Cenário Econômico Nacional – 19/09/2022

Cenário Econômico Nacional – 19/09/2022

Cenário Econômico Nacional – 19/09/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Analistas veem inflação mais baixa e crescimento ligeiramente maior do PIB em 2022 e 2023, mostra Focus

Analistas voltaram a reduzir as projeções para a inflação neste ano e no próximo e a elevar as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto, mostrou pesquisa Focus do Banco Central divulgada na segunda-feira (12).

A mediana das estimativas para o IPCA de 2022 das cerca de 100 instituições consultadas na sondagem caiu pela 11ª semana consecutiva, para 6,40%, de 6,61% na pesquisa anterior. Para o ano que vem, a projeção caiu pela quarta semana seguida, a 5,17%, de 5,27% antes.

Os novos números, que seguem acima do teto das metas para os dois períodos (5% e 4,75%), vêm após o IBGE ter reportado na semana passada que o IPCA teve o segundo mês seguido de deflação em agosto, levando o índice acumulado em 12 meses a 8,73%.

As projeções para a taxa básica de juros não sofreram ajuste nesta semana, e seguem em 13,75% (nível atual) para o fim deste ano e em 11,25% para 2023, mesmo após autoridades do Banco Central terem feito colocações na semana passada consideradas duras com a inflação, com o diretor de Política Monetária, Bruno Serra, ressaltando que a autarquia discutirá um ajuste residual nos juros.

Para o PIB, a projeção de crescimento deste ano subiu ligeiramente para 2,39%, de 2,26%, também no 11º ajuste para cima consecutivo. Em 2023, analistas agora veem alta de 0,50%, ante 0,47% na semana passada.

As instituições participantes do Focus também reduziram o prognóstico para o superávit comercial este ano, elevando em quase 6 bilhões de dólares a estimativa para o déficit em transações correntes para 25 bilhões de dólares, de 19,10 bilhões de dólares.

IGP-M registra deflação de 0,80% na primeira prévia de setembro, diz FGV

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) teve deflação de 0,80% na primeira prévia de setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). A queda dos preços é menos intensa do que a registrada no primeiro decêndio de agosto, quando o índice recuou 0,88%.

Todos os componentes do IGP-M registraram deflação. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) acelerou o ritmo de queda a 1,01% agora, após ter recuado 0,86% na leitura anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) cedeu 0,07%, após alta de 0,49% na prévia de agosto.

Em contrapartida, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) moderou o ritmo de deflação. O indicador registrou queda de 0,24% nesta leitura, após ter caído 1,66% na mesma prévia de agosto.

Petrobras reduz preço do gás de cozinha para distribuidoras

É a segunda redução consecutiva no preço do GLP, também conhecido como gás de cozinha. Em abril deste ano, houve uma queda de R$ 0,25 no valor do kg. Antes, no entanto, os preços mantinham trajetória de alta. Em julho do ano passado, houve aumento de 6%; em outubro de 7,2% e em março deste ano de 16,1%.

Segundo a Petrobras, o preço médio de 13 kg, correspondente à capacidade do botijão de uso doméstico, sofrerá uma redução de R$ 2,60, ficando em R$ 52,34. Contudo, não é possível precisar o valor final que será cobrado do consumidor, já que outros fatores exercem influência como os tributos que incidem sobre o GLP e as margens de lucro das distribuidoras.

Conforme o último levantamento divulgado pela Petrobras, realizado entre 28 de agosto e 3 de setembro, o botijão de gás de 13 kg estava custando ao consumidor em média R$ 111,57. A estatal calcula ser responsável apenas por 49,2% desse valor. Atualmente, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS), tributo estadual, responde por 10,6%. O restante do preço é de responsabilidade das distribuidoras, que leva em conta os gastos logísticos e a margem de lucro.

ITE-Facamp avança 0,6% na margem em julho, após retração de 0,4% em junho

O Índice de Tendência Econômica da Facamp (ITE-Facamp) avançou 0,6% na margem em julho, na série com ajuste sazonal, após retração de 0,4% em junho. Com o resultado, a média móvel trimestral do indicador desacelerou de 1,2% para 1,0%.

“O resultado de julho corrobora o diagnóstico de reação da atividade econômica. Essa reação, mesmo que oscilante em alguns meses, tem sido verificada também nos indicadores do mercado de trabalho, na indústria e no setor de serviços. Acreditamos que os fatores que explicam esse melhor momento sejam a injeção de recursos da PEC Kamikaze, a tendência de normalização residual de algumas cadeias globais de produção e o recuo do dólar recentemente (que favorece o quadro inflacionário, melhora o poder de compra e também facilita importações)”, afirmam os pesquisadores no Núcleo de Estudos da Conjuntura (NEC) da Facamp, em nota.

Na comparação com o mesmo mês de 2021, o ITE mostrou alta de 2,6% em julho, após avanço de 0,4% em junho. O índice acumula crescimento de 1,3% em 12 meses, abaixo da alta de 1,8% registrada no mês anterior.

De acordo com o NEC-Facamp, o ITE tem um coeficiente de correlação de Pearson (LON:PSON) (r) de 0,84 com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Em relação ao PIB trimestral, o coeficiente de correlação foi de 0,79 no segundo trimestre de 2022.

Mercado vê superávit fiscal de R$ 30,5 bilhões em 2022, mas contas deterioradas em 2023

O mercado financeiro melhorou a projeção para o resultado primário do governo neste ano, mas piorou a estimativa para o rombo fiscal em 2023 em meio a incertezas sobre a continuidade de programas temporários, mostrou relatório Prisma Fiscal divulgado na terça-feira (13) pelo Ministério da Economia.

De acordo com o documento, que capta projeções de agentes de mercado para as contas públicas, a mediana das expectativas para o resultado primário do governo central em 2022 ficou em superávit de 30,5 bilhões de reais, ante saldo positivo de 4,6 bilhões de reais projetado em agosto. Se confirmado, será o primeiro resultado no azul em nove anos.

A mais recente projeção do Ministério da Economia para o resultado primário do governo central, que inclui as contas de Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central, aponta para um déficit de 59,4 bilhões de reais neste ano, ante uma meta de déficit de 170,5 bilhões de reais. Técnicos da pasta, porém, já esperam revisões nos números, que chegariam a um superávit no fim do ano.

As estimativas do mercado para o resultado primário refletem uma elevação na projeção da receita líquida do governo, de 1,818 trilhão de reais para 1,851 trilhão de reais. Houve um aumento menos intenso nas expectativas para a despesa total, passando de 1,804 trilhão de reais no relatório anterior para 1,810 trilhão de reais na pesquisa deste mês.

Com a melhora nos dados do ano, os analistas consultados pela pasta reduziram a previsão para a dívida bruta do governo geral em 2022 para 78,19% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 79,0% na pesquisa de agosto.

O governo vem registrando recordes de arrecadação, sob impulso da retomada da atividade econômica, alta da inflação e elevação das cotações de commodities no mercado internacional.

A revisão positiva das projeções ocorre mesmo diante da estratégia do governo de converter esses ganhos de receitas em cortes de tributos e ampliação de benefícios sociais neste ano eleitoral.

Nos últimos meses, foram liberados cortes de PIS/Cofins de combustíveis, redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e cortes de tarifas de importação, além de repasses a caminhoneiros, taxistas e beneficiários do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás.

Para 2023, as projeções de mercado indicam um retorno ao déficit primário, com rombo ainda maior do que o previsto anteriormente. A nova projeção aponta para déficit de 43,2 bilhões de reais, ante 30 bilhões de reais no levantamento anterior.

A estimativa é que a dívida bruta suba a 81,70% do PIB no ano que vem, menor do que os 82,30% previstos no mês passado.

Três em cada dez famílias brasileiras não têm acesso suficiente a alimentos e passam fome

Três em cada dez famílias brasileiras enfrentam algum nível de falta de alimentos e passam fome. É o que mostra um estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (PENSSAN), divulgado na quarta-feira (14). Em números absolutos, são 125,2 milhões em insegurança alimentar.

A maior proporção de famílias nessa situação está nas regiões Norte e Nordeste do país. Alagoas é o estado em que os casos de insegurança alimentar grave são mais frequentes, atingindo 36,7% das famílias pesquisadas.

Em segundo lugar, vem o Amapá, com 32% dos domicílios nessa situação. Na sequência, estão Pará e Sergipe, ambos com 30% da população atingida.

“Os resultados refletem as desigualdades regionais registradas no relatório do II VIGISAN, e evidenciam diferenças substanciais entre os estados de cada macrorregião do país”, aponta, em nota, o coordenador da Rede Penssan, Renato Maluf.

“Não são espaços homogêneos do ponto de vista das condições de vida. Há diferenças socioeconômicas nas regiões que pedem políticas públicas direcionadas para cada estado que as compõem”, completa.

Apesar de proporcionalmente atingir mais as regiões Norte e Nordeste, a maior concentração de pessoas que passam fome em números absolutos está no Sudeste, região mais populosa do país.

Os dados são puxados principalmente por São Paulo, com 6,8 milhões de pessoas em insegurança alimentar grave, e pelo Rio de Janeiro, com 2,7 milhões na mesma situação.

Considerando toda a população em insegurança alimentar (leve, moderada ou grave), São Paulo também lidera, com 26 milhões, seguido por Minas Gerais, com 11,2 milhões.

Guedes diz que economia brasileira pode crescer até 3% em 2022

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a criticar estimativas de analistas financeiros, que, segundo ele, erraram previsões sobre o crescimento da economia brasileira neste ano. Ele também fez críticas ao teto de gastos.

Se não fizer nada daqui até o fim do ano, já cresceu 2,6% (Produto Interno Bruto, PIB). Pode chegar a 3%, afirmou.

As falas ocorreram durante evento organizado pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN).

O ministro diferenciou as previsões equivocadas entre erros “bem intencionados”, gerados por aspectos técnicos, e o que chamou de “narrativa política”.

Estamos promovendo uma mudança de estrutura na economia. Se você abre o jornal e a mídia, 80% são notícias ruins e 20% são boas. Mas se você olhar os fatos, 80% são bons e 20% são ruins. Existe essa dissonância cognitiva.

No segundo trimestre, o PIB cresceu 1,2%, acima das expectativas do mercado. Analistas relacionam o crescimento com as medidas de estímulo adotadas pelo governo neste ano.

Segundo Guedes, o governo atual promoveu uma mudança em relação a gestões anteriores. Ele destacou os acordos de comércio exterior realizado pelo país no período.

Indicador do Banco Central aponta crescimento maior do que o esperado da atividade econômica em julho

Indicador do Banco Central visto como um sinalizador do PIB apontou um crescimento de 1,17% da atividade econômica em julho sobre o mês anterior, bem acima do esperado pelo mercado.

O dado, divulgado na quinta-feira (15), vem após o Produto Interno Bruto ter surpreendido no segundo trimestre com crescimento acima do projetado, mesmo com a inflação alta corroendo o poder de compra.

Analistas projetavam uma alta de 0,30% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de julho, na comparação mensal com dados dessazonalizados, segundo pesquisa da Reuters.

Em relação a julho do ano anterior, o IBC-Br registrou avanço de 3,87% e, em 12 meses, acumulou alta de 2,09%, de acordo com números observados.

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados ao longo deste mês mostraram que serviços mais uma vez foi motor da atividade em julho, com crescimento bem superior ao esperado, de 1,1%, sobre o mês anterior. A produção industrial também cresceu, ainda que a ritmo menor, de 0,6%, após retração em julho.

Já o comércio foi novamente o patinho feio, com retração de 0,8%, pior desempenho para o mês em quatro anos.

O desempenho segue tendência geral verificada no primeiro semestre, quando o PIB também foi sustentado pelo setor de serviços, que ganhou força com a abertura econômica pós pandemia.

A atividade também tem recebido fôlego de medidas adotadas pelo governo para aquecer a economia no ano eleitoral, que incluíram a antecipação do 13º para aposentados, liberação de recursos do FGTS e, mais recentemente, desonerações dos setores de combustíveis e energia e aumento do valor do Auxílio Emergencial.

O economista do banco Goldman Sachs Alberto Ramos disse esperar que alguns dos setores de serviços ainda impactados pela Covid se recuperem mais nos próximos meses, apoiados em parte por estímulos fiscais.

“Mas, à frente, os retornos marginais decrescentes da normalização da atividade econômica pós-Covid, o impacto defasado do recente aperto monetário e financeiro, condições de crédito cada vez mais exigentes, alto nível de endividamento das famílias e desaceleração contínua da economia global devem adicionar ventos contrários à atividade econômica no final de 2022 e primeiro semestre de 2023”, afirmou.

O governo elevou nesta quinta a projeção oficial para o desempenho da atividade econômica em 2022, em visão mais otimista do que a observada no mercado, também estimando números melhores para a inflação.

No segundo trimestre, o PIB cresceu 1,2% sobre os três meses imediatamente anteriores, acima do 0,9% esperado por economistas. A alta acumulada no semestre foi de 2,5% sobre o mesmo período de 2021.

Governo revê estimativa de inflação, e salário mínimo em 2023 deve subir menos que o previsto

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia baixou na quinta-feira (15) a estimativa oficial para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano, que passou de 7,41% para 6,54%.

O INPC é a base da correção anual do salário mínimo pelo governo. Se esse aumento previsto se confirmar e não houver mudança no cálculo, o reajuste do salário mínimo em 2022 também será menor que o estimado anteriormente.

Na semana passada, o governo enviou a proposta de orçamento de 2023 contemplando R$ 1.302 para o salário mínimo, valor que considera apenas a variação da inflação neste ano (antes em 7,41%).

Como a estimativa para o INPC recuou, o valor do salário mínimo também deve ser menor, de R$ 1.291,26. Se for arredondado, iria para R$ 1.292, ou seja, R$ 10 a menos do que o divulgado na semana passada. O cálculo foi feito pelo g1, com base na nova estimativa de inflação.

Essa nova estimativa para o salário mínimo também é provisória. Se a inflação medida pelo INPC no acumulado de 2022 for diferente da estimativa, o governo terá de rever o montante. O valor do piso para 2023 será definido até o fim do ano.

De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 56,7 milhões de pessoas no Brasil, das quais 24,2 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Se for confirmada a decisão de não dar aumento real para o salário mínimo em 2023, este será o quarto ano sem elevação acima da inflação.

IGP-10 tem segundo mês de deflação em setembro com queda de combustíveis

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou o segundo mês seguido de deflação em setembro, ainda refletindo o impacto da queda dos preços dos combustíveis, que têm acompanhado a retração das cotações internacionais e também o efeito de desonerações promovidas pelo governo em ano eleitoral.

O IGP-10 caiu 0,90% este mês, acima da deflação de 0,44% esperada por analistas em pesquisa da Reuters e também maior do que a queda de 0,69% do mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na sexta-feira (16).

Com o resultado, o índice passou a acumular avanço de 8,24% em 12 meses, um recuo em relação aos 8,82% registrados em agosto, que foi a primeira leitura de um dígito desde julho de 2020 (+8,57%).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve queda de 1,18% em setembro, depois de recuar 0,65% em agosto.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, caiu 0,14%, após retração de 1,56% em agosto.

“Os combustíveis continuam contribuindo para o arrefecimento das pressões inflacionárias no âmbito do produtor e do consumidor. No IPA, a taxa de variação do diesel passou de 2,28% para -6,70%, sendo a principal influência negativa. No IPC, a taxa de variação da gasolina caiu de -16,88% para -9,66%, mas manteve-se como maior influência negativa”, disse André Braz, coordenador dos índices de preços na FGV.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, teve variação negativa de 0,02% em setembro, após alta de 0,74% no mês anterior.

O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Presidente confirma presença em funeral da rainha Elizabeth II

“O convite à cerimônia foi encaminhado, na noite do sábado (10), à Embaixada do Brasil em Londres. Consultado na manhã do domingo (11), o senhor presidente da República orientou o Itamaraty a responder positivamente ao convite”, informou o Ministério das Relações Exteriores, em nota.

De lá, Bolsonaro deve viajar direto a Nova York, nos Estados Unidos, onde participa da abertura da 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas. O evento está marcado para o dia 20 de setembro. Tradicionalmente, o discurso do presidente brasileiro abre a conferência.

A rainha Elizabeth morreu na última quinta-feira (8), aos 96 anos, no Palácio de Balmoral, na Escócia. No mesmo dia, Bolsonaro decretou luto oficial de três dias. Na ocasião, o presidente brasileiro disse que ela foi “uma rainha para todos nós”.

“É com grande pesar e comoção que o Brasil recebe a notícia do falecimento de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II, uma mulher extraordinária e singular, cujo exemplo de liderança, de humildade e de amor à pátria seguirá inspirando a nós e ao mundo inteiro até o fim dos tempos”, escreveu em suas redes sociais.

Hoje, o caixão com o corpo da monarca está em Edimburgo, capital escocesa. Após uma cerimônia na Catedral de Saint Giles, o local será aberto para que o público possa preste suas homenagens.

Na terça-feira (13), o corpo de Elizabeth será levado a Londres. Lá, passará pelo Palácio de Buckingham, pelo Salão de Westminster, onde ocorrerá o velório público da rainha, e por fim, pela Abadia de Westminster, para o funeral de Estado, no dia 19. O corpo será, então, enterrado no Castelo de Windsor, que fica nos arredores da capital britânica.

Rosa Weber assume a presidência do Supremo Tribunal Federal

A ministra Rosa Weber assume nesta segunda-feira, 12, a Presidência do Supremo Tribunal Federal, em meio a um período turbulento, o rescaldo dos atos bolsonaristas no 7 de Setembro, alguns deles com faixas com ataques à corte, máxima, e a 19 dias das eleições 2022. Dona de um estilo discreto, avessa a exposições – pistas de como será sua gestão, Rosa Weber tem sua cerimônia de posse marcada para as 17h. A solenidade será transmitida ao vivo.

O Supremo espera receber 1.300 convidados, entre chefes de Poderes, presidentes dos tribunais superiores e candidatos à Presidência da República. À posse do ministro Alexandre de Moraes na Presidência do Tribunal Superior Eleitoral compareceram o presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, a senadora Simone Tebet e o ex-ministro Ciro Gomes, principais colocados nas pesquisas eleitorais do pleito de 2022.Com 73 anos, Rosa foi indicada ao Supremo ela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2011.

Nos últimos dois anos, exerceu a vice-presidência da Corte máxima como braço-direito de Luiz Fux, que participou de sua última sessão plenária enquanto chefe do STF na quinta-feira, 8. Com a posse, a ministra recebe os processos que estão no gabinete da Presidência, 4.071.O vice da magistrada será o ministro Luís Roberto Barroso, que já foi um dos alvos preferenciais de ataques de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, especialmente quando presidiu o Tribunal Superior Eleitoral. Rosa Weber já ocupou tal função, entre agosto de 2018 e maio de 2020, ou seja, durante as eleições que alçaram o atual chefe do Executivo ao Planalto.

A gestão de Rosa Weber à frente do STF vai durar pouco mais de um ano – em outubro de 2023, a magistrada completa 75 anos, ocasião na qual vai se aposentar compulsoriamente. Até lá, também vai presidir o Conselho Nacional de Justiça.

Com a posse da ministra na segunda-feira (12), as duas principais cortes superiores do País serão comandadas por mulheres. No último dia 25, a ministra Maria Thereza de Assis Moura assumiu a presidência do Superior Tribunal de Justiça.

Rosa é a terceira mulher a ocupar uma cadeira no STF e também a chefiar a corte, sua colega, Cármen Lúcia foi indicada ao STF em 2016 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e chefiou a Corte entre 2016 e 2018; Ellen Gracie, indicada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, foi ministra do STF entre 2000 e 2011, exercendo a presidência do tribunal entre 2006 e 2008.

TSE deve manter decisão que proíbe uso do 7 de Setembro em programa de Bolsonaro

A expectativa de ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é que o plenário da Corte mantenha a proibição do uso das imagens dos atos de 7 de Setembro na propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, um revés para a campanha da reeleição, que montou uma estratégia para faturar politicamente com a presença de multidões nas celebrações do Bicentenário da Independência.

O TSE vai analisar na terça-feira (13), em plenário, a decisão do ministro Benedito Gonçalves, que proibiu o uso de imagens dos atos oficiais de 7 de Setembro na propaganda eleitoral do presidente Bolsonaro. Corregedor-eleitoral, Gonçalves avaliou que as imagens ferem a isonomia entre os candidatos, desequilibrando a disputa eleitoral pela Presidência da República.

Na avaliação de alguns ministros do TSE ouvidos pelo G1, a expectativa é que a “liminar seja mantida integralmente”, seguindo o argumento do corregedor-eleitoral de que o uso das imagens favorece Bolsonaro, em detrimento dos outros candidatos, que não tinham o poder de convocar apoiadores para a celebração do 7 de Setembro e, depois, transformar os atos em comícios de campanha.

No comitê de Bolsonaro, a esperança é exatamente a oposta, de que o plenário module a decisão de Benedito Gonçalves e proíba apenas o uso de imagens dos atos cívicos, permitindo as do discurso do presidente e das multidões.

Segundo Tarcísio Vieira, advogado da campanha e ex-ministro do TSE, houve uma separação entre o presidente e o candidato e não faria sentido proibir o uso das imagens de Bolsonaro na condição de postulante a mais um mandato à frente do Palácio do Planalto.

O comitê de campanha de Bolsonaro montou toda uma operação para registrar as cenas dos atos de 7 de Setembro em Brasília, Rio e São Paulo para usá-las nos programas eleitorais, o que chegou a ser feito no último sábado (10).

Lula e Bolsonaro querem desmembrar Economia e ressuscitar pastas de outras áreas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidatos que estão respectivamente em primeiro e segundo lugar nas pesquisas, não escondem o desejo de aumentar o número de ministérios. A Economia, pasta hoje comandada por Paulo Guedes, é o principal alvo de mudanças e deve começar 2023 desmembrada. Caso o petista vença, a ideia é que o número de ministérios passe dos atuais 23 para 32. Já Bolsonaro, que na campanha de 2018 prometeu ter apenas 15 ministérios e fazia uma forte crítica ao loteamento de cargos, hoje tem 23 e também deu pastas ao Centrão. Se reeleito, seus aliados também querem que o Ministério da Economia seja fatiado.

As ideias ainda não chegaram a ser colocadas no plano de governo, mas de acordo com declarações dadas por Lula em eventos e entrevistas ao longo da campanha, a pasta da Economia seria fatiada em Fazenda, Planejamento, Pequena e Média Empresa e Indústria e Comércio. Nas outras áreas, seriam recriadas a Cultura, Segurança Pública, Pesca e o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos seria desmembrado em três, Direitos Humanos, Mulheres e Igualdade Racial. Caso o petista volte ao Palácio do Planalto, também será criado um inédito Ministério dos Povos Indígenas.

Já Bolsonaro, que chegou a colocar no seu plano de governo em 2018 que lotear ministérios é “corrupção” e “toma lá, dá cá”, hoje tem 23 e, assim como os governos anteriores, também deu pastas ao Centrão. Em 2020, o presidente recriou o Ministério das Comunicações para abrigar o deputado licenciado Fábio Faria, na época no PSD e hoje no Progressistas. No ano passado, com o objetivo de abrigar o aliado Onyx Lorenzoni, Bolsonaro fez o primeiro fatiamento do Ministério da Economia para recriar a pasta do Trabalho e Previdência.

Se reeleito, seus aliados querem que o Ministério da Economia seja fatiado mais vezes. O líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), já disse que o governo precisa “pensar se não é o caso de ter de novo o Ministério do Planejamento”. De acordo com ele, a volta da pasta serviria “para a gente não só reagir, para a gente enxergar o Brasil para frente”. O parlamentar sugeriu o general Walter Braga Netto, também filiado ao PL e candidato a vice de Bolsonaro, para a função.

Além disso, o presidente já disse em eventos da Federação de Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), em maio, e da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), em junho, que quer recriar o Ministério da Indústria. Bolsonaro chegou a indicar ter se arrependido de unificar as pastas da área econômica em uma só. “O Paulo Guedes pegou uma missão enorme, um adensamento de mais quatro ministérios. Já separamos o Trabalho e Previdência de um lado e pretendemos, conforme foi sugerido na FIEMG há dois meses, em havendo uma reeleição, recriar o Indústria e Comércio, cujo ministro seria indicado pelos senhores, com o perfil dos senhores, para exatamente ter liberdade para trabalhar”, declarou durante sabatina na CNI.O chefe do Poder Executivo também já deu mais de uma declaração pública em que menciona a possibilidade de voltar com os ministérios do Esporte e da Pesca. Em outra frente, Bolsonaro também recebe pressões para desmembrar o Ministério da Justiça e criar uma pasta para a Segurança Pública.

Às vésperas das eleições, governo desbloqueia R$ 3,5 bilhões do orçamento secreto

O Ministério da Economia confirmou o que governo liberou um novo repasse de R$ 3,5 bilhões do Orçamento para as emendas parlamentares de relator, chamadas de orçamento secreto. O valor consta também da base de dados da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira (Conof) da Câmara.

A informação foi publicada inicialmente pelo jornal “Folha de S. Paulo”. O desbloqueio desse montante só foi possível graças a duas medidas provisórias assinadas pelo presidente Jair Bolsonaro em agosto e a um decreto editado por ele na semana passada.

A liberação ocorre a menos de 20 dias das eleições. Com o desbloqueio, o governo pode empenhar os recursos, ou seja, garantir que os valores sejam pagos.

O orçamento secreto ganhou esse nome por ter critérios de distribuição menos definidos e execução menos transparente que as demais emendas parlamentares.

As emendas, previstas em lei, são parcelas do Orçamento da União que os parlamentares repassam para obras e projetos em estados e municípios. No caso do orçamento secreto, negociações dentro do Congresso definem os deputados e senadores que serão beneficiados.

Em agosto, Bolsonaro editou duas medidas provisórias para facilitar a liberação de repasses do orçamento secreto.

Deputados pedem cassação de Douglas Garcia na Alesp após ofensas a jornalista

Os deputados estaduais Emídio de Souza (PT-SP) e Paulo Fiorilo (PT-SP) protocolaram um pedido de cassação do mandato de Douglas Garcia (Republicanos-SP) na Assembleia Legislativa de SP. O pedido ocorre após Garcia hostilizar a jornalista Vera Magalhães na noite de terça-feira (13), nos bastidores da TV Cultura.

De forma truculenta, o deputado estadual abordou Vera no final do debate ao governo do Estado de São Paulo e afirmou que ela era “uma vergonha para o jornalismo brasileiro”, ecoando a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro debate presidencial da campanha, na Band TV, ocorrido no dia 28 de agosto.

Nas redes sociais, Souza e Fiorilo comentaram o caso. “Basta! Vamos por fim a esse tipo de agressão covarde que nossa sociedade não pode mais tolerar”, disse Souza. “Nojo desse tipo de pessoa que se esconde na imunidade parlamentar para intimidar e agredir”, afirmou Fiorilo.

O ex-prefeito e candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT), também cobrou a cassação em suas redes sociais. “Deputado que agride ou assedia jornalista deve ser cassado por falta de decoro. Vamos transformar a Assembleia Legislativa de SP em território livre da misoginia”, afirmou o petista em seu perfil no Twitter.

O ocorrido na noite de terça-feira, no entanto, está longe de ser a primeira polêmica de Douglas Garcia. O parlamentar bolsonarista foi condenado por vazar dados pessoais de opositores, teve seu mandato suspenso por veicular informações falsas e foi advertido pelo Conselho de Ética da Alesp após fazer declarações transfóbicas.

Seu convidado no debate de ontem, o candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) condenou as falas de Garcia e afirmou, em suas redes sociais, que “essa é uma atitude incompatível com a democracia e não condiz com o que defendemos em relação ao trabalho da imprensa”.

O próprio Douglas Garcia postou um vídeo no qual pede desculpas a Tarcísio pelo ocorrido, mas não à jornalista Vera Magalhães. “Não me arrependo de absolutamente nada do que fiz hoje. Se é para pedir desculpas para alguém, não é para jornalista nenhum. Tenho que pedir desculpas ao Tarcísio. Eu sou adulto, Tarcísio é adulto, nós sabemos que essa questão de responsabilidade conjunta é uma coisa que a imprensa tenta incutir nas cabeças das pessoas”, afirma o deputado no vídeo.

Alexandre de Moraes manda desbloquear contas de empresários bolsonaristas

Para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a passagem do feriado de 7 de Setembro e a efetivação de ordem de afastamento de sigilos bancários fazem com que não seja mais necessária a restrição das contas bancárias de empresários bolsonaristas investigados por mensagens em que defendiam um golpe em caso de vitória do ex-presidente Lula nas eleições 2022.Em despacho assinado para desbloquear as contas dos aliados do chefe do Executivo, o ministro ponderou que agora que os investigadores tem acesso aos dados das contas bancárias dos empresários, será possível ‘o aprofundamento da investigação e verificação de eventual financiamento de atos criminosos’.

No documento, o ministro do Supremo indica que a investigação aberta a pedido da Polícia Federal se debruça sobre a suposta existência de esquemas de financiamento de atos antidemocráticos, ‘constituindo, inclusive, ameaça ilegal à segurança dos ministros do Supremo e atentando contra a independência do Poder Judiciário, com flagrante afronta à manutenção do Estado Democrático de Direito, em patente descompasso com o postulado da liberdade de expressão’.

Segundo o magistrado, os ‘investigados, expressamente, declararam o intuito de desestabilizar as instituições democráticas’.

Eleitores participarão do teste de integridade das urnas com biometria

Aprovado pelo plenário da Corte, o projeto-piloto acrescentará a identificação biométrica dos eleitores ao teste de integridade a que o TSE submete as urnas eletrônicas a cada nova eleição, desde 2002.

Este ano, 641 urnas serão escolhidas, nas 27 unidades da federação, para participar do tradicional teste de integridade que, ao contrário do projeto-piloto, não conta com a participação de eleitores presenciais. Das 641 urnas, 56 serão submetidas ao teste com identificação biométrica, o que representa um percentual de 8,7%.

O projeto-piloto prevê a participação de eleitores de Alagoas; Amazonas; Bahia; Ceará; Espírito Santo; Goiás; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Minas Gerais; Pará; Paraná; Pernambuco; Rondônia; Santa Catarina; São Paulo; Rio de Janeiro; Rio Grande do Sul e Tocantins, além do Distrito Federal. A resolução inicial do TSE era realizar o teste em, pelo menos, cinco estados, mais o Distrito Federal.

Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Júlio Valente, as unidades da federação onde o teste com biometria acontecerá foram definidos em conformidade com a capacidade logística e financeira dos tribunais regionais eleitorais. O uso da biometria para fins de teste acontecerá em apenas 56 das 641 urnas que serão submetidas ao tradicional teste de integridade, que ocorre sem a participação de eleitores presenciais.

“Como havia alguma dúvida sobre o processo de verificação biométrica, estamos levando o projeto-piloto com biometria para os locais de votação justamente para tirar essa dúvida. As demais urnas participam normalmente do teste de integridade como fazemos desde 2002, em locais designados pelos tribunais regionais eleitorais”, acrescentou Valente.

No dia da votação, servidores da Justiça Eleitoral convidarão alguns eleitores que votam em seções onde o teste com biometria esteja ocorrendo para participar voluntariamente da iniciativa. Após votarem regularmente, os voluntários serão conduzidos a um espaço contíguo onde estará montada toda a estrutura necessária à realização do teste com biometria, incluindo uma urna eletrônica previamente selecionada.

O voluntário terá que assinar um termo de consentimento, autorizando o uso de sua identificação biométrica para liberar a urna. A partir daí, estará encerrada sua participação. Com a urna liberada e tendo sido conferida a identificação biométrica do eleitor, caberá a servidores da Justiça Eleitoral registrar, na urna de teste, o voto previamente preenchido por representantes de partidos políticos ou entidades que participam do processo de fiscalização, tal como já acontece no teste de integridade tradicional.

Pesquisa Datafolha: Entre mulheres, Lula tem 46% contra 29% de Bolsonaro

Pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (15), mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto no eleitorado feminino, com 46%, contra 29% do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ambos mantiveram os números registrados no levantamento anterior, publicado em 9 de setembro.

Bolsonaro tenta reduzir a rejeição entre as mulheres, que somam 52% do eleitorado brasileiro. Uma das estratégias é ampliar a participação da primeira-dama Michelle Bolsonaro na campanha, mas o presidente esbarra no histórico de atitudes machistas.

Entre os homens, Bolsonaro caiu sete pontos porcentuais e agora lidera por 44% a 37% contra o petista.

Campanha de Bolsonaro pede direito de resposta por acusação feita em propaganda de Lula

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que conceda direito de resposta ao candidato à reeleição devido a uma acusação feita pela propaganda eleitoral na tevê do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apontada como falsa.

O pedido de direito de resposta alega que vídeo da campanha do petista veicula “gravíssimas ofensas à honra e à imagem do presidente da República e de sua família” ao afirmar que foram gastos 25,6 milhões de reais em dinheiro vivo na compra de imóveis pela família Bolsonaro.

A quantia, na verdade, se refere ao valor total, e não apenas ao que foi pago em dinheiro vivo, para a aquisição de imóveis por Bolsonaro e familiares, de acordo com reportagem do portal UOL que revelou originalmente as negociações.

“Achincalhou-se a imagem do presidente Jair Bolsonaro e de seus familiares, com intenção vil e rasteira, reproduzindo-se versão mentirosa de fatos objetivamente e dolosamente modificados”, diz o pedido oferecido à corte eleitoral pela campanha de Bolsonaro.

A ação aponta que os fatos já teriam sido desmentidos pelo UOL, e cita texto de checagem de fatos do próprio veículo de imprensa.

“A propaganda do PT sobre o uso de dinheiro vivo para compra de imóveis pela família Bolsonaro erra ao citar de forma imprecisa um número referente às transações reveladas pelo UOL em 30 de agosto. Diferentemente do que dá a entender a peça, a família Bolsonaro não pagou 25,6 milhões de reais em dinheiro vivo, em valores atualizados, para a compra de imóveis. Na verdade, este número corresponde ao valor do total das transações de imóveis com uso total ou em parte de dinheiro vivo, com correção monetária”, diz a reportagem, transcrita pelo pedido de direito de resposta.

Segundo o portal, a parte dos imóveis adquirida com dinheiro vivo equivale, a partir de correção monetária pelo IPCA, a cerca de 11,1 milhões de reais, de um total de 25,6 milhões de reais gastos no total com os imóveis.

O pedido de resposta solicita que seja conferido à campanha de Bolsonaro tempo equivalente ao que foi dedicado às acusações e na mesma quantidade de vezes em que o vídeo foi veiculado nas inserções. Também pede que a resposta possa ser divulgada no mesmo horário e meio em que as inserções foram originalmente veiculadas.

Procurada, a campanha de Lula não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre a ação.

Congonhas pode subir número de voos em março de 2023, confirma Anac

O aeroporto de Congonhas (SP), localizado na região central de São Paulo, poderá operar 44 movimentos de pousos e decolagens por hora a partir de 26 de março do próximo ano, um aumento em relação ao limite atual, de 41 movimentos. A declaração da nova capacidade, formalizada pela estatal Infraero, que opera o terminal, foi publicada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em agosto, Congonhas foi arrematado pela empresa espanhola Aena no leilão da 7ª rodada de concessões aeroportuárias, mas a administração do ativo ainda não foi repassada à iniciativa privada.

A Infraero já havia indicado em meados do ano que teria porte para subir o número de voos no aeroporto de Congonhas. A sinalização da estatal gerou reação em parte do setor e em associações de moradores que temem o aumento de movimentação no terminal. Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) à época, a expansão no aeroporto é debatida há tempos no segmento e, nos bastidores, é marcada por uma animosidade entre as empresas. O acréscimo de pousos e decolagens abre espaço para outras companhias, como a Azul (BVMF:AZUL4), aumentarem suas operações no terminal, onde Gol e Latam são dominantes.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que representa companhias como Gol e Latam, afirmou à época que a expansão de voos só deveria ocorrer após “investimentos significativos” no terminal de passageiros do aeroporto.

Para a Infraero, no entanto, os investimentos já feitos são suficientes para comportar a nova capacidade. Além de melhorias no terminal de passageiros, outros projetos são destacados por quem defende a ampliação, como a reforma da pista principal, concluída no fim de 2020, e o novo sistema e estrutura para voos internacionais de aviação executiva, que contou com R$ 222 milhões do governo federal.

Com a declaração de capacidade publicada pela Anac, o que ocorreu no último dia 5, a Infraero tem até início de outubro para elaborar um plano de operação com o novo status. Em novembro, por sua vez, a agência reguladora irá divulgar a distribuição dos slots (autorizações de pousos e decolagens) em Congonhas para cada companhia aérea, com base nas novas regras publicadas em junho. Relatório do BTG Pactual (BVMF:BPAC11) produzido na ocasião apontou que, a partir deste regramento, haveria espaço para a Azul aumentar sua participação de mercado no aeroporto de 7% para cerca de 15%.

Ultrapar compra startup de energia elétrica Stella

A Ultrapar anunciou na segunda-feira (12) que fechou acordo para compra de 100% da Stella GD por ao menos 63 milhões de reais, marcando a entrada da companhia no negócio de intermediação de geração de energia elétrica.

Do valor total, 7,56 milhões de reais serão pagos à vista, com o restante quitado em 2027, sujeito ao desempenho da Stella.

Fundada em 2019, a Stella é uma plataforma de tecnologia que conecta geradores de energia elétrica renovável e clientes e tem presença em 12 Estados, com mais de 11 mil clientes ativos.

No comunicado, a Ultrapar afirmou que o negócio está dentro de sua estratégia de ampliar a oferta de soluções energéticas, potencializando sua capilaridade, força comercial, entre clientes empresariais e residenciais.

Vendas no varejo crescem 2,8% em agosto, segundo índice da Cielo

As vendas no varejo brasileiro cresceram 2,8% em agosto ante um ano antes, descontada a inflação, segundo índice calculado pela empresa de meio de pagamentos Cielo e divulgado na terça-feira (13).

Esse foi o décimo mês seguido em que o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) é positivo, o que não ocorria desde dezembro de 2019, disse Diego Adorno, gerente de Produtos de Dados da Cielo, no comunicado.

Ele destacou que segmentos como postos de gasolina; turismo e transporte; e bares e restaurantes vêm potencializando a performance do índice. “No caso de postos de gasolina é possível associar a aceleração do crescimento de vendas, já descontada a inflação, à queda de preços verificada recentemente”, disse.

A Cielo ainda afirmou que efeitos de calendário ajudaram o desempenho em agosto, com uma quarta-feira a mais, dia que as vendas costumam ser mais intensas, e um domingo a menos, quando o comércio normalmente tem performance mais fraca.

O ICVA é apurado junto a 1,1 milhão de varejistas no país credenciados à companhia e distribuídos por 18 setores.

Raia Drogasil anuncia aquisição da eLoopz, startup de tecnologia

A Raia Drogasil informa que a sua controlada RD Ads, celebrou contrato para aquisição de 100% da eLoops, startup de tecnologia. O valor não foi informado.

A eLoops desenvolve soluções de mídia para varejistas através da implementação e manutenção de hardware, majoritariamente telas instaladas em lojas físicas, e de software para gestão inteligente destes ativos. Fundada em 2017, e tendo a RD como cliente desde então, a eLoopz se consolidou como uma plataforma que ajuda grandes marcas varejistas a maximizar a experiência do cliente no ponto de vendas e criar novas linhas de receita através da venda de anúncios publicitários.

“A aquisição da eLoopz permitirá à RD desenvolver novas soluções de publicidade e propaganda para impactar nossos 45 milhões de clientes ativos, intensificando a atuação em mídia digital out-of-home em nossas farmácias, de modo a fortalecer a estratégia de publicidade dos anunciantes nos canais físicos e digitais via RD Ads”, afirma a empresa em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A RD Ads é o braço de publicidade da RD, também fundada em 2017 com o objetivo de conectar as marcas a seus clientes por meio da integração de diferentes canais de mídia, físicos e digitais, e mensuração sofisticada. Seguindo o modelo dos investimentos anteriormente realizados, os sócios fundadores permanecerão na operação juntamente com os demais colaboradores que fazem parte dessa estrutura, especialmente integrados a RD Ads.

Segundo a empresa, o investimento na eLoopz faz parte da RD Ventures, plataforma de Corporate Venture Capital da RD, e busca acelerar a estratégia de digitalização do varejo e expansão do negócio de mídia.

O fechamento da operação está previsto para ocorrer nas próximas semanas.

Setor de serviços cresce 1,1% em julho

O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 1,1% em julho em relação a junho, segundo dados divulgados na terça-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da terceira alta seguida, com ganho acumulado de 2,4%.

Na comparação com julho de 2021, o avanço foi de 6,3% – 17ª taxa positiva consecutiva.

O acumulado do ano ficou em 8,5% em relação a igual período de 2021. Já o acumulado nos últimos 12 meses passou de 10,5% em junho para 9,6% em julho, mantendo trajetória descendente desde abril (12,8%).

O resultado veio acima do esperado. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de avanços de 0,5% na comparação mensal e de 5,8% na base anual.

O setor se encontra 8,9% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 1,8% abaixo de novembro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

O setor de serviços é o que possui o maior peso na economia brasileira e foi o mais atingido pela pandemia, sobretudo as atividades de caráter mais presencial, como os serviços prestados às famílias.

“Com esse crescimento de julho, o setor de serviços chega ao ponto mais alto desde novembro de 2014, ou seja, do maior patamar da série. Essa retomada de crescimento é bastante significativa e é ligada aos serviços voltados às empresas, como os de tecnologia da informação e o de transporte de cargas, que têm um crescimento expressivo e alcançam, em julho, os pontos mais altos das suas respectivas séries. Então o que traz o setor de serviços a esse patamar é o dinamismo desses dois segmentos”, destaca o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Vendas no comércio recuam 0,8% em julho, mostra IBGE

Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada na quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas em julho caiu 0,7%, na comparação com o mês anterior e 6,8% na comparação com julho de 2021.

O mês de abril foi o último com crescimento. Desde então, maio, junho e julho acumulam recuo de 2,7%. Por conta desses resultados, o setor se encontra praticamente no mesmo nível do período pré-pandemia, fevereiro de 2020, com variação de 0,5%.

O resultado negativo do setor em julho, apresentou queda em nove das 10 atividades pesquisadas, contando com o varejo ampliado. O maior recuo foi em tecidos, vestuário e calçados (-17,1%).

“Algumas das grandes cadeias comerciais apresentaram redução na receita, sobretudo na parte de calçados. Além disso, pode haver também escolhas do consumidor, considerando a redução da capacidade do consumo atual”, afirmou o pesquisador.

As demais quedas foram em móveis e eletrodomésticos (-3%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2%), equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-1,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,4%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%).

Apenas a atividade de combustíveis e lubrificantes (12,2%) mostrou crescimento. Segundo o gerente, isso é resultado da política de redução do preço dos combustíveis.

A pesquisa também mostra que, na comparação com julho de 2021, o comércio varejista caiu 5,2%. As taxas negativas foram registradas em sete das 10 atividades catalogadas (contando o comércio varejista ampliado).

Os destaques foram para outros artigos de uso pessoal e doméstico (-28,7%), tecidos, vestuário e calçados (-16,2%) e móveis e eletrodomésticos (-14,6%). Também tiveram queda as atividades de equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-0,4%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%).

Nova concessão de telefonia fixa pode movimentar mais de R$ 22,6 bilhões, prevê Anatel

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, estima que a nova concessão de telefonia fixa tem potencial para movimentar um valor expressivo. Na sua avaliação, o montante poderia até mesmo superar os R$ 22,6 bilhões que correspondem ao valor cobrado pela agência regulatória das atuais concessionárias (Oi, Vivo, Claro/Embratel, Algar e Sercomtel) para atualizar o regime de prestação de serviço.

A Anatel já começou a trabalhar na elaboração do edital de concessão de Sistema Telefônico Fixo Comutado (STFC) para suceder o contrato atual, que começou em janeiro de 1998 e terminará em dezembro de 2025.

O trabalho tem como desafio propor um modelo capaz de atrair novos interessados em um momento em que as chamadas de voz estão caindo em desuso, e as atuais concessionárias estão cobrando uma revisão dos contratos para sanar prejuízos.

O desenho do edital, por ora, é uma incógnita. Para o presidente da Anatel, o valor da futura concessão não está mais concentrado no serviço de telefonia em si, mas no direito de exploração dos bens reversíveis, que retornariam para a União com o fim dos contratos atuais. Outro ativo são os direitos inerentes à prestação do serviço de telefonia fixa, como direito de uso dos postes e dutos – um bem cada vez mais escasso, especialmente nas cidades grandes.

“Estamos definindo o que vai ser. O serviço de telefonia fixa continuará existindo, e o nosso desafio é fazer uma licitação que seja ampliada, atrativa e que valha mais do que R$ 22 bilhões”, disse Baigorri, na quarta-feira em Brasília, durante conversa com jornalistas durante simpósio organizo pela Telcomp – associação de provedores regionais de internet.

Baigorri reiterou que uma proposta inicial para o edital da concessão de telefonia fixa deve estar pronta para ser submetida a consulta pública até o fim de 2022.

Apesar da queda nas chamadas, Baigorri refutou a hipótese de que o serviço desapareça. Assim como o rádio, a telefonia fixa deverá deixar de ser massiva para ser um negócio de nicho, usado por algumas empresas e serviços públicos (bombeiros, polícia e emergência médica, por exemplo), comparou.

“O STFC tem suas vocações, mas entendo que vai ser cada vez mais de nicho. Ele não vai ter a mesma relevância geral do passado, igual o rádio. Mas não acredito que vai acabar”, avaliou Baigorri. “O STFC vai se reinventar e achar o seu mercado assim como todo mundo encontra”, emendou.

Paralelamente à confecção do edital, está sendo discutida a possibilidade de as operadoras de telefonia fixa alterarem o modelo de prestação atual do serviço. Elas têm a opção de migrar do regime de concessão para autorização, conforme previsto na lei 13.789, aprovada em 2019.

Com a mudança, as empresas deixariam de cumprir obrigações regulatórias, como a manutenção de orelhões, algo que consome centenas de milhões de reais por ano. Também poderiam ficar com os bens reversíveis definitivamente. Em troca, teriam que desembolsar o valor cobrado para a atualização.

Senai lança chamada para acelerar soluções da Indústria 4.0

Cada projeto selecionado poderá contar com até R$ 800 mil, englobando tanto o desenvolvimento quanto a implementação da tecnologia nas empresas-clientes.

O aporte integra a chamada Smart Factory, realizada em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Ministério da Economia, e está disponível na Plataforma de Inovação para a Indústria.

A indústria brasileira está mais digital do que há cinco anos. Se em 2016 menos da metade (48%) fazia uso de alguma das tecnologias digitais analisadas, em 2021 o percentual foi de 69%, como mostra a Sondagem Especial Indústria 4.0, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Realizada em abril deste ano com mais de mil empresas, a pesquisa buscou investigar o avanço do uso das tecnologias da chamada indústria 4.0, que prevê a digitalização da produção industrial para integrar as diferentes etapas da cadeia de valor, desde o desenvolvimento do produto até o uso final.

SELIC

A melhora do cenário para a inflação no Brasil tem sido favorável à ideia do Banco Central de interromper o ciclo de elevação da Selic, a taxa básica de juros.

Nas últimas semanas, índices de preços relevantes tiveram variação mensal mais branda ou até negativa.

O resultado do indicador reflete ainda as medidas para reduzir o preço dos combustíveis, como cortes no ICMS e no preço da gasolina vendida às distribuidoras por parte da Petrobras.

A atual conjuntura deve permitir que o Banco Central interrompa o ciclo de aperto monetário na reunião de 20 e 21 de setembro.

A projeção do Safra é de que o Comitê de Política Monetária mantenha a taxa Selic no patamar restritivo de 13,75% até o segundo trimestre de 2023. Isso deve ser suficiente para que projeções e expectativas de inflação para 2024 convirjam para o centro da meta.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (19), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 13,75%, ante 13,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) teve deflação de 0,80% na primeira prévia de setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda-feira (12).

A queda dos preços é menos intensa do que a registrada no primeiro decêndio de agosto, quando o índice recuou 0,88%.

Todos os componentes do IGP-M registraram deflação. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) acelerou o ritmo de queda a 1,01% agora, após ter recuado 0,86% na leitura anterior.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (19), a projeção para o IGP-M ficou em 9,01%, ante 9,61% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O Ministério da Economia revisou para baixo sua projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta de preços neste ano recuou de 7,20% para 6,30%.

Para 2023, entretanto, a projeção seguiu em 4,50%, bem abaixo da projeção do mercado. “A partir de 2024, espera-se convergência da inflação (IPCA) para a meta de 3,00%”, avaliou a SPE.

No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram que o IPCA deve acumular alta de 6,40% em 2022 e de 5,17% em 2023.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (19), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 6,00%, ante 6,40% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O Ministério da Economia elevou para 2,7% a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. A estimativa da inflação ficou menor. Os novos números foram divulgados no Boletim Macrofiscal.

O ritmo de crescimento do PIB tem surpreendido a todos. Não é correto afirmar que o Ministério da Economia tem sido otimista, nós também temos subestimado o crescimento da atividade econômica, embora menos do que o mercado.

A estimativa supera o crescimento projetado pelo mercado, que está em 2,39% e tem como justificativa o desempenho do mercado de trabalho e do setor de serviços com o arrefecimento da pandemia.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (19), a projeção para o PIB ficou em 2,65%, ante 2,39% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (12), o Ibovespa fechou em alta, embalado pelo tom positivo de praças acionárias no exterior antes de um dado crucial de inflação nos Estados Unidos, que ajudará a balizar as apostas sobre os próximos passos do Federal Reserve. O índice Ibovespa teve alta de 0,98%, a 113.406,55 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,7 bilhões.

Na terça-feira (13), o Ibovespa fechou em queda, o Ibovespa quebrou uma série de três altas e caiu mais de 2%, pressionado por preocupações sobre os próximos passos do Banco Central norte-americano após dados mais fortes do que o esperado sobre a inflação nos Estados Unidos. O índice Ibovespa teve queda de 2,30%, a 110.793,96 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,4 bilhões.

Na quarta-feira (14), o Ibovespa fechou em queda, as taxas de juros ao redor do mundo seguem tomando a atenção dos investidores. No foco, os dados de inflação dos Estados Unidos, divulgados na véspera, que apontaram uma taxa de 8,3% no acumulado em 12 meses até agosto. O índice Ibovespa teve queda de 0,22%, a 110.546,67 pontos. O volume financeiro somou R$ 39,9 bilhões.

Na quinta-feira (15), o Ibovespa fechou em queda, abaixo dos 110 mil pontos, contaminado por Wall Street, com Ecorodovias liderando as perdas após pagar outorga bilionária em leilão de rodovias no Estado de São Paulo. O índice Ibovespa teve queda de 0,5%, a 109.990,31 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,4 bilhões.

Na sexta-feira (16), por volta das 12h30, o índice Ibovespa operava em queda de 0,94%, a 108.922,44 pontos. A bolsa paulista engatava mais uma sessão negativa, acompanhando Wall Street, com agentes financeiros ainda aflitos com os riscos à economia dos Estados Unidos de um ciclo mais forte de alta de juros pelo Federal Reserve. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 0,61%, a 109.280,37 pontos. O volume financeiro somou R$ 39,7 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (16), por volta das 12h46, o dólar registrava alta de 1,09%, cotado a R$ 5,2965 na venda. O dólar reduziu seus ganhos, depois de mais cedo saltar mais de 1%, acima de 5,31 reais, com investidores digerindo dados mostrando queda nas expectativas de inflação nos Estados Unidos. O patamar elevado atingido pela moeda norte-americana nos picos do dia pode ter chamado vendedores, num movimento técnico de realização de lucros.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (16) cotado a R$ 5,2592, o dólar emendou a segunda sessão consecutiva de alta, flertou com o rompimento do teto de R$ 5,30 nos momentos de maior estresse e encerrou a semana com valorização superior a 2%. A rodada de depreciação do real veio na esteira de uma busca global pela moeda norte-americana diante da perspectiva de alta mais intensa e prolongada da taxa de juros dos EUA.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
19/09/2022