Cenário Econômico Internacional – 28/10/2022

Cenário Econômico Internacional – 28/10/2022

Cenário Econômico Internacional – 28/10/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Europa corre risco de recessão, alerta FMI

O ritmo lento de crescimento econômico em partes da Europa poderia se transformar em recessão em todo o continente, enquanto a interrupção do fornecimento de energia ameaça com dificuldades econômicas e a crise do custo de vida aumenta a tensão social, alertou o Fundo Monetário Internacional (FMI) no domingo (23).

O relatório de Perspectivas Econômicas Regionais do FMI sobre a Europa é divulgado no momento em que os países enfrentam uma inflação elevada e uma crise energética cada vez pior, que reduziu o poder aquisitivo dos lares e elevou os custos comerciais. O novo apoio das autoridades compensa “apenas em parte” essa tensão, pontuou o Fundo.

A invasão da Rússia à Ucrânia neste ano fez a inflação disparar, à medida que os preços da energia subiam, o que obrigou o Banco Central Europeu a elevar as taxas de juros, sob o risco de causar uma contração.

“As perspectivas europeias se tornaram consideravelmente sombrias, com um crescimento que irá desacelerar bruscamente e a inflação que permanecerá elevada”, destaca o FMI em seu relatório.

O Fundo prevê que Alemanha e Itália entrarão em recessão no ano que vem, tornando-se as primeiras economias avançadas a encolher após a guerra no flanco leste da Europa.

Espera-se que o crescimento nas economias avançadas da Europa caia bruscamente para 0,6% em 2023, segundo o relatório divulgado neste domingo. Para as economias emergentes da região, excluindo os países em conflito e a Turquia, o crescimento também deve cair, para 1,7%, enquanto os prejuízos nos países em conflito serão grandes.

“Um risco-chave a curto prazo é uma interrupção maior do fornecimento de energia, que, combinada com um inverno rigoroso, poderia levar a escassez de gás, racionamento e sofrimento econômico mais profundo”, adverte o FMI. A inflação também poderia se manter alta por mais tempo, e a tensão social poderia piorar, devido ao aumento dos custos, acrescenta.

Nas atuais circunstâncias, os Bancos Centrais deveriam continuar com o aumento das taxas de juros, indica o FMI, que pede “aumentos mais rápidos” nas economias avançadas. Aqueles que levam adiante as políticas têm que “seguir uma linha tênue” entre combater a inflação e apoiar os lares e as empresas vulneráveis durante a crise de energia, ressalta o Fundo.

Evitar pandemias pode custar menos de 1% do combate à Covid-19, diz Banco Mundial

O Banco Mundial argumenta, em relatório publicado, pela adoção de medidas “para encerrar o ciclo de pandemias devastadoras”. Segundo ele, 75% das doenças infecciosas emergentes resultaram do maior contato entre animais e pessoas, provocando mais de 1 bilhão de infecções em humanos e mais de 1 milhão de mortes a cada ano. Isso, ao lado da maior movimentação de pessoas e bens pelo mundo, ilustra a facilidade com que essas doenças podem se disseminar.

Nesse contexto, o Banco Mundial defende investimentos para evitar pandemias, controlando doenças conforme elas emergem.

O relatório estima que os custos de prevenção na iniciativa “Uma Saúde” do Banco Mundial, seriam de entre US$ 10,3 bilhões e US$ 11,5 bilhões ao ano. Já o custo de gerenciar pandemias foi estimado recentemente por uma força-tarefa do G20 em US$ 30,1 bilhões ao ano, lembra.

O Banco Mundial destaca que o custo de sua iniciativa significaria menos de 1% do custo da Covid-19 em 2020.

Promessas climáticas ainda ‘não estão nem perto’ o suficiente para 1,5°C, diz ONU

As promessas climáticas internacionais continuam longe de limitar o aumento da temperatura a 1,5 graus Celsius, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado na quarta-feira (26), menos de duas semanas antes das negociações de alto risco para combater o aquecimento global.

As promessas climáticas combinadas de mais de 190 nações que assinaram o acordo climático de Paris de 2015 colocam a Terra a caminho de aquecer cerca de 2,5 graus Celsius, em comparação com os níveis pré-industriais até o final do século, disse a ONU.

Com o planeta já atingido por ondas de calor, tempestades e inundações intensificadas pelo clima após apenas 1,2 grau Celsius de aquecimento, especialistas dizem que o mundo ainda não está agindo com urgência suficiente para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

“Ainda não estamos nem perto da escala e do ritmo das reduções de emissões necessárias para nos colocar no caminho de um mundo de 1,5 graus Celsius”, disse Simon Stiell, secretário-executivo da ONU Mudanças Climáticas.

“Para manter esse objetivo vivo, os governos nacionais precisam fortalecer seus planos de ação climática agora e implementá-los nos próximos oito anos”.

Os especialistas em clima da ONU disseram que as emissões – em comparação com os níveis de 2010, precisam cair 45% até 2030 para cumprir a meta mais ambiciosa do acordo de Paris.

Neste último relatório, a ONU disse que os compromissos atuais de governos de todo o mundo, de fato, aumentarão as emissões em 10,6% até 2030.

Chefe do FMI quer que Bancos Centrais continuem a elevar juros para nível “neutro”

A chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse que os Bancos Centrais devem continuar aumentando as taxas de juros para conter a inflação até que atinjam o nível “neutro”, embora na maioria dos casos não tenham chegado a esse ponto.

Falando à Reuters em Berlim um dia antes de o Banco Central Europeu (BCE) anunciar sua decisão de política monetária, com expectativa de que aumente os juros em 75 pontos-base, a diretora-gerente do Fundo disse que levará até 2024 para que o efeito positivo das elevações das taxas pelos Bancos Centrais sejam sentidas.

O BCE disse por meses que seu primeiro passo seria elevar os juros para um cenário neutro, onde não impulsiona nem restringe o crescimento, mas algumas autoridades agora defendem ações mais agressivas, dizendo que o BCE deveria ir mais longe para conter as pressões inflacionárias.

“Neste ponto, procuramos chegar a um modo neutro e, na maioria dos lugares, ainda não chegamos lá”, disse Georgieva na entrevista.

Os Bancos Centrais têm que aumentar os juros porque “quando a inflação está alta, isso prejudica o crescimento, e atinge mais duramente as partes mais pobres da população”.

Questionada por quanto tempo ela espera que os Bancos Centrais continuem aumentando as taxas, Georgieva disse que o FMI projeta que “até 2024 chegará a um ponto em que os Bancos Centrais estejam vendo o impacto de suas ações”.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (24), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, após abertura sem impulso, com o Nasdaq chegando a recuar mais de 1%, os índices se recuperaram, em semana importante na temporada de balanços corporativos. Além disso, indicadores e seus potenciais impactos na política monetária do Federal Reserve estiveram no radar. O índice Dow Jones teve alta de 1,34%, a 31.499,62 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,19%, a 3.797,34 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,86%, a 10.952,61 pontos.

Na terça-feira (25), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, com operadores à espera de balanços corporativos das gigantes de tecnologia. As apostas divididas para alta de juros do Federal Reserve na última reunião do ano, em dezembro, também são acompanhadas pelos acionistas. O índice Dow Jones teve alta de 1,07%, a 31.836,74 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,63%, a 3.859,11 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 2,25%, a 11.199,12 pontos.

Na quarta-feira (26), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, publicados depois do fechamento da terça-feira (25), os balanços de Alphabet e Microsoft não agradaram, o que pressionou especialmente o Nasdaq. Já o Dow Jones oscilou perto da estabilidade em boa parte do dia, com investidores também ponderando sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve. O índice Dow Jones teve alta de 0,01%, a 31.839,11 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,74%, a 3.830,60 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 2,04%, a 10.970,99 pontos.

Na quinta-feira (27), as bolsas de valores de Nova York operavam mistas, depois que dados mostraram que o crescimento econômico dos Estados Unidos se recuperou no terceiro trimestre, afastando as preocupações com uma recessão iminente gerada pelo aperto agressivo da política monetária do Fed. Por volta das 12h00, o índice Dow Jones registrava alta de 1,46%, a 32.302,46 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,31%, a 3.844,27 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 0,48%, a 10.917,99 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 21.10.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (21) cotado a R$ 5,1480 com queda de 1,33%. Parte da desvalorização do dólar foi reflexo do aparente acirramento na disputa pelo Palácio do Planalto, depois que pesquisas de intenção de voto recentes mostraram redução na diferença entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

Na segunda-feira (24) – O dólar à vista registrou alta de 3,01%, cotado a R$ 5,3029 na venda. Com o aumento das tensões políticas no Brasil na reta final da corrida eleitoral presidencial exacerbando movimento externo de busca pela moeda norte-americana em meio a preocupações com a saúde econômica da China. O dólar oscilou entre R$ 5,3029 na máxima e R$ 5,207 na mínima.

Na terça-feira (25) – O dólar à vista registrou alta de 0,26%, cotado a R$ 5,3168 na venda. Com o aumento das tensões políticas no Brasil na reta final da corrida eleitoral presidencial exacerbando movimento externo de busca pela moeda norte-americana em meio a preocupações com a saúde econômica da China. O dólar oscilou entre R$ 5,3572 na máxima e R$ 5,2777 na mínima.

Na quarta-feira (26) – O dólar à vista registrou alta de 1,22%, cotado a R$ 5,3817 na venda. O aumento da tensão pré-eleitoral impossibilitou mais uma vez que o real se beneficiasse do enfraquecimento da moeda americana no exterior, em meio à consolidação das apostas em uma moderação do ritmo de alta de juros nos Estados Unidos. O dólar oscilou entre R$ 5,3817 na máxima e R$ 5,2814 na mínima.

Na quinta-feira (27) – Por volta das 12h00, o dólar operava em queda de 1,69% cotado a R$ 5,2905 na venda. O dólar aprofundava as perdas frente ao real nesta quinta-feira (27), com a moeda perdendo fôlego depois de disparar no início da semana, conforme investidores monitoravam o noticiário político doméstico e reagiam positivamente a dados econômicos dos Estados Unidos.

É preciso subir juro para um pouco acima de 4,5% e mantê-lo nesse nível, diz Evans, do Fed

O presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, repetiu sua opinião de que o Banco Central dos Estados Unidos deve colocar os custos dos empréstimos “um pouco acima” de 4,5% até o início do próximo ano e mantê-los assim para conter o crescimento e reduzir a inflação alta demais.

“O adiantamento (das altas dos juros) foi uma coisa boa, dado o quanto a taxa básica estava abaixo do patamar neutro” até março, quando estava perto de zero, disse Evans ao Community Bankers Symposium do Fed regional.

“Mas elevar demais também é caro, e há uma grande incerteza sobre o quanto a política monetária deve realmente se tornar restritiva, então isso vai colocar um prêmio na estratégia de chegar a um lugar e um nível em que a política monetária possa planejar descansar e avaliar dados e resultados.”

Os comentários foram uma versão abreviada de falas semelhantes feitas há duas semanas.

Inflação acentua ida de argentinos aos lixões para buscar comida

Diante do aumento do custo de vida na Argentina, o salário de 70 mil pesos (R$ 1.200) que Flávia Alves, de 40 anos, ganhava como supervisora de limpeza deixou de ser suficiente para sustentar a família. Pela primeira vez, ela precisou decidir entre pagar o aluguel ou dar de comer aos filhos.

Mãe solteira, deixou o apartamento de dois quartos, em San Telmo, bairro turístico da capital, e se mudou para uma casa alugada, na favela do Sapinho, em Ezeiza, região metropolitana de Buenos Aires. Flávia dorme com a filha no quarto e o filho, na cozinha. “O que a crise faz é expulsar os mais pobres para cada vez mais longe. Assim, ninguém vê a pobreza. A gente fica escondido”, disse ela ao Estadão.

Com uma inflação de 83% até setembro, podendo chegar a 100% ao ano em novembro, muitas pessoas na mesma condição de Flávia optaram por trabalhar no lixão a céu aberto da cidade de Luján, o maior da Argentina, a 80 quilômetros da capital.

Ali, o número de catadores cresceu de 63 para 206, segundo Pedro Vargas, diretor de resíduos sólidos urbanos do município. Para ele, o aumento, quase o triplo do período pré-pandemia, foi impulsionado pelo novo Coronavírus e a perda de poder aquisitivo.

“O lixo é algo que não para de ser produzido, então, sempre tem trabalho. O que estamos lutando é para que as condições melhorem, para que todos, cooperados ou não, tenham segurança”, ressaltou.

Flávia e mais um grupo de argentinos, que sofrem com a inflação e a especulação imobiliária, se reúnem toda a terça-feira na sede do Movimento de Ocupantes e Inquilinos (MOI), uma organização de moradores sem-teto portenha.

Eles sonham em conseguir melhores condições de moradia. Flávia quer voltar a morar na capital com a ajuda do projeto Casa Transitória, no qual parte do aluguel é pago pelo movimento. “Antes eu levava 30 minutos até meu emprego, agora gasto 2 horas. Meus filhos mudaram de escola e a nossa vida piorou.”

A maioria das pessoas ouvidas pela reportagem trabalha no lixão de Luján desde criança, levada pelos pais. Essa é a realidade de Pablo, de 24 anos, que está no lixão desde os 8. Com a ajuda do seu cavalo, que transporta o material coletado, o jovem pode receber até 9 mil pesos (R$ 165) em uma jornada de oito horas. “Com inflação ou sem inflação, a gente tem de comer.”

A população em situação de indigência na Argentina aumentou de 8,2% para 8,8% no primeiro semestre, o que representa 2,6 milhões de pessoas, segundo dados do Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censo). Indigente é quem não têm acesso às refeições proteicas e energéticas básicas.

Ainda segundo a pesquisa, o número de pessoas abaixo da linha da pobreza diminuiu para 36,5% em relação ao segundo semestre de 2021, quando a taxa esteve em 37,2%. Apesar do aumento da indigência, a taxa de pobreza vem diminuindo desde 2020, quando chegou a 42%.

Atividade empresarial dos EUA enfraquece novamente em outubro, mostra PMI

A atividade empresarial nos Estados Unidos contraiu pelo quarto mês consecutivo em outubro, com a indústria e empresas de serviços relatando demanda mais fraca em uma pesquisa de gerentes de compras, na mais recente evidência de um abrandamento da economia diante da inflação alta e do aumento das taxas de juros.

A S&P Global disse nesta segunda-feira que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto preliminar dos EUA, que acompanha os setores de manufatura e serviços, caiu para 47,3 este mês, de uma leitura final de 49,5 em setembro.

Resultado abaixo de 50 indica contração no setor privado. Sem contar as perdas durante a primeira onda da pandemia de Covid-19 em 2020, esse foi o ritmo mais rápido de recuo desde a crise financeira global de 2007-2009, pelo menos pela medida da S&P Global.

“A contração econômica dos EUA ganhou um impulso significativo em outubro, enquanto a confiança nas perspectivas também se deteriorou drasticamente”, disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P.

“O declínio foi liderado pela atividade de serviços, alimentado pelo aumento do custo de vida e pelo aperto das condições financeiras.”

Mas a pesquisa da S&P Global pode estar exagerando a desaceleração. Pesquisas rivais do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) mostraram que os setores manufatureiro e de serviços estavam expandidos até setembro.

O PMI preliminar de indústria caiu para 49,9 este mês, sua primeira leitura em território de contração desde junho de 2020, de 52,0 em setembro. Economistas consultados pela Reuters previam o índice a 51,0.

Já o PMI preliminar do setor de serviços caiu para 46,6, de 49,3 em setembro.

Facebook pode vetar o compartilhamento de notícias no Canadá

A Meta anunciou que o Facebook está se preparando para bloquear o compartilhamento de notícias no Canadá, e o motivo é a legislação canadense, que obriga as grandes empresas de tecnologia a compensar os veículos de comunicação.

Como informado no The Wall Street Journal, para a Meta, a Lei Notícias Online (Online News Act) é considerada uma proposta que “se beneficia injustamente de seu relacionamento com os editores” e “deturpa a relação entre plataformas e editores de notícias”.

A lei obriga as empresas de tecnologia, como o Facebook e Google, a compartilhar a receita com os editores que divulgam e agregam as notícias. A proposta é uma maneira de remunerar os veículos que produzem as notícias pelo seu trabalho.

A comissão parlamentar do país está revisando a legislação e têm ouvido depoimentos de testemunhas. Na última semana, o Facebook disse que não foi convidado para dar seu depoimento sobre a lei.

“Diante de uma legislação adversa que se baseia em falsas suposições que desafiam a lógica de como o Facebook funciona, sentimos que é importante sermos transparentes sobre a possibilidade de sermos forçados a considerar se continuamos a permitir o compartilhamento de conteúdo de notícias no Canadá”, disse Marc Dinsdale, chefe de parcerias de mídia da unidade canadense da Meta.

A Lei é bem semelhante a uma medida aplicada na Austrália em 2021, que forçava Google e Facebook a pagarem pelos conteúdos compartilhados dos meios de comunicação do país. Com a aprovação do Código de Negociação da Mídia, as companhias terão de negociar com as agências australianas para vincular ou usar os conteúdos.

A Meta finalizou dizendo que pediu ao governo canadense para que revejam a legislação agindo “a favor jornalismo de interesse público”.

Tesla pode ter fábrica no México

O México é um dos destinos de investimentos mais atraentes para fabricantes de automóveis, não só pela mão de obra barata, mas também pela proximidade e acordo comercial com os EUA, além de parcerias tarifárias com mais de 40 países.

Com parque industrial solidificado e integrado à América do Norte, o México agora chama atenção de Elon Musk, que teria sido visto em companhia de autoridades econômicas do estado de Nuevo León, no norte do país latino.

Musk afirmou recentemente que quer elevar a produção da Tesla “até o tamanho extremo” e para isso, é necessário ter mais fábricas como suas Gigafactories.

Elon teria sido visto na companhia do governador Samuel Garcia e da primeira-dama de Nuevo León, Mariana Rodriguez.

Segundo uma reportagem local, o encontro foi “para analisar a possibilidade de instalar uma fábrica da Tesla.”

Eles teriam sido vistos num encontro em Santa Catarina, uma cidade próxima da capital Monterrey.

As autoridades mexicanas e nem Elon Musk comentaram sobre o encontro, mas parte da mídia local fala que a reunião pode ter como motivo, a ampliação do corredor de peças locais para as fábricas da Tesla em Austin, Texas, que não fica tão distante do estado mexicano.

Recentemente, um voo direto da Spirit Airlines entre Austin e Monterrey foi estabelecido, o que deve acelerar a conexão entre as duas regiões.

Analistas mexicanos dizem que “a visita de Elon ao México é um sinal de que os acordos comerciais estão no caminho certo, já que uma visita pessoal indicaria um alto nível de interesse pelo país”.

A fronteira Texas-México abriga do lado latino diversas fábricas de autopeças, que abastecem empresas como GM e Kia, tendo ainda a Audi na região.

Confiança do consumidor dos EUA diminui em outubro; expectativas de inflação aumentam

A confiança do consumidor dos Estados Unidos caiu em outubro após dois meses de aumentos em meio a preocupações com a inflação e uma possível recessão no próximo ano, mostrou pesquisa.

O Conference Board disse que seu índice de confiança do consumidor caiu para 102,5 este mês, de 107,8 em setembro. Economistas consultados pela Reuters previam leitura de 106,5.

As expectativas dos consumidores para a inflação em 12 meses subiram para 7,0%, de 6,8% no mês passado. O índice da situação atual da pesquisa, baseado na avaliação dos consumidores sobre as condições atuais dos negócios e do mercado de trabalho, caiu acentuadamente para 138,9, de 150,2 em setembro.

O índice de expectativas, baseado nas perspectivas de curto prazo dos consumidores para renda, negócios e condições do mercado de trabalho, caiu para 78,1 de 79,5 no mês passado. O índice de expectativas permanece abaixo de uma leitura de 80, nível associado a uma recessão e que sugere que os riscos de uma desaceleração podem estar aumentando.

“Olhando para o futuro, as pressões inflacionárias continuarão a representar fortes obstáculos à confiança e aos gastos do consumidor”, disse Lynn Franco, diretora sênior de indicadores econômicos do Conference Board em Washington.

Banco Central do Canadá desacelera ritmo de alta de juros conforme temores de recessão aumentam

O Banco do Canadá anunciou um aumento da taxa de juros menor do que o esperado, e disse que está se aproximando do fim de sua campanha histórica de aperto monetário, uma vez que prevê que a economia do país desacelerará ao longo nos próximos três trimestres.

O Banco Central elevou sua taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 3,75%, decepcionando pedidos por outro ajuste de 0,75 ponto percentual. O Banco do Canadá elevou os custos dos empréstimos em 3,50 ponto percentual desde março, um de seus ciclos de aperto monetário mais rápidos de todos os tempos.

O quanto os juros ainda precisarão subir “vai depender de como a política monetária trabalha para desacelerar a demanda, como os desafios da oferta se resolvem e como a inflação e as expectativas de inflação respondem”, disse o presidente do Banco Central, Tiff Macklem, a repórteres em uma entrevista coletiva após a decisão.

“Nossa expectativa é de que a taxa básica precisará subir ainda mais. Isso pode significar outro aumento maior que o normal, pode significar que podemos passar para ajustes de 0,25 ponto percentual, de tamanho mais normal”, afirmou.

Quando perguntado sobre se uma recessão era possível, ele disse: “Sim, um pouco, dois ou três trimestres, de crescimento ligeiramente negativo é tão provável quanto dois ou três trimestres de crescimento ligeiramente positivo. Não é uma contração severa, mas é uma desaceleração significativa.”

Comércio deve ter dado impulso à economia dos EUA no 3º trimestre

O crescimento econômico dos Estados Unidos provavelmente se recuperou no terceiro trimestre, impulsionado pela queda do déficit comercial, mas isso exageraria a saúde da economia já que as altas agressivas da taxa de juros pelo Federal Reserve diminui a demanda.

Os dados do Departamento do Comércio sobre o Produto Interno Bruto no terceiro trimestre, a serem divulgados nesta quinta-feira, devem mostrar que a demanda ficou estável no último trimestre, em meio a uma desaceleração dos gastos dos consumidores e um crescimento moderado do investimento empresarial.

Ainda assim, a recuperação esperada do crescimento após duas quedas trimestrais consecutivas do PIB seria mais uma evidência de que a economia não está em recessão, embora os riscos de uma retração tenham aumentado à medida que o Fed eleva os juros para combater a inflação.

“O diabo está nos detalhes, e se você tirar o comércio, o PIB parecerá muito mais fraco do que o número principal sugere”, disse Ryan Sweet, economista sênior da Moody’s Analytics. “Não temos uma recessão em nosso cenário básico, mas os riscos estão aumentando. Vamos precisar de um pouco de sorte.”

De acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas, o crescimento do PIB provavelmente se recuperou a uma taxa anualizada de 2,4% no último trimestre, após contração a um ritmo de 0,6% no segundo trimestre.

As estimativas variavam de 0,8% a 3,7%.

O déficit comercial parece ter diminuído drasticamente, em parte porque a diminuição da demanda reduziu a conta de importação. As exportações também aumentaram durante grande parte do último trimestre. Os economistas estimam que a diferença comercial menor acrescentou até 3,0 pontos percentuais ao crescimento do PIB.

Os dados terão pouco impacto sobre a política monetária, com as autoridades do Fed observando os dados de setembro do índice de preços PCE e os números do terceiro trimestre do custo da mão de obra, a serem publicados na sexta-feira (28), antes de sua reunião de política monetária de 1 a 2 de novembro.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (24), as bolsas europeias fecharam em alta, impulsionadas pela expectativa de que o Federal Reserve possa desacelerar o ritmo de aumento dos juros, enquanto os investidores também celebraram a vitória de Rishi Sunak na disputa pelo cargo de primeiro-ministro britânico e aguardam a decisão sobre a taxa de juros do Banco Central Europeu. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,40%, a 401,84 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,59%, a 6.131,36 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,58%, a 12.931,45 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,30%, a 5.563,32 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,79%, a 7.680,50 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,64%, a 7.013,99 pontos.

Na terça-feira (25), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, o foco do mercado está na agenda de balanços corporativos, principalmente dos grandes bancos, e na expectativa pela decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira (27). Dados da Alemanha e a posse do novo primeiro-ministro do Reino Unido também estiveram no radar. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,34%, a 407,224 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,94%, a 6.250,55 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,94%, a 13.052,96 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,59%, a 5.651,70 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,49%, a 7.794,90 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,01%, a 7.013,48 pontos.

Na quarta-feira (26), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, investidores estiveram atentos a resultados corporativos, com foco também em especulações sobre a política monetária do Federal Reserve apoiando o quadro dos dois lados do Atlântico. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,66%, a 410,31 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,41%, a 6.276,31 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,09%, a 13.195,81 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,73%, a 5.692,79 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,97%, a 7.870,60 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,61%, a 7.056,07 pontos.

Na quinta-feira (27), as bolsas europeias fecharam mistas, investidores avaliaram balanços e a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Houve ainda algum ganho de fôlego acompanhando Nova York após o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no terceiro trimestre superar a previsão. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,078%, a 410,63 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,51%, a 6.244,03 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,12%, a 13.211,23 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,30%, a 5.675,58 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,64%, a 7.921,10 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,25%, a 7.073,69 pontos.

Meloni recebe Macron e concorda em manter colaboração com França

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, se reuniu na noite de domingo (23) com o presidente da França, Emmanuel Macron, em Roma, para uma “discussão cordial e frutífera” e concordou em colaborar com seu governo.

“Como europeus, como países vizinhos, como povos amigos, com a Itália devemos continuar todo o trabalho que começamos”, escreveu o líder francês no Twitter, acrescentando que, “para ter sucesso juntos, com diálogo e ambição, devemos isso aos nossos jovens e nossos povos”.

Durante o encontro informal, que teve duração de mais de uma hora, os dois líderes conversaram sobre os principais temas europeus, como a necessidade de dar respostas rápidas e comuns sobre o aumento do valor da energia, o apoio à Ucrânia, a situação econômica e a gestão dos fluxos migratórios.

A informação foi divulgada em uma nota oficial do Palazzo Chigi, sede do governo italiano. “A premiê da Itália e o presidente da França concordaram com o desejo de continuar com a colaboração sobre os grandes desafios comuns a nível europeu e em respeito aos interesses nacionais mútuos”, diz o texto.

Meloni foi empossada como a primeira mulher premiê da Itália ao lado de seu gabinete no último sábado (22), dando ao país seu governo mais de direita desde a Segunda Guerra Mundial.

PMI da zona do euro de outubro amplia evidências de que bloco caminha para recessão

A zona do euro está provavelmente entrando em recessão uma vez que a atividade empresarial se contraindo no ritmo mais rápido em quase dois anos neste mês, já que a crise do custo de vida mantém os consumidores cautelosos e diminui a demanda, mostrou uma pesquisa na segunda-feira (24).

As fábricas têm sido particularmente afetadas pelo aumento dos preços da energia, enquanto as cadeias de fornecimento ainda se recupera da pandemia do coronavírus e devido ao golpe da invasão russa da Ucrânia.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto da S&P Global caiu para 47,1 de 48,1 em setembro em sua leitura preliminar, abaixo da expectativa de 47,5 em pesquisa da Reuters.

Outubro foi o quarto mês abaixo da marca de 50 que separa crescimento da contração e marcou a leitura mais baixa desde novembro de 2020.

“Os PMIs preliminares de outubro fornecem ainda mais evidências de que a zona do euro está deslizando para uma recessão bastante profunda, mas que as pressões inflacionárias continuam intensas”, disse Andrew Kenningham, da Capital Economics.

A inflação na zona do euro atingiu um recorde de 9,9% em setembro, segundo dados divulgados na semana passada, e com os preços subindo acentuadamente a demanda enfraqueceu consideravelmente, levando o índice composto de novos negócios para uma mínima de quase dois anos.

Para tentar combater a inflação em quase cinco vezes sua meta, o Banco Central Europeu começou a aumentar as taxas de juros e a expectativa é de novo aumento de 0,75 ponto percentual na quinta-feira (27).

O PMI de serviços do bloco caiu para 48,2 em relação aos 48,8 de setembro, em linha com a pesquisa da Reuters, mas o ponto mais baixo em 20 meses.

O PMI de indústria recuou de 48,4 para 46,6, seu valor mais baixo desde maio de 2020 e abaixo de todas as previsões da pesquisa da Reuters.

Economia britânica acentua contração em outubro por crise política e inflação

A disparada da inflação e o aprofundamento da crise política acentuaram ainda mais os problemas econômicos do Reino Unido em outubro, de acordo com uma pesquisa bastante acompanhada pelo mercado, na segunda-feira (24).

O índice de gerentes de compras divulgado pela S&P Global caiu mais do que o esperado, para 47,2, nível mais baixo desde março de 2021, após uma tentativa malsucedida de renúncia fiscal por parte do governo da então primeira-ministra Liz Truss, o que acabou provocando a queda da libra esterlina e dos títulos britânicos, além de aumentar os juros de mercado. Truss renunciou na semana passada, por não conseguir debelar a crise que suas políticas geraram.

“As intensas pressões inflacionárias, a escalada da incerteza política e a alta dos juros foram as razões mais citadas para o pessimismo em outubro”, explicou a S&P.

O PMI industrial recuou de 48,4 para 45,8, patamar mais baixo desde junho de 2020, ao passo que o PMI de serviços baixou de 50 para 47,5. Qualquer número abaixo de 50 geralmente reflete uma contração da atividade, e os três PMIs do país ficaram abaixo das previsões consensuais. As novas encomendas a fábricas registram uma queda particularmente acentuada, sugerindo que a atual desaceleração ainda pode recrudescer.

A inflação, que atingiu uma série de máximas de quatro décadas neste ano, continuou sendo a maior preocupação. A S&P, contudo, indicou um raio de esperança no horizonte, ao dizer que a inflação geral de custos com insumos atingiu seu menor nível em um ano, graças à redução das taxas de frete e à queda dos preços das commodities, o que acabou compensando o encarecimento da energia e os salários mais altos da mão de obra.

Apesar das notícias negativas, os mercados britânicos operavam em sua maior parte no positivo nesta segunda-feira, após Boris Johnson recuar na tentativa de voltar ao cargo de primeiro-ministro, aumentando a probabilidade de um fim rápido e decisivo para a mais recente disputa pela liderança do Partido Conservador.

O ex-ministro da fazenda de Johnson, Rishi Sunak, que elevou consideravelmente os impostos para cobrir o aumento de gastos do governo durante seu mandato, agora é o candidato favorito para assumir a liderança, depois de receber o apoio de mais de metade dos parlamentares do partido na Câmara dos Comuns. A expectativa é que sua única concorrente remanescente, Penny Mordaunt, desista da corrida ainda na segunda-feira (24).

Rishi Sunak é o novo primeiro-ministro do Reino Unido

Rishi Sunak se tornará primeiro-ministro britânico, depois que outros candidatos desistiram da corrida para liderar o Partido Conservador, deixando-o com a tarefa de conduzir um país profundamente dividido em meio a uma crise econômica que deixará milhões de pessoas mais pobres.

Sunak, um dos políticos mais ricos de Westminster, será convidado a formar um governo pelo rei Charles, substituindo Liz Truss, a líder cessante que durou apenas 44 dias no cargo.

Ele derrotou a política centrista Penny Mordaunt, que não conseguiu apoio suficiente dos legisladores para entrar na votação, enquanto seu rival, o ex-primeiro-ministro Boris Johnson, desistiu da disputa dizendo que não poderia mais unir o partido.

“Esta decisão é histórica e mostra, mais uma vez, a diversidade e o talento do nosso partido. Rishi tem todo o meu apoio”, disse Mordaunt em comunicado ao se retirar da corrida minutos antes do anúncio do vencedor.

Os preços da libra e dos títulos do governo britânico subiram brevemente com a notícia da retirada de Mordaunt, mas logo voltaram aos níveis anteriores.

Sunak, o ex-ministro das Finanças de 42 anos, se torna o terceiro primeiro-ministro britânico em menos de dois meses, encarregado de restaurar a estabilidade de um país que sofre com anos de turbulência política e econômica.

Espera-se que o multimilionário ex-chefe de fundos de hedge lance cortes profundos nos gastos para tentar reconstruir a reputação fiscal da Grã-Bretanha, no momento em que o país entra em recessão, arrastado pelo aumento do custo de energia e alimentos.

França deve abrir uma das maiores minas de lítio da Europa até 2027

Uma das maiores minas de lítio da Europa deverá ser construída em França até 2027. O anúncio foi feito pelo grupo mineiro francês Imerys. O projeto denominado “Emili”, localizado em Beauvoir, no Maciço Central, é apoiado pelo governo.

O objetivo da exploração é ajudar a Europa a produzir baterias para veículos elétricos limitando a dependência chinesa. Com a nova mina, será possível extrair 34 mil toneladas de hidróxido de lítio poderiam todos os anos; que servirão para equipar aproximadamente 700 mil veículos elétricos.

O projeto “Imerys” é o segundo maior projeto de lítio na Europa. O primeiro é o “Vulcan Zero Carbon Lithium”, na Alemanha, baseado na exploração energia geotérmica para produzir hidróxido de lítio.

A Sérvia também tinha um projeto do gigante anglo australiano Rio Tinto, que pretendia explorar a maior mina de lítio da Europa, mas a três meses das eleições presidenciais, o governo sérvio recuou, devido à pressão dos residentes e organizações ambientais, que denunciaram os resíduos tóxicos.

Em Portugal, o projeto da Mina do Barroso do grupo britânico Savannah Resources também está a ser fortemente contestado, devido a questões relacionadas com o consumo de água.

Confiança empresarial alemã fica quase inalterada em outubro, diz Ifo

A confiança empresarial alemã ficou quase inalterada em outubro, contrariando as previsões de nova queda graças a uma melhora nas expectativas das empresas, mostrou uma pesquisa nesta terça-feira, mesmo com analistas dizendo que todos os sinais continuam apontando para uma recessão à frente.

O instituto Ifo disse que seu índice de clima de negócios caiu para 84,3 de uma leitura revisada de 84,4 em setembro. Analistas consultados pela Reuters esperavam recuo para 83,3.

O índice de expectativas da pesquisa subiu ligeiramente, para 75,6, de 75,3 no mês anterior, seu primeiro aumento desde maio.

“As expectativas melhoraram, mas eles ainda estão preocupados com os próximos meses. A economia alemã está enfrentando um inverno difícil”, disse o presidente do Ifo, Clemens Fuest.

Analistas estão igualmente pessimistas, apesar do número melhor do que o esperado, que vários atribuíram às medidas anunciadas pelo governo alemão para limitar os preços altos de energia.

A pesquisa do Ifo com cerca de 9.000 gerentes ecoa os resultados da pesquisa do instituto econômico ZEW na semana passada, que mostrou que o sentimento dos investidores alemães estava menos pessimista do que o esperado, também devido aos freios de preços anunciados para gás e eletricidade.

O governo alemão prevê que a maior economia da Europa entre em recessão no ano que vem, à medida que uma crise de energia, preços crescentes e gargalos de oferta pesam.

Ministro britânico adia anúncio sobre plano fiscal para 17 de novembro

O Reino Unido adiou o anúncio de um plano para reparar as finanças públicas para 17 de novembro, para ele possa refletir as “projeções econômicas mais precisas possíveis”, disse o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, na quarta-feira (26).

O comunicado fiscal estava previamente agendado para 31 de outubro. Hunt disse que agora ele será uma “declaração completa” que mostrará queda da dívida a médio prazo.

“Nossa prioridade número um é a estabilidade econômica e a restauração da confiança de que o Reino Unido é um país que se sustenta, e por esta razão o plano fiscal de médio prazo é extremamente importante”, disse ele.

“É também extremamente importante que a declaração se baseie nas previsões econômicas e projeções das finanças públicas mais precisas possíveis, e por isso o primeiro-ministro e eu decidimos que é prudente fazer essa declaração em 17 de novembro, quando ela será atualizada para uma declaração completa de outono.”

Rússia adverte Ocidente que pode ter satélites comerciais como alvos

Um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que os satélites comerciais dos Estados Unidos e de seus aliados poderiam tornar-se alvos legítimos para a Rússia se estiverem envolvidos na guerra na Ucrânia.

A Rússia, que em 1957 lançou o Sputnik 1, o primeiro satélite fabricado pelo homem, ao espaço e em 1961 colocou o primeiro homem no espaço exterior, tem uma capacidade espacial ofensiva significativa, assim como os Estados Unidos e a China. Em 2021, a Rússia lançou um míssil antissatélite para destruir um de seus próprios satélites.

Konstantin Vorontsov, vice-diretor do departamento de não-proliferação e controle de armas do Ministério das Relações Exteriores russo, disse às Nações Unidas que os Estados Unidos e seus aliados estavam tentando usar o espaço para impor o domínio ocidental.

Vorontsov disse que o uso de satélites ocidentais para ajudar o esforço de guerra ucraniano era “uma tendência extremamente perigosa”.

“A infraestrutura quasi-civil pode ser um alvo legítimo para um ataque de retaliação”, disse Vorontsov ao Primeiro Comitê das Nações Unidas, acrescentando que o uso de tais satélites pelo Ocidente para apoiar a Ucrânia era “provocador”.

“Estamos falando do envolvimento de componentes da infraestrutura espacial civil, inclusive comercial, pelos Estados Unidos e seus aliados em conflitos armados”, disse Vorontsov.

Ele não mencionou nenhuma empresa de satélite específica, embora Elon Musk tenha dito no início deste mês que sua empresa de foguetes SpaceX continuaria a financiar seu serviço de internet Starlink na Ucrânia, citando a necessidade de “boas ações”.

A guerra na Ucrânia matou dezenas de milhares, prejudicou a recuperação econômica global pós-Covid-19 e desencadeou o mais grave confronto com o Ocidente desde a crise dos mísseis cubanos de 1962.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (24), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, após a divulgação de uma série de indicadores represados da China, incluindo o Produto Interno Bruto (PIB), e o encerramento do congresso do Partido Comunista chinês. O índice Xangai teve queda de 2,02%, a 2.977,56 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,31%, a 26.974,90 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 6,36%, a 15.180,59 pontos. O índice CSI300 teve queda de 2,93%, a 3.633,37 pontos.

Na terça-feira (25), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, pressionadas ainda pelo resultado do Congresso do Partido Comunista da China, durante o qual reformadores foram excluídos dos altos escalões da liderança da segunda maior economia do mundo. O índice Xangai teve queda de 0,04%, a 2.976,28 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,02%, a 27.250,28 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,10%, a 15.165,59 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,16%, a 3.627,45 pontos.

Na quarta-feira (26), as bolsas asiáticas fecharam em alta, após Wall Street acumular ganhos pelo terceiro pregão consecutivo e o Reino Unido ganhar um novo primeiro-ministro. Recuperando-se de perdas recentes em meio a sinais de que Pequim poderá gradualmente relaxar sua política de “Covid zero” após o fim do Congresso do Partido Comunista chinês. O índice Xangai teve alta de 0,78%, a 2.999,50 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,67%, a 27.431,84 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1%, a 15.317,67 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,81%, a 3.656,90 pontos.

Na quinta-feira (27), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, à espera de uma atualização do crescimento econômico dos EUA e de decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que mais uma vez deverá aumentar juros agressivamente. O índice Xangai teve queda de 0,55%, a 2.982,90 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,32%, a 27.345,24 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,72%, a 15.427,94 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,70%, a 3.631,14 pontos.

Japão tem inflação mais elevada em 8 anos com política monetária frouxa do Banco Central

A taxa de inflação ao consumidor do Japão acelerou para o maior patamar em oito anos de 3,0% em setembro, desafiando a determinação do Banco Central de manter sua política monetária ultra-frouxa, conforme a queda do iene para o menor valor em 32 anos continua elevando os custos de importação.

Os dados de inflação evidenciam o dilema que o Banco do Japão enfrenta ao tentar sustentar uma economia fraca mantendo juros ultrabaixos, que por sua vez estão alimentando uma queda indesejada no iene.

O aumento no núcleo do índice de preços ao consumidor, que exclui alimentos frescos voláteis, mas inclui custos de combustível, correspondeu à previsão mediana do mercado e seguiu um aumento de 2,8% em agosto. A taxa ficou acima da meta de 2,0% do Banco Central pelo sexto mês na maior alta desde setembro de 2014, mostraram dados.

As crescentes pressões sobre preços no Japão e a queda do iene além da barreira de 150 por dólar devem manter viva a especulação do mercado de um ajuste na postura “dovish”, ou pouco agressiva na política monetária, do Banco do Japão nos próximos meses.

A queda do iene tem sido particularmente dolorosa para o Japão devido à sua forte dependência das importações de combustível e da maioria das matérias-primas, forçando as empresas a aumentar os preços de uma ampla gama de produtos, incluindo frango frito, chocolates e pão.

O chamado índice “core-core”, que exclui os custos de alimentos frescos e energia, subiu 1,8% em setembro em relação ao ano anterior, acelerando de um ganho de 1,6% em agosto e marcando a maior alta desde março de 2015.

Crescimento da China no 3º trimestre supera expectativas, mas riscos permanecem

A economia da China se recuperou a um ritmo mais rápido do que o esperado no terceiro trimestre, mas as rigorosas restrições contra a Covid-19, uma crise imobiliária cada vez mais profunda e os riscos de recessão global estão desafiando os esforços de Pequim para promover um vigoroso renascimento ao longo do próximo ano.

O Produto Interno bruto (PIB) da segunda maior economia do mundo cresceu 3,9% no trimestre de julho a setembro em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram dados oficiais na segunda-feira (24), acima do ritmo de 3,4% previsto em uma pesquisa da Reuters com analistas, e acelerando em relação ao ritmo de 0,4% no segundo trimestre.

A publicação dos dados estava marcada para 18 de outubro, mas foi adiada para depois do Congresso do Partido Comunista, que ocorreu na semana passada e levou Xi Jinping a assegurar um terceiro termo de liderança sem precedentes.

Apesar da recuperação, a economia está enfrentando desafios em múltiplas frentes no país e no exterior. A estratégia de Covid zero e os problemas e a luta da China pelo Covid zero em seu setor imobiliário exacerbam a pressão externa da crise da Ucrânia e a desaceleração global devido ao aumento das taxas de juros para conter a inflação.

Pesquisa da Reuters projetou que o crescimento da China desacelerará para 3,2% em 2022, muito abaixo da meta oficial de cerca de 5,5%, marcando um dos piores desempenhos em quase meio século.

Na comparação trimestral, o PIB cresceu 3,9% no terceiro trimestre, contra expansão de 3,5% prevista e um declínio de 2,6% no trimestre anterior.

Desde o final de maio, autoridades implementaram mais de 50 medidas de apoio econômico, procurando reforçar a economia para aliviar as pressões de emprego, mesmo minimizando a importância de atingir a meta de crescimento, que foi estabelecida em março.

Dados separados mostraram que a produção industrial aumentou 6,3% em setembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, superando as expectativas de um ganho de 4,5% e contra 4,2% em agosto.

Mas as vendas no varejo permaneceram fracas, subindo 2,5%, pior que as expectativas de 3,3% e a expansão de 5,4% em agosto.

Banco Central japonês deve manter juros ultrabaixos apesar de tombo do iene

O Banco do Japão deve elevar suas previsões de inflação na sexta-feira (28), mas manter os juros ultrabaixos, numa demonstração da determinação de apoiar a economia frágil, mesmo ao custo de acelerar uma queda indesejada do iene para novas mínimas de 32 anos.

As autoridades têm lutado para conter a implacável depreciação do iene, conforme investidores se concentram nos juros ultrabaixos do Banco Central japonês, que o tornam exceção em meio a uma onda global de Bancos Centrais que estão endurecendo a política monetária para combater a inflação crescente.

Dado o aumento dos preços das commodities e o crescimento nos custos de importação pela queda do iene, a taxa de inflação ao consumidor do Japão atingiu uma máxima de oito anos de 3% em setembro e deve ficar acima da meta de 2% do Banco Central pelo resto deste ano, dizem analistas.

Mas, com a inflação ainda modesta em comparação com países ocidentais e a recuperação econômica frágil do país, o Banco do Japão deve deixar intacta sua meta de -0,1% para a taxa de juros de curto prazo e manter a meta para o rendimento do título de dez anos em cerca de 0% ao fim de sua reunião de política monetária de dois dias, que termina na sexta-feira (28).

Alguns participantes do mercado especulam que o Banco Central japonês pode ajustar sua orientação “dovish”, ou pouco rígida na conduta da política monetária, em meio ao crescente descontentamento público sobre o efeito de sua política monetária ultrafrouxa no valor do iene.

Em novas projeções trimestrais a serem divulgadas na sexta-feira, o Banco do Japão deve revisar ligeiramente suas previsões de inflação ao consumidor para o ano que termina em março de 2023 e para o ano seguinte, disseram cinco fontes familiarizadas com o pensamento da instituição.

A previsão atualizada ainda mostrará o núcleo da inflação ao consumidor caindo abaixo da meta de 2% do banco no próximo ano fiscal, à medida que o impacto de fatores pontuais, como aumentos passados nos custos de combustível, se dissipam, disseram as fontes.

O conselho do banco deve cortar suas previsões de crescimento para o ano fiscal atual e os seguintes, à medida que os temores de recessão global obscurecem as perspectivas para a economia dependente de exportações, disseram as fontes.

Em julho, o Banco do Japão previu que o núcleo da inflação ao consumidor atingiria 2,3% no ano fiscal de 2022, antes de desacelerar para 1,4% no ano seguinte. O banco projeta que a economia crescerá 2,4% este ano fiscal e 2% no ano fiscal de 2023.

Coreia do Norte e Coreia do Sul trocam tiros de advertência

A Coreia do Norte e a Coreia do Sul trocaram tiros de advertência na costa Oeste, acusando-se mutuamente de violar sua fronteira marítima ocidental em meio ao aumento da tensão militar.

O Estado-Maior Conjunto do Sul (JCS) disse que transmitiu avisos e disparou tiros de advertência para espantar um navio mercante norte-coreano que cruzou a Linha de Limite Norte (NLL), a fronteira marítima de fato, por volta das 15h40 (horário de Brasília), de domingo (23).

Os militares do Norte disseram ter disparado 10 projéteis de artilharia depois que um navio da marinha sul-coreana violou a NLL e disparou tiros de advertência “com o pretexto de rastrear um navio não identificado”, segundo a mídia estatal.

“Ordenamos contramedidas iniciais para expulsar fortemente o navio de guerra inimigo”, disse um porta-voz do Estado-Maior do Exército Popular da Coreia do Norte, segundo a agência de notícias oficial KCNA.

O JCS disse que realizou uma “operação normal” sobre a invasão da fronteira e chamou a ação do Norte de violação de um pacto militar bilateral de 2018 que proíbe “atos hostis” nas áreas de fronteira.

“Mais uma vez pedimos à Coreia do Norte que cesse imediatamente provocações e acusações consistentes que prejudicam a paz e a estabilidade da península coreana, bem como a comunidade internacional”, disse o JCS em comunicado.

A última troca de tiros ocorreu em meio a tensões latentes, com o Norte realizando testes de armas em um ritmo sem precedentes este ano.

Nas últimas semanas, a Coreia do Norte lançou mísseis balísticos de curto alcance e centenas de tiros de artilharia nas costas leste e oeste em várias ocasiões em protesto contra as atividades militares do Sul.

Déficit fiscal da China aumenta para quase US$ 1 trilhão à medida que a economia esfria

O déficit fiscal da China disparou para uma alta histórica de quase US$ 1 trilhão nos primeiros nove meses do ano, mostrou a análise de dados do governo pela Bloomberg, enquanto uma crise imobiliária e descontos fiscais para impulsionar uma economia em esfriamento esvaziaram os cofres do governo.

O déficit orçamentário para todos os níveis de governo de janeiro a setembro foi de 7,16 trilhões de yuans (US$ 980 bilhões), de acordo com uma análise baseada em dados divulgados pelo Ministério das Finanças de Pequim, quase três vezes o déficit de 2,6 trilhões de yuans no mesmo período do ano passado.

A receita geral do governo caiu 6,6%, para 15,3 trilhões de yuans, de janeiro a setembro, à medida que o governo distribuiu mais descontos de impostos para empresas, segundo o Ministério das Finanças.

As despesas fiscais subiram 6,2% para 19,04 trilhões de yuans nos primeiros nove meses, após um esforço de infraestrutura impulsionado pelo governo para impulsionar o crescimento e criar empregos.

A economia da China cresceu 3,9% ano a ano no terceiro trimestre, mostraram dados nesta semana, superando as expectativas.

Japão planeja US$ 170 bilhões em gastos para aliviar impacto da inflação, diz Kyodo

O Japão deve gastar 170 bilhões de dólares em um novo pacote de estímulo programado para amortecer o impacto econômico do aumento dos custos das matérias-primas, informou a agência de notícias Kyodo, uma medida que elevará a já enorme dívida do país.

O plano de gastos, que deve ser finalizado na sexta-feira (28), colocará o Japão no centro das atenções depois que a ex-primeira-ministra britânica Liz Truss agitou os mercados ao revelar um programa econômico que custou seu cargo.

O tamanho total do próximo pacote do Japão, que incluirá gastos estatais de 25,1 trilhões de ienes (170 bilhões de dólares), será de cerca de 67,1 trilhões de ienes, incluindo gastos do governo municipal e gastos corporativos, informou a Kyodo sem citar fontes.

O escritório do orçamento do Ministério das Finanças não estava imediatamente disponível para comentar a informação.

Analistas esperam que uma parte do pacote seja financiada por emissão de dívida adicional que aumentará a já enorme dívida pública do Japão, que, com o dobro do tamanho de sua economia, é a maior entre as principais economias.

Eles disseram que o momento do pacote, depois que os planos fiscais de Truss abalaram os investidores, pode tornar os mercados particularmente sensíveis a quaisquer grandes planos de gastos.

Teste nuclear da Coreia do Norte teria resposta ‘sem precedentes’, afirmam EUA, Japão e Coreia do Sul

Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul advertiram que um teste nuclear norte-coreano provocaria “uma resposta forte sem precedentes” e se comprometeram a manter a unidade diante dos vários testes de armas de Pyongyang.

Durante uma reunião em Tóquio, os vice-ministros das Relações Exteriores dos três países também prometeram reforçar as capacidades de dissuasão na região.

“Nós concordamos em fortalecer ainda mais a cooperação, para que a Coreia do Norte interrompa imediatamente suas atividades ilegais e retornar às negociações de desnuclearização”, disse o sul-coreano Cho Hyun-dong.

“Os três países concordaram com a necessidade de uma resposta forte sem precedentes se a Coreia do Norte executar seu sétimo teste nuclear”, completou.

Coreia do Sul e Estados Unidos alertaram diversas vezes que Pyongyang está prestes a executar um teste nuclear, o primeiro desde 2017.

O isolado país comunista efetuou desde o início do ano um número recorde de testes armamentistas e este mês anunciou ter executado exercícios nucleares táticos.

“Todo este comportamento é imprudente e profundamente desestabilizador”, afirmou a vice-secretária de Estado americana Wendy Sherman, antes de pedir à Coreia do Norte para “abster-se de novas provocações”.

O vice-ministro japonês, Takeo Mori, declarou que “a intensificação das atividades nucleares e de mísseis da Coreia do Norte (…) constitui um desafio claro e grave para a comunidade internacional”.

Os três países concordaram em “reforçar a dissuasão na região visando a desnuclearização da Coreia do Norte”, acrescentou.

Conselho de Embaixadores Árabes no Japão visita chanceler Hayashi

O Conselho de Embaixadores Árabes no Japão fez uma visita de cortesia ao ministro das Relações Exteriores do Japão, Hayashi Yoshimasa, na segunda-feira (24) e agradeceu ao ministro pela assistência do Japão ao mundo árabe.

Segundo o Itamaraty, Hayashi e os embaixadores discutiram temas que incluíam a situação na Ucrânia e no Leste Asiático, bem como a questão da Paz no Oriente Médio. Concordaram em cooperar estreitamente tanto bilateralmente como em fóruns internacionais.

Hayashi afirmou que o Japão atribui grande importância às suas relações amistosas de longa data com os países árabes e expressou sua esperança de continuar a fortalecer a cooperação com o mundo árabe, inclusive por meio de intercâmbios bilaterais.

Em resposta, o Embaixador Waleed Ali Siam, Representante da Missão Geral Permanente da Palestina e Decano do Conselho de Embaixadores Árabes no Japão, apreciou o papel e a assistência do Japão no mundo árabe e afirmou que o Conselho gostaria de continuar desenvolvendo relações. 

Siam fez um discurso na reunião expressando suas condolências pelo assassinato do ex-primeiro-ministro Abe Shinzo. Ele disse: Abe era um “distinto estadista, um grande contribuinte para o aprimoramento da paz e da estabilidade no mundo”.

Ele também agradeceu a Hayashi por liderar a delegação do Japão para TICAD8 na Tunísia e o parabenizou pela eleição do Japão como membro não permanente do CSNU pela 12ª vez.

Príncipe herdeiro saudita revela iniciativas para posicionar a KSA como hub global da cadeia de suprimentos

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, apresentou uma nova iniciativa projetada para posicionar a Arábia Saudita como um centro global da cadeia de suprimentos, informou a Agência de Imprensa Saudita.

A “Iniciativa Global de Resiliência da Cadeia de Suprimentos” é uma estratégia de aprimoramento contínuo do ambiente de investimento, juntamente com oportunidades atraentes e um orçamento de incentivos único, incluindo SR10 bilhões (US$ 2,66 bilhões) em incentivos financeiros e não financeiros.

Em sua fase de lançamento, visa atrair SR40 bilhões em investimentos industriais e de serviços em cadeias de suprimentos globais para o Reino.

O GSCRI se enquadra na Estratégia Nacional de Investimento da Arábia Saudita, lançada em outubro do ano passado. Seu principal objetivo é tornar o Reino um ambiente de investimento privilegiado para os investidores da cadeia de suprimentos.

Para isso, a iniciativa buscará identificar e desenvolver oportunidades de investimento e apresentá-las a potenciais investidores. Também estabelecerá zonas econômicas especiais em uma tentativa de atrair empresas internacionais para estabelecer suas sedes regionais no Reino.

Além de construir fortes relacionamentos com os mercados local e internacional, o GSCRI permitirá aos investidores fazer o melhor uso das reservas de recursos naturais do Reino, bem como seu potencial inexplorado.

A iniciativa está alinhada com os objetivos da Saudi Vision 2030 de liderar a lista das 15 economias globais até 2030, deixando um legado próspero para as próximas gerações.

O GSCRI também complementa a meta da Saudi Vision 2030 de alcançar o crescimento econômico e a diversidade.

O príncipe herdeiro lançou recentemente a Estratégia Industrial Nacional, que visa impulsionar o crescimento industrial e aumentar o número de fábricas para cerca de 36.000 até 2035.

As exportações não petrolíferas da Arábia Saudita aumentam 16,6% para US$ 7 bilhões em agosto

As exportações não petrolíferas da Arábia Saudita aumentaram 16,6%, para 26,8 bilhões de libras esterlinas (7,13 bilhões de dólares) em agosto de 2022, em comparação com 23 bilhões de libras esterlinas registradas no mesmo período do ano passado, de acordo com os dados mais recentes divulgados pela Autoridade Geral de Estatísticas.

Em seu relatório, a GASTAT observou que as exportações não petrolíferas do Reino foram impulsionadas por indústrias químicas e afins, respondendo por 35,5% das exportações de mercadorias não petrolíferas em agosto.

O relatório apontou ainda que as exportações gerais de mercadorias aumentaram 49,1% em agosto, para SR133,7 bilhões, acima dos SR89,7 bilhões em agosto de 2021.

As importações de mercadorias do Reino aumentaram 20% em agosto para SR61 bilhões em comparação com SR50,8 bilhões no mesmo período do ano passado.

O relatório acrescentou que as mercadorias mais importadas em agosto foram máquinas, aparelhos mecânicos e peças de equipamentos elétricos, que representaram 19,6% do total de mercadorias importadas.

Empresa de tecnologia Trigo de Israel levanta US$ 100 milhões para expandir tecnologia de compras autônomas

A israelense Trigo disse na quarta-feira (26) que levantou US$ 100 milhões em uma rodada de financiamento privado para acelerar a implantação de sua tecnologia que permite aos clientes fazer compras sem ter que esperar na fila do caixa de uma loja.

A rodada foi liderada pela empresa de investimentos de Cingapura Temasek e 83North. Eles se juntaram ao novo investidor estratégico SAP SE, que também ajudará a comercializar a solução da Trigo e os investidores existentes Hetz Ventures, Red Dot Capital Partners, Vertex Ventures, Viola e o gigante de supermercados REWE Group.

A Trigo disse que sua tecnologia transforma os supermercados existentes em lojas digitais totalmente autônomas por meio do uso de câmeras montadas no teto que rastreiam o movimento do cliente e as escolhas de produtos, para tornar as compras “sem atrito”. Os pagamentos e recebimentos são processados ​​digitalmente.

A empresa disse que usaria os novos fundos para expandir ainda mais nos Estados Unidos e na Europa, enquanto desenvolve um conjunto de aplicativos de gerenciamento de estoque.

A Trigo observou que sua tecnologia está sendo usada pela Tesco PLC na Grã-Bretanha, ALDI na Holanda, Wakefern nos Estados Unidos e Netto e REWE na Alemanha.

Aramco anuncia fundo global de sustentabilidade de US$ 1,5 bilhão

A Saudi Arabian Oil Co. lançará um fundo de sustentabilidade de US$ 1,5 bilhão para investir em tecnologia de transição energética estável e inclusiva, anunciou seu CEO Amin Nasser.

Administrado pelo braço de capital de risco da gigante petrolífera Aramco Ventures, estará “entre os maiores fundos do mundo para sustentabilidade”, declarou o CEO na sexta edição da Future Investment Initiative realizada em Riad.

“O fundo estará ativo em todo o mundo; isso é um acréscimo a outros fundos que temos”, disse Nasser.

A Aramco já possui dois fundos internacionais de US$ 100 bilhões e US$ 500 milhões e um fundo local de US$ 200 milhões.

Além disso, o fundo fez parceria com outras empresas para liderar a iniciativa climática de petróleo e gás, acrescentou o CEO.

Além disso, a empresa está desenvolvendo seus negócios de amônia azul e hidrogênio para produzir até 11 milhões de toneladas métricas de amônia azul por ano até 2030.

Falando sobre o hidrogênio azul, o CEO disse que o mercado começou a se recuperar no Japão e na Coreia do Sul, mas vai demorar um pouco mais para a Europa e “precisará de acordos de longo prazo para expandir essa produção”.

A Aramco também está explorando oportunidades para reduzir as emissões de gases de efeito estufa ao longo de toda a cadeia de valor de seus produtos e pretende implementar uma série de iniciativas para que as emissões de dióxido de carbono sejam reduzidas, reutilizadas, recicladas e removidas.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
28/10/2022