Cenário Econômico Internacional – 19/08/2022

Cenário Econômico Internacional – 19/08/2022

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Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

FMI prevê que PIB global cairá muito em 12 meses; recessão não é descartada

Ilan Goldfajn, o diretor para o Departamento de Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou que, apesar da recuperação econômica da América Latina estar sendo melhor do que o esperado, o cenário ainda é desafiador. Isso porque a economia global corre o risco de recessão, com uma desaceleração acentuada para os próximos 12 meses.

Nos Estados Unidos e Europa, o Produto Interno Bruto (PIB) vai perder força, com chance de ficar negativo. Um cenário de recessão não é descartado.

“O crescimento global vai cair muito nos próximos 12 meses”, afirmou o diretor do FMI.

Goldfajn, que é ex-presidente do Banco Central, também alertou para a insatisfação social em países da região, a qual exige mais atenção dos governos.

“Inflação persistente e PIB fraco tornam a política econômica mais desafiadora”, completou ele.

Países mais dependentes da exportação de commodities devem ser afetados por esse ambiente de desaceleração do PIB. Uma vez que os preços desses produtos tendem a cair globalmente.

“Vamos ter que enfrentar mundo mais adverso, sem nossas exportações subirem, o que as moedas locais se depreciarem.”

Por ter agido rapidamente diante da mudança de cenário, sobretudo na política monetária, América Latina conseguiu atenuar os efeitos da crise. Diante da mudança de cenário, sobretudo na política monetária. “Bancos centrais da região foram os primeiros a reagir no mundo”, afirmou Ilan.

Organização Mundial da Saúde tenta renomear a varíola dos macacos

A Organização Mundial da Saúde, que está tentando renomear a varíola dos macacos, pediu na terça-feira (16) a ajuda do público para criar uma designação menos estigmatizante para a doença de rápida disseminação.

A agência de saúde da ONU há semanas expressa preocupação com o nome da doença que surgiu no cenário global em maio.

Especialistas alertam que o nome pode ser estigmatizante para os primatas que receberam o nome, mas que desempenham pouco papel em sua disseminação, e para o continente africano ao qual os animais são frequentemente associados.

Recentemente, no Brasil, por exemplo, foram relatados casos de pessoas atacando macacos por medo de doenças.

“A varíola humana recebeu esse nome antes das melhores práticas atuais para nomear doenças”, disse a porta-voz da OMS Fadela Chaib a repórteres em Genebra.

“Queremos realmente encontrar um nome que não seja estigmatizante”, acrescentou, dizendo que a consulta agora está aberta a todos por meio de um site dedicado.

Monkeypox recebeu esse nome porque o vírus foi originalmente identificado em macacos mantidos para pesquisa na Dinamarca em 1958, mas a doença é encontrada em vários animais e mais frequentemente em roedores.

A doença foi descoberta pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, com a disseminação entre humanos desde então limitada principalmente a certos países da África Ocidental e Central onde é endêmica.

Mas em maio, os casos da doença, que causa febre, dores musculares e grandes lesões na pele semelhantes a furúnculos, começaram a se espalhar rapidamente pelo mundo, principalmente entre homens que fazem sexo com homens.

Em todo o mundo, mais de 31.000 casos foram confirmados desde o início do ano e 12 pessoas morreram, segundo a OMS, que classificou o surto como uma emergência de saúde global.

Embora o vírus possa passar de animais para humanos, especialistas da OMS insistem que a recente disseminação global se deve à transmissão de contato próximo entre humanos.

A agência de saúde da ONU anunciou na semana passada que um grupo de especialistas que havia convocado já havia concordado com novos nomes para variantes do vírus da varíola dos macacos, ou clados.

Até agora, as duas principais variantes receberam o nome das regiões geográficas onde se sabia que circulavam, a Bacia do Congo e a África Ocidental.

Os especialistas concordaram em renomeá-los usando algarismos romanos, chamando-os de Clade I e Clade II. Uma subvariante do Clade II, agora conhecido como Clade IIb, é visto como o principal culpado por trás do surto global em andamento.

Enviado da ONU viaja pela primeira vez a Mianmar, devastada por conflitos

A enviada especial da ONU para Mianmar viajou para o país do Sudeste Asiático pela primeira vez desde que foi nomeada para o cargo em outubro passado.

A viagem de Noeleen Heyzer seguiu o último apelo do Conselho de Segurança da ONU para o fim imediato de todas as formas de violência e acesso humanitário desimpedido no país devastado por conflitos.

Heyzer “se concentrará em abordar a deterioração da situação e as preocupações imediatas, bem como outras áreas prioritárias de seu mandato”, disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric.

Ele não deu detalhes sobre se Heyzer se reuniria com os governantes militares de Mianmar ou com a ex-líder do país, Aung San Suu Kyi, uma antiga demanda da ONU. Suu Kyi foi condenada na segunda-feira por mais acusações de corrupção, acrescentando seis anos à sua sentença anterior de 11 anos de prisão.

A visita de Heyzer “segue suas extensas consultas com atores de todo o espectro político, sociedade civil e comunidades afetadas pelo conflito em curso”, disse Dujarric.

No início deste mês, o ministro das Relações Exteriores do Camboja, Prak Sokhonn, enviado especial a Mianmar para a Associação de 10 países do Sudeste Asiático, de 10 membros, disse que os esforços dos vizinhos de Mianmar para ajudar a restaurar a paz e a normalidade no país foram prejudicados pela recente execução do país. quatro ativistas políticos.

Ele alertou que novas execuções forçariam o grupo regional a reconsiderar a forma como se relaciona com Mianmar.

Inflação global dá primeiros sinais de que começa a ceder

Os principais índices de referência das bolsas de valores pelo mundo estão em alta desde o final de julho. Agora a inflação, grande vilã do mercado em 2022, parece dar os primeiros sinais de que pode arrefecer e trazer mais boas novas para os investidores. Será este o início do fim de um ano difícil para a economia global?

As duas principais sinalizações de queda da inflação foram o CPI, índice de preço ao consumidor dos EUA, e o PPI, índice de preços ao produtor americano, que vieram abaixo das projeções.

Embora o Fed ainda deva subir a taxa de juros, o número será menor que o esperado anteriormente. A notícia é um alento para as ações, que podem seguir a tendência de alta com a perda de atratividade da renda fixa a partir das taxas de juros abaixo das expectativas.

“O que era um cenário consensual de um aumento de 75 pontos-base na próxima reunião do Banco Central norte-americano (Fed), aparece com mais de 50% de chance, segundo traders, de um aumento de 50 pontos”.

Outro indicador que pode trazer uma animação extra ao mercado depois de dias difíceis é o preço do minério de ferro. Considerado um “termômetro” da atividade global, a commodity voltou a negociar em níveis elevados. O fato animou a China, principal importadora do minério, e a Vale, maior exportadora da commodity para o país asiático.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (15), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, com papéis de empresas de megacapitalização e com perfil de crescimento estendendo o recente rali em meio ao otimismo de investidores de que o Federal Reserve pode conseguir um pouso suave para a economia. O índice Dow Jones teve alta de 0,45%, a 33.912,44 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,40%, a 4.297,14 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,62%, a 13.128,05 pontos.

Na terça-feira (16), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, na véspera da publicação da ata de reunião monetária mais recente do Federal Reserve, as operações foram favorecidas por resultados financeiros fortes de gigantes varejistas. Também foram acompanhados indicadores econômicos fracos nos Estados Unidos. O índice Dow Jones teve alta de 0,71%, a 34.152,01 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,19%, a 4.305,20 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,19%, a 13.102,55 pontos.

Na quarta-feira (17), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, com índices voláteis depois que investidores avaliaram que a ata da reunião do Banco Central dos EUA em julho sugeriu que os formuladores de política monetária podem ser menos agressivos do que se pensava anteriormente quando aumentarem a taxa de juros em setembro. O índice Dow Jones teve queda de 0,50%, a 33.980,32 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,72%, a 4.274,04 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,25%, a 12.938,12 pontos.

Na quinta-feira (18), as bolsas de valores de Nova York operavam mistas, após dados sugerirem que as condições do mercado de trabalho dos Estados Unidos permanecem apertadas, enquanto investidores avaliam a ata da reunião de julho do Federal Reserve. Por volta das 13h32, o índice Dow Jones registrava queda de 0,33%, a 33.869,59 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,080%, a 4.270,61 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,053%, a 12.945,04 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 12.08.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (12) cotado a R$ 5,0739 com queda de 1,63%. O real teve um novo dia de valorização ante o dólar, principalmente na etapa vespertina dos negócios. Saindo da abertura a R$ 5,1574, chegou à máxima de R$ 5,1649, mas a cotação desceu para R$ 5,0739 no fechamento do dia, em mais uma sessão marcada pela volatilidade.

Na segunda-feira (15) – O dólar à vista registrou alta de 0,35%, cotado a R$ 5,0916 na venda. A divulgação de dados econômicos fracos sobre a China provocou instabilidade no mercado financeiro de países emergentes. O dólar disparou pela manhã, mas desacelerou ao longo do dia. O dólar oscilou entre R$ 5,1408 na máxima e R$ 5,0753 na mínima.

Na terça-feira (16) – O dólar à vista registrou alta de 0,96%, cotado a R$ 5,1405 na venda. O dólar registrou sólida valorização, com o real entre as moedas mais golpeadas em uma sessão negativa para divisas correlacionadas às matérias-primas, cujos preços voltaram a cair por temores de recessão global. O dólar oscilou entre R$ 5,1545 na máxima e R$ 5,1124 na mínima.

Na quarta-feira (17) – O dólar à vista registrou alta de 0,53%, cotado a R$ 5,1678 na venda. Seguindo a tendência global em dia de cautela por sinalizações para o curso da política monetária nos Estados Unidos, o dólar se manteve em alta frente ao real durante toda a sessão. Chegou ao topo em R$ 5,2143 na etapa matutina, mas, ainda em alta, se acomodou após a divulgação do teor da ata da mais recente reunião do Federal Reserve. O dólar oscilou entre R$ 5,2143 na máxima e R$ 5,1489 na mínima.

Na quinta-feira (18) – Por volta das 13h35, o dólar operava em alta de 0,60% cotado a R$ 5,1999 na venda. O dólar abandonou perdas iniciais e passava a subir frente ao real, acompanhando recuperação da divisa norte-americana no exterior, conforme investidores continuavam digerindo a ata da última reunião de política monetária do Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve.

Argentina tem maior inflação da América Latina em julho

A Argentina registrou a maior inflação para julho entre os países da América Latina. O índice subiu 7,4% no mês. O país passa por uma grave crise financeira. A população perdeu poder de compra de forma acentuada nos últimos meses e o peso argentino teve recordes de desvalorização frente ao dólar durante o 1º semestre de 2022.

A inflação argentina superou em julho a inflação da Venezuela, que foi de 5,3%, segundo o Observatório Venezuelano de Finanças, uma consultoria sem vínculo com o governo de Nicolás Maduro.

Apesar da inflação da Argentina ter superado à da Venezuela no último mês, o índice de preços do país está abaixo se considerado o acumulado de 12 meses. Chegou a 71%, enquanto da Venezuela é de 139%.

A inflação da Argentina chegou a 71% no acumulado de 12 meses. Está atrás somente da Turquia (79,6%) no grupo de países mais ricos. Depois deles, a Rússia aparece com 15,1%, na 3ª posição. O Brasil é o 5º colocado, com 10,1%.

Trégua de inflação nos EUA ajuda emergentes

A desaceleração nos preços dos Estados Unidos em julho é uma boa notícia para países emergentes, que sentem os efeitos da subida de juros nos países desenvolvidos em termos de saída de capital. Não é garantia, porém, de que os volumes financeiros que têm deixado essas economias, dentre elas o Brasil, não vão voltar a crescer nos próximos meses.

O índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA ficou estável em julho ante junho e contribuiu para forte queda do dólar frente ao real. Na mínima do dia, na sexta-feira (12), a divisa norte-americana chegou a R$ 5,065, com o apetite de risco favorecendo a entrada de fluxo estrangeiro no Brasil em meio à expectativa de que o aperto monetário do Federal Reserve não seja tão intenso à frente.

“A velocidade com que o Fed aumenta os juros, o impacto na taxa de câmbio e, finalmente, a saúde da economia dos EUA vão importar muito para os emergentes”, diz a economista-chefe do Mastercard Economics Institute para os EUA, Michelle Meyer.

Em agosto, o investidor estrangeiro já quase dobrou os recursos aportados na Bolsa brasileira. Até o dia 8 deste mês, entraram R$ 3,296 bilhões, ante um saldo positivo de R$ 1,852 bilhão em julho, conforme dados da B3.

Para o economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), Robin Brooks, o medo da inflação global que pesava sobre os mercados emergentes acabou: “As moedas de mercados emergentes estão agora em forte alta, com o real brasileiro liderando o grupo”.

Em paralelo ao alívio da inflação nos EUA, a saída de capital de países emergentes também diminuiu em julho, apoiando os ativos locais, de acordo com a britânica Capital Economics. Para a consultoria, entretanto, foi apenas uma trégua. Nos próximos meses, o risco é de que um maior volume de dinheiro continue deixando os países emergentes.

“Olhando à frente, apesar da recente pausa, nossa visão é de que os fluxos de saída dos emergentes vão aumentar novamente no restante do ano”, avalia o economista da Capital Economics Shilan Shah.

De acordo com ele, o aperto monetário nos países desenvolvidos vai empurrar o rendimento dos títulos globais para cima, o que joga contra os emergentes. Shah alerta que o cenário representa uma “ameaça” principalmente para países cujos déficits em conta corrente aumentaram ou estão em processo de subida, citando Turquia e Chile.

“Os países emergentes estão amarrados aos EUA. Quando os EUA espirram, muitos outros países tendem a pegar o resfriado também”, alerta Michelle, do Mastercard Economics Institute.

Mercado imobiliário dos EUA atinge mínima de dois anos com juros e custos maiores

O mercado imobiliário dos EUA esfriou ainda mais no mês passado, devido ao crédito mais caro e a métricas de acessibilidade ruins, o que fez um importante indicador do setor atingir seu nível mais baixo desde junho de 2020. A Associação Nacional de Construtores Residenciais (NAHB) disse que seu índice de atividade do mercado imobiliário caiu para 49 em agosto, contra 55 em julho.

Dos três componentes do índice, as condições de vendas atuais caíram sete pontos, para 57, enquanto as expectativas de vendas nos próximos seis meses tiveram um declínio de dois pontos, para 47, com o tráfego de possíveis compradores caindo cinco pontos, para 32, em reflexo da disparada dos preços dos imóveis no país nos últimos dois anos, responsável por tornar a moradia menos acessível para muitas famílias.

Com exceção do início da pandemia, a queda do índice foi a oitava seguida e a mais acentuada desde 2014.

“A política monetária mais restritiva do Federal Reserve e os custos de construção persistentemente altos provocaram uma recessão no setor imobiliário”, afirmou o economista-chefe da associação, Robert Dietz. Ele disse ainda que o volume total de construção de novas casas unifamiliares deve cair de forma geral em 2022, pela primeira vez desde 2011, ainda que essa seja uma queda em relação aos níveis recordes de 2021.

“No entanto”, explicou Dietz, “diante dos sinais maiores de pico de inflação, as taxas de longo prazo se estabilizaram, o que fornecerá alguma estabilidade para o lado da demanda do mercado nos próximos meses”.

Desde o início do ano, a taxa referencial de financiamentos de 30 anos da Associação de Banqueiros Hipotecários registrou um pico de quase 6% em junho, antes de se consolidar a 5,47% na semana passada.

O relatório da NAHB foi a segunda pesquisa do dia a mostrar uma repentina deterioração acentuada da atividade comercial. Mais cedo, o índice Empire State de atividade industrial, da sucursal do Federal Reserve em Nova York, registrou uma forte queda, devido a um acentuado recuo em novas encomendas.

Venezuela acumula inflação de 48,4% até julho, aponta Banco Central do país

A Venezuela acumulou uma inflação de 48,4% nos primeiros sete meses deste ano, com altas de 11,4% apenas em junho e 7,5% em julho, segundo dados divulgados pelo Banco Central do país (BCV).

A instituição não atualizava informações sobre o comportamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) desde 17 de junho, quando anunciou que a variação em maio foi de 6,5% para cima.

Agora, dados oficiais mostram que os preços de produtos e serviços quase dobraram em junho, embora o aumento tenha desacelerado no mês passado para 7,5%.

As médias dos últimos dois meses são as mais altas até agora neste ano, sendo junho o único período com inflação de dois dígitos em 2022.

Os segmentos da economia que mais registraram aumentos no mês passado foram os de serviços de educação (12%), lazer e cultura (10,8%) e serviços de habitação (9,5%).

Por outro lado, a medição elaborada pelo Observatório de Finanças da Venezuela (OVF), um órgão independente, apontou uma inflação acumulada de 62% nos primeiros sete meses do ano.

Produção manufatureira dos EUA acelera em julho

A produção fabril dos Estados Unidos aumentou mais do que o esperado em julho, puxada pela atividade nas fábricas de automóveis e de outros setores, num indicativo de força na manufatura apesar da diminuição da confiança empresarial.

A produção manufatureira cresceu 0,7% no mês passado, após cair 0,4% em junho, informou o Federal Reserve.

Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,2%. Na comparação com julho de 2021, a produção aumentou 3,2%.

A manufatura, que representa 11,9% da economia norte-americana, continua apoiada pela forte demanda por bens, mesmo com os gastos retornando gradualmente para os serviços. Mas os riscos estão aumentando, com os varejistas com excesso de estoque, especialmente de vestuário.

Um dólar forte como resultado de uma política monetária mais apertada pode tornar as exportações dos EUA mais caras. O Banco Central norte-americano elevou sua taxa básica de juros em 225 pontos-base desde março. O aperto agressivo da política monetária aumentou temores de uma recessão, prejudicando a confiança empresarial.

A produção nas fábricas de automóveis saltou 6,6% no mês passado. Excluindo veículos automotores, a manufatura cresceu 0,3%. A produção de bens de consumo duráveis manufaturados aumentou 3,5%, enquanto a de bens de consumo não duráveis caiu 0,3%.

A mineração aumentou 0,7%, ainda sustentada pela extração de petróleo e gás. A produção de empresas de serviços públicos caiu 0,8%. O aumento na produção de manufatura e mineração ajudou a elevar a produção industrial geral em 0,6% em julho, depois de ficar estável em junho.

A utilização da capacidade instalada do setor manufatureiro, uma medida de como as empresas estão usando seus recursos de forma plena, aumentou 0,50 ponto percentual, para 79,8% em julho. O índice está 1,6 ponto percentual acima de sua média de longo prazo. O uso geral da capacidade do setor industrial subiu para 80,3% no mês passado, de 79,9% em junho e está 0,7 ponto acima da média entre 1972 e 2021.

Autoridades do Fed tendem a olhar para as medidas de uso da capacidade em busca de sinais de quanta “folga” permanece na economia, até que ponto o crescimento tem espaço para acelerar antes de se tornar inflacionário.

Biden assina legislação massiva sobre clima e saúde

O presidente Joe Biden sancionou o projeto de lei de mudança climática e de saúde dos democratas, entregando o que ele chamou de “peça final” de sua agenda doméstica reduzida, já que pretende aumentar a posição de seu partido com eleitores menos de três meses antes das eleições intercalares.

A legislação inclui o investimento federal mais substancial da história para combater as mudanças climáticas, cerca de US$ 375 bilhões ao longo da década, e limitaria os custos de medicamentos prescritos em US$ 2.000 desembolsados ​​anualmente para os beneficiários do Medicare. Também ajudaria cerca de 13 milhões de americanos a pagar pelo seguro de saúde, estendendo os subsídios fornecidos durante a pandemia de Coronavírus.

A medida é custeada por novos impostos sobre grandes empresas e aumento da fiscalização do IRS de pessoas físicas e jurídicas ricas, com recursos adicionais para reduzir o déficit federal.

Em um evento de assinatura triunfante na Casa Branca, Biden apontou a lei como prova de que a democracia, não importa quão longo ou confuso o processo, ainda pode entregar aos eleitores nos Estados Unidos enquanto ele testou uma linha que provavelmente repetirá no final deste outono. antes das eleições: “O povo americano venceu e os interesses especiais perderam”.

“Neste momento histórico, os democratas ficaram do lado do povo americano, e todos os republicanos no Congresso ficaram do lado dos interesses especiais nesta votação”, disse Biden, repetidamente aproveitando o contraste entre seu partido e o Partido Republicano. “Cada um.”

A Câmara aprovou a medida em uma votação partidária 220-207. Ele passou no Senado dias antes com a vice-presidente Kamala Harris quebrando um empate 50-50 na câmara.

Biden sancionou o projeto de lei durante uma pequena cerimônia no State Dining Room da Casa Branca, entre seu retorno de seis dias de férias à beira-mar na Carolina do Sul e sua partida para sua casa em Wilmington, Delaware. Ele planeja realizar uma “celebração” maior para a legislação em 6 de setembro assim que os legisladores retornarem a Washington.

Ata do Fed mostra novas altas de juros à frente, mas talvez em menor ritmo

Autoridades do Federal Reserve viram “poucas evidências” no fim do mês passado de que as pressões inflacionárias nos EUA estavam diminuindo e se prepararam para forçar a economia a desacelerar o quanto for necessário para controlar o aumento dos preços, de acordo com ata de sua reunião de política monetária de 26 e 27 de julho.

Embora não tenha insinuado explicitamente um ritmo específico para os próximos aumentos de juros, a começar pelo encontro de 20 e 21 de setembro, a ata divulgada nesta quarta-feira mostrou autoridades comprometidas em aumentar as taxas ao patamar necessário para controlar a inflação e reconhecendo que terão de atuar por menos gastos e menor crescimento geral para que isso aconteça.

Na reunião de julho, as autoridades do Fed observaram que, embora algumas partes da economia, principalmente a habitação, tenham começado a desacelerar sob o peso das condições de crédito mais apertadas, o mercado de trabalho permaneceu forte e o desemprego atingiu um nível mínimo quase recorde.

Na métrica que mais importa, no entanto, as autoridades do Fed, pelo menos no fim de julho, haviam registrado pouco progresso.

“Os participantes concordaram que havia poucas evidências até o momento de que as pressões inflacionárias estavam diminuindo”, disse a ata.

Embora alguma redução da inflação possa ocorrer por meio de melhorias nas cadeias de suprimentos globais ou quedas nos preços de combustíveis e outras commodities, parte do trabalho pesado também teria de vir de custos de empréstimos mais altos a famílias e empresas.

“Os participantes enfatizaram que uma desaceleração na demanda agregada desempenharia um papel importante na redução das pressões inflacionárias”, disse a ata.

O ritmo dos aumentos futuros dependerá, segundo a ata, dos dados econômicos recebidos, bem como das avaliações do Fed de como a economia está se adaptando às taxas mais altas já em curso.

Alguns participantes disseram sentir que os juros terão de atingir um “nível suficientemente restritivo” e permanecer lá por “algum tempo” para controlar a inflação, que está na máxima em quatro décadas.

Em um vislumbre do debate emergente no Banco Central, “muitos” participantes também notaram o risco de que o Fed “possa apertar a postura da política (monetária) mais do que o necessário para restaurar a estabilidade de preços”, o que, segundo eles, torna a sensibilidade aos próximos dados o ponto mais importante.

Queda nos preços dos combustíveis faz inflação abrandar em julho no Canadá

A taxa de inflação do Canadá caiu para os 7,6% em julho face aos 8,1% registados em junho, graças à queda dos preços dos combustíveis, segundo notícia do Financial Times.

A inflação subjacente, que exclui bens energéticos e alimentares, atingiu os 5,3% em julho, subindo face aos 5,23% registados em junho.

O registo de julho da inflação subjacente foi o maior em 32 anos, sinalizando que o Banco Central do país poderá voltar a aumentar as taxas de juro de referência de forma agressiva em setembro.

Em julho, o Banco do Canadá subiu-as ao maior ritmo em mais de 20 anos, em 1 ponto percentual, para os 2,5%.

A queda dos preços da gasolina foi o fator que mais contribuiu para o abrandamento da inflação, caindo 9% em julho face ao mês anterior, a maior quebra em cadeia desde 2020. Porém, continuavam 36% acima dos preços de julho de 2021.

A taxa de inflação norte-americana também beneficiou da queda dos preços do crude nos mercados internacionais, caindo de uma variação anual de 9,1% em junho para os 8,5% em julho. Porém, tal como o Banco do Canadá, a Reserva Federal, o Banco Central norte-americano, não quer dar mostras de complacência em relação à tendência de subida dos preços e pode voltar a subir as taxas de juro de referência de forma agressiva.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (15), as bolsas europeias fecharam em alta, a sessão foi marcada pela volatilidade, sendo que os índices foram pressionados em grande parte do dia após a divulgação de indicadores decepcionantes da China. Os dados renovaram temores sobre a economia global e derrubaram os preços de commodities, como petróleo e cobre. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,34%, a 442,35 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,25%, a 6.569,95 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,15%, a 13.816,61 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,43%, a 6.194,53 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,32%, a 8.427,00 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,11%, a 7.509,15 pontos.

Na terça-feira (16), as bolsas europeias fecharam em alta, impulsionadas por setores defensivos e mineradoras, embora as preocupações com uma possível recessão tenham limitado a alta. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,16%, a 443,07 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,34%, a 6.592,58 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,68%, a 13.910,12 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,66%, a 6.235,43 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,32%, a 8.427,00 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,01%, a 8.511,90 pontos.

Na quarta-feira (17), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, com operadores decepcionados com dado locais. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido subiu ao maior nível em quatro décadas, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre foi revisado para baixo. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,91%, a 439,03 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,97%, a 6.528,32 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 2,04%, a 13.626,71 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,53%, a 6.268,77 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,91%, a 8.434,80 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,27%, a 7.515,75 pontos.

Na quinta-feira (18), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, conforme os investidores reavaliam as perspectivas para a política monetária do Federal Reserve (Fed). As ações do setor de energia lideraram os ganhos, acompanhando o avanço nos preços do petróleo. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,39%, a 440,76 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,45%, a 6.557,40 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,52%, a 13.697,41 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,015%, a 6.269,69 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,05%, a 8.430,30 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,35%, a 7.541,85 pontos.

Economia russa encolhe 4% no 2º trimestre sob peso de sanções

A economia russa encolheu 4,0% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, no primeiro trimestre completo inserido no que a Rússia chama de “operação militar especial” na Ucrânia, mostraram dados preliminares do serviço federal de estatísticas Rosstat.

A economia está mergulhando em recessão, depois que Moscou enviou suas forças armadas para a Ucrânia, em 24 de fevereiro, provocando amplas restrições ocidentais a seus setores de energia e financeiro, incluindo o congelamento de reservas russas mantidas no exterior, levando dezenas de empresas ocidentais a abandonar o mercado russo.

A Rosstat não forneceu mais detalhes, mas analistas disseram que a contração foi causada pela fraqueza na demanda do consumidor e pelas consequências das sanções.

“Os dados de junho sugerem que a contração da economia russa parece ter chegado ao fundo do poço, já que a situação em alguns setores está se estabilizando”, disse Sergey Konygin, economista do Sinara Investment Bank.

A contração do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre não foi tão profunda quanto o esperado. Analistas consultados pela Reuters previam, em média, que o PIB encolheria 7% sobre um ano antes no período de abril a junho, após crescimento de 3,5% no primeiro trimestre.

Analistas do Banco Central russo esperavam que o PIB recuasse 4,3% no segundo trimestre sobre o mesmo período de 2021, dizendo que estava a caminho de cair 7% no terceiro trimestre. O Banco Central projeta que a economia começará a se recuperar no segundo semestre de 2023.

Dado o ambiente político altamente volátil, as previsões oficiais para a profundidade da recessão da Rússia variam.

O Ministério da Economia disse em abril que o PIB pode cair mais de 12% este ano, após um crescimento de 4,7% em 2021, no que seria a maior contração desde meados da década de 1990.

Mas as previsões melhoraram desde então, à medida que a Rússia resiste às restrições.

O Banco Central russo previu em abril que o PIB encolheria de 8% a 10% em 2022, mas no mês passado revisou isso para uma contração de 4% a 6%.

“A contração do PIB atingirá seu ponto mais baixo no primeiro semestre de 2023”, disse o vice-presidente do Banco Central, Alexei Zabotkin. “A economia se moverá em direção a um novo equilíbrio de longo prazo.”

Ministro das Finanças da Alemanha diz que se opõe à taxação de lucros “excessivos” das empresas

A Alemanha não deve tributar lucros “excessivos” de empresas obtidos em meio à crise econômica e energética, pois isso interferiria nas forças do mercado, disse o ministro das Finanças em entrevista, depois de ser questionado sobre taxações extraordinárias impostas em outros países da Europa.

A Itália e o Reino Unido estão entre aqueles que introduziram neste ano impostos extraordinários sobre empresas de energia que se beneficiaram muito do fornecimento mais restrito de combustível, enquanto os cofres estatais esvaziaram durante a pandemia e os custos para abrigar os mais pobres aumentaram.

“Para mim, muita coisa ou possivelmente tudo depõe contra um possível imposto sobre lucro excessivo quando penso nisso com mais atenção”, disse o ministro Christian Lindner, do Partido Liberal Democrático (FDP), à emissora pública ZDF.

“Isso significaria que entregaríamos nosso sistema tributário à arbitrariedade”, disse ele numa série de entrevistas com políticos da emissora.

O Reino Unido introduziu um imposto sobre lucros inesperados de 25% sobre os produtores de petróleo e gás em maio para ajudar a financiar o suporte governamental às famílias.

Lindner argumentou que os produtores de vacinas estavam colhendo altos lucros porque seus riscos foram altos e que, embora os suprimentos de eletricidade estejam apertados no momento, os preços mais altos foram a consequência correta para orientar as respostas do mercado.

Importações de energia levam zona do euro a déficit comercial em junho

Os países da zona do euro passaram a registrar déficit comercial em junho contra superávit 12 meses antes por causa do aumento dos preços do gás e do petróleo importados, mostraram na terça-feira (16) dados da Eurostat.

A Eurostat disse que o déficit comercial dos 19 países que compartilham o euro com o resto do mundo, não ajustado para variações sazonais, foi de 24,6 bilhões de euros em junho, comparado a um superávit de 17,2 bilhões em junho de 2021.

Ajustado sazonalmente, o déficit foi ainda maior, acelerando de 27,2 bilhões de euros em maio para 30,8 bilhões.

A Eurostat não apresentou detalhes para a zona do euro, mas para toda a União Europeia o déficit comercial em energia nos primeiros seis meses do ano quase triplicou, passando de 105,6 bilhões de euros no mesmo período de 2021 para 290,8 bilhões de euros.

A diferença comercial da UE com a Rússia, seu principal fornecedor de gás e petróleo, quase quadruplicou para 90,6 bilhões de euros nos primeiros seis meses, de 24,6 bilhões no mesmo período do ano passado.

O déficit comercial da UE com a Noruega, que o bloco vê como um substituto parcial para as importações da Rússia, aumentou com ainda mais força para 35,8 bilhões de euros nos primeiros seis meses, de apenas 500 milhões no ano anterior.

Líder russo Vladimir Putin critica EUA por Ucrânia e Taiwan

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou na terça-feira (16) Washington de tentar prolongar o conflito na Ucrânia e de alimentar conflitos em outras partes do mundo, inclusive com a visita da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan.

“A situação na Ucrânia mostra que os EUA estão tentando prolongar esse conflito. E eles agem exatamente da mesma maneira, alimentando o potencial de conflito na Ásia, África e América Latina”, disse Putin em comentários televisionados, abordando a cerimônia de abertura de uma conferência de segurança em Moscou via videolink.

“A aventura americana em relação a Taiwan não é apenas uma viagem de um político individual irresponsável, mas parte de uma estratégia intencional e consciente dos EUA para desestabilizar e tornar caótica a situação na região e no mundo”, acrescentou.

Ele disse que a visita foi uma demonstração descarada de desrespeito pela soberania de outros países e por suas obrigações internacionais (de Washington).

“Vemos isso como uma provocação cuidadosamente planejada”, disse Putin.

As relações entre Moscou e Washington estão em frangalhos desde que a Rússia lançou no final de fevereiro uma intervenção militar na Ucrânia pró-ocidental.

Atingido por uma enxurrada de sanções ocidentais sem precedentes, Putin procurou reforçar os laços com países da África e da Ásia, especialmente com a China.

Moscou estava em total solidariedade com o principal aliado Pequim durante a visita de Pelosi em agosto à autogovernada e democrática Taiwan, que a China considera seu território.

Alemanha impõe aumento nos preços de gás que podem deixar contas até 13% mais caras

A Alemanha anunciou nova taxação que vai aumentar os preços de gás e pode deixar as contas de energia até 13% mais caras. As medidas visam lidar com a falta do combustível no país depois que a Rússia cortou seu fornecimento para a Alemanha como retaliação as sanções impostas pela invasão da Ucrânia.

Em acordo com as operadoras de gasodutos da Alemanha, o governo local anunciou um imposto que vai aumentar em 2,4 centavos de euros o preço por kilowatt/hora (Kw/H) do gás consumido no país. A alta foi aplicada após mudança na legislação alemã para o novo imposto, que permite aumentos no preço do gás entre 1 e 5 centavos de euro por Kw/H.

O novo preço do gás na Alemanha deve começar a ser cobrado a partir de outubro e ficará em vigor até o início de abril. As exceções acontecerão entre os meses de novembro e dezembro.

Para uma família de quatro pessoas, o aumento equivalerá a um custo adicional de cerca de 480 euros por ano, alta de cerca de 13% segundo a Verivox, plataforma que simula consumo de energia na Alemanha.

O governo está buscando maneiras de amenizar o aumento por meio de assistência financeira às famílias mais pobres e uma proposta de redução do imposto sobre valor agregado. O primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, publicou em seu Twitter na segunda-feira (15) que “não deixaremos ninguém para trás” em meio aos custos mais altos.

O imposto sobre o gás arrecadará dinheiro para compensar os importadores alemães de gás russo, cujos contratos não permitem que eles repassem os custos dos aumentos para as contas da população. Com o corte de fornecimento russo, o gás ficou mais caro na Europa, forçando importadores a comprar gás mais caro no mercado à vista para cumprir suas obrigações.

O Ministro das Finanças e Proteção Climática, Robert Habeck, disse que 12 importadoras do país solicitaram ajuda e vão receber 34 bilhões de euros do governo, cerca de 90% de seus custos adicionais por causa dos aumentos de preços de gás, segundo a agência de notícias “dpa”.

As empresas de uso intensivo de energia pediram ao governo para limitar os encargos do novo imposto. Os produtores de aço disseram que as novas taxações podem custar até 500 milhões de euros por ano.

IPC do Reino Unido sobe mais do que o esperado em julho para 10,1%

A inflação anual no Reino Unido superou 10% com outro aumento de previsão de preços em julho.

Os preços ao consumidor subiram 0,6% desde junho, deixando o indicador em 10,1% em relação a um ano antes. É a maior taxa de inflação desde o início de 1982. A inflação dos preços de varejo, que inclui os custos de moradia, aumentou em 0,9% para 12,3%.

A subida mensal dos preços foi pouco menor do que em junho, devido a uma ligeira diminuição dos preços da gasolina durante o mês. No entanto, ainda foi mais do que a previsão consensual de 0,4%.

Os preços dos produtores também subiram mais do que o esperado, ganhando 1,6% no mês para atingir um novo máximo de 17,1% em termos anuais.

A libra subiu inicialmente em resposta, mas logo reverteu para o comércio a $1,2105, subindo apenas 0,1% no dia e abaixo de onde estava antes dos dados.

O impacto dos altos preços da energia e dos alimentos continuou sendo o principal motor por trás dos desenvolvimentos, com os alimentos contribuindo com mais da metade do aumento de 0,6%. Isto é consistente com relatos de más colheitas para alimentos sazonais devido à seca e escassez de mão-de-obra no setor agrícola.

Excluindo energia, alimentos, álcool e tabaco, os preços subiram mais modestamente 6,2%. Entretanto, os preços dos serviços voltaram a acelerar, subindo 5,7% em relação a um ano antes.

Simon French, economista chefe com Panmure Gordon, observou via Twitter que a taxa de inflação do Reino Unido ‘s está agora mais de 2 pontos percentuais acima da média dos países do G20, a maior desde 1992. Embora a mudança mensal nos preços tenha sido a mais lenta desde janeiro, ele observou que os preços tipicamente não sobem de todo em julho.

Crescimento da zona do euro no 2º tri é revisado para baixo

O crescimento econômico da zona do euro foi ligeiramente menos robusto no segundo trimestre do que o estimado anteriormente, mas ainda assim forte, mostraram na quarta-feira (17) dados revisados da agência de estatísticas europeia.

A Eurostat disse que o Produto Interno bruto dos 19 países que utilizam o euro subiu 0,6% entre abril e junho em relação ao trimestre anterior, registrando avanço de 3,9% na comparação com o ano anterior.

A agência havia estimado anteriormente o crescimento trimestral em 0,7% e alta de 4,0% na base anual.

A Eurostat também disse que o emprego na zona do euro aumentou 0,3% em relação ao trimestre anterior, com alta de 2,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Economistas acreditam que o resultado do segundo trimestre pode ter sido o último forte antes de a inflação cada vez maior e problemas na cadeia de suprimentos causarem uma recessão leve no decorrer dos próximos 12 meses.

A guerra na Ucrânia paira sobre todas as economias da Europa. A incerteza sobre o curso do conflito abalou a confiança dos consumidores e das empresas, ao mesmo tempo em que se teme que um corte total no fornecimento de gás russo mergulhe o bloco em uma recessão muito mais profunda.

Inflação da zona do euro em julho é confirmada em novo recorde de 8,9% na base anual

A inflação da zona do euro atingiu um novo recorde de 8,9% em julho, confirmou na quinta-feira (18) a agência de estatísticas da União Europeia, com o núcleo da inflação que exclui os componentes mais voláteis também subindo acentuadamente.

A Eurostat disse que os preços ao consumidor nos 19 países que utilizam o euro subiram 0,1% em julho sobre o mês anterior, registrando de 8,9% na base anual, taxa mais elevada desde que o euro foi criado em 1999.

A agência de estatísticas disse que, do total, 4,02 pontos percentuais vieram de energia mais cara, cujos custos aumentaram devido à invasão russa da Ucrânia – e 2,08 pontos de alimentos, bebidas e tabaco.

Mas mesmo quando estes componentes mais voláteis são excluídos, no que o Banco Central Europeu chama de núcleo da inflação e observa de perto para as decisões sobre as taxas de juros, os preços ainda avançaram 5,1% em julho em relação ao ano anterior.

A meta do BCE para a inflação é de 2,0%.

No mês passado, o banco iniciou um ciclo de aperto após anos de política monetária ultrafrouxa, mas ainda assim os preços dos serviços, responsáveis por mais de dois terços do PIB da zona do euro, subiram 3,7% em julho em termos anuais, adicionando 1,6 ponto percentual ao resultado final.

Os bens industriais ficaram 4,5% mais caros do que 12 meses antes, adicionando 1,16 ponto percentual ao resultado final.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (15), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, após a China anunciar um inesperado corte de juros em meio a dados econômicos decepcionantes de indústria e varejo. O índice Xangai teve queda de 0,02%, a 3.276,09 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,14%, a 28.871,78 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,67%, a 20.040,86 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,13%, a 4.185,68 pontos.

Na terça-feira (16), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, a predominância do apetite por risco na Ásia refletiu o comportamento das bolsas de Nova York, que se recuperaram ao longo do pregão de ontem, após reagirem inicialmente em baixa a dados fracos da China e dos EUA. O índice Xangai teve alta de 0,05%, a 3.277,88 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,01%, a 28.868,91 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,05%, a 19.830,52 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,19%, a 4.177,84 pontos.

Na quarta-feira (17), as bolsas asiáticas fecharam em alta, após sinais de que o governo chinês está disposto a dar mais apoio para conter a desaceleração da segunda maior economia do mundo. O índice Xangai teve alta de 0,45%, a 3.292,53 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,23%, a 29.222,77 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,46%, a 19.922,45 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,94%, a 4.216,96 pontos.

Na quinta-feira (18), as bolsas asiáticas fecharam em queda, acompanhando uma rodada de perdas em Wall Street, enquanto investidores digeriam a última ata de política monetária do Federal Reserve. O índice Xangai teve queda de 0,46%, a 3.277,54 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,96%, a 28.942,14 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,80%, a 19.763,91 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,87%, a 4.180,10 pontos.

China surpreende e corta taxas de empréstimo após decepção com dados econômicos

O Banco Central chinês cortou as principais taxas de empréstimo em uma ação inesperada na segunda-feira (15) para reavivar a demanda, já que dados mostraram que a economia desacelerou inesperadamente em julho, com as atividades industrial e varejista sofrendo com a política de Covid zero e uma crise imobiliária.

O conjunto fraco de números indica que a segunda maior economia do mundo está lutando para se livrar do impacto visto no segundo trimestre das restrições rigorosas contra a Covid, o que levou alguns economistas a rebaixar suas projeções.

A produção industrial cresceu 3,8% em julho em relação ao ano anterior, de acordo com a Agência Nacional de Estatísticas, abaixo da expansão de 3,9% em junho e de aumento de 4,6% esperado por analistas em uma pesquisa da Reuters.

As vendas no varejo, que só voltaram a crescer em junho, aumentaram 2,7% em relação ao ano anterior, contra expectativa de crescimento de 5,0% e alta de 3,1% observada em junho.

“Os dados de julho sugerem que a recuperação pós-lockdown perdeu força, pois o impulso pontual da reabertura diminuiu e os boicotes hipotecários desencadearam uma nova deterioração no setor imobiliário”, disse Julian Evans-Pritchard, economista sênior da China na Capital Economics.

“O Banco do Povo da China já está respondendo a esses obstáculos intensificando o suporte. Mas com o crescimento do crédito se mostrando menos responsivo ao afrouxamento da política monetária do que no passado, isso provavelmente não será suficiente para evitar mais fraqueza econômica.”

A economia da China escapou por pouco de uma contração no segundo trimestre, abalada pelo fechamento do centro comercial de Xangai, uma retração cada vez mais profunda no mercado imobiliário e gastos do consumidor cada vez mais fracos.

Os riscos ainda existem já que muitas cidades chinesas, incluindo centros manufatureiros e pontos turísticos populares, impuseram medidas de lockdown em julho após novos surtos da variante mais transmissível do Coronavírus, a Ômicron.

O setor imobiliário, que sofreu ainda com um boicote hipotecário que pesou sobre o sentimento do comprador, deteriorou-se em julho. O investimento imobiliário caiu 12,3% no mês passado, a taxa mais rápida deste ano, enquanto a queda nas novas vendas se intensificou para 28,9%.

Nie Wen, economista do Hwabao Trust baseado em Xangai, reduziu sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre em 1 ponto percentual, para 4%-4,5%, após os dados mais fracos do que o esperado.

O ING também cortou sua estimativa para o crescimento do PIB da China em 2022 para 4%, de 4,4% anteriormente, e advertiu que é possível uma nova redução, dependendo da força das exportações.

Economia do Japão mostra recuperação modesta de impacto da Covid no 2º trimestre

A economia do Japão recuperou-se a um ritmo mais lento do que o esperado no segundo trimestre depois das perdas causadas pela Covid-19, mostraram dados nesta segunda-feira, destacando a incerteza sobre se o consumo crescerá o suficiente para impulsionar a recuperação.

A retomada no Japão, como em muitas outras economias, tem sido prejudicada pela guerra da Ucrânia e pelo aumento dos preços das commodities, mesmo que a alta do consumo tenha sustentado o crescimento entre abril e junho.

“O consumo e os gastos de capital continuarão a impulsionar o crescimento em julho-setembro. Mas o ímpeto pode não ser tão forte, pois a inflação crescente está esfriando os gastos das famílias”, disse Atsushi Takeda, economista-chefe do Instituto de Pesquisa Econômica Itochu.

“Embora a demanda doméstica possa continuar a se expandir, a queda das exportações pode frear a recuperação do Japão”, disse Takeda.

De fato, a perspectiva para o Japão tem sido afetada pelo ressurgimento das infecções de Covid, desaceleração do crescimento global, restrições de abastecimento e aumento dos preços das matérias-primas, que eleva os custos de vida das famílias.

A terceira maior economia do mundo expandiu 2,2% entre abril e junho em taxa anualizada, mostraram dados do governo, marcando o terceiro trimestre consecutivo de aumento, mas aquém das expectativas de uma alta de 2,5%.

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,1% em dado revisado entre janeiro e março, quando o aumento dos casos de Covid prejudicou os gastos.

Coreia do Sul oferece ajuda em troca da desnuclearização da Coreia do Norte

Yoon Suk-yeol, presidente da Coreia do Sul, anunciou que vai oferecer um pacote de ajuda à Coreia do Norte. Em contrapartida, ele espera a desnuclearização do país vizinho. As duas nações estão separadas desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

O plano inclui “um programa de grande escala para fornecer infraestrutura a alimentos, fornecer assistência para construir infraestrutura, para a produção, transmissão e distribuição de energia elétrica, e projetos de modernização de portos e aeroportos”, disse Yoon, em discurso pelo aniversário de 77 anos do fim do domínio colonial japonês. “Também ajudaremos a melhorar a produção agrícola da Coreia do Norte, forneceremos assistência para modernizar seus hospitais e infraestrutura médica e realizar iniciativas financeiras para permitir investimentos internacionais e apoio”, acrescentou, insistindo que tais programas melhorariam “significativamente” as vidas norte-coreanas.

De acordo com a agência de notícias RTP, as chances de o governo norte-coreano aceitar a oferta são escassas. O país comunista investe grande parte do Produto Interno Bruto no programa de armamento.

Na semana passada, o governo da Coreia do Norte ameaçou “erradicar” funcionários sul-coreanos, acusando Seul de estar por trás do surto de covid-19 no país. Em julho, o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, disse estar “pronto a mobilizar” sua capacidade nuclear em caso de guerra com os Estados Unidos ou a Coreia do Sul.

Os peritos regionais afirmam que as hipóteses de Pyongyang aceitar a oferta apresentada no discurso inaugural de Yoon são escassas, uma vez que a Coreia do Norte, que investe grande parte do Produto Interno Bruto no programa de armamento, há muito deixou claro que não celebraria esse acordo.

A Casa Branca e Seul advertiram repetidamente, nos últimos meses, que a Coreia do Norte se prepara para realizar outro ensaio nuclear. Seria o sétimo teste com esse tipo de armamento do país.

China adota medidas para sustentar algumas incorporadoras e aumentar a demanda

A China irá garantir novas emissões de títulos por algumas poucas incorporadoras privadas selecionadas para apoiar seu setor imobiliário, disseram fontes na terça-feira (16), enquanto o órgão de planejamento estatal disse que vai impulsionar a demanda econômica e acelerar projetos de infraestrutura.

Notícias sobre o suporte estatal planejado para algumas incorporadoras privadas de melhor qualidade levaram o subíndice imobiliário do mercado acionário de Hong Kong a subir até 10% em certo momento, antes de a realização de lucros reduzir os ganhos.

As autoridades têm tentado estabilizar o setor, que responde por um quarto do PIB nacional, após uma série de calotes entre as incorporadoras e queda nas vendas de casas.

Os problemas do setor imobiliário e o consumo fraco prejudicaram a recuperação nascente em uma economia que tem sido afetada por rigorosas restrições contra a Covid. Dados de julho mostraram que a segunda maior economia do mundo desacelerou inesperadamente e que o investimento imobiliário caiu no ritmo mais rápido deste ano.

Na terça-feira (16), funcionários do órgão de planejamento estatal deram garantias de que as políticas serão orientadas para impulsionar a demanda econômica de “uma maneira forte, razoável e moderada” e que a construção de infraestrutura será acelerada no terceiro trimestre do ano.

Yuan Da, porta-voz da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, disse em uma coletiva de imprensa que bancos concederão mais crédito e que mais títulos especiais de governos locais serão emitidos.

Compradores de moradias, bem como proprietários que procuram melhorar suas casas, também receberão apoio, disse Yuan.

Há também expectativas de um corte na taxa principal de empréstimo neste mês, o que pode dar algum alívio aos detentores de hipotecas.

Primeiro-ministro Modi promete tornar a Índia um país desenvolvido em 25 anos

O primeiro-ministro Narendra Modi prometeu transformar a Índia em um país desenvolvido nos próximos 25 anos e prometeu lutar contra a corrupção e o nepotismo, enquanto o país comemora seu dia de independência. 

A Índia conquistou a independência em 15 de agosto de 1947 após mais de 200 anos de domínio britânico, quando o subcontinente foi dividido nos estados da Índia e do Paquistão.

Usando um turbante estampado com pequenas listras que combinavam com a bandeira indiana, Modi se dirigiu à nação do Forte Vermelho do século XVII em Nova Délhi para marcar os 75 anos de independência.

“Para os próximos 25 anos, precisamos nos concentrar no ‘Panch Pran’ (cinco promessas). A primeira é tornar a Índia um país desenvolvido”, disse.

“É uma grande promessa e devemos trabalhar para esse objetivo com todas as nossas forças.”

Outras promessas incluem remover qualquer vestígio da mentalidade colonial, fortalecer a unidade, orgulhar-se do legado da Índia e que todos cumpram seus deveres como cidadãos.

A Índia é classificada como uma economia de renda média baixa pelo Banco Mundial, uma distinção destinada a países com renda nacional bruta per capita entre US$ 1.086 e US$ 4.255. Países de alta renda, como os EUA, têm uma renda per capita de US$ 13.025 ou mais.

Modi disse que a Índia será guiada por ideais de autossuficiência, bem como pelo espírito de parceria internacional, a fim de alcançar seus objetivos de desenvolvimento. Ele também identificou a corrupção e o nepotismo como barreiras ao crescimento.

“A corrupção está esvaziando o país como cupins. Quero lutar contra isso e buscar seu apoio”, disse.

Mas as ambições do primeiro-ministro para uma Índia desenvolvida não levaram em conta a regressão do país quando se trata de minorias, disse o escritor Bhagwandas Morwal ao Arab.

“O discurso de Modi não tem visão, e a Índia não pode se tornar uma nação desenvolvida desviando-se do caminho do secularismo e do pluralismo”, disse Morwal.

Banco Central da China é limitado por inflação e receio sobre Fed em meio a pressão por afrouxamento monetário

O Banco Central da China deve adotar mais medidas de afrouxamento monetário, pressionado por uma economia instável que está prejudicando o emprego, mas enfrenta um espaço de manobra limitado devido a preocupações com o aumento da inflação e fuga de capitais, disseram fontes com conhecimento da política monetária e analistas.

Analistas esperam cortes nas taxas de empréstimo de referência do país já na segunda-feira (22), depois que o Banco do Povo da China reduziu inesperadamente duas taxas importantes nesta semana, após dados mostrarem que a economia desacelerou em julho.

Mas a instituição está andando numa corda bamba, buscando apoiar a economia devastada pela Covid, mas evitando estímulos maciços que poderiam aumentar as pressões inflacionárias e arriscar saídas de recursos dos mercados de ações e títulos da China, à medida que o Federal Reserve e bancos centrais de outras economias aumentam agressivamente suas próprias taxas de juros.

A economia da China evitou por pouco uma contração no segundo trimestre em meio a lockdowns generalizados e uma crise imobiliária cada vez mais profunda, que prejudicaram gravemente a confiança dos consumidores e das empresas, enquanto os casos de Covid subiram novamente nas últimas semanas. O Nomura estima que 22 cidades estão atualmente em bloqueios totais ou parciais, representando 8,8% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Atualmente, o principal problema que a China enfrenta é o crescimento econômico em desaceleração, proteger o crescimento é a principal prioridade”, disse à Reuters Yu Yongding, influente economista do governo que já assessorou o Banco Central da China.

“O que devemos fazer é continuar adotando a política fiscal e monetária expansionista, incluindo corte de juros”, disse ele.

A China provavelmente cortará sua taxa básica de empréstimo para empresas e compradores de imóveis em sua próxima reunião de definição dos juros, em 22 de agosto.

“O corte na taxa não é suficiente, devemos intensificar a flexibilização“, disse um assessor do governo que falou sob condição de anonimato.

No entanto, é improvável que o Banco Central reduza a taxa de compulsório dos bancos, uma ferramenta tradicional para aumentar a liquidez, já que o sistema financeiro já está inundado de dinheiro, disseram observadores da China.

A instituição pode, em vez disso, usar ferramentas de política monetária estruturais, como empréstimos de baixo custo, para dar apoio direcionado a pequenas empresas e setores em dificuldades favorecidos por políticas estatais, disseram eles.

Japão registra série de déficit comercial mais longa em 7 anos por custos de importação

As importações do Japão saltaram para um recorde em julho, impulsionadas pela inflação global de combustíveis e pelo iene fraco, superando as exportações e aprofundando o déficit comercial, em um sinal de piora nos termos de troca para a economia japonesa.

Os dados comerciais vieram na esteira do índice Reuters Tankan, que mostrou melhora na confiança empresarial do Japão em agosto, enquanto um indicador importante dos gastos de capital corporativo se recuperou em junho em relação ao declínio do mês anterior.

Dados do Ministério das Finanças mostraram nesta quarta-feira que as exportações cresceram 19,0% em julho em relação ao ano anterior, registrando 17 meses consecutivos de ganhos liderados por embarques de carros com destino aos Estados Unidos e embarques relacionados a chips para a China, superando as expectativas de um ganho de 18,2%.

As importações aumentaram 47,2% em julho sobre o mesmo período do ano anterior, para um recorde de 10,2 trilhões de ienes (76,06 bilhões de dólares), impulsionadas pelos custos de petróleo bruto, carvão e gás natural líquido. Isso superou as expectativas de um aumento de 45,7% e superou as exportações, elevando o déficit comercial para 1,4368 trilhão de ienes em julho.

O resultado marcou um ano inteiro de déficits comerciais mensais, a sequência mais longa desde os 32 meses de déficit até fevereiro de 2015.

A queda de 23,1% do iene em relação ao ano anterior aumentou os custos de importação, mostraram os dados.

Taxa de inflação anual saudita sobe para 2,7% em julho, impulsionada pelos altos preços dos alimentos

A taxa de inflação anual da Arábia Saudita acelerou para 2,7 por cento em julho, de 2,3 por cento em junho, de acordo com os dados recentes divulgados pela Autoridade Geral de Estatística, também conhecida como GASTAT.

O aumento no Índice de Preços ao Consumidor, como é chamado em termos técnicos, é impulsionado por um aumento nos preços de alimentos e bebidas, acrescentou GASTAT.

De acordo com o relatório, os preços de alimentos e bebidas mostraram um aumento anual de 3,9%, enquanto os preços da carne subiram 5,1%.

“Os preços de alimentos e bebidas foram os principais impulsionadores da taxa de inflação em julho de 2022 devido à sua alta importância relativa na cesta de consumo saudita com um peso de 18,8%”, disse GASTAT.

Os preços dos transportes aumentaram 3,6 por cento, principalmente devido ao aumento dos preços de compra de automóveis que subiram 4,2%.

O relatório GASTAT revelou ainda que os preços de bens pessoais e serviços no Reino também aumentaram 2,1%.

Os preços dos restaurantes e hotéis aumentaram 6,3%, devido ao aumento dos preços dos serviços de catering, que subiram 6,5%, acrescentou o relatório.

A gigante do petróleo Aramco supera as previsões com lucro recorde no segundo trimestre de US$ 48,4 bilhões

O lucro da Saudi Aramco subiu 90% no segundo trimestre de 2022, superando a mediana das previsões dos analistas com o maior lucro trimestral desde a abertura de capital em 2019.

Esperava-se que a gigante do petróleo reportasse US$ 46,2 bilhões em lucro líquido com base em 15 previsões de analistas.

Os lucros da “companhia petrolífera mais lucrativa do mundo” atingiram SR182 bilhões (US$ 48,4 bilhões) depois que a receita subiu 80% para SR562 bilhões, de acordo com um documento da bolsa.

Isso é superior a SR148 bilhões no trimestre anterior e SR95,5 bilhões no segundo trimestre de 2021.

O produtor de petróleo disse que os resultados foram impulsionados principalmente pelo aumento dos preços do petróleo, que atingiram recordes no início deste ano, maiores volumes vendidos e melhores margens a jusante.

“Nossos resultados recordes no segundo trimestre refletem a crescente demanda por nossos produtos, particularmente como um produtor de baixo custo com uma das menores intensidades de carbono upstream do setor”, disse o CEO, Amin Nasser, comentando os resultados.

“Embora a volatilidade do mercado global e a incerteza econômica permaneçam, os eventos durante o primeiro semestre deste ano apoiam nossa visão de que o investimento contínuo em nosso setor é essencial, tanto para ajudar a garantir que os mercados permaneçam bem abastecidos quanto para facilitar uma transição energética ordenada”, acrescentou.

Além dos resultados sólidos, a Aramco manteve dividendos trimestrais estáveis ​​em SR70,3 bilhões, representando um pagamento por ação de SR0,3198 a ser pago em 7 de setembro.

As despesas de capital durante o trimestre cresceram 25%, para US$ 9,4 bilhões, à medida que a Aramco continuou a investir e capturar oportunidades de crescimento.

Em termos de desempenho semestral, a Aramco superou o desempenho com um aumento de lucro de 86% para 330 bilhões de SR177 bilhões do ano anterior.

Para chegar a acordo nuclear, Irã exige novas concessões dos Estados Unidos

O Irã enviou sua resposta sobre a questão nuclear ao chefe da diplomacia europeia, Josep Borell, em que estabelece suas condições. A decisão acontece quando a União Europeia afirma que este seria um “texto final”, a ser adotado ou abandonado em definitivo.

A resposta de Teerã, enviada antes da meia-noite, exige mais concessões dos Estados Unidos. “O Irã expressou preocupação com diversos pontos pendentes. Essas não são questões que os ocidentais não possam resolver. Estamos mais próximos de um acordo, mas até que esses problemas sejam resolvidos, o trabalho não será concluído”, afirmou à RFI Seyed Mohammad Marandi, assessor da equipe de negociação iraniana.

Até então, o chefe da diplomacia iraniana, Hossein Amir Abdollahian, havia especificado que os americanos haviam demonstrado “oralmente” flexibilidade em duas das três questões pendentes, mas que o Irã queria garantias de que Washington não sairia novamente, como fez em maio de 2018, do acordo nuclear firmado em julho de 2015.

Isso significa que nada é definitivo ainda. Especialmente desde que o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, reagiu dizendo que Teerã deveria abandonar suas exigências “supérfluas”.

A União Europeia, por sua vez, “estuda” a resposta do Irã ao “texto final” elaborado pelo bloco para salvar o acordo de 2015 sobre a questão nuclear iraniana “em consulta com seus parceiros”, anunciou nesta terça-feira (16) uma porta-voz da Comissão Europeia.

Ministro do Egito discursa em encontro caribenho sobre mudança climática

Na qualidade de presidente designado da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, o ministro das Relações Exteriores do Egito fez um discurso via vídeo na abertura de uma reunião regional caribenha sobre mudanças climáticas, organizada pelas Bahamas.

Sameh Shoukry apresentou a visão do Egito para a conferência da ONU e os tópicos mais importantes de sua agenda.

Ele enfatizou a importância de passar das promessas para a implementação e de mobilizar o apoio necessário para a ação climática global.

Shoukry destacou a necessidade de apoiar os países em desenvolvimento, incluindo nações insulares, contra as repercussões das mudanças climáticas.

Antes de participar da reunião, ele realizou uma videoconferência com o primeiro-ministro das Bahamas, Philip Davis.

Arábia Saudita e Uzbequistão reforçam laços com 10 acordos de investimento no valor de US$ 12 bilhões

A Arábia Saudita e o Uzbequistão assinaram mais de 10 acordos de investimento, no valor de mais de SR45 bilhões (US$ 12 bilhões), durante uma reunião do Conselho Empresarial Saudita-Uzbequistão em Jeddah.

Os acordos abrangem vários setores e incluem uma série de acordos entre o Ministério do Investimento e Comércio Exterior da República do Uzbequistão, o Ministério da Energia da República do Uzbequistão e a ACWA Power, desenvolvedora, investidora, coproprietária e operadora de um portfólio de usinas de geração de energia e produção de água dessalinizada.

“Foram assinados mais de 10 acordos entre o Reino e o Uzbequistão em diversos setores, com um valor superior a 45 bilhões de rupias”, disse o ministro saudita de Investimentos, Khalid Al-Falih.

Em um documento da bolsa, a ACWA Power disse que assinará um acordo de US$ 2,4 bilhões com o governo do Uzbequistão para um projeto eólico de 1.500 MW.

A ser localizada em Karakalpakstan, Uzbequistão, a instalação visa abastecer 1,65 milhão de residências e compensar 2,4 milhões de toneladas de emissões de carbono por ano.

Com previsão de fechamento financeiro até o final de 2023, o projeto deverá ser totalmente comissionado até o primeiro trimestre de 2026.

Falando na 4ª reunião do conselho, Al-Falih ressaltou a necessidade de uma relação direta de importação e exportação entre o Reino e Uzbequistão, já que a maior parte do comércio entre os dois países está acontecendo através da Turquia e dos Emirados Árabes Unidos.

Ele disse que o Uzbequistão é um grande ator na agricultura, imóveis, hospitalidade e recursos humanos.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
19/08/2022