Cenário Econômico Nacional – 26/09/2022

Cenário Econômico Nacional – 26/09/2022

Cenário Econômico Nacional – 26/09/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Instituições voltam a reduzir projeção para inflação, preveem PIB um pouco maior em 2022

Analistas de mercado reduziram mais uma vez as projeções para a inflação neste ano e no próximo e elevaram a estimativa para o PIB em 2022, mostrou a mais recente pesquisa semanal do Banco Central com cerca de 100 instituições financeiras divulgada na segunda-feira (19).

As estimativas apontam agora para alta de 6% do IPCA este ano, ante 6,40% há uma semana. O movimento reflete uma redução da projeção dos preços administrados no ano, para -4,16%, de -2,94%, e vem após na semana passada a Petrobras ter anunciado mais uma redução de preços, desta vez do gás de cozinha (-4,73%).

Para o ano que vem, os analistas veem um IPCA de 5,01%, abaixo dos 5,17% estimados há uma semana. Os prognósticos para 2022 e 2023 seguem acima do centro da meta para os dois anos,3,50% e 3,25%, mas estão em redução constante há semanas, em meio à retração recente dos preços dos combustíveis no mercado internacional e após medidas de desoneração adotadas pelo governo no ano eleitoral.

A estimativa para a alta do PIB deste ano passou a 2,65%, de 2,39% antes, enquanto a projeção para o ano que vem foi mantida em 0,50%. O número para 2022 está em linha com o previsto pela equipe econômica do governo, de 2,7%. Para 2023, no entanto, o Ministério da Economia está bem mais otimista, vendo um crescimento de 2,5%.

O mercado também elevou a projeção para o déficit em transações correntes este ano e no próximo, ao prever um superávit comercial menor em 2022.

Guedes: vamos trabalhar com juros mais baixos e câmbio de equilíbrio mais alto

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na segunda-feira (19), durante palestra no congresso da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que a taxa de câmbio no Brasil, acima de R$ 5, é mais realista.

“A taxa de câmbio é mais realista agora. Com a política fiscal mais forte, o juro neutro é mais baixo e o câmbio de equilíbrio é mais alto. Todo bom economista sabe disso e reconhece isso. Essas duas lâminas que cortavam a indústria, juros altos e câmbio subvalorizado, já foram removidas. Agora estamos atacando a ferramenta de desindustrialização em massa que é o IPI. Cortamos 35% das alíquotas agora e a ideia, em um segundo mandato, é acabar com esse imposto”, disse.

Guedes também declarou que a reforma tributária vai ajudar o Brasil com a tributação de dividendos e a correção da tabela de Imposto de Renda da Pessoa Física.

O ministro também se comprometeu em fazer acordos comerciais, mas atento à proteção à indústria. Segundo ele, a redução da Tarifa Externa Comum do Mercosul ficará parada até a redução de outros impostos. “Somos cuidadosos com a indústria, queremos reindustrializar o Brasil”, disse.

Governo espera receber quase R$ 100 bilhões de bancos públicos por empréstimos considerados irregulares

O governo federal espera receber a devolução de R$ 99,2 bilhões de empréstimos feitos a bancos públicos entre 2008 e 2015, segundo informou o Ministério da Economia ao G1. Os repasses foram considerados irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O valor considera apenas o débito principal, não incluindo juros e atualização monetária. Ou seja, na prática, o montante que a União deve receber será ainda maior.

O débito é resultado de empréstimos feitos pela União a cinco bancos públicos federais mediante a emissão de títulos públicos entre 2008 e 2015. O objetivo, na época, era capitalizar os bancos, em especial o BNDES, para fomentar, entre outros projetos, a chamada política de “campeões nacionais”.

Em janeiro de 2021, as operações foram consideradas irregulares pelo TCU. Segundo o tribunal, foram realizadas por manobras contábeis, fora da lei orçamentária anual.

Os bancos públicos se comprometeram a devolver quase R$ 200 bilhões dos valores dos contratos considerados irregulares a partir da decisão emitida pelo TCU.

Desse total, segundo o Ministério da Economia, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) já devolveu R$ 98,7 bilhões. O Banco do Brasil já devolveu R$ 1 bilhão.

Ou seja, já foram devolvidos para a União R$ 99,7 bilhões desde a decisão do TCU, mas o Tesouro ainda espera receber mais R$ 99,2 bilhões. Os valores informados consideram apenas o principal, sem correção monetária e juros.

Recuo da inflação pode fazer juros caírem em 2023

O ciclo de alta de juros no Brasil está perto do fim, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em congresso da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), ele afirmou que o recuo da inflação deve fazer as taxas caírem em 2023, beneficiando o setor produtivo.

“Como o nosso Banco Central já subiu juros desde o ano passado, este ano deve estar se completando o processo de alta. Daqui para a frente, à medida que a economia vai avançando e a inflação vai cedendo, mesmo com algum grau de resistência, o que vamos observar para o ano que vem possivelmente são os juros descendo”, declarou o ministro.

De acordo com Guedes, a situação fiscal do país está consolidada, com a arrecadação crescendo mesmo com as desonerações promovidas neste ano. Ele reiterou que a política monetária brasileira está à frente de outros países, com o Brasil tendo aumentado os juros antes do resto do mundo e com a possibilidade de começar a diminuir as taxas antes dos demais países.

O ministro reafirmou que a gestão atual trabalha com uma taxa de equilíbrio que inclua juros mais baixos e câmbio de equilíbrio mais alto. Para ele, a manutenção do dólar acima de R$ 5 é mais realista no médio prazo. “A taxa de câmbio é mais realista agora. Com a política fiscal mais forte, o juro neutro é mais baixo e o câmbio de equilíbrio é mais alto. Todo bom economista sabe disso e reconhece isso”, afirmou.

Guedes deu as declarações na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para decidir se mantém a taxa Selic (juros básicos da economia) em 13,75% ao ano ou se a eleva para 14%. Há algumas semanas, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o órgão não pensa em queda de juros neste momento e que a inflação ainda não está sob controle.

Aneel aprova mudança no cálculo das tarifas de transmissão de energia e beneficia consumidores do Norte e Nordeste

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na terça-feira (20) uma mudança na metodologia de cálculo das tarifas de transmissão. Na prática, a medida beneficiará os consumidores do Norte e do Nordeste.

A tarifa é a taxa que os usuários pagam pelo uso da rede de transmissão de energia elétrica.

A Aneel mudou nesta terça um dos componentes da tarifa: o chamado sinal locacional.

O sinal locacional busca alocar os custos para quem mais onera o sistema de transmissão. É o caso das usinas instaladas no Norte e Nordeste, que têm demandado a construção de longas linhas de transmissão para enviar a energia lá gerada para os maiores centros consumidores, no Sudeste e no Sul.

Com a mudança, segundo a Aneel, os consumidores de Norte e Nordeste devem pagar R$ 1,23 bilhão a menos por ano no uso da rede de transmissão.

O alívio médio nas tarifas dos consumidores da região Nordeste será de 2,4%, em média. Dos consumidores do Norte, 0,8%, em média.

A redução será sentida integralmente pelos consumidores em 2028, após o período de transição, que será de cinco anos.

Por outro lado, as geradoras de energia que ficam nessas regiões, distantes dos grandes centros de consumo, passarão a pagar mais, porque usam mais a rede de transmissão. A Associação Brasileira de Energia Eólica (AbEEólica) entrou na Justiça para barrar a mudança, mas não obteve resultado favorável.

Segundo a agência, o objetivo da mudança foi buscar o equilíbrio de pagamento entre os usuários da rede de transmissão de energia.

O relator do processo, diretor Hélvio Neves Guerra, disse que a regra atual fazia com que os consumidores do Nordeste e Norte pagassem mais do que deveriam, enquanto os geradores dessas regiões estavam pagando menos.

“O sistema de transmissão é um condomínio onde custo é distribuído entre todos os usuários. Se o gerador paga menos, o consumidor paga mais”, alertou.

Copom mantém juros básicos da economia em 13,75% ao ano

A queda da inflação fez o Banco Central (BC) interromper o ciclo de alta dos juros após um ano e meio de reajustes seguidos. Por 7 votos a 2, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic, juros básicos da economia, em 13,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e os diretores Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza votaram pela manutenção da taxa. Os diretores Fernanda Magalhães Rumenos Guardado e Renato Dias de Brito Gomes votaram pela elevação em 0,25 ponto.

Em comunicado, o Copom informou que continuará a monitorar a economia e poderá voltar a subir a taxa Selic caso a inflação não caia como esperado. “O comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, destacou o texto.

De março a junho do ano passado, o Copom tinha elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Com a alta da inflação e o agravamento das tensões no mercado financeiro, a Selic foi elevada em 1,5 ponto de outubro do ano passado até fevereiro deste ano. O Copom promoveu dois aumentos de 1 ponto, em março e maio, e dois aumentos de 0,5 ponto, em junho e agosto.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de Covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Crédito a pessoas físicas fica 32% mais caro em um ano e meio

O ciclo de alta da Selic (juros básicos da economia), que chegou ao fim, encareceu o crédito em 32% para pessoas físicas e 45% para empresas, divulgou a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Embora as elevações mais recentes tenham tido impacto pequeno nos financiamentos e empréstimos, o saldo final é considerável após um ano e meio de reajustes contínuos.

De março de 2021 a setembro deste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic de 2% para 13,75% ao ano. Em alguns casos, o impacto acumulado elevou o valor final dos financiamentos em montantes superiores a R$ 10 mil, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Segundo a Anefac, o juro médio para as pessoas físicas passou de 92,59%, no início de 2021, para 122,65% ao ano agora. Para as pessoas jurídicas, a taxa média saiu de 41,2% para 59,92% ao ano. Isso representa encarecimento de 32,44% nas taxas anuais para pessoas físicas e de 45,44% para empresas.

Segundo a Anefac, o juro médio para as pessoas físicas passou de 92,59%, no início de 2021, para 122,65% ao ano agora. Para as pessoas jurídicas, a taxa média saiu de 41,2% para 59,92% ao ano. Isso representa encarecimento de 32,44% nas taxas anuais para pessoas físicas e de 45,44% para empresas.

Na utilização de R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente gasta R$ 93,30 a mais. Um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobra R$ 29,69 a mais por prestação e R$ 356,22 a mais após o pagamento da última parcela.

Um empréstimo de R$ 500 em 12 meses numa financeira sai R$ 3,70 mais caro por prestação e R$ 44,42 mais caro no total. No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$ 218,46 a mais por parcela e R$ 13.107,83 a mais no total da operação.

Em relação às pessoas jurídicas, as empresas pagam R$ 1.437,03 a mais por um empréstimo de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias, R$ 539,21 pelo desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias e R$ 94,67 a mais pela utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias.

Após liberar emendas, governo anuncia bloqueio de R$ 2,63 bilhões em gastos do orçamento

O Ministério da Economia anunciou na quinta-feira (22), às vésperas das eleições, um bloqueio de gastos de R$ 2,63 bilhões no orçamento deste ano.

O bloqueio, realizado nos gastos “livres” (que podem ser alterados), acontece após o governo ter liberado R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares, sendo que, a maior parte delas (R$ 3,5 bilhões) foram as chamadas emendas de relator.

O contingenciamento, divulgado por meio do relatório de receitas e despesas do orçamento de 2022, tem por objetivo cumprir a regra do teto de gastos, pela qual a maior parte das despesas não pode subir acima da inflação do ano anterior.

Os ministérios que sofrerão os cortes ainda não foram divulgados. Detalhes do bloqueio deverão constar em um decreto presidencial, a ser editado até o fim do mês. Também não foi informado se o bloqueio reverterá a liberação de emendas parlamentares das últimas semanas.

Com o novo bloqueio no orçamento deste ano, o total de recursos contingenciados (considerando as limitações anteriores) avançou de R$ 7,9 bilhões para R$ 10,5 bilhões.

De acordo com o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, houve um aumento na previsão de gastos com despesas previdenciárias, nos últimos meses, de R$ 5,6 bilhões, o que surpreendeu a área econômica.

PIB 2022: entre janeiro e setembro, mercado revisou de 0,3% para 2,4% a expectativa de crescimento da economia brasileira

Após a divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre do ano pelo IBGE, o mercado aumentou para 2,4% a expectativa de crescimento da economia do país em 2022. A revisão para cima do PIB chama atenção pela análise das instituições financeiras, que no primeiro Boletim Focus do ano projetavam uma alta contida, de 0,28%. 

Para o Ministério da Economia, a estimativa de crescimento do PIB para 2022 era de 2,1% em novembro do ano passado, mas caiu para 1,5% em março deste ano. Agora em setembro foi revisada para 2,7%. Mas, afinal, o que contribuiu para que as projeções em torno do PIB superassem as expectativas? 

Segundo Jorge Madeira Nogueira, professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB), os analistas do mercado financeiro subestimaram a capacidade de recuperação da atividade econômica do país após a pandemia da Covid-19. “O que o verdadeiro mercado, que é quem produz e quem compra, nos disse foi: ‘analistas, vocês não estão entendendo o que está acontecendo. Nós que somos os ofertantes e demandantes têm muito mais a oferecer ao longo de 2022 do que vocês estão dizendo’,” avalia. 

“O que mudou é que nós percebemos que essa economia, quando não atrapalham, tem um dinamismo muito maior do que muitos fariseus com e sem diploma de economia costumam dizer. A sociedade brasileira está mostrando que nós ainda precisamos estudar para entender essa brilhante retomada”, completa. 

Na visão da Secretaria de Política Econômica, as projeções dos analistas de mercado para o PIB de 2022 têm melhorado com frequência por causa de três fatores, principalmente: a recuperação do setor de serviços e do mercado de trabalho; e os investimentos.

Responsável por quase 70% do PIB brasileiro, o setor de serviços acumula alta de 4,3% no PIB entre junho do ano passado e junho deste ano. A recuperação do setor, um dos mais afetados pelas medidas de restrição impostas durante a pandemia da Covid-19, impulsiona a economia, explica Rodrigo Leite, professor de Finanças e Controle Gerencial do Instituto Coppead de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

“Quando o setor de serviços aumenta, ele puxa bastante o PIB. Há um aumento do setor de serviços agora com todos os locais sem nenhum tipo de restrição devido à pandemia e aí você tem um aumento de turismo, bares, restaurantes e, com isso, você tem também uma recuperação econômica”, avalia. 

Isso se reflete, por exemplo, no mercado de trabalho. Nos primeiros sete meses do ano, o país gerou mais de 1,5 milhão de empregos, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O setor de serviços foi responsável por mais da metade das vagas: 874.203, ao todo. 

A taxa de desemprego no trimestre encerrado em julho foi de 9,1%, a menor desde o fim de 2015, de acordo com o IBGE.

FGV: IPC-S tem variação zero na 3ª quadrissemana do mês após 0,09% na segunda leitura

O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) teve variação zero na terceira quadrissemana de setembro, após subir 0,09% na segunda leitura do mês. A informação foi divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na sexta-feira (23). O indicador acumula alta de 5,11% em 12 meses, menor do que o avanço de 5,21% no período até a segunda medição.

Das oito categorias de despesas que compõem o indicador, seis registraram decréscimo em suas taxas de variação entre a terceira e a segunda quadrissemana do mês, com destaque para Educação, Leitura e Recreação (5,48% para 4,94%). O item com maior influência no grupo foi passagem aérea (30,04% para 26,94%).

Transportes (-2,79% para -2,92%), Alimentação (-0,21% para -0,28%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,76% para 0,66%), Despesas Diversas (0,14% para 0,07%) e Vestuário (0,52% para 0,42%) foram os outros grupos a apresentar decréscimo no período. Nessas classes, os itens com maior peso foram etanol (-10,15% para -12,45%), laticínios (-2,47% para -3,94%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,47% para 1,01%), cigarros (1,19% para 0,79%) e roupas femininas (0,94% para 0,28%), respectivamente.

Por outro lado, Comunicação (-0,66% para -0,46%) e Habitação (0,16% para 0,23%) avançaram ante a segunda quadrissemana, impulsionados por tarifa de telefone residencial (-3,10% para -1,69%) e tarifa de eletricidade residencial (-1,21% para -0,72%).

Passagem aérea (30,04% para 26,94%), aluguel residencial (1,32% para 1,46%), plano e seguro de saúde (1,16% para 1,15%) foram os itens que mais pressionaram para cima o IPC-S da terceira quadrissemana de setembro. Cebola (9,50% para 11,85%) e sabonete (5,02% para 4,96%) completam a lista.

Na outra direção, gasolina – repetiu a taxa negativa de 9,61% -, leite tipo longa vida (-8,29% para -11,52%) e etanol (-10,15% para -12,45%) foram os itens que mais puxaram o indicador para baixo, seguidos por tarifa de eletricidade residencial (-1,21% para -0,72%) e óleo de soja (-5,57% para -5,81%).

Moraes revê decisão, e corte no IPI feito por Bolsonaro volta a valer

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu no domingo (18) revogar uma medida cautelar concedida por ele próprio, em maio deste ano, que havia suspendido a redução da cobrança do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI).

A decisão do ministro faz voltar a valer o decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que permitiu a redução do IPI apenas para produtos que não concorram com os da Zona Franca de Manaus. Moraes entendeu que, após a cautelar, a Advocacia-Geral da União e o presidente ampliaram o conjunto de informações disponíveis no processo.

O Ministério da Economia informou ao STF ter aprovado um novo decreto, em agosto deste ano, que garantiu a redução de 35% no IPI da maioria dos itens fabricados no Brasil sem tirar a competitividade dos bens produzidos no polo amazônico.

A decisão anterior de impedir a redução do IPI foi dada por Moraes em ação apresentada pelo partido Solidariedade.

Segundo o Solidariedade argumentou à época, a redução do imposto afetaria o “equilíbrio na competitividade”, “haja vista que retira o incentivo fiscal compensatório para se produzir no coração da Amazônia e assim ocupá-la economicamente e afastar a cobiça internacional”, colocando-se em risco “a sobrevivência econômica de todo um Estado”.

Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), o novo decreto restabelece alíquotas sobre 170 produtos também fabricados na Zona Franca de Manaus, o que representaria um índice superior a 97% de preservação de todo o faturamento ali instalado. No polo industrial amazônico, são fabricados eletrodomésticos, veículos, motocicletas, bicicletas, TVs, celulares, aparelhos de ar-condicionado, computadores, entre outros produtos.

Pesquisa BTG/FSB mostra Bolsonaro com 55% de rejeição; Ciro tem 48% e Lula, 45%

Pesquisa do Instituto FSB para presidente da República encomendada pelo BTG Pactual, divulgada na segunda-feira (19), aponta que o presidente e candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro segue com o maior índice de rejeição, com 55%, 1 ponto porcentual (pp) a menos do que o levantamento anterior, de 12 de setembro.

Em seguida aparecem Ciro Gomes (PDT), com 48%, 1 pp a mais, dentro da margem de erro de 2 pp, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 45%, 2 pp para baixo com relação à semana passada, e Simone Tebet (MDB), com os mesmos 37%.A menos de duas semanas das eleições, 81% dos pesquisados disseram ter certeza na decisão do voto no candidato que escolherão no primeiro turno dessas eleições e 18% que disseram que podem mudar. Enquanto 85% afirmaram que com certeza irão votar nas eleições de outubro e 9% afirmaram que provavelmente irão votar, 2% que provavelmente não irão votar, e 3% certamente não irão votar.

Foram ouvidos 2.000 eleitores entre sexta-feira, 16, e o domingo, 18, o intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro de 2 pp. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-07560/2022.

Bolsonaro exalta na ONU dados econômicos do Brasil e defende cessar-fogo na Ucrânia

O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), aproveitou o discurso de abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) para exaltar dados econômicos do Brasil e defendeu um cessar-fogo para a Guerra da Ucrânia.

A doze dias do primeiro turno, Bolsonaro fez uma espécie de balanço da sua gestão. Citou o que chamou de “abrangente” pauta de agenda de concessões e privatizações, medidas para melhorar o ambiente de negócios e a busca de modernizar a economia brasileira, com o avanço para que o Brasil ingresse como membro pleno da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE.

O presidente afirmou que, apesar da crise mundial, a economia brasileira está em “plena recuperação”, com emprego em alta, inflação em baixa, ainda que alta de preços tenha aumentado em todo o mundo sob o impacto da pandemia.

Em um discurso doméstico mesmo para uma plateia internacional, Bolsonaro destacou o Auxílio Brasil, programa criado durante a crise sanitária que atende a 20 milhões de famílias, a queda da inflação e do preço da gasolina em mais de 30% desde junho.

“No plano interno, também estamos batendo recordes em três áreas: arrecadação fiscal, lucros das empresas estatais e relação entre dívida pública e PIB. Aliás, em 2021 tivemos superávit no resultado consolidado de contas públicas. O PIB brasileiro aumentou 1,2% no segundo trimestre. A projeção de crescimento para 2022 chega a 3%”, disse.

“Temos a tranquilidade de quem está no bom caminho. O caminho de uma prosperidade compartilhada. Compartilhada entre os brasileiros e, mais além, compartilhada com nossos vizinhos e outros parceiros mundo afora”, completou.

O presidente também disse que o Brasil já começou a colher a maior safra de grãos da história e defendeu a atuação do governo na área de desenvolvimento sustentável, considerando-o o país como fonte de credibilidade. O Brasil tem sido alvo de fortes críticas pela política ambiental.

Senado pode votar na próxima semana remanejamento de recursos para piso da enfermagem

O Senado pode votar na próxima semana a primeira das iniciativas levantadas para garantir o pagamento do piso nacional da enfermagem, afirmou o relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), na terça-feira (20).

Castro participa das negociações sobre o tema com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que ocupa interinamente a Presidência da República, e também envolvem os ministérios da Saúde e da Economia. A ideia é votar um projeto de lei complementar que autoriza o remanejamento de recursos já destinados a Estados e municípios no âmbito da Covid para ações de saúde, o que poderia servir de fonte para o pagamento do piso.

“O presidente Pacheco assumiu o compromisso de votá-lo antes da eleição”, disse Castro, referindo-se ao primeiro turno das eleições gerais, em 2 de outubro. “Provavelmente será na próxima semana”, acrescentou.

Segundo o relator do Orçamento, uma vez aprovado, o projeto “daria um alívio aos Estados e municípios para eles poderem fazer face ao pagamento do piso”. Pelos cálculos do parlamentar, a medida abarca um valor estimado de 7 bilhões de reais, o que, argumentou o senador, é um valor considerável levando-se em conta a proximidade do fim do ano.

Ele lembrou que esse é o primeiro passo na busca de fontes para o pagamento do piso e citou, por exemplo, a discussão de repatriação de recursos como possível alternativa. Também estão sob estudo a desoneração da folha de hospitais privados e ainda um programa de regularização patrimonial.

Aprovado pelo Congresso Nacional a partir de projeto do senador Fabiano Contarato (PT-ES) e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro em agosto, o piso nacional da enfermagem teve sua aplicação suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou necessária uma discussão mais ampla sobre seu financiamento a partir de argumentos segundo os quais muitos hospitais e casas filantrópicas não teriam condições de bancar os valores.

Pesquisa Quaest mostra Lula 10 pontos à frente de Bolsonaro com 44% a 34%

Pesquisa Quaest divulgada na quarta-feira (21) mostrou oscilação de 2 pontos para cima da vantagem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sobre o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de outubro, com a dianteira do petista agora em 10 pontos percentuais no primeiro turno.

De acordo com o levantamento, Lula tem 44% das intenções de voto, ante 42% na pesquisa anterior, enquanto Bolsonaro permaneceu estável com os mesmos 34% que registrava na sondagem da semana passada. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

Ciro Gomes (PDT) oscilou um ponto de 7% para 6% e Simone Tebet (MDB) passou de 4% para 5%, mantendo o cenário de empate técnico com o pedetista.

Brancos e nulos são 5%, mesmo percentual aferido para os indecisos.

Contratada pela corretora Genial Investimentos, o levantamento do instituto Quaest também apontou variação positiva dentro da margem de erro na vantagem de Lula sobre Bolsonaro em um eventual segundo turno entre ambos.

Segundo o levantamento, o petista venceria por 50% a 40%, há uma semana o placar era de 48% a 40%.

A pesquisa apontou ainda que 76% dos entrevistados responderam que sua escolha de voto é definitiva, ante 74% no levantamento anterior.

A sondagem também questionou a eleitores de Ciro quem preferem que ele apoie caso se confirme o cenário de segundo turno entre Lula e Bolsonaro: 50% defendem que ele apoie o petista, 18% opinam pelo atual presidente e 29% são favoráveis à neutralidade.

Já entre os que declaram voto em Tebet, o percentual dos que preferem apoio a Lula é apenas um ponto acima dos que defendem apoio a Bolsonaro: 35% a 34%. Outros 27% acreditam que a senadora não deve declarar apoio a nenhum dos dois.

Quando o quesito é rejeição, Bolsonaro e Ciro empatam como os candidatos com pior patamar entre os postulantes ao Palácio do Planalto, com 54% dizendo que não votariam neles de jeito nenhum.

Lula é rejeitado por 46%, ante 47% na última sondagem.

A pesquisa também apontou que 39% dos entrevistados avaliam o governo Bolsonaro de forma negativa, contra 38% uma semana atrás, ao passo que 31% o veem positivamente, contra 32% no levantamento anterior, e 26% o enxergam como regular, contra 27% na sondagem da semana passada.

A Quaest ouviu 2 mil pessoas em entrevistas domiciliares entre os dias 17 e 20 de setembro.

Alckmin defende novos acordos comerciais para abrir mais mercados ao agronegócio

O ex-governador de São Paulo e candidato a vice-presidente na chapa de Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB), defendeu a efetivação de acordos comerciais para abrir mercados ao agronegócio. “Precisamos fechar novos acordos comerciais para conquistar mais mercados. Não podemos continuar dependendo só da China. Temos que ter mais mercados”, disse Alckmin, em vídeo publicado no Twitter.

Alckmin disse também que o que faz diferença para o agronegócio é crédito barato, pesquisa, rigor sanitário, infraestrutura, seguro de renda e novos mercados. Sobre infraestrutura, Alckmin afirmou que um eventual novo governo petista irá “rasgar” o País com ferrovias, hidrovias e rodovias, integrando os modais.

O vice de Lula defendeu também o direito à propriedade. “Direito de propriedade está na Constituição. Constituição que Lula e eu ajudamos a escrever. O agronegócio precisa se desenvolver, deu um salto no governo Lula e vamos dar outro agora. Com Lula, o País vai ser respeitado internacionalmente. O Brasil vai sentar à mesa dos grandes e o agro vai crescer”, disse Alckmin.

Alckmin atua como uma espécie de ponte de interlocução entre o setor produtivo e a campanha petista. No vídeo, ele afirmou também que no governo Lula o agro deu o “maior salto de sua história”, quase dobrando a produção de grãos. “A Embrapa teve resultado extraordinário em termos de pesquisas. Uma das variáveis mais importantes é o crédito. No governo Lula, o Moderfrota financiava trator e equipamentos com juros de 3,5% ao ano. Hoje, esses juros vão de 12,5% a 16%. Piorou muito”, criticou Alckmin.

Lula promete conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia em seis meses

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou em entrevista ao Canal Rural que irá concluir o acordo entre Mercosul e União Europeia em seis meses.

“Posso garantir uma coisa: se ganhar as eleições, nos primeiros seis meses vamos concluir acordo com União Europeia. Um acordo que leve em consideração a necessidade do Brasil voltar a se reindustrializar, porque não podemos permitir compras governamentais se não prejudicamos as pequenas e médias empresas”, disse Lula.

A política ambiental do Brasil é um dos principais motivos apontados pelos parlamentares europeus para manter o acordo sem andamento. “A gente precisa desse acordo. Chegamos perto de fazer um acordo. Estamos dispostos a concluir (acordo) porque temos o que vender, temos produtos competitivos, sobretudo na agricultura. Se depender de mim, vamos vender tudo que produzimos lá fora e não vamos ceder às exigências. Vamos negociar”, afirmou.

Sobre desmatamento legal, permitido em determinadas porcentagens conforme cada bioma pelo Código Florestal Brasileiro e refutado por países europeus, Lula declarou que “ninguém é contra”. “Está na lei que, se você comprar um terreno na Amazônia, 80% da terra tem de ser preservada”, comentou Lula.

O ex-presidente disse também que o Brasil é “soberano” e não tem de se subordinar aos europeus, que estão exigindo produtos livres de desmatamento. “Mas eles também não podem fazer o que a gente quer. Eles disseram não. Nós temos que criar condições para eles dizerem sim. É um processo de negociação”, argumentou Lula.

TSE proíbe Bolsonaro de usar imagens de discurso na ONU em campanha

O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concedeu liminar que proíbe o presidente Jair Bolsonaro (PL) de usar em sua campanha à reeleição imagens do discurso que fez nesta semana à Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

A decisão de Gonçalves, que é corregedor-geral da Justiça Eleitoral, atende a pedido feito pelo PDT e pelo candidato à Presidência da sigla, Ciro Gomes.

“Defiro o requerimento liminar, para conceder a tutela inibitória antecipada e determinar a intimação dos investigados, pelo meio mais célere, para que se abstenham de utilizar em sua propaganda eleitoral, divulgada por qualquer meio, imagens captadas de forma pública ou particular, que reproduzam o discurso proferido por Jair Messias Bolsonaro na 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas (Nova York, EUA), cabendo-lhes adotar imediatas providências para substituir materiais eventualmente já produzidos”, escreveu o corregedor em sua decisão.

Gonçalves também determinou a aplicação de multa de 20 mil reais para cada peça de propaganda ou postagem que descumpra a decisão.

O corregedor avaliou, ao conceder a liminar, que “a utilização das imagens na propaganda eleitoral seria tendente a ferir a isonomia, pois faria com que a atuação do chefe de Estado, em ocasião inacessível a qualquer dos demais competidores, fosse explorada para projetar a imagem do candidato”.

O presidente viajou nesta semana a Londres, onde participou do funeral da rainha britânica Elizabeth, e a Nova York, para o discurso na ONU. O breve tour internacional era uma aposta da campanha à reeleição para apresentar Bolsonaro como um “estadista” ao eleitorado. No entanto, a viagem não rendeu os frutos esperados pelos aliados do presidente.

Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para presidente, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, segundo algumas sondagens, pode se eleger no primeiro turno, que está marcado para 2 de outubro.

Moraes avalia pedido de delegados-gerais para fechar clubes de tiro na eleição

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou que vai avaliar o pedido feito por delegados-gerais da Polícia Civil para que a Corte determine o fechamento de clubes de tiro 48 horas antes dos dois turnos da eleição deste ano, no dia da votação e nas 24 horas após a divulgação do resultado. Moraes se reuniu com chefes de Polícia Civil na última terça-feira (20).

Durante o encontro, 21 chefes da Polícia Civil nos Estados sugeriram que sejam reforçadas as medidas de restrição ao porte de armas no período eleitoral, com atenção especial à categoria de colecionadores, atiradores e caçadores, os chamados CACs. Os delegados ainda discutiram as resoluções do TSE que proibiram o porte de celular nas seções eleitorais e de armas nas proximidades dos locais de votações.

O regramento aprovado pela Corte Eleitoral, no final de agosto, autoriza o porte somente aos agentes das Forças de Segurança Pública que estejam a serviço no dia da votação. Todos os demais portadores de armamentos serão presos em flagrante e enquadrados pelo cometimento de crime eleitoral.

As polícias informaram ao TSE ter definido regime de plantão em parceria com os chefes das Polícias Militar e Federal para garantir a segurança no final de semana das eleições. Segundo o alto escalão das forças de segurança, há especial preocupação com o aumento do número de armas em circulação no País, o que pode agravar conflitos políticos por motivação eleitoral.

Na última terça-feira (20), a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu trechos de decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para flexibilizar o acesso da população civil a armas e munições. A decisão da Corte foi adotada em caráter provisório, em atendimento a pedidos do PT e do PSB, para impedir a aquisição de novas armas e equipamentos durante o período eleitoral. Os ministros devem retomar a discussão depois das eleições. As siglas de oposição ao governo apontaram risco de aumento da violência política durante a campanha.

Como revelou o Estadão, a política armamentista do governo Bolsonaro fez com que o número de CACs superasse o número de PMs e integrantes das Forças Armadas, constituindo milicias armadas espalhadas pelo País. Levantamento dos institutos Igarapé e Sou da Paz apontou que o número de armas registradas pela categoria CAC quase triplicou desde dezembro de 2018 e ultrapassou, em julho deste ano, a marca de 1 milhão.

Bolsonaro diz que com reeleição ‘tudo vai ser diferente’, em novo recado ao STF

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a mandar recado para o Supremo Tribunal Federal (STF), durante comício em Manaus (AM). O chefe do Executivo disse que, se for reeleito, vai “fazer valer” o que está escrito na Constituição e, por isso, “tudo vai ser diferente”. Quando faz ameaças veladas à Corte, como nos atos de 7 de setembro, Bolsonaro costuma dizer que os magistrados atuam “fora das quatro linhas da Constituição”.

“Tenho certeza que, com a nossa reeleição, tudo vai ser diferente. Nós vamos fazer valer o que está escrito na nossa Constituição brasileira. Nós temos tudo para sermos uma grande nação”, declarou o presidente a apoiadores. “O próximo dia 2 é um divisor entre a ordem e o progresso e a desordem e o vale-tudo para o lado de lá. Nós sabemos o que nós queremos. Vocês sabem o que têm que fazer, e devem se empenhar para eleger pessoas que tenham compromisso de verdade com o futuro do seu País”, emendou Bolsonaro.

Em um trio elétrico na Esplanada dos Ministérios durante a celebração do Bicentenário da Independência do Brasil, em 7 de setembro, Bolsonaro afirmou que levaria de volta para as “quatro linhas” todos que estivessem fora, caso fosse reeleito. Hoje, o presidente repetiu a afirmação de que a população agora sabe “o que é” o STF. O candidato à reeleição também usou o discurso em Manaus para atacar seu principal adversário na corrida eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e para reforçar a pauta de costumes. “Lá atrás, aquele bandido de nove dedos fez campanha para Hugo Chávez na Venezuela e, depois, fez campanha também para Nicolás Maduro”, disse o presidente, em referência a Lula.

Bolsonaro voltou a associar o petista à ditadura da Nicarágua, que, segundo ele, persegue padres. “Para o lado de lá, eles não respeitam a religião de ninguém. Tanto é verdade que lá na Nicarágua estão prendendo padres e expulsando freiras, e o cara Lula diz que nós não temos que meter o nariz nestas questões”, afirmou. Bolsonaro também disse que é contra o aborto, a legalização das drogas e a ideologia de gênero, temas que animam sua militância. “Estamos aqui, muita gente até esbanjando alegria, mas o momento é de extrema responsabilidade. Nós sabemos o que está em jogo no próximo dia 2 de outubro”, declarou, ao citar a pauta de costumes. O presidente ainda voltou a afirmar que tem certeza de que vai vencer a eleição no primeiro turno, embora as pesquisas de intenção de voto não apontem essa possibilidade.

Raízen vira principal fornecedora de combustíveis de aviação da Azul

A Raízen anunciou na segunda-feira (19) a assinatura de um contrato de longo prazo para fornecimento de produtos derivados de petróleo à companhia aérea Azul.

Com o acordo, a Raízen se tornará a principal fornecedora de combustível de aviação da Azul, disse a companhia.

Em comunicado, a Raízen acrescentou que a parceria poderá compreender ainda iniciativas estratégicas envolvendo o Shell Box e o Programa de Fidelidade TudoAzul, fornecimento de energia elétrica gerada pela Raízen através de geração distribuída e comercialização de combustível de aviação sustentável (SAF), oportunamente.

“Este acordo reforça nossa estratégia de expansão de participação no mercado de aviação no Brasil, otimizando nossa infraestrutura logística e comercial, além de ampliar o relacionamento com nossos clientes, oferecendo soluções que contribuem para suas operações”, disse a Raízen.

Compra online é preferida por 64% dos consumidores, diz pesquisa

Mesmo com a reabertura da economia após o período mais crítico da pandemia de Covid-19, o comércio eletrônico continua sendo a principal escolha dos consumidores. Segundo uma pesquisa feita recentemente pela NZN Intelligence, as compras online são preferidas por 64% dos entrevistados, enquanto 36% preferem adquirir produtos nas lojas físicas.

O movimento, segundo a presidente da NZN Intelligence, Tayara Simões, reflete não apenas o maior acesso à internet, mas também uma mudança no comportamento de consumo dos usuários, que cada vez buscam mais informações sobre o produto antes da aquisição. De acordo com o levantamento, por exemplo, 87% das pessoas que compram online disseram que fazem pesquisas sobre o produto antes de comprá-lo.

Desse total, a maioria se informa por meio das opiniões de outros usuários nos anúncios (56%), por sites especializados (53,4%) ou por canais de especialistas no Youtube (42,4%). Ainda segundo a pesquisa, 32% dos entrevistados afirmaram que seu consumo online “aumentou bastante” após a pandemia, enquanto 27% disseram que aumentou um pouco, 26% que o volume permaneceu o mesmo e 15% afirmaram ter reduzido as compras online no período.

“As pessoas estão mais críticas sobre o que consomem, e elas entenderam que a compra online dispõe de mais ferramentas para que elas consumam de forma mais consciente, fazendo pesquisa e até se planejando melhor”, afirmou Simões, ponderando que a evolução da tecnologia e da segurança online também são fatores importantes para o crescimento do comércio digital.

Nesse sentido, os recursos disponibilizados para o comércio eletrônico também se mostram significativos. Ainda segundo o levantamento, por exemplo, mais de um terço dos entrevistados (37%) estão dispostos a gastar mais de R$ 300 por mês em compras online, enquanto outros 19% se dispõem a gastar de R$ 150 a R$ 300. Em seguida, vieram as opções de gasto mensal de R$ 100 a R$ 150 (13%), de R$ 50 a R$ 100 (14%) e até R$ 50 (17%).

Apesar de o consumo online se mostrar uma tendência, Simões reitera que ainda há um caminho a ser percorrido pelas empresas. “Muitas companhias precisaram se adaptar rapidamente para o digital durante a pandemia, mas muitas ainda não têm o entendimento de que a compra online é uma jornada para o consumidor”, disse.

Junta Comercial de SP amplia serviços online e prevê digitalização total este ano

A Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, disponibilizou seis novos serviços em seu sistema integrado de registro, o Via Rápida Empresa Digital, avançando para 72% de seu atendimento online. Agora empresários podem solicitar alteração de nome empresarial, alteração de objeto social, alteração de endereço, atos de enquadramento, desenquadramento e reenquadramento, tudo online.

“A desburocratização e o processo de digitalização da Junta realizado por essa gestão reduziu o tempo de abertura de empresas de 4 dias para somente 24 horas”, diz Zeina Latif, secretária de Desenvolvimento Econômico. “O resultado é que São Paulo nunca teve tantos empreendedores como agora, em média, são 7 mil novas micro e pequenas empresas por mês, ou 350 empresas a cada dia útil. Um crescimento de mais de 7% sobre o ano passado.”

A gestão iniciou o procedimento para implantação das aberturas do tipo jurídico S/A. O Estado tem registrado seguidos recordes de aberturas de empresas. O saldo líquido de abertura de empresas em SP cresceu 68% no primeiro semestre em comparação aos primeiros seis meses de 2019, período anterior à pandemia do Coronavírus.

Ainda segundo o levantamento, foram registrados 87,8 mil novos empreendimentos frente aos 52,2 mil abertos há três anos. Na comparação com o primeiro semestre de 2021, quando o saldo foi de 84,8 mil novas empresas, o crescimento foi de 3,5%. Já com o período de 2020, na pandemia, o resultado líquido foi de 46,3 mil constituições e alta de 89,3%.

Segundo Paulo Henrique Schoueri, presidente da Junta, o objetivo de alcançar 100% dos processos online para empresas no Estado de São Paulo.

Startups brasileiras devem reduzir queima de caixa com escassez de capital, diz pesquisa

Fundadores de unicórnios brasileiros, como são conhecidas as startups avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares, acreditam que será necessário ajustar os negócios para reduzir a queima de caixa, em meio a uma forte queda nos investimentos no setor, segundo uma pesquisa do fundo de venture capital Atlântico.

Os investimentos de venture capital na América Latina caíram para 2,4 bilhões de dólares no segundo trimestre do ano, de 5 bilhões de dólares no mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Lavca, associação para investimento de capital privado na região.

Os fundadores de unicórnios consultados concordam que seus concorrentes também terão que se ajustar para diminuir a queima de caixa, 37% dizem que suas companhias farão isso e 50% acham que será necessário nos rivais. Embora apenas 5% desses executivos acreditem que sua empresa terá que fechar ou ser vendida às pressas, 33% acham que isso acontecerá na concorrência.

As medidas mais comuns para reduzir queima de caixa são congelamento de contratações, redução de gastos com marketing e demissões, de acordo com a pesquisa do Atlântico. Cerca de 80% das startups que demitiram pessoal cortaram 10% ou menos da força de trabalho.

Embora tenha ficado mais difícil levantar capital, a América Latina ainda tem boas oportunidades, segundo Julio Vasconcellos, sócio do Atlântico.

A penetração da internet cresceu em países da região com a pandemia, atingindo 78%, e agora está acima dos 69% visto na China e mais próximo dos índices de países desenvolvidos. A penetração nos Estados Unidos é de 92%.

O crescimento na participação do comércio eletrônico nas vendas no Brasil para cerca de 7% parece ser permanente, enquanto nos EUA o movimento escalou de volta aos níveis pré-pandemia. A dinâmica parece ter mudado no Brasil em setores como saúde, serviços financeiros e de entrega de produtos.

Apesar da queda nos preços de ações de empresas de tecnologia nos países desenvolvidos, os investidores ainda estão otimistas com o potencial de lucros com essas companhias na América Latina, afirmou Vasconcellos.

Apenas 1,5% do valor de mercado de empresas latino-americanas está relacionado ao setor de tecnologia, participação que atinge 20% na China e 52% nos EUA.

Após dez anos de Brasil, Hyundai nacionaliza produção de motores

A Hyundai inaugurou sua primeira fábrica de motores na América Latina, em Piracicaba (SP), dez anos após ter iniciado a produção de automóveis no mercado brasileiro. Até agora, o equipamento era importado da Coreia do Sul.

Com investimento de R$ 500 milhões, a nova unidade, instalada na mesma área da fábrica de automóveis, tem capacidade de produção de 70 mil motores ao ano. O projeto gerou 256 novas vagas.

Segundo a empresa, a unidade opera com tecnologias alinhadas aos conceitos de indústria 4.0 e com as mesmas características das outras 12 fábricas do grupo no mundo.

Ken Ramirez, presidente da Hyundai Motor para o Brasil e as Américas Central e do Sul, diz que o grupo trabalha com universidades e escolas técnicas da região em programas de estágio e intercâmbio. “Compartilhamos nossas instalações, peças e motores com essas instituições para apoiar o desenvolvimento de estudantes e futuros profissionais.”

“Nossa nova planta de motores possui alto nível de automação em seus processos, proporcionando a flexibilidade necessária para adaptar as linhas de produção de forma ágil”, disse Ramirez, por meio de nota. Os motores vão equipar o HB20, automóvel mais vendido no País em 2021 e líder neste ano, com 61.909 unidades até agosto. No local, também é feito o SUV Creta.

Joel Anjos, diretor da fábrica de motores e de qualidade, informou que é a primeira fábrica da marca no mundo a utilizar um robô móvel autônomo (AMR) que otimiza o transporte de peças. “Esse recurso reduz em 50% o espaço necessário para as peças na linha de produção, graças a um sistema integrado que dispensa a necessidade de acúmulo de itens estocados nos setores”, disse.

Em dez anos de operação, foram fabricados 1,7 milhão de unidades do HB20 e do Creta na planta de Piracicaba. Com três turnos de produção, o complexo tem capacidade para fabricar 210 mil veículos anualmente.

PPI referenda resolução sobre modelagem de privatização do Porto de Santos

O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) aprovou a resolução com a modelagem e as condições de desestatização do Porto de Santos, em mais uma etapa de um processo que o governo deseja ver finalizado ainda neste ano.

O passo seguinte, conforme informou o Ministério da Infraestrutura na semana passada, é o envio da proposta para análise do Tribunal de Contas da União (TCU). O modelo já foi aprovado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antaq) em 12 de setembro.

A privatização do ativo se dará mediante a alienação da totalidade das ações detidas pela União no capital social do porto, com contrato de 35 anos, podendo ser prorrogado somente para fins de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro da concessão, uma única vez, a critério do poder concedente, por até cinco anos.

O critério de julgamento de leilão será o de maior valor de outorga, estipulado pela Antaq em R$ 3,015 bilhões e mantido na resolução do PPI. Será considerado vencedor o licitante que ofertar o maior ágio sobre a contribuição inicial mínima estabelecida, a ser paga à vista.

A resolução estabelece ainda que o contrato de concessão deverá compreender obrigações mínimas do concessionário, como ampliar e modernizar o acesso aquaviário, por meio da realização de dragagem e derrocagem de aprofundamento nos trechos do canal de acesso, e implantar, operar e explorar a ‘Ligação Seca Santos-Guarujá’.

As regras preveem dois arranjos possíveis para empresas disputarem o leilão. Em um deles, previsto originalmente, operadores de terminais no porto, armadores, transportadores marítimos e concessionárias de ferrovias que se interconectam com o complexo portuário podem entrar na concessão com participação individual no capital social de até 15%, sendo que a participação conjunta não deverá ser superior a 40%, vedada a participação, individual ou conjuntamente, por meio de acordo de acionistas, no grupo do Controle Societário da Concessionária.

Na segunda opção, a participação individual dessas empresas não pode ser superior a 5%, mas não há limite de participação conjunta, também vedada a participação, individual ou conjuntamente, por meio de acordo de acionistas, no grupo do Controle Societário da Concessionária.

O BNDES estimou que serão investidos R$ 25 bilhões no Porto de Santos.

Grupo Itapemirim tem falência decretada pela Justiça de SP

O Grupo Itapemirim teve falência decretada pela 1° Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

A decisão, assinada pelo juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, vem após o pedido de falência do grupo pela administradora judicial EXM Partners.

Rodrigues menciona dívidas de 106,2 milhões de reais do grupo, com base em dados de maio de 2022, enquanto o passivo tributário inadimplido era de 2,39 bilhões de reais até outubro de 2021. Também são citadas obrigações trabalhistas, entre outras, na decisão.

O Grupo Itapemirim pediu recuperação judicial em março de 2016 e viu a situação piorar ao longo dos anos, em derrocada que teve seu auge público com a suspensão das operações da companhia aérea Ita no final do ano passado.

Na sentença, o juiz mencionou que o gestor judicial citou situação de “terra arrasada deixada pela antiga gestão sob o comando do senhor Sidnei Piva de Jesus e sua equipe, bem como vêm encontrando dificuldades na obtenção de todas as informações pertinentes ao bom andamento da empresa e, sobretudo, da recuperação judicial”.

Além disso, a nova gestão viu sucateamento da frota da companhia. Segundo mencionado na sentença, até o final de junho a empresa tinha 19 ônibus com documentação pendente, “110 com diversos problemas de manutenção estacionados em várias garagens do Brasil, 62 ônibus em condições deploráveis, sem qualquer condição de uso ou com custo inviável para serem restaurados”.

Secovi-SP espera melhora do mercado em 2023 com potencial queda da Selic

O economista-chefe do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Celso Petrucci, disse esperar uma melhora do mercado imobiliário em 2023, com tendência de queda da taxa básica de juros (Selic) em algum momento nos próximos trimestres.

“Seguramente, o ambiente econômico para o mercado imobiliário para 2023 parece mais atrativo do que em 2022”, afirmou hoje Petrucci, em painel durante o Summit Imobiliário, evento organizado pelo Estadão em parceria com o Secovi-SP.

Petrucci avaliou que, a despeito do ciclo de alta da Selic, o setor se manteve resiliente. Enquanto a taxa básica saiu de 2% para 13,75% ao ano, a taxa média do crédito imobiliário avançou de 7% para 9,5% ano, patamar considerado moderado.

Com isso, o volume de financiamentos para compra e construção de imóveis bateu recorde em 2021 e caminha para o segundo melhor ano da história em 2022.

“As esteiras dos bancos estão trabalhando normalmente com esta mediana de 9,5%”, observou. “Do ponto de vista de financiamento, esse processo foi pouco sentido”, disse, referindo-se à manutenção dos negócios mesmo com a Selic mais alta.

SELIC

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em reunião encerrada na quarta-feira (21). Com isso, a Selic segue em 13,75% ao ano, interrompendo um ciclo de altas que se prolongou desde março de 2021 com 12 elevações consecutivas. Ainda assim, a Selic fica estável no maior patamar desde dezembro de 2016.

A maioria das expectativas do mercado era pela manutenção do índice já que o cenário de inflação vem melhorando nas últimas semanas. Foi o que indicou, inclusive, o boletim Focus mais recente, divulgado na segunda-feira (21). Ainda assim, parte do mercado não descartava uma alta residual por causa dos riscos fiscais e da incerteza em relação ao próximo governo.

Espera-se que a decisão de fato encerre a trajetória ascendente da taxa básica de juros, mas não se fala em queda rápida, uma vez que a Selic é o principal instrumento do BC para conter a inflação, já que torna o crédito mais caro e, consequentemente, reduz o consumo. A projeção é de que o país feche 2023 com taxa em 11,25%, também segundo o último Focus.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (26), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 13,75%, ante 13,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) caiu 0,91% na segunda prévia de setembro, após registrar recuo de 0,57% no mesmo período de agosto, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) na terça-feira (20).

Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses passou de 8,73% para 8,29%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (26), a projeção para o IGP-M ficou em 8,30%, ante 9,01% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

Os economistas ouvidos pelo Banco Central revisaram a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final deste ano, passando de 6,40% para 6%. Há um mês, a projeção era de +6,82%.

Para 2023, a projeção oscilou em baixa pela quinta semana seguida, passando de 5,17% para 5,01%, de 5,33% há um mês. Para 2024, a projeção subiu de 3,47% para 3,50% pela terceira semana consecutiva, enquanto para 2025 a estimativa manteve-se em 3% pela 62ª semana.

É válido lembrar que as metas de inflação para 2022, 2023 e 2024 são de 3,50%, 3,25% e 3%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (26), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 5,88%, ante 6,00% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

Em relação às expectativas para a atividade, o mercado financeiro elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano pela 12ª semana seguida, de 2,39% para 2,65%, de 2,02% há um mês.

Para 2023, a previsão de crescimento econômico se manteve em 0,50%, enquanto para 2024 caiu de 1,80% para 1,70%. Já o PIB de 2025 permaneceu em 2%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (26), a projeção para o PIB ficou em 2,67%, ante 2,65% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (19), o Ibovespa fechou em alta, revertendo a fraqueza da abertura e com ações de educação capitaneando os ganhos, enquanto agentes financeiros se preparam para uma série de reuniões de política monetária no mundo nesta semana, incluindo decisões nos Estados Unidos e Brasil. O índice Ibovespa teve alta de 2,33%, a 111.823,89 pontos. O volume financeiro somou R$ 24,7 bilhões.

Na terça-feira (20), o Ibovespa fechou em alta, apoiado no avanço de ações de bancos, no fim de uma sessão volátil, em véspera de decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, com a queda dos papéis da Vale atuando como contrapeso. O índice Ibovespa teve alta de 0,62%, a 112.516,91 pontos. O volume financeiro somou R$ 26,5 bilhões.

Na quarta-feira (21), o Ibovespa fechou em queda, a volatilidade se impôs ao Ibovespa desde o comunicado sobre a decisão de política monetária do Federal Reserve, às 15 horas, mas especialmente durante a entrevista do presidente do BC norte-americano, Jerome Powell, a partir das 15h30, que contribuiu para recuperação de ânimo, ainda que transitória, em Nova York e por extensão na B3. O índice Ibovespa teve queda de 0,52%, a 111.935,86 pontos. O volume financeiro somou R$ 31,9 bilhões.

Na quinta-feira (22), o Ibovespa fechou em alta, acima dos 114 mil pontos pela primeira vez desde abril, beneficiado pelo avanço de commodities no exterior e pela decisão do Banco Central de interromper o ciclo de aumentos da Selic. O índice Ibovespa teve alta de 2,02%, a 114.200,80 pontos. O volume financeiro somou R$ 33,6 bilhões.

Na sexta-feira (23), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em queda de 2,60%, a 111.102,39 pontos. Acompanhando o clima dos mercados acionários no exterior, onde prevaleciam as preocupações com o crescimento da atividade econômica global. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 2,06%, a 111.716,00 pontos. O volume financeiro somou R$ 35,2 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (23), por volta das 12h00, o dólar registrava alta de 2,39%, cotado a R$ 5,2367 na venda. Acompanhando movimento de forte aversão a risco nos mercados financeiros internacionais conforme a perspectiva de juros crescentes nas principais economias alimentava temores de recessão. A alta do dólar era generalizada nesta sexta-feira, com praticamente todas as moedas relevantes do mundo perdendo terreno frente à divisa norte-americana. O real estava entre as unidades com pior desempenho no dia.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (23) cotado a R$ 5,2485, após um descolamento do conturbado ambiente externo nos últimos dias, o real foi engolfado nesta sexta-feira, 23, pela onda de aversão ao risco que tomou conta dos mercados mundo afora. A degringolada da economia europeia, atestada por leitura decepcionante indicadores econômicos, e a perspectiva de aperto monetário mais intenso e forte nos Estados Unidos, dado o tom duro do Federal Reserve no combate à inflação, provocou uma corrida global à moeda norte americana e deprimiu preços de commodities

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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26/09/2022