Cenário Econômico Internacional – 11/11/2022

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Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

COP27 inicia acordo para discutir compensação climática

Delegados de quase 200 países iniciaram a cúpula climática da ONU no Egito neste domingo com um acordo para discutir a compensação de nações pobres por danos crescentes ligados ao aquecimento global, colocando o tema controverso na agenda pela primeira vez desde que as negociações climáticas começaram décadas atrás.

O acordo deu um tom construtivo para a cúpula da COP27 na cidade litorânea de Sharm el-Sheikh, onde os governos esperam manter vivo o objetivo de evitar os piores impactos do aquecimento planetário, mesmo com uma série de crises, de uma guerra terrestre na Europa à inflação galopante, a distrair o foco internacional.

Por mais de uma década, as nações ricas rejeitaram as discussões oficiais sobre o que é chamado de perda e dano, o termo usado para descrever as nações ricas que pagam fundos para ajudar os países pobres a lidar com as consequências do aquecimento global, pelas quais têm pouca culpa.

Na COP26 do ano passado em Glasgow, nações de alta renda, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia, bloquearam uma proposta de um órgão de financiamento de perdas e danos, apoiando um diálogo de três anos para discussões de financiamento.

Mas a pressão para resolver o problema tem aumentado à medida que as calamidades climáticas crescem, incluindo as enchentes deste ano no Paquistão, que causaram perdas econômicas de mais de 30 bilhões de dólares e deixaram centenas de milhares de desabrigados.

“A inclusão desta agenda reflete um sentimento de solidariedade pelas vítimas dos desastres climáticos”, disse o presidente da COP27, Sameh Shoukry, na plenária de abertura.

Ele acrescentou que a decisão criou “um espaço institucionalmente estável” para discussão de financiamento para perdas e danos, e que as negociações pretendem levar a uma decisão conclusiva “o mais tardar em 2024”.

Inflação é a principal preocupação dos países do G20, mostra pesquisa

Inflação descontrolada, uma crise de dívida em desenvolvimento e problemas de custo de vida representam as maiores ameaças aos negócios dos países do G20 nos próximos dois anos, mostraram na segunda-feira (07) dados do Fórum Econômico Mundial.

A inflação subiu para níveis não vistos em várias décadas, levando um terço dos países do G20 a identificar o aumento dos preços como sua principal preocupação, mostrou a Pesquisa Executiva de Opinião realizada pelo Centro para a Nova Economia e Sociedade do Fórum Econômico Mundial.

Embora os Bancos Centrais em todo o mundo tenham embarcado em uma trajetória de aperto agressivo da política monetária, seus esforços para domar a inflação correm o risco de levar a economia global a uma recessão.

A pesquisa, que ocorre antes da COP27 no Egito e da cúpula do G20 na Indonésia neste mês, também mostrou que as preocupações ambientais ficaram em segundo plano pela primeira vez em anos, à medida que o mundo trata dos problemas socioeconômicos mais imediatos, que vão desde as consequências da guerra na Ucrânia até o custo de vida.

OMC deve atacar barreiras comerciais à transição de baixo carbono, diz diretora-geral

A OMC deve enfrentar as barreiras comerciais para indústrias de baixo carbono, entre outras medidas destinadas a abordar o papel do comércio global na condução das mudanças climáticas, disse a diretora-geral da instituição, Ngozi Okonjo-Iweala, em um relatório publicado.

O Relatório Mundial de Comércio de 2022 da OMC, publicado na cúpula do clima COP27, no Egito, diz que a maneira mais realista de fazer cortes profundos nas emissões de carbono sem reduzir os padrões de vida nos países mais ricos e prejudicar as perspectivas de desenvolvimento nos mais pobres é através do avanço de tecnologias de baixo carbono.

“A OMC tem a oportunidade de usar o momento presente para fortalecer seu papel como fórum de coordenação sobre comércio e mudanças climáticas, para abordar as barreiras da política comercial que impedem a disseminação e o uso de tecnologias de baixo carbono e para apoiar as mudanças estruturais necessárias para descarbonizar a economia global”, disse ela no prefácio do relatório. “Espero que aproveitemos ao máximo esta oportunidade.”

Um exemplo de como a OMC, de 164 membros, pode ajudar é cortando tarifas e outras barreiras para indústrias de baixo carbono, que tendem a ser mais altas do que para as intensivas em carbono, disse o relatório.

Uma estimativa em simulação da OMC incluída no relatório indica que a eliminação de tais medidas poderia aumentar as exportações globais de bens relacionados à energia sustentável, como painéis solares ou controles inteligentes de aquecimento, em 5% até 2030, o equivalente a 109 bilhões de dólares, e reduzir as emissões. Outra medida seria estabelecer um preço amplamente aceito para o carbono, diz o relatório.

Pela própria admissão do órgão de fiscalização do comércio global, o comércio foi “parte do problema” no passado, gerando emissões de transporte e ajudando a impulsionar um crescimento intensivo em carbono.

Quase um terço das emissões totais de dióxido de carbono do mundo foram incorporadas às exportações globais de bens e serviços em 2018, de acordo com uma estimativa do fórum de políticas da OCDE.

“Mas, no futuro, com as políticas certas em vigor, o comércio pode ser uma parte importante da solução”, disse o relatório. “A cooperação comercial é fundamental para impulsionar essa transformação global.”

Países em desenvolvimento buscam detalhes financeiros na COP 27

As finanças ocuparam o centro das negociações climáticas da COP 27, com especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) publicando uma lista de projetos no valor de 120 bilhões de dólares que os investidores poderiam assegurar para ajudar os países mais pobres a reduzir as emissões e se adaptar aos impactos do aquecimento global.

Um projeto de transferência de água de 3 bilhões de dólares entre Lesoto e Botsuana e um plano de 10 milhões de dólares para melhorar o sistema público de água nas Ilhas Maurício estavam entre dezenas de projetos listados, incluindo 19 na África.

“Agora podemos mostrar que existe um fluxo significativo de oportunidades de investimento nas economias que mais precisam de financiamento”, disse Mahmoud Mohieldin, um dos especialistas nomeados pela ONU, conhecidos como Campeões de Alto Nível da Mudança Climática da ONU, na nota que acompanha o relatório.

Em um esforço para responder ao argumento dos investidores do setor privado de que é muito arriscado apostar mais em mercados emergentes, os especialistas, que ajudam os governos anfitriões da COP a se envolverem com os negócios, reuniram uma lista de projetos que poderiam ser financiados mais rapidamente.

“Precisamos agora de uma colaboração criativa entre desenvolvedores de projetos e financiamento público, privado e concessionário, para liberar esse potencial de investimento e transformar ativos em fluxos”, disse Mohieldin.

Obter dinheiro para países de baixa e média renda para que eles possam construir infraestrutura, como usinas de energia renovável necessárias para substituir os combustíveis fósseis, tem sido um foco das negociações climáticas da ONU. Mas o progresso tem sido lento.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (07), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, com os investidores se concentrando nas eleições de meio de mandato de terça-feira que determinarão o controle do Congresso dos EUA, enquanto as ações da Meta Platforms saltaram com a divulgação de um relatório de cortes de empregos na controladora do Facebook. O índice Dow Jones teve alta de 1,31%, a 32.827 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,96%, a 3.806,80 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,85%, a 10.564,52 pontos.

Na terça-feira (08), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, em dia de votação nas eleições de meio de mandato que determinarão o controle do Congresso dos EUA, com investidores apostando em um impasse político que pode barrar grandes mudanças nas políticas. O índice Dow Jones teve alta de 1,02%, a 33.160,83 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,56%, a 3.828,13 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,49%, a 10.616,20 pontos.

Na quarta-feira (09), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, em uma sessão atenta aos resultados das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos. A apuração deixou algumas dúvidas, como o controle do Senado, mas indica que os democratas não terão maioria no Congresso, com os republicanos provavelmente comandando a Câmara dos Representantes. O índice Dow Jones teve queda de 1,95%, a 32.513,94 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 2,08%, a 3.748,57 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 2,48%, a 10.353,18 pontos.

Na quinta-feira (10), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, depois de dados mostrarem que os preços ao consumidor nos Estados Unidos aumentaram menos do que o esperado em outubro, alimentando expectativas de que o Federal Reserve possa reduzir o tamanho de suas futuras altas de juros. Por volta das 14h00, o índice Dow Jones registrava alta de 2,87%, a 33.447,40 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 4,55%, a 3.919,27 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 6,10%, a 10.985,13 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 04.11.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (04) cotado a R$ 5,0622 com queda de 1,24%. O dólar voltou a apresentar forte queda no mercado doméstico de câmbio, em meio a relatos de entrada de fluxo externo para ativos domésticos. Segundo analistas, à consolidação de uma transição de governo sem rupturas, com esvaziamento dos protestos pró-Bolsonaro, somaram-se nesta sexta à baixa global da moeda americana e à valorização das commodities diante de sinais de que a China vai relaxar a política de Covid zero.

Na segunda-feira (07) – O dólar à vista registrou alta de 2,19%, cotado a R$ 5,1729 na venda. A falta de definição sobre a equipe econômica do futuro governo provocou um movimento de correção após uma semana de altas no mercado de ações e de queda na cotação moeda norte-americana. O dólar oscilou entre R$ 5,1749 na máxima e R$ 5,0474 na mínima.

Na terça-feira (08) – O dólar à vista registrou queda de 0,45%, cotado a R$ 5,1498 na venda. Com acenos do governo eleito ao centro e a indicação de uma equipe de transição econômica relativamente equilibrada trazendo algum alívio ao humor dos mercados, embora a incerteza sobre qual será a escolha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ministro da Fazenda continuasse sendo motivo de preocupação. O dólar oscilou entre R$ 5,2484 na máxima e R$ 5,131 na mínima.

Na quarta-feira (09) – O dólar à vista registrou alta de 0,74%, cotado a R$ 5,182 na venda. Em linha com movimento internacional de aversão a risco após as eleições de meio mandato dos Estados Unidos, enquanto investidores continuavam acompanhando as discussões em torno da agenda fiscal de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em meio a incertezas sobre quem será o ministro da Fazenda do governo brasileiro eleito. O dólar oscilou entre R$ 5,198 na máxima e R$ 5,1378 na mínima.

Na quinta-feira (10) – Por volta das 14h00, o dólar operava em alta de 2,85% cotado a R$ 5,3297 na venda. Mesmo diante do alívio internacional após a divulgação de dados de inflação norte-americanos melhores do que o esperado, com temores domésticos sobre a PEC de Transição almejada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para permitir gastos extra-teto somando-se à leitura elevada do IPCA de outubro.

Biden critica o Partido Republicano enquanto Trump pede aos eleitores que rejeitem os democratas

O presidente Joe Biden ridicularizou os republicanos nas cédulas em todo o país como negadores das eleições que se deleitavam com a violência política, enquanto seu antecessor, Donald Trump, instou os eleitores a se oporem à “crescente tirania de esquerda” no último domingo (06) antes do meio do mandato. eleições que poderiam remodelar o equilíbrio de poder de Washington.

Encerrando uma campanha de cinco estados e quatro dias com um comício noturno no Sarah Lawrence College em Yonkers, Nova York, Biden defendeu a governadora democrata Kathy Hochul. Ela está travada em uma disputa acirrada com o deputado Lee Zeldin, que quer se tornar o primeiro governador republicano do estado desde que George Pataki deixou o cargo em 2006.

O presidente disse que centenas de candidatos republicanos a cargos estaduais, federais e locais são “negadores da eleição, que dizem que eu não ganhei a eleição, mesmo que centenas de tentativas de contestação tenham falhado, mesmo nos tribunais republicanos”.

Biden disse que, para os negadores, “há apenas dois resultados para qualquer eleição: ou eles vencem ou foram enganados”.

Biden disse que os republicanos estão dispostos a tolerar a insurreição do ano passado no Capitólio dos EUA e que, após o recente ataque a Paul Pelosi, marido da presidente da Câmara, Nancy Pelosi, alguns nesse partido fizeram “leveza” ou estavam “dando desculpas”.

“Nunca houve um momento em minha carreira em que glorificamos a violência com base em uma preferência política”, disse o presidente.

Mais de 39 milhões de pessoas votaram no início das eleições de terça-feira (08), que decidirão o controle do Congresso e dos principais governos, a primeira eleição nacional desde que uma multidão invadiu o Capitólio. No início do domingo, enquanto Trump se dirigia a apoiadores em Miami, uma referência ao presidente da Câmara provocou gritos de “Tranque-a!”, um lembrete gritante de quão distante cada lado está.

Maduro e Macron conversam sobre parceria na COP27

Em breve conversa em Sharm el-Sheikh, cidade do Egito onde está sendo realizada a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP27), o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente da França, Emmanuel Macron, falaram da possibilidade de “um trabalho bilateral” entre os dois países.

Os dois chefes de Estado se encontraram durante o evento e trocaram um aperto de mão. Durante a conversa, Macron manifestou a intenção de “falar um pouco mais e iniciar um trabalho bilateral que seja útil para o país e a região”, acrescentando que “o continente [europeu] está se recompondo”.

Maduro falou sobre a conversa em uma postagem no Twitter. “Excelente aperto de mão com o presidente da França, Emmanuel Macron, no âmbito da COP27, que é sem dúvida um ponto de encontro entre os governos e países do mundo. As portas da Venezuela estão abertas para o povo francês”, escreveu o ditador.

Macron e Maduro, entretanto, não deram mais detalhes sobre como seria essa parceria. Recentemente, a Venezuela se ofereceu para ajudar a União Europeia em questões energéticas, num momento em que o bloco e os Estados Unidos correm atrás de petróleo para diminuir o preço da commodity e frear a inflação. Entretanto, para isso, Caracas pede o fim das sanções contra o país.

Decola o primeiro voo entre Venezuela e Colômbia após retomada de relações

O primeiro voo da Venezuela até a Colômbia, depois do restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, decolou nesta segunda-feira (07) após mais de dois anos de suspensão das conexões aéreas diretas.

O Boeing, da companhia aérea venezuelana privada Turpial, partiu às 17h30 locais (19h30 de Brasília) do aeroporto internacional de Maiquetía, que atende Caracas.

O estande da empresa estava enfeitado com bandeiras da Venezuela e da Colômbia, além de balões com as cores amarelo, azul e vermelho, que representam ambas as nações.

Turpial, uma pequena companhia aérea fundada em 2016 com sede na cidade de Valencia, opera atualmente também voos internacionais para o Panamá e Santo Domingo (06).

Inicialmente, a Venezuela tentou retomar essa conexão por meio da estatal Conviasa, mas as sanções financeiras dos Estados Unidos impossibilitaram.

A estatal colombiana Satena, por sua vez, tem previsão de voar a Maiquetía, em seu primeiro voo internacional. Já em 28 de novembro, uma nova rota Barranquilla-Caracas será inaugurada.

A retomada dos voos ocorre após a recuperação das relações bilaterais com a chegada de Gustavo Petro ao poder na Colômbia. Elas haviam sido rompidas em 2019 devido ao apoio do governo anterior, de Ivan Duque, ao líder opositor venezuelano Juan Guaidó, deixando de reconhecer a reeleição de Nicolás Maduro.

México anunciará na COP-27 o aumento de suas ambições climáticas

O México chega à COP-27 sobre Mudanças Climáticas com o compromisso de aumentar a ambição de sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) de passar de 22% para 30% na redução de emissões de gases de efeito estufa com recursos próprios, além de uma meta condicional fortalecida de 36% para 40%, o que em termos reais permitirá a médio e longo prazo proteger a população mais vulnerável.

O exposto foi informado pela Secretária de Meio Ambiente e Recursos Naturais, María Luisa Albores González, durante uma transmissão para expor as ações do Governo do México durante sua participação no evento internacional realizado no Egito. O chefe da Semarnat ratificou que a redução das emissões de carbono negro permanece em 51% de forma incondicional e 70% condicionada.

Explicou que para atingir estes objetivos, a Semarnat identificou mais de 40 medidas em todos os sectores económicos através de soluções baseadas na natureza, transportes de baixo carbono e regulação e promoção industrial, que permitirão uma redução anual total estimada até 2030 de 88,9 MtCO₂e (milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente).

Ele destacou que com o Programa Sembrando Vida, o aumento das Áreas Naturais Protegidas (ANP) e a Estratégia Nacional do Carbono Azul, estima-se uma redução de 27 MtCO₂ (milhões de toneladas de dióxido de carbono). Durante esta gestão, três novos ANPs foram criados: Sierra de San Miguelito, Lake Texcoco e Parque Jaguar, nos estados de San Luis Potosí, México e Quintana Roo, respectivamente. Pretende-se criar mais cinco para chegar a 190 ANP, o que contribuiria para uma mitigação de 8 MtCO₂ por ano até 2030, disse o responsável da Semarnat.

No que diz respeito ao transporte de baixo carbono, destacou o Pacto de Glasgow para a Eletromobilidade, com o qual se busca que 50% dos veículos leves novos vendidos em 2030 sejam de emissão zero; trabalho remoto ou teletrabalho e a promoção do transporte ferroviário, cujas ações totalizam cerca de 31,4 MtCO₂.

Na regulação e promoção industrial, calcula-se uma mitigação da ordem dos 27 MtCO₂e através de um programa de cogeração e regulação da eficiência energética, bem como da Estratégia Nacional de Economia Circular, com a qual seriam reduzidos 3,5 MtCO₂e por ano até 2030.

Por fim, o chefe da Semarnat informou que também será discutida a questão da adaptação ao clima, que exige financiamento e cooperação internacional. Nesta área, o México avançou com 7 fóruns regionais e um fórum nacional com o qual mostrará na COP uma forma de política pública que parte das comunidades, disse.

EUA e Rússia discutem primeiras negociações nucleares desde conflito na Ucrânia

Os Estados Unidos e a Rússia estão discutindo a realização de negociações sobre armas nucleares estratégicas pela primeira vez desde que Moscou enviou tropas para a Ucrânia, disse o jornal russo Kommersant na terça-feira (08), citando quatro fontes familiarizadas com as discussões.

As negociações entre os dois lados sobre estabilidade estratégica estão congeladas desde que a Rússia iniciou sua campanha militar na Ucrânia em 24 de fevereiro, mesmo com o novo tratado START sobre redução de armas nucleares em vigor.

As negociações podem ocorrer no Oriente Médio, disse o jornal, acrescentando que Moscou não vê mais a Suíça, o local tradicional, como suficientemente neutra depois que impôs sanções à Rússia sobre a Ucrânia.

Williams, do Fed, sinaliza relativa estabilidade das expectativas de inflação de longo prazo

O presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, citou a relativa estabilidade das expectativas de inflação de longo prazo como uma boa notícia na quarta-feira (09), já que o Banco Central dos Estados Unidos continua trabalhando para levar as pressões sobre preços de volta ao nível desejado.

“A importância de manter expectativas de inflação bem ancoradas é um princípio fundamental do Banco Central moderno, mas seu significado e validação precisos estão abertos à interpretação”, disse Williams no texto de um discurso a ser proferido a uma audiência em Zurique.

“As notícias são principalmente boas, as expectativas de inflação de longo prazo nos Estados Unidos permaneceram notavelmente estáveis em níveis amplamente consistentes com o objetivo (do Comitê Federal de Mercado Aberto) de longo prazo”.

Williams não comentou sobre política monetária ou perspectivas econômicas em seus comentários.

Williams, que também é vice-presidente do Fomc, que define os juros, divulgou suas opiniões enquanto o Fed vem realizando uma pressão agressiva com aumentos na taxa de juros visando reduzir os níveis mais altos de inflação em quatro décadas.

Até agora, os aumentos na taxa de juros do Fed, agora entre 3,75% e 4%, não reduziram as pressões sobre os preços para a meta oficial de 2%.

Musk vende ações da Tesla no valor de US$ 3,95 bilhões dias após aquisição do Twitter

O CEO da Tesla Inc., Elon Musk, vendeu 19,5 milhões de ações da fabricante de veículos elétricos no valor de US$ 3,95 bilhões, de acordo com documentos de valores mobiliários dos EUA, dias depois de concluir a aquisição de US$ 44 bilhões do Twitter Inc.

Musk, o homem mais rico do mundo, tinha cerca de US$ 20 bilhões em dinheiro depois de vender parte de sua participação na Tesla e teria sido obrigado a levantar mais US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões para financiar o acordo com o Twitter, segundo um cálculo da Reuters.

A última venda de ações ocorre quando os analistas também esperavam que Musk vendesse ações adicionais da Tesla. Musk havia afirmado anteriormente que não haveria mais vendas planejadas depois que ele concluísse uma venda de ações em abril e agosto.

A Tesla perdeu quase metade de seu valor de mercado e o patrimônio líquido de Musk caiu US$ 70 bilhões desde que ele fez uma oferta pelo Twitter em abril.

Musk assumiu a plataforma de mídia social Twitter em um acordo de US$ 44 bilhões há alguns dias e adotou medidas drásticas, incluindo demitir metade da equipe e um plano para cobrar por marcas de verificação de cheque azul.

Musk prometeu fornecer US$ 46,5 bilhões em financiamento de capital e dívida para a aquisição, que cobriu o preço de US$ 44 bilhões e os custos de fechamento. Bancos, incluindo Morgan Stanley e Bank of America Corp., comprometeram-se a fornecer US$ 13 bilhões em financiamento de dívida.

O bilionário tentou desistir do acordo em maio, alegando que o Twitter subestimou o número de contas de bot e spam na plataforma. Isso levou a uma série de ações judiciais entre as duas partes.

A Tesla e o Twitter não responderam imediatamente aos pedidos de comentários da Reuters.

Eleições nos EUA: controle das duas câmaras legislativas segue indefinido

O controle das duas câmaras dos Estados Unidos segue pendente, e a situação provavelmente continuará a mesma nos próximos dias, após eleições de meio de mandato muito acirradas, em que o Partido Democrata se saiu melhor que o esperado e na qual não ocorreu a esperada “onda republicana”.

Em um país em que não existe um órgão eleitoral central e a indefinição foi protagonista da campanha, os resultados deverão levar alguns dias para ser confirmados, especialmente devido à pequena margem de vantagem para qualquer um dos lados.

No Senado, segundo as projeções, os republicanos aparecem com 49 cadeiras obtidas, contra 48 dos democratas, mas ainda faltam ser decididas cinco disputas, nos estados de Wisconsin, Geórgia, Arizona, Nevada e Alasca.

Segundo as projeções, Alasca, Nevada e Wisconsin teriam representantes republicanos e o Arizona, um democrata. Já na Geórgia seria necessário um segundo turno, visto que nenhum candidato obteve 50% mais um voto, e existe um terceiro concorrente.

Dessa forma, seria necessário esperar esse novo pleito para que se saibam os números definitivos no Senado, no qual o presidente Joe Biden tem maioria, pois, embora haja igualdade de cadeiras, a vice-presidente Kamala Harris tem direito ao voto de minerva, no caso de pleitos empatados.

Enquanto isso, na Câmara dos Representantes, ainda não há informações concretas sobre qual partido terá a maioria dos deputados durante os próximos dois anos.

De acordo com as projeções da imprensa americana, os republicanos garantirão 203 cadeiras, contra 187 dos democratas. Assim, ambos os partidos estão longe dos 219 assentos necessários para garantir a maioria.

Embora ainda faltem talvez dias, talvez semanas para que haja uma radiografia completa da composição do Congresso dos EUA, uma das conclusões já tiradas é que não existiu a prevista onda republicana, e Biden não teve resultados tão ruins como o esperado.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (07), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, em seu maior patamar em mais de sete semanas, com um salto nos papéis de viagens e tecnologia ajudando a compensar a fraqueza de gigantes de luxo expostas à China. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,33%, a 418,34 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 fechou estável a 6.416,61 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,55%, a 13.533,52 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,53%, a 5.765,47 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,25%, a 7.962,30 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,48%, a 7.299,99 pontos.

Na terça-feira (08), as bolsas europeias fecharam em alta, com as bolsas reagindo às especulações das eleições de meio mandato dos Estados Unidos, que ocorrem hoje, e com dados de varejo da zona do euro e declarações de autoridades do Banco Central Europeu (BCE) no radar. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,78%, a 421,61 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,39%, a 6.441,50 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,15%, a 13.688,75 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,09%, a 5.770,42 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,46%, a 7.998,90 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,08%, a 7.306,14 pontos.

Na quarta-feira (09), as bolsas europeias fecharam mistas, pressionadas por papéis economicamente sensíveis, em meio à incerteza sobre o resultado das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos e preocupações com o aumento da inflação. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,30%, a 420,34 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,17%, a 6.430,57 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,16%, a 13.666,32 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,34%, a 5.790,16 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,52%, a 8.040,40 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,14%, a 7.296,25 pontos.

Na quinta-feira (10), as bolsas europeias fecharam em alta, repercutindo os resultados preliminares das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos e esperando pela publicação do índice de preços ao consumidor dos EUA para o mês de outubro. Os investidores também acompanham uma série de balanços corporativos que foram divulgados por empresas europeias. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 2,83%, a 432,22 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,96%, a 6.556,83 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 3,51%, a 14.146,09 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,80%, a 5.836,29 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,15%, a 8.133,20 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,08%, a 7.375,34 pontos.

Sentimento dos investidores da zona do euro melhora pela primeira vez desde agosto

O sentimento dos investidores na zona do euro melhorou em novembro, pela primeira vez em três meses, refletindo a esperança de que as temperaturas mais altas recentes e a queda dos preços da energia impeçam o racionamento de gás no continente neste inverno, mostrou uma pesquisa na segunda-feira (07).

O índice da Sentix para a zona do euro subiu para -30,9 pontos em novembro, em comparação a -38,3 em outubro, superando as expectativas de analistas consultados pela Reuters para uma leitura de -35,0.

O índice de expectativas também se recuperou de -41,0 para -32,3, o nível mais alto desde junho de 2022, segundo a pesquisa.

O índice sobre a situação atual na zona do euro também subiu para -29,5 em novembro, ante -35,5 em outubro.

Chamando o aumento “não de uma reversão de tendência”, o diretor-gerente da Sentix, Manfred Huebner, disse em comunicado que “a melhora da situação e dos valores de expectativa mostra quão sensivelmente os investidores reagem em suas expectativas econômicas aos sinais do mercado de energia”.

Ele disse que temperaturas mais altas e níveis muito altos de armazenamento de gás na Alemanha aliviaram as preocupações com o racionamento e seu potencial impacto na economia.

“Os preços do gás no mercado spot caíram em resposta. As preocupações com uma escassez catastrófica de gás estão desaparecendo”, acrescentou Huebner.

A pesquisa com 1.348 investidores foi realizada entre 3 e 5 de novembro, disse a Sentix.

Produção industrial alemã cresce mais do que o esperado em setembro

A produção industrial alemã cresceu em setembro, mostraram dados oficiais na segunda-feira (07), apesar da queda nos segmentos industriais de uso intensivo de energia e dos contínuos gargalos de oferta.

A produção industrial subiu 0,6% em relação ao mês anterior, informou o Escritório Federal de Estatística. Em uma pesquisa da Reuters, analistas apontavam para um aumento de 0,2%.

Por outro lado, a produção em ramos industriais de uso intensivo de energia caiu 0,9% em setembro, informou o escritório.

Para agosto, o escritório revisou seu número para -1,2%, ante -0,8%.

Banco de Investimento Europeu prevê 20 bilhões de euros de fomento à energia limpa

A invasão da Rússia na Ucrânia ressaltou a necessidade de mudar rapidamente para fontes alternativas aos combustíveis fósseis, em direção a uma economia baseada em energias limpas. Foi o que disse o vice-presidente do Banco de Investimento Europeu (BEI), Ricardo Mourinho Félix, durante uma coletiva de imprensa na Web Summit 2022, em Lisboa.

“O mundo do capital de risco está mudando muito, em decorrência do que está acontecendo não apenas nos mercados, mas internacionalmente”, acrescentou Mourinho, mas, como um banco público de investimento, “devemos continuar investindo em setores estratégicos para o futuro, como a inovação e a energia”.

Desde 2000, o BEI já investiu mais de 200 bilhões de euros em inovação, bem como em capital humano e digital, incluindo 20 bilhões de euros somente no último ano e, ainda segundo do vice-presidente da instituição: “nossa expectativa é atingir esse número novamente neste ano” através de investimentos contínuos em tecnologia que “nos aproxime cada vez mais de uma economia baseada em energia renovável”.

Em termos geográficos, os interesses europeus chegaram a todos os cantos do planeta, porém, apesar da sua presença na China desde 1995, os investimentos do BEI no país “são limitados, por conta do ambiente local” e estão direcionados a “objetivos climáticos”.

Em geral, “estamos nos concentrando nos objetivos relacionados à mudança climática, de modo a fechar a lacuna de mercado entre os diferentes estados e, no momento, nossos esforços estão mais focados em países perto de nós, como Bálcãs, Ucrânia, América Latina e algumas partes da África”, ressaltou Mourinho.

Ao responder a uma questão exclusiva do Investing.com sobre o desafio da educação financeira, o executivo do BEI enfatizou a importância da educação de risco e os efeitos negativos sobre os mercados e a economia real.

“Estamos em um mundo estocástico, em que os choques de mercado acontecem todos os dias e não são predeterminados, portanto devemos estar prontos para saber gerenciar os riscos”, declarou Mourinho. “A falta de apetite por risco tem efeitos negativos, sobretudo entre investidores e empresas, e isso muda a mentalidade e a abordagem em relação aos mercados”.

“É importante que os cidadãos europeus se eduquem em relação aos riscos financeiros e tenham ciência das ações que estão sendo tomadas nessa área, como nos Estados Unidos”, concluiu Mourinho.

A coletiva de imprensa foi realizada como parte de um acordo entre o BEI e a Izicap, uma plataforma francesa de CRM e fidelidade ligada a cartões de crédito que transforma terminais locais de pagamento dos comerciais em uma poderosa ferramenta de marketing.

O acordo fornece um empréstimo de 50 milhões pelo período de cinco a oito anos e faz parte do programa de promoção da inovação e da digitalização do banco europeu.

Ex-rei da Espanha renova pedido de imunidade em caso de assédio no Reino Unido

O ex-rei espanhol Juan Carlos pediu a um tribunal de Londres na terça-feira (08) que bloqueie parte de um processo de assédio movido contra ele por sua ex-amante, argumentando que as alegações feitas por ela contra ele e a inteligência espanhola estão cobertas pela imunidade do Estado.

A ex-monarca de 84 anos enfrenta um processo de Corinna zu Sayn-Wittgenstein-Sayn, que diz que Juan Carlos dirigiu uma campanha de assédio contra ela desde 2012 que ainda está em andamento.

Um tribunal de primeira instância rejeitou a proposta de imunidade de Juan Carlos em março, mas ele recebeu autorização para contestar parte dessa decisão em julho.

Os advogados de Juan Carlos disseram ao Tribunal de Apelação de Londres na terça-feira que ele nega enfaticamente as alegações de Sayn-Wittgenstein. Ele argumenta que qualquer suposto assédio antes de sua abdicação em 2014 é coberto pela imunidade.

Mas os advogados de Sayn-Wittgenstein dizem que os atos de assédio foram atos privados que foram realizados a serviço da “agenda oculta” do ex-soberano.

Timothy Otty, representando Juan Carlos, disse ao tribunal: “A imunidade não diz nada sobre a legalidade ou moralidade da conduta alegada”.

Ele disse que a alegação de Sayn-Wittgenstein de que o então chefe da agência de inteligência espanhola CNI, general Sanz Roldán, coordenou uma operação secreta para revistar seu apartamento em Mônaco em 2012, estava coberta pela imunidade do Estado.

Otty argumentou que é impossível que os “supostos motivos privados” de seu cliente sejam separados do “cargo público que deu ao réu o status e a capacidade de exercer influência sobre funcionários públicos”.

James Lewis, representando Sayn-Wittgenstein, disse em argumentos escritos que Sayn-Wittgenstein quer contar com novas informações, incluindo o “relacionamento próximo” entre Juan Carlos e Roldán.

Sayn-Wittgenstein também argumenta que o assédio ocorreu depois que Juan Carlos a usou para esconder “quantias substanciais de dinheiro” das autoridades espanholas e que o assédio foi projetado para controlá-la para que ele pudesse acessá-lo.

Antes reverenciado por seu papel na transição da Espanha para a democracia, Juan Carlos foi forçado a abdicar em 2014 após uma série de escândalos, incluindo seu caso com Sayn-Wittgenstein, e agora é visto como um passivo para seu filho, o rei Felipe.

Os promotores espanhóis desistiram de duas investigações sobre suposta fraude nos negócios do ex-rei em março, depois de não encontrarem evidências suficientes de atividade criminosa, após uma ação semelhante dos promotores suíços em dezembro passado.

Presidente do Banco Central russo diz ser impossível se isolar do impacto das sanções

A economia e o setor bancário da Rússia resistiram ao desafio das “poderosas” sanções ocidentais, mas o Banco Central ainda não tem planos de aliviar os controles de capital que ajudaram a sustentar o rublo, disse a presidente da autoridade monetária russa, Elvira Nabiullina.

Em um dos comentários mais fortes até o momento de uma autoridade russa sobre as sanções, Nabiullina disse a parlamentares: “As sanções são muito poderosas e sua influência nas economias russa e global não deve ser subestimada. Isolar-se de sua influência não é possível”.

Países ocidentais impuseram sanções destinadas a cortar a Rússia economicamente depois que Moscou enviou tropas para a Ucrânia em fevereiro, no que chama de “operação militar especial”.

As autoridades russas conseguiram estabilizar a situação de forma relativamente rápida, e Nabiullina disse que a economia e o setor bancário – um alvo específico das sanções, em geral resistiram bem ao desafio.

Os empréstimos corporativos e de varejo aumentaram 9,9% e 6,7%, respectivamente, de janeiro a outubro, disse ela.

Comissão Europeia propõe caminhos mais longos e negociados de redução da dívida para países do bloco

A Comissão Europeia propôs nesta quarta-feira mudar as regras fiscais da União Europeia para que os governos negociem caminhos de redução da dívida ligados a reformas e investimentos, mas alguns membros, incluindo a Alemanha, permanecem céticos.

A mudança, que se afastaria da atual obrigação universal de cortes anuais da dívida da vigésima parte da quantia em excesso acima de 60% do PIB, visa fazer com que os governos “assumam” seus planos de dívida, em vez de vê-los como impostos externamente por Bruxelas.

Mas algumas capitais do bloco, principalmente Berlim, temem que caminhos de redução da dívida mais longos e negociados individualmente encorajem os governos a adiar decisões difíceis para perto do final do prazo ou até mesmo após o término de seus mandatos.

Ainda assim, as mudanças são necessárias porque um aumento na dívida pública nos países da União Europeia, resultante de medidas para apoiar famílias e empresas devido à Covid-19, deixou os requisitos de redução da dívida existentes parecendo irrealisticamente ambiciosos.

“Estamos buscando um sistema mais simples de regras fiscais, com maior propriedade do país e mais latitude para redução da dívida, mas combinado com uma fiscalização mais forte”, disse o vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis, em entrevista coletiva.

Outra mudança importante proposta pela Comissão é o foco no gasto primário líquido, o gasto do governo que exclui juros da dívida, que é diretamente observável ao longo do ano e sob controle do governo.

Isso resolverá a antiga reclamação de muitos governos de que as regras atuais se concentram no déficit estrutural de um país, um indicador complexo e calculado que não é diretamente observável e propenso a fortes revisões.

As ideias da Comissão serão agora debatidas com os governos do bloco europeu e, mais tarde, com o Parlamento Europeu, com o objetivo de alterar a legislação antes do final do próximo ano.

França vai levar 13 pessoas a julgamento por suposta conspiração de Macron

Treze pessoas de círculos políticos de extrema direita foram condenadas a serem julgadas por supostamente conspirarem para atacar o presidente Emmanuel Macron, segundo fontes legais.

Um total de 11 homens e duas mulheres que faziam parte de um grupo no Facebook chamado “Barjols” (loucos) são suspeitos de planejar ataques a Macron e membros de seu governo, além de mesquitas e migrantes.

Jean-Pierre Bouyer, um homem aposentado, é suspeito de ser o líder e teria discutido atacar Macron em público com uma faca de cerâmica que não pôde ser detectada antecipadamente pelos serviços de segurança.

A polícia atacou o grupo e fez prisões em 2018 depois que Bouyer dirigiu até Mosela, no leste da França, onde Macron estava participando de um memorial no centenário do fim da Primeira Guerra Mundial.

Os magistrados de investigação decidiram ordenar um julgamento de 12 de janeiro a 2 de fevereiro do próximo ano, de acordo com sua decisão escrita que foi vista pela AFP.

Os suspeitos são acusados ​​de conspiração terrorista e preparação de atos terroristas que levam a penas de até 30 anos de prisão.

“Foi estabelecido que planos violentos estavam sendo elaborados por membros dos grupos Barjols, com a intenção de causar sérios distúrbios à ordem pública por meio de intimidação e terror”, escreveram os magistrados.

Em primeiro lugar “realizando atos violentos contra o chefe de Estado e membros do governo para derrubar instituições públicas pela força e também visando locais simbólicos como mesquitas ou grupos específicos como migrantes para influenciar as políticas do governo.”

Ucrânia diz que retomou 12 aldeias em Kherson

A Ucrânia disse na quinta-feira (10) que suas forças recuperaram uma dúzia de cidades e vilarejos na região de Kherson, no Sul, depois que as forças russas anunciaram que estavam retirando tropas do território estratégico.

O general ucraniano Valeriy Zaluzhny disse nas redes sociais que no último dia as forças da Ucrânia recapturaram seis assentamentos depois de lutar perto de Petropavlivka-Novoraisk e outros seis na direção de Pervomaiske-Kherson, capturando mais de 200 quilômetros quadrados das forças russas.

O avanço ocorreu menos de um dia depois que Moscou ordenou que suas tropas se retirassem de todo o bolsão controlado pelos russos na margem oeste do rio Dnipro, incluindo a cidade de Kherson, a única capital regional que a Rússia capturou em nove meses de guerra.

As autoridades ucranianas até agora têm sido cautelosas em público, alertando que os russos ainda podem estar planejando lutar e semear destruição ao sair.

Um assessor do presidente da Ucrânia disse na quinta-feira (10) que a Rússia queria transformar Kherson em uma “cidade da morte”, minerando tudo, de apartamentos a esgotos, e planejando bombardear a cidade do outro lado do rio.

“É assim que (o) ‘mundo russo’ se parece: veio, roubou, celebrou, matou ‘testemunhas’, deixou ruínas e partiu”, escreveu Mykhailo Podolyak no Twitter.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (07), as bolsas asiáticas fecharam em alta, o mercado japonês mostrou mais força, mas Xangai também subiu, ainda em meio a especulações sobre os próximos passos na política da China contra a Covid-19. O índice Xangai teve alta de 0,23%, a 3.077,82 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,21%, a 27.527,64 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 2,69%, a 16.595,91 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,22%, a 3.775,30 pontos.

Na terça-feira (08), as bolsas asiáticas fecharam em alta, entre os principais, a Bolsa de Tóquio registrou ganho de mais de 1%, com balanços corporativos apoiando o quadro e expectativa pelo resultado das eleições de meio de mandato dos Estados Unidos. Já em Xangai houve recuo, após dois pregões positivos, com ações do setor de consumo entre as quedas. O índice Xangai teve queda de 0,43%, a 3.064,49 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,25%, a 27.872,11 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,23%, a 16.557,31 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,69%, a 3.749,33 pontos.

Na quarta-feira (09), as bolsas asiáticas fecharam em queda, mas entre os principais Tóquio e Xangai recuaram. Investidores monitoravam sinais da economia da China, inclusive um dado de inflação, e também o andamento da Covid-19 no país. Na bolsa japonesa, ações de energia estiveram sob pressão, após na terça-feira (08) o petróleo ter recuado. O índice Xangai teve queda de 0,53%, a 3.048,17 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,56%, a 27.716,43 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,20%, a 16.358,52 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,93%, a 3.714,27 pontos.

Na quinta-feira (10), as bolsas asiáticas fecharam em queda, especulações sobre a política de Pequim contra a Covid-19 continuavam a influir, enquanto na praça japonesa pesou o recuo de Nova York no dia anterior. O índice Xangai teve queda de 0,39%, a 3.036,13 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,98%, a 27.446,10 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,70%, a 16.081,04 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,77%, a 3.685,69 pontos.

Evergrande prevê perdas de US$ 770 milhões após credores venderem terreno em Hong Kong

Os credores da incorporadora imobiliária chinesa Evergrande venderam um terreno desocupado da empresa em Hong Kong por US$ 636,942 milhões, com objetivo de honrar parte da enorme dívida da empresa. Segundo comunicado, a companhia espera prejuízo de cerca de US$ 770 milhões relativas à transação.

O local seria usado para a construção de um grande projeto residencial que incluiria uma mansão para o presidente da incorporadora, Xu Jiayin, de acordo com o jornal Financial Times.

Desde o ano passado, a Evergrande está no centro de uma crise de liquidez que se contaminou toda a cadeia do mercado imobiliário chinês, considerado a espinha dorsal da segunda maior economia do planeta.

Empresas de setores como serviços de construção e materiais de construção, como aço e tintas, absorveram grandes perdas com a incapacidade da Evergrande de pagar suas contas. Alguns deles demitiram trabalhadores e atrasaram o pagamento de suas próprias contas para outras empresas, que também estão sofrendo com isso.

China se opõe à ordem do Canadá sobre investimentos em mineração de lítio

A China disse que tomará as medidas necessárias para proteger os direitos e interesses de suas empresas depois que o Canadá ordenou na semana passada que três empresas chinesas alienassem seus investimentos em minerais críticos canadenses, citando a segurança nacional.

Em um comunicado, o Ministério do Comércio da China disse que instou o Canadá a parar de politizar questões econômicas e comerciais.

Armênia e Azerbaijão trocam acusações de ataque na região de Nagorno-Karabakh

Armênia e Azerbaijão trocaram acusações sobre novos bombardeios na fronteira, antes de negociações em Washington que pretendem acabar com um conflito que provocou centenas de mortes nos últimos anos.

Os ministros das Relações Exteriores dos países rivais do Cáucaso ainda devem viajar aos Estados Unidos para negociações sob a mediação do secretário de Estado americano, Antony Blinken.

Há apenas uma semana, o primeiro-ministro armênio Nikol Pashinian e o presidente azerbaijano Ilham Aliyev se comprometeram a “não recorrer à força” na disputada região de Nagorno-Karabakh, durante uma reunião de cúpula organizada na Rússia com Vladimir Putin.

Mas na madrugada de segunda-feira (07), “unidades das Forças Armadas azerbaijanas abriram fogo contra posições armênias no setor leste da fronteira”, afirmou o ministério armênio da Defesa em um comunicado, um incidente que não deixou vítimas.

O ministério azerbaijano da Defesa acusou as tropas armênias de atirar “com armas leves de diferentes calibres” contra posições de Baku, sem informar se o ataque provocou vítimas.

A fronteira entre Armênia e Azerbaijão é cenário frequente de confrontos. Em setembro, os combates entre os dois países deixaram 286 mortos e provocaram o temor de uma nova guerra, como a que deixou mais de 6.500 mortos em 2020.

O conflito está vinculado a disputas territoriais pela região montanhosa de Nagorno-Karabakh, um enclave de maioria armênia que se separou do Azerbaijão com o apoio de Yerevan no início dos anos 1990. Uma primeira guerra na época deixou mais de 30.000 mortos.

Desde a guerra de 2020, que terminou com conquistas territoriais do Azerbaijão e um cessar-fogo obtido com a mediação da Rússia, as duas ex-repúblicas soviéticas participam em negociações de paz complicadas, com várias iniciativas paralelas.

Banco Central do Japão debateu impacto de saída futura da política monetária frouxa em meio à inflação alta

Autoridades do Banco do Japão debateram no mês passado a necessidade de examinar os efeitos colaterais do afrouxamento monetário prolongado e o impacto de uma saída futura de sua abordagem de juros ultrabaixos, mostrou um resumo das opiniões.

O resumo sugere que algumas autoridades estão lentamente se tornando mais abertas à possibilidade de uma eventual retirada do estímulo monetário radical implementado pelo presidente do Banco Central, Haruhiko Kuroda, há quase uma década.

Muitos no conselho de nove membros enfatizaram a importância de sustentar a política ultrafrouxa por enquanto para garantir que os salários cresçam o suficiente para compensar as famílias pelo aumento do custo de vida, de acordo com o resumo da reunião de política monetária de outubro.

Mas alguns viram sinais de que a recente pressão inflacionária impulsionada pelos custos está se ampliando, com um alertando que um “grande excesso de inflação não pode ser descartado”, segundo o resumo.

“É importante continuar a examinar como futuras estratégias de saída (de políticas ultrafrouxas) afetarão os mercados e se os participantes do mercado estarão bem preparados para elas”, disse um membro.

Embora não haja necessidade de ajustar imediatamente a política monetária, o Banco do Japão deve prestar atenção aos efeitos colaterais do afrouxamento prolongado, de acordo com outra opinião citada no resumo.

As observações destacam a divergência emergente entre os apelos de Kuroda para manter a política monetária ultrafrouxa e as opiniões de alguns outros membros do conselho, que estão mais abertos à ideia de debater uma saída futura dos juros ultrabaixos.

O núcleo da inflação ao consumidor do Japão acelerou para uma nova máxima de oito anos de 3,0% em setembro, desafiando a determinação do Banco Central de manter sua postura política monetária ultrafrouxa, já que a queda do iene para mínimas de 32 anos eleva os custos de importação.

Na reunião de 27 a 28 de outubro, o Banco Central japonês manteve os juros ultrabaixos, consolidando seu status discrepante entre os Bancos Centrais globais que estão apertando a política monetária.

Mas o banco também elevou suas previsões de preços e agora projeta que a inflação ao consumidor atinja 1,6% para os anos fiscais de 2023 e 2024, depois de subir 2,9% no ano atual que termina em março de 2023.

Coreia do Norte promete responder de forma ‘avassaladora’ às manobras dos EUA e Seul

A Coreia do Norte vai responder às manobras conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, informou a agência oficial KCNA.

“Continuaremos a responder a todos as manobras contra (a Coreia do Norte) pelo inimigo com medidas militares práticas sustentadas, firmes e avassaladoras”, indicou um comunicado do Estado-Maior do Exército Popular Coreano, de acordo com a KCNA.

O alerta ocorre no contexto de uma série de testes de mísseis realizados por Pyongyang nas últimas semanas, incluindo o lançamento de quatro mísseis balísticos no sábado, dias depois que os Estados Unidos e a Coreia do Sul concluíram os maiores exercícios militares aéreos conjuntos já organizados pelos dois países.

A agência afirmou que os recentes testes de mísseis balísticos do Norte foram uma “resposta clara” a Washington e Seul por seus exercícios militares na semana passada, denominados “Tempestade Vigilante”.

Segundo o exército de Pyongyang, as manobras pretendiam “aumentar intencionalmente a tensão na região e são uma manobra perigosa, de natureza altamente agressiva, dirigida diretamente contra a Coreia do Norte”. “Quanto mais persistentes forem os movimentos provocativos do inimigo, mais minuciosa e impiedosamente [os militares norte-coreanos] os combaterão”, acrescentou a nota divulgada pela KCNA.

Seul rebateu as críticas norte-coreanas e afirmou que as manobras não representaram uma ameaça para nenhum país. Durante a ‘Tempestade Vigilante’, centenas de aviões de guerra americanos e sul-coreanos, incluindo bombardeiros B-1B, participaram na semana passada no exercício.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul afirmou que o exercício demonstrou “a capacidade e a prontidão para responder com firmeza a qualquer provocação da Coreia do Norte”. 

Preços ao produtor da China têm 1ª queda desde dezembro de 2020 por restrições contra a Covid

Os preços ao produtor da China caíram em outubro pela primeira vez desde dezembro de 2020, enquanto a inflação ao consumidor se moderou, destacando que a fraqueza da demanda interna com as rigorosas restrições contra a Covid, as perdas no setor imobiliário e a recessão global podem afetar a economia.

Analistas dizem que os problemas enfrentados por empresas e consumidores, tanto no país como no exterior, aumentarão a pressão deflacionária sobre a China nos próximos meses, com aumentos agressivos das taxas de juros globais e a guerra da Ucrânia aumentando o desafio para Pequim.

O Índice de Preços ao Produtor caiu 1,3% em outubro em relação ao ano anterior, revertendo o aumento de 0,9% um mês antes, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas nesta quarta-feira. A expectativa em pesquisa da Reuters era de recuo de 1,5%.

A inflação ao consumidor também se moderou de uma alta de 29 meses em setembro, e as pressões de preços subjacentes permaneceram muito mais modestas, com o núcleo da inflação aumentando 0,6% em outubro, mesma taxa de setembro.

“Fatores adversos como a demanda interna fraca e o abrandamento das exportações deixarão a China atenta a uma deflação, sinalizada por sua leitura moderada do núcleo do índice aos consumidores abaixo de 1,5% por mais de dois anos”, disse Bruce Pang, economista chefe e chefe de pesquisa da Jones Lang Lasalle Inc.

O impulso deflacionário no indicador de preços ao produtor refletiu, em parte, os níveis acentuadamente mais altos de um ano atrás e a queda dos preços das commodities, de acordo com comunicado da agência.

A segunda maior economia do mundo tem sido afetada este ano por uma recorrência de surtos de Covid-19, forçando as autoridades a implementarem restrições rígidas contra o vírus e dando um golpe nas atividades das fábricas e dos consumidores.

O índice de preços ao consumidor subiu 2,1% em outubro em relação ao ano anterior, diminuindo de uma máxima de 29 meses de 2,8% em setembro, devido principalmente pela queda dos preços dos alimentos. Também ficou abaixo da expectativa de 2,4%.

Os preços dos alimentos subiram 7,0% em termos anuais, desacelerando de 8,8% no mês anterior.

Novo ministro da Economia do Japão pede às empresas que aumentem mais os salários

O novo ministro da Economia do Japão, Shigeyuki Goto, pediu às empresas que considerem aumentos salariais mais altos antes das negociações salariais que normalmente acontecem no início do ano que vem. “É muito importante realizar aumentos salariais sustentáveis que possam cobrir o aumento dos preços”, disse ele. O novo chefe da pasta econômica comentou que as preocupações com o consumo estão crescendo, já que a escalada de preços internacionais de matérias-primas e a desvalorização do iene contribuíram para uma queda real da renda japonesa.

Empresas e sindicatos do país realizam negociações salariais anuais antes do início de abril de cada ano fiscal. De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde, Trabalho e Previdência do Japão, o valor real do salário, corrigida a inflação, caiu 1,3% em setembro. A inflação atingiu 3% no Japão devido ao aumento dos preços de energia. O Banco do Japão (BoJ) planeja manter o rumo da sua política monetária porque espera que a inflação fique abaixo de sua meta de 2% no próximo ano.

Na coletiva desta quarta, Goto também falou que é importante para o Japão aproveitar a desvalorização do iene, pois o país ficaria mais convidativo para atrair investimentos. A divisa japonesa já registra baixa de mais de 25% em relação ao dólar este ano devido ao aumento dos diferenciais de taxas de juros entre o Japão e os EUA, já que o Fed está aumentando rapidamente as taxas.

Goto assumiu o cargo no final de outubro depois que seu antecessor, Daishiro Yamagiwa, deixou o cargo em meio a críticas públicas sobre sua ligação com a Igreja da Unificação, que está sob investigação desde que o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe foi assassinado em julho.

Egito não poupará esforços para liderar ação global contra mudanças climáticas, diz ministro das Relações Exteriores

É necessária uma ação internacional urgente para enfrentar as mudanças climáticas, e o Egito não poupará esforços para liderar o ataque, disse o ministro das Relações Exteriores do país, Sameh Shoukry, na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, conhecida como COP27, em Sharm el-Sheikh.

Ele disse que a COP27 prova ao mundo o compromisso do Egito em enfrentar as mudanças climáticas e sua capacidade como anfitrião global, e que os números de participação refletem a verdadeira vontade internacional de resolver a crise das mudanças climáticas.

“O padrão que a humanidade seguiu desde o início da revolução industrial até hoje não é mais sustentável”, disse Shoukry.

“Estamos enfrentando enormes lacunas no aquecimento global, e a situação climática global exige mudanças fundamentais. Ainda enfrentamos lacunas no fornecimento do financiamento necessário para permitir que os países em desenvolvimento enfrentem as mudanças climáticas”, acrescentou.

Os delegados da cúpula climática da ONU COP27 concordaram em discutir se as nações ricas devem compensar os países pobres mais vulneráveis ​​às mudanças climáticas por seu sofrimento.

“Isso cria pela primeira vez um espaço institucionalmente estável na agenda formal da COP e do Acordo de Paris para discutir a questão premente dos arranjos de financiamento necessários para lidar com as lacunas existentes, respondendo a perdas e danos”, Shoukry, que assumiu o cargo de novo Presidente da COP27 disse na plenária de abertura.

O item foi adotado na agenda em Sharm el-Sheikh no domingo, quando os líderes mundiais chegaram para as negociações programadas para 18 de novembro.

Espera-se que grande parte da tensão na COP27 esteja relacionada a perdas e danos, fundos fornecidos por nações ricas a países vulneráveis ​​de baixa renda que têm pouca responsabilidade pelas emissões de aquecimento climático.

Na COP26 do ano passado em Glasgow, os países de alta renda bloquearam uma proposta de um órgão de financiamento de perdas e danos, apoiando um novo diálogo de três anos para discussões de financiamento.

Arábia Saudita doa US$ 2,5 bilhões para iniciativa verde no Oriente Médio, diz príncipe herdeiro

A Arábia Saudita contribuirá com US$ 2,5 bilhões para a Iniciativa Verde do Oriente Médio nos próximos 10 anos e sediará sua sede no Reino, disse o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.

O fundo soberano do Reino, o Fundo de Investimento Público, também visará emissões líquidas de carbono zero até 2050, disse o príncipe herdeiro em Sharm El-Sheikh, no Egito, enquanto os líderes mundiais se reúnem para a conferência sobre mudanças climáticas COP27.

A Iniciativa Verde do Oriente Médio foi lançada pelo príncipe herdeiro no ano passado com o objetivo de reduzir as emissões de carbono da produção regional de hidrocarbonetos em mais de 60%.

Também pretende plantar 50 bilhões de árvores em todo o Oriente Médio e restaurar uma área equivalente a 200 milhões de hectares de terras degradadas. A iniciativa reduzirá os níveis globais de carbono em 2,5%.

A Arábia Saudita planeja contar com energias renováveis ​​para 50% de sua geração de eletricidade até 2030, disse o príncipe herdeiro, removendo 44 milhões de toneladas de emissões de carbono até 2035.

“Com esforços regionais concertados, a iniciativa busca apoiar os esforços e a cooperação da região para reduzir as emissões e remover mais de 670 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente, que é o montante das contribuições nacionalmente determinadas de todos os países da região, e representa 10% das contribuições globais quando a iniciativa foi anunciada”, disse o príncipe herdeiro.

Investcorp do Bahrain aumentará investimentos na Índia para US$ 5 bilhões

A empresa de private equity Investcorp, com sede em Manama, planeja aumentar os investimentos na Índia para US$ 5 bilhões, já que a empresa busca explorar o potencial do segundo país mais populoso do mundo, segundo um alto funcionário. 

Falando à Bloomberg, o presidente executivo da empresa, Mohammed Alardhi, disse esperar que a empresa eleve seus investimentos na Índia para US$ 5 bilhões nos próximos cinco anos, acima dos US$ 600 milhões atuais. 

Os investimentos da empresa na Índia representam apenas 1,5% dos US$ 42,7 bilhões em ativos administrados pela empresa globalmente.

Alardhi acrescentou que a empresa planeja uma nova estratégia de crédito na Índia, além de dar mais ênfase aos acordos de infraestrutura e encontrar um alvo para sua Investcorp India Acquisition Corp, que levantou US$ 259 milhões em uma oferta pública inicial nos EUA no início deste ano.

A Investcorp iniciou suas operações na Índia em 2019 e atualmente possui investimentos em vários setores, incluindo consumidor, saúde, bem-estar e serviços financeiros, de acordo com Rishi Kapoor, co-CEO da Investcorp.

Ele acrescentou que o ambiente de negócios da Índia agora está maduro e homogêneo, como o mercado nos EUA, e impulsionado principalmente pelo ambiente regulatório favorável aos negócios e pela transformação digital.

O plano de aumentar os investimentos na Índia faz parte do movimento estratégico da Investcorp de expandir seus ativos para US$ 100 bilhões, informou a Bloomberg.

A empresa vem expandindo suas participações dos EUA para a Ásia e foi retirada da bolsa de valores do Bahrein no ano passado, após quase quatro décadas, em um movimento que, segundo ela, lhe daria agilidade para expandir mais rapidamente.

Kapoor observou ainda que a Investcorp, que geralmente participa da última ou penúltima arrecadação de fundos pré-IPO, está planejando uma abordagem um pouco diferente na Índia, já que a empresa está buscando maiores acordos de ingressos para acompanhar as startups no país.

Setor de fintech saudita cresce 79% em um ano

A Arábia Saudita viu o número de empresas de tecnologia financeira no Reino aumentar 79% em um ano, de acordo com um relatório divulgado por um órgão do setor.

Lançada em 2018 pelo Banco Central Saudita e pela Autoridade do Mercado de Capitais, a Fintech Saudi revelou que o número de fintechs no Reino é de 147, contra 82 em 2021. 

O relatório também apontou que as fintechs cresceram quase 15 vezes de 10 empresas em 2018. O setor de infraestrutura impulsionou principalmente o crescimento em 600%, seguido por finanças pessoais e gestão de tesouraria em 175%, mercados financeiros em 129% e dinheiro privado em 125%.

Quanto ao setor de seguros, estabilizou-se sem crescimento, enquanto as soluções de negócios e fornecimento de informações cresceram 73%, pagamentos e câmbio 65% e empréstimos e financiamentos 42%.

O repórter afirmou ainda que o número de empresas financeiras em Riad representava 79%, hospedando 114 sedes, seguidas por Jeddah com 11, Al Khobar com três e Dammam com uma.

A estratégia de fintech também tem sido um impulsionador de emprego e pode criar 18.000 empregos até 2030 por meio de 525 empresas, contribuindo com SR13,3 bilhões (US$ 3,5 bilhões) para o produto interno bruto e SR12,2 bilhões em investimento de capital de risco.

A Arábia Saudita anunciou planos para triplicar o número de empresas de fintech no Reino sob uma nova estratégia nacional.

Em comunicado divulgado em junho, o Ministério das Finanças disse que o número de empresas deve aumentar para 230 até 2025.

O ministério também busca aumentar a contribuição do setor de fintech para o produto interno bruto para SR4,5 bilhões e criar quase 6.000 empregos até 2025.

O plano também visa aumentar a participação das transações digitais para 70% de todas as transações financeiras até 2025. 

A estratégia visa aumentar o valor acumulado dos investimentos de capital de risco em empresas de tecnologia financeira para SR2,6 bilhões até 2025 para impulsionar o investimento doméstico e estrangeiro.

Líbano não elege presidente pela 5ª vez

O parlamento do Líbano falhou em eleger um presidente pela 5ª vez na quinta-feira (10), aproximando o país de um impasse institucional em meio a uma profunda crise financeira.

O mandato do presidente Michel Aoun terminou em 31 de outubro, deixando para trás um vácuo político e divisões entre os blocos políticos sobre a formação de um novo gabinete.

O Líbano está sem um governo em pleno funcionamento desde maio. O governo já estava operando como zelador, já que o país está afundando cada vez mais em um colapso financeiro de três anos.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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11/11/2022