Cenário Econômico Internacional – 14/10/2022

Cenário Econômico Internacional – 14/10/2022

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Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

FMI aprova desembolso de R$ 6 bilhões para Ucrânia; PIB do país deve cair 35%

O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou o desembolso de US$ 1,3 bilhão (R$ 6,77 bilhões) para a Ucrânia sob a nova janela de choque alimentar do Instrumento de Financiamento Rápido.

Em comunicado, o organismo afirma que, mais de sete meses após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, o custo humanitário e econômico continua enorme, resultando em grandes e urgentes necessidades de financiamento fiscal e externo.

“As autoridades merecem crédito considerável por terem mantido um grau importante de estabilidade macrofinanceira nessas circunstâncias extremamente desafiadoras e solicitaram o monitoramento do programa com o envolvimento do conselho para fortalecer seu compromisso político e catalisar ainda mais o apoio dos doadores”, afirma o FMI.

Em meio ao deslocamento maciço da população e à destruição de moradias e infraestruturas essenciais, o PIB real da Ucrânia deverá contrair 35% em 2022 em relação a 2021, projeta. O desembolso (equivalente a 50% da cota da Ucrânia no FMI) “ajudará a atender às necessidades urgentes da balança de pagamentos, inclusive devido a um grande déficit nas exportações de cereais, ao mesmo tempo em que desempenha um papel catalisador para mais apoio financeiro dos credores e doadores da Ucrânia”, avalia o organismo.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu em seu Twitter o FMI e a diretora-gerente do Fundo, Kristalina Georgieva, e disse que as verbas “irão para a Ucrânia hoje”.

Chefes do Banco Mundial e do FMI veem riscos crescentes de recessão global

O presidente do Banco Mundial, David Malpass, e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disseram que há um risco crescente de recessão global, com a inflação permanecendo um problema contínuo após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

“Existe um risco e um perigo real de uma recessão mundial no próximo ano”, disse Malpass em um diálogo com Georgieva no início dos encontros anuais das duas instituições. Ele citou desaceleração do crescimento nas economias desenvolvidas e depreciação cambial em muitos países em desenvolvimento.

Georgieva disse que o FMI vê “um problema significativo” na China, a segunda maior economia do mundo, onde a volatilidade está prejudicando o crescimento.

FMI rebaixa previsão da economia global em meio a alerta de ‘nuvens de tempestade’

O Fundo Monetário Internacional está rebaixando suas perspectivas para a economia mundial para 2023, citando uma longa lista de ameaças que incluem a guerra da Rússia contra a Ucrânia, pressões inflacionárias crônicas, taxas de juros punitivas e as consequências persistentes da pandemia global.

A agência de crédito previu na terça-feira que a economia global teria um crescimento de apenas 2,7% no próximo ano, abaixo dos 2,9% estimados em julho.

O FMI deixou inalterada sua previsão para o crescimento internacional este ano – modestos 3,2%, uma forte desaceleração em relação à expansão de 6 por cento do ano passado.

“O ambiente global é frágil com nuvens de tempestade no horizonte”, afirmou o relatório.

Vulnerabilidades persistentes do mercado, liquidez apertada, inflação persistente e esforços contínuos dos Bancos Centrais em todo o mundo para aumentar as taxas para combatê-la se combinaram para criar um ambiente volátil e arriscado, afirmou o relatório.

“Com os investidores se afastando agressivamente de assumir riscos recentemente ao reavaliar suas perspectivas econômicas e políticas, existe o perigo de uma reavaliação desordenada do risco”, afirmou o relatório. “Em particular, a volatilidade e um aperto repentino nas condições financeiras podem interagir e ser amplificados por vulnerabilidades financeiras preexistentes.”

O FMI alertou que qualquer desaceleração acentuada seria sentida de forma aguda pelas economias de mercado emergentes, onde estão lidando com uma “multidão de riscos”, como altos custos de empréstimos, inflação alta e mercados de commodities voláteis.

O FMI também alertou que os spreads de crédito aumentaram substancialmente no setor corporativo e que taxas mais altas podem afetar negativamente os mercados imobiliários.

Embora os bancos nas economias avançadas pareçam ter capital e liquidez suficientes, o FMI observou que, em seu teste de estresse bancário global, até 29% dos bancos de mercados emergentes violariam seus requisitos de capital em uma recessão global severa, levando a um déficit de capital de mais de US$ 200 bilhões. Os bancos dos EUA divulgarão os lucros do terceiro trimestre a partir desta semana e devem mostrar lucros mais fracos.

O FMI reduziu sua perspectiva de crescimento nos EUA para 1,6 por cento este ano, abaixo da previsão de julho de 2,3 por cento. Ela espera um crescimento de apenas 1% nos EUA no próximo ano.

Na visão do FMI, a economia coletiva dos 19 países europeus que compartilham o euro, sofrendo com os preços de energia esmagadoramente altos causados ​​pelo ataque da Rússia à Ucrânia e pelas sanções ocidentais contra Moscou, crescerá apenas 0,5% em 2023.

Assembleia Geral da ONU condena Rússia por ‘anexação ilegal’ de terras ucranianas

A Assembleia Geral das Nações Unidas votou por maioria esmagadora para condenar a anexação de partes da Ucrânia pela Rússia depois que Moscou vetou um esforço semelhante no Conselho de Segurança.

A Assembleia Geral aprovou a resolução com 143 a favor e cinco contra, mas 35 nações se abstiveram, incluindo China, Índia, África do Sul e Paquistão, apesar de um grande esforço diplomático dos EUA para buscar uma condenação mais clara de Moscou.

A resolução “condena a organização pela Federação Russa dos chamados referendos dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia” e “a tentativa de anexação ilegal” anunciada no mês passado de quatro regiões pelo presidente Vladimir Putin.

Ele pede a todas as agências da ONU e internacionais que não reconheçam quaisquer mudanças anunciadas pela Rússia nas fronteiras e exige que Moscou “reverta imediata e incondicionalmente” suas decisões.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que a votação mostrou unidade internacional contra a Rússia e repetiu que Washington nunca reconheceria os referendos “falsos”.

A votação “é um poderoso lembrete de que a esmagadora maioria das nações está com a Ucrânia, em defesa da Carta da ONU e em oposição resoluta à guerra em curso da Rússia contra a Ucrânia e seu povo”, disse Blinken em comunicado.

A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, exortou todas as nações a enviar uma mensagem de que o mundo “não tolerará a tomada de terras de um vizinho à força”.

“Hoje é a Rússia invadindo a Ucrânia. Mas amanhã pode ser outra nação cujo território seja violado. Poderia ser você. Você poderá ser o próximo. O que você esperaria desta câmara?” ela disse.

Os EUA colocaram uma energia especial na tentativa de persuadir a África do Sul e especialmente a Índia, um parceiro americano em crescimento que tem uma relação historicamente próxima com a Rússia e também se absteve no Conselho de Segurança, onde detém um assento não permanente.

A votação foi basicamente a mesma, com mais dois votos contra a Rússia, de quando a Assembleia Geral em março condenou a invasão inicial da Ucrânia.

Bangladesh, Iraque e Senegal, que se abstiveram em março, votaram para condenar a Rússia.

A Eritreia, um dos estados mais fechados do mundo, passou de um “não” para uma abstenção, enquanto a Nicarágua, sob crescente pressão internacional sobre os direitos humanos, passou de abstenção para voto “não” ao lado apenas de Rússia, Bielorrússia, Coreia do Norte e Síria.

“A África do Sul considera sacrossanta a integridade territorial dos Estados e da Ucrânia e rejeitamos todas as ações que prejudiquem os propósitos e princípios da Carta da ONU e do direito internacional”, disse o representante da África do Sul, Mathu Joyini.

“Nós nos abstivemos na resolução porque acreditamos que o objetivo desta assembleia, de acordo com seu mandato, deve sempre ser contribuir para um resultado construtivo que conduza à criação de uma paz sustentável na Ucrânia”, disse ela.

As potências ocidentais contestam que a Rússia não está genuinamente interessada na paz, como testemunham os ataques mortais contra civis em Kiev e no oeste da Ucrânia.

A enviada da Índia, Ruchira Kamboj, disse que “todo o Sul Global sofreu um dano colateral substancial” da guerra e que “questões urgentes” não foram abordadas na resolução.

Bangladesh, explicando sua decisão de condenar a Rússia, disse que a comunidade internacional também deve se manter firme contra qualquer tentativa de Israel de anexar território palestino ocupado.

“Acreditamos firmemente que os propósitos e princípios da Carta da ONU em relação ao respeito pela soberania e integridade territorial e solução pacífica de todas as disputas devem ser cumpridos universalmente para todos, em todos os lugares, sob todas as circunstâncias”, disse o embaixador de Bangladesh, Muhammad Abdul Muhith.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (10), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, em uma sessão na qual as perspectivas para o aperto monetário pelo Federal Reserve seguem pesando para os ativos de risco. O índice Dow Jones teve queda de 0,32%, a 29.202,88 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,75%, a 3.612,39 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,04%, a 10.542,10 pontos.

Na terça-feira (11), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, as bolsas em geral oscilaram entre o quadro negativo e o misto durante o pregão, com expectativa por balanços mais para o fim da semana. Sinais da política monetária estiveram em foco, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) atualizou projeções econômicas. O índice Dow Jones teve alta de 0,12%, a 29.239,19 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,65%, a 3.588,84 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,10%, a 10.426,19 pontos.

Na quarta-feira (12), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, o dia foi de volatilidade e os índices mostraram pouco impulso, após quedas recentes, mas chegaram a subir em parte da sessão. O início da temporada de balanços esteve em foco, bem como o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e a ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve. O índice Dow Jones teve queda de 0,10%, a 29.210,85pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,33%, a 3.577,03 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,09%, a 10.417,10 pontos.

Na quinta-feira (13), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, conforme investidores digeriam um aumento maior do que o esperado nos preços ao consumidor dos Estados Unidos no mês passado que provocou temores de outro grande aumento de juros pelo Federal Reserve em sua reunião de novembro. Por volta das 13h30, o índice Dow Jones registrava alta de 1,88%, a 29.758,80 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 1,40%, a 3.627,13 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,85%, a 10.506,14 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 07.10.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (07) cotado a R$ 5,2125 com alta de 0,05%. O dólar subiu ligeiramente frente ao real nesta sexta-feira, ao fim de sessão marcada por volatilidade na esteira de dados de emprego dos Estados Unidos.

Na segunda-feira (10) – O dólar à vista registrou queda de 0,42%, cotado a R$ 5,1906 na venda. Após um início de tarde de instabilidade, em que chegou a operar pontualmente em terreno positivo, o dólar se firmou em baixa no mercado doméstico de câmbio nas últimas horas do pregão. Esse movimento se deu em meio à desaceleração dos ganhos da moeda norte-americana frente a divisas fortes e ao aprofundamento das perdas em relação a emergentes pares do real. O dólar oscilou entre R$ 5,2170 na máxima e R$ 5,1635 na mínima.

Na terça-feira (11) – O dólar à vista registrou alta de 1,57%, cotado a R$ 5,2722 na venda. Uma série de fatores internacionais, principalmente no Reino Unido, tumultuou o mercado financeiro na véspera do feriado de 12 de outubro. O dólar teve forte alta e aproximou-se de R$ 5,30. O dólar oscilou entre R$ 5,2170 na máxima e R$ 5,1635 na mínima.

Na quarta-feira (12) – O DXY mostrava sinal positivo, mas chegou a recuar em parte da manhã, após ganhos recentes. De qualquer modo, o dólar seguia apoiado pelos sinais do Fed. Presidente da distrital de Cleveland, Loretta Mester ressaltou a inflação “inaceitavelmente alta e persistente” como grande desafio e disse que é preciso continuar com o aperto monetário, a fim de conter o quadro. Além disso, ela afirmou que não prevê nenhum corte de juros para 2023.

Na quinta-feira (13) – Por volta das 13h30, o dólar operava em alta de 0,085% cotado a R$ 5,2767 na venda. Acompanhando a tendência da moeda norte-americana e dos retornos dos Treasuries, refletindo ajustes antes do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos em setembro. O indicador deve determinar se o Federal Reserve manterá o aperto de juros em 75 pontos-base ou irá desacelerar o ritmo para 50 PB.

Evans, do Fed, diz que inflação pode cair rapidamente com “pouso suave” e sem recessão

O Federal Reserve ainda pode reduzir a inflação sem um aumento acentuado do desemprego, mesmo que continue elevando a taxa de juros, disse o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, na segunda-feira (10), refutando a visão de que o Fed está conduzindo o mundo e os Estados Unidos para uma forte contração econômica.

“Acho que podemos reduzir a inflação de forma relativamente rápida, ao mesmo tempo evitando uma recessão”, disse Evans, citando “comportamento incomum” na economia que deve permitir ao Fed “desinflacionar sem um grande aumento no desemprego se navegarmos o caminho para um patamar de política monetária razoavelmente restritivo cuidadosamente e criteriosamente”.

Em comentários preparados para uma conferência da National Association for Business Economics, Evans disse que ainda vê o intervalo da taxa básica de juros subindo para “um pouco acima de 4,5% no início do próximo ano e depois permanecendo nesse nível por algum tempo”, uma perspectiva em linha com o consenso do Fed, que alguns analistas avaliam estar causando um estresse perigoso nos mercados financeiros.

Embora reconheça a volatilidade e que ele possa estar “soando bastante otimista”, Evans disse que acha que por causa de “interações incomuns” entre o mercado de trabalho e as cadeias de suprimentos, “o estresse do mercado de trabalho está tendo um efeito maior sobre a inflação do que normalmente seria o caso”.

À medida que os juros mais altos reduzem a demanda e diminuem “o calor” nos mercados de trabalho, Evans disse que a mesma dinâmica deve permitir que a inflação caia “sem ter que gerar uma quantidade excessiva de hiato na economia” na forma de desemprego mais alto.

As projeções atuais do Fed mostram a taxa de desemprego subindo quase um ponto percentual, para 4,4% até o final do próximo ano, de 3,5% em setembro, enquanto a medida favorita de inflação do Fed deve cair para 2,8%, ante atuais 6,2% (até agosto), um movimento substancial em direção à meta de 2% do Banco Central.

Evans chamou isso de “um pouso suave de aparência bastante boa”.

O Fed elevou sua taxa de juros de quase zero em março para um intervalo entre 3 e 3,25%, após um aumento recente de 75 pontos-base em um esforço rápido para restringir o crédito e desacelerar a demanda. As autoridades devem aprovar outro aumento de 75 pontos-base em sua reunião de 1 a 2 de novembro.

Sites de vários aeroportos dos EUA ficam offline após ataque de hackers de língua russa

Os sites de mais de uma dúzia de aeroportos nos Estados Unidos pareciam inacessíveis na manhã de segunda-feira (10) depois de terem sido alvos de hackers de língua russa, informou a CNN.

As viagens aéreas não foram afetadas pelo incidente, embora algumas pessoas que procuram informações sobre viagens possam ter sido incomodadas.

“Obviamente, estamos rastreando isso e não há preocupação com a interrupção das operações”, disse o chefe de gabinete da Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura dos EUA, Kiersten Todt, em uma conferência de segurança em Sea Island, Geórgia, na segunda-feira (10).

Os 14 sites incluem o do Aeroporto Internacional Hartsfield-Jackson Atlanta.

O site do Aeroporto Internacional de Los Angeles apareceu offline por um tempo, mas foi restaurado pouco antes das 9h, horário do leste dos EUA.

O grupo de hackers conhecido como “Killnet” listou vários aeroportos dos EUA como alvos.

Ele intensificou a atividade para atingir organizações nos países da OTAN depois que a Rússia invadiu a Ucrânia no final de fevereiro.

Os “hacktivistas” são politicamente motivados a apoiar o Kremlin, mas os laços com Moscou são desconhecidos.

Na semana passada, o grupo reivindicou a responsabilidade por desativar os sites dos governos estaduais dos EUA.

Killnet é acusado de tornar brevemente um site do Congresso dos EUA inoperante em julho e de ataques cibernéticos a organizações na Lituânia depois que o país bloqueou o envio de mercadorias para o enclave russo de Kaliningrado em junho.

O grupo geralmente inunda os servidores de computador com tráfego falso da Web para derrubá-los, um método conhecido como “negação de serviço distribuído”.

Fernández faz novas trocas ministeriais na Argentina para aplacar crise

Em uma tentativa de encontrar uma direção em meio às disputas internas no partido governista e à crescente tensão social, o presidente argentino Alberto Fernández ordenou uma nova reforma do gabinete de ministros, que inclui as pastas do Trabalho, Desenvolvimento Social e da Mulher.

Fernández escolheu funcionárias do sexo feminino para ocupar os ministérios. Victoria Tolosa Paz, deputada do partido governista Frente de Todos próxima ao presidente, será a nova ministra do Desenvolvimento Social, enquanto Raquel Olmos e Ayelén Mazzina, chefiarão o Trabalho e Mulheres, Gênero e Diversidade ministros, respectivamente.

As pastas ficaram vazias nos últimos três dias em um novo capítulo dos altos e baixos que sacodem periodicamente o governo de Fernández, um peronista que chegou ao poder no final de 2019. A modificação ministerial, anunciada em comunicado da presidência, é mais uma das que ocorreram durante o último ano no quadro das divergências do presidente com a vice e ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner (2007-2015) no rumo da gestão diante de enormes desafios, como a aceleração inflação e pobreza crescente.

CEO do JPMorgan diz que ventos contrários devem levar EUA a uma recessão em 6 a 9 meses

O CEO do JPMorgan Chase Jamie Dimon disse a Julianna Tatelbaum da CNBC na segunda-feira que uma combinação “muito, muito séria” de ventos contrários provavelmente levará os EUA e a economia global a uma recessão em seis a nove meses.

Embora Dimon tenha dito que a economia dos EUA “na verdade ainda está indo bem” no momento, e os consumidores provavelmente estarão em melhores condições em comparação com a crise financeira global, ele acrescentou que “você não pode falar sobre a economia sem falar sobre coisas no futuro, e isso é coisa séria.”

Dimon apontou para sinais de alerta, como inflação crescente, taxas de juros subindo mais do que o previsto, os impactos desconhecidos da flexibilização quantitativa e a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Ele acrescentou: “Estas são coisas muito, muito sérias que eu acho que provavelmente empurrarão os EUA e o mundo – quero dizer, a Europa já está em recessão – e provavelmente colocarão os EUA em algum tipo de recessão de seis a nove meses a partir de agora.”

Ecoando comentários recentes de Jeremy Siegel, professor de finanças da Wharton School da Universidade da Pensilvânia, Dimon argumentou que o Fed “esperou demais e fez muito pouco” quando a inflação subiu para um pico de quatro décadas, e que agora eles estão ” claramente se recuperando.”

Comentando sobre a possível recessão, Dimon afirmou que poderia “passar de muito leve a bastante difícil”, enquanto muito dependerá do que acontece com a guerra Rússia-Ucrânia.

Quando a CNBC perguntou a Dimon sobre o S&P 500, ele afirmou que ainda poderia cair “outros 20% fáceis” em relação aos níveis atuais, com “os próximos 20% seriam muito mais dolorosos do que os primeiros”.

Venezuela perde cadeira no Conselho de Direitos Humanos da ONU

A Venezuela perdeu, na terça-feira (11), seu assento no Conselho de Direitos Humanos da ONU após não conseguir se reeleger entre os membros das Nações Unidas. O país, governado por uma ditadura acusada de violar direitos individuais básicos, fazia parte do órgão há três anos.

Em seu lugar, foram eleitos Chile e Costa Rica. Ao todo, 14 assentos estavam em disputa na terça-feira (11), de um total de 47 membros. As candidaturas são divididas por regiões, e a Venezuela tentava se reeleger pela América Latina e Estados caribenhos. Santiago obteve 144 votos, San José 134 e Caracas 88.

O presidente chileno, Gabriel Boric, comemorou a entrada de seu país no órgão e disse que se trata de uma “excelente notícia”. O conselho é responsável por fortalecer a promoção e a proteção dos direitos humanos em todo o mundo e por abordar situações de violações. As investigações ordenadas geralmente são usadas posteriormente em tribunais nacionais e internacionais, como no caso de um ex-oficial de inteligência sírio condenado em janeiro na Alemanha por tortura.

O Brasil é membro do conselho desde 2016, mas seu mandato se encerra neste ano, sem a possibilidade de pleitear mais uma reeleição. O país se absteve na semana passada da discussão sobre a designação de um relator especial para apurar violações de direitos humanos na Rússia -ao fim, porém, a moção foi aprovada pelos demais países.

A derrota da Venezuela murcha ainda mais a influência de Moscou no órgão. A Rússia já havia sido banida do conselho em abril após uma campanha dos EUA e de potências ocidentais contra as ações do Kremlin na Guerra da Ucrânia. Outro aliado de Caracas a ser prejudicado com a derrota é a China, que recentemente assistiu à ONU apontar crimes de Pequim contra os uigures, minoria muçulmana que ocupa a região de Xinjiang, no oeste do país.

Leitura de inflação da Argentina pode estimular nova alta de juros, diz fonte

O Banco Central da Argentina discute um novo aumento do que já é uma das taxas de juros mais altas do mundo, disse uma fonte próxima ao banco à Reuters, em ajuste que pode ser desencadeado por dados de inflação previstos para o final desta semana.

O banco, que elevou sua taxa básica de juros para 75% no mês passado, não descartou um novo aumento, disse a fonte, para ajudar a conter o salto dos preços. Uma pesquisa recente do Banco Central previu uma inflação anual superior a 100%, com perspectiva de avanço de quase 7% em setembro.

“Os dados oficiais de inflação (para setembro) serão conhecidos na sexta-feira e nesse mesmo dia não se pode descartar que a taxa de juros será aumentada novamente”, disse um assessor do Banco Central, que pediu para não ser identificado, pois as discussões são privadas.

“A ideia seria fazer os retornos positivos em relação à trajetória dos preços.”

Em um recente relatório de política monetária, o Banco Central argentino disse que continuará “a ajustar as taxas de juros para mantê-las em território positivo em termos reais” com base na situação macroeconômica.

Preços ao produtor dos EUA sobem mais que o esperado em setembro

Preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos subiram mais que o esperado em setembro em meio a fortes altas nos custos de serviços e bens, sugerindo que a inflação no país pode permanecer desconfortavelmente alta por um tempo.

O índice de preços ao produtor para a demanda final subiu 0,4% no mês passado, disse o Departamento do Trabalho na quarta-feira (12). Dados de agosto foram revisados para baixo e mostraram o indicador PPI caindo 0,2% em vez de recuando 0,1% como relatado anteriormente. Nos 12 meses até setembro, o PPI tem alta de 8,5% após avançar 8,7% até agosto. Economistas consultados pela Reuters previam aumento do PPI em 0,2% e subindo 8,4% ano-a-ano.

A moderação da inflação anual ao produtor está sendo impulsionada por uma flexibilização nos gargalos da cadeia de suprimentos, bem como um recuo nos preços das commodities ante pico observado na primavera. Mas o repasse disso aos preços ao consumidor tem sido marginal.

Os preços do petróleo e da gasolina provavelmente atingiram o fundo após a decisão da semana passada da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep +) de cortar a produção de petróleo.

Dados na quinta-feira devem mostrar os preços ao consumidor subindo em setembro, de acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas, selando o caso para o Federal Reserve aumentar as taxas de juros em 75 pontos base no próximo mês pela quarta vez este ano.

Os mercados financeiros praticamente precificaram um aumento da taxa desta magnitude na reunião do Fed de 1 a 2 de novembro, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.

Desde março, o Fed elevou a taxa básica de juros dos Estados Unidos de quase zero para a faixa atual de 3,00% a 3,25%.

Excluindo preços voláteis como serviços de alimentação e energia, os preços ao produtor também subiram 0,4% em setembro. O chamado núcleo PPI subiu 0,2% em agosto.

Nos 12 meses até setembro, o núcleo do PPI subiu 5,6% após um aumento semelhante até agosto.

Fed: ata enfatiza riscos de alta na inflação e reforça promessa de alta nos juros

O Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) mostra, na ata da última reunião publicada, que continua a avaliar que a inflação nos Estados Unidos está “elevada”, diante de fatores como desequilíbrios entre a oferta e a demanda, os preços de energia e outras pressões mais amplas sobre os preços. Nesse contexto, o documento menciona que mais altas nos juros “continuam a ser apropriadas” nas próximas reuniões do BC, a fim de levar a inflação de volta à meta de 2%.

Os riscos à perspectiva de inflação “estavam voltados para cima”, diz o documento. Alguns dirigentes notaram que tensões no mercado de trabalho, uma nova rodada de altas nos preços de energia globais, problemas em cadeias produtivas e um maior repasse de avanço nos salários para os preços seriam choques potenciais, que, caso se materializem, “poderiam compor um problema já desafiador para a inflação”. Vários participantes comentaram que uma espiral entre salários e preços ainda não ocorreu, “mas citaram seu possível surgimento como um risco”.

Os dirigentes acreditam, de qualquer modo, que as expectativas de inflação no mais longo prazo “continuam bem ancoradas”, e ressaltaram que a postura de aperto do Fed deve contribuir para manter esse quadro.

A ata ainda mostra que alguns dirigentes comentaram que um período mais prolongado de inflação elevada aumentaria o risco de desancoragem nas expectativas de inflação, tornando muito mais custoso contê-la.

O documento também destaca os efeitos da guerra na Ucrânia. Segundo a ata, esse conflito provoca mais riscos de alta à inflação. O Fed ressalta que está atento a esses riscos.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (10), as bolsas europeias fecharam em queda, a deterioração do sentimento de risco se deve à renovação dos temores em meio a uma nova ofensiva da Rússia na Ucrânia, enquanto as preocupações com a possibilidade de recessão continuam, em meio a comentários hawkish de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,40%, a 390,12 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,45%, a 5.840,55 pontos. Em Frankfurt o índice DAX fechou estável, a 12.272,94 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,78%, a 5.313,11 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,31%, a 7.413,50 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,45%, a 6.959,31 pontos.

Na terça-feira (11), as bolsas europeias fecharam em queda, com a continuidade da deterioração do sentimento de risco, em meio a novos temores de recessão na economia global, diante da escalada da guerra na Ucrânia e do aperto monetário pelos Bancos Centrais ao redor do mundo. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,56%, a 387,95 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,13%, a 5833,20 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,43%, a 12220,25 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,46%, a 5288,80 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,75%, a 7357,90 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,06%, a 6885,23 pontos.

Na quarta-feira (12), as bolsas europeias fecharam em queda, investidores monitoraram sinalizações do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) e do Banco Central Europeu (BCE), além de indicadores. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,53%, a 385,88 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,25%, a 5.818,47 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,39%, a 1.172,26 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,86%, a 5.190,28 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,05%, a 7.278,40 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,86%, a 6.826,15 pontos.

Na quinta-feira (13), as bolsas europeias fecharam em alta, a abertura foi negativa, mas houve ganho de fôlego, com recuperação após perdas recentes. De qualquer modo, a inflação elevada e a consequente expectativa de aperto monetário para conter os preços continuavam em foco, contendo o impulso das ações. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,91%, a 389,40 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,04%, a 5.879,19 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,51%, a 12.355,58 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,23%, a 5.253,96 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,21%, a 7.348,80 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,35%, a 6.850,27 pontos.

Confiança dos investidores da zona do euro cai pelo 3º mês consecutivo, diz Sentix

A confiança dos investidores da zona do euro caiu pelo terceiro mês consecutivo em outubro, para seu nível mais baixo desde maio de 2020, sinalizando uma profunda recessão para o bloco monetário de 19 países, mostrou uma pesquisa na segunda-feira (10).

O índice Sentix para a zona do euro caiu para -38,3 pontos em outubro, ante -31,8 em setembro, abaixo das expectativas de analistas consultados pela Reuters para uma leitura de -34,7.

O índice de expectativas também caiu de -37,0 para -41,0, atingindo seu valor mais baixo desde dezembro de 2008, o auge da crise financeira após o colapso do Lehman Brothers.

O índice sobre a situação atual na zona do euro também caiu, recuando para -35,5 em outubro, ante -26,5 em setembro, e atingindo seu menor nível desde agosto de 2020.

“As incertezas em curso sobre a situação de gás e energia no inverno não diminuíram devido ao ataque aos gasodutos Nordstream”, disse o diretor administrativo da Sentix, Manfred Huebner, em comunicado.

“Além das preocupações econômicas, agora há também uma probabilidade crescente de escalada do conflito militar na Ucrânia. Globalmente, há poucas razões para esperança.”

A pesquisa com 1.331 investidores foi realizada entre 6 e 8 de outubro, disse o Sentix.

Knot, do BCE, diz que alertas de inflação ainda não estão precificados

O membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), Klaas Knot, disse na segunda-feira (10) que os mercados parecem estar subestimando o risco de que a inflação seja maior do que as previsões mostram.

Knot disse que há uma chance significativa de a inflação em 2024 ser maior do que os 2,3% pelos quais o BCE tem se orientado, mas que os mercados parecem ainda não ter precificado esse risco.

“O BCE disse repetidamente que os riscos para as perspectivas de inflação estão inclinados para cima”, disse Knot a repórteres. “Mas não sei quanta atenção é dada a esse aviso.”

Knot disse que o apoio do governo às famílias para ajudar com o aumento dos preços de energia pode alimentar a inflação nos próximos anos.

“Se o apoio dado na Alemanha e na Holanda se tornar o padrão, a inflação e a taxa de juros vão subir ainda mais”, disse o presidente do Banco Central holandês.

A Alemanha foi criticada na semana passada por outros países da União Europeia por anunciar um pacote de cerca de 200 bilhões de euros para proteger os consumidores do aumento dos custos de energia em 2023 e 2024.

Um plano holandês de gastar cerca de 23 bilhões de euros em um teto de preço de energia no próximo ano equivale a aproximadamente o mesmo valor per capita.

Knot disse que está claro que o BCE anunciará um aumento significativo dos juros novamente em sua reunião no final do mês.

Greve em refinarias na França continua e postos com problemas crescem

Quase um terço dos postos de gasolina da França estavam enfrentando dificuldades de abastecimento no domingo, acima dos 21% do dia anterior, disse o gabinete do ministro da Energia, enquanto as greves em algumas das principais refinarias do país continuam.

A França liberou mais reservas estratégicas e aumentou as importações, disse a ministra da Energia, Agnes Pannier-Runacher, em comunicado, acrescentando: “Esses volumes adicionais devem permitir que a situação melhore ao longo do dia na segunda-feira (10).”

Eleições regionais na Alemanha mostram crescimento da direita e servem de termômetro do governo Scholz

A Baixa Saxônia, que fica no noroeste da Alemanha, passou por eleições regionais no domingo (09). As votações foram esperadas no país como um termômetro da aprovação popular do governo do chanceler Olaf Scholz.

Apesar da crise energética, da inflação e da impopularidade de Scholz, o Partido Social-Democrata (SPD), do qual faz parte o chanceler, conquistou o maior percentual de votos (33,5%) nessa que é a segunda maior região do país.

Já o partido de centro-direita União Democrata-Cristã (CDU), da ex-chanceler Angela Merkel, atingiu 27,5%, de acordo com os canais locais ARD e ZDF. No entanto, esses dois partidos em coalizão desde 2013 concentraram menos eleitores do que nas últimas votações na região.

Esses votos teriam sido redirecionados para o partido de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que conseguiu o dobro do percentual de 2017, alcançando 12%.

Banco da Inglaterra anuncia mais medidas para ajudar fundos de pensão do país

O Banco da Inglaterra anunciou mais medidas para ajudar os fundos de pensão que foram afetados pela forte desvalorização dos títulos governamentais britânicos nas últimas semanas.

A instituição, que levou a cabo um programa de liquidez de 65 bilhões de libras esterlinas para manter o mercado de “gilts” em funcionamento no fim de setembro, declarou que aumentará o limite diário dos leilões através dos quais vem comprando os títulos nas últimas semanas.

O banco tem sido moderado até agora nas aquisições, adquirindo apenas 5 bilhões de um volume possível de 40 bilhões em “gilts”. As aquisições aumentaram a oferta monetária no Reino Unido, dificultando a tarefa de reduzir a inflação no país, que gira em torno de 10% atualmente.

Além disso, o banco ressaltou que fará a substituição do atual programa emergencial por uma nova linha de crédito que dará mais liquidez ao mercado, em vez de simplesmente criá-la por meio da compra de títulos.

Conhecido pela sigla TECRF, o programa ampliará as garantias que os bancos precisam fornecer para acessar os fundos do Banco Central.

Com isso, serão fornecidas mais opções para as instituições que precisam de liquidez. O Banco Central continuará realizando operações de recompra de títulos indexados de longo prazo toda terça-feira, e sua nova linha permanente de recompra de papéis de curto prazo, lançada nesta semana, oferece uma quantidade ilimitada de reservas pela taxa básica toda quinta-feira.

A demanda bancária por liquidez subiu drasticamente nas últimas semanas, na medida em que muitos fundos de pensão precisaram aumentar as margens de contratos derivativos usados em estratégias conhecidas como “investimento baseado em passivo”.

Essas operações ganharam popularidade como uma forma de os fundos de pensão impulsionarem seus retornos com baixo risco, em um ambiente com taxas de juros ultrabaixas, e ganharam proeminência após o “miniorçamento” anunciado pelo ministro da economia, Kwasi Kwarteng, o qual provocou a forte desvalorização da libra esterlina e dos “gilts”, além de elevar drasticamente as margens para manter os “hedges” (proteções) dessas estratégias.

O banco declarou, no comunicado, que “continuará trabalhando com as autoridades e órgãos reguladores do Reino unido, a fim de garantir que o setor tenha uma operação mais robusta no futuro”.

Rússia está aberta à diplomacia, diz Ministério das Relações Exteriores

A Rússia está aberta à diplomacia, mas o incentivo de Washington ao “humor belicoso” da Ucrânia complica os esforços diplomáticos para resolver o conflito, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova.

“Repetimos mais uma vez especialmente para o lado americano: as tarefas que estabelecemos na Ucrânia serão resolvidas”, escreveu Zakharova no site do ministério.

“A Rússia está aberta à diplomacia e as condições são bem conhecidas. Quanto mais tempo Washington encorajar o humor belicoso de Kiev e encorajar, em vez de impedir, os empreendimentos terroristas dos sabotadores ucranianos, mais difícil será a busca de soluções diplomáticas”.

Presidente do Banco Central britânico diz que fundos de pensão têm 3 dias para reequilibrar posições

O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, disse aos gestores de fundos de pensão que terminem de reequilibrar suas posições até sexta-feira (14), quando o Banco Central britânico deve encerrar seu programa de apoio emergencial para o frágil mercado de títulos do país.

“Anunciamos que encerraremos até o final desta semana. Achamos que o reequilíbrio deve ser feito”, afirmou Bailey em um evento organizado pelo Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), em Washington.

“E minha mensagem para os fundos envolvidos e todas as empresas envolvidas na gestão desses fundos: você tem três dias restantes agora. Vocês precisam concluir isso”.

Mais cedo, a Associação de Pensões e Poupança britânica, um órgão do setor, pediu ao BoE que estenda seu programa de compra de títulos até 31 de outubro “e possivelmente além”.

Mas Bailey enfatizou que o programa era parte das operações de estabilidade financeira do Banco Central, não uma ferramenta de política monetária, e tinha que ser temporário.

O BoE expandiu sua compra de títulos nesta terça-feira para incluir dívidas indexadas à inflação, quase duas semanas depois de lançar o programa para ajudar os fundos a lidar com uma queda nos preços dos títulos, desencadeada pelo anúncio de cortes de impostos não financiados pelo novo governo da primeira-ministra britânica, Liz Truss.

“As coisas pareciam mais calmas novamente hoje”, disse Bailey, referindo-se às condições do mercado de títulos governamentais. “Vamos ver.”

Presidente da Ucrânia diz que precisa de mais apoio financeiro

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que o aumento do apoio financeiro de doadores internacionais ajudará a acabar com a guerra contra a Rússia mais rapidamente e citou necessidade de 38 bilhões de dólares para fechar o déficit orçamentário estimado para o próximo ano.

“Quanto mais assistência a Ucrânia receber agora, mais cedo terminaremos a guerra russa e mais cedo e com mais segurança garantiremos que uma guerra tão cruel não se espalhe para outros países”, disse Zelenskiy em discurso durante reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial em Washington.

Na reunião, Zelenskiy também afirmou que a Ucrânia precisa de 17 bilhões de dólares para reconstrução de infraestrutura crítica e que está buscando junto ao FMI um novo programa de auxílio financeiro orçado em até 20 bilhões de dólares.

O premiê ucraniano, Denys Shmyhal, afirmou na reunião que a Ucrânia precisará de 55 bilhões de dólares em financiamento externo em 2023. Shmyhal também pediu o confisco de centenas de bilhões de dólares em ativos russos atualmente congelados.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (10), as bolsas asiáticas fecharam em queda, após os EUA endurecerem regras de exportação de chips para a China e Wall Street sofrer novo tombo, no fim da semana passada, com a perspectiva de mais aumentos de juros. Na China continental, os mercados retornaram de um feriado de uma semana com perdas não apenas no setor de eletrônicos como também no de consumo e turismo, uma vez que os gastos de turistas durante a chamada “Golden Week” foram contidos. O índice Xangai teve queda de 1,66%, a 2.974,15 pontos. O índice japonês Nikkei não teve operações devido a um feriado. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,95%, a 17.216,66 pontos. O índice CSI300 teve queda de 2,21%, a 3.720,94 pontos.

Na terça-feira (11), as bolsas asiáticas fecharam mistas, à medida que um tombo de ações de tecnologia pesou nos negócios. O índice Xangai teve alta de 0,19%, a 2.979,79 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 2,64%, a 26.401,25 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,23%, a 16.832,36 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,18%, a 3.727,69 pontos.

Na quarta-feira (12), as bolsas asiáticas fecharam mistas, com os negócios no Japão e Hong Kong sendo mais afetados pelos mercados internacionais e Coreia do Sul e China por questões locais. O índice Xangai teve alta de 1,53%, a 3.025,51 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,02% a 26.396,83 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,8% a 16.701,03 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,52%, a 3.784,31 pontos.

Na quinta-feira (13), as bolsas asiáticas fecharam em queda, à medida que investidores demonstraram cautela antes de novos dados de inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, que podem levar a mais aumentos de juros agressivos nos EUA. O índice Xangai teve queda de 0,30%, a 3.016,36 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,60%, a 26.237,42 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,87%, a 16.389,11 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,84%, a 3.752,67 pontos.

Coreia do Norte confirma testes de mísseis nucleares para ‘eliminar’ inimigos

A Coreia do Norte disse na segunda-feira (10) que seus recentes lançamentos de mísseis são testes de suas armas nucleares táticas para “atingir e eliminar” potenciais alvos sul-coreanos e norte-americanos, informou a mídia estatal na segunda-feira (10).

O líder Kim Jong Un sinalizou que realizará testes mais provocativos nas próximas semanas.

A declaração do Norte, divulgada no 77º aniversário do Partido dos Trabalhadores, é vista como uma tentativa de reforçar uma unidade pública por trás de Kim enquanto ele enfrenta dificuldades econômicas relacionadas à pandemia, uma ameaça à segurança representada pela aliança militar EUA-Coreia do Sul. e outras dificuldades.

“Através de sete exercícios de lançamento das unidades de operação nuclear tática, as reais capacidades de guerra, disse a agência oficial coreana de notícias”.

A KCNA disse que os testes de mísseis foram em resposta aos recentes exercícios navais entre as forças norte-americanas e sul-coreanas, que envolveram o porta-aviões USS Ronald Reagan, movido a energia nuclear.

Vendo os exercícios como uma ameaça militar, a Coreia do Norte decidiu encenar “a simulação de uma guerra real” para verificar e melhorar sua dissuasão de guerra e enviar um aviso aos seus inimigos, disse a KCNA.

A Coreia do Norte considera os exercícios militares dos EUA e da Coreia do Sul como um ensaio de invasão, embora os aliados tenham dito firmemente que são de natureza defensiva. Desde a posse em maio de um governo conservador em Seul, os militares dos EUA e da Coreia do Sul vêm expandindo seus exercícios, que haviam sido reduzidos anteriormente devido à pandemia e à diplomacia nuclear agora adormecida entre Pyongyang e Washington.

Os lançamentos, todos supervisionados por Kim, incluíram um míssil balístico com capacidade nuclear lançado sob um reservatório no Nordeste; outro míssil balístico também simulando o carregamento de ogivas nucleares táticas projetadas para atingir o aeródromo sul-coreano; e um novo tipo de míssil balístico terra-terra que sobrevoou o Japão, informou a KCNA.

Kim disse que os lançamentos foram “um aviso óbvio” para a Coreia do Sul e os Estados Unidos, informando-os sobre a postura de resposta nuclear da Coreia do Norte e as capacidades de ataque, disse a KCNA.

Índia afirma que vai continuar comprando petróleo da Rússia apesar da guerra

O ministro indiano do Petróleo e do Gás, Hardeep Singh Puri, declarou que seu país continuará comprando petróleo russo. Ele alegou que, apesar das tensões ligadas à guerra contra a Ucrânia, garantir a segurança energética da Índia é seu dever. As declarações foram feitas após os membros da Organização dos países exportadores de petróleo (Opep+) anunciarem que pretendem reduzir a sua produção.

Ao ser questionado por jornalistas sobre assunto durante uma viagem a Washington, Hardeep Singh Puri foi categórico: “Alguém nos pediu para parar de comprar petróleo russo? Não. E nós não vamos parar de comprar”, disse o ministro indiano do Petróleo e do Gás.

As declarações são feitas na esteira de uma afirmação do ministro indiano das Relações Exteriores, Subrahmanyam Jaishankar, que disse recusar que a guerra na Ucrânia afete a população da Índia.

Hardeep Singh Puri também lembrou que as importações de petróleo de seu país são bem inferiores ao consumo dos ocidentais. “O que a Europa compra em uma tarde, nós compramos em um trimestre”, comparou o ministro, ressaltando que apenas 0,2% do petróleo consumido na Índia vem da Rússia.

O ministro indiano do Petróleo e do Gás também reagiu à decisão dos 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) de reduzir dois milhões de barris de sua produção diária. Singh Puri se mostrou confiante sobre a capacidade da Índia para conter a inflação dos preços do petróleo.

As declarações são uma forma de tranquilizar a população, que há meses já paga por um litro de petróleo cerca de 80 rúpias (equivalente a R$ 5), preço extremamente alto para o nível de vida na Índia.

Vendas de automóveis na China crescem 21,5% na comparação anual de setembro

As vendas no varejo de automóveis de passageiros na China cresceram 21,5% em setembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, à medida que os problemas de logística e cadeia de suprimentos se estabilizaram após o lockdown para conter a Covid-19 no início deste ano.

Fabricantes e revendedores de automóveis venderam 1,92 milhão de carros no varejo, 2,8% a mais em setembro do que em agosto, segundo dados divulgados pela Associação de Carros de Passageiros na China, divulgados na terça-feira (11).

O crescimento de agosto a setembro foi o menor dos últimos 20 anos, disse o secretário-geral da associação, Cui Dongshu. A recuperação da baixa temporada de agosto foi menor do que a esperada e é um indicativo de fraqueza relativa no mercado, disse Cui.

As fábricas de automóveis produziram 2,36 milhões de veículos de passageiros em setembro, um aumento de 37% em relação ao ano passado. Cerca de 44.000 veículos híbridos elétricos ou plug-in foram exportados da China no mês passado, liderados pela SAIC Motors, BYD, e Tesla China.

Japão reabre ao turismo após mais de dois anos fechado devido à pandemia

O Japão reabriu as portas ao turismo na terça-feira (11) após dois anos e meio de duras restrições devido à Covid-19, e as autoridades esperam a chegada de visitantes atraídos por um iene barato, o que ajudará a sustentar a economia.

Na madrugada de terça-feira (11), chegaram turistas de Israel, França e Reino Unido.

“É um sonho muito, muito longo tornado realidade”, disse Adi Bromshtine, uma aposentada de 69 anos que chegou ao aeroporto de Haneda, em Tóquio, vindo de Israel. “Planejamos antes da Covid e estávamos esperando”, disse ela à AFP.

Itay Galili, um estudante de 22 anos, disse que monitorou de perto as notícias para saber quando as fronteiras serão reabertas.

“Assim que soube que iam reabrir no dia 11, comecei a planejar. As passagens eram caras, mas nenhum preço é muito alto”, disse à AFP.

O Japão fechou suas fronteiras no início da pandemia e impediu inclusive o retorno de residentes estrangeiros. A partir desta terça, a entrada sem visto para visitantes de 68 países e territórios foi retomada.

Entre as exigências que ainda vigoram está a obrigatoriedade de estar vacinado ou apresentar teste negativo de Coronavírus três dias antes de viajar.

O Japão recebeu um recorde de 31,9 milhões de visitantes estrangeiros em 2019, mas o número caiu para 250.000 em 2021.

Uma novidade para os turistas estrangeiros será a desvalorização da moeda local, o iene, avaliado em cerca de 145 por dólar, patamar não visto em duas décadas.

O governo já interveio uma vez para fortalecer a moeda, e o primeiro-ministro Fumio Kishida citou a fraqueza do iene como um fator que ele espera que ajude a atrair turistas.

China priorizou interesse nacional nos últimos 5 anos, diz Partido Comunista

O Partido Comunista da China disse na quarta-feira (12) que “priorizou os interesses nacionais” e exibiu “espírito de luta” nos últimos cinco anos, no reconhecimento mais explícito até agora de que colocou fatores domésticos em primeiro lugar nas relações com outros países.

Observadores disseram que esta afirmação sobre a política externa, durante uma reunião do partido em uma revisão da diplomacia sob a liderança do presidente Xi Jinping, é um sinal claro de que a China continuará a ser assertiva diante da expectativa de que Xi renove mandato este mês.

O Comitê Central do partido fez o pronunciamento durante a sétima plenária, informou a agência de notícias estatal Xinhua na quarta-feira (12).

O congresso de quatro dias marca a última reunião antes de remodelação da liderança que começa no domingo.

O partido “priorizou os interesses nacionais e colocou política interna em primeiro lugar, manteve a paciência estratégica, mostrou espírito de luta, lutou para salvaguardar a dignidade nacional e interesses essenciais”, informou a Xinhua.

Segundo a Xinhua, o partido conta entre suas conquistas sua “gestão adequada” dos riscos e desafios trazidos pela guerra na Ucrânia, a “luta contínua contra separatismo e interferência estrangeira” e a implementação rigorosa de freios sobre a Covid.

A China denunciou o que vê como intromissão ocidental em Hong Kong, uma ex-colônia britânica que retornou ao domínio chinês em 1997, e enfatizou suas reivindicações territoriais sobre Taiwan.

O Comitê Central, composto por cerca de 360 ​​líderes do partido, votaram por aprovar um relatório que Xi apresentará durante o Congresso sobre um projeto de emenda à constituição do partido. As mudanças serão reveladas no Congresso.

Incerteza cerca as assembleias estaduais da Malásia após a dissolução do parlamento federal

Vários dias após a dissolução do parlamento da Malásia, a incerteza envolve o status das assembleias estaduais.

O parlamento federal foi dissolvido na segunda-feira (10), mas até o meio-dia de quinta-feira (12), nenhuma das assembleias estaduais foi dissolvida para abrir caminho para que as eleições em ambos os níveis sejam realizadas simultaneamente.

Durante seu discurso televisionado anunciando a dissolução do parlamento, o primeiro-ministro interino Ismail Sabri Yaakob instou todas as assembleias estaduais, exceto quatro delas, a buscar a dissolução.

“Encorajo todos os governos estaduais, exceto os governos de Sabah, Sarawak, Johor e Melaka, a dissolver suas respectivas assembleias estaduais na mesma data da eleição geral em nível federal, embora alguns estados tenham decidido não dissolver”, disse ele.

“É preferível que (as eleições estaduais e nacionais) sejam realizadas ao mesmo tempo para que as pessoas não sejam sobrecarregadas e para garantir que o processo de democracia corra bem e os custos sejam reduzidos”, acrescentou Ismail Sabri.

Com exceção de Sarawak, as eleições nacionais e estaduais geralmente são realizadas simultaneamente na Malásia.

Por enquanto, as assembleias estaduais de Sabah, Sarawak, Johor e Melaka estão fora da equação, pois as pesquisas foram realizadas recentemente.

Estados sob Pakatan Harapan (PH) e Parti Islam Se-Malaysia (PAS) haviam indicado anteriormente que as eleições estaduais só seriam realizadas no próximo ano.

Japão pronto para tomar medidas apropriadas sobre o iene volátil

O Japão está pronto para tomar as medidas apropriadas contra o excesso de volatilidade no mercado de câmbio e está observando os movimentos da moeda com grande senso de urgência, disse o principal porta-voz do governo, Hirokazu Matsuno, na quinta-feira (13).

As autoridades japonesas entraram no mercado de câmbio no mês passado, vendendo o dólar e comprando o iene pela primeira vez em 24 anos. Os mercados estão à procura de pistas sobre se irão intervir novamente e o momento potencial.

“Não vou comentar os movimentos do mercado no dia-a-dia, mas estamos acompanhando de perto com grande senso de urgência”, disse Matsuno a repórteres.

“Tomaremos as medidas apropriadas em movimentos em excesso.”

Matsuno recusou-se a comentar uma declaração emitida pelos líderes financeiros do Grupo dos Sete na quarta-feira, na qual eles reiteraram que movimentos excessivos da taxa de câmbio eram indesejáveis.

O dólar estava sendo negociado perto de 147 ienes, aproximando-se de uma alta de 147,64 registrada em agosto de 1998. As autoridades japonesas intervieram para sustentar o iene quando ele tocou 145,90 por dólar.

A intervenção cambial é cara e pode não influenciar o valor do iene no enorme mercado global de câmbio. Os investidores também duvidam da eficácia da intervenção, uma vez que a força do dólar foi impulsionada por diferenciais de taxas de juros devido a políticas monetárias americanas e japonesas amplamente divergentes.

Atas da reunião de política monetária do Federal Reserve no mês passado mostraram que as autoridades concordaram que precisavam aumentar as taxas de juros para um nível mais restritivo para cumprir sua meta de reduzir a inflação “ampla e inaceitavelmente alta”.

As autoridades japonesas gastaram 2,8 trilhões de ienes (US$ 19,2 bilhões) para intervir no mercado de câmbio e comprar ienes no mês passado.

Produção industrial da Arábia Saudita aumenta 16,8% em agosto

O Índice de Produção Industrial da Arábia Saudita aumentou 16,8% em agosto em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o último relatório da Autoridade Geral de Estatística.

O crescimento do IPI foi impulsionado principalmente pela alta produção nos três subsetores, mineração e pedreiras, manufatura e fornecimento de eletricidade e gás, mostraram dados oficiais.

O crescimento do IPI tornou-se positivo em maio de 2021, e vem crescendo continuamente desde então. Isso ocorre após tendências negativas testemunhadas durante 2019 e 2020 devido aos impactos da pandemia.

O IPI é um indicador econômico que reflete as variações relativas no volume da produção industrial, segundo o GASTAT.

De acordo com o relatório, a mineração e pedreiras cresceram 15,5% em agosto em relação ao ano anterior, quando o Reino aumentou sua produção de petróleo para seu nível mais alto em mais de 11 milhões de barris por dia em agosto de 2022.

Quando comparado com julho de 2022, a mineração e pedreiras registraram um crescimento mensal de 2,2% na atividade do IPI, mostraram os dados.

O relatório observou ainda que a atividade manufatureira aumentou 22% em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto o fornecimento de eletricidade e gás aumentou 11,3%.

Em comparação com o mês anterior, a atividade manufatureira registrou um crescimento mensal de 3,9% em agosto, enquanto a eletricidade e o gás cresceram 10,6%.

Embora o IPI da Arábia Saudita ainda esteja mostrando tendências positivas, seu crescimento desacelerou pelo quarto mês consecutivo em relação a um crescimento anual de 26,7 registrado em abril de 2022.

O crescimento do IPI do Reino em 16,8% em agosto foi o mais lento desde janeiro deste ano, quando a produção industrial cresceu 11,1% ano a ano.

O relatório GASTAT mostrou que o IPI na Arábia Saudita foi de 139,1 em agosto, o maior desde junho de 2018, quando o índice somou 141,1.

Economia não petrolífera de Dubai continua robusta, mostra PMI

A economia não petrolífera de Dubai continua a se fortalecer, já que o Índice de Gerentes de Compras do emirado manteve uma pontuação saudável de 56,2 em setembro, revelaram os dados mais recentes da S&P Global.

Embora abaixo dos 57,9 de agosto, a taxa de expansão do setor não petrolífero de Dubai ainda foi a segunda mais rápida em mais de três anos.

“Os dados do PMI para setembro continuaram a sinalizar uma melhoria robusta nas condições operacionais em negócios não petrolíferos em Dubai, continuando assim as projeções para o trimestre mais forte de crescimento em cerca de três anos”, disse David Owen, economista da S&P Global Market Intelligence.

Ele acrescentou: “O índice principal caiu em relação ao pico recente de agosto pela primeira vez em cinco meses, à medida que as taxas de expansão da produção, novos pedidos, empregos e estoques de compras diminuíram”.

De acordo com a S&P Global, leituras acima de 50 marcam crescimento, enquanto abaixo de 50 sinalizam contração.

O crescimento das vendas em setembro foi impulsionado pelos negócios de atacado e varejo, além do setor de viagens e turismo, embora este tenha desacelerado para seu nível mais baixo desde janeiro.

Em contraste, níveis mais baixos de emprego reduziram a produção e o crescimento dos negócios nas empresas não petrolíferas ao longo do mês de setembro.

Embora os preços da energia tenham sido reduzidos em agosto, eles voltaram a subir em setembro, aumentando os custos dos insumos.

Quanto à taxa de inflação em setembro, foi a mais baixa em pouco menos de um ano.

Além disso, as empresas e as empresas continuaram a baixar os preços de seus produtos para aliviar as pressões de preços sobre os consumidores.

O relatório acrescentou: “As expectativas de atividade futura em negócios não petrolíferos aumentaram em setembro e permaneceram em território positivo, mas bem abaixo da média da série”.

A Arábia Saudita ainda cresce com a economia do G20, apesar dos ventos contrários econômicos, diz FMI

A Arábia Saudita manterá sua posição como a economia que mais cresce entre os 20 países do Grupo dos 20, apesar da turbulência causada pelo aumento da inflação e pelas altas taxas de juros, segundo o Fundo Monetário Internacional.

Em seu último relatório, a agência financeira com sede nos EUA fixou sua previsão para o crescimento da economia saudita em 2022 em 7,6%, o mesmo número da previsão de abril.

Entre os países árabes, o FMI espera que o Iraque seja a economia que mais cresce em 2022, com uma taxa de crescimento de 9,3%.

“As projeções fiscais de base do corpo técnico do FMI baseiam-se principalmente em sua compreensão das políticas governamentais, conforme descrito no orçamento de 2022”, segundo o relatório.

A previsão para a Arábia Saudita contrasta com as expectativas do FMI em janeiro, que colocam uma taxa de crescimento esperada do produto interno bruto do Reino em 4,8%.

Para o ano de 2023, o Fundo também manteve sua previsão para o crescimento econômico do Reino em 3,7%, o mesmo que sua previsão anterior.

Reservas de voos para o Catar aumentam na Copa do Mundo

As reservas de voos para o Catar estão crescendo para a Copa do Mundo de futebol que será realizada em novembro e dezembro, com uma demanda particularmente forte dos Emirados Árabes Unidos, já que os torcedores lidam com a escassez de acomodações em Doha, mostrou um estudo.

As reservas de voos para o Catar dos Emirados Árabes Unidos e nove outros países aumentaram dez vezes em comparação com antes da pandemia, disse o grupo de análise de viagens Forward Keys.

Dos Emirados Árabes Unidos, eles dispararam 103 vezes em comparação com 2016, o último ano antes dos Emirados Árabes Unidos se juntarem a outros países árabes em um boicote ao Catar que interrompeu os voos diretos. O boicote terminou no início de 2021.

“A forte exibição dos Emirados Árabes Unidos é explicada pela falta de acomodações no Catar”, disse ForwardKeys, acrescentando que muitos fãs devem ficar em Dubai.

A forte demanda ocorre apesar da exigência de apresentar um teste Covid-19 negativo para entrar no Catar.

As viagens aéreas pelo Golfo devem se beneficiar, com reservas de voos para a região 16% à frente de 2019 e para os estágios iniciais da Copa do Mundo 61% à frente, disse a ForwardKeys.

Os fãs também viajarão para outros destinos da região, com o número de visitantes passando pelo menos duas noites no Catar e pelo menos duas em outro país do Golfo aumentando 16 vezes em comparação com antes da pandemia.

Os turistas americanos representam 26% desses visitantes, com os canadenses em segundo lugar com 10% e os britânicos em terceiro com 9%.

“Dubai é, de longe, o maior beneficiário dessa tendência, capturando 65% das visitas posteriores”, disse ForwardKeys.

O Qatar Tourism registrou 31.123 quartos de hotel no país no final do primeiro trimestre.

Inflação saudita sobe para alta de 15 meses de 3,1% em setembro

A taxa de inflação anual da Arábia Saudita acelerou para uma alta de 15 meses de 3,1% em setembro, acima dos 3 por cento em agosto, segundo dados divulgados pela Autoridade Geral de Estatísticas.

O aumento no Índice de Preços ao Consumidor, ou CPI, é impulsionado por um aumento nos preços de alimentos e bebidas, disse GASTAT em um comunicado de imprensa.

De acordo com o relatório GASTAT, o crescimento anual do índice de preços de alimentos e bebidas foi de 4,3% em setembro, enquanto os preços da carne subiram 6,5%.

“Os preços de alimentos e bebidas foram os principais impulsionadores da taxa de inflação em setembro de 2022 devido à sua alta importância relativa na cesta de consumo saudita com um peso de 18,8%”, disse GASTAT no relatório.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
14/10/2022