Cenário Econômico Internacional – 02/09/2022

Cenário Econômico Internacional – 02/09/2022

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Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Bancos Centrais precisam ser decisivos contra inflação, diz Gopinath, do FMI

As decisões enfrentadas pelos Bancos Centrais globais, sobre emprego, inflação e crescimento, devem piorar nos próximos anos, à medida que o mundo luta para ajustar os mercados de trabalho e as cadeias de suprimentos e as pressões inflacionárias continuam, disse Gita Gopinath, primeira vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, a formuladores de política monetária.

Dados os riscos de a inflação se tornar enraizada, Gopinath disse que os principais bancos centrais precisarão ser uniformemente rígidos, apesar dos possíveis custos.

“Os Bancos Centrais devem agir decisivamente para trazer a inflação de volta à meta e ancorar as expectativas de inflação”, disse ela na conferência de bancos centrais de Jackson Hole em Wyoming.

Suas observações são parte do que se tornou uma rápida redefinição na forma como autoridades dos bancos centrais estão abordando seus cargos, com muitos enfrentando aumentos rápidos de preços pela primeira vez em suas carreiras.

Abordagens de política monetária que pareciam justificadas até alguns meses atrás, como administrar uma economia “quente” para aumentar os empregos e assumir que os choques de oferta desapareceriam, não parecem mais seguras, disse Gopinath.

Se a prática passada era “olhar além” dos problemas de oferta na suposição de que as empresas se ajustariam, “a pandemia e a guerra sugerem que choques temporários de oferta podem ter efeitos mais amplos e persistentes sobre a inflação quando uma economia é muito forte, ou os choques são muitos. Sob tais condições, os bancos centrais podem precisar reagir de forma mais agressiva para controlar a inflação”, disse ela.

Da mesma forma, os esforços para usar uma política monetária frouxa para obter ganhos de emprego mais fortes “criam um risco de inflação significativo”, disse Gopinath. “As pressões inflacionárias podem se tornar muito mais intensas à medida que o desemprego cai para níveis baixos e setores-chave enfrentam restrições de oferta. Dificuldades ao medir o hiato econômico tornam difícil dizer quando exatamente a inflação chegará, mas os riscos são ainda maiores em uma economia quente.”

As observações de Gopinath refletem o esforço urgente ainda em andamento entre os bancos centrais globais e instituições econômicas para entender o atual surto de inflação e determinar se ele está enraizado em mudanças permanentes na economia desencadeadas pela pandemia e pela invasão russa da Ucrânia.

Missão da ONU fará inspeção em usina nuclear na Ucrânia

O grupo da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que irá realizar uma inspeção na usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, deixou Viena, na Áustria, e deve chegar em Kiev ainda nesta semana, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores ucraniano.

“Espera-se que a missão comece a trabalhar na usina nuclear nos próximos dias”, escreveu o porta-voz do ministério, Oleg Nikolenko, nas redes sociais.

O complexo nuclear da região, o maior da Europa, foi tomado pelo Exército russo em março, pouco depois do início da guerra, mas segue sendo administrado por técnicos ucranianos.

Nas últimas semanas, ele se tornou um dos principais focos da guerra após Moscou e Kiev se acusarem mutuamente de atacar o local, levantando temores de um possível colapso nuclear.

Por meio do Twitter, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, disse que estão presentes na comitiva especialistas em segurança nuclear, que irão averiguar os danos que a usina sofreu ao longo dos meses de guerra.

“A instalação não deve ser usada como parte de nenhuma operação militar. Em vez disso, é necessário um acordo urgente para restabelecer a infraestrutura puramente civil de Zaporizhzhia e garantir a segurança da área”, disse ele durante visita à Lviv, no oeste ucraniano.

No entanto, o Kremlin define como “inaceitável” qualquer proposta de desmilitarização da área ao redor do complexo e disse que considera a possibilidade de fechar as portas da usina caso novos ataques continuem acontecendo.

Economia global enfrenta maior desafio em décadas, alertam formuladores de política monetária

As principais autoridades multilaterais e formuladores de políticas monetárias alertaram que os banqueiros centrais enfrentam um cenário econômico mais desafiador do que enfrentaram em décadas e terão dificuldade em erradicar a alta inflação.

As principais autoridades econômicas do mundo neste fim de semana soaram o alarme da força de trabalho contra o Federal Reserve, Banco Central Europeu e outros Bancos Centrais enquanto enfrentam a pior inflação em décadas. Falando na reunião anual de banqueiros centrais em Jackson Hole, Wyoming, muitos disseram que a economia global está entrando em uma era nova e mais difícil.

“Pelo menos nos próximos cinco anos, a formulação de políticas monetárias será mais difícil do que nas duas décadas anteriores ao início da pandemia”, disse Gita Gopinath, vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, ao Financial Times.

“Estamos em um ambiente em que os choques de oferta serão mais voláteis do que estamos acostumados, e isso levará a compensações mais caras para a política monetária”, disse ela.

O ritmo de crescimento dos preços disparou à medida que as interrupções na cadeia de suprimentos causadas pela Covid-19 colidiram com a crescente demanda do consumidor, alimentada por apoio fiscal e monetário sem precedentes desde o início da pandemia. A invasão russa total da Ucrânia desencadeou uma série de choques de commodities que restringiram ainda mais a oferta e aumentaram os preços.

Essa dinâmica forçou os Bancos Centrais a apertar agressivamente a política monetária para garantir que a inflação não se torne profundamente enraizada na economia global. Mas, dada a sua capacidade limitada de lidar com questões de abastecimento, muitos temem que terão que suportar mais sofrimento econômico do que no passado para restaurar a estabilidade de preços.

David Malpass, presidente do Banco Mundial, alertou que as ferramentas do Banco Central, especialmente nas economias avançadas, são inadequadas para lidar com as pressões inflacionárias relacionadas à oferta que impulsionam grande parte da recente alta da inflação.

“O aumento de preços tem que competir com muito atrito dentro da economia, então acho que esse é o maior desafio deles”, disse ele. “Você aumenta as taxas na esperança de conter a inflação, mas isso é neutralizado por muito atrito na cadeia de suprimentos e no ciclo de produção.”

PIB dos países da OCDE cresceu 0,3% no 2º trimestre, alento frente ao risco de recessão da economia mundial

O Produto Interno Bruto (PIB) dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cresceu 0,3% no 2º trimestre de 2022 na comparação com o mesmo período do ano anterior. O número traz um alento para a economia global, que muitos especialistas veem estar próxima de uma recessão.

No G-7 (grupo das sete maiores economias ricas), os resultados econômicos de Itália e Japão fizeram com que os países superassem seus níveis de PIB pré-pandemia, referentes ao 4º trimestre de 2019, pela primeira vez neste 2º trimestre de 2022, em 1,0% e 0,2%, respectivamente. Além disso, a economia da Alemanha atingiu seu nível pré-pandemia pela primeira vez. Em todo o G-7, o crescimento econômico foi de 0,2%, uma alta da estagnação registrada no período anterior. Com os resultados dos últimos três meses, todos os países do G-7 têm suas economias no mesmo patamar ou acima do nível registrado antes da pandemia.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (29), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, após fortes perdas na semana passada, em meio à persistência de preocupações com a determinação do Federal Reserve de elevar agressivamente a taxa de juros para combater a inflação mesmo diante da desaceleração econômica. O índice Dow Jones teve queda de 0,57%, a 32.098,99 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,67%, a 4.030,61 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,02%, a 12.017,67 pontos.

Na terça-feira (30), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, a abertura positiva logo deu lugar a quadro negativo, impulsionado por alguns indicadores que reforçam apostas de aperto na política monetária. Entre os setores, o de energia foi o que mais caiu, em dia de queda forte do petróleo. O índice Dow Jones teve queda de 0,96%, a 31.790,87 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,10%, a 3.986,16 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,12%, a 11.883,14 pontos.

Na quarta-feira (31), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, o pregão foi de bastante volatilidade, com indicadores, os sinais do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) e notícias corporativas em foco. O índice Dow Jones teve queda de 0,88%, a 31.510,43 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,78%, a 3.955,00 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,56%, a 11.816,20 pontos.

Na quinta-feira (01), as bolsas de valores de Nova York operavam em queda, com novos sinais de um mercado de trabalho apertado aumentando as apostas em favor da abordagem agressiva do Federal Reserve, o que elevada os rendimentos dos títulos e pressionava as ações de crescimento. Por volta das 15h00, o índice Dow Jones registrava queda de 0,22%, a 31.440,60 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,67%, a 3.928,68 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 1,61%, a 11.625,48 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 26.08.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (26) cotado a R$ 5,0781 com queda de 0,67%. O dólar fechou no menor valor em duas semanas ante o real, firmando baixa na sessão vespertina após entrar numa montanha-russa logo depois das primeiras declarações do chefe do Banco Central norte-americano em aguardado discurso.

Na segunda-feira (29) – O dólar à vista registrou queda de 0,88%, cotado a R$ 5,0334 na venda. A valorização internacional do petróleo e os juros altos no Brasil fizeram o dólar aproximar-se de R$ 5 e cair para a menor cotação desde meados de junho. O dólar oscilou entre R$ 5,0907 na máxima e R$ 5,011 na mínima.

Na terça-feira (30) – O dólar à vista registrou alta de 1,58%, cotado a R$ 5,1130 na venda. O enfraquecimento do real se deu em meio a um tombo das divisas emergentes frente à moeda norte-americana, em dia marcado por baixa dos preços das commodities, em especial do petróleo. O dólar oscilou entre R$ 5,12 na máxima e R$ 5,011 na mínima.

Na quarta-feira (31) – O dólar à vista registrou alta de 1,73%, cotado a R$ 5,2015 na venda. As dúvidas sobre o aumento de juros em economias avançadas voltaram a pesar sobre o mercado financeiro. O dólar, que vinha caindo no mês, superou a barreira de R$ 5,20 e encerrou agosto em alta. O dólar oscilou entre R$ 5,2104 na máxima e R$ 5,133 na mínima.

Na quinta-feira (01) – Por volta das 15h00, o dólar operava em alta de 0,83% cotado a R$ 5,2474 na venda. Pegando carona num rali da moeda norte-americana no exterior que a levou a renovar máximas em duas décadas contra uma cesta de moedas, em dia de nova queda nas bolsas de valores globais e de escalada nas taxas dos títulos soberanos dos EUA.

Economia do México atende às expectativas e cresce 0,9% no 2º trimestre

A economia do México cresceu 0,9% no segundo trimestre em relação aos três meses anteriores, ligeiramente abaixo dos dados preliminares, mas ainda o suficiente para levar o país ao segundo trimestre positivo consecutivo, disse a agência de estatísticas INEGI.

A segunda maior economia da América Latina apresentou crescimento generalizado no período, com os setores primário, secundário e terciário registrando um aumento de 0,9% cada, segundo o INEGI.

Os dados mais recentes vieram em linha com as expectativas em uma pesquisa da Reuters com economistas, embora abaixo da estimativa preliminar divulgada no final do mês passado, que apontava para uma expansão de 1%.

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a economia mexicana cresceu 2,0% no segundo trimestre, impulsionada principalmente pelo aumento de 3,3% no setor secundário, que inclui atividades manufatureiras. O aumento também correspondeu às previsões do mercado.

No primeiro trimestre, a economia do México cresceu 1,0% em relação ao período de três meses anterior, um pouco mais do que o estimado inicialmente em meio a uma recuperação na indústria e serviços.

Senadora Elizabeth Warren diz temer que Fed leve economia dos EUA à recessão

A senadora democrata dos Estados Unidos Elizabeth Warren disse neste domingo que está muito preocupada que o Federal Reserve (Fed) leve a economia do país à recessão, e que as elevações nas taxas de juros deixem as pessoas sem trabalho.

“Você sabe o que é pior do que preços altos e uma economia forte? São preços altos e milhões de pessoas desempregadas. Estou muito preocupada que o Fed vá levar essa economia à recessão”, disse Warren à CNN norte-americana no domingo (28).

O chair do Banco Central dos EUA, Jerome Powell, alertou na sexta-feira (26) que os norte-americanos estão caminhando em direção a um período de crescimento econômico lento e possivelmente aumento do desemprego, enquanto o Fed eleva as taxas de juros para combater a alta inflação.

Powell disse em discurso na sexta-feira que o Fed aumentará os juros o quanto for necessário e os manterá nesses níveis “por algum tempo” para reduzir a inflação que está mais de três vezes acima da meta de 2% do Fed.

“Embora a taxa de juros mais alta, o crescimento mais lento e as condições mais brandas do mercado de trabalho reduzam a inflação, também trarão alguma dor para famílias e empresas. Esses são os custos infelizes de reduzir a inflação. Mas falhar em restaurar a estabilidade de preços significaria uma dor muito maior”, disse Powell em seu discurso.

“O que ele chama de ‘alguma dor’ significa tirar as pessoas do trabalho, fechar pequenas empresas porque o custo do dinheiro sobe à medida que as taxas de juros sobem”, disse Warren, cujas visões sobre a economia costumam ter influência entre os democratas progressistas.

Warren disse que a inflação está alta em parte devido aos problemas na cadeia de suprimentos, à pandemia de Covid-19 e à guerra entre Rússia e Ucrânia.

“Não há nada em aumentar os juros, nada na caixa de ferramentas de Jerome Powell, que lide diretamente com isso e ele admitiu isso em audiências no Congresso”, disse Warren.

Na Argentina, corte para a saúde e educação e mais investimentos em estatais

O governo argentino vai fazer cortes na educação, na saúde e em obras públicas, além de outras pastas, para tentar reduzir o déficit fiscal do país. Mas, ao mesmo tempo, aumentará o investimento em estatais, conforme decisão do Ministério da Economia do país.

Estima-se que as 34 empresas estatais concentrem cerca de 90 mil funcionários, o dobro do quadro dos poderes Judiciário e Legislativo juntos. A maior parte do orçamento vai para os salários, conforme balanços feitos ao final do segundo trimestre. De acordo com a análise de Laura Serra, economista do jornal argentino La Nacion, apesar de tanto investimento, a maioria das estatais são subexecutadas.

As empresas públicas estão no olho do furacão porque os prejuízos que geram contribuem para aprofundar o déficit fiscal, problema estrutural argentino, mas seguem ilesas aos cortes do Estado.

Um terço do que foi cortado das principais pastas do governo, como educação e saúde, equivale ao investimento nas estatais de 37.000 milhões de pesos (mais de 1,3 trilhão de reais).

“Recentemente, o Poder Executivo anunciou o congelamento de receitas para o setor público nacional.  Mas desde o final de 2020, 135 mil pessoas entraram no Estado.  Temos cada vez mais Estado, mas cada vez mais pobreza.  É claro que só gastando mais não vamos resolver a situação desses compatriotas”, resume o senador Martín Lousteau (do partido Evolução Radical).

Líderes da Comunidade Andina querem adesão de Chile, Venezuela e Argentina

A Comunidade Andina deseja que Venezuela, Chile e Argentina se juntem ao bloco para promover agendas regionais e enfrentar melhor os desafios globais, afirmaram os líderes do grupo, em um momento em que grande parte da América do Sul se desloca para a esquerda do espectro político.

A Comunidade Andina, formada por Colômbia, Equador, Peru e Bolívia, envolve atualmente cerca de 111 milhões de habitantes, e é um dos blocos mais antigos da região.

A Venezuela renunciou à comunidade nos anos 2000 sob o governo do socialista Hugo Chávez, e o Chile, um dos fundadores do bloco em 1969, atualmente tem status de membro associado após se retirar em 1976 durante a ditadura de direita do general Augusto Pinochet.

A Argentina, a terceira maior economia da América Latina depois do Brasil e do México, nunca pertenceu ao grupo.

“Acho que devemos ser mais poderosos, reunir mais vozes”, disse o presidente colombiano, Gustavo Petro, em discurso na sede do bloco em Lima, em sua primeira viagem ao exterior desde que assumiu o cargo no início de agosto.

“Se conseguirmos integrar novamente o Chile e a Venezuela, (e) a Argentina como uma nova etapa, acho que isso mudaria substancialmente e nossa voz seria ouvida com muito mais clareza nos palcos mundiais”, afirmou.

Com exceção do Equador, com o ex-banqueiro e empresário Guillermo Lasso na Presidência, novos ventos sopram na região andina com os líderes de esquerda da Colômbia, Gustavo Petro; da Bolívia, Luis Arce, e do Peru, Pedro Castillo. No Chile, o esquerdista Gabriel Boric assumiu o poder este ano e na Venezuela está o presidente Nicolás Maduro.

Os presidentes andinos estão em Lima para a transferência da presidência temporária do bloco do Equador para o Peru.

Brasil e EUA reafirmam compromisso em remover barreiras não-tarifárias

O Brasil e os Estados Unidos refirmaram, em comunicado conjunto, o compromisso em prevenir e em reduzir as barreiras não-tarifárias no comércio bilateral. O texto destacou as iniciativas promovidas em sessão de diálogo comercial realizado em Washington em 21 de julho.

Embora tenha sido assinado na última sexta-feira (26), o comunicado só foi divulgado na terça-feira (30) pelo Ministério da Economia.

Durante a sessão de diálogo, os representantes brasileiros e norte-americanos apresentaram os avanços obtidos na agenda bilateral. A reunião foi copresidida pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia e pela Subsecretaria de Comércio Internacional do Departamento de Comércio dos Estados Unidos.

Na rodada de conversas, foram abordadas questões prioritárias para ambos os governos e o setor privado. Os temas foram distribuídos em grupos temáticos nos seguintes eixos: facilitação do comércio, boas práticas regulatórias, procedimentos de avaliação da conformidade, padrões e metrologia, propriedade intelectual e economia digital.

Criado em 2006, o Diálogo Comercial entre Brasil e Estados Unidos é o mecanismo de cooperação bilateral que se manteve ativo por mais tempo entre os dois países. A iniciativa tem como principal objetivo incentivar o fluxo de comércio e de investimentos mútuos, por meio da prevenção, da redução e da eliminação de barreiras não tarifárias.

Nos últimos anos, a agenda se expandiu, com a inclusão de órgãos nas discussões. Pelo lado brasileiro também participam representantes do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e de outros ministérios e agências reguladoras.

O próximo encontro deve ocorrer em Brasília, em 2023, em data a ser definida.

Mester, do Fed, defende taxa de juros “um pouco acima” de 4%

O Federal Reserve precisará aumentar a taxa de juros um pouco acima de 4% até o início do próximo ano e depois mantê-la lá para levar a inflação alta de volta à meta do Banco Central, disse a presidente do Federal Reserve de Cleveland, Loretta Mester, na quarta-feira (31).

“Minha visão atual é que será necessário elevar a taxa básica de juros para um pouco acima de 4% no início do próximo ano e mantê-la lá; não prevejo que o Fed corte a meta de juros no próximo ano”, disse Mester em comentários preparados para uma câmara de comércio local em Dayton, Ohio.

Atualmente, a taxa básica de juros do Fed está na faixa de 2,25% a 2,5%. Mester também repetiu comentários anteriores de que baseará sua decisão sobre se irá defender um terceiro aumento consecutivo da taxa de juros de 75 pontos-base no próximo mês principalmente nas perspectivas de inflação, em vez do relatório mensal de empregos.

A presidente do Fed de Cleveland disse que é muito cedo para concluir que a inflação atingiu o pico. Reduzir a inflação para a meta de 2% do Fed exigirá muita coragem, acrescentou Mester.

“Isso será doloroso no curto prazo, mas a inflação alta também”, disse Mester.

PIB do Canadá avança 3,3% no 2º trimestre, na leitura anualizada

O Produto Interno Bruto (PIB) do Canadá cresceu 3,3% no segundo trimestre, em resultados anualizados, na leitura oficial do Statistics Canada, abaixo da previsão de 4,4% dos analistas do TD Securities. No mês passado, o Banco do Canadá havia projetado avanço de 4,0% no PIB do período.

O setor imobiliário tem pesado na economia do Canadá, no contexto atual de altas de juros para conter a inflação. No primeiro trimestre, o avanço anualizado foi de 3,1%, que também havia ficado abaixo do esperado.

O PIB cresceu 0,8% no segundo trimestre ante o primeiro. Trata-se do quarto avanço consecutivo desse componente, apontou a agência oficial de estatísticas do país.

O levantamento também mostrou que as importações cresceram mais que as exportações no segundo trimestre.

Além disso, apontou que alguns programas de apoio do governo foram retirados no segundo trimestre no país, com os subsídios federais abaixo dos níveis de 2020 e 2021.

Criação de vagas no setor privado dos EUA desacelera em agosto, mostra ADP

O setor privado dos Estados Unidos contratou 132 mil trabalhadores em agosto, após 268 mil em julho, mostrou o Relatório Nacional de Emprego da ADP, em número que pode indicar erroneamente uma desaceleração mais forte do mercado de trabalho, já que dados do governo continuam apontando firme demanda por trabalhadores e condições muito apertadas no setor.

“Nossos dados sugerem uma mudança para um ritmo mais conservador de contratação, possivelmente à medida que as empresas tentam decifrar os sinais conflitantes da economia”, disse Nela Richardson, economista-chefe da ADP.

“Podemos estar em um ponto de inflexão, de geração turbinada de postos de trabalho para algo mais normal.”

Dados do governo mostraram na terça-feira (30) 11,2 milhões de vagas em aberto no último dia útil de julho, com duas vagas para cada desempregado. Apesar do ritmo acelerado de aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve para conter a inflação, não houve demissões generalizadas, com pedidos semanais de seguro-desemprego ainda em níveis consideravelmente baixos.

A divulgação do relatório da ADP havia sido suspensa para os meses de junho e julho enquanto a empresa reformulava a metodologia dos dados após um histórico ruim de previsão do componente de emprego privado dentro do mais abrangente relatório do Departamento do Trabalho norte-americano.

O relatório foi publicado antes do dado de emprego mais abrangente do Departamento do Trabalho, observado de perto pelo mercado, que será divulgado na sexta-feira (02). De acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas, a criação de vagas no setor privado provavelmente foi de 300 mil em agosto, contra 471 mil em julho.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (29), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, com os papéis de tecnologia na lanterna conforme os rendimentos dos títulos subiram na esteira de comentários de autoridades de bancos centrais, que aumentaram os temores de medidas agressivas para conter a inflação em meio a riscos crescentes de recessão. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,81%, a 422,65 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,83%, a 6.222,28 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,61%, a 12.892,99 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,48%, a 6.112,27 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,92%, a 7.989,60 pontos. O índice FTSE 100 não teve operações devido a feriado.

Na terça-feira (30), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, em parte influenciadas pela manhã negativa em Nova York. A perspectiva de mais aperto monetário pelo Banco Central Europeu (BCE) e o risco de recessão na zona do euro estiveram em foco, enquanto ações de bancos chegaram a apoiar algumas praças. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,67%, a 419,81 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,19%, a 6.210,22 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,53%, a 12.961,14 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,50%, a 6.020,56 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,12%, a 7.979,80 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,88%, a 7.361,63 pontos.

Na quarta-feira (31), as bolsas europeias fecharam em queda, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) atingiu um novo recorde na zona do euro e fortaleceu as expectativas de um Banco Central Europeu (BCE) agressivo contra a inflação na decisão monetária da semana que vem. Em meio a falas de dirigentes da instituição, as projeções para aumento de 75 pontos-base (pb) nos juros básicos aumentam. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,12%, a 415,12 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,37%, a 6.125,10 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,97%, a 12.834,96 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,42%, a 5.995,24 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,17%, a 7.886,10 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,05%, a 7.284,15 pontos.

Na quinta-feira (01), as bolsas europeias fecharam em queda, chegando a cair para mínimas em sete semanas, devido às crescentes preocupações com aumentos agressivos dos juros e inflação recorde na região. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,80%, a 407,66 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,48%, a 6.034,31 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,60%, a 12.630,23 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,56%, a 5.961,93 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,02%, a 7.806,00 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,86%, a 7.148,50 pontos.

Inflação e energia cara na Itália; 120 mil empresas e 370 mil empregos em risco

A corrida contínua de alta de energia e inflação perto de 8%, quase 80% devido precisamente ao aumento dos preços das commodities energéticas – coloca em risco entre agora e os primeiros seis meses do ano de 2023 cerca de 120 mil empresas em o setor de serviços e 370 mil empregos.

É o que diz uma nota do Confcommercio-Imprese para a Itália, que estima o impacto dos recentes aumentos de energia e inflação nas empresas do setor de serviços.

Entre os setores mais expostos, o comércio, em particular a média e grande distribuição alimentar que em julho viu quintuplicar as faturas de eletricidade e gás, a restauração e a hotelaria com triplicar os aumentos face a julho de 2021, os transportes que para além dos combustíveis caros (+30- 35% desde o início da pandemia até hoje) agora estão tendo que parar os veículos a gás metano devido ao aumento dos preços das matérias-primas.

No entanto, os freelancers, as agências de viagens, as atividades artísticas e desportivas, os serviços de apoio às empresas e o setor do vestuário também são fortemente afetados por esta situação, que, após uma época de vendas marginalmente favorável, deve agora sofrer aumentos substanciais.

No geral, de acordo com os números da associação, o gasto energético para os setores terciários em 2022 será de 33 bilhões de euros, o triplo em relação a 2021 (11 bilhões) e mais que o dobro em relação a 2019 (14,9 bilhões).

Um cenário bastante preocupante e que, na ausência de intervenções específicas e novas medidas de apoio, corre o risco, também face às novas restrições ao fornecimento de gás anunciadas pela Rússia, de aumentar o número de empresas que poderão sair do mercado negócios e causar uma forte desaceleração da economia no segundo semestre do ano.

“Os custos de energia são agora uma verdadeira emergência”, comentou o presidente do Confcommercio Carlo Sangalli. “Em particular, as empresas do setor de serviços vão pagar uma conta igual a 33 bilhões, o triplo em relação a um ano atrás. de gás”, disse.

Segundo Sangalli, é vital reduzir drasticamente o custo da energia para todas as empresas, mesmo aquelas que não são ‘intensivas em energia’ e ‘intensivas em gás’.

BCE precisa agir com força no combate à inflação para manter confiança do público, diz Schnabel

O Banco Central Europeu (BCE) precisa agir com força para combater a inflação e preservar a confiança do público, que agora parece estar diminuindo, disse Isabel Schnabel, membro do conselho do banco.

“Tanto a probabilidade quanto o custo de a inflação elevada atual se arraigar nas expectativas são desconfortavelmente altos”, disse ela no simpósio anual do Federal Reserve em Jackson Hole. “Neste ambiente, os bancos centrais precisam agir com força.”

Ela disse que está aumentando o risco de que as expectativas de inflação de longo prazo ultrapassem a meta do banco, e as pesquisas agora sugerem que a inflação está prejudicando a confiança do público nos Bancos Centrais.

“Se um Banco Central subestima a persistência da inflação, como a maioria de nós tem feito nos últimos um ano e meio, e se demora a adaptar suas políticas, os custos podem ser substanciais”, disse ela.

Ucrânia anuncia início da contraofensiva no sul do país, dominado pela Rússia

O governo da Ucrânia anunciou que deu início a uma contraofensiva para recuperar o controle de cidades e povoados no sul do país, a região que a Rússia conquistou de forma mais veloz e agressiva desde o início da invasão ao país vizinho, em 24 de fevereiro.

O objetivo da missão é recuperar principalmente pontos estratégicos do território ucraniano no sul dominado pelos russos, como as cidades de Mariupol e Kherson.

“Iniciamos ações de ofensiva em várias direções, incluindo na região de Kherson”, anunciou a porta-voz do Comando Militar do Sul da Ucrânia.

Segundo o Comando Militar do Sul, mais de dez depósitos de munição da Rússia em cidades no sul da Ucrânia já foram destruídos, o que “enfraqueceu definitivamente o inimigo”. O resto da operação segue em sigilo.

A Ucrânia tem falado sobre a contraofensiva há cerca de dois meses, desde que a guerra no país entrou em uma nova fase, na qual, segundo especialistas a Rússia começou a diminuir o ritmo dos ataques e se preparar para uma guerra de longa duração, focando em estabelecer seu poder em cidades e regiões já conquistadas.

Já Kiev, abastecida com armas e artilharia enviadas constantemente por países europeus e os Estados Unidos, começou a avançar no plano de reconquistar seus territórios.

Muito falada na primeira fase da guerra da Ucrânia, no início do ano, Mariupol, no Sul, é um dos grandes focos da contraofensiva. A cidade portuária foi a mais devastada até agora pelas forças russas, que entraram de forma ostensiva já começo da ofensiva de Moscou.

Kremlin: apenas sanções impedem funcionamento do gasoduto Nord Stream

Nada impede as exportações de gás russo para a Europa através do gasoduto Nord Stream 1 além de problemas tecnológicos causados ​​por sanções ocidentais, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, na terça-feira (30), um dia antes de outra paralisação planejada para manutenção.

A gigante de energia russa Gazprom anunciou que fechará o gasoduto por três dias a partir de quarta-feira para realizar manutenção de uma única unidade de bombeamento na estação de compressão de Portovaya.

Peskov foi perguntado se há garantias de que a Gazprom reiniciará os fluxos de gás via Nord Stream 1 após a manutenção.

“Há garantias de que, além dos problemas tecnológicos causados ​​pelas sanções, nada atrapalha o abastecimento”, respondeu.

Os preços do gás natural subiram na Europa para máximas históricas em meio à oferta apertada da Rússia. Ela está bombeando gás via Nord Stream 1 com apenas 20% da capacidade, citando problemas com equipamentos.

A União Europeia rejeita a versão de Moscou de que os problemas das turbinas e as sanções são os culpados. A França acusou Moscou na terça-feira de usar o fornecimento de energia como “uma arma de guerra”, após a Gazprom reduzir as entregas para uma de suas principais concessionárias, a Engie, e se preparar para interromper os fluxos por meio do Nord Stream 1.

Inflação na Alemanha atinge máxima de quase 50 anos em agosto

A inflação na Alemanha atingiu seu nível mais alto em quase 50 anos em agosto, superando uma máxima anterior estabelecida apenas três meses antes, sob o peso dos preços de energia, mostraram dados na terça-feira (30).

Os preços ao consumidor, harmonizados para torná-los comparáveis aos dados de inflação de outros países da União Europeia, aumentaram 8,8% na base anual, após um aumento inesperado de 8,5% em julho, informou o escritório federal de estatísticas.

A inflação anual alemã havia subido 8,7% em maio, na primeira vez desde o inverno de 1973 a 1974 (no Hemisfério Norte) que o aumento dos preços foi tão elevado, de acordo com o escritório de estatísticas.

A leitura anual do índice harmonizado para agosto ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters com analistas.

Os preços de energia em agosto foram 35,6% maiores em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto os custos dos alimentos aumentaram 16,6%, disse o escritório de estatísticas.

O resultado de agosto se deu mesmo com medidas destinadas a conter a inflação, incluindo passagens mais baratas de transporte público e um corte de impostos sobre combustíveis.

Economia turca cresce 7,6% no 2º trimestre com demanda doméstica e exportações

A economia da Turquia cresceu 7,6% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, como esperado, graças à demanda doméstica e exportações fortes, de acordo com dados na quarta-feira (31), embora a atividade econômica deva desacelerar até o final do ano à medida que a demanda esfria.

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,1% em comparação com o trimestre anterior em uma base ajustada sazonalmente e pelo calendário, mostraram dados do Instituto de Estatística da Turquia.

O plano econômico do presidente Tayyip Erdogan prioriza crescimento, emprego, investimento e exportações, impulsionado por uma série de cortes pouco ortodoxos na taxa de juros que provocaram uma crise cambial e uma espiral inflacionária no final do ano passado.

O aumento dos preços ajudou a impulsionar os gastos, enquanto a queda da lira elevou as exportações.

As exportações de bens e serviços aumentaram 16,4% no segundo trimestre em comparação com o ano anterior no índice de volume encadeado, enquanto importações do tipo aumentaram 5,8%.

O consumo das famílias acrescentou 13,6 pontos percentuais ao crescimento e a demanda externa aumentou em 2,7 pontos.

Em uma pesquisa da Reuters, a previsão era de que a economia tivesse expandido 7,5% no segundo trimestre, com crescimento anual de 4%.

Apesar da inflação estar em 80%, o Banco Central turco cortou sua taxa básica de juros em 100 pontos-base em agosto, para 13%. A instituição citou indicações de desaceleração no terceiro trimestre, acrescentando que o dinamismo da produção industrial e uma tendência positiva do emprego devem ser mantidos.

Economistas também veem o crescimento cair no segundo semestre do ano devido a uma tendência de queda na demanda doméstica e externa, liderada por uma desaceleração esperada nos maiores parceiros comerciais da Turquia.

Presidente do BC da Alemanha pede ação “decisiva” do Banco Central Europeu

O presidente do Banco Central da Alemanha pediu que o Banco Central Europeu atue “de forma decisiva” para reduzir a inflação, aumentando a pressão para uma alta maior de juros na reunião de política monetária da próxima semana.

“A política monetária deve reagir de modo decisivo para preservar a credibilidade da sua meta de inflação”, declarou Joachim Nagel em um discurso, acrescentando: “as taxas de inflação não convergirão para a meta sozinhas”.

Nagel discursou por quase uma hora após a publicação de dados mostrando que a inflação na zona do euro atingiu um novo recorde de 9,1% em agosto, novamente superando as expectativas dos analistas, em uma repetição de um padrão preocupante para o BCE.

O conselho dirigente do BCE se reúne na próxima semana com todas as suas principais taxas de juros iguais ou acima de zero pela primeira vez em oito anos, depois de tê-las elevado em 50 pontos-base em sua reunião de julho. Embora tenha indicado que pretende aumentar os juros novamente em setembro, a alta gerência do banco não forneceu qualquer projeção de elevação, no momento em que crescem as divisões entre os membros que veem a necessidade de uma carga inicial maior nos juros, como Nagel, em oposição àqueles que preferem aumentos mais graduais, como Philip Lane, economista-chefe do BCE.

Lane declarou que prefere um ritmo mais lento de elevações, devido ao nível extremamente elevado de incerteza em relação à perspectiva econômica do momento. Ele destacou a importância de não gerar transtornos nos mercados de títulos, que têm grande influência na determinação das condições financeiras gerais da economia.

Nagel não especificou qual elevação de juros prefere ver na próxima semana, mas o Bundesbank geralmente é mais rígido do que os bancos centrais nacionais integrantes do eurossistema. Agências de notícias informaram, na semana passada, que há pressão para uma alta de 75 pontos-base em setembro.

Nagel, por outro lado, demonstrou maior preocupação com o efeito de deixar a inflação correr sem controle por muito tempo.

Indústria da zona do euro tem contração em agosto em meio a cautela dos consumidores, aponta PMI

A atividade da indústria da zona do euro encolheu pelo segundo mês em agosto, de acordo com uma pesquisa que mostrou que a demanda fraca impossibilitou que as fábricas conseguissem vender sua produção e por isso elas acumularam estoques de produtos acabados em um ritmo recorde.

Como em muitas outras partes do mundo, a Europa está enfrentando uma crise de custo de vida, e diante do aumento das contas de energia e alimentos muitos consumidores estão refreando em seus gastos.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de indústria final da S&P Global baixou para 49,6 em agosto de 49,8 em julho, abaixo de uma leitura preliminar de 49,7 e da marca de 50 que separa o crescimento da contração.

O subíndice que mede a produção atingiu 46,5 de 46,3, mas marcou seu terceiro mês de leituras abaixo de 50.

“Os fabricantes da zona do euro relataram mais uma queda acentuada na produção em agosto, o que significa que a produção caiu por três meses consecutivos e aumenta a probabilidade de queda do PIB no terceiro trimestre”, disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global.

O subíndice de novos pedidos permaneceu bem abaixo da marca de equilíbrio, os estoques de matérias-primas aumentaram novamente, os atrasos de trabalho foram reduzidos e os estoques de produtos concluídos aumentaram a um ritmo recorde.

O subíndice de estoques de produtos acabados subiu de 52,5 para 53,3, o maior nível desde o início da pesquisa, em meados de 1997.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (29), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, em reação ao discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, durante o simpósio anual de Jackson Hole, em Wyoming. Os mercados da China continental, por outro lado, tiveram ganhos marginais, recuperando-se de perdas de mais cedo. O índice Xangai teve alta de 0,14%, a 3.240,73 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 2,66%, a 27.878,96 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,73%, a 20.023,22 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,44%, a 4.089,52 pontos.

Na terça-feira (30), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, com parte delas se recuperando de fortes perdas da segunda-feira (29), embora persistam temores sobre a trajetória dos juros nos EUA. O comportamento misto na Ásia veio após as bolsas de Nova York acumularem perdas pelo segundo pregão consecutivo. O índice Xangai teve queda de 0,42%, a 3.227,22 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,14%, a 28.195,58 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,37%, a 19.949,03 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,34%, a 4.075,79 pontos.

Na quarta-feira (31), as bolsas asiáticas fecharam mistas, após Wall Street acumular perdas pelo terceiro pregão seguido e enquanto investidores digeriram os últimos dados de atividade econômica (PMIs) da China. O índice Xangai teve queda de 0,78%, a 3.202,14 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,37%, a 28.091,53 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,03%, a 19.954,39 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,075%, a 4.078,84 pontos.

Na quinta-feira (01), as bolsas asiáticas fecharam em queda, após Wall Street acumular perdas pelo quarto pregão consecutivo, em meio a preocupações sobre novos aumentos de juros nos EUA, e também na esteira de dados fracos de atividade manufatureira da China. O índice Xangai teve queda de 0,54%, a 3.184,98 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,53%, a 27.661,47 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,79%, a 19.597,31 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,86%, a 4.043,74 pontos.

Japão considera cortar impostos para atrair startups de criptomoedas para o país

O governo do Japão anunciou recentemente que está pronto para revisar as taxas de impostos corporativos de criptomoedas existentes no país, visando atrair novas empresas emergentes para o país.

Segundo o comunicado, a agência de serviços financeiros do Japão (FSA) e o ministério da economia, comércio e indústria estão considerando uma proposta de reforma tributária até 2023.

Esta reforma tributária poderia trazer benefícios para as startups como a isenção de impostos sobre lucros não realizados.

A legislação tributária atual do Japão indica que os ganhos de capital não realizados em moedas virtuais são relatados como receita no final de cada ano fiscal, dando origem a obrigações fiscais.

Com esta legislação os lucros obtidos em criptomoedas, tanto de pessoas físicas quanto de empresas, superiores a 200.000 ienes japoneses (R$ 7385,60) em um determinado ano fiscal são classificados como “rendimentos diversos”.

Os rendimentos diversos são tributados a uma taxa que varia de 15% a 55%, com a taxa de imposto do habitante local incluída. Em comparação, os lucros obtidos com a negociação de ações e Forex só estão sujeitos a um imposto de 20% nos níveis mais altos.

Por este motivo, a possibilidade de algumas mudanças na legislação tributária no nicho das criptomoedas é observada de perto por muitos investidores e empresas blockchain estabelecidas no país asiático.

Nova crise na China coloca Xi Jinping e Partido Comunista em alerta

Desde o início das tensões comerciais entre EUA e China, durante o governo de Donald Trump, a China de Xi Jinping vem passando por uma sequência problemática de eventos que estão afetando pesadamente seu desempenho econômico e colocando Xi Jinping e o Partido Comunista Chinês em alerta.

Além das tarifas comerciais, sanções em cima de empresas de tecnologia e membros do partido, pandemia, política de Covid Zero, tensões no Mar do Sul da China, antagonismos geopolíticos, e risco de quebra de grandes empresas de construção, a China se vê com uma das maiores secas dos últimos anos.

A seca vem afetando não só o funcionamento de usinas hidrelétricas, mas também prejudica o transporte de bens por vias fluviais, já que muitos afluentes do Rio Amarelo se encontram secos. O não funcionamento das hidrelétricas, está levando várias cidades a sofrerem apagões, forçando um aumento no uso de termelétricas e prejudicando a cadeia doméstica de produção industrial.

A economia, já severamente afetada pela política de “Covid zero”, que levou dezenas de cidades e milhões de chineses a lockdowns que perduram até hoje, sofre um novo baque com apagões em zonas importantes para a produção industrial.

No começo do ano a expectativa de crescimento girava em torno de 5,5%. Hoje, muitos analistas estão considerando que o crescimento chinês deverá ficar abaixo dos 3,5%, colocando uma pressão enorme em Xi Jinping.

Em novembro, ocorrerá o Congresso do Partido Comunista Chinês, que elegerá os novos membros do Politburo, o comitê executivo da legenda. O evento marcará a recondução de Xi Jinping como líder máximo do país. O trágico desempenho econômico não deverá afetar essa escolha, mas colocará um desafio inédito nas mãos de Xi Jinping e do Partido a partir de 2023.

Coreia do Sul mira disciplina fiscal com primeiro corte de gastos em 13 anos

A Coreia do Sul disse na terça-feira (30) que cortaria os gastos anuais do governo pela primeira vez em mais de uma década no próximo ano, enquanto busca conter seu estímulo da era da pandemia e ajudar o Banco Central a controlar uma economia em brasa.

Ao revelar a primeira proposta orçamentária sob o presidente de direita Yoon Suk-yeol, o Ministério das Finanças disse que os gastos do governo serão de 639 trilhões de won (US$ 473 bilhões) em 2023.

Isso é 6% menor do que os gastos deste ano após dois orçamentos suplementares e seria o primeiro declínio anual nos gastos desde 2010, supondo que não haja orçamentos adicionais para 2023.

Excluindo orçamentos extras, os gastos da Coreia do Sul em 2023 crescerão 5,2%, o mais lento desde 2017.

A medida marca um afastamento dos gastos fiscais agressivos sob o governo de esquerda do predecessor Moon Jae-in nos últimos anos e das enormes medidas de estímulo tomadas durante a pandemia para ajudar a economia a resistir à crise da Covid-19.

Isso ocorre quando o Banco da Coreia, que está na vanguarda de um ciclo global de aperto, aumentou as taxas de juros em um total de 2 pontos percentuais desde agosto do ano passado.

Por outro lado, os governos da Austrália ao Canadá continuaram políticas fiscais expansionistas até agora, mesmo quando seus bancos centrais aumentaram as taxas para combater a inflação crescente.

Japão respeita independência do BC, diz ministro das Finanças

O governo japonês respeita a independência do Banco do Japão na orientação da política monetária, disse o ministro das Finanças do país, Shunichi Suzuki, na terça-feira (30).

O governo monitorará as tendências da política monetária dos Estados Unidos e os movimentos do mercado, disse Suzuki, quando questionado sobre as flutuações do mercado após um discurso do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio anual de Jackson Hole.

As taxas de câmbio mudam de tempos em tempos e são determinadas por fundamentos, disse Suzuki em coletiva de imprensa.

Baidu supera estimativas de receita trimestral com boom de negócios na nuvem

A gigante chinesa de mecanismos de busca Baidu superou as estimativas de receita trimestral na terça-feira (30), sustentada pela demanda por suas ofertas baseadas em nuvem e inteligência artificial.

As ações da empresa listadas nos EUA subiram 3,2% nas negociações pré-mercado.

Mesmo que as principais vendas de publicidade do Baidu continuem fracas, os clientes estão se inscrevendo em seus serviços de nuvem, uma área-chave de crescimento global, à medida que a demanda por aplicativos de Internet aumenta.

A receita total ficou em 29,65 bilhões de yuans (US$ 4,43 bilhões) no segundo trimestre, em comparação com a estimativa média dos analistas de 29,30 bilhões de yuans, segundo dados da Refinitiv.

A receita da unidade AI Cloud da Baidu cresceu 31% ano a ano no trimestre relatado.

Comparado com os números do ano anterior, o faturamento ficou 5% menor, seu primeiro decrescimento trimestral em dois anos.

O Baidu registrou um lucro líquido de 3,64 bilhões de yuans, ou 1,49 yuans por American Depository Share (ADS).

Economia da Índia cresce 13,5% no 2º trimestre sobre ano anterior, mas tem desaceleração à vista

A economia da Índia cresceu 13,5% no segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, ritmo anual mais forte em um ano, mostraram dados divulgados na quarta-feira (31), embora a economia deva perder força nos trimestres seguintes à medida que a taxa de juros mais alta esfria a atividade econômica.

O crescimento nos três meses até junho, impulsionado por manufatura e serviços, como hospedagem e viagens, ficou abaixo da previsão de 15,2% dos economistas em uma pesquisa da Reuters, mas bem acima da expansão de 4,1% no trimestre anterior.

A aceleração é a mais rápida desde o trimestre de abril a junho de 2021, quando a economia indiana cresceu 20,1% em relação a um ano antes, período afetado pela pandemia.

Economistas disseram que a terceira maior economia da Ásia enfrenta riscos negativos com condições monetárias mais apertadas e preços mais altos de energia e commodities que devem pesar na demanda do consumidor e nos planos de investimento das empresas.

O Banco Central da Índia elevou sua taxa de recompra de referência em 140 pontos-base desde maio, incluindo 50 pontos este mês, ao mesmo tempo em que alertou sobre o impacto de uma desaceleração global nas perspectivas de crescimento doméstico.

Atividade da indústria da China contrai em agosto com fraqueza de encomendas, mostra PMI do Caixin

A atividade industrial da China contraiu pela primeira vez em três meses em agosto em meio ao enfraquecimento da demanda, enquanto a falta de energia e novos surtos de Covid-19 interromperam a produção, mostrou uma pesquisa do setor privado na quinta-feira (01).

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de indústria do Caixin/Markit caiu para 49,5 em agosto, de 50,4 em julho, abaixo da expectativa de analistas de 50,2.

A leitura inesperadamente fraca ecoou o PMI oficial da China divulgado na quarta-feira (31), que também ficou abaixo da marca de 50 pontos que separa crescimento de contração.

“A economia ainda está se recuperando lentamente de um surto generalizado de Covid-19 no primeiro semestre do ano. No entanto, surtos locais e a onda de calor interromperam a tendência e criaram novas pressões de baixa, representando uma ameaça à recuperação”, disse Wang Zhe, economista sênior do Caixin Insight Group.

A demanda permaneceu fraca, com subíndices de novas encomendas e novos pedidos de exportação voltando à contração após dois meses de expansão.

Os empresários da indústria cortaram empregos pelo quinto mês consecutivo para reduzir custos, ampliando as preocupações com o mercado de trabalho fraco que está pesando fortemente no consumo e na confiança do consumidor. Eles também reduziram as compras de materiais devido ao menor volume de novos pedidos.

Participação feminina na força de trabalho aumenta para 33,6% na Arábia Saudita no primeiro trimestre de 2022

A participação total da força de trabalho feminina da Arábia Saudita aumentou para 33,6% no primeiro trimestre de 2022, de 20,5% no mesmo período de 2019, quando a maioria dos países do mundo viu um declínio na participação feminina, de acordo com um relatório divulgado pelas Pequenas e Médias Empresas Autoridade, também conhecida como Monsha’at.

No relatório, Monsha’at revelou que a taxa de desemprego feminino no Reino caiu para 21,2% no primeiro trimestre deste ano, enquanto era de 31,7% no mesmo período de 2019.

Sinalizando o sucesso da Arábia Saudita em preencher a lacuna de gênero no setor de PMEs, o relatório observou que o Reino tem 45% de líderes femininas no setor.

“O setor privado da Arábia Saudita tem sido um dos principais beneficiários do influxo de trabalhadoras dinâmicas, com muitas empreendedoras agarrando oportunidades novas e emergentes nas indústrias de acomodação e alimentação, atacado e varejo, saúde e serviços de apoio profissional”, disse Monsha’at no relatório.

O relatório observou ainda que o aumento do empreendedorismo feminino e da força de trabalho no país se deve a vários fatores que incluem reformas regulatórias focadas no empoderamento das mulheres no local de trabalho e na criação de mulheres empreendedoras, programas como “She’s Next”, que fornece acesso a crédito e financiamento, e o Programa Wusool que fornece subsídios de 80% para os custos de transporte entre o local de trabalho e a casa.

O relatório acrescentou que o Painel de Mulheres da Monsha’at, que fornece às mulheres empreendedoras um portal exclusivo para serviços de apoio às PME, também desempenhou um papel crucial na elevação do número de mulheres empreendedoras no Reino.

Presidente do Irã: Não há como voltar ao acordo nuclear se a investigação continuar

O presidente do Irã alertou na segunda-feira (29) que qualquer roteiro para restaurar o acordo nuclear esfarrapado de Teerã com as potências mundiais deve ver inspetores internacionais encerrarem sua investigação sobre partículas de urânio feitas pelo homem encontradas em locais não declarados no país.

Em uma rara coletiva de imprensa marcando seu primeiro ano no cargo, o presidente Ebrahim Raisi também fez ameaças contra Israel e tentou parecer otimista, já que a economia do Irã e a moeda rial caíram sob o peso das sanções internacionais.

Apesar da atenção internacional sobre o acordo, enquanto as negociações em Viena estão na balança, Raisi levou mais de uma hora antes de reconhecer totalmente as negociações em andamento. Teerã e Washington trocaram respostas por escrito nas últimas semanas sobre os pontos mais delicados do roteiro, que prevê o levantamento das sanções contra o Irã em troca da restrição de seu programa nuclear que avança rapidamente.

A Agência Internacional de Energia Atômica há anos procura que o Irã responda a perguntas sobre partículas de urânio feitas pelo homem encontradas em locais não declarados. Agências de inteligência dos EUA, nações ocidentais e a AIEA disseram que o Irã executou um programa organizado de armas nucleares até 2003. O Irã nega há muito tempo ter buscado armas nucleares.

Como membro do Tratado de Não Proliferação Nuclear, o Irã é obrigado a explicar os traços radioativos e fornecer garantias de que eles não estão sendo usados ​​como parte de um programa de armas nucleares. O Irã foi criticado pelo Conselho de Governadores da AIEA em junho por não ter respondido a perguntas sobre os locais para satisfação dos inspetores.

Raisi mencionou os rastros, referindo-se a isso como uma questão de “salvaguardas” usando a linguagem da AIEA.

“Sem a resolução das questões de salvaguarda, falar sobre um acordo não tem sentido”, disse Raisi.

Sob o acordo nuclear de 2015, Teerã poderia enriquecer urânio a 3,67%, mantendo um estoque de urânio de 300 kg (660 libras) sob constante escrutínio de câmeras de vigilância e inspetores da AIEA. O então presidente Donald Trump retirou unilateralmente os Estados Unidos do acordo em 2018, preparando o terreno para anos de tensões crescentes.

Participação estrangeira em ações listadas na Arábia Saudita cai para US$ 94 bilhões no segundo trimestre

A propriedade de investidores estrangeiros no principal índice Tadawul All Share do mercado de ações saudita caiu para SR 354 bilhões (US$ 94 bilhões) no final do segundo trimestre de 2022, de SR 392 bilhões no trimestre anterior.

Isso inclui investimentos de detentores de swaps, residentes estrangeiros, investidores estrangeiros qualificados, gestores de carteiras diversificadas estrangeiras e investidores estratégicos estrangeiros, de acordo com um relatório da Autoridade do Mercado de Capitais.

“Investidores estrangeiros qualificados estão desempenhando um papel cada vez mais significativo na bolsa saudita”, disse o relatório.

Sua propriedade em ações listadas na Arábia Saudita atingiu SR 284 bilhões até o final do segundo trimestre, depois de atingir o nível mais alto de SR 340 bilhões em abril de 2022.

Em termos de negociação, a TASI viu um salto de 32% no valor das ações negociadas por investidores qualificados para SR 173 bilhões, de SR 131 bilhões no trimestre anterior.

Apesar dos esforços do Reino para estimular o investimento estrangeiro, o mercado paralelo Nomu também testemunhou uma queda na participação estrangeira para SR 388 milhões de SR 489 milhões, trimestre a trimestre.

Egito emite primeira licença de microfinanciamento islâmico

A Autoridade Reguladora Financeira do Egito emitiu a primeira licença do país para uma instituição envolvida no financiamento de microempresas em conformidade com a Sharia.

A autoridade concedeu a licença à Egyptian Microfinance Co., conhecida como Maksab, de acordo com um comunicado na quarta-feira (31).

Faz parte do esforço da FRA para alcançar a inclusão financeira diversificando as soluções de financiamento para impulsionar o crescimento das microempresas, disse o presidente da FRA, Mohamed Farid.

Após a emissão da licença ao Maksab, o número de empresas autorizadas a exercer o microfinanciamento atingiu 19.

O país do norte da África está se movendo para diversificar seus instrumentos de financiamento para cobrir sua dívida, incluindo a preparação para o sukuk soberano do Egito, segundo Alahram.

Na segunda-feira (29), o ministro das Finanças do Egito, Mohamed Maait, disse que o governo planeja emitir sukuk islâmico entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões assim que os efeitos da guerra na Ucrânia nos mercados globais diminuírem.

Lapid de Israel discute acordo nuclear do Irã com Biden

O primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, discutiu o acordo nuclear do Irã com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enquanto o Estado judeu faz esforços conjuntos para impedir o retorno ao acordo de 2015.

Com o impulso crescente para reviver o acordo nuclear, Israel empreendeu uma ofensiva de última hora para convencer os aliados a interromper as negociações.

Esta campanha viu seu ministro da Defesa e conselheiro de segurança visitarem Washington, e seu chefe de espionagem deve fazê-lo na próxima semana.

Lapid e Biden “falaram longamente sobre as negociações sobre um acordo nuclear e os vários esforços para impedir o progresso do Irã em direção a uma arma nuclear”, disse um comunicado do gabinete do primeiro-ministro.

Os dois também discutiram desenvolvimentos regionais, incluindo “a atividade terrorista do Irã no Oriente Médio e além”, acrescentou o comunicado.

“Neste contexto, o primeiro-ministro elogiou o presidente pelos ataques mais recentes dos Estados Unidos na Síria.”

Na semana passada, as forças dos EUA lançaram ataques aéreos e de artilharia no leste da Síria que mataram quatro militantes.

Biden disse mais tarde que os ataques visavam “deter a República Islâmica do Irã e as milícias apoiadas pelo Irã de conduzir ou apoiar novos ataques contra funcionários e instalações dos Estados Unidos”.

Durante a ligação, Biden “enfatizou seu profundo compromisso com a segurança do Estado de Israel e com a preservação de sua capacidade de enfrentar qualquer inimigo ou ameaça”, disse o comunicado israelense.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
02/09/2022