-se à pesquisa do ISM sobre a indústria divulgada na segunda-feira mostrando que a atividade manufatureira desacelerou moderadamente no mês passado. O resultado mostrou forte contraste em relação à pesquisa da S&P Global, que mostrou que o setor de serviços encolheu em julho.

O governo informou na semana passada que a economia contraiu 1,3% no período de janeiro a junho.

Fortes oscilações nos estoques e o déficit comercial associado aos problemas nas cadeias de abastecimento globais foram os principais responsáveis. No entanto, o ímpeto econômico geral esfriou à medida que o Federal Reserve aperta agressivamente a política monetária para combater a inflação.

A atividade de serviços está sendo sustentada por uma mudança nos gastos em detrimento dos bens. A medida do ISM de novas encomendas recebidas pelas empresas de serviços subiu de 55,6 em junho para 59,9. As empresas relataram um aumento nas exportações.

O subíndice de emprego no setor de serviços melhorou para 49,1 de 47,4 em junho, que havia sido a leitura mais baixa desde julho de 2020.

Embora a demanda por trabalhadores em indústrias como a construção civil, comércio atacadista e varejista esteja diminuindo, a mão de obra continua com pouca oferta. O governo informou na terça-feira que havia 10,7 milhões de vagas abertas no final de junho, com 1,8 vaga para cada pessoa desempregada.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (01), as bolsas europeias fecharam em queda, muito próximas da estabilidade, em um cenário onde as preocupações dos investidores são o futuro da economia na zona do euro em meio à guerra na Ucrânia e a crise energética. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,1%, a 437,46 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,18%, a 6.436,86 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,03%, a 13.479,63 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,43%, a 6.096,99 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,83%, a 8.088,77 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,13%, a 7.413,42 pontos.

Na terça-feira (02), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, após uma sessão marcada pela expectativa de desfecho da visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan. Já nos minutos finais de pregão, com a confirmação da chegada de Pelosi a Taipé, as bolsas chegaram a ganhar impulso e Londres flertou com o território positivo, mas o movimento não se sustentou. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,32%, a 436,07 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,42%, a 6.409,80 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,23%, a 13.449,20 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,29%, a 6,079,37 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,23%, a 8.103,83 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,06%, a 7.409,11 pontos.

Na quarta-feira (03), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, enquanto investidores aguardam a possível resposta da China aos EUA, o mercado se ajusta aos indicadores de atividade do bloco, que voltaram a apontar perda de fôlego econômico, enquanto a inflação segue pressionada. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,51%, a 438,29 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,97% a 6.472,06 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,03% a 13.587,56 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,81% a 6.030,10 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,61% a 8.146,63 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,49% a 7.445,68 pontos.

Na quinta-feira (04), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, recebendo suporte de mais uma leva de balanços trimestrais positivos e após a decisão do Banco da Inglaterra (BoE) de elevar a sua taxa de juros de referência em 0,5 ponto percentual. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,13%, a 438,84 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,64%, a 6.513,39 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,55%, a 13.662,68 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,096%, a 6.035,88 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,23%, a 8.161,10 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,032%, a 7.448,06 pontos.

Ucrânia exportou 3 milhões de toneladas de produtos agrícolas em julho, diz associação

A Ucrânia exportou 3 milhões de toneladas de produtos agrícolas em julho desviando de seus portos marítimos, a maioria bloqueados pela Rússia, disse o Clube Ucraniano de Associações Empresariais Agrárias (UCAB) na segunda-feira (01).

Em comunicado no Facebook, a associação disse que as exportações agrícolas no mês passado cresceram 12% em relação a junho, enquanto as exportações de grãos aumentaram 21%, para 1,7 milhão de toneladas.

A UCAB disse que, embora as exportações dos portos de Chornomorsk, Odessa e Pivdennyi no Mar Negro tenham sido possíveis sob um acordo de passagem segura entre a Ucrânia e a Rússia, intermediado pela Turquia e pelas Nações Unidas, o restante de seus portos permanece sob bloqueio russo.

“Somente no caso de pleno funcionamento desses três portos marítimos e pleno carregamento de rotas alternativas podemos esperar o volume de exportações de antes do início da invasão russa”, afirmou.

Antes da invasão em 24 de fevereiro, a Ucrânia exportava até 6 milhões de toneladas de grãos por mês, disse a UCAB.

Vendas de varejo na Alemanha têm em junho maior queda anual desde 1994

Os varejistas alemães encerraram o primeiro semestre de 2022 com a maior queda anual nas vendas em quase três décadas, com a inflação, a guerra na Ucrânia e a pandemia do coronavírus cobrando seu preço, mostraram dados na segunda-feira (01).

As vendas de varejo caíram 8,8% em junho em termos reais em comparação com o mesmo mês do ano passado, a maior queda desde o início da série histórica em 1994, informou a Agência Federal de Estatística.

Analistas consultados pela Reuters previam queda de 8,0%.

As vendas de varejo também caíram inesperadamente em comparação com o mês anterior: queda de 1,6% em termos reais, contra expectativa de aumento de 0,2% em pesquisa da Reuters.

As vendas de varejo no setor de alimentos, em particular, registraram uma queda de 1,6% em termos reais em relação ao mês anterior, devido aos preços mais altos dos mantimentos e ao aumento nas vendas de restaurantes, segundo os dados.

Atividade industrial da zona do euro contrai em julho em meio a temores de recessão

A atividade industrial da zona do euro contraiu no mês passado com fábricas forçadas a estocar mercadorias não vendidas devido à demanda fraca, mostrou uma pesquisa, ampliando as preocupações de que o bloco pode cair em recessão.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de indústria da S&P Global caiu para 49,8 em julho de 52,1 de junho e ante leitura preliminar de 49,6, na primeira vez abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração desde junho de 2020.

O subíndice que mede a produção afundou para a mínima de mais de dois anos de 46,3, contra 49,3 em junho.

“A indústria da zona do euro está afundando em uma queda cada vez mais acentuada, aumentando os riscos de recessão na região. As novas encomendas já estão caindo a um ritmo que, excluindo os meses de lockdown da pandemia, é o mais acentuado desde a crise da dívida em 2012, com provável piora à frente”, disse Chris Williamson, economista chefe de negócios da S&P Global.

O subíndice de novas encomendas caiu de 45,2 para 42,6, seu menor nível desde maio de 2020, quando a pandemia de coronavírus começava a dominar o mundo, indicando poucas chances de uma reviravolta em breve.

A S&P Global disse que a produção estava caindo em todos os países pesquisados, a não ser pela Holanda, e que a taxa de declínio era particularmente preocupante na Alemanha, França e Itália, as três maiores economias do bloco.

Títulos italianos sobem na esperança de que Meloni cumpra as regras financeiras da UE

Os títulos italianos subiram, na esperança de que Giorgia Meloni, apontada por muitos para ser a próxima primeira-ministra do país, cumpra as regras fiscais da União Europeia (UE) se for eleita.

O rendimento do título de referência de 2 anos, uma aproximação do risco de a Itália ser forçada a sair da zona do euro por seus problemas crônicos de dívida – caiu 18 pontos-base para 1,235%, o menor patamar em quase duas semanas. O rendimento do título de 10 anos também caiu, em 15 pontos-base, ainda em 3%. O Spread para o seu homólogo alemão chegou a diminuir para 224 pontos base, retornando às 11h16 próximos dos 250 pontos base nas últimas semanas.

O prêmio de risco da dívida italiana aumentou acentuadamente nas últimas semanas, à medida que o governo de coalizão liderado por Mario Draghi se desfez. Draghi renunciou em julho, depois de não conseguir apoio amplo o suficiente para um plano de ação que propunha várias reformas controversas para liberar quase mais de € 200 bilhões (US$ 205 bilhões) de fundos da União Europeia para o país.

O presidente Sergio Mattarella convocou novas eleições para 25 de setembro, e o partido de direita Irmãos da Itália (Fratelli d’Italia) de Meloni, atualmente à frente nas pesquisas, é visto como o candidato mais provável para formar o novo governo.

A Bloomberg informou na sexta-feira que Meloni se enquadraria nas condições da UE para receber fundos do chamado plano Next Generation EU, que visa impulsionar a recuperação da economia europeia da pandemia. Citou funcionários familiarizados com o pensamento de Meloni.

No entanto, não ficou claro como ela pretendia conquistar prováveis ​​aliados que tradicionalmente são mais resistentes à pressão externa das instituições europeias. Meloni, cuja vantagem de ser a única de grande partido a ficar fora do governo de Draghi nos últimos 18 meses e criticá-lo de fora, não confirmou o relatório.

De acordo com uma pesquisa de opinião encomendada pela Sky Italia, o partido Fratelli d’Italia de Meloni ganharia 24,2% dos votos se as eleições fossem realizadas amanhã. Embora isso seja apenas uma vantagem estreita de 0,8% sobre o Partido Democrata de centro-esquerda, o restante da pesquisa sugere que Meloni acharia mais fácil construir uma maioria no parlamento, já que dois outros partidos de direita, Lega de Matteo Salvini e o O Forza Italia, de Silvio Berlusconi, está com 13,5% e 8,0%, respectivamente.

A ampla conformidade com as regras da UE também é uma das condições estabelecidas pelo Banco Central Europeu para ativar seu novo “Instrumento de Proteção de Transmissão”, destinado a limitar a volatilidade ‘injustificada’ do mercado de títulos à medida que aumenta {{ecl-164||Taxas de juros da zona do euro}} pela primeira vez em mais de uma década.

Banco Central da Rússia prevê queda de 7% do PIB do país no 3º trimestre

O Banco Central da Rússia revisou para cima suas previsões de desaceleração do PIB, inflação e outros indicadores macroeconômicos em seu relatório de política monetária.

Segundo o Banco Central, o PIB russo no terceiro trimestre de 2022 cairá 7%, a inflação será de 14,6%. A previsão para o ano está em linha com a anunciada por Elvira Nabiullina após o último corte de taxas em 22 de julho.

De acordo com novas estimativas, até o final de 2022, o PIB da Rússia cairá de 4,5% a 6,5%. O declínio durará até meados de 2023 e depois passará para um crescimento moderado. Apesar do crescimento trimestral esperado, projeta-se uma queda no final de 2023, estimada em 3%.

Até o final de 2024, o crescimento do PIB será de 2-3%. A inflação anual na Rússia diminuirá para 5-7% em 2023 e retornará a 4% em 2024. O Banco Central estima a taxa básica neutra em 5-6%. Em abril, o Banco Central previu uma queda do PIB no nível de 8,5-10,5% até o final de 2022. A inflação anual foi anteriormente estimada em 12-15%.

Além disso, o regulador não espera novas sanções graves.

“O cenário de linha de base não pressupõe uma mudança significativa nas condições geopolíticas até o final do horizonte de previsão”, diz o relatório.

Além disso, o Banco Central não acredita na inevitabilidade de uma recessão global e não a incluiu no cenário base.

Zona do euro vai recuperar metade dos gastos com consequências da guerra, diz BCE

Os países da zona do euro estão gastando mais do que receberão para amortecer o impacto econômico da guerra na Ucrânia por meio de subsídios a combustíveis e outras medidas de apoio, disse o Banco Central Europeu (BCE) na terça-feira (02), pedindo aos governos que usem seu dinheiro com mais eficiência.

Os 19 países que compartilham o euro aprovaram medidas de apoio no valor de 0,9% de seu Produto Interno Bruto (PIB), predominantemente em medidas para compensar um aumento nos preços de combustíveis.

Mas isso só deve aumentar o crescimento do PIB da área do euro em cerca de 0,4 ponto percentual este ano e reduzir a inflação um pouco menos do que isso, principalmente por meio de preços mais baixos de energia, disse o BCE.

No estudo, que serviu de base para as projeções econômicas do BCE para 2022 a 2024, o banco estimou que o impacto no crescimento diminuirá no próximo ano.

Ao longo do período de 2022 a 2024, as medidas de estímulo aprovadas em resposta à guerra devem acrescentar um pouco menos de 0,4 ponto ao crescimento e reduzir a inflação em pouco mais de 0,1 ponto, disse o BCE.

O banco também descobriu que metade do estímulo fiscal visava apoiar o consumo de combustível fóssil de curto prazo, enquanto apenas uma parte mínima contribuiu diretamente para a transição para fontes de energia limpa.

“Olhando para o futuro… devem ser feitos esforços para direcionar cada vez mais medidas compensatórias relacionadas à energia para as famílias mais vulneráveis”, disse o BCE.

“Além disso, os incentivos devem ser orientados para reduzir o uso de combustíveis fósseis e a dependência da energia russa, mantendo as finanças públicas sólidas.”

Economia da Itália melhorou, mas energia e inflação são desafios, diz FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou em relatório que a economia italiana se recuperou vigorosamente da queda na produção relacionada à Covid-19, evitando cicatrizes econômicas. O emprego e a participação na força de trabalho se recuperaram totalmente, diz o FMI, e os empréstimos não produtivos dos bancos diminuíram, ao mesmo tempo que suas posições de capital se fortaleceram.

No entanto, a economia italiana enfrenta agora novos desafios importantes, com a guerra na Ucrânia e as interrupções nas cadeias de suprimentos globais aumentando preços de energia e a inflação de maneira mais ampla, além de intensificarem a escassez de produtos-chave mesmo com a desaceleração da demanda global, destaca o Fundo.

Para o FMI, garantir um fornecimento adequado de energia na Itália é uma prioridade. Uma seca severa na parte norte do país pressionará ainda mais os preços dos alimentos e trará desafios de segurança energética. A expectativa é que o crescimento da economia desacelere acentuadamente devido à guerra na Ucrânia, aperto da política monetária, interrupções contínuas na cadeia de suprimentos e inflação mais alta e mais persistente.

O FMI projeta expansão de 3% do PIB em 2022, principalmente devido à forte transição do ano passado, com uma nova desaceleração para cerca de 0,75% em 2023. A inflação média anual deverá atingir o pico em 2022 em 6,75% e se ajustar gradualmente a partir de então. Nos anos seguintes, com a moderação dos preços da energia, prevê-se que o crescimento recupere, reforçado pelas despesas de investimento público no âmbito do Plano Nacional de Recuperação e Resiliência (PRNR).

Banco Central britânico adota maior alta dos juros desde 1995 e alerta para recessão

O Banco Central britânico adotou o maior aumento da taxa de juros em 27 anos na quinta-feira (04), apesar de alertar que uma longa recessão está a caminho, conforme corre para amortecer o uma inflação projetada em mais de 13%.

Em meio ao aumento nos preços da energia causado pela invasão russa da Ucrânia, o Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra votou por 8 a 1 por um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, para 1,75%, seu nível mais alto desde o final de 2008.

A alta de 0,5 ponto era esperada pela maioria dos economistas em uma pesquisa da Reuters, no momento em que bancos centrais em todo o mundo buscam conter o salto dos preços.

Silvana Tenreyro, membro comitê, votou sozinha a favor de um aumento menor, de 0,25 ponto.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (01), as bolsas asiáticas fecharam em alta, acompanhando o tom positivo de Wall Street do fim da semana passada, apesar de dados chineses mostrarem enfraquecimento da manufatura na segunda maior economia do mundo. O índice Xangai teve alta de 0,21%, a 3.259,96 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,69%, a 27.993,35 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,05%, a 20.165,84 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,45%, a 4.188,68 pontos.

Na terça-feira (02), as bolsas asiáticas fecharam em queda, à medida que tensões geopolíticas se intensificaram com a possível visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan. A notícia foi suficiente para perturbar os mercados financeiros, já abalados pela guerra na Ucrânia, pelo aumento da inflação e dos custos de empréstimos globais. O índice Xangai teve queda de 2,26%, a 3.186,27 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,42%, a 27.594,73 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,36%, a 19.689,21 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,95%, a 4.107,02 pontos.

Na quarta-feira (03), as bolsas asiáticas fecharam mistas, enquanto investidores monitoram as consequências da polêmica visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan. O índice Xangai teve queda de 0,71%, a 3.163,67 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,53%, a 27.741,90 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,40%, a 19.767,09 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,98%, a 4.066,98 pontos.

Na quinta-feira (04), as bolsas asiáticas fecharam em alta, após um rali em Wall Street e à medida que tensões geopolíticas diminuíram com o fim da viagem da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan. O índice Xangai teve alta de 0,80%, a 3.189,04 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,69%, a 27.932,20 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 2,06%, a 20.174,04 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,85%, a 4.101,54 pontos.

Chefe de órgão regulador da China diz que estabilizar o mercado é prioridade máxima

O chefe do regulador de valores mobiliários da China disse que fará da estabilidade das operações do mercado de capitais uma prioridade máxima em meio a preocupações crescentes com as perspectivas econômicas e as flutuações das ações.

A segunda maior economia do mundo desacelerou drasticamente no segundo trimestre, devido aos lockdowns generalizados contra a Covid-19 e a um setor imobiliário em queda.

O índice de referência CSI 300 caiu por quatro semanas consecutivas no mês passado, enquanto investidores estrangeiros venderam 21 bilhões de iuanes (3,1 bilhões de dólares) em ações chinesas através do esquema stock connect, interrompendo três meses consecutivos de entradas.

“É uma regra que o mercado acionário tem altos e baixos, e o governo não deve intervir em flutuações normais”, escreveu Yi Huiman, presidente da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China no Qiushi, um jornal oficial do Partido Comunista chinês publicado na segunda-feira (01).

Entretanto, “devemos sempre aderir à mentalidade do resultado final e impedir resolutamente que ‘falhas de mercado’ causem flutuações anormais”.

Yi disse que os mercados de capitais são um “termômetro” da economia de um país, refletindo expectativas e confiança, o que torna importante manter seu desenvolvimento estável e saudável.

Ele acrescentou que o regulador reforçará a coordenação com os departamentos de gestão macroeconômica e as autoridades do setor para manter expectativas consistentes e resolver os riscos dos incorporadores imobiliários.

Presidente das Filipinas diz que ‘não há intenção’ de voltar ao Tribunal Penal Internacional

As Filipinas não têm planos de voltar ao Tribunal Penal Internacional, disse o presidente Ferdinand Marcos Jr. na segunda-feira (01), com o promotor do tribunal buscando retomar uma investigação sobre a guerra às drogas mortal do ex-presidente.

Rodrigo Duterte, que deixou o cargo em 30 de junho, retirou as Filipinas do TPI em 2019 depois que ele lançou uma investigação preliminar sobre sua repressão às drogas, que matou milhares de pessoas.

Juízes do TPI autorizaram uma investigação completa sobre a campanha antinarcóticos em setembro passado, dizendo que se assemelhava a um ataque ilegítimo e sistemático contra civis.

Ele suspendeu a investigação dois meses depois, depois que Manila disse que estava investigando os supostos crimes.

Mas o promotor do TPI, Karim Khan, disse em junho que o pedido de Manila para adiar a investigação era injustificado e que deveria recomeçar “o mais rápido possível”.

Marcos Jr, que apoiou a guerra às drogas de Duterte, já havia indicado que não cooperaria com o TPI.

Na segunda-feira (01), ele foi ainda mais longe. “As Filipinas não têm intenção de se juntar ao TPI”, disse Marcos Jr a repórteres. Marcos Jr foi eleito presidente por maioria esmagadora em maio com a ajuda de uma aliança com a filha de Duterte, Sara, que venceu a disputa pela vice-presidência pela Suprema Corte das Filipinas.

Sob pressão do Conselho de Direitos Humanos da ONU e do TPI, o governo examinou várias centenas de casos de operações de drogas que levaram a mortes.

Acusações foram apresentadas em um punhado de casos. Apenas três policiais foram condenados por matar um suspeito de tráfico de drogas.

O TPI convidou as Filipinas a “oferecer observações” sobre o pedido de Khan para retomar a investigação, disse o escritório de comunicações presidencial.

Líderes da China dizem que crescimento de 5,5% do PIB é orientação, não meta difícil

Líderes chineses disseram ao governo em reunião da semana passada que o objetivo de crescimento econômico deste ano de cerca de 5,5% é uma orientação, e não uma meta difícil, informou a Bloomberg News na terça-feira (02), citando pessoas familiarizadas com o assunto.

Na reunião, os líderes disseram às autoridades de nível ministerial e provincial que a meta não será usada para avaliar seu desempenho, nem haverá penalidade por não cumprir o objetivo. Os líderes reconheceram que as chances de atingir a marca estabelecida são pequenas, acrescentou a reportagem.

O Gabinete de Informação do Conselho de Estado da China, que lida com as consultas da mídia para o governo central, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.

Em 28 de julho, após uma reunião de alto nível, o Politburo chinês disse que se esforçará para alcançar os melhores resultados possíveis para a economia, sem mencionar a meta do PIB. O país seguirá com a política “dinâmica” de Covid zero e os esforços para estabilizar o mercado imobiliário, acrescentou na ocasião.

A economia da China piorou no segundo trimestre de 2022, com as fábricas voltando à via lenta, a queda no setor imobiliário se aprofundando e os cortes de empregos ainda se mostrando uma ameaça generalizada. Na semana passada, os principais líderes sinalizaram sua preparação para ficar aquém da meta do PIB este ano.

Inflação atinge 6,3% em julho na Coreia do Sul, maior alta em 24 anos

A inflação ao consumidor da Coreia do Sul acelerou para uma alta de quase 24 anos em julho, mostraram dados na terça-feira (02), mas outros números indicam que a taxa de aumentos de preços pode estar perto de um pico.

Enquanto isso, sinais de desaceleração econômica fizeram os rendimentos dos títulos caírem.

Os rendimentos dos títulos também foram pressionados para baixo por um comentário do Banco Central de que a alta da taxa de inflação anual para 6,3% em julho, de 6,0% em junho, era o que esperava ao aumentar as taxas de juros por uma margem incomumente grande no mês passado.

A taxa de inflação de julho foi o ganho mais rápido no índice de preços ao consumidor (IPC) desde o final de 1998 e correspondeu à previsão mediana em uma pesquisa da Reuters.

Mas o núcleo do IPC, que ignora os preços de alimentos e energia, encerrou uma corrida de três meses de aceleração sucessiva, implicando em um pico de pressão sobre os preços subjacentes.

“Foi encorajador que a inflação tenha saído conforme o esperado”, disse Kang Seung-won, analista de renda fixa da NH Investment and Securities, referindo-se a vários meses recentes em que a inflação tendeu a superar as expectativas do mercado.

Opep+ pode ter que aumentar produção para mercado não superaquecer, diz Cazaquistão

A Opep+ pode ter que elevar a produção de petróleo para evitar o superaquecimento do mercado, disse o Cazaquistão, membro do grupo de produtores de petróleo.

A aliança se reúne na quarta-feira (03) em meio à pressão dos EUA para adicionar barris ao mercado, e enquanto a maioria de seus membros já esgotou o potencial de produção.

“Sempre dissemos que a faixa de preços preferida é de 60-80 dólares por barril. Hoje o preço é de 100 dólares. Portanto, podemos ter que aumentar a produção para evitar superaquecimento”, disse o ministro de Energia do Cazaquistão, Bolat Akchulakov, a repórteres.

O mercado espera em grande parte que a Opep+ mantenha a produção estável ou opte por um ligeiro aumento.

Três fontes da Opep+ disseram na quarta-feira que ainda viam poucas chances de uma mudança na política de produção ao comentar a declaração do ministro cazaque.

Os EUA pressionaram Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, líderes da Opep, a bombear mais petróleo para ajudar a conter os preços impulsionados pela recuperação da demanda e pela invasão da Ucrânia por Moscou.

A Opep tem aumentado a produção de acordo com suas metas em cerca de 430.000-650.000 barris por dia por mês nos últimos meses. O grupo recusou a mudar sua orientação para maiores aumentos de produção.

Fontes do grupo citaram a falta de capacidade ociosa entre os membros para adicionar mais barris, bem como a necessidade de maior cooperação com a Rússia como parte da Opep+.

Salário mínimo do Japão tem aumento histórico

O Conselho Central do Salário Mínimo, órgão de assessoria ao Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão (MHLW), composto pelos representantes dos trabalhadores e das empresas, decidiu que o valor do aumento será de 31 ienes (3,3%) em média.

Foi o maior aumento da história, tendo em conta a desvalorização do iene e os aumentos de preços devido à guerra na Ucrânia. Assim, a atual média do Japão que é de 930 passará à média ponderada de 961 ienes.

O salário mínimo é o limite inferior da remuneração paga por hora, o qual se aplica a todos os trabalhadores. As empresas que não cumprem são multadas. É determinado com base nas despesas necessárias para a sobrevivência dos trabalhadores e na capacidade da empresa de pagar os salários.

O conselho decide a diretriz todos os anos e, depois, o próximo passo é a definição por província, por isso, a aplicação do novo salário mínimo inicia nos primeiros dias de outubro.

Atualmente os menores são de Kochi e Okinawa, de ¥920/hora, enquanto os mais elevados são os de Kanagawa e Tóquio, de ¥1.040 e ¥1.041, respectivamente. É possível que o de Osaka venha se estabelecer mais de mil ienes, enquanto as demais províncias como Aichi, Saitama e Chiba ainda não cheguem a esse valor.

Atividade de serviços da China expande em julho no ritmo mais rápido em 15 meses, mostra PMI do Caixin

A atividade de serviços da China cresceu no ritmo mais rápido em 15 meses em julho, uma vez que a flexibilização das restrições devido à Covid-19 aumentou a confiança do consumidor, mas a demanda externa caiu e as empresas cortaram funcionários pelo sétimo mês consecutivo, mostrou uma pesquisa do setor privado na quarta-feira (03).

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços do Caixin subiu para 55,5 em julho, crescimento mais rápido desde abril de 2021, contra 54,5 em junho.

A marca de 50 pontos separa crescimento de contração.

A leitura contrastou um pouco do PMI oficial de serviços da China divulgado no domingo, que mostrou moderação do crescimento, mas ambos ainda apontam para uma expansão sólida no setor.

O subíndice de novos negócios atingiu a máxima em nove meses graças à melhora da demanda doméstica, mas os novos negócios de exportação contraíram pelo sétimo mês consecutivo, mostrou a pesquisa do Caixin.

Enquanto isso, a inflação de custos no setor de serviços acelerou pela primeira vez desde março, uma vez que os preços de alimentos, combustíveis, matérias-primas e pessoal permaneceram altos.

O PMI Composto de julho do Caixin, que inclui atividades de manufatura e serviços, caiu para 54,0 de 55,3 no mês anterior. O PMI do Caixin é compilado pela S&P Global a partir de respostas a questionários enviados a gerentes de compras na China.

Irã diz não ter intenção de produzir bomba atômica apesar de ter meios técnicos

O Irã tem capacidade técnica para produzir uma bomba atômica, mas não tem intenção de fazê-lo, disse Mohammad Eslami, chefe da organização de energia atômica do país, na segunda-feira (01), segundo a agência de notícias semi-oficial Fars.

Eslami reiterou comentários feitos por Kamal Kharrazi, conselheiro sênior do líder supremo aiatolá Ali Khamenei, em julho.

As observações de Kharrazi equivaleram a uma rara sugestão de que a República Islâmica pode ter interesse em armas nucleares, que há muito nega buscar. O Irã já está enriquecendo urânio até 60 por cento de pureza físsil, muito acima do limite de 3,67 por cento estabelecido sob o agora esfarrapado acordo nuclear de 2015 de Teerã com as potências mundiais. O urânio enriquecido a 90% é adequado para uma bomba nuclear.

“Como o Sr. Kharrazi mencionou, o Irã tem capacidade técnica para construir uma bomba atômica, mas tal programa não está na agenda”, disse Eslami.

Em 2018, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, abandonou o pacto nuclear, sob o qual o Irã restringiu seu trabalho de enriquecimento de urânio, um caminho potencial para armas nucleares, em troca de alívio das sanções econômicas internacionais.

O Irã respondeu à proposta do principal diplomata da União Europeia, Josep Borrell, de salvar o acordo nuclear e busca uma conclusão rápida para as negociações, disse o principal negociador nuclear iraniano no domingo (31).

Borrell disse que propôs um novo rascunho de texto para reviver o acordo.

“Depois de trocar mensagens na semana passada e revisar os textos propostos, existe a possibilidade de que em um futuro próximo possamos chegar a uma conclusão sobre o momento de uma nova rodada de negociações nucleares”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani.

O esboço geral de um acordo revivido foi essencialmente acordado em março, após 11 meses de negociações indiretas em Viena entre Teerã e o governo do presidente dos EUA, Joe Biden.

Mas as negociações fracassaram devido a obstáculos, incluindo a exigência de Teerã de que Washington dê garantias de que nenhum presidente dos EUA abandonará o acordo, da mesma forma que Trump fez.

Biden não pode prometer isso porque o acordo nuclear é um entendimento político não vinculativo, não um tratado juridicamente vinculativo.

Chegadas de turistas no Oriente Médio podem recuperar até 70% dos níveis pré-pandemia este ano

As chegadas de turistas na região do Oriente Médio podem atingir cerca de 50% a 70% dos níveis pré-pandemia até o final deste ano, em meio a sinais de uma recuperação forte e constante no setor, disse a Organização Mundial do Turismo.

De acordo com o mais recente Barômetro de Turismo Mundial da OMT, o turismo internacional registrou quase 250 milhões de chegadas nos primeiros cinco meses de 2022, em comparação com 77 milhões de chegadas registradas de janeiro a maio de 2021.

Isso significa que o setor recuperou quase metade ou 46% dos níveis pré-pandemia de 2019, disse, acrescentando que isso mostra sinais de uma recuperação forte e constante do impacto da Covid-19, apesar dos crescentes desafios econômicos e geopolíticos.

“A recuperação do turismo ganhou ritmo em muitas partes do mundo, enfrentando os desafios que estão em seu caminho”, disse o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, Zurab Pololikashvili.

Ao mesmo tempo, ele também alertou sobre “ventos contrários econômicos e desafios geopolíticos que podem afetar o setor no restante de 2022 e além”.

Aramco adquire o negócio de produtos globais da Valvoline em um acordo de US$ 2,65 bilhões

A gigante petrolífera saudita Aramco assinou um acordo de compra de ações de US$ 2,65 bilhões para adquirir o negócio de produtos globais da Valvoline, com sede nos EUA, de acordo com um comunicado.

A Valvoline Global Products é produtora e distribuidora de lubrificantes automotivos, comerciais e industriais de marca premium e produtos químicos automotivos.

A aquisição complementará a linha de produtos lubrificantes de marca premium da Aramco, otimizará suas capacidades globais de produção de óleos básicos e expandirá as atividades de pesquisa e desenvolvimento da própria Aramco, disse o vice-presidente sênior de downstream, Mohammed Y. Qahtani.

“A força da marca Valvoline e o reconhecimento global continuarão a ser desenvolvidos e ampliados sob a administração da Aramco”, acrescentou.

A conclusão da transação está sujeita às condições habituais de fechamento, incluindo o recebimento de aprovações regulatórias.

Arábia Saudita lança nova autoridade de marketing de investimentos para apoiar plano de US$ 3,2 trilhões

O Gabinete da Arábia Saudita anunciou o estabelecimento da Autoridade Saudita de Marketing de Investimentos, pois o Reino planeja injetar mais de 12 trilhões de SR12 trilhões de investimentos na economia até 2030.

Também terá a responsabilidade de comercializar e atrair investimentos para o Reino através da preparação de planos e programas, local e internacionalmente, informou a agência de imprensa saudita.

A nova autoridade visa modernizar todos os negócios e serviços relacionados com a comercialização de investimentos e conseguir a cooperação entre entidades, de acordo com o comunicado do Ministério do Investimento.

O ministro de Investimentos da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, escreveu no Twitter: “A Autoridade de Marketing de Investimentos da Arábia Saudita será um forte impulsionador do sistema de investimentos, de acordo com a Estratégia Nacional de Investimentos que visa atrair e desenvolver investimentos nacionais e estrangeiros”.

Comentando sobre a criação da autoridade, Mohammed Alsuwayed, ex-chefe do escritório de realização de visão do Ministério dos Transportes, disse ao Arab News: “É importante aumentar a sinergia necessária para implementar as iniciativas do ministério e alcançar os objetivos da visão”.

“A autoridade era necessária para envolver outras entidades e (responsáveis).”

Sob sua recém-lançada Estratégia Nacional de Investimento, a Arábia Saudita pretende atrair mais investimentos do exterior, pois busca diversificar sua economia longe do setor de petróleo.

Em dezembro, Al-Falih disse que o Reino pretendia atrair SR1,8 trilhão em investimentos estrangeiros nos próximos nove anos.

O ministro disse que a Arábia Saudita buscará garantir investimentos em setores de negócios inexplorados, incluindo hidrogênio verde, energia renovável e tecnologia da informação.

Números de empregos sauditas no setor não petrolífero aumentam no ritmo mais rápido em 3 anos

A Arábia Saudita viu um aumento robusto no número de empregos no setor não petrolífero à medida que as condições de negócios melhoraram em julho, de acordo com o último relatório de dados do Purchasing Managers Index da S&P Global.

A atividade nos negócios não petrolíferos da Arábia Saudita se expandiu devido às maiores vendas do país, novos projetos e melhor marketing, mostrou o relatório.

O setor testemunhou uma proporção de cinco para um de empresas que registraram aumento de atividade este mês contra empresas que registraram um declínio.

O relatório disse que as melhores condições de negócios resultaram em uma demanda mais forte por talentos, que agora atingiu o maior nível desde setembro de 2019.

“O PMI da Arábia Saudita permaneceu firmemente em território de crescimento em julho, registrando 56,3 após atingir uma alta de oito meses de 57,0 em junho”, disse David Owen, economista da S&P Global Market Intelligence.

Ele acrescentou: “Os novos negócios continuaram a aumentar substancialmente, ajudados pela recuperação da demanda e pelo fortalecimento das vendas de exportação”.

O aumento dos níveis de emprego e de produção levou a uma queda nas carteiras de trabalho, onde as encomendas inacabadas foram apoiadas com a atividade de compra progressiva.

O relatório mostrou que os fornecedores lidaram efetivamente com a demanda crescente, de modo que os fornecedores conseguiram reduzir seus prazos de entrega e os estoques de mercadorias compradas foram recolhidos rapidamente.

“A melhoria geral no desempenho do fornecedor foi a segunda mais rápida em quase quatro anos”, disse o relatório.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
05/08/2022