Cenário Econômico Internacional – 23/09/2022

Cenário Econômico Internacional – 23/09/2022

Cenário Econômico Internacional – 23/09/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Fitch reestima crescimento do PIB global para +2,4% este ano e +1,7% em 2023

A Fitch Ratings reduziu a taxa de crescimento do PIB mundial em 0,5 ponto percentual (pp) de sua estimativa de junho à medida que a crise europeia do gás, a inflação alta e políticas monetárias mais apertadas estão afetando as perspectivas econômicas.

“Tivemos uma tempestade perfeita para a economia global nos últimos meses, com a crise do gás na Europa, uma aceleração acentuada na elevação das taxas de juros e um aprofundamento da queda da propriedade na China”, disse Brian Coulton, economista-chefe.

Para 2023, o PIB mundial deve crescer +1,7% à medida que a zona euro e o Reino Unido devem entrar em recessão ainda este ano e os EUA sofrerão uma recessão em meados de 2023, de acordo com as previsões da Fitch.

“Agora esperamos um crescimento dos EUA de +1,7% em 2022 e +0,5% em 2023, revisado para baixo em -1,2pp e -1pp, respectivamente.”

A Fitch espera que a economia da zona euro contraia -0,1% em 2023, uma queda de -2,2pp desde junho, refletindo o impacto da crise do gás natural. Sem alternativas, o fornecimento total de gás da UE cairá significativamente no curto prazo, com impactos sentidos através das cadeias de suprimentos industriais.

Na China, a retomada enfrenta restrições da pandemia e uma queda prolongada das propriedades, “e agora esperamos que o crescimento seja de +2,8% este ano e se recupere para +4,5% no próximo ano”.

Dados de atividade global fazem otimismo sair de cena; FMI alerta para recessão

O mercado financeiro sempre funcionou como uma espécie de termômetro da economia, em tentativa de antecipar o que está por vir. A alta volatilidade das bolsas, presente já há algum tempo no noticiário, pode causar a pergunta: o termômetro quebrou ou é o mercado que está lendo errado a temperatura?

A inflação ao consumidor nos Estados Unidos divulgada na semana passada, que se provou mais resistente que o esperado, coloca uma terceira hipótese à mesa: talvez o termômetro estivesse funcionando, e a leitura, correta, mas investidores decidiram apostar contra ele.

É uma análise que ecoa pela imprensa internacional, à medida que o engate no chamado “bull market” (mercado de touro), de apostar que o pior já tivesse passado com doses generosas de otimismo, fez pouco ou nenhum sentido do ponto de vista econômico. Os dados de atividade norte-americanos, chineses e europeus reforçaram a ideia de que ainda há uma crise em curso que não será tão facilmente contornada, afinal, é resultado de uma pandemia seguida de guerra.

Tanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) quanto o Banco Mundial emitiram alertas sobre essa postura de quem nada contra a maré. O pessimismo voltou de vez, conforme as autoridades concordaram que os riscos de queda da economia global continuam a dominar as perspectivas e que alguns países perigam entrar em recessão em 2023.

O episódio trata das expectativas para as decisões dos Bancos Centrais e o que o futuro reserva para a economia global. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.

Chefe da ONU alerta líderes globais: o mundo está em ‘grande perigo’

Alertando que o mundo está em “grande perigo”, o chefe da ONU diz que os líderes reunidos pessoalmente pela primeira vez em três anos devem enfrentar conflitos e catástrofes climáticas, aumentar a pobreza e a desigualdade, e abordar as divisões entre grandes potências que pioraram desde que a Rússia invadiu a Ucrânia.

Em discursos e comentários que antecederam o início da reunião dos líderes na terça-feira (20), o secretário-geral Antonio Guterres citou a “imensa” tarefa não apenas de salvar o planeta, “que está literalmente pegando fogo”, mas de lidar com a persistência da Covid-19. Ele também apontou para “a falta de acesso a financiamento para os países em desenvolvimento se recuperarem, uma crise não vista em uma geração” que perdeu terreno para educação, saúde e direitos das mulheres.

Guterres fez seu discurso de “estado do mundo” na abertura do encontro global anual de alto nível na terça-feira (20). O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse que continha “um boletim sóbrio, substantivo e focado em soluções” para um mundo “onde as divisões geopolíticas estão colocando todos nós em risco”.

Em uma avaliação alarmante, Guterres disse aos líderes mundiais que as nações estão “encravadas em colossal disfunção global” e não estão prontas ou dispostas a enfrentar os grandes desafios que ameaçam o futuro da humanidade e o destino do planeta.

Falando na abertura da reunião anual de alto nível da Assembleia Geral, o chefe da ONU apontou para a guerra na Ucrânia, a multiplicação de conflitos em todo o mundo, a emergência climática, a terrível situação financeira dos países em desenvolvimento e as recentes inversões de progresso em tais medidas da ONU. como acabar com a pobreza extrema e oferecer educação de qualidade para todas as crianças.

“Nosso mundo está em perigo, e paralisado”, disse Guterres.

Mas ele disse que há esperança.

Enfatizando que a cooperação e o diálogo são o único caminho a seguir, ele alertou que “nenhum poder ou grupo sozinho pode dar as cartas”.

“Vamos trabalhar como um, como uma coalizão do mundo, como nações unidas”, ele pediu aos líderes reunidos no vasto salão da Assembleia Geral.

Presidente do Banco Mundial diz que desaceleração global pode se estender até 2023

O aperto monetário colocado em marcha pelos principais Bancos Centrais para tentar controlar a alta da inflação pode deflagrar um cenário de recessão global em 2023, alertou o Banco Mundial em relatório divulgado na semana passada.

O estudo adverte para o crescente risco de crises financeiras em economias emergentes e em desenvolvimento. Segundo estimativas da entidade, para controlar a escalada dos preços, os BCs ao redor do mundo terão que subir juros em uma média de 2 pontos porcentuais.

Se acompanhado por estresse nos mercados financeiros, esse ritmo desaceleraria o crescimento do PIB do planeta a 0,5% em 2023 e de 0,4% em termos per capita. Esse resultado cumpriria os critérios técnicos para definir uma recessão.

O documento destaca ainda uma série de evidências que apontariam para um quadro recessivo no horizonte. Segundo a análise, a economia global registra a mais acentuada desaceleração desde os anos 1970.

Malpass afirmou haver oportunidades de recuperação na China, cujos bloqueios contra a Covid-19 no segundo trimestre desempenharam um papel de peso na forte desaceleração em andamento, e em outros países importantes, incluindo os Estados Unidos.

“A preocupação que tenho é que, se você olhar para o restante do mundo, isso fica para trás e (a desaceleração) pode durar até 2023 e além”, disse ele.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (19), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, os índices chegaram a aprofundar as perdas da abertura após a divulgação do índice de confiança das construtoras dos EUA, que caiu um pouco mais do que o esperado em setembro. Além disso, segue no radar a expectativa pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed). O índice Dow Jones teve alta de 0,64%, a 31.019,68 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,69%, a 3.899,89 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,76%, a 11.535,02 pontos.

Na terça-feira (20), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, em sessão que antecede a decisão monetária do Federal Reserve (Fed). Entre operadores e analistas, a aposta majoritária segue para alta de 75 pontos-base (pb) nos juros. A ação da Ford tombou 12% e pesou sobre os índices, após alertas de custos acima do esperado pela montadores. O índice Dow Jones teve queda de 1,01%, a 30.706,23 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,13%, a 3.855,93 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,95%, a 11.425,05 pontos.

Na quarta-feira (21), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, com investidores digerindo outro aumento de juros pelo Federal Reserve e seu compromisso de manter as altas em 2023 para combater a inflação. O índice Dow Jones teve queda de 1,70%, a 30.183,78 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,71%, a 3.789,93 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,79%, a 11.220,19 pontos.

Na quinta-feira (22), as bolsas de valores de Nova York operavam em queda, na terceira sessão consecutiva de perdas, com investidores temendo que a abordagem agressiva do Federal Reserve para conter a inflação possa desencadear uma recessão. Os investidores temem que o caminho agressivo possa aumentar a volatilidade das ações e títulos em um ano que já viu os mercados em baixa em ambas as classes de ativos, contribuindo para uma desaceleração econômica. Por volta das 13h13, o índice Dow Jones registrava queda de 0,37%, a 30.071,02 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,81%, a 3.759,31 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 1,46%, a 11.056,02 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 16.09.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (09) cotado a R$ 5,2592 com alta de 0,38%. Os receios em relação à alta de juros nos Estados Unidos pesaram por mais um dia no mercado financeiro. O dólar chegou a ultrapassar os R$ 5,30, mas desacelerou no fim das negociações.

Na segunda-feira (19) – O dólar à vista registrou queda de 1,79%, cotado a R$ 5,1652 na venda. Penalizado por combinação de ajuste de posições e alívio de temores sobre descontrole fiscal em eventual governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embora a aproximação da decisão de política monetária do Banco Central dos Estados Unidos tenha continuado como motivo de preocupação para investidores. O dólar oscilou entre R$ 5,3027 na máxima e R$ 5,1435 na mínima.

Na terça-feira (20) – O dólar à vista registrou queda de 0,25%, cotado a R$ 5,1525 na venda. Na contramão da onda de fortalecimento da moeda norte-americana no exterior, em meio à aposta de que o Federal Reserve (Fed, o BC americano) adote um tom duro na quarta-feira (21), o dólar operou em baixa na maior parte do dia no mercado de câmbio doméstico. O dólar oscilou entre R$ 5,2232 na máxima e R$ 5,1422 na mínima.

Na quarta-feira (21) – O dólar à vista registrou alta de 0,40%, cotado a R$ 5,1730 na venda. A volatilidade tomou conta do mercado doméstico de câmbio ao longo da tarde, com o dólar apresentando trocas constantes de sinal à medida que investidores assimilavam as novas projeções econômicas de integrantes do Federal Reserve. O dólar oscilou entre R$ 5,1937 na máxima e R$ 5,1204 na mínima.

Na quinta-feira (22) – Por volta das 13h14, o dólar operava em alta de 0,07% cotado a R$ 5,1768 na venda. A instabilidade do mercado internacional atinge nesta quinta-feira o câmbio doméstico e o dólar anulou a queda com que vinha operando desde a abertura, passando a exibir sinal de alta. A alta é atribuída ao fortalecimento da moeda norte-americana no exterior, onde o dia é de instabilidade.

Projeto orçamentário da Argentina prevê inflação de 60% em 2023, com crescimento de 2% do PIB

O Orçamento do governo da Argentina para o próximo ano prevê um crescimento modesto de 2% da economia, com a inflação recuando para uma alta ainda expressiva de 60%, disse um membro do governo a repórteres, conforme o país enfrenta uma crise econômica prolongada.

O plano de gastos proposto também projeta um déficit fiscal primário em 2023 de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), em linha com a meta definida em acordo com o Fundo Monetário Internacional. O déficit nominal, que inclui gastos com juros, é estimado em 3,9% do PIB.

A terceira maior economia da América Latina está sobrecarregada por um enorme fardo de dívida, bem como pelo enfraquecimento da moeda, enquanto a coalizão peronista de centro-esquerda, liderada pelo presidente Alberto Fernández, enfrenta uma difícil batalha pela reeleição no ano que vem.

O projeto orçamentário prevê que a despesa pública em 2023 aumentará 65% sobre este ano, alta superior à taxa de inflação esperada para o país no próximo ano.

“O Orçamento é realista”, disse um funcionário sênior do Ministério da Economia em uma entrevista coletiva.

O ministério enviou o Orçamento aos parlamentares, disse o ministro da Economia, Sergio Massa, em um tuíte.

O Orçamento também prevê um crescimento do PIB de 4% este ano, com os preços ao consumidor subindo a uma taxa anualizada de quase 95%, disse a autoridade.

O funcionário alertou que, caso os parlamentares do Congresso dividido do país não aprovem o plano de gastos, as consequências podem ser graves.

“Se não houver Orçamento, estaremos em uma situação de ‘shutdown'”, disse o funcionário, lembrando que o Orçamento de 2022 não foi aprovado pelo Congresso.

Goldman Sachs corta projeção para PIB dos EUA em 2023

O Goldman Sachs cortou sua previsão para o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos em 2023, ao projetar uma política mais agressiva de aperto do Federal Reserve no restante deste ano e avaliar que isso elevará a taxa de desemprego acima do projetado anteriormente.

O Goldman disse em nota divulgada que agora vê um crescimento do PIB de 1,1% no próximo ano, abaixo da previsão anterior de crescimento de 1,5%.

A influente instituição financeira agora espera que o Federal Reserve eleve as taxas de juros em 75 pontos-base em sua reunião da próxima semana, acima dos 50 pontos-base anteriores e vê aumentos de 50 pontos-base em novembro e dezembro, com a taxa dos fundos federais chegando a 4-4,25% até o final do ano.

“Essa trajetória de taxas mais altas combinadas ao recente aperto nas condições financeiras implica uma perspectiva um pouco pior para o crescimento e o emprego no próximo ano”, escreveu o Goldman.

O banco vê a taxa de desemprego em 3,7% no final do ano, acima dos 3,6% estimados antes, e subindo para 4,1% no final de 2023, de 3,8% anteriormente.

Fed deve continuar subindo rapidamente as taxas de juros, diz Larry Summers

O Federal Reserve deve continuar aumentando as taxas de juros para esmagar a inflação e evitar o desastre econômico, alertou Larry Summers, economista, secretário do Tesouro do presidente Bill Clinton e diretor do Conselho Econômico Nacional do presidente Barak Obama.

“Temos um problema substancial de inflação subjacente que não desaparecerá sem um ajuste muito significativo na política monetária.”

O economista observou que há apenas 15 meses os mercados esperavam que as taxas ainda estivessem próximas de zero em meados de 2023, enquanto hoje eles estão prevendo aumentos de cerca de 2,5% hoje para 4,5% no próximo verão.

“A ideia de que isso alteraria as condições financeiras dificilmente pode ser surpreendente.”

Se o Fed leva a sério o controle da inflação, disse ele, não ficaria surpreso se as taxas chegassem a mais de 5%. Ele alertou que, se o Banco Central crescer muito lentamente ou recuar no combate à inflação, o resultado pode ser a estagflação, uma mistura devastadora de crescimento econômico em declínio, inflação alta e desemprego crescente.

“A história registra muitos casos em que os ajustes de política à inflação foram excessivamente atrasados, resultando em custos muito grandes. Não conheço nenhum exemplo importante em que o Banco Central tenha reagido com velocidade excessiva à inflação e um custo significativo tenha sido pago.”

Além disso, Summers apontou para “enorme incerteza” nos mercados expostos à invasão da Ucrânia pela Rússia, incluindo petróleo, gás natural, diesel e fertilizantes.

PIB da Argentina cresce 6,9% no 2º trimestre, diz agência de estatísticas

O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina cresceu 6,9% no segundo trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior, informou o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) do país na terça-feira (20).

Analistas consultados pela Reuters estimavam expansão de 6,5% do PIB no período entre abril e junho de 2022 sobre um ano antes.

Por sua vez, o PIB com ajuste sazonal apresentou avanço de 1,0% em relação ao primeiro trimestre do ano.

O PIB argentino registrou aumento de 10,4% em 2021 sobre o ano anterior.

Boric estreia na ONU com defesa de nova Constituição para Chile

Estreante no púlpito da ONU, o presidente do Chile, Gabriel Boric, concentrou boa parte de seu discurso na defesa do combate às desigualdades sociais e, como esperado, falou sobre o recente projeto de Constituição rejeitado nas urnas.

O ex-líder estudantil, peça-chave nas negociações para que a nova Carta Magna fosse votada, disse que agora o país busca “novas fórmulas para construir um lugar de encontro entre todos os chilenos e chilenas”.

Ele lembrou a onda de protestos sociais em 2019 que culminou na elaboração do texto e disse que as mobilizações foram fruto de desigualdades crônicas. Então, deixou o que disse ser um humilde conselho à comunidade global: “Nos anteciparmos em busca de justiça social”.

A despeito do que dizem analistas e do que ilustram recentes pesquisas, Boric refutou que a vitória do “não” na proposta de nova Constituição seja uma derrota para seu governo.

“Nunca um governo pode se sentir derrotado quando o povo se pronuncia; na democracia, a palavra do povo é soberana.”

Segundo a última pesquisa do instituto Cadem, Boric tem 38% de aprovação popular. A cifra é maior que a de semanas atrás (33%), mas menor que o índice de aprovação com o qual assumiu, em torno de 50%.

O chileno, político mais novo a assumir o Palácio de La Moneda, fez acenos ao Sul Global, em especial à América Latina. “É preciso ter uma voz unida”, disse.

Também falou em defesa do combate à emergência climática, criticou a invasão russa da Ucrânia e disse que a guerra comercial travada entre EUA e China prejudicou economias mundiais, incluindo a chilena.

Inflação no Canadá desacelera e chega a 7% em agosto ante 2021

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Canadá avançou a um ritmo menor em agosto pelo segundo mês consecutivo, devido ao recuo nos preços de gasolina, mas consumidores pagaram mais por bens e serviços, incluindo a maior alta de preços para as compras de alimentos desde 1981. O CPI registrou aumento de 7,0% em agosto, na comparação anual, segundo o Statistics Canada, após avanço de 7,6% de julho e de 8,1% em junho.

Analistas ouvidos pelo TD Securities previam alta maior em agosto, de 7,3%. Na comparação anual, o CPI recuou 0,3% ante julho.

A média para o núcleo da inflação subjacente ficou em 5,23% em agosto, na comparação anual, um pouco abaixo do recorde de 5,43% no mês anterior. O núcleo da inflação exclui itens voláteis, como alimentos e energia.

O CPI, que mede preços ao consumidor, mostra recuo há dois meses e veio abaixo da expectativa de especialistas.

Biden pedirá na ONU reforma no Conselho de Segurança

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursa na quarta-feira (21) na Assembleia Geral da ONU em Nova York. Segundo o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, Biden planeja pedir uma reforma urgente no Conselho de Segurança da ONU.

“Acredito que estará na pauta e poderiam vê-lo fazer um pronunciamento público”, declarou Sullivan. Em seu discurso na Assembleia Geral, Biden irá se concentrar significativamente na invasão da Ucrânia pela Rússia como uma violação da Carta da ONU, indicou.

A reforma no Conselho é um tema recorrente em quase todas as crises internacionais quando um dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França) exerce seu direito de veto para impedir resoluções propostas por outros. Mas a forma como Moscou tem usado seu poder de veto desde que invadiu a Ucrânia levou Washington a retomar o tema e insistir na ampliação do Conselho, que tem 15 membros, incluindo os cinco permanentes.

Biden também fará anúncios sobre os investimentos do governo americano contra a insegurança alimentar mundial, agravada pela invasão à Ucrânia, acrescentou Sullivan.

Conforme expectativa, Fed eleva taxa de juros em 0,75 ponto percentual

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) elevou na quarta-feira (21) a taxa básica de juros dos EUA após reunião de dois dias. O colegiado decidiu subir a taxa dos fed funds em 0,75 ponto percentual (75 pontos-base – pbs) para a faixa 3%-3,25%.

A taxa estava anteriormente em intervalo entre 2,25% e 2,5%, após a alta de 75 pontos-base em decisão unânime na reunião de julho.

A decisão foi em linha com 85% dos investidores que estimavam a elevação nessa magnitude, de acordo com a ferramenta Monitor da Taxa de Juros do Federal Reserve do Investing.com.

“Indicadores recentes apontam para um crescimento modesto nos gastos e na produção. Os ganhos de emprego foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação continua elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões de preços mais amplas”, disse o comunicado. De acordo com o Fed, a guerra da Rússia contra a Ucrânia gera dificuldades humanas e econômicas, criando pressão inflacionária e pesando sobre a atividade econômica global.

O Comitê ainda continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro e dívida de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências, conforme descrito nos Planos para Redução do Tamanho do Balanço do Federal Reserve emitidos em maio, detalhou o comunicado.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (19), as bolsas europeias fecharam mistas, conforme investidores se preparam para uma semana que pode ver um grande aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve e uma série de outras reuniões de Bancos Centrais. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,09%, a 407,87 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,26%, a 6.061,59 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,49%, a 12.803,24 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,11%, a 5.839,31 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,11%, a 7.993,20 pontos. O índice FTSE 100 fechou estável a 7.236,68 pontos.

Na terça-feira (20), as bolsas europeias fecharam em queda, enquanto operadores avaliam as posições de bancos centrais ao redor do mundo. O Banco da Suécia elevou seus juros acima do esperado e reforçou o foco nas expectativas para decisão do Federal Reserve na quarta-feira (21). O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,09%, a 403,42 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,35%, a 5.979,47 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,03%, a 12.670,83 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,15%, a 5.772,37 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,50%, a 7.873,10 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,61%, a 7.192,66 pontos.

Na quarta-feira (21), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, na esteira dos ganhos em Wall Street e com a expectativa sobre a decisão do Federal Reserve no radar. O avanço se deu apesar da pressão pelo presidente russo, Vladimir Putin, e o anúncio de mobilização parcial de tropas. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,90%, a 407,05 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,87%, a 6.031,33 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,76%, a 12.767,15 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,20%, a 5.783,85 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,01%, a 7.872,20 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,63%, a 7.237,64 pontos.

Na quinta-feira (22), as bolsas europeias fecharam em queda, a abertura foi bastante negativa, na esteira da elevação de juros na quarta-feira (21) nos Estados Unidos, e no próprio continente outros Bancos Centrais, como o do Reino Unido, também apertaram a política monetária para conter a inflação, o que tende a ser negativo para as ações. Um indicador fraco da região não colaborou, pressionando os índices no fim do pregão. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,79%, a 399,76 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,87%, a 5.918,50 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,84%, a 12.531,63 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,82%, a 5.678,63 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,24%, a 7.774,70 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,08%, a 7.159,52 pontos.

Grã-Bretanha e o mundo dizem adeus à rainha Elizabeth II

A Grã-Bretanha e o mundo deram um último adeus à rainha Elizabeth II em um funeral de Estado na segunda-feira (19) que atraiu presidentes e reis, príncipes e primeiros-ministros, e multidões que se aglomeraram nas ruas de Londres para homenagear um monarca cujo reinado de 70 anos definiu um era.

Um dia repleto de eventos em Londres e Windsor começou cedo, quando as portas do Westminster Hall, de 900 anos, foram fechadas para os enlutados depois que centenas de milhares de pessoas se apresentaram em frente ao caixão coberto de bandeiras. Muitos esperaram por horas na fila, inclusive em noites frias, para assistir ao estado de mentira em uma manifestação de pesar e respeito coletivo.

“Eu senti que tinha que vir e prestar meus últimos respeitos à nossa majestosa rainha. Ela fez muito por nós e apenas um pequeno agradecimento das pessoas”, disse Tracy Dobson, que foi uma das últimas a entrar na fila.

Em um país conhecido por pompa, o primeiro funeral de estado desde o de Winston Churchill foi repleto de espetáculos: 142 marinheiros da Marinha Real puxaram a carruagem carregando o caixão de Elizabeth para a Abadia de Westminster, com o rei Carlos III e seus filhos, os príncipes William e Harry, caminhando atrás enquanto os gaiteiros tocavam. Os carregadores do caixão levaram o caixão para a abadia, onde cerca de 2.000 pessoas, desde líderes mundiais a profissionais de saúde, se reuniram para lamentá-la. Antes do culto, um sino tocou 96 vezes, uma vez por minuto para cada ano de sua vida.

“Aqui, onde a rainha Elizabeth se casou e foi coroada, nos reunimos de toda a nação, da Commonwealth e das nações do mundo, para lamentar nossa perda, para lembrar sua longa vida de serviço altruísta e com confiança para cometer ela à mercê de Deus, nosso criador e redentor”, disse o reitor da abadia medieval, David Hoyle, aos enlutados.

A segunda-feira (19) foi declarada feriado em homenagem a Elizabeth, que morreu em 8 de setembro, e centenas de milhares de pessoas foram ao centro de Londres para participar do momento histórico. Muito antes do início do serviço, as autoridades da cidade disseram que as áreas de observação ao longo da rota da procissão do funeral estavam cheias.

Esperava-se que outros milhões sintonizassem o funeral ao vivo na televisão, e multidões se aglomeraram em parques e espaços públicos em todo o Reino Unido para assisti-lo nas telas.

BCE: Número de aumento da taxa de juros depende de dados, diz De Guindos

O número de aumentos das taxas de juros do Banco Central Europeu (BCE) dependerá dos próximos dados econômicos, de acordo com o vice-presidente da instituição, Luis de Guindos.

Falando em um evento financeiro citado pela Reuters, de Guindos acrescentou que haverá um “efeito nos gastos do consumidor e no investimento das empresas”, à medida que o BCE aumente os custos dos empréstimos em sua tentativa contínua de esfriar a inflação atualmente em brasa.

Analistas esperam que o BCE eleve sua taxa de depósito para até 2% até o final do ano, de seu nível atual de 0,75%. O Conselho de Administração do Banco Central realizará sua última reunião em Frankfurt, na Alemanha, no final desta semana.

Philip Lane, economista-chefe do BCE, havia sinalizado anteriormente no fim de semana que poderia haver “vários” mais aumentos nas taxas ao longo do restante de 2022 e no próximo ano.

Na segunda-feira (19), o Bundesbank alertou que o crescimento alemão já está caindo e pode se contrair ainda mais nos meses de inverno. Mas o Banco Central da Alemanha disse que não vê a maior economia europeia caindo 3,2% em 2023, como havia previsto em junho.

Preços ao produtor na Alemanha têm salto recorde surpreendente em agosto

Os preços ao produtor na Alemanha tiveram em agosto a maior alta desde que os registros começaram, tanto em termos anuais quanto mensais, impulsionados principalmente pela alta nos preços de energia, aumentando as chances de que a inflação global cresça ainda mais.

Os preços ao produtor de produtos industriais aumentaram 45,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, informou o Departamento Federal de Estatística nesta terça-feira. Em comparação a julho de 2022, os preços subiram 7,9%, acrescentou o órgão.

O aumento foi consideravelmente mais forte do que o esperado, com analistas prevendo um aumento anual de 37,1% e um aumento mensal de 1,6%, de acordo com uma pesquisa da Reuters.

Em julho, o aumento em relação ao mesmo mês no ano anterior havia sido de 37,2% e em junho, de 32,7%.

Os preços da energia em agosto foram, em média, mais do que o dobro do mesmo período do ano passado, com alta de 139%, e 20,4% acima do mês anterior, informou o escritório.

A inflação na maior economia da Europa está em 8,8%, conforme a escassez de entregas de combustíveis fósseis russos após a invasão a Ucrânia e a imposição de sanções ocidentais levaram à disparada dos preços da energia.

Excluindo energia, o aumento anual dos preços ao produtor foi de 14% em agosto.

Lagarde, do BCE, levanta possibilidade de aumento de juros acima do nível neutro

O Banco Central Europeu (BCE) pode precisar aumentar as taxas de juros para um nível que restrinja o crescimento econômico para reduzir a demanda e combater a inflação inaceitavelmente alta, disse a presidente do BCE, Christine Lagarde, na terça-feira (20).

O BCE tem aumentado as taxas no ritmo mais rápido já registrado, mas a inflação ainda está subindo e as expectativas de longo prazo, um foco importante para os formuladores de política monetária, estão começando a superar a meta de 2% do banco.

“Se houvesse evidência de que a inflação alta poderia desancorar as expectativas de inflação, então a taxa básica de juros compatível com nossa meta estaria em território restritivo”, disse em discurso.

Ela acrescentou que, se o atual choque de oferta causado pelos altos custos de energia reduzisse o potencial do bloco, o BCE também teria que agir para diminuir a demanda.

Os formuladores de política monetária falaram em pausar as altas dos juros assim que o BCE atingir o chamado nível “neutro” da política monetária, aquele que não estimula nem atrapalha o crescimento econômico, mas um número crescente de autoridades agora vê o risco de que a taxa básica tenha de subir mais.

O patamar neutro nominal é visto na faixa entre 1,5% e 2%, bem acima da atual taxa de depósito de 0,75% do BCE.

Embora Lagarde tenha dito que as expectativas de inflação de médio prazo estavam “relativamente” bem ancoradas em torno da meta, seria “insensato” tomar isso como garantido.

Ela destacou que a expectativa de inflação dos consumidores está em alta acelerada e a zona do euro também está em transição de um ambiente de inflação baixa para um onde é extremamente alta, ambos um risco para as expectativas de longo prazo.

Lagarde também alertou sobre os riscos de o alto crescimento dos custos desencadear uma espiral de preços-salários que faria a inflação se enraizar num ciclo difícil de quebrar.

A presidente do BCE, no entanto, não deu pistas sobre a magnitude do aumento de juros de outubro e apenas repetiu que o BCE decidirá seus próximos movimentos numa abordagem reunião a reunião.

Investidores estão atualmente divididos entre incrementos dos juros de 0,50 e 0,75 ponto percentual pelo BCE em outubro. Há expectativa de ajustes subsequentes em todas as reuniões do banco até a próxima primavera europeia.

Banco Central da Suécia surpreende ao elevar juros em 1 ponto percentual

O Banco Central da Suécia elevou sua taxa básica de juros em 1 p.p., para 1,75%, na terça-feira (20), estabelecendo um grave precedente para as reuniões de outros Bancos Centrais marcadas para esta semana.

O movimento foi maior do que o esperado, já que os analistas previam um aumento de apenas 75 pontos-base (pb).

“A inflação está muito elevada”, afirmou o Riksbank em um comunicado. “Ela está minando o poder de compra dos consumidores e tornando mais difícil para que empresas e famílias planejem suas finanças”.

Nesse contexto, a instituição alertou que pode elevar a taxa de juros durante os próximos seis meses.

O Riksbank é o primeiro de vários bancos centrais de economias avançadas a realizar uma reunião de política monetária nesta semana, e esse movimento deve gerar apreensão nos mercados antes de decisões similares por parte do Federal Reserve dos EUA, do Banco da Inglaterra e do Banco Nacional da Suíça, entre outros.

A coroa sueca subiu após a notícia, mas rapidamente corrigiu, com os mercados precificando iniciativas semelhantes de outros BCs, como o Fed e o Banco Central Europeu.

‘França, nação de bicicletas’: governo lança plano de R$ 1,3 bilhão para estimular o setor

Fazer da França uma “nação de bicicletas”. Esse é o projeto anunciado pela primeira-ministra francesa Elisabeth Borne, ao lançar um novo plano destinado a favorecer o acesso da população a bicicletas e que contará com financiamento de € 250 milhões (R$ 1,3 bilhão), em 2023. O número de ciclistas cresceu mais de 10% no país, este ano.

A bicicleta é um meio de transporte “acessível, ecológico e bom para a saúde”, um “é bom para o desenvolvimento da prática desportiva” e “para a nossa economia”, defendeu a chefe de governo.

Há quatro anos, quando ainda era ministra dos Transportes, Borne já havia lançado um primeiro plano voltado para bicicletas, dotado de € 350 milhões, ao longo de 7 anos (2018-2025), aos quais se juntaram mais € 150 milhões do plano de recuperação do Estado, após a pandemia de Covid-19.

O governo avaliou a iniciativa como “um verdadeiro sucesso”, nas palavras de Borne, que estava acompanhada de vários ministros, como Clément Beaune (Transportes) e Christophe Béchu (Transição Ecológica), que chegaram, ambos, pedalando para a ocasião.

Béchu destacou que os créditos do primeiro plano “foram gastos em apenas quatro anos”.

Antes rejeitada pelos franceses, a bicicleta se tornou “o meio de transporte mais vendido” em 2021, graças à ajuda para reparo e aquisição de novos modelos, disse Borne.

Além disso, foram criados cerca de 14 mil quilômetros de ciclovias 160 mil jovens participaram de treinamento para “saber andar de bicicleta”. Este segundo plano continuará a desenvolver infraestruturas cicláveis. Do total anunciado, € 85 milhões (R$ 437 milhões) já são previstos para esse ano.

Putin convoca 300 mil reservistas e anuncia esforço de guerra

Em um pronunciamento à nação, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou na quarta-feira (21) que convocará cerca de 300 mil cidadãos da reserva e em idade para se unir às tropas russas na Ucrânia.

Em uma ação sem precedentes desde o início da guerra da Ucrânia, em fevereiro, Putin também disse ter prorrogado os contratos dos soldados que já estão lutando no país vizinho por tempo indeterminado. Anunciou ainda o aumento de gastos com a produção de armamentos e fez ameaças nucleares.

“Não é um blefe”, declarou o líder russo. “Nosso país tem vários meios de destruição, alguns dos quais são mais modernos do que os dos países da Otan”.

O discurso ameaçador de Putin vem em um momento no qual o governo ucraniano faz uma forte e veloz operação de contraofensiva, com o apoio logístico dos países europeus e dos Estados Unidos.

No discurso, transmitido pela TV, o presidente russo disse que dará apoio aos referendos anunciados para este fim de semana em Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia, regiões ucranianas invadidas pela Rússia, para adesão ao país.

Putin ainda afirmou que a Rússia usará todos os recursos à sua disposição para defender o que chamou de “seu povo”, sem explicar, porém, que ameaças são essas. Dentre as medidas anunciadas pelo russo está, além do financiamento da produção de armas, conferir status legal aos voluntários combatendo no Donbass.

Banco Central da Noruega aumenta as taxas de juros para 2,25% para conter a inflação

O Norges Bank elevou as taxas de juros novamente, buscando evitar que a inflação fique “entrincheirada” em um nível alto.

O Banco Central elevou os custos de empréstimos em 50 pontos base para 2,25%, alegando que sua política de aumentar as taxas ao longo de 2022 está começando a ter um “efeito de aperto” na economia norueguesa.

“Isso pode sugerir uma abordagem mais gradual para o estabelecimento da taxa básica de juros”, disse em comunicado.

O Norges Bank previu que qualquer aumento futuro das taxas dependerá do estado da economia, mas acrescentou que suas projeções são “mais incertas do que o normal”.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (19), as bolsas asiáticas fecharam em queda, após mais uma semana de perdas robustas em Wall Street, à medida que investidores se preparam para mais um agressivo aumento de juros do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA). Já na China, o PBoC cortou a taxa de juros da linha de recompra (repo) reversa de 14 dias em 10 pontos-base, a 2,15%, mas não há expectativa de redução nas principais taxas do país, conhecidas como LPRs. O índice Xangai teve queda de 0,35%, a 3.115,60 pontos. O índice japonês Nikkei não teve operações devido a um feriado nacional no Japão. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,04%, a 18.565,97 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,12%, a 3.928,00 pontos.

Na terça-feira (20), as bolsas asiáticas fecharam em alta, após Wall Street apresentar modesta recuperação na segunda-feira (19) na esteira de perdas recentes, enquanto investidores aguardam um novo aumento de juros nos EUA. O índice Xangai teve alta de 0,22%, a 3.122,41 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,44%, a 27.688,42 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,16%, a 18.781,42 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,12%, a 3.932,84 pontos.

Na quarta-feira (21), as bolsas asiáticas fecharam em queda, após Wall Street sofrer uma nova rodada de perdas à espera de mais uma agressiva elevação de juros nos EUA. Os investidores temem que o aumento das taxas de juros no exterior drenará a liquidez dos mercados da China e limitará o espaço do Banco Central do país para uma futura flexibilização monetária. O índice Xangai teve queda de 0,17%, a 3.117,18 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,36%, a 27.313,13 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,79%, a 18.444,62 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,74%, a 3.903,73 pontos.

Na quinta-feira (22), as bolsas asiáticas fecharam em queda, após o Federal Reserve elevar juros na quarta (21), e sugerir mais aumentos para combater a inflação em alta. O Banco do Japão (BoJ), por sua vez, reiterou sua tradicional postura acomodatícia. O índice Xangai teve queda de 0,27%, a 3.108,91 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,58%, a 27.153,83 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,61%, a 18.147,95 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,88%, a 3.869,34 pontos.

Cingapura: Mais demissões na Shopee, três meses após a rodada anterior de cortes de empregos

A gigante do comércio eletrônico Shopee cortou mais empregos na segunda-feira (19), a mais recente de uma série de medidas após perdas crescentes e crescimento mais lento da receita.

As demissões foram anunciadas internamente esta manhã nas prefeituras com funcionários.

“Essas mudanças fazem parte de nossos esforços contínuos para otimizar a eficiência operacional com o objetivo de alcançar a autossuficiência em nossos negócios”, disse um porta-voz do Shopee em resposta a perguntas sobre as reduções anunciadas na segunda-feira (19).

“Estamos estendendo o suporte aos nossos colegas afetados durante essa transição.”

O Shopee também está em contato com o Creative Media and Publishing Union (CMPU), que representa os funcionários do Shopee, sobre seus últimos “ajustes”, disse em comunicado conjunto com o sindicato.

“A empresa garantiu à CMPU que os pacotes de compensação apropriados serão estendidos aos funcionários afetados de acordo com as normas do mercado”, dizia o comunicado.

“Facilitação de emprego e assistência, incluindo coaching de carreira e serviços de correspondência de trabalho através da rede da CMPU e e2i serão oferecidos, se necessário.”

China apresenta queixa após Biden dizer que EUA defenderiam Taiwan em uma invasão chinesa

O Ministério das Relações Exteriores da China disse na segunda-feira (19) que a China apresentou “severas representações” com os Estados Unidos, depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que as forças americanas defenderiam Taiwan no caso de uma invasão chinesa.

A China se reserva o direito de tomar todas as medidas necessárias em resposta às atividades que separam o país, disse Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, em uma coletiva de imprensa regular.

“Estamos dispostos a fazer o nosso melhor para lutar pela reunificação pacífica. Ao mesmo tempo, não vamos tolerar nenhuma atividade que vise a secessão”, disse Mao.

Ela também pediu aos EUA que lidem com questões relacionadas a Taiwan “com cuidado e adequadamente” e não enviem “sinais errados” às forças separatistas da independência de Taiwan, alertando os Estados Unidos para não prejudicar seriamente as relações sino-americanas e a paz no Estreito de Taiwan.

“Existe apenas uma China no mundo, Taiwan faz parte da China, e o governo da República Popular da China é o único governo legítimo da China”, disse Mao.

Núcleo da inflação do Japão atinge alta de quase 8 anos em agosto

O núcleo da inflação ao consumidor do Japão subiu mais do que o esperado para um pico de quase oito anos em agosto, mostraram dados na terça-feira (20), com o aumento dos custos das commodities brutas e a desvalorização do iene continuando a afetar a economia com pressões crescentes sobre os preços.

O núcleo do índice nacional de preços ao consumidor, que exclui o preço de alimentos frescos, mas inclui energia, subiu 2,8% em agosto, em comparação com um aumento de 2,4% em julho, mostraram dados do Departamento de Estatísticas. O número também veio acima das estimativas de crescimento de 2,7%.

O IPC geral nacional subiu 3% em agosto, mais do que a leitura de julho de 2,6%, e também em uma alta de oito anos.

A leitura marca o quinto mês consecutivo em que a inflação tendeu acima da meta anual de 2% do Banco do Japão (BoJ) e reflete os ventos contrários contínuos para a terceira maior economia do mundo.

A tendência ocorre à medida que as indústrias repassam os custos elevados das commodities para os clientes. O custo de serviços públicos, como eletricidade, também disparou este ano devido ao aumento do custo das importações de carvão e gás.

O Banco Central, que concluirá uma reunião de política monetária no final desta semana, não deu nenhuma indicação de que planeja elevar sua taxa de referência acima do 0,1% negativo que está atualmente. Mas isso afetou severamente o iene este ano, que está sendo negociado perto das mínimas de 24 anos em relação ao dólar.

A economia do Japão ainda está se recuperando das consequências da pandemia da Covid-19, com restrições de viagens sendo relaxadas apenas recentemente. O BoJ citou os efeitos persistentes da pandemia como seu principal raciocínio por trás do não endurecimento da política.

O aumento das taxas de juros no resto do mundo tornou os investidores menos inclinados a manter o iene, que perdeu em grande parte seu status de porto seguro este ano.

O país registrou recentemente um déficit comercial recorde, já que as importações de commodities ficaram mais caras devido ao enfraquecimento do iene, e a diminuição da produção industrial significou que menos mercadorias foram exportadas.

Apesar do crescimento melhor do que o esperado no segundo trimestre, a economia japonesa provavelmente enfrentará ventos contrários devido aos diferenciais das taxas de juros e aos preços elevados das commodities pelo restante do ano.

Bilionário indiano supera Jeff Bezos e se torna o segundo mais rico do mundo

O bilionário indiano Gautam Adani se tornou a segunda pessoa mais rica do planeta ao superar o criador da Amazon, Jeff Bezos, de acordo com o Índice de Bilionários da Bloomberg. A fortuna do empresário do segmento da infraestrutura é estimada em US$ 148 bilhões. O montante representa cerca de R$ 760 bilhões, conforme a cotação atual.

Apenas Elon Musk, dono da Tesla, com patrimônio estimado em US$ 264 bilhões, é mais rico do que Adani com uma folga de mais de US$ 100 bilhões. No entanto, o indiano, conhecido por seus investimentos em infraestrutura, está praticamente empatado com Bezos, que tinha fortuna estimada em valor muito semelhante. O fundador da Amazon perdeu mais de US$ 44 bilhões ao longo deste ano, segundo o índice.

Há três semanas, Adani chegava ao terceiro lugar entre os bilionários. De lá para cá, sua fortuna cresceu em US$ 10 bilhões. O bilionário ficou ainda mais rico durante a pandemia da Covid-19, período em que anunciou diversos investimentos. Entre eles, o aporte de US$ 70 bilhões em iniciativas relacionadas à energia renovável até 2030.

Gautam Adani destaca-se no segmento de infraestrutura na Índia. Sob o guarda-chuva do Adani Group, o magnata investe desde minas de carvão até usinas de energia, portos e aeroportos. Por conta de seus negócios, Adani foi a pessoa que mais ganhou dinheiro em 2022 no mundo: desde janeiro, sua fortuna aumentou em US$ 71 bilhões.

Os aeroportos comandados por Adani representam cerca de 25% de todo o tráfego aéreo da Índia, além do Porto de Mundra, maior porto comercial do país e também o mais importante ponto de importação de carvão, responsável por mais de 40% da matriz energética da Índia.

Adani tem expandido seu território de atuação, principalmente para países fronteiriços à Índia. É o caso do Sri Lanka, onde projeta construir um terminal portuário. Além disso, o bilionário tem investido em data centers para atuar em todo o território indiano, que se tornou um dos polos tecnológicos do mundo.

China disposta a fazer esforço para ‘reunificação’ pacífica com Taiwan

A China está disposta a fazer o máximo esforço para lutar por uma “reunificação” pacífica com Taiwan, disse um porta-voz do governo chinês na quarta-feira (21), após semanas de manobras militares e jogos de guerra de Pequim perto da ilha.

A China reivindica Taiwan democraticamente governada como seu próprio território. O governo de Taiwan rejeita as reivindicações de soberania da China e diz que apenas o povo da ilha pode decidir seu futuro.

A China vem realizando exercícios perto de Taiwan desde o início do mês passado, depois que a presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitou Taipei, incluindo o lançamento de mísseis em águas próximas à ilha.

Ma Xiaoguang, porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan da China, disse em entrevista coletiva em Pequim que a China está disposta a fazer os maiores esforços para alcançar a “reunificação” pacífica.

“A pátria deve ser reunificada e inevitavelmente será reunificada”, disse Ma.

A determinação da China de proteger seu território é inabalável, acrescentou.

A China propôs um modelo “um país, dois sistemas” para Taiwan, semelhante à fórmula sob a qual a ex-colônia britânica de Hong Kong retornou ao domínio chinês em 1997.

Ma disse que Taiwan poderia ter um “sistema social diferente do continente” que garantisse que seu modo de vida fosse respeitado, incluindo liberdades religiosas, mas isso estava “sob a condição de garantir a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento”.

Todos os principais partidos políticos taiwaneses rejeitaram essa proposta e quase não tem apoio público, de acordo com pesquisas de opinião, especialmente depois que Pequim impôs uma lei de segurança nacional em Hong Kong em 2020, depois que a cidade foi abalada por algumas vezes violentos antigoverno e anti-China. protestos.

Índia oferecerá mais incentivos para fabricação local de chips e telas

O governo da Índia elevou na quarta-feira (21) o apoio fiscal para novas instalações de semicondutores para cobrir 50% dos custos do projeto e disse que removerá um teto para o investimento máximo permitido para a fabricação de displays à medida que avança para aumentar a produção local.

O anúncio ocorre no momento em que o governo do primeiro-ministro Narendra Modi busca atrair mais investimentos de alto valor sob um plano de incentivo de US$ 10 bilhões para a produção de chips e telas, com o objetivo de tornar a Índia um ator-chave na cadeia de suprimentos global.

“Com base na discussão com potenciais investidores, espera-se que o trabalho de instalação da primeira instalação de semicondutores comece em breve”, disse um comunicado do governo na quarta-feira (21).

O governo havia concordado anteriormente em cobrir entre 30% e 50% do custo de instalação de novas fábricas de monitores e chips. A empresa disse na quarta-feira que também cobrirá 50% dos gastos de capital necessários para montar instalações de embalagem de semicondutores.

Na semana passada, o conglomerado de petróleo em metais Vedanta e a taiwanesa Foxconn assinaram um acordo com a indiana Gujarat para investir US$ 19,5 bilhões no estado ocidental para estabelecer fábricas de produção de semicondutores e displays.

A Vedanta é a terceira empresa a anunciar uma fábrica de chips na Índia, depois do consórcio internacional ISMC e da IGSS Ventures, com sede em Cingapura, que estão se instalando nos estados do sul de Karnataka e Tamil Nadu, respectivamente.

Evergrande diz que tenta normalizar suas operações no setor imobiliário chinês

A incorporadora imobiliária Evergrande, gigante do setor de construção na China, informou em comunicado, que se esforça para manter a estabilidade de sua produção e operação. E que está fazendo o seu melhor esforço para retomar o trabalho e a construção.

A incorporadora enfrenta sérios problemas de caixa, com a inadimplência crescente de seus clientes e obras inacabadas.

A Evergrande informou que tinha um total de 706 obras pré-vendidas e não entregues, das quais 668 obras foram retomadas e 38 projetos seguem parados. Entre os 668 projetos retomados, 606 estão agora em nível normal de construção, enquanto os restantes 62 estão em processo de retomada para o nível normal de construção.

“O Grupo está promovendo ativamente a plena retomada da construção de todos os projetos ao nível normal de construção”, diz a Evergrande em comunicado.

Banco do Japão mantém taxas de juros ultra baixas apesar da alta inflação

O Banco do Japão (BoJ) manteve suas taxas de juros de referência em níveis ultrabaixos na quinta-feira (22), como esperado, citando a necessidade de uma política monetária acomodatícia em meio aos contínuos ventos contrários do aumento dos preços das commodities e as consequências da pandemia.

O terceiro maior Banco Central do mundo manteve sua taxa de juros de curto prazo em 0,1% negativo após uma votação unânime e prometeu continuar comprando títulos para que os rendimentos de 10 anos permaneçam fixados em zero. O Banco Central mantém a taxa de curto prazo em território negativo há mais de sete anos, em meio a uma desaceleração acentuada da economia japonesa.

O movimento empurrou o iene para uma nova baixa de 24 anos de 142, já que a moeda continua a enfrentar a pressão de um abismo crescente nas taxas de empréstimos locais e no exterior.

O BoJ também disse que estava eliminando gradualmente as provisões de fundos para necessidades relacionadas a Covid em favor do provisionamento para necessidades de financiamento mais amplas.

A decisão do BoJ ocorre apenas algumas horas depois que o Federal Reserve dos EUA elevou as taxas de juros em 75 pontos-base pela terceira reunião consecutiva e prometeu ainda mais aumentos à medida que combate a inflação, atingindo máximas de 40 anos.

Mas, apesar dos crescentes diferenciais nas taxas de juros, o BoJ não deu sinal na quinta-feira (22) de que pretende reduzir seus planos de flexibilização monetária. O Banco Central reiterou seu compromisso de garantir que o crescimento salarial local fique confortavelmente acima da marca de 2%, que também é sua meta anual de inflação.

O banco disse que, embora a economia do Japão se recupere este ano, ele enfrenta maiores ventos contrários devido aos altos preços das commodities. A terceira maior economia do mundo cresceu a uma taxa anualizada de 3,5% no trimestre até junho. Os aumentos nos preços dos combustíveis e alimentos também farão com que a inflação dos preços ao consumidor continue a aumentar este ano, disse o BoJ.

Irã enfrenta EUA em tribunal internacional por apreensão de bens

O Irã disse ao mais alto tribunal das Nações Unidas na segunda-feira (19) que o confisco de cerca de US$ 2 bilhões em ativos de contas bancárias estatais iranianas para compensar as vítimas dos atentados foi uma tentativa de desestabilizar o governo iraniano e uma violação da lei internacional.

Em 2016, Teerã entrou com uma ação na Corte Internacional de Justiça depois que a Suprema Corte dos EUA decidiu que dinheiro retido no Banco Central do Irã poderia ser usado para compensar as 241 vítimas de um atentado a bomba em 1983 contra uma base militar dos EUA no Líbano, que se acredita estar ligada ao Irã.

As audiências do caso começaram na segunda-feira no tribunal de Haia, começando com os argumentos do Irã. Os procedimentos continuarão com declarações de abertura de Washington na quarta-feira (21).

Em jogo estão US$ 1,75 bilhão em títulos, mais juros acumulados, pertencentes ao Estado iraniano, mas mantidos em uma conta do Citibank em Nova York.

Em 1983, um homem-bomba em um caminhão carregado com explosivos de nível militar atacou o quartel dos fuzileiros navais dos EUA em Beirute, matando 241 soldados americanos e 58 soldados franceses.

Embora o Irã tenha negado por muito tempo estar envolvido, um juiz do Tribunal Distrital dos EUA considerou Teerã responsável em 2003. Essa decisão disse que o embaixador do Irã na Síria na época chamou “um membro da Guarda Revolucionária Iraniana e o instruiu a instigar o bombardeio do quartel dos fuzileiros navais”.

O tribunal internacional decidiu que tinha jurisdição para ouvir o caso em 2019, rejeitando um argumento dos EUA de que seus interesses de segurança nacional substituíam o Tratado de Amizade de 1955, que prometia amizade e cooperação entre os dois países.

“A liberdade de navegação e comércio garantida pelo tratado foi gravemente violada”, disse Tavakol Habibzadeh, chefe de assuntos jurídicos internacionais do Irã, ao painel de 14 juízes na segunda-feira (19).

Uma lei dos EUA de 2012 ordenou que o banco entregasse os ativos às famílias dos mortos no atentado de Beirute. Um tribunal dos EUA concluiu que o ataque, que atingiu quartéis de militares que conduziam operações de manutenção da paz durante a guerra civil do Líbano, foi realizado por agentes iranianos apoiados pelo grupo militante Hezbollah.

O Irã alega que não esteve envolvido no ataque. Habibzadeh disse na segunda-feira (19) que os EUA criaram uma “indústria de litígios” contra o Irã e empresas iranianas em um esforço para minar o regime. A apreensão foi apenas uma manobra “com o objetivo de desestabilizar o Irã e o governo iraniano”, disse Habibzadeh.

Egito e França em negociações bilaterais na ONU

O ministro das Relações Exteriores egípcio Sameh Shoukry se encontrou com sua colega francesa Catherine Colonna para conversas bilaterais fora das reuniões da Assembleia Geral da ONU em Nova York.

Shoukry deseja que a França apoie os esforços para trazer estabilidade a certas áreas, principalmente porque a presidência do país europeu no Conselho de Segurança da ONU coincide com o interesse do Egito nas situações atuais na Líbia, Síria, Iraque e Sudão.

Os dois ministros discutiram formas de avançar na cooperação nas áreas econômica e de investimento e revisaram suas relações bilaterais nos últimos anos.

Shoukry também solicitou uma presença francesa de alto nível na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Sharm El-Sheikh em novembro.

O presidente egípcio Abdel Fattah El-Sisi se encontrou com seu colega francês Emmanuel Macron em julho no Palácio do Eliseu, em Paris.

Macron afirmou o compromisso de seu país em apoiar as relações bilaterais, enquanto El-Sisi disse estar ansioso para que o Egito fortaleça sua parceria estratégica com a França.

Exportações de petróleo bruto da Arábia Saudita atingiram 7,38 milhões de bpd em julho

As exportações de petróleo bruto da Arábia Saudita em julho subiram pelo segundo mês consecutivo, atingindo o maior nível em mais de dois anos, mostraram dados da Joint Organization Data Initiative.

As exportações do Reino subiram 2,5%, para 7,38 milhões de barris por dia em julho, o maior desde abril de 2020, de 7,20 milhões de bpd em junho.

O país elevou seus preços do petróleo em julho para compradores asiáticos para níveis acima do esperado em meio a preocupações com oferta apertada e expectativas de forte demanda no verão. Ele também aumentou seu OSP para compradores europeus e mediterrâneos, mas manteve os diferenciais dos EUA inalterados.

A Arábia Saudita foi o terceiro fornecedor da Índia em julho e também manteve sua posição como o maior exportador para a China durante o primeiro semestre do ano.

A produção saudita também atingiu seu maior nível em mais de dois anos, para 10,815 milhões de bpd, ante 10,646 milhões de bpd no mês anterior.

A produção doméstica da refinaria de petróleo do Reino caiu cerca de 3%, para 2,763 milhões de bpd em julho, enquanto as exportações de derivados ficaram em 1,429 milhão de bpd.

No início deste mês, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados liderados pela Rússia concordaram com um pequeno corte na produção de petróleo para aumentar os preços que caíram devido aos temores de uma desaceleração econômica.

Os números mensais de exportação são fornecidos por Riad e outros membros da OPEP ao JODI, que os publica em seu site.

Israel deve encerrar sua ocupação da Palestina, diz emir do Catar à Assembleia Geral da ONU

O emir do Catar pediu à comunidade internacional que pressione Israel para que ponha fim à ocupação dos territórios palestinos.

Falando durante o Debate Geral da 77ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, Sheikh Tamim bin Hamad Al-Thani disse: “O Conselho de Segurança deve assumir sua responsabilidade e deve obrigar Israel a acabar com a ocupação dos territórios palestinos e estabelecer um Estado as fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital.

“O fracasso em implementar as resoluções internacionais e à luz da contínua mudança da situação no terreno, a ocupação e suas atividades de assentamento, está seguindo uma política de fato consumado”.

“Isso mudará as regras do conflito e mudará o formato da solidariedade no futuro. Neste momento, enfatizo que estamos em total solidariedade com o irmão palestino em sua aspiração de alcançar a justiça”.

O emir então destacou a situação dos sírios, milhões dos quais foram forçados a deixar suas casas durante o conflito de uma década no país.

“Devemos prestar atenção às raízes dos problemas antes que seus impactos batam nas portas de nossos países”, disse ele.

Sheikh Tamim também observou que a guerra em curso no Iêmen é motivo de preocupação para o Catar.

“No Iêmen, vemos um vislumbre de esperança no consenso das partes sobre uma trégua temporária e estamos ansiosos por um cessar-fogo abrangente e permanente em preparação para as negociações entre as partes iemenitas”, disse ele.

Jadwa Investment revisa o crescimento geral do PIB da Arábia Saudita para 8,7%

O crescimento geral do produto interno bruto da Arábia Saudita deve atingir 8,7% em 2022, de acordo com um relatório da Jadwa Investment, acima da previsão anterior de 7,7%.

Em seu relatório de atualização macroeconômica, a empresa observou que o PIB petrolífero do Reino está projetado para testemunhar um crescimento anual de 16,6%, enquanto o mercado não petrolífero aumentará 4,3%, impulsionado pelo maior crescimento do setor privado de 4,4%.

“Desde o início do ano, o índice composto do setor privado não petrolífero de Jadwa vem apresentando tendência de alta. Mais especificamente, vemos um crescimento maior em três setores: fabricação não petrolífera, comércio atacadista e varejista, restaurantes e hotéis e transporte, armazenamento e comunicação”, observou o relatório da Jadwa Investment.

O relatório disse ainda que a receita total do governo da Arábia Saudita em 2022 é projetada em SR 1.338 bilhões (US$ 355,79 milhões), enquanto o superávit fiscal deve totalizar SR 335 bilhões, 8,7% do PIB.

“As receitas do governo aumentaram 43% no primeiro semestre de 2022 em relação aos níveis do primeiro semestre de 2021, impulsionadas por uma combinação de aumento anual nos produtos refinados sauditas e volumes de exportação de petróleo bruto no primeiro semestre, preços mais altos do petróleo Brent e maior produção de petróleo”, segundo o documento.

A Jadwa Investment acrescentou que a previsão do petróleo Brent para 2022 é de US$ 102 por barril, apesar de um aumento nos preços do petróleo. De acordo com o relatório, a produção média de petróleo do Reino testemunhará um ligeiro aumento de 10,5 milhões de barris por dia para 10,6 mbpd em 2022.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
23/09/2022