Cenário Econômico Internacional – 04/11/2022

Cenário Econômico Internacional – 04/11/2022

Cenário Econômico Internacional – 04/11/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Crescimento global do emprego vai “se deteriorar significativamente” neste trimestre, diz OIT

O crescimento global do emprego “se deteriorará significativamente” neste trimestre, afetado pela turbulência econômica causada pela guerra na Ucrânia e pelo impacto da política monetária mais restritiva sobre o consumo, disse a Organização Internacional do Trabalho (OIT) na segunda-feira (31).

Já há sinais de que uma recuperação nas horas trabalhadas globais, vista no início de 2022, foi revertida no segundo e terceiro trimestres, disse o órgão da Organização das Nações Unidas.

No geral, havia 40 milhões de empregos em período integral a menos entre julho e setembro do que no quarto trimestre de 2019, que é usado como nível de referência antes da pandemia da Covid-19, acrescentou a entidade.

“Nas tendências atuais, o crescimento global do emprego se deteriorará significativamente no quarto trimestre de 2022”, disse a OIT em relatório.

A OIT atribuiu a deterioração do nível de horas trabalhadas em meados de 2022 à reintrodução de restrições de saúde pública e consequentes disrupções no mercado de trabalho na China, bem como ao conflito na Ucrânia e às pressões inflacionárias resultantes de interrupções nas exportações de energia e alimentos.

O relatório também disse que o aperto excessivo das políticas monetárias pode causar “danos indevidos a empregos e renda em países avançados e em desenvolvimento”.

A OIT alertou para o declínio das vagas de emprego à frente e o aumento do desemprego nos últimos meses do ano. Já há sinais de que o mercado de trabalho esfriou consideravelmente nas economias avançadas, com quedas acentuadas no crescimento de vagas.

Investimento estrangeiro direto global sobe ao maior nível desde 2013, diz OCDE

O fluxo de investimento estrangeiro direto aumentou em US$ 972 bilhões ao redor do globo na primeira metade deste ano, no melhor resultado semestral desde 2013, informa a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em relatório de outubro.

A OCDE ressalta que a maior parte do avanço neste tipo de investimento se deu no primeiro trimestre de 2022, enquanto tais fluxos caíram 22% nos três meses seguintes, na base trimestral. “Essa queda não é surpreendente, dada a crescente inflação e juros básicos, preços mais altos de energia e invasão em escala total da Rússia à Ucrânia.”

No primeiro semestre, os fluxos de investimento estrangeiro direto de entrada para a área da OCDE aumentaram a US$ 488 bilhões, 28% acima do semestre anterior. Os de saída também subiram, a US$ 838 bilhões, no maior nível em nove anos.

Os Estados Unidos foram o maior receptor de investimentos diretos do exterior, seguidos por China e Brasil, e também foi o maior investidor ao redor do mundo, acompanhado pelos Países Baixos e Austrália.

Ataques terroristas financiados com criptos disparou nos últimos anos, diz ONU

O número de ataques terroristas financiados por criptomoedas quadruplicou nos últimos anos, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Em entrevista à Bloomberg, Svetlana Martynova, diretora jurídica sênior do Comitê de Combate ao Terrorismo das Nações Unidas, disse que há alguns anos 5% dos ataques terroristas eram vistos como financiados por criptomoedas ou vinculados a ativos digitais. “Agora estamos pensando que pode chegar a cerca de 20%”, disse ela.

Martynova também falou sobre o financiamento do terror em uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas no Hotel Taj Mahal Palace, em Mumbai, um dos locais do ataque de 26 de novembro de 2008, que deixou 175 mortos e mais de 300 feridos.

“No que diz respeito à movimentação de fundos, os especialistas concordam que transferências de dinheiro continuam sendo os métodos predominantes usados por terroristas”, disse ela no discurso. Mas “houve também um aumento na sua utilização em combinação com novos métodos de pagamento”.

Esses novos métodos incluem sistemas de pagamento móvel e ativos virtuais, disse ela. “Blockchains, criptomoedas e crowdfunding às vezes representam uma trilha de dinheiro complexa para serem seguidas por investigadores financeiros. Alguns desses produtos, inclusive, podem permitir transferências anônimas de recursos entre fronteiras.”

FMI nomeia veterana argentina e principal negociadora na Ucrânia como sua nova porta-voz

A chefe do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, disse na quarta-feira (02) que nomeará a economista veterana do FMI Julie Kozack, que agora lidera as negociações do fundo com a Ucrânia, como a principal porta-voz da entidade.

Kozack, que tem um doutorado em economia pela Universidade de Columbia, também supervisionou as negociações do FMI com a Argentina. Ela atualmente é vice-diretora do Departamento Europeu do FMI.

Ela sucede o porta-voz de longa data do fundo, Gerry Rice, que guiou as comunicações do FMI durante crises globais, do derretimento financeiro de 2007-2009 à pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia.

“A estelar carreira de Julie no fundo há mais de duas décadas reflete não apenas sua posição como uma economista e líder institucional de primeira linha, incluindo como chefe de missão e principal negociadora em países em crise de grande importância, mas também suas excepcionais habilidades de comunicação”, disse Georgieva em comunicado no site do Fundo.

Georgieva disse que o pensamento estratégico de Kozack, suas ideias inovadoras e capacidade de construir consenso e relacionamentos, muitas vezes sob “circunstâncias muito desafiadoras”, lhe renderam o respeito de colegas e autoridades externas.

Kozack assume o papel de diretora estratégica de comunicações do fundo no momento em que a guerra da Rússia na Ucrânia, aumento de taxas de juros e altos índices de inflação estão deprimindo o crescimento global, que estava apenas começando a se recuperar da pandemia de Covid-19.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (31), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, com os principais índices fechando o último pregão de um forte mês de ganhos com desempenho mais fraco, já que o foco dos investidores se voltou para a reunião de política monetária do Federal Reserve desta semana. O índice Dow Jones teve queda de 0,39%, a 32.732,95 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,75%, a 3.871,98 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,03%, a 10.988,15 pontos.

Na terça-feira (01), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, em uma sessão na qual reinou a expectativa pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano), que deve elevar juros em 75 pontos-base na quarta-feira (02). O índice Dow Jones teve queda de 0,24%, a 32.653,20 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,41%, a 3.856,10 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,89%, a 10.890,85 pontos.

Na quarta-feira (02), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, o otimismo visto em NY após a decisão do Federal Reserve transformou-se em volatilidade e novas quedas com o início da coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed. O índice Dow Jones teve queda de 1,55%, a 32.147,76 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 2,50%, a 3.759,69 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 3,36%, a 10.524,80 pontos.

Na quinta-feira (03), as bolsas de valores de Nova York operavam em queda, com os investidores temendo que o Federal Reserve esteja longe de sinalizar uma postura menos agressiva em sua luta contra a inflação. Por volta das 12h30, o índice Dow Jones registrava queda de 0,48%, a 31.993,53 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,93%, a 3.724,56 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 1,33%, a 10.384,61 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 28.10.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (28) cotado a R$ 5,3004 com queda de 0,12%. Em sessão marcada por instabilidade devido a fatores técnicos e à aproximação do segundo turno das eleições presidenciais, em meio a temores sobre possível contestação do resultado de domingo e incerteza sobre qual será a agenda fiscal do próximo governo, fatores que ajudaram a impulsionar a moeda no acumulado da semana.

Na segunda-feira (31) – O dólar à vista registrou queda de 2,54%, cotado a R$ 5,1659 na venda. Revertendo ganhos depois de mais cedo ter superado os 5,40 reais, com investidores reagindo positivamente à redução de temores sobre possível contestação do resultado das eleições presidenciais, depois que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e líderes de várias instituições brasileiras reconheceram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito de domingo. O dólar oscilou entre R$ 5,4085 na máxima e R$ 5,1544 na mínima.

Na terça-feira (01) – O dólar à vista registrou queda de 0,92%, cotado a R$ 5,1186 na venda. O dólar mostrou forte instabilidade no final das negociações e fechou acima dos menores patamares do dia, depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não reconheceu a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições, mas garantiu que cumprirá os mandamentos da Constituição. O dólar oscilou entre R$ 5,4085 na máxima e R$ 5,1544 na mínima.

Na quarta-feira (02) – O dólar chegou a recuar ante a maioria das moedas, mas ganhou força na sessão com os comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Com a decisão de política monetária da autoridade, a moeda americana se desvalorizou com a percepção de que as altas de juros de 75 pontos base poderiam ter chegado ao fim. No entanto, em sua coletiva de imprensa, Powell reforçou a continuidade do aperto monetário, o que deu forças ao dólar. No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 147,67 ienes, o euro recuava a US$ 0,9836 e a libra avançava a US$ 1,1406. Enquanto isso, o índice DXY registrava alta de 0,58%, a 112,124 pontos.

Na quinta-feira (03) – Por volta das 12h00, o dólar operava em alta de 0,15% cotado a R$ 5,1261 na venda. Em meio a negociações voláteis, acompanhando a alta da moeda norte-americana no exterior após sinalizações mais duras do que o esperado do Federal Reserve em sua última reunião de política monetária.

Banco Central da Colômbia eleva taxa básica de juros para 11%

O conselho do Banco Central da Colômbia elevou a taxa básica de juros do país em 1 ponto percentual, para 11%, em linha com as expectativas de mercado e acompanhando a trajetória de autoridades monetárias de todo o mundo, que estão tentando combater a inflação elevada.

A decisão foi apoiada por todos os sete membros do conselho, disse o Banco Central em comunicado.

Atividade da indústria dos EUA tem em outubro ritmo mais fraco em quase 2 anos e meio, aponta ISM

A atividade industrial dos Estados Unidos cresceu em outubro no ritmo mais lento em quase dois anos e meio, enquanto uma medida dos preços pagos pelas empresas por insumos recuou pelo sétimo mês consecutivo, à medida que o movimento agressivo do Federal Reserve para aumentar a taxa de juros esfriou a demanda por bens.

O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) informou nesta terça-feira que seu PMI de manufatura caiu para 50,2 no mês passado, de 50,9 em setembro, ambas as leituras mais baixas desde maio de 2020.

Uma leitura acima de 50 sinaliza expansão na manufatura, que responde por 11,9% da economia dos EUA. Os economistas consultados pela Reuters projetavam queda do índice para 50,0.

O Fed deve aumentar os juros em 0,75 ponto percentual por uma quarta vez consecutiva na conclusão de sua reunião de política monetária na quarta-feira (02), o ritmo mais rápido de aperto em 40 anos.

Desde março, o Fed já elevou os juros de quase zero para uma faixa atual de 3,00% a 3,25%, em sua batalha contra a inflação elevada.

Mas embora a atividade geral de manufatura tenha caído, o subíndice de novas encomendas do ISM subiu para 49,2 no mês passado, de 47,1 em setembro, indicando alguma resiliência entre os consumidores dos EUA, mesmo que as ações do Fed comecem a pesar nos bolsos.

Com as cadeias de abastecimento funcionando mais normalmente, as pressões de inflação no portão das fábricas continuaram a diminuir.

Uma medida dos preços pagos pelos fabricantes caiu para 46,6, a menor leitura desde maio de 2020, de 51,7 em setembro. O índice de preços caiu quase 50% desde março, impulsionado pelo recuo dos preços das commodities.

Maduro recebe Petro na 1ª reunião após retomada das relações Colômbia-Venezuela

Os presidentes Gustavo Petro e Nicolás Maduro terão seu primeiro encontro presencial na terça-feira (01), em Caracas, um novo passo no relançamento das relações bilaterais entre Colômbia e Venezuela, após três anos de ruptura diplomática.

Seguindo a linha de seu antecessor, o falecido Hugo Chávez, Maduro protagonizou anos de tensões com os antecessores de Petro, Juan Manuel Santos (2010-2018) e Iván Duque (2018-2022), os quais chegou a acusar de orquestrarem planos para assassiná-lo.

O ápice foi a ruptura das relações em fevereiro de 2019, logo após Duque reconhecer o líder da oposição Juan Guaidó como “presidente encarregado” da Venezuela, em meio às acusações de fraude eleitoral da oposição a Maduro.

Agora, “a relação bilateral entre ambos os países, a reabertura das fronteiras e o reingresso da Venezuela no sistema interamericano de direitos humanos” serão temas da agenda de um almoço entre os governantes, conforme comunicado divulgado pela Presidência colombiana na segunda-feira (31).

Desde que assumiu o cargo de primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia, em agosto deste ano, Petro decidiu retomar as relações bilaterais.

Esta será a primeira visita oficial de um presidente colombiano a Caracas em quase uma década. Santos foi recebido por Maduro em 2013, no multitudinário funeral de Chávez.

PIB do México avança 1,0% no 3º trimestre ante 2º trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) do México cresceu 1,0% no terceiro trimestre ante o segundo. O Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi). Na comparação anual, o avanço foi de 4,2%, o que superou a previsão de alta de 3,2% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

O resultado anual representa uma aceleração do crescimento, após a alta de 2,0% no ano vista no segundo trimestre.

Governo da Venezuela e oposição retomarão conversas em breve, dizem fontes

O governo da Venezuela e a oposição do país planejam retomar diálogos no México ainda neste mês, após um longo atraso, e o foco deve recair sobre a negociação de condições para uma eleição presidencial, disseram quatro fontes próximas às conversas.

No ano passado, delegações representando o presidente Nicolás Maduro e a oposição liderada por Juan Guaidó não progrediram em soluções para a profunda crise política do país que alimentou uma onda migratória, às vezes caótica, de mais de sete milhões de pessoas.

“Estamos trabalhando para retomar o processo de diálogo em novembro”, disse uma das pessoas com conhecimento dos acertos.

Maduro e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, disseram em um comunicado conjunto que torcem por um “retorno bem-sucedido” aos diálogos.

As novas conversas, novamente facilitadas pelo governo norueguês, envolveriam a eleição, o status de centenas de prisioneiros políticos, sanções dos EUA à Venezuela e um “acordo social” que permitiria a distribuição de três bilhões de dólares em bens e investimentos para auxílio humanitário de um fundo administrado pela ONU.

A retomada do diálogo foi adiada repetidas vezes por divergências sobre os termos, especialmente em relação à eleição, um tópico que pode novamente forçar mudanças de última hora, incluindo a possibilidade de adiar a discussão para uma segunda reunião, disse uma das fontes.

O Ministério da Informação da Venezuela, o enviado da oposição Gerardo Blyde, o governo norueguês e o Ministério das Relações Exteriores do México não responderam ao pedido por comentários em um primeiro momento.

Fed: Sem surpresas, taxa de juros sobe em 75 pontos-base, para 4%

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) elevou na quarta-feira (02) a taxa básica de juros da economia dos EUA em 75 pontos-base, de 3-3,25% para 4%. A decisão veio após dois dias de reunião de política monetária, e veio em linha com a expectativa do mercado.

De acordo com o Monitor da Taxa de Juros do Fed do Investing.com, a chance de um aumento de 0,75 ponto percentual estava precificada para 84,5% do mercado, enquanto 15,5% apostavam em uma alta de magnitude menor, de meio ponto percentual.

O comunicado pós-decisão não aponta o ritmo de aumentos futuros da taxa de juros. “O Comitê antecipa que os aumentos contínuos na faixa da meta serão apropriados para atingir uma postura de política monetária suficientemente restritiva para retornar a inflação a 2% ao longo do tempo”, informa o documento, que também aponta que o ritmo futuro de aumento vai depender de:

  • o aperto monetário acumulativo;
  • o atraso do efeito da política monetária sobre a atividade econômica e a inflação;
  • e desenvolvimento da economia e das condições financeiras.

O colegiado também decidiu pela manutenção da redução do balanço do Fed, ou seja, vai continuar vendendo títulos públicos do Tesouro dos EUA e títulos hipotecários para retirar liquidez do mercado. Esses títulos foram adquiridos durante a crise do coronavírus, quando o Fed adquiria esses ativos para aumentar a liquidez de dinheiro no mercado.

Além disso, a autoridade monetária reconhece que a inflação continua elevada devido ao desequilíbrio entre oferta e demanda relacionado à pandemia, nível de preços maior para alimentos e energia, e pressões externas (como a guerra da Ucrânia).

PIB dos EUA no 3º trimestre superou projeções do FMI, mas crescimento é volátil, diz autoridade

O Fundo Monetário Internacional talvez precise aumentar sua previsão para o crescimento dos Estados Unidos após dados do PIB melhores que os esperados para o terceiro trimestre, disse uma autoridade sênior do FMI, mas o aumento de juros pelo Federal Reserve está começando a esfriar a demanda, especialmente em habitação.

Nigel Chalk, diretor interino do departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo, disse à Reuters em uma entrevista que as mais recentes previsões do relatório Perspectiva Econômica Mundial do FMI de 1,6% de crescimento real do PIB dos EUA em 2022 presumiram um resultado menor para o terceiro trimestre do que a taxa de crescimento anual de 2,6% relatada semana passada pelo Departamento do Comércio.

“Foi um relatório forte. Foi definitivamente um terceiro trimestre mais forte do que tínhamos em nossa previsão no relatório de outubro, então, nesse sentido, há um lado positivo”, disse Chalk.

Mas ele disse que o PIB dos EUA tem sido extremamente volátil este ano, saindo de uma contração de 0,6% no segundo trimestre, com os dados do terceiro trimestre potencializados por uma contribuição incomumente grande das exportações líquidas, junto com um grande acúmulo de estoques.

Em seu relatório de 11 de outubro, o FMI havia cortado a previsão de crescimento dos EUA em 0,7 ponto percentual, com base no resultado fraco do segundo trimestre deste ano. Junto com outros fatores, como os custos crescentes de alimentos e energia gerados pela guerra da Rússia na Ucrânia e política monetária mais apertada, as reduções nos EUA compensaram as surpresas positivas na Europa, deixando a projeção de crescimento global do FMI para 2022 estática em 3,2%.

Mas Chalk disse que os dados do terceiro trimestre refletem uma mudança em padrões de consumo dos norte-americanos que pode causar efeitos negativos em outros países, como um retorno a gastos em serviços, como viagens, restaurantes e tratamento de saúde, afastando-se da demanda induzida pela pandemia por bens importados.

“Eu acho que esta recomposição da demanda nos EUA é uma característica muito importante. Indo para o próximo ano, os EUA estão desacelerando e isso nunca é bom para a economia global”, disse Chalk. “Além de desacelerar, está se afastando de bens de consumo, e isso está meio que exacerbando o efeito à economia global”.

Ministério da Economia argentino quer congelar preços durante o verão

O ministro da Economia da Argentina, Sérgio Massa, afirmou que o governo tem um plano para congelamento de preços de produtos dos supermercados dentro dos próximos quatro meses. Em entrevista a programas de rádios no país, Massa indicou ainda que há a intenção de lançar um aplicativo para que a população possa verificar nos mercados se os preços praticados estão dentro do estabelecido.

A ideia é que o aplicativo possa ler códigos de barras do produto e apresentar o valor determinado. O aplicativo disponível para celular leva o nome Mi Argentina.

O verão, entre dezembro e março, é o período considerado mais quente para o consumo e a intenção é assegurar maior tranquilidade aos consumidores.

Conforme o jornal El Clarin, o secretário de comércio declarou que está dialogando com entidades para chegar ao número de 86% de mercadorias mais usadas no verão com preços congelados.

Caso o mercado não cumpra com a cotação, o consumidor poderá realizar uma denúncia e o estabelecimento multado. Massa informou que a punição será severa, com valores podendo chegar aos 240 milhões de pesos, o equivalente a 7,84 milhões de reais.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (31), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, apesar de mais uma aceleração no índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) na zona do euro. Leituras de Produto Interno Bruto (PIB) em diferentes países da região e indicadores da China também ficaram no radar, assim como notícias quanto a TotalEnergies e Credit Suisse. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,37%, a 412,26 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,10%, a 6.266,77 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,08%, a 13.253,74 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,07%, a 5.718,28 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,46%, a 7.953,30 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,66%, a 7.094,53 pontos.

Na terça-feira (01), as bolsas europeias fecharam em alta, na esteira de avanço das bolsas asiáticas. No radar dos operadores, estão as especulações de que a China irá aliviar as políticas para Covid-19 no ano que vem. Dado de indústria melhor que o esperado no Reino Unido e balanço corporativo da British Petrol (BP) também animaram os mercados. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,58%, a 414,61 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,98%, a 6.328,25 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,2%, a 13.338,74 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,92%, a 5.827,92 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,53%, a 7.999,00 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,29%, a 7.186,16 pontos.

Na quarta-feira (02), as bolsas europeias fecharam em alta, além da reunião da Fed, o Banco de Inglaterra reúne-se na quinta-feira (03) e os mercados também antecipam uma subida das taxas de juro, atualmente em 2,25%, para travar a subida da taxa de inflação, atualmente em 10,1%. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,29%, a 413,39 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,81%, a 6.276,88 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,61%, a 13.256,74 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,61%, a 5.734,11 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,38%, a 7.968,60 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,58%, a 7.144,14 pontos.

Na quinta-feira (03), as bolsas europeias fecharam mistas, afetadas pela mensagem lançada pela Reserva Federal dos EUA (Fed), que advertiu de que o teto que podem alcançar as taxas de juros será mais alto do que o esperado, aguardando também a política monetária do Banco da Inglaterra. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,96%, a 409,44 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,60%, a 6.239,27 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,95%, a 13.130,81 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,075%, a 5.738,39 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,36%, a 7.860,00 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,59%, a 7.186,01 pontos.

Economia da França tem crescimento modesto no 3º trimestre, e inflação atinge recorde

A economia da França apresentou um crescimento modesto no terceiro trimestre, com os gastos das famílias estagnados e um forte salto na inflação em outubro sinalizando obstáculos para o último trimestre do ano.

A economia da França cresceu 0,2% no período de julho a setembro, em linha com as expectativas do mercado, mostraram os dados preliminares da agência oficial de estatísticas, INSEE.

A inflação alta, a fraqueza das exportações e os riscos ao fornecimento de energia pesarão sobre a segunda maior economia da zona do euro nos próximos meses, disseram os analistas, no momento em que o Banco Central Europeu aumenta os juros para domar os aumentos de preços.

O presidente do Banco da França, François Villeroy de Galhau, disse que não vê motivo para revisar para baixo sua previsão de crescimento do PIB de 2,6% em 2022, mas que há sinais claros de fraqueza na zona do euro como um todo.

“Isso significa um crescimento resiliente este ano e pelo menos uma desaceleração significativa no próximo ano”, disse Villeroy em webcast promovido pelo site financeiro Boursorama.

Villeroy, que também é membro do Banco Central Europeu, disse que já houve progressos “substanciais” no combate do BCE à inflação.

Após dois meses consecutivos de desaceleração da inflação na França, que contrariou a tendência mais ampla da zona do euro, os preços ao consumidor subiram em outubro. Na base mensal, passaram de queda de 0,6% em setembro para alta de 1% em outubro. Na base anual, foram de 5,6% para 6,2%. Os preços dos alimentos avançaram 11,8% no ano, enquanto os preços da energia subiram 19,2%.

Crescimento econômico da zona do euro desacelera com força no 3º trimestre

O crescimento econômico da zona do euro desacelerou acentuadamente no terceiro trimestre, como esperado, mostraram dados preliminares na segunda-feira (31), destacando expectativas de que o bloco monetário cairá em recessão nos próximos trimestres.

A agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, estimou que o Produto Interno Bruto nos 19 países que compartilham o euro subiu 0,2% em relação ao segundo trimestre e 2,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior, como esperado pelos economistas consultados pela Reuters.

Isto se compara a um crescimento trimestral de 0,8% e anual de 4,3% no período de abril a junho, quando a economia da zona do euro começa a sentir o impacto do aumento da inflação, especialmente dos preços da energia, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, e o salto resultante nas taxas de juros.

A Alemanha, a maior economia da Europa, contrariou a tendência e relatou uma ligeira aceleração do crescimento no terceiro trimestre para 0,3%, de 0,1% no segundo trimestre, embora sua economia ainda tenha desacelerado em termos anuais.

Bélgica, Letônia e Áustria já registraram queda trimestral do PIB no período de julho a setembro.

Knot diz que próximo aumento de juros do BCE deve ser de entre 0,50 e 0,75 p.p

O Banco Central Europeu (BCE) pode aumentar seus juros em 0,75 ponto percentual novamente em sua próxima reunião de política monetária em dezembro, disse o membro do Conselho do BCE, Klaas Knot.

O Banco Central dos 19 países que compartilham o euro elevou a taxa de juros que paga sobre depósitos bancários em 0,75 ponto na semana passada, atingindo 1,5%, nível mais alto desde 2009.

“Vamos dar um passo significativo nos juros novamente em dezembro”, disse Knot em entrevista ao programa de TV holandês Buitenhof, acrescentando que o próximo aumento deve ficar entre 0,50 e 0,75 ponto.

“Ainda não chegamos nem ao intervalo (do jogo)”, disse Knot sobre a luta do BCE contra o aumento da inflação na zona do euro.

“Ainda estamos retornando os juros ao seu nível neutro, para o qual também precisaremos da reunião de dezembro.”

O BCE continuará apertando sua política monetária no próximo ano, disse Knot, em uma tentativa de reduzir a inflação atualmente em cerca de 10% na área da moeda única.

“A partir de 2023, jogaremos o segundo tempo com passos menores nos juros e encolhendo nosso balanço”, disse o presidente do Banco Central holandês.

“Então estaremos na zona em que efetivamente esfriaremos a economia, o que é necessário para reduzir a inflação de 10% para 2% nos próximos 18 a 24 meses.”

Portugal: PIB avança 0,4% no 3° trimestre ante o segundo

O Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal cresceu 0,4% no terceiro trimestre, na comparação com o segundo, informou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

Na comparação com igual período de 2022, o avanço foi de 4,9% no terceiro trimestre, desacelerando da alta anual de 7,4% vista no segundo trimestre.

As previsões do Governo, no âmbito da proposta de Orçamento do Estado para 2023, apontam para um crescimento de 6,5% este ano, uma estimativa igual à dos últimos dados divulgados pela Comissão Europeia. Já o Banco de Portugal e o Conselho de Finanças Públicas vêm a economia a crescer um pouco mais, chegando aos 6,7%.

Independentemente do valor final, mais décima menos décima, Portugal deverá crescer este ano ao ritmo mais elevado desde 1990.

Primeira-ministra italiana Giorgia Meloni adia reformas da justiça vinculadas aos fundos pós-pandemia da UE

O novo governo da Itália atrasou a aplicação de uma reforma da justiça necessária para obter fundos europeus pós-pandemia e descartou um mandato de vacina para os profissionais de saúde, medidas vistas como contrárias ao governo anterior de Mario Draghi.

Draghi impôs duras restrições a Covid e impulsionou a reforma da justiça contestada destinada a acelerar os lentos processos judiciais da Itália.

O gabinete da primeira-ministra Giorgia Meloni decidiu que médicos e enfermeiros não precisariam mais ser vacinados contra a doença e disse que aqueles suspensos do trabalho até 31 de dezembro por terem recusado a vacina seriam imediatamente reintegrados.

Falando em uma entrevista coletiva depois que o gabinete aprovou as medidas, Meloni acusou seus antecessores, Draghi e Giuseppe Conte, de adotar uma abordagem “ideológica” a Covid-19 e disse que faria as coisas de maneira diferente.

“Os governos anteriores tomaram uma série de medidas que não tinham evidências científicas”, disse Meloni, empossado neste mês à frente de uma coalizão de direita.

Na semana passada, o Ministério da Economia também recomendou que as multas de 100 euros para pessoas com mais de 50 anos que se recusassem a se vacinar, outra medida introduzida por Draghi, fossem suspensas.

“Em sua primeira reunião ministerial, o governo Meloni recompensou os antivacinas. Teria sido difícil começar de uma maneira pior”, disse Enrico Letta, chefe do Partido Democrata de centro-esquerda, da oposição.

No campo da justiça, Meloni disse que a reforma de Draghi, que deveria entrar em vigor no dia 2 de novembro, contém várias medidas para reorganizar os processos judiciais, mas não tem recursos e instrumentos para colocá-las em prática.

“Os nossos tribunais e procuradorias não estão prontos, e isso corre o risco de paralisar o nosso sistema judicial”, disse ela, acrescentando que a reforma será, de qualquer forma, aplicada antes do final do ano, cumprindo o prazo estabelecido pela Comissão Europeia.

A Comissão condicionou parte dos seus 200 mil milhões de euros de fundos de recuperação para a Itália à redução da duração dos julgamentos em 25% ao longo de cinco anos nos processos penais e em 40% nos processos civis.

Polônia construirá cerca de arame farpado na fronteira com russa Kaliningrado

A Polônia construirá uma cerca de arame farpado em sua fronteira com a cidade russa de Kaliningrado, disse seu ministro da Defesa na quarta-feira (02), em meio à preocupação de que o enclave possa se tornar um canal para a imigração ilegal.

A construção da barreira temporária de 2,5 metros de altura e 3 metros de profundidade será iniciada imediatamente, disse Mariusz Blaszczak em uma coletiva de imprensa.

Com as tensões aumentando devido à guerra na Ucrânia, ele citou preocupações com a segurança e referiu-se a uma crise desencadeada no outono passado, quando milhares de imigrantes africanos e do Oriente Médio tentaram cruzar a fronteira de Belarus com a Polônia, alguns dos quais morreram.

Entretanto, um porta-voz da Guarda Fronteiriça da Polônia disse que não houve entradas ilegais de Kaliningrado para a Polônia em outubro.

“A fronteira polaco-russa está estável e calma. Não houve passagem ilegal na fronteira”, disse Anna Michalska.

BCE precisará de mais aumentos de juros para combater a inflação, diz De Cos

O Banco Central Europeu “precisará de mais aumentos das taxas de juros” para combater a inflação, mesmo considerando a probabilidade cada vez maior de recessão na zona do euro, disse o membro do BCE Pablo Hernandez de Cos.

“Mas em que nível e com que velocidade dependerá do panorama da inflação que, por sua vez, depende do panorama de crescimento e, portanto, inclui a probabilidade maior de recessão que agora estamos estimando”, disse De Cos, também chefia o Banco da Espanha, em um comunicado.

De Cos disse que, após uma desaceleração significativa do crescimento no terceiro trimestre, “esperamos mais enfraquecimento para o restante do ano e para a primeira parte de 2022” na zona de moeda única.

Embora o banco semana passada tenha retirado a referência em seu comunicado a prováveis aumentos de taxas em “várias” outras reuniões, a presidente do BCE, Christine Lagarde, pareceu voltar a essa terminologia após aumentar a taxa de depósito em 27 de outubro em 75 pontos-base, para 1,5%, seu maior patamar desde 2009.

A inflação na zona do euro acelerou para 10,7% em outubro e deve ficar acima do objetivo de 2% do BCE até 2024.

Inflação turca atinge máxima em 24 anos de 85,5% após cortes de juros

A inflação anual turca subiu para uma nova máxima de 24 anos de 85,51% em outubro, mostraram dados oficiais na quinta-feira (03), um pouco abaixo da previsão, depois que o banco central cortou sua taxa básica de juros apesar da alta nos preços.

A inflação disparou desde o ano passado, quando a lira caiu depois que o banco central começou a cortar sua taxa básica de juros em um ciclo de afrouxamento buscado pelo presidente, Tayyip Erdogan.

Nos últimos três meses, o banco central reduziu sua taxa básica de juros em um total de 350 pontos-base, para 10,5%. Ele prometeu outro corte este mês como o movimento final no atual ciclo de afrouxamento, contrariando a tendência global de aperto da política monetária.

Na comparação mensal, os preços ao consumidor subiram 3,54%, disse o Instituto de Estatística da Turquia, abaixo da previsão de 3,60% em uma pesquisa da Reuters. A previsão para o dado anual era de 85,60%.

A inflação anual em outubro foi a mais alta desde junho de 1998, quando a Turquia trabalhava para acabar com uma década de inflação alta.

A queda de 44% da lira no ano passado e de 29% este ano foi a principal razão por trás do aumento da inflação, além do aumento dos preços de energia.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (31), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, com corporações em foco, enquanto Xangai caiu, depois de um recuo na leitura oficial do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da China. O índice Xangai teve queda de 0,77%, a 2.893,48 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,78%, a 27.587,46 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,18%, a 14.687,02 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,92%, a 3.508,70 pontos.

Na terça-feira (01), as bolsas asiáticas fecharam em alta, o movimento foi impulsionado por rumores nas redes sociais, não confirmados por Pequim, de que a China se prepararia para relaxar restrições contra a Covid-19 em março. A maioria das ações subiu, com companhias aéreas, consumo e produtores de alimentos entre os destaques. O índice Xangai teve alta de 2,62%, a 2.969,20 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,33%, a 27.678,92 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 5,23%, a 15.455,27 pontos. O índice CSI300 teve alta de 3,58%, a 3.634,17 pontos.

Na quarta-feira (02), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, enquanto investidores digerem resultados corporativos ao redor do globo. As negociações se dão após os avanços da terça-feira (31), de olho na política zero-covid na China, e à espera da decisão monetária do Federal Reserve. O índice Xangai teve alta de 1,15%, a 3.003,37 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,06%, a 27,663.39 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 2,41%, a 15.827,17 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,20%, a 3.677,81 pontos.

Na quinta-feira (03), as bolsas asiáticas fecharam em queda, sinais da economia da China estiveram em foco, ao lado da política monetária do Federal Reserve. Nesse contexto, Hong Kong foi mais penalizada, com baixa de pouco mais de 3%. Já no Japão houve feriado, com a Bolsa de Tóquio sem operar. O índice Xangai teve queda de 0,19%, a 2.997,81 pontos. O índice japonês Nikkei não teve operações devido ao feriado. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 3,08%, a 15.339,49 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,81%, a 3.647,90 pontos.

Produção industrial do Japão desacelera em setembro com estagnação do setor automotivo

A produção industrial japonesa desacelerou mais do que o esperado em setembro, segundo dados divulgados na segunda-feira (31), devido à alta dos preços das matérias-primas e da queda no ritmo de produção de automóveis, o que acabou afetando os resultados gerais.

A atividade industrial do país recuou 1,6% em setembro, acima das expectativas de uma queda de 1%. O número também ficou bem abaixo do crescimento de 3,4% registrado em agosto, conforme dados do Ministério da Economia, Comércio e Indústria.

A desaceleração na produção automotiva foi o principal fator para a redução, ao lado de problemas registrados na cadeia de fornecimento. A Toyota Motor Corp, maior fabricante mundial de veículos em número de vendas, alertou recentemente que a atual escassez de semicondutores estava prejudicando gravemente a produção, sobretudo em fábricas locais.

Os dados desta segunda-feira marcam o fim da sequência de alta de três meses na produção, após o país relaxar as restrições relacionadas à Covid e implementar medidas para ajudar a respaldar o iene.

A alta da inflação é o maior obstáculo enfrentado pelos fabricantes locais, que lidam custos cada vez maiores das matérias-primas. A forte desvalorização do iene neste ano acabou encarecendo a importação de commodities para alguns produtores locais, além de elevar os custos de serviços de utilidade pública.

Mesmo assim, a produção de equipamentos industriais, químicos e metais permaneceu constante durante o mês, indicando a força de alguns segmentos da economia japonesa.

A previsão do ministério é que a produção industrial recue 0,4% em outubro, novamente em razão da continuidade da fraqueza na produção automotiva. Já em novembro, a expectativa é que a produção suba 0,8%, graças ao suporte da fabricação de máquinas.

Outro ponto positivo na economia japonesa foi o crescimento das vendas no varejo, que ficaram acima das expectativas em setembro.

Dados mostraram que o faturamento do setor subiu 4,5% em setembro, superando as estimativas de avanço de 4,1%.

O recente relaxamento da maioria das restrições da Covid permitiu um forte repique nos gastos dos consumidores japoneses neste ano, o que também ajudou a respaldar o crescimento econômico do país.

Mesmo assim, a perspectiva para a economia do Japão continua nebulosa, já que o país enfrenta problemas como a forte desvalorização do iene e a alta da inflação.

Embora a expectativa seja que o Banco do Japão mantenha sua política acomodatícia para estimular o crescimento, as baixas taxas de juros locais devem continuar pressionando a queda do iene no curto prazo.

Atividades de indústria e serviços da China têm contração por restrições contra a Covid

A atividade industrial da China contraiu inesperadamente em outubro, pressionada pelo abrandamento da demanda global e pelas rigorosas restrições internas contra a Covid-19, que afetaram a produção, as viagens e o transporte marítimo na segunda maior economia do mundo.

Embora o crescimento econômico da China tenha superado as expectativas no terceiro trimestre, as persistentes limitações contra a Covid-19, uma queda prolongada no setor imobiliário e os riscos de recessão global estão abalando um renascimento mais robusto na atividade industrial e no consumo.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de indústria oficial da China caiu para 49,2 de 50,1 em setembro, disse o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) na segunda-feira (31).

O resultado foi inesperadamente abaixo da marca dos 50 pontos que separa o crescimento da contração, uma vez que os economistas consultados em uma pesquisa da Reuters previam que o chegaria exatamente aos 50,0.

“Os PMIs oficiais apontam para uma nova perda de impulso neste mês, pois as interrupções pelo vírus pioraram e as encomendas de exportação permaneceram sob pressão”, disse Zichun Huang, economista da Capital Economics.

“Com a política de Covid zero aqui para ficar, pensamos que a economia continuará em dificuldades rumo a 2023.”

Separadamente, o PMI não-manufatureiro, que analisa a atividade do setor de serviços, caiu de 50,6 em setembro para 48,7.

Desde a semana passada, 31 cidades implementaram vários níveis de lockdowns ou algum tipo de medida de controle, afetando cerca de 232 milhões de pessoas, disse o Nomura em nota.

Os economistas veem a atual política da China de Covid zero como uma grande restrição econômica e preveem que as restrições permanecerão em vigor por algum tempo após o Congresso do Partido Comunista deste mês.

Coreia do Norte exige que EUA parem exercícios militares com Coreia do Sul

A Coreia do Norte exigiu que os Estados Unidos e a Coreia do Sul interrompam exercícios militares conjuntos. O país comunista classificou o treinamento como uma provocação que pode gerar medidas mais enérgicas.

Em conjunto com os sul-coreanos, os norte-americanos deram início aos maiores exercícios aéreos militares combinados dos dois países. De acordo com Reuters, as operações serão realizadas 24 horas por dia durante uma semana.

“A situação na península coreana e seus arredores entrou na fase de confronto sério de poder pelo poder novamente, devido aos movimentos militares incessantes e imprudentes dos EUA e da Coreia do Sul”, declarou o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, em comunicado oficial. O documento afirma que os norte-coreanos estão prontos “para tomar todas as medidas necessárias para defender sua soberania, segurança do povo e integridade territorial de ameaças militares externas”.

Washington e Seul acreditam que Pyongyang pode estar prestes a retomar os testes de bombas nucleares pela primeira vez desde 2017. Por meio dos exercícios militares, os dois governos visam a “dissuadir” Pyongyang. Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, reiterou hoje os pedidos para que a Coreia do Norte retorne às negociações, acrescentando que a política dos EUA para buscar a desnuclearização completa da península coreana não mudou.

Índia contribuirá com US$ 500.000 para a ONU para combater o terrorismo

A Índia contribuirá com meio milhão de dólares para os esforços das Nações Unidas para combater o terrorismo global, já que tecnologias novas e emergentes usadas por grupos terroristas representam novas ameaças a governos em todo o mundo, disse o ministro das Relações Exteriores.

O dinheiro será destinado ao Fundo Fiduciário da ONU para Combate ao Terrorismo e fortalecerá ainda mais a luta da organização contra o terrorismo, disse S. Jaishankar ao discursar em uma reunião especial do Comitê de Combate ao Terrorismo da ONU em Nova Délhi.

Foi a primeira conferência desse tipo, focada em desafiar as ameaças apresentadas por grupos terroristas diante das novas tecnologias, a ser realizada fora da sede da ONU em Nova York.

Jaishankar disse que novas tecnologias, como serviços de mensagens criptografadas e blockchain, são cada vez mais mal utilizadas por grupos terroristas e atores mal-intencionados, provocando uma necessidade urgente de a comunidade internacional adotar medidas para combater as ameaças.

“A Internet e as plataformas de mídia social se transformaram em instrumentos potentes no conjunto de ferramentas de grupos terroristas e militantes para difundir propaganda, radicalização e teorias da conspiração destinadas a desestabilizar as sociedades”, disse ele em seu discurso de abertura.

Jaishankar também destacou a crescente ameaça do uso de sistemas aéreos não tripulados, como drones, por grupos terroristas e organizações criminosas, chamando-os de um desafio para as agências de segurança em todo o mundo.

Presidente do Banco Central do Japão indica ajuste em juros ultrabaixos como opção futura

O presidente do Banco Central do Japão, Haruhiko Kuroda, na indicou na quarta-feira (02) uma chance de ajuste na política de controle da curva de juros do banco no futuro, dizendo que isso pode se tornar uma opção futura se a inflação continuar a crescer.

“Por enquanto, não vejo a necessidade de aumentar as taxas de juros ou fazer qualquer modificação no controle da curva”, disse Kuroda ao Parlamento, enfatizando a importância de sustentar a economia com uma política monetária ultrafrouxa.

“Mas se o Japão vir perspectivas de que a inflação se encaminha para 2%, acompanhada de aumentos salariais, um ajuste na política monetária se tornará, naturalmente, necessário”, disse ele.

A observação provavelmente manterá vivas as expectativas do mercado de um ajuste nas taxas de juros ultrabaixas do Banco Central quando o segundo mandato de cinco anos de Kuroda terminar em abril do próximo ano.

Sob o controle da curva de rendimentos, o Banco do Japão orienta as taxas de juros de curto prazo em -0,1% e o rendimento dos títulos a 10 anos em torno de zero, como parte dos esforços para impulsionar de forma sustentável a inflação até sua meta de 2%.

China diz que é preciso resolver questões de estabilidade em Hong Kong e Macau

A China deve “tratar com firmeza” e “retificar” o que for necessário para resolver qualquer questão de estabilidade a longo prazo em Hong Kong e Macau, disse um alto funcionário, de acordo com a leitura de um documento suplementar do 20º Congresso do Partido Comunista, em outubro.

“Devemos tomar as principais questões relacionadas à estabilidade a longo prazo de Hong Kong e Macau, devemos lidar com firmeza com o que quer que seja necessário, devemos retificar com firmeza o que deve ser retificado e estabelecer com firmeza as regras que forem necessárias”, escreveu Xia Baolong, diretor do escritório de assuntos de Hong Kong e Macau da China, de acordo com o documento. Trechos dele foram publicados pela mídia local na quarta-feira (02).

Coreia do Norte lança míssil intercontinental, e Japão pede que moradores busquem abrigo

Em uma nova escalada de tensões na região, a Coreia do Norte lançou na quinta-feira (03) um míssil balístico internacional em direção ao Japão. Por causa do lançamento, o governo japonês emitiu um alerta para que cidadãos no norte do país buscassem abrigo, mas o míssil caiu no mar.

No dia anterior, a Coreia do Norte havia feito um lançamento recorde de mísseis em um só dia, 23, durante um exercício militar, em retaliação às recentes manobras conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul na região. Desta vez, no entanto, alguns dos mísseis atingiram o espaço marítimo da Coreia do Sul, que revidou.

Os Estados Unidos condenaram o disparo do míssil balístico internacional desta quinta e, em resposta, decidiram prolongar os exercícios aéreos na região, o que tem provocado a ira do governo norte-coreano.

“Esta ação ressalta a necessidade de todos os países implementarem totalmente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, que visam proibir (a Coreia do Norte) de adquirir as tecnologias e materiais necessários para realizar esses testes desestabilizadores”, declarou a Casa Branca em um comunicado.

Por conta do disparo, moradores da ilha sul-coreana de Ulleungdo, no leste do país, e de cidades do norte do Japão receberam alertas para procurar abrigo por volta das 08h (20h no horário de Brasília). Após constatar que o míssil caiu no mar, o governo japonês desativou o alerta.

O Exército da Coreia do Sul, que monitorou o lançamento, disse que o disparo lançado pela vizinha Coreia do Norte falhou.

“A capacidade do míssil balístico de longo alcance era de quase 760 km, uma altura de 1.920 km e uma velocidade de Mach 15 (equivalente a 15 vezes a velocidade do som)”, afirmou o Exército sul-coreano em nota.

Aramco supera expectativas com lucro trimestral recorde de US$ 42 bilhões

O lucro da Saudi Aramco subiu 39% no terceiro trimestre de 2022, superando a média das previsões dos analistas.

Os lucros da empresa de petróleo mais lucrativa do mundo atingiram SR159 bilhões (US$ 42 bilhões) depois que a receita subiu 51% para SR544 bilhões, de acordo com um documento da bolsa.

Esperava-se que a gigante do petróleo registrasse SR152 bilhões em lucro líquido, de acordo com dados da Bloomberg, contra a projeção da Al Rajhi Capital de SR154 bilhões.

A Aramco disse que os resultados foram impulsionados principalmente pelos preços mais altos do petróleo bruto e pelos volumes vendidos.

Além disso, foi parcialmente compensado por uma taxa média efetiva de royalties mais alta, devido aos preços mais fortes do petróleo bruto e ao aumento do volume de vendas, o que resultou em um aumento nos royalties de produção.

“Os fortes ganhos da Aramco e o fluxo de caixa livre recorde no terceiro trimestre reforçam nossa capacidade comprovada de gerar valor significativo por meio de nossa produção Upstream de baixo custo e baixa intensidade de carbono e negócios Upstream e Downstream estrategicamente integrados”, disse o CEO Amin Nasser.

“Embora os preços globais do petróleo bruto durante este período tenham sido afetados pela contínua incerteza econômica, nossa visão de longo prazo é que a demanda por petróleo continuará a crescer pelo resto da década, dada a necessidade mundial de energia mais acessível e confiável”, acrescentou.

Além dos resultados sólidos, a Aramco manteve dividendos trimestrais estáveis ​​em SR70,3 bilhões, representando um pagamento por ação de SR0,3198 a ser pago em 28 de novembro.

As despesas de capital durante o trimestre aumentaram de US$ 7,6 bilhões para US$ 9 bilhões, pois a Aramco continuou a investir e capturar oportunidades de crescimento.

Em termos de desempenho de nove meses, a Aramco superou com um aumento de lucro de 68% para SR489 bilhões de SR291 bilhões um ano antes.

Israelenses votam novamente, enquanto a crise política continua

Pela quinta vez desde 2019, os israelenses votaram nas eleições nacionais na terça-feira (01), na esperança de quebrar o impasse político que paralisou o país nos últimos três anos e meio.

Mais uma vez, a votação gira em torno da aptidão do ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para liderar enquanto enfrenta acusações de corrupção. E enquanto as pesquisas preveem outro impasse, Netanyahu está olhando para o poder crescente do legislador de extrema-direita Itamar Ben-Gvir para impulsioná-lo de volta ao poder.

Autoridades eleitorais disseram que, às 16h, horário local, o comparecimento foi de 47,5%, o maior na época desde 1999. Mas não houve divisão da votação que pudesse mostrar quem estava se beneficiando.

O principal rival de Netanyahu é o homem que o ajudou a derrubá-lo no ano passado, o primeiro-ministro interino centrista Yair Lapid, que alertou contra a aliança nacionalista e religiosa que surgiria se Netanyahu voltasse ao poder.

“Vote no estado de Israel e no futuro de nossos filhos”, disse Lapid depois de votar no bairro nobre de Tel Aviv, onde mora.

Depois de votar no assentamento da Cisjordânia onde mora, Ben-Gvir prometeu que uma votação em seu partido traria um “governo totalmente de direita” com Netanyahu como primeiro-ministro.

Ben-Gvir, que foi condenado por incitação por sua retórica antiárabe e prometeu deportar parlamentares árabes, viu sua influência aumentar nas pesquisas antes da votação e exigiu uma pasta chave caso Netanyahu seja escolhido para formar um governo.

Com ex-aliados e protegidos se recusando a se sentar com ele enquanto ele está sendo julgado, Netanyahu não conseguiu formar um governo de maioria viável no Knesset de 120 assentos, ou parlamento.

“Estou um pouco preocupado”, disse Netanyahu após a votação. “Espero que terminemos o dia com um sorriso.”

Os oponentes de Netanyahu, uma constelação de partidos ideologicamente diversificados, estão igualmente paralisados ​​ao reunir os 61 assentos necessários para governar.

EUA e Emirados Árabes Unidos em parceria de energia limpa no valor de US$ 100 bilhões

Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira uma parceria de energia limpa com os Emirados Árabes Unidos no valor de US$ 100 bilhões, informou a Casa Branca.

A Parceria para Acelerar a Energia Limpa terá como objetivo desenvolver fontes de energia de baixa emissão para distribuir 100 gigawatts de energia limpa em todo o mundo até 2035, disse a porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre em comunicado.

Os dois países também investirão no gerenciamento de emissões nocivas, como carbono e metano, bem como no desenvolvimento de tecnologia nuclear e na descarbonização dos setores industrial e de transporte. Os fundos também serão destinados a apoiar “economias emergentes cujo desenvolvimento limpo é subfinanciado e essencial para o esforço climático global”, disse o comunicado.

“O PACE também reflete nosso compromisso inabalável de trabalhar em estreita colaboração com aliados e parceiros para acelerar a transição de energia limpa e entregar a ação climática da qual nosso futuro compartilhado depende.”

O anúncio ocorre dias antes de os líderes mundiais se reunirem no Egito para a cúpula climática da ONU COP27. Os Emirados Árabes Unidos, um grande produtor de petróleo, sediarão a COP28 em 2023. Os combustíveis fósseis são os maiores contribuintes para as mudanças climáticas, respondendo por 75% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, segundo a ONU.

Irã enviará equipe a Viena para discutir trabalho nuclear com AIEA

Uma delegação iraniana visitará Viena nos próximos dias para tentar diminuir as diferenças com a agência nuclear da ONU, disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian.

“Enviaremos uma delegação do Irã a Viena nos próximos dias para iniciar conversas com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e esperamos resolver os problemas restantes com base no que concordamos nos últimos dias”, disse ele em entrevista coletiva.

Amirabdollahian também disse que falaria com o principal diplomata da UE, Josep Borrell, para discutir os esforços para reviver o acordo nuclear de 2015 de Teerã com as potências mundiais.

As negociações indiretas entre Teerã e Washington sobre a retomada do acordo nuclear de 2015, amplamente esvaziado, estão paralisadas, com autoridades dizendo que um importante ponto de discórdia foi a exigência do Irã de que a AIEA encerre uma investigação sobre vestígios de urânio encontrados em locais não declarados.

Egito pede cumprimento de promessas em conferência do clima

O ministro das Relações Exteriores do Egito pediu aos líderes e negociadores mundiais que cumpram as promessas feitas anteriormente para combater as mudanças climáticas antes da cúpula da ONU deste mês.

Sameh Shoukry, presidente da conferência sobre mudança climática COP27, que será realizada na cidade turística egípcia de Sharm el-Sheikh, de 6 a 18 de novembro, disse que os participantes devem buscar “medidas significativas e tangíveis” para implementar o acordo climático de Paris de 2015.

O Acordo de Paris visa impedir que as temperaturas globais subam mais um grau Celsius (1,8 Fahrenheit) entre agora e 2100, uma demanda fundamental dos países pobres devastados pelo aumento do nível do mar e outros efeitos das mudanças climáticas. A cúpula do ano passado em Glasgow produziu um acordo de compromisso com o objetivo de manter viva essa meta-chave do aquecimento global.

“Nosso objetivo é restaurar a ‘grande barganha’ no centro do Acordo de Paris e nosso processo climático multilateral coletivo”, disse Shoukry em uma carta de quatro páginas aos líderes e delegados mundiais que participam da COP27.

“Este ano o quadro é menos encorajador”, disse ele, alertando para o retrocesso na entrega de promessas financeiras aos países em desenvolvimento para aumentar seus esforços para enfrentar as mudanças climáticas.

Shoukry disse que a cúpula ocorre em meio a desafios difíceis, incluindo o fracasso da reunião do G-20 de países industrializados e de mercados emergentes no início deste ano em produzir um acordo sobre meio ambiente. Ele também apontou a falta de “acordos concretos” para permitir apoio financeiro para lidar com os impactos das mudanças climáticas durante as reuniões de outono do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.

A conferência anual reúne 197 nações para deliberações sobre como lidar com as mudanças climáticas. A COP27 ocorre quando o mundo enfrenta uma crise energética e uma guerra na Europa que abalaram a economia global.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
04/11/2022