Cenário Econômico Nacional – 05/09/2022

Cenário Econômico Nacional – 05/09/2022

Cenário Econômico Nacional – 05/09/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Especialistas veem mais alívio na inflação e crescimento maior em 2022, mostra Focus

O mercado segue vendo mais alívio na inflação brasileira este ano em meio a medidas do governo para conter a alta dos preços e reduções nos custos de combustíveis, enquanto a perspectiva de crescimento econômico melhorou para 2022, mas seguiu piorando para 2023.

A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira (29) mostrou que os especialistas veem agora alta do IPCA este ano de 6,70%, contra 6,82% no levantamento anterior.

A perspectiva para os preços administrados passou a queda de 1,96%, de recuo de 1,80% antes, depois de medidas como a imposição de teto para as alíquotas de ICMS e, mais recentemente, reduções de preços de combustíveis anunciadas pela Petrobras nas refinarias.

Para o ano que vem, a inflação deve ficar em 5,30%, um recuo de 0,03 ponto percentual ante o levantamento da semana anterior, com alívio de 0,12 ponto na perspectiva para o avanço dos preços administrados, a 6,7%.

Nos dois casos, entretanto, a inflação terminaria acima do teto da meta oficial, que é de 3,5% para 2022 e de 3,25% para 2023, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para a atividade, as mudanças no Focus mostraram direções divergentes. A previsão é de que Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,10% este ano, desacelerando a 0,37% em 2023. Enquanto a previsão para 2022 melhorou em 0,08 ponto percentual, para o próximo piorou em 0,02 ponto.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda manutenção do cenário para a taxa básica de juros, com a Selic calculada em 13,75% ao final de 2022 e em 11,00% em 2023.

Estoque de crédito no Brasil sobe 1,6% em junho, diz Banco Central

O estoque total de crédito no Brasil subiu 1,6% em junho sobre junho, a 4,956 trilhões de reais, correspondente a 53,9% do Produto Interno Bruto (PIB), divulgou o Banco Central na segunda-feira (29).

No mês, a inadimplência no segmento de recursos livres ficou em 3,6%, mesmo patamar de maio. O spread bancário no mesmo segmento subiu a 26,5 pontos percentuais, sobre 25,9 pontos no mês anterior.

A apresentação dos dados de junho originalmente ocorreria no fim de julho, mas as divulgações pelo BC seguem atrasadas mesmo após quase dois meses do fim da greve de servidores do órgão.

No mês, houve crescimento de 4,9% nas concessões médias, a 24,0 bilhões de reais, acumulando uma alta de 24,3% em 12 meses.

No recorte por tipo de tomador dos empréstimos, o saldo de crédito a pessoas físicas subiu 1,3% no mês e 21,5% em 12 meses. Para as pessoas jurídicas, o crescimento foi de 2,1% em junho e 12,8% em 12 meses.

De acordo com os dados da autarquia, a taxa média de juros cobrada pelos bancos manteve o ritmo de alta, acompanhando as elevações da Selic pelo BC, e subiu 0,5 ponto percentual em junho sobre o mês anterior, a 28,1% ao ano, em junho de 2021, estava em 20,0%.

Quando considerado apenas o crédito livre, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e tomadores, os juros subiram 1,0 ponto no mês, para 39,0%. Nos recursos direcionados, que atendem a parâmetros estabelecidos pelo governo, houve recuo de 0,1 ponto, a 10,7%.

Também com atraso, o BC apresentou nesta segunda-feira os dados relativos a maio. No mês, o estoque total de crédito cresceu 1,1% em relação a abril, em patamar equivalente a 53,7% do PIB.

Dívida Pública cai 0,7% em julho e fica em R$ 5,8 trilhões

O alto volume de vencimentos e a queda do dólar fizeram a Dívida Pública Federal (DPF) cair em julho. Segundo números divulgados pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 5,846 trilhões em junho para R$ 5,804 trilhões no mês passado, baixa de 0,7%.

Apesar da queda em julho, o Tesouro prevê que a dívida subirá nos próximos meses. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no fim de janeiro, o estoque da DPF deve encerrar 2022 entre R$ 6 trilhões e R$ 6,4 trilhões.

A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) caiu 0,66%, passando de R$ 5,595 trilhões em junho para R$ 5,559 trilhões em julho. No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 78,49 bilhões em títulos a mais do que resgatou, principalmente em papéis prefixados (com juros fixos), cujos vencimentos se concentram no primeiro mês de cada trimestre.

O resgate líquido foi parcialmente compensado pela apropriação de R$ 41,73 bilhões em juros. Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Com a taxa Selic (juros básicos da economia) subindo desde março do ano passado, a apropriação de juros aumenta.

No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 62,23 bilhões em títulos da DPMFi. Com o alto volume de vencimentos em julho, os resgates somaram R$ 140,72 bilhões.

A queda do dólar em julho também contribuiu para reduzir o endividamento do governo. A Dívida Pública Federal externa (DPFe) caiu 1,74%, passando de R$ 250,17 bilhões em junho para R$ 245,81 bilhões em julho. O principal fator foi o recuo de 0,95% do dólar no mês passado.

Após dois meses seguidos de alta, o colchão da dívida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos) caiu. Essa reserva passou de R$ 1,221 trilhão em junho para R$ 1,178 trilhão no mês passado. Segundo o Tesouro Nacional, esse recuo deveu-se ao resgate líquido observado em julho.

Atualmente, o colchão cobre quase um ano de vencimentos da dívida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de R$ 1,404 trilhão em títulos federais.

IGP-M tem queda de 0,70%, revela pesquisa da FGV

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou queda de 0,70% em agosto, após subir 0,21% em julho. A alta acumulada no ano é de 7,63% e em 12 meses está em 8,59%. Na comparação anual, em agosto de 2021, o índice havia subido 0,66% e acumulava alta de 31,12% em 12 meses. Os dados foram divulgados na terça-feira (30), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

De acordo com o coordenador dos Índices de Preços do instituto, André Braz, os componentes do IGP-M foram impactados pela redução do preço dos combustíveis.

“Os combustíveis fósseis, dada a redução do ICMS e dos preços na refinaria – seguem exercendo expressiva influência sobre os resultados do IPA e do IPC, ambos com taxa negativa em agosto. No índice ao produtor, as quedas nos preços da gasolina (de 4,47% para -8,23%) e do diesel (de 12,68% para -2,97%) ajudaram a ampliar o recuo da taxa do índice. Já no âmbito do consumidor, passagens aéreas (de -5,20% para -17,32%) e etanol (de -9,41% para -9,90%) também contribuíram para o arrefecimento da inflação”, argumentou Braz.

Setor público do Brasil tem superávit de R$ 20,4 bilhões em julho e endividamento recua

O setor público consolidado brasileiro registrou um superávit primário de 20,440 bilhões de reais em julho, informou o Banco Central na quarta-feira (31), o que levou a mais um recuo no endividamento do país.

A dívida bruta do país ficou em 77,6% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 78,0% no mês anterior, em julho de 2021 estava em 82,7%. O patamar é o mais baixo desde março de 2020 (77,0%), quando foi decretada a pandemia de Covid-19 e o governo iniciou uma série de gastos emergenciais de enfrentamento à crise sanitária.

A dívida líquida, por sua vez, foi a 57,3% do PIB, contra 57,8% em junho, estava em 59,5% em julho de 2021.

O resultado primário do setor público acumulado em 12 meses alcançou um superávit de 230,554 bilhões de reais em julho, o que corresponde a 2,48% do Produto Interno Bruto (PIB). No mês anterior, o saldo acumulado estava em 2,17% do PIB.

Os dados englobam as contas de governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS), Estados, municípios e empresas estatais e não inclui as despesas com juros.

O número de julho foi influenciado pelos resultados positivos dos governos federal e regionais, enquanto o dado ficou no vermelho para as estatais.

O governo central apresentou um saldo positivo de 19,961 bilhões de reais no mês, enquanto Estados e municípios tiveram superávit de 1,760 bilhão de reais. As estatais foram deficitárias em 1,280 bilhão de reais.

O BC também apresentou nesta quarta-feira os dados relativos a junho. A divulgação era originalmente prevista para o fim de julho, mas houve atraso por conta da greve de servidores do órgão, encerrada há quase dois meses.

Em junho, o setor público consolidado teve superávit primário de 14,395 bilhões de reais.

Desemprego no Brasil cai a 9,1% no trimestre até julho com recorde de ocupados; renda sobe

O Brasil registrou recorde no número de pessoas ocupadas e a taxa de desemprego caiu no trimestre encerrado em julho para o menor patamar desde o final de 2015, de 9,1%, ao mesmo tempo que a renda real dos trabalhadores voltou a subir.

A leitura divulgada na quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters e igualou também a taxa vista no trimestre encerrado em dezembro de 2015.

Nos três meses imediatamente anteriores, até abril, o desemprego no Brasil estava em 10,5%, e encerrou o segundo trimestre em 9,3%. No trimestre até julho de 2021 ela era de 13,7%.

A taxa de desemprego brasileira voltou a ficar em apenas um dígito depois de ter chegado perto de 15% com as medidas de restrição contra a Covid-19. O mercado de trabalho vem se recuperando, mas ainda é marcado por uma informalidade recorde.

“É possível observar a manutenção da tendência de crescimento da ocupação e uma queda importante na taxa de desocupação”, disse a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy. “Estamos num processo de recuperação.”

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou recentemente que a taxa de desemprego cairá para “quase 8%” antes do fim do ano.

Nos três meses até julho, eram 98,666 milhões de pessoas ocupadas no Brasil, um recorde na série histórica iniciada em 2012. Houve aumento de 2,2% em relação ao trimestre até abril e de 8,8% sobre o mesmo período do ano anterior.

Já o número de desempregados teve forte queda de 12,9% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a 9,882 milhões de pessoas. Sobre o trimestre até julho de 2021 houve queda de 31,4%.

Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiram um total de 35,801 milhões, enquanto os que não tinham carteira eram 13,075 milhões nos três meses até julho, também recorde para a série histórica. A taxa de informalidade foi de 39,8% da população ocupada.

Segundo o IBGE, duas atividades influenciaram mais a queda do desemprego em julho, embora nenhum grupo tenha apresentado perda de ocupação.

Em “Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas”, houve acréscimo de 692 mil pessoas no mercado de trabalho em comparação com o trimestre anterior, enquanto o setor de “Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, registrou aumento de 648 mil pessoas.

“Essa melhora no mercado de trabalho tem a ver com avanços na atividade econômica. Temos serviços, que foram afetados pela pandemia, voltando aos poucos. Comércio e administração pública começaram a avançar de forma significativa”, destacou Beringuy.

“Nossa expectativa é que a taxa de desemprego continue caindo até o fim do ano, chegando a 8,7%. À frente, no entanto, a história começa a mudar: os efeitos dos juros altos e da desaceleração da economia global vão pesar mais fortemente sobre economia, impactando negativamente o nível da ocupação em 2023”, avaliou Claudia Moreno, economista, projetando taxa de 9,8% ao final de 2023.

Orçamento de 2023 prevê déficit primário de R$ 63,7 bilhões

Uma leve revisão para cima das estimativas de arrecadação no próximo ano fez a equipe econômica diminuir a estimativa de déficit primário para 2023. Segundo o projeto do Orçamento do próximo ano, enviado na quarta-feira (31) ao Congresso, a meta de resultado negativo corresponderá a R$ 63,7 bilhões para o Governo Central, composto pelo Tesouro Nacional, pela Previdência Social e pelo Banco Central.

O déficit será um pouco menor que o estipulado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022, sancionada na semana passada. A LDO estipula meta de R$ 65,9 bilhões para o próximo ano.

O déficit primário no próximo ano, no entanto, poderá ser maior. Isso porque o projeto enviado hoje ao Congresso considera o Auxílio Brasil mínimo de R$ 400, valor que vigorará a partir de 1º de janeiro. A eventual manutenção do benefício mínimo em R$ 600, valor pago neste semestre, requer que o Congresso Nacional aprove proposta de emenda à Constituição.

O déficit primário representa o resultado negativo das contas do governo desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Desde 2014, o setor público registra déficits primários. Para 2022, existe a possibilidade de que o Governo Central, Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, feche o ano com superávit primário, conforme admitiu na terça-feira (30) o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle.

Apesar da chance de melhora nas contas públicas neste ano, o projeto do Orçamento prevê déficit primário de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) em 2022 e 2023, com projeção de superávit primário de 0,3% em 2024, quando as contas públicas voltariam a ficar positivas.

IPC-S desacelera queda para 0,57% em agosto, diz FGV

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou a queda a 0,57% em agosto, depois de cair 1,19% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quinta-feira (01).

Com isso, o índice passou a acumular avanço de 6,62% nos 12 meses até agosto, de uma alta de 8% em julho.

Os dados da FGV mostram que, no mês, o grupo Educação, Leitura e Recreação passo a subir 0,46%, deixando para trás a queda acentuada de 4,06% vista em julho. Nessa classe de despesa, o item de destaque foi a passagem aérea, que subiu 2,07% em agosto.

O grupo Transportes registrou desaceleração da baixa a 3,56% no mês passado, de 4,81% antes. De forma semelhante, os preços de Habitação moderaram sua queda para 0,09% em agosto, contra recuo de 0,70% em julho. A FGV destacou arrefecimento dos recuos dos itens gasolina e tarifa de eletricidade residencial no período.

Por outro lado, houve alívio no grupo Alimentação em agosto, uma vez que desacelerou sua alta para 0,07%, de 1,34% no mês anterior.

PIB do Brasil cresce 1,2% no 2º trimestre, acima do esperado

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou crescimento de 1,2% no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro, acima do esperado e mantendo o ritmo visto no início de 2022.

A atividade econômica brasileira mostrou expansão de 1,1% no primeiro trimestre, em dado revisado de um aumento de 1,0% informado antes, mostrou na quinta-feira (01) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A expectativa em pesquisa da Reuters era de expansão de 0,9% no segundo trimestre de 2022 sobre os três meses anteriores.

Em relação ao segundo trimestre de 2021, o PIB apresentou avanço de 3,2%, contra expectativa de alta de 2,8% nessa base de comparação.

Transportes e alimentos caem e alta do IPC-Fipe desacelera a 0,12% em agosto

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,12% em agosto, desacelerando em relação ao ganho de 0,16% verificado em julho, mas ganhando força ante o ligeiro acréscimo de 0,05% observado na terceira quadrissemana do mês passado, segundo dados publicados na sexta-feira (02), pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

O resultado de agosto ficou exatamente em linha com a mediana das estimativas de instituições de mercado consultadas pelo Projeções Broadcast, de 0,12%. As previsões variavam de queda de 0,40% a alta de 0,30%.

Entre janeiro e agosto, o IPC-Fipe acumulou inflação de 5,64%. No período de 12 meses até agosto, o índice avançou 9,29%.

No oitavo mês deste ano, quatro dos sete componentes do IPC-Fipe arrefeceram ou migraram para deflação: Alimentação (de 0,95% em julho para -0,58% em agosto), Saúde (de 1,00% a 0,53%), Vestuário (de 0,95% a 0,72%) e Educação (de 0,63% a 0,11%).

Por outro lado, houve aceleração nas categorias Habitação (de 0,37% em julho a 0,76% em agosto) e Despesas Pessoais (de 0,52% a 1,22%). Já no caso de Transportes, a deflação perdeu força (de -2,70 a -1,51%).

Veja abaixo como ficaram os componentes do IPC-Fipe em agosto:

– Habitação: 0,76%

– Alimentação: -0,58%

– Transportes: -1,51%

– Despesas Pessoais: 1,22%

– Saúde: 0,53%

– Vestuário: 0,72%

– Educação: 0,11%

– Índice Geral: 0,12%

Michelle Bolsonaro desponta entre influenciadores e vira trunfo eleitoral

A primeira-dama Michelle Bolsonaro se tornou uma das figuras mais influentes do segmento evangélico nas redes sociais e tem servido como trunfo da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) para neutralizar a rejeição do marido, principalmente entre as mulheres.

A Casa Galileia, organização que promove ações e campanhas sobre os cristãos no Brasil, fez um monitoramento em milhares de publicações de influenciadores evangélicos, de fevereiro a agosto. E identificou que a primeira-dama passou a figurar entre os campeões de engajamento nesse público, não só por publicações próprias, mas, principalmente, pelos assuntos impulsionados por campeões de seguidores.

Com perfil apenas no Instagram, as publicações de Michelle têm superado 150 mil interações na semana. Seu maior alcance, no entanto, está nos perfis de pastores e políticos de direita que usam a imagem da mulher de Bolsonaro para impulsionar a campanha. As aparições públicas servem de conteúdo para perfis com altos índices de engajamento nas redes sociais, como é o caso do músico Rafael Bitencourt, do pastor Rodrigo Mocellin, da ex-ministra Damares Alves e do portal Pleno News.

Entre os dias 15 e 21 de agosto, Michelle divulgou o “santinho” da campanha à reeleição do marido e atraiu 570.135 interações. Ficou em segundo lugar no ranking de publicações mais influentes entre perfis evangélicos na rede social, liderado pelo vereador Nikolas Ferreira (PL-MG), candidato a deputado federal. A primeira-dama também aparece ao publicar apoio à candidatura de Damares para o Senado e ser citada como alguém que a campanha do PT “tem que se preocupar mesmo”. Em sete meses, 18 publicações de Michelle ficaram entre os 20 posts de influenciadores evangélicos com maior engajamento na rede.

Em geral, a primeira-dama é vista entre os cristãos como “temente a Deus, que equilibra o temperamento difícil e explosivo do seu marido”. A autenticidade da fé virou ferramenta da campanha de Bolsonaro, mostra o levantamento.

Haddad diz que metade do seu secretariado será formado por mulheres

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, se comprometeu a ter 50% de mulheres na composição de seu secretariado, caso seja eleito. “Nosso governo vai ser paritário”, disse o petista, durante evento no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, anteontem. “Queremos dividir o poder, porque a forma de democratizar o poder é dividindo. As mulheres correspondem a 40% da produção científica brasileira e precisam de espaço para mostrar seu valor”, disse o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação. Quanto à igualdade racial, Haddad disse que “vamos ter mulheres negras neste processo”, mas não estipulou uma cota específica para esse segmento. Haddad estava acompanhado do candidato ao Senado, o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), e de candidatos à Câmara dos Deputados da coligação, formada, além do PT e PSB, por PCdoB, PV, PSOL, Rede e Agir.

Ao discursar no sindicato, Haddad focou em temas de interesse direto dos trabalhadores. O candidato petista prometeu aumentar o salário mínimo no Estado de São Paulo, que atualmente varia entre R$1.284 e R$1.306. “Vou aumentar o salário mínimo paulista. No dia 2 de janeiro, vou mandar um PL (Projeto de Lei) para a Assembleia Legislativa. O salário mínimo vai ser de R$1.580”, afirmou. A proposta do petista significa uma alta de 21% a 23% em relação ao piso atual.

BTG/FSB: Lula oscila 2 pontos para baixo; Bolsonaro fica estável com 36%

Pesquisa realizada por telefone pelo Instituto FSB, contratada pelo Banco BTG Pactual e divulgada na segunda-feira (29), aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança da corrida à Presidência da República, com 43% das intenções de voto na pesquisa estimulada, quando o entrevistado recebe uma lista prévia com os nomes dos candidatos. Na comparação com a sondagem da semana passada, o petista oscilou dois pontos para baixo.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou estável com 36%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A diferença entre Lula e Bolsonaro é de sete pontos, dois a menos que a vantagem registrada pelo ex-presidente no levantamento de sete dias atrás.

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) cresceu três pontos percentuais e aparece na terceira posição. Há uma semana, o presidenciável do PDT tinha 6%, e hoje tem 9%. A senadora Simone Tebet (MDB) oscilou um ponto para cima, de 3% para 4%.

Os demais candidatos ficaram estáveis. A sindicalista Vera Lucia (PSTU) e o empresário Pablo Marçal (Pros) registraram 1% cada um. O cientista político Luiz Felipe D’Avila (Novo), a senadora Soraya Thronicke (União Brasil), os ex-deputados José Maria Eymael (DC) e Roberto Jefferson (PTB), a professora Sofia Manzano (PCB) e o técnico em mecatrônica Leonardo Péricles (UP) não pontuaram.

Considerando a margem de erro, todos os candidatos, com exceção de Lula, Bolsonaro e Ciro, estão tecnicamente empatados.

Os entrevistados que disseram que não votariam em nenhum candidato foram 4%; brancos e nulos foram 0%; e não sabe ou não respondeu, 3%.

Governo prorroga concessão de visto para refugiados ucranianos

O governo federal prorrogou a concessão de visto temporário e autorização de residência aos ucranianos que deixaram o país europeu por causa da guerra. A portaria interministerial, assinada pelos ministros da Justiça, Anderson Torres, e das Relações Exteriores, Carlos França, foi publicada na terça-feira (30) no Diário Oficial da União.

A portaria anterior, que autorizou a acolhida humanitária dos ucranianos, é de março deste ano e perderia a validade amanhã (31). Com a nova medida, os pedidos de visto e residência podem ser feitos até 3 de março de 2023.

O visto temporário beneficia aos nascidos na Ucrânia e aos apátridas afetados ou deslocados pela situação de conflito armado na Ucrânia, país que foi invadido pela Rússia em fevereiro. De acordo com a portaria, essa providência não inviabiliza outras medidas que possam ser tomadas pelo governo federal em benefício dessas pessoas.

O visto terá validade de 180 dias. Com ele, os ucranianos que chegam ao Brasil fugidos da guerra podem solicitar uma autorização de residência que vale por dois anos. Caso um cidadão ucraniano já esteja no Brasil, independente da guerra que se desenrola em sua terra natal, e queira pedir autorização de residência, também poderá fazê-lo. O prazo previsto também é de dois anos.

Após sua chegada ao Brasil, o refugiado tem 90 dias para iniciar o processo de reconhecimento da condição de apátrida junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do sistema SisApatridia.

A solicitação do visto depende da apresentação de documento de viagem válido, formulário de solicitação de visto preenchido, comprovante de meio de transporte de entrada no território brasileiro e atestado de antecedentes criminais. Esse último deverá ser expedido na Ucrânia. Caso não seja possível, deve ser feita uma declaração de ausência de antecedentes criminais em qualquer país.

Senado aprova indicações para o Conselho da República

O Senado aprovou a indicação do senador Davi Alcolumbre (União-AP) e do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab para membros titulares do Conselho da República, órgão de aconselhamento presidido pelo presidente da República.

Como membros suplentes do órgão, foram aprovadas as indicações do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado Coelho, e do presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade.

O papel do Conselho da República é se pronunciar sobre intervenção federal, estado de defesa, estado de sítio e questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.

Além do presidente da República, participam do conselho o vice-presidente da República; o presidente da Câmara dos Deputados; o presidente do Senado; os líderes da maioria e da minoria nas duas Casas Legislativas, designados na forma regimental, e o ministro da Justiça. Ainda são parte do conselho seis cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos de idade.

O Plenário do Senado também aprovou hoje projeto de resolução que confirma a exigência de nível superior para o cargo de policial legislativo. A área será uma das contempladas no próximo concurso público para a Casa.

Moraes atendeu a pedido de Randolfe na quebra de sigilo bancário de empresários

A quebra do sigilo bancário e o bloqueio das contas dos oito empresários bolsonaristas que foram alvo de buscas na semana passada não foi requisitada pela Polícia Federal. O ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar é um dos coordenadores da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com base em mensagens divulgadas pelo portal Metrópoles, Randolfe pediu “apuração séria e aprofundada” da possível relação dos empresários com o financiamento de atos antidemocráticos. Reunidos em um grupo de WhatsApp, os alvos da operação citaram a hipótese de um golpe de Estado caso Lula fosse eleito em outubro. Dos parlamentares e instituições que acionaram o STF cobrando providências, o senador foi o único a representar por embargos financeiros.

Randolfe sugeriu a tomada de depoimentos, o afastamento dos sigilos bancário e de mensagens, o bloqueio de contas e as prisões preventivas. Com exceção das prisões, todas as medidas foram autorizadas por Moraes. O ministro do STF também determinou a suspensão dos perfis dos empresários no Facebook, Instagram, Twitter, TikTok e YouTube.

Os deputados Gleisi Hoffmann (PR), Reginaldo Lopes (MG) e Alencar Santana (SP), do PT, fizeram coro pelas prisões e pela quebra dos sigilos telefônico e telemático dos empresários, mas não mencionaram o bloqueio das contas ou o levantamento do sigilo bancário. As deputadas Fernanda Melchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP) e Vivi Reis (PA), do PSOL, acionaram o STF cobrando investigação, mas não chegaram a propor medidas específicas. Elas pediram ao ministro que tomasse “as providências cabíveis”.

O gabinete de Moraes recebeu ainda notícias-crime de associações de magistrados e do Ministério Público do Trabalho pedindo que os empresários fossem intimados a prestar depoimento e seus celulares fossem apreendidos. As entidades também não mencionam sanções de ordem financeira ao grupo.

A PF representou apenas pela apreensão dos celulares e pelo afastamento do sigilo das mensagens. O delegado Fábio Alvarez Shor cita suspeita de financiamento de atos antidemocráticos, mas não chega a requerer a quebra do sigilo bancário. O pedido se limita a “acesso imediato e exploração do conteúdo” armazenado nos celulares e em nuvem de dados.

Câmara aprova aumento do limite de faturamento para Simples Nacional

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a proposta que aumenta o teto de enquadramento do Simples Nacional e do Microempreendedor Individual (MEI). Os novos valores levam em conta a inflação oficial (IPCA) acumulada desde dezembro de 2006 até março de 2022.

A proposta também permite a contratação de até dois empregados pelo MEI. Atualmente, a permissão é para apenas um. De acordo com o texto aprovado, os limites de faturamento anual passam a ser os seguintes:

– Para o MEI, passa dos atuais R$ 81 mil para R$ 144.913,41;

– Para microempresa, salta de R$ 360 mil para R$ 869.480,43; e

– Para empresa de pequeno porte, sobe de R$ 4,8 milhões para R$ 8.694.804,31.

Os novos valores deverão vigorar a partir de 2023 e serão atualizados anualmente pela inflação. O projeto ainda precisa ser analisado pelo plenário da Câmara.

“Quem segura a economia do Brasil são os pequenos negócios. São 13 milhões de MEIs no Brasil, 30% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) vêm dos pequenos negócios”, afirmou relator na CCJ, deputado Darci de Matos (PSD-SC).

O projeto é oriundo do Senado e altera o Estatuto da Micro e Pequena Empresa. O texto aprovado também altera os anexos da lei que tratam das alíquotas e da partilha do Simples Nacional, determinando igualmente a atualização anual.

O texto que veio do Senado limita-se a tratar de novos limites para enquadramento como MEI, elevando-o para R$ 130 mil. Além disso, prevê a possibilidade do MEI contratar até dois funcionários, ponto mantido no substitutivo aprovado.

Governo susta expediente na Esplanada na véspera do 7 de Setembro ‘por segurança’

O governo federal determinou que, em caráter excepcional, não haverá expediente no dia 6 de setembro deste ano nas unidades administrativas dos órgãos e das entidades da administração pública federal localizadas na Esplanada nos Ministérios, em Brasília, “em razão de medidas de segurança de área”.

No dia seguinte, 7 de setembro, o local sediará desfile militar e escolar em comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil, com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras autoridades.

A decisão consta de portaria do Ministério da Economia publicada no Diário Oficial da União (DOU) de quinta-feira (01).

“Cabe aos dirigentes dos órgãos e entidades, nas respectivas áreas de competência, assegurar a integral preservação e o funcionamento dos serviços considerados essenciais ou estratégicos, inclusive os relacionados à realização do evento ‘Desfile Cívico-Militar’ por ocasião das Comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil’, cita o ato.

Discurso radical afasta governadores aliados da campanha de Bolsonaro

A 30 dias da votação em primeiro turno, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não conseguiu ainda arregimentar o apoio engajado de nenhum dos governadores dos três maiores colégios eleitorais do País: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Embora busquem eleitores que se enquadram no mesmo campo político que o presidente, a direita, os três chefes do Executivo nestes Estados evitam associação com o discurso radicalizado do bolsonarismo em temas como urnas eletrônicas, ataques ao Superior Tribunal Federal (STF) e ameaças à democracia.

São Paulo, Minas e Rio reúnem mais de 63 milhões de eleitores, o que representa cerca de 40% do total de votantes no Brasil. Mais próximo a Bolsonaro na região Sudeste, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), tem usado pouco a imagem do presidente nas redes sociais e na TV.

Mas por pressão do PL, a ideia é que Bolsonaro entre em comerciais nas próximas semanas, só que de forma moderada e falando de economia e Auxílio Brasil. A mais recente pesquisa Datafolha no Estado, divulgada ontem, mostra que Castro se descolou do deputado federal Marcelo Freixo (PSB), candidato apoiado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 31% a 26%. Pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada na semana passada aponta que o ex-presidente mantém pequena vantagem sobre Bolsonaro entre os eleitores do Rio: 39% a 36%.

A avaliação entre aliados de Castro é de que as campanhas para governador e presidente estão descoladas neste ano, ao contrário de 2018, e o eleitorado agora tende a buscar o voto seguro de quem já está no poder. “O eleitor do Rio está mais preocupado com a vida dele do que com a eleição nacional”, disse o publicitário Paulo Vasconcellos, marqueteiro de Cláudio Castro.

A campanha à reeleição do governador do Rio ainda avalia como será sua participação nos eventos do 7 de Setembro no Rio de Janeiro. A ideia é de que o governador apareça ao lado de Bolsonaro, mas há um cuidado para evitar que o chefe do Executivo estadual fique vinculado a eventuais ataques ou declarações do presidente contra membros de outros poderes ou instituições democráticas. No caso de Minas Gerais, a separação de interesses do eleitor é ainda mais emblemática.

Na pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (01), o governador Romeu Zema (Novo) ampliou a vantagem sobre Alexandre Kalil (PSD) e registrou 52% das intenções de voto, ante 22% do adversário – ex-prefeito de Belo Horizonte, que conta com o apoio de Lula. Na pesquisa anterior, divulgada dia 18, Zema tinha 47% e Kalil 23%. O nome apoiado por Bolsonaro, Carlos Viana (PL) cresceu de 4% para 5%.

Lula diz que atentado na Argentina é ameaça à democracia na América do Sul

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou solidariedade à vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, vítima de um atentado na noite desta quinta-feira, 1º, e disse que o “ódio político estimulado por alguns é uma ameaça à democracia” na América do Sul.

“Toda a minha solidariedade à companheira Cristina Kirchner, vítima de um fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade. A Cristina é uma mulher que merece o respeito de qualquer democrata no mundo. Graças a Deus ela escapou ilesa”, escreveu Lula, no Twitter. “Que o autor sofra todas as consequências legais. Esta violência e ódio político que vêm sendo estimulados por alguns é uma ameaça à democracia na nossa região. Os democratas do mundo não tolerarão qualquer violência nas divergências políticas”, complementou o petista.

A polícia argentina prendeu um homem que tentou atirar nela. O jornal argentino Clarín identificou o responsável pelo ato como um brasileiro de 35 anos de idade. Segundo relatos da militância ao jornal La Nación e em um dos vídeos do momento, a arma chegou a ter o gatilho apertado, mas nenhum tiro foi disparado.

As tensões na Argentina cresceram desde o pedido da Promotoria da Argentina de 12 anos de prisão contra a atual vice-presidente por acusações de corrupção, no dia 23 deste mês. Apoiadores fizeram uma vigília na frente da residência de Kirchner para demonstrar apoio à mandatária. Kirchner afirma que as acusações contra ela se tratam de perseguição judicial e acusa a promotoria e os juízes de atuarem juntos e ferirem os direitos de defesa.

Ambipar investe R$ 30 milhões em transição da frota para combustível renovável

A Ambipar divulgou ao mercado na segunda-feira (29), a operação do Projeto Corredor Sustentável, que segundo a empresa, é um importante passo no combate às mudanças climáticas e para o cumprimento de sua ambição da década em liderar a transição para uma economia circular e de baixo carbono.

O projeto dá início à mudança da matriz energética de sua frota para fontes renováveis e mais limpas, com a inclusão, em larga escala, de caminhões movidos a GNC. O transporte de produtos químicos para a Dow Chemical será a primeira operação atendida por essa ideia.

O investimento inicial previsto é de R$ 30 milhões e os caminhões que serão entregues terão tecnologia para uso de gás natural comprimido (GNC), sendo do modelo Scania R 410 6X2. No primeiro ano de circulação dos novos caminhões, a Ambipar estima uma redução de 20% nas emissões de dióxido de carbono no Corredor.

A meta é que até 2040, 100% da frota da Ambipar deve ser composta por veículos com matriz energética mais limpa, segundo Hélio José Branco Matias, Diretor na companhia.

Nos últimos 365 dias, as ações da Ambipar acumularam uma queda de 55,7%, mas as estimativas consensuais obtidas pelo Investing.com Brasil indicam um ganho potencial de 1096,27% nos próximos 12 meses, para R$ 59,83.

FGV: confiança da indústria sobe 0,8 ponto em agosto

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 0,8 ponto em agosto para 100,3 pontos. Em médias móveis trimestrais, a elevação foi de 0,2 ponto. Os dados foram divulgados na segunda-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

De acordo com o economista Stéfano Pacini, do instituto, a alta indica o bom nível de atividade mantido pelo setor no terceiro trimestre, com a melhora do ambiente de negócios influenciada pela descompressão de custos com a queda de preços de combustíveis e energia.

“Os níveis de demanda ainda estão positivos e os estoques se mantêm equilibrados, apesar do cenário ainda problemático quanto ao suprimento de alguns tipos de insumos. Esse quadro favorável se reflete nas previsões ainda favoráveis para a evolução do emprego no setor nos três meses. Nos demais quesitos que medem expectativas em relação ao futuro próximo, nota-se alguma cautela dos empresários frente a um segundo semestre de eleições e manutenção de juros mais elevados.”

Os dados mostram que houve alta da confiança em nove dos 19 segmentos industriais monitorados pela sondagem em agosto. O Índice Situação Atual (ISA) avançou 1,4 ponto e chegou a 102,8 pontos. O Índice de Expectativas (IE) subiu 0,3 pontos e atingiu 97,9 pontos.

Segundo o FGV Ibre, o melhor desempenho no ISA foi verificado no indicador que mede o nível dos estoques, com o recuo de 2,9 pontos, para 96,7 pontos. Isso coloca o indicador na região neutra, apontando que os estoques estariam equilibrados.

O indicador que mede a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios subiu 0,6 ponto, para 101,7 pontos. E o grau de satisfação das empresas com o nível de demanda avançou 0,4 ponto, para e 103,2 pontos.

Nos indicadores de expectativa, a principal influência veio da tendência dos negócios para os próximos seis meses, com alta de 3,0 pontos em agosto, para 96,9 pontos. Apesar disso, o Ibre FVG aponta que o indicador continua em patamar baixo em níveis históricos.

Já o indicador que mede o otimismo com a evolução da produção física nos três meses seguintes caiu 3,0 pontos, para 92,1 pontos. O resultado é o mais baixo desde março deste ano, quando o indicador chegou a 90,3 pontos.

Por outro lado, a expectativa de emprego nos três meses seguintes teve alta pelo quinto mês consecutivo, de 0,7 ponto, para 104,6 pontos, alcançando o melhor resultado desde outubro de 2021, quando o indicador ficou em 108,1 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria se manteve estável em agosto, com variação de -0,1 ponto percentual, para 82,2%.

Abiclor: indústria prevê crescimento de 20% da produção neste ano

A indústria de cloro-álcalis projeta para este ano crescimento de 20% da produção, em relação ao ano passado. Um dado que corrobora essa estimativa de melhora da produção este ano é o consumo de energia pelas plantas industriais, que cresceu 14,9% no primeiro semestre, conforme levantamento recente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

“Muitas das nossas plantas usam energia produzida por fontes renováveis e que não estão contempladas no dado da CCEE, assim o incremento de produção deve ficar na faixa de 20% ou um pouco mais”, afirma Milton Rego, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor).

O setor de cloro-álcalis está recuperando os níveis de 2018, antes da pandemia. Com o retorno da produção de plantas que foram paralisadas, a taxa de uso da capacidade instalada voltou a ficar acima de 80%, depois de a indústria ter registrado em 2021 uma taxa média de 65,9%.

BRF elege ex-diretor presidente da Marfrig para assumir liderança da empresa

Segundo fato relevante divulgado na terça-feira (30), a BRF anunciou mudanças na sua administração.

O Conselho de Administração elegeu Miguel de Souza Gularte como novo diretor presidente global da companhia, após Lorival Nogueira Luz renunciar ao cargo. O período de transição deve durar 30 dias.

Gularte ocupava o cargo de Diretor Presidente da Marfrig, até que pediu sua renúncia no dia 29 de agosto. A BRF, porém, afirma que a indicação não sinaliza intenção, neste momento, de fusão entre as duas empresas.

Ontem, as ações da BRF recuaram 0,97%, a R$ 16,37. Nos últimos 365 dias, os papéis acumularam uma desvalorização de 31,36%, mas as estimativas consensuais obtidas pelo Investing.com Brasil indicam um ganho potencial de 27,67% nos próximos 12 meses, para R$ 20,90.

Gafisa comunica renúncia de diretor de Relações com Investidores

Em comunicado divulgado ao mercado na quarta-feira (31), a Gafisa informou sobre mudanças na composição da sua diretoria, incluindo na área de Relações com Investidores.

Guilherme Benevides e Fabio Romano renunciaram aos seus cargos na diretoria da companhia, para empreender em novas oportunidades pessoais e profissionais.

A empresa agradeceu pelas contribuições dos dois executivos e afirmou que as funções de Diretor com Relações com Investidores serão temporariamente acumuladas pelo Diretor Luiz Ortiz.

Nos últimos 365 dias, os papéis da Gafisa acumularam uma desvalorização de 62,19%, mas as estimativas consensuais obtidas pelo Investing.com Brasil indicam um ganho potencial de 354,55% nos próximos 12 meses, para R$ 5,50.

Viracopos propõe voltar a pagar taxa ao governo para evitar novo leilão

A Aeroportos Brasil Viracopos (ABV), que em 2020 pediu para devolver o terminal, sugeriu em conversas com o governo que haja uma suspensão do prazo para um novo leilão, período no qual a concessionária voltaria a pagar taxas para a União a partir do próximo ano, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

De acordo com fontes, o esboço da proposta foi levado a integrantes do Executivo numa tentativa de desenrolar o imbróglio em torno da relicitação de Viracopos, no qual a ABV tem demonstrado preferência em permanecer na administração do aeroporto.

No ano passado, pela primeira vez, a administradora do terminal – que une TPI (Triunfo Participação e Investimentos), UTC Participações e Egis Airport Operation, registrou um resultado positivo, consolidando a vantagem que o aeroporto teve durante a pandemia de Covid-19 com o transporte de cargas.

No desenho sugerido pela concessionária, a suspensão da relicitação duraria até que fosse resolvida a arbitragem em que o grupo e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) discutem valores que entendem ter a receber. Contudo, parar a contagem do prazo (o que faria o governo não avançar com um novo leilão do aeroporto, ao menos durante esse período) dependeria da assinatura de um aditivo com a Anac. Na agência, por sua vez, técnicos têm afirmado que o órgão regulador está comprometido em fazer dar certo a devolução de Viracopos, resultando em um novo leilão.

Ainda não há uma definição sobre a proposta sugerida pela concessionária, que tramita dentro do governo de maneira informal até o momento. Integrantes do Executivo reconhecem que qualquer solução para o caso, que não seja o prosseguimento da relicitação, atualmente à espera do aval do Tribunal de Contas da União (TCU), dependeria de um consenso na Anac. Há também uma avaliação preliminar por parte de técnicos de que paralisar o prazo da relicitação, recentemente renovado até julho de 2024, seria uma alternativa de difícil execução, não tendo previsão em lei.

Uma vez que a paralisação é encarada dessa forma, a tentativa de se negociar um “meio-termo” não é descartada, diante da disposição da ABV em voltar a pagar outorgas (taxas pelo uso do terminal) à União, mesmo que num valor parcial. Há uma avaliação de que o cenário poderia ficar mais claro assim que for concluída a primeira fase da arbitragem entre a Anac e o consórcio, que envolve seis pedidos de reequilíbrio de contrato que a ABV alega ter direito.

Totvs fecha acordo para comprar provedora de tecnologia para RH

A Totvs comunicou na quinta-feira (01) a aquisição de 60% do capital social da provedora de tecnologia para a área de recursos humanos Feedz Tecnologia, por 66 milhões de reais.

O contrato também prevê a aquisição, pela Totvs, durante o primeiro semestre de 2025, das ações remanescentes, que representam 40% do capital da Feedz. O preço dependerá, entre outros fatores, de determinadas metas e desempenho da Feedz.

Fundada em 2018, a Feedz conta com mais de 1.000 clientes e aproximadamente 140 colaboradores.

De acordo com a Totvs, a ‘HR Tech’ teve crescimento de 3 dígitos na receita líquida nos últimos 2 anos. Também registrou, com base no resultado de julho de 2022, receita bruta anualizada de aproximadamente 22 milhões de reais.

“Com a aquisição da Feedz, a Totvs amplia suas soluções voltadas para HXM (gestão da experiência humana), fortalecendo seu portfólio para a área de Recursos Humanos”, afirmou a empresa no comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Santos Brasil investe R$ 120 milhões em terminal de contêineres de Barcarena (PA)

A Santos Brasil informou que investirá cerca de R$ 120 milhões no Tecon Vila do Conde, em Barcarena (PA), para aumentar em quase 40% a capacidade do terminal, dos atuais 217 mil TEUs/ano para 300 mil TEUs/ano em 2025.

“O novo ciclo de investimentos engloba a expansão do terminal em 20 mil m², totalizando 108 mil m², com o adensamento de uma nova área que será usada como pátio de contêineres vazios, cujas obras de pavimentação, drenagem e iluminação já se iniciaram e devem ser concluídas em 90 dias”, disse a empresa em nota.

O investimento, segundo a Santos Brasil, também inclui a verticalização do armazém existente, que permitirá elevar em cerca de 20% a capacidade de armazenamento e a ampliação da área para contêineres refrigerados em 55%, totalizando 450 tomadas.

“Teremos um salto de produtividade e de qualidade de serviço, além de um significativo aumento de capacidade. É um marco para o desenvolvimento regional”, diz o diretor-presidente da Santos Brasil, Antonio Carlos Sepúlveda.

Produção industrial no Brasil cresce 0,6% em julho, diz IBGE

A produção industrial avançou 0,6% na passagem de junho para julho, após ter registrado queda de 0,3% no mês anterior, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na sexta-feira (02).

A mediana das expectativas do mercado apontava para uma alta de 0,5% no período.

Na comparação com julho de 2021, houve queda de 0,5%.

O IBGE revisou o dado de junho, que era de queda de 0,4%.

Com esses resultados, o setor ainda se encontra 0,8% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 17,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.  No ano, a indústria acumula queda de 2% e, em 12 meses, de 3%.

O setor industrial vem mostrando uma maior frequência de resultados positivos ao longo do ano de 2022, destaca o gerente da pesquisa, André Macedo, com cinco meses de crescimento em sete oportunidades.

“Nesses resultados, observa-se a influência das medidas governamentais de estímulo e que ajudam a explicar a melhora registrada no ritmo da produção. Mas vale destacar que ainda assim a produção industrial não recuperou as perdas do passado”, diz.

A maior influência positiva para o resultado do mês frente ao mês anterior veio do setor de produtos alimentícios, que avançou 4,3%, destaca o instituto.

Essa atividade industrial registrou o terceiro mês seguido de avanço na produção, acumulando alta de 7,3% no período. “Esse crescimento foi bastante disseminado entre os principais itens dessa atividade. Desde o açúcar, que tem uma alta importante para esse par de meses, até carnes bovinas, suínas e de aves, além dos laticínios e dos derivados da soja”, diz Macedo.

Apesar do resultado positivo em alimentos, há uma predominância de atividades no campo negativo no mês, diz o instituto: dez ramos industriais mostraram crescimento e 16 assinalaram queda. “É um crescimento que se dá de uma forma muito concentrada nesse mês de julho”, diz o pesquisador.

SELIC

O projeto de Lei Orçamentária de 2023 prevê que a Taxa Selic (juros básicos da economia) encerrará 2023 em 12,49% ao ano, contra projeção de 9,99% ao ano que constava na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).

O projeto do orçamento teve poucas alterações em relação às estimativas de crescimento econômico para o próximo ano na comparação com os parâmetros da LDO.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (05), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 13,75%, ante 13,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) caiu 0,70% em agosto, após alta de 0,21% em julho, informou na manhã de terça-feira (30) o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Trata-se da primeira taxa negativa desde setembro do ano passado.

O índice é conhecido como “inflação do aluguel” por ser usado para reajustar grande parte de contratos do setor.

Com este resultado o índice acumula alta de 7,63% no ano e de 8,59% em 12 meses. Em julho, o acumulado em 12 meses ficou em 10,08%.

Em agosto de 2021, o índice havia subido 0,66% e acumulava alta de 31,12% em 12 meses.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (05), a projeção para o IGP-M ficou em 9,96%, ante 10,51% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

A queda de 7,08% no preço da gasolina vendida para as refinarias, anunciada pela Petrobras e que entra em vigor a partir de sexta-feira (02), pode levar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro a uma taxa negativa. A estimativa é do economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

O recuo deve pegar o “IPCA cheio” e impactar o indicador no mês, além de frear o resultado anual da inflação medida pelo índice. Braz reduziu estimativa de 6,6% para 6,4% para o IPCA de 2022, contra uma alta de 10,06% no acumulado do ano passado. O ajuste anunciado pela Petrobras, conforme o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), vai conduzir a um recuo de 0,24 ponto percentual no IPCA de setembro.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (05), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 6,61%, ante 6,70% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,2% no 2º trimestre, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, conforme divulgado na quinta-feira (01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Comparado ao mesmo trimestre de 2021, a alta foi de 3,2%. O PIB brasileiro fecha o primeiro semestre de 2022 com alta de 2,5%. Em valores correntes, chegou a R$ 2,4 trilhões, contra R$ 2,249 trilhões no primeiro trimestre.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (05), a projeção para o PIB ficou em 2,26%, ante 2,10% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (29), o Ibovespa fechou em alta, o desempenho do petróleo, em alta de cerca de 4% impulsionou as ações da Petrobras e do setor de energia, apesar da perda de fôlego também no segmento perto do fim da sessão. As ações sensíveis a juros, como as de varejo e construção, tiveram desempenho positivo. O índice Ibovespa teve alta de 0,02%, a 112.323,12 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,8 bilhões.

Na terça-feira (30), o Ibovespa fechou em queda, contaminado pelo declínio de Wall Street, com números de emprego dos Estados Unidos acentuando preocupações sobre o ciclo de aumento dos juros norte-americanos, enquanto Petrobras desabou na esteira do tombo do petróleo no exterior. O índice Ibovespa teve queda de 1,76 %, a 110.348,17 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,4 bilhões.

Na quarta-feira (31), o Ibovespa fechou em queda, o desempenho negativo do setor financeiro, o de maior peso no Ibovespa, impediu que a recuperação parcial vista em commodities levasse o índice um pouco mais adiante na última sessão do mês. O índice Ibovespa teve queda de 0,82%, a 109.522,47 pontos. O volume financeiro somou R$ 31,4 bilhões.

Na quinta-feira (01), o Ibovespa fechou em alta, após dados mostrando que a economia brasileira cresceu acima do esperado no segundo trimestre, e também com apoio da Petrobras apesar da queda do petróleo no exterior. O índice Ibovespa teve alta de 0,81%, a 110.405,3 pontos. O volume financeiro somou R$ 28,4 bilhões.

Na sexta-feira (02), por volta das 12h10, o índice Ibovespa operava em alta de 1,56%, a 112.132,42 pontos. Favorecido pelo viés externo benigno, com dados do mercado de trabalho norte-americano sob os holofotes, enquanto IRB Brasil desabava após oferta de ações com forte desconto. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 0,42%, a 110.864,24 pontos pontos. O volume financeiro somou R$ 37,8 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (02), por volta das 12h30, o dólar registrava queda de 1,02%, cotado a R$ 5,1847 na venda. O dólar acelerava a queda frente ao real, em movimento de ajuste após rali recente e conforme operadores digeriam um relatório de emprego norte-americano misto para agosto, mas a moeda ainda caminhava para forte valorização semanal.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (02) cotado a R$ 5,1848, o mercado doméstico refletiu a baixa da moeda americana em relação a divisas emergentes e o tombo das taxas dos Treasuries, após a leitura do relatório de emprego (payroll) dos EUA em agosto abrir a porta para uma moderação da alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano).

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
05/09/2022