Cenário Econômico Nacional – 14/11/2022

Cenário Econômico Nacional – 14/11/2022

Cenário Econômico Nacional – 14/11/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Em primeiras projeções após eleição, mercado vê mais inflação este ano e mais crescimento em 2023

Analistas consultados pelo Banco Central elevaram levemente as estimativas para a inflação neste ano e para o crescimento do PIB em 2023, nas primeiras projeções econômicas depois da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência.

O BC divulgou na segunda-feira (07) seu relatório Focus, fechado na sexta-feira (04), depois da decisão em segundo turno. Após derrotar o candidato à reeleição Jair Bolsonaro, Lula voltará à Presidência pela terceira vez.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para o avanço do IPCA em 2022 subiu 0,02 ponto percentual, a 5,63%, na segunda semana de alta seguida. Para 2023 e 2024 seguem as perspectivas de aumentos de 4,94% e 3,50% dos preços, respectivamente.

O centro da meta oficial para a inflação em 2022 é de 3,50%, para 2023 é de 3,25% e para 2024 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento deste ano segue em 2,76%, mas para o próximo melhorou a 0,70%, de 0,64% antes.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros deve encerrar este ano nos atuais 13,75, e 2023 em 11,25%, sem alterações.

Indicador Antecedente de Emprego recua em outubro

O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 4 pontos de setembro para outubro deste ano. Com isso, o indicador chegou a 79,8 pontos, o menor nível desde abril deste ano (79,5 pontos).

O índice, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), busca antecipar tendências do mercado de trabalho para os próximos meses, com base em entrevistas com consumidores e empresários da indústria e serviços.

Seis dos sete componentes do Iaemp tiveram queda, com destaque para tendência dos negócios, emprego previsto e situação atual dos negócios da indústria.

Segundo o economista da FGV Rodolpho Tobler, “a desaceleração da economia parece já entrar no radar e influenciar as expectativas sobre o mercado de trabalho nos próximos meses. Não é possível descartar novas quedas nos próximos resultados, dado que o cenário macroeconômico ainda é desafiador e a recuperação econômica tende a perder força na virada para 2023”.

IGP-DI desacelera queda a 0,62% em outubro com pressão maior ao consumidor, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) reduziu o ritmo de queda para 0,62% em outubro depois de ter apresentado queda de 1,22% no mês anterior uma vez que a pressão ao consumidor aumentou, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na terça-feira (08).

A expectativa em pesquisa da Reuters era de um recuo de 0,74%, e o resultado levou o índice a acumular em 12 meses alta de 5,59%.

No mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, teve queda de 1,04%, ante recuo de 1,68% no mês anterior.

“A inflação ao produtor segue em terreno negativo. Inúmeras commodities de peso estão registrando queda em seus preços”, disse o coordenador dos índices de preços, André Braz, citando minério de ferro (de -3,27% para -5,01%), leite in natura (de -6,92% para -8,17%), adubos ou fertilizantes (de -2,23% para -9,98%) e café (de -0,58% para -10,37%).

Mas a pressão para o consumidor em outubro aumentou, e Braz destacou que os preços dos combustíveis passaram a mostrar queda menos intensa. Os preços da gasolina tiveram queda de 1,44% em outubro, contra deflação de 8,68% no mês anterior.

Assim, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-DI, passou a subir 0,69% no período, de variação positiva de 0,02% em setembro.

O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, registrou aceleração da alta em outubro, a 0,12%, de 0,09% antes.

O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.

Preços de aluguéis sobem 0,10% em outubro

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar) teve inflação de 0,10% em outubro deste ano. Em setembro, o indicador havia tido deflação (queda de preços) de 0,02%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses passou de 11,37% em setembro para 11,56% em outubro. O índice é calculado pela FGV com base na variação dos preços cobrados por aluguéis em quatro cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte.

Em São Paulo, houve o maior recuo mensal do Ivar, ao passar de -0,18% em setembro para -0,69% em outubro. No Rio de Janeiro, também houve recuo, mas o índice continuou tendo inflação porque passou de 0,77% para 0,04%.

Nas outras duas cidades, o Ivar aumentou de setembro para outubro. Em Porto Alegre, foi de -0,37% para 1,10%. Já em Belo Horizonte, o indicador subiu de 0,26% para 0,86% no período.

Ministério da Economia prevê crescimento do PIB entre 1,4% e 2,9% em 2023

O Ministério da Economia projetou na quarta-feira (09) uma expansão do PIB em 2023 entre 1,4% e 2,9%, acima das previsões de mercado para o primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva, argumentando que o crescimento estrutural da economia é agora maior do que o verificado no passado recente.

A Secretaria de Política Econômica do ministério afirmou em um relatório que a persistência de erros de previsão para o PIB brasileiro nos últimos três anos pode indicar uma mudança na tendência de crescimento, chamando a atenção para os efeitos positivos no curto prazo de uma taxa de investimento mais alta.

A atual projeção oficial do governo aponta para um aumento de 2,5% do PIB no próximo ano, dado que foi usado na proposta orçamentária enviada ao Congresso, que é questionada por supostamente superestimar as receitas do governo.

Economistas privados calculam que a economia crescerá apenas 0,7% em 2023, de acordo com a mais recente pesquisa Focus do Banco Central.

A secretaria afirmou que os modelos tradicionais de projeções são baseados em observações anteriores e, portanto, podem não responder adequadamente às mudanças estruturais que vêm sendo implementadas desde 2016.

Entre as medidas nesse sentido, a secretaria citou novos marcos legais para diversos setores, que aumentaram o investimento privado.

Para 2023, são esperados quase 82 bilhões de reais em investimentos em parcerias e concessões, acrescentou a secretaria, um aumento de 10% em relação ao previsto para este ano.

“A projeção desta Secretaria pressupõe uma desaceleração da atividade nos países emergentes e desenvolvidos ao longo de 2022, mas não incorpora no cenário básico uma recessão neste e no próximo ano, o que alteraria significativamente as expectativas para o próximo ano”, disse o documento.

Inadimplência na capital paulista supera 1 milhão de lares

O número de famílias inadimplentes na cidade de São Paulo atingiu 1,03 milhão em outubro. É a primeira vez que essa quantidade foi alcançada desde agosto de 2010, quando a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) começou a realizar a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

Os dados divulgados, mostram ainda que 25,5% dos lares paulistanos estavam com dívidas em atraso em outubro. Em agosto, a taxa de lares inadimplentes foi de 24,8%, enquanto que, em outubro de 2021, o número era 19,7%. Em números absolutos, houve aumento, nos últimos 12 meses, de 240 mil novos lares que não pagaram suas dívidas em dia.

Segundo o levantamento, a situação é mais desfavorável para as famílias que pertencem às faixas de renda mais baixas da população. Para as que ganham até dez salários mínimos, a inadimplência chegou a 31,5% e na faixa superior a dez salários mínimos, a inadimplência registrada em outubro foi de 10,6% dos lares.

“As famílias de baixa renda apresentam dificuldades de renegociação de dívidas, uma vez que não contam com garantias ou proteções financeiras. Consequentemente, os juros são mais elevados, afetando a capacidade de consumo no dia a dia”, disse a FecomercioSP, em nota.

IPCA: Inflação sobe 0,59% em outubro, acima do esperado

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na quinta-feira (10), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Após três meses de deflação, os preços voltaram a subir.

Em outubro, o IPCA foi de 0,59%, acima da projeção de 0,48%. Com isso, o IPCA em doze meses atingiu 6,47%, acima da projeção de 6,34%.

Em setembro, o IPCA registrou recuo mensal de 0,29%, puxado por transportes, comunicação, alimentação e bebidas. O indicador anual em setembro era de 7,17%.

Em julho e agosto, as deflações mensais haviam sido de 0,68%, 0,36% respectivamente.

De acordo com o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em outubro. A maior contribuição do mês, 0,16 ponto percentual (p.p.), veio de Alimentação e bebidas, com elevação de 0,72%. O grupo havia apresentado queda de 0,51% em setembro. Na sequência, estiveram os grupos Saúde e cuidados pessoais, com alta de 1,16%, e Transportes, subindo 0,58%, com impactos de 0,15 p.p. e 0,12 p.p., respectivamente. Segundo o instituto, os três grupos, juntos, responderam por cerca de 73% do indicador no mês. A maior alta do mês foi do grupo Vestuário, que apresentou alta de 1,22%.

Por outro lado, Comunicação, que teve deflação de 0,48%, apresentou o único recuo, que contribuiu com -0,03 ponto percentual.

BNDES tem lucro de R$ 9,6 bilhões no terceiro trimestre

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve lucro líquido de R$ 9,6 bilhões no terceiro trimestre deste ano, segundo balanço divulgado na quinta-feira (10) pela diretoria da instituição.

O resultado financeiro foi 15% menor que o do mesmo período no ano passado e 17,9% menor que o do segundo trimestre deste ano, segundo comparativo apresentado pelo banco.

Ao excluir operações de venda da carteira de renda variável dessa comparação, porém, o BNDES calcula que o resultado do terceiro trimestre de 2022 ficou 76% acima do mesmo período de 2021, o que reflete acréscimo no produto de intermediação financeira.

Se considerado o acumulado do ano de 2022, desde janeiro, o lucro do BNDES é de R$ 34,2 bilhões.

O desempenho do BNDES no trimestre foi influenciado, principalmente, por receita com dividendos, que chegaram a R$ 7 bilhões, com destaque para os pagos pela Petrobras. A estatal corresponde a 48% da carteira de ações do banco, que soma R$ 64,8 bilhões.

Foram realizados desembolsos totais no valor de R$ 29,4 bilhões para os clientes do banco, o que representa um aumento de 35% ante os mesmos meses de 2021. Frente a abril, maio e junho de 2022, esse montante corresponde a uma alta de 58%.

O setor de infraestrutura recebeu 39% dos desembolsos do trimestre, somando R$ 11,5 bilhões. O diretor de finanças do BNDES, Lourenço Tigre, atribuiu a liderança do setor entre os desembolsos aos novos produtos oferecidos pelo banco e à fábrica de projetos de privatizações e concessões.

Pagamentos com cartões movimentam R$ 827 bilhões no 3º trimestre

As compras realizadas com cartões de crédito, débito e pré-pagos cresceram 20% no terceiro trimestre, somando R$ 827 bilhões no período, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Segundo os dados da entidade, desde o início do ano até setembro os brasileiros realizaram R$ 2,42 trilhões em pagamentos, o que representa um crescimento de 30% em relação ao mesmo período de 2021.

Na comparação entre as modalidades, o destaque foi o uso do cartão de crédito, que cresceu 25,6%, registrando R$ 527,6 bilhões em pagamentos no terceiro trimestre. O segundo maior volume no período foi o do cartão de débito, que movimentou R$ 240,5 bilhões e cresceu 1,2%. Já o cartão pré-pago somou R$ 59 bilhões, com crescimento de 84,7%.

“Um dos pontos que levam ao aumento no uso do cartão de crédito é que muitos consumidores estão em processo de bancarização, tendo acesso à crédito, com vantagens como o parcelado sem juros e os benefícios, como cash back, seguros, programas de fidelidade, o que faz com que as pessoas acabem priorizando o cartão de crédito”, explicou o presidente da Abecs, Rogério Panca.

A projeção da Abecs para este ano é de movimentação de R$ 3,2 trilhões. “As datas comerciais do quarto trimestre como o Dia das Crianças, Black Friday e o Natal ajudam a movimentar os volumes transacionados com cartões”, disse o executivo.

Pagamento do 13º salário poderá injetar R$ 250 bilhões na economia do país em 2022

O pagamento do 13º salário, cuja primeira parcela sai ainda neste mês, pode colocar R$ 249,8 bilhões na economia brasileira, segundo estimativa divulgada pelo Dieese. O valor corresponde a quase 2,6% do PIB.

De acordo com o instituto, aproximadamente 85,5 milhões de pessoas receberão esse pagamento adicional. Esse total inclui trabalhadores do mercado formal (61% do total), incluindo do setor doméstico com registro, beneficiários da Previdência Social (20,3%) e aposentados da União, estados e municípios.

O Dieese considera dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do “novo” Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Previdência, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, da própria Previdência e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

“Assim, os dados são uma projeção do volume total de 13º salário que entrará na economia ao longo do ano e não necessariamente nos dois últimos meses de 2022. Entretanto, o princípio é que a maior parte do valor referente ao 13º, notadamente para os trabalhadores ativos, seja paga no final do ano”, ressalva o Dieese.

Bolsonaro terá cargo de presidente de honra do PL

Depois de deixar o Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro vai assumir, em janeiro próximo, o cargo de presidente de honra do PL. O partido vai se posicionar na semana que vem de forma contundente como oposição ao governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O cargo no PL já existe e foi criado pelo presidente da legenda, ex-deputado Valdemar Costa Neto, para José Alencar, que foi vice-presidente nos primeiros mandatos de Lula, após ele deixar o governo.

Quando deixar a Presidência da República, Bolsonaro terá direito a cerca de R$ 40 mil com aposentadorias do Exército e da Câmara. O salário do PL está sendo discutido ainda e será somado a esse valor. Também não foi definida a origem do recurso, se será do Fundo Partidário ou de doações para a sigla.

O partido quer manter Bolsonaro ativo em Brasília para preservar o eleitor conservador de direita e o “legado” de 58 milhões de votos conquistados no segundo turno da eleição. O presidente vai integrar uma executiva partidária com 21 membros.

No comando do PL desde 2001, Valdemar Costa Neto seguirá como presidente do partido. O anúncio sobre o futuro de Bolsonaro e da sigla deverá ser feito pelo dirigente durante uma entrevista coletiva em Brasília na próxima terça-feira. Será a primeira entrevista do cacique do PL, que foi condenado e preso no escândalo do mensalão, em dez anos.

Diante da aproximação de líderes do Centrão de Lula, o PL decidiu anunciar oficialmente sua posição para afastar os rumores de que poderia dar uma guinada governista com a nova gestão do PT.

Moraes determina que Marcos Cintra preste depoimento à PF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra preste depoimento à Polícia Federal após ter levantado suspeitas sobre as urnas eletrônicas e o resultado das eleições presidenciais nas redes sociais. A PF deve notificar Cintra e fazer a oitiva acerca do conteúdo publicado pelo candidato à vice-presidente na chapa de Soraya Thronicke (União Brasil) em até 48 horas. A decisão foi dada no âmbito do inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas, relatada por Moraes.

“Conforme se verifica, Marcos Cintra utiliza as redes sociais para atacar as instituições democráticas, notadamente o TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, bem como o próprio Estado democrático de Direito, o que pode configurar, em análise preliminar, crimes eleitorais”, disse Moraes na decisão. No mesmo despacho, o ministro do STF determina que o Twitter bloqueie a conta do ex-secretário, sob a pena de multa diária de R$ 100 mil. A empresa já suspendeu a conta do candidato a vice-presidente do União Brasil.

Na sua publicação, Cintra levanta dúvidas sobre o resultado das urnas que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), citando informações falsas que, segundo sua conferência, há “centenas” de urnas sem nenhum voto no presidente Jair Bolsonaro (PL). Cintra ainda disse que não admite que o “TSE seja cúmplice”. Em sua decisão, Moraes disse que as circunstâncias da publicação de Cintra permitem a adoção de medidas que restrinjam a publicação de conteúdo falso e “antidemocrático”, “bem como a realização de diligências, de modo que os fatos apurados sejam completamente esclarecidos”.

Juristas pedem ao CNJ que suspenda nomeação de novos desembargadores do TRF-1

A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) submeteu um pedido de providências ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para que o colegiado suspenda a nomeação de novos desembargadores pelo Tribunal Regional Federal da 1ª região. O tema deverá ser analisado em uma sessão da Corte Especial Administrativa marcada para sexta-feira (11). A petição foi encaminhada ao gabinete do ministro corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão.

O TRF-1, localizado em Brasília, é hoje a maior Corte federal do país. Sua jurisdição abarca os Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Roraima, Rondônia e Tocantins. Em setembro do ano passado, o Estado de Minas foi desmembrado para formar o TRF da 6ª região.

Na petição ao corregedor, a entidade argumenta que haveria ‘notável açodamento’ do TRF-1 ao nomear desembargadores, ao invés de priorizar a estruturação do novo tribunal mineiro.

“Diante dos desafios simultâneos de ampliação e desmembramento, o TRF da 1ª Região colocou-se em situação de afronta às próprias regras de promoção e provimento de vagas por ele estabelecidas, o que pode significar, no entender desta entidade, possível direcionamento político”, sustenta o núcleo de juristas.

As regras às quais a entidade faz referência são as normas internas de promoção por merecimento dos magistrados e a estruturação do TRF-6.

“O TRF da 1ª Região iniciou processo de provimento de vagas de promoção por merecimento antes mesmo de deliberar sobre a competência dos novos órgãos jurisdicionais, provendo vagas cuja materialidade é inexistente.”

De acordo com o pedido de providências, ‘o notável açodamento na aplicação das regras legais e regulamentares, estatuídas pelo próprio Tribunal Regional Federal da 1ª Região, pode direcionar-se a que, em desvio de finalidade, a escolha dos novos desembargadores não seja feita pelo governo democraticamente eleito em 30.10.2022’.

Por meio de nota, os membros da Associação Brasileira Juristas pela Democracia afirmam que querem ‘garantir a lisura, higidez e constitucionalidade do processo de promoção ao TRF da 1ª Região e, para isso, é preciso uma definição da competência dos órgãos jurisdicionais e, pelo Conselho da Justiça Federal, os termos em que se dará a participação dos juízes vinculados ao TRF da 6ª Região’.

Alckmin nomeia Resende, Mello, Barbosa e Arida no núcleo de economia da transição

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), coordenador do processo de transição, nomeou na terça-feira (08) quatro economistas para o núcleo de economia da passagem de bastão de governo: André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Persio Arida.

O Broadcast Político, sistema de notícias e tempo real antecipou nesta segunda, 7, que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) buscava montar uma equipe de economia que fosse de Lara Resende e Persio Arida, liberais e formuladores do Plano Real, a Nelson Barbosa, economista considerado heterodoxo e ex-ministro da Fazenda de Dilma Rousseff (PT). Mello, por sua vez, assessorou a campanha de Lula na área da economia.

“São quatro grandes economistas, pessoas com larga experiência”, disse Alckmin em coletiva de imprensa, reforçando que participar da equipe de transição não significa, necessariamente, passaporte para a Esplanada dos Ministérios no novo governo.

Acompanhavam Alckmin a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o coordenador do grupo técnica da transição, Aloizio Mercadante, e os deputados federais reeleitos Rui Falcão (PT-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Reginaldo Lopes (PT-MG), líder do PT na Câmara.

O ex-ministro Aloizio Mercadante foi nomeado coordenador do grupo técnico da transição. Serão 31 grupos técnicos de trabalho, esclareceu Alckmin.

Além disso, Alckmin assinou três portarias: a primeira institui o gabinete de transição governamental; a segunda designa os coordenadores; e a terceira solicita ao Tribunal de Contas da União (TCU) cópias de contas, auditorias, monitoramentos e outros documentos que ajudem na troca de governo.

Além de Mercadante, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foi confirmada coordenadora da articulação política e o ex-deputado Floriano Pesaro, na coordenação executiva da transição.

“Vamos, todo dia, anunciando o núcleo que vai organizar o trabalho de transição. Não tem número limitado, pode ter mais pessoas”, disse Alckmin. O governo de transição tem direito a 50 pessoas, mas trabalhará com voluntários.

Pacheco defende urnas e diz que sistema eleitoral é ‘motivo de orgulho’

Enquanto os atores políticos aguardam a divulgação do relatório das Forças Armadas sobre o segundo turno das eleições, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), voltou a fazer forte defesa das urnas na manhã de quarta-feira (09). Perante representantes de 147 países na abertura do 24º Congresso Internacional das Instituições Superiores de Controle (Incosai), no Rio de Janeiro, Pacheco disse que o sistema eleitoral brasileiro é “motivo de orgulho” e defendeu a verificação de urnas realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no primeiro e no segundo turno das eleições.

“Enalteço o excelente trabalho que tem sido feito no Brasil pelo TCU, por ocasião do processo democrático de escolha dos nossos representantes. O TCU contribuiu muito fortemente para que houvesse o sentimento verdadeiro de uma realidade conhecida e reconhecida no seio nacional, da eficiência das urnas eletrônicas e do nosso sistema eleitoral de votação, que é motivo de orgulho para a nação brasileira e não de demérito. O TCU se mostrou pronto para contribuir nesta compreensão plena da sociedade brasileira com seu papel”, disse Pacheco.

Questionado pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) sobre sua expectativa com relação à auditoria dos militares, Pacheco sorriu e disse que falaria à imprensa ainda nesta quarta em Brasília. Ele almoça no mesmo dia com o presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para tratar da manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e outros temas da transição.

Antes de deixar o Congresso organizado pelo TCU, o presidente do Senado teve uma conversa de dez minutos com o ministro das Relações Exteriores, Carlos França.

Na saída, França disse que se limitou a abordar a participação de Pacheco na Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP-27.

Perguntado sobre o acompanhamento do processo eleitoral por uma delegação da Organização dos Estados Americanos (OEA), França disse que manteve contato com o chefe da missão, mas ainda não teria recebido um relatório final. “Mas tenho a impressão que correu tudo bem (nas eleições)”, afirmou o chanceler.

Segundo o presidente em exercício do TCU, ministro Bruno Dantas, o TCU atestou o resultado das eleições por meio da comparação dos números divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o relatório físico de mais de 4,1 mil urnas, número que supera em muito o escopo de qualquer outra verificação, inclusive a realizada por militares, cujo número de verificações de urnas ficou na casa das centenas.

Nos bastidores, a expectativa é que o relatório das Forças Armadas rechace a tese de fraude nas eleições, mas pontue inconsistências que podem dar brecha a questionamentos futuros por parte do grupo político de Bolsonaro.

Dantas, que acumula a partir desta semana a presidência da organização internacional de órgãos de controle que reúne 196 países (Intosai), destacou, em discurso a uma plateia majoritariamente estrangeira, a solidez da auditoria do processo eleitoral realizada pelo tribunal.

“A complexidade de cada momento histórico por vezes exige, para além das atribuições das instituições de controle de todas as nações, o exercício de colocar em prática métodos e padrões de fiscalização na defesa da própria democracia, como ocorreu recentemente ao realizarmos no Brasil uma auditoria sólida do processo eleitoral”, afirmou o ministro do TCU.

Humberto Costa: Coordenação da transição deve reunir todos os grupos temáticos

A coordenação do governo de transição deve reunir todos os grupos temáticos ainda hoje ou amanhã, conforme informou há pouco o senador Humberto Costa (PT-PE).

“As pessoas convidadas já foram autorizadas pelo coordenador a comunicarem à sociedade e, a partir de hoje, vamos pegar as informações e ver como funciona”, disse a jornalistas ao chegar ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, sede do governo de transição. “A coordenação deve organizar uma reunião com todos os grupos temáticos, hoje à noite ou amanhã. A partir daí, a gente vai trabalhar”.

Costa, que é um dos cinco coordenadores da área temática da Saúde, são 31 no total, explicou que, assim que houver essa reunião, a coordenação central passará orientações, organograma e prazos. “Em resumo, o que a gente tem que produzir. Acredito que, de imediato, essas cinco pessoas vão se reunir para traçar um cronograma, dividir responsabilidades”, observou.

PGR pede ao STF arquivamento de três ações contra Bolsonaro

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento de três pedidos para investigar o presidente Jair Bolsonaro (PL). As ações envolvem a conduta do presidente no 7 de setembro, supostas falas homofóbicas e incitação ao crime e violência política.

A ação que trata do 7 de setembro foi proposta pelo deputado Israel Matos Batista (PSB-DF). O parlamentar alegou que Bolsonaro cometeu crimes de peculato e prevaricação ao valer-se do aparato estatal para praticar atividade político-partidária na celebração do evento. Lindôra entendeu que não há elementos suficientes para comprovar a acusação.

O PT apresentou petição que acusa o presidente de incitar crimes e atacar o estado democrático de direito. Lindôra rejeitou o pedido de investigação por não haver, segundo ela, “nexo causal entre a conduta de Jair Bolsonaro e os crimes exemplificados”.

Já a petição que pede investigação de Bolsonaro por falas homofóbicas foi feita pela deputada Érika Santos (PSDB-SP). A fala em questão foi feita em um tempo da Assembleia de Deus no Maranhão, quando o chefe do Executivo disse: “O que nós queremos é que o Joãozinho seja Joãozinho a vida toda. A Mariazinha seja Maria a vida toda, que constituam família”.

Lindôra também rejeitou o pedido afirmando que as declarações de Bolsonaro “não se ajustam, sob nenhum prisma e sequer hipoteticamente, à conduta criminosa tipificada” na lei, que prevê a condenação por falas que apresentam ideia de superioridade a outros grupos.

“Não houve, contudo, nenhuma fala tendente a segregar, reprimir, dominar, suprimir, eliminar ou julgar-se superior a outro grupo ou pessoa, circunstância que afasta o delito ventilado”, escreveu a vice-procuradora.

Relator do Orçamento diz que Bolsa Família deve ser exceção ao teto de forma permanente

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do Orçamento de 2023, disse na quinta-feira (10) que a ideia é que se retire de forma permanente do teto de gastos as despesas com o custeio do Bolsa Família na chamada PEC da Transição.

O senador espera receber o texto da PEC que irá criar um espaço fiscal de 105 bilhões de reais até a sexta-feira. Castro fez questão de dizer, ainda, que a proposta trará um detalhamento de como se dará a excepcionalização e não um cheque em branco.

“De hoje para amanhã a equipe (de transição) volta a falar comigo para apresentar oficialmente, me entregar o texto da PEC, e dizendo quais são as rubricas que estarão excepcionalizadas e o valor de cada uma, para que não haja nenhuma dúvida, nenhuma celeuma de que possa ser um cheque em branco para gastar com isso ou com o que o governo quiser”, disse o parlamentar a jornalistas após reunião com integrantes da equipe de transição na residência oficial do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“Lá vai ter que estar especificado claramente, não tem subterfúgio de nada.”

O relator-geral do Orçamento disse ainda que também foi discutida a tese de excepcionalizar de modo permanente despesas em valor equivalente a 2% da Receita Corrente Líquida de recursos advindos de receitas extraordinárias, citando como exemplo o caso do pagamento de bônus de assinatura por leilões de petróleo.

“Isso aí poderia entrar, mas é um valor que não é muito expressivo diante do problema que nós temos”, avaliou.

Castro disse que tendo o texto da PEC irá trabalhar para construir um consenso para a votação da matéria primeiro no Senado e depois na Câmara. Até por isso, avisou, não pretende dar publicidade imediata ao texto da PEC, não pelo menos até que possa negociar os detalhes com as lideranças partidárias e as presidências das duas Casas do Congresso.

Segundo ele, houve “uma boa receptividade de todos os líderes” pelas conversas até o momento. A ideia é que depois do feriado da terça-feira (15), seja retomada a negociação para se chegar a um “denominador comum”.

“O tempo que nós vamos gastar, vamos gastar em negociação”, afirmou.

Aras defende no STF que modelo adotado pelo Congresso para prestar contas do orçamento secreto é constitucional

O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu que o Supremo Tribunal Federal (STF) considere constitucionais as novas regras aprovadas pelo Congresso para o pagamento das emendas de relator, o chamado orçamento secreto.

O orçamento secreto surgiu a partir das emendas de relator, criadas para que o relator, um deputado ou um senador, fizesse ajustes pontuais na proposta do orçamento federal.

Para que a emenda do relator seja liberada pelo Governo Federal, é preciso que um parlamentar faça a intermediação, mas essa negociação não é transparente. Segundo especialistas, tem sido usada como moeda de troca pelo governo para obter apoio no Congresso.

No ano passado, o STF determinou que o Congresso desse transparência à execução das emendas de relator. As informações passaram a ser publicadas pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso, mas o sistema ainda dificulta o acesso aos dados.

Em uma página do sistema, é possível ver as indicações para o destino do dinheiro das emendas. Uma lista com dezenas delas. Em outra está a execução das emendas, se o dinheiro já foi liberado, mas não mostra qual parlamentar está apadrinhando cada transferência de recurso.

Segundo a Procuradoria, o novo modelo está de acordo com a Constituição. “O Ato Conjunto 1/2021, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, e a Resolução 2/2021, do Congresso Nacional, ao ampliarem a transparência da sistemática de apresentação, aprovação e execução orçamentária referente às emendas de relator-geral, respeitam a Constituição Federal”, diz o parecer.

Sem definição de Lula, ministérios viram alvo de disputa entre aliados

A decisão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “só começar a pensar” na montagem do futuro Ministério a partir do final deste mês abriu uma arena de disputas veladas entre aliados. Na busca por espaços na Esplanada, personagens importantes já começaram a se movimentar, especialmente mirando as pastas da Casa Civil, Fazenda, Justiça e Segurança Pública, Agricultura e Cidadania. Por outro lado, ministérios chave, como Saúde e Educação, não aparecem na prateleira de preferências de alguns dos principais nomes que almejam postos de destaque em 2023.

Três petistas da confiança de Lula estão de olho nos ministérios da Fazenda e da Casa Civil, considerados os mais relevantes do Executivo. São eles o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, o ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (SP) e o senador eleito Wellington Dias (PI).

As ambições dos três, contudo, contrastam com as funções para as quais foram designados na transição. Padilha vai participar do grupo temático da Saúde, enquanto Haddad auxilia na montagem da equipe da Educação. Reservadamente, ambos indicam que não gostariam de voltar às cadeiras que já ocuparam. A Dias, foi dada a missão de articular junto ao Congresso novos espaços no Orçamento.

Dono da caneta, Lula não sinalizou quem seria seu preferido e já avisou que só tratará do assunto ao retornar da COP 27, no Egito. Ele só deverá chegar ao Brasil no dia 19.

Indústrias pequenas são menos afetadas por escassez de matéria-prima

A escassez e o encarecimento das matérias-primas estão afetando menos as indústrias de micro e pequeno porte. É o que revela a pesquisa trimestral Panorama da Pequena Indústria, divulgada na segunda-feira (07) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo o levantamento, de julho a setembro, a falta ou o alto custo da matéria-prima continuou a ser a principal preocupação na indústria de transformação, porém em menor intensidade que no trimestre anterior. Na indústria da construção, os juros elevados tornaram-se o principal entrave. Na indústria extrativa, a carga tributária voltou a ser o maior problema.

Para a analista de Políticas e Indústria da CNI, Paula Verlangeiro, o encarecimento e a dificuldade de acesso às matérias-primas não deixaram de atingir a indústria, mas o problema foi menos assinalado no terceiro trimestre e deve recuar ainda mais no fim do ano.

A pesquisa apontou melhoria na situação financeira das indústrias de micro e pequeno porte. O Índice de Situação Financeira chegou a 43,7 pontos no terceiro trimestre, apresentando o melhor resultado desde 2013. Segundo a CNI, o avanço pode ser explicado pelo aumento dos indicadores de satisfação com o lucro operacional e de facilidade de acesso ao crédito, que continuou crescendo, mesmo com os juros altos.

O Índice de Desempenho médio do setor ficou em 49 pontos, acima da média histórica para o trimestre (45,3 pontos) e 1,6 ponto superior ao terceiro trimestre do ano passado.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) para as indústrias de pequeno porte atingiu 58,7 pontos em outubro. O indicador caiu em relação a setembro (61,9 pontos), mas mantém-se acima da média histórica de 53 pontos e indica manutenção da confiança. Pela pesquisa, índices acima de 50 pontos mostram otimismo.

Petrobras conclui venda da SIX para F&M Brazil

A Petrobras anunciou a conclusão da venda de suas ações da Paraná Xisto, constituída para deter a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX) para a Forbes Resources Brazil (F&M Brazil).

A operação foi concluída com o pagamento de 41,6 milhões de dólares para a Petrobras, já com ajustes previstos no contrato. O valor recebido nesta data, 38,6 milhões de dólares, se soma aos 3 milhões pagos no fechamento do negócio. O contrato prevê ainda pagamentos contingentes (earn out).

A F&M Brazil assumirá a partir desta sexta-feira a gestão do negócio e a Petrobras continuará apoiando as operações da SIX, localizada em São Mateus do Sul (PR), por até 15 meses, sob um acordo de prestação de serviços.

“Foi celebrado também um contrato de arrendamento com a Paraná Xisto, permitindo a continuidade das atividades de pesquisa desenvolvidas pela Petrobras em plantas experimentais localizadas na área da SIX”, acrescentou a estatal.

Vendas em shopping centers crescem 13,5% em setembro, diz Abrasce

As vendas nos shoppings registraram uma alta de 13,5% em setembro, quando comparadas com o mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

Dados do Monitoramento de Mercado Abrasce – Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers (ICVS-Abrasce) apontam que em relação ao desempenho do pré-pandemia (setembro de 2019), o aumento nas vendas foi de 7,9%, sendo a quinta elevação consecutiva nessa métrica. No ano, o setor acumula uma recuperação de 28% sobre igual intervalo de 2021.

Do ponto de vista regional, as localidades que apresentaram resultados acima da média nacional no mês, em relação a setembro de 2021, foram: Sul (14,6%), Sudeste (13,9%) e Nordeste (13,9%). As regiões Centro-Oeste e Norte, apresentaram alta de 11% e 7,7%, respectivamente.

A entidade destaca que mesmo com um cenário macroeconômico, caracterizado pelas pressões adicionais da Selic no mercado de crédito, o tíquete médio de vendas nos shoppings ficou em R$ 123,30 em setembro. Já o valor médio das lojas de rua foi de R$ 87,22.

Outro destaque para o mês, aponta a Abrasce, foi o aumento no número de frequentadores dos empreendimentos. O fluxo de pessoas, segundo dados do IPEC e Mais Fluxo, cresceu 17,4% em relação ao mesmo período de 2021.

“Diante desse aumento contínuo na frequência de visitantes, a Abrasce estima um aumento de 11% no quadro de funcionários dos shoppings com a contratação de 112 mil trabalhadores temporários, um incremento de 14% sobre igual intervalo do ano passado”, afirma a entidade em nota.

Na avaliação do presidente da Abrasce, Glauco Humai, a aceleração das vendas acompanha o cenário de arrefecimento da inflação, abrindo espaço no orçamento familiar para o consumo de bens e contribuindo para a elevação da confiança dos consumidores.

Indústria recua em setembro em 12 locais pesquisados pelo IBGE

A produção industrial recuou em 12 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na passagem de agosto para setembro de 2022. As maiores quedas foram observadas em Santa Catarina (-5,1%) e no Paraná (-4,3%), de acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional divulgados na terça-feira (08).

Também tiveram quedas maiores do que a média nacional (-0,7%), os estados do Pará (-3,7%), São Paulo (-3,3%), Goiás (-2,9%), Amazonas (-2,9%), Espírito Santo (-2,2%), Minas Gerais (-1,7%), Bahia (-1,3%) e Rio de Janeiro (-1,1%). As quedas menos intensas foram observadas em Mato Grosso (-0,4%) e no Rio Grande do Sul (-0,2%).

Apenas três locais tiveram altas: os estados do Ceará (3,7%) e Pernambuco (2%), além do Nordeste (0,6%), única região que tem seus dados consolidados divulgados pelo IBGE.

Na comparação com setembro do ano passado, houve altas em oito dos 15 locais pesquisados, com destaques para Mato Grosso (37,5%) e Amazonas (13,7%). Quedas foram observadas em sete locais, sendo as maiores delas registradas no Espírito Santo (-14,7%) e Pará (-13,4%).

No acumulado do ano, houve altas em sete locais, sendo a maior delas em Mato Grosso (25,7%). Dos oito locais em queda, a principal perda foi registrada no Pará (-8,8%).

No acumulado de 12 meses, as altas atingiram apenas seis locais, com destaque mais uma vez para Mato Grosso (23,2%). Nove locais tiveram queda, sendo a maior delas no Pará (-8,4%).

Inflação é maior risco para negócios no Brasil nos próximos anos, diz pesquisa

A inflação é considerada o maior risco para se fazer negócios no Brasil nos próximos dois anos, seguida pela proliferação de atividades econômicas ilícitas, por confrontos geoeconômicos e, empatados, por crises de emprego e subsistência e choques severos em preços de commodities ou volatilidades.

As conclusões são de pesquisa realizada pelo Centro do Fórum Econômico Mundial para a Nova Economia e Sociedade, pela consultoria de riscos Marsh McLennan e pela seguradora Zurich. Foram entrevistados 12.000 líderes empresariais de 122 países entre os meses de abril e agosto deste ano, com perguntas sobre as maiores ameaças para se fazer negócios nos países do G20 nos próximos dois anos.

A preocupação com a inflação ocupa o topo da lista tanto em países emergentes, como o Brasil e a Argentina, quanto desenvolvidos, como a Alemanha. Em todos os países, também encabeça a lista de preocupações, com 37% das lideranças identificando-a como uma das mais importantes.

A alta de preços também ocupa o topo da lista na América Latina, bem como na Europa, seguida, em ambas as regiões, pela crise do custo de vida. Na América do Norte, a principal preocupação é com a crise da dívida, assim como no sul da Ásia.

Em escala global, o levantamento mostra que o foco atualmente é em riscos econômicos e geopolíticos de curto prazo. Isso inclui tanto a inflação quanto os enfrentamentos geoeconômicos, em um cenário de guerra na Ucrânia e preços em alta ao redor do mundo.

“No entanto, se eles (líderes estão ignorando grandes riscos tecnológicos, isso pode criar futuros pontos cegos, deixando suas organizações expostas a graves ameaças cibernéticas que poderiam afetar seriamente seu sucesso a longo prazo”, diz em nota Carolina Klint, Risk Management Leader da Marsh Europa Continental.

O Group Chief Risk Officer da Zurich, Peter Giger, afirma que os riscos ambientais não podem ser desconsiderados mesmo com a redução no ritmo de aumento das emissões globais de CO2, de 2 bilhões de toneladas em 2021 para 300 milhões de toneladas neste ano.

“A transição para o net-zero caiu muito nas agendas de curto prazo de muitos líderes empresariais. No entanto, os impactos das mudanças climáticas são de curto e longo prazo”, diz ele. Temores como os de desastres naturais ou falha na adaptação às mudanças climáticas apareceram nas listas de preocupações associadas a algumas regiões do globo, mas não estiveram no topo em nenhuma delas.

Varejo do Brasil cresce mais que o esperado em setembro, mas termina 3º trimestre com perdas

As vendas no varejo do Brasil cresceram bem mais do que o esperado em setembro, marcando o ritmo mensal mais forte desde março, mas ainda assim encerraram o terceiro trimestre com perdas em meio à dificuldade do setor de deslanchar diante do aperto do crédito.

Dados divulgados na quarta-feira (09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que em setembro as vendas varejistas tiveram avanço de 1,1% em relação ao mês anterior.

A leitura ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,2%. O IBGE ainda revisou o dado de agosto para um ganho de 0,1%, contra queda de 0,1% informada antes.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as vendas aumentaram 3,2%, contra expectativa de alta de 1,4%.

Com esses resultados, o setor varejista no Brasil está 3,6% abaixo do nível recorde de outubro de 2020, mas 2,8% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020.

Ainda assim, terminou o terceiro trimestre com recuo de 1,1% das vendas na comparação com os três meses anteriores, depois de altas nos primeiro e segundo trimestres, mostrando que ainda sofre em meio aos juros altos que encarecem o crédito e ao elevado endividamento das famílias.

A expectativa é de que a recuperação do mercado de trabalho e estímulos fiscais ajudem o setor, em meio a medidas adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) antes da derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial. No entanto, analistas ainda não veem o varejo deslanchar com força.

“O desempenho do comércio em setembro foi beneficiado em grande medida pelo efeito das políticas de recomposição e ampliação de renda, que, combinadas com um nível de inflação mais baixo e, consequentemente, uma renda disponível mais elevada, permitiu que os gastos no comércio sofressem elevação significativa. Apesar de já serem tratadas como definitivas, tais políticas não devem ser capazes de produzir o mesmo efeito ao longo dos próximos períodos”, avaliou Matheus Pizzani, economista.

Índice Nacional da Construção Civil sobe 0,38% em outubro

O Índice Nacional da Construção Civil subiu 0,38% em outubro, o que representa um pequeno recuo de 0,06 ponto percentual (pp), se comparado com setembro, quando cresceu 0,44%. Foi o segundo mês consecutivo em que o resultado é o menor desde julho de 2020. No acumulado nos últimos 12 meses, a taxa atingiu 12,41%, também um pouco abaixo dos 13,11% verificados nos 12 meses imediatamente anteriores. O acumulado no ano fechou em 10,64%.

Já em outubro de 2021, o indicador teve alta de 1,01%. Os números do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) foram divulgados na quinta-feira (10), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Estamos captando um ritmo de desaceleração em relação ao período da pandemia de Covid-19, o que vem trazendo o índice para patamares mais próximos da série histórica pré-pandemia”, justificou o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira.

Segundo o gerente, os materiais, que tinham influenciado as altas na época da pandemia, agora têm sido o balizador da desaceleração em 2022. Pela pesquisa, a parcela dos materiais subiu 0,04%. O percentual é 0,49 pp inferior a setembro, mês que registrou 0,53%. É ainda 1,23 pp menor que na comparação com outubro de 2021. Naquele momento, a variação ficou em 1,27%.

O avanço de 0,88% na parcela da mão de obra em outubro significou elevação de 0,57 pp em comparação ao mês anterior, quando subiu 0,31%, influenciada por quatro acordos coletivos de trabalho no período. Em relação a outubro do ano anterior, mês que anotou alta de 0,64%, houve aumento de 0,24 ponto percentual.

Segundo a pesquisa, no ano os materiais acumularam 9,93% e a mão de obra, 11,70%. Nos 12 meses os acumulados dos materiais somaram 12,60% e 12,07% na mão de obra.

CNC: Black Friday deve movimentar R$ 4,21 bilhões em vendas, alta de 1,1%

A campanha Black Friday deve fazer o comércio varejista brasileiro movimentar R$ 4,21 bilhões este ano, prevê a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Se confirmada, a movimentação financeira será a maior já registrada desde que a data foi incorporada ao calendário do varejo nacional, em 2010, de acordo com Fabio Bentes, economista responsável pelo estudo da entidade. O faturamento das vendas apresentaria um crescimento de 1,1% em relação à mesma data do ano passado, já descontada a inflação prevista para o período.

Bentes vê perspectivas favoráveis para os três últimos meses do ano, quando o desempenho do comércio contará com o impulso também das vendas para a Copa do Mundo e o Natal.

“A crise sanitária, no início de 2020, acelerou o processo de digitalização do consumo. Assim, naquele ano, as vendas na Black Friday movimentaram R$ 4,10 bilhões, avançando 13,2% em relação ao evento do ano anterior. No ano seguinte, novo avanço (+1,7%). Programada para começar na semana do Mundial de Futebol, a Black Friday deste ano deverá gerar movimentação recorde”, estimou Fabio Bentes, no estudo da CNC.

Quase metade das vendas previstas para a campanha deste ano deve ficar concentrada nos segmentos de móveis e eletrodomésticos (R$ 1,09 bilhão) e de eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 0,92 bilhão). A CNC espera ainda faturamento expressivo nos ramos de hipermercados e supermercados (R$ 0,91 bilhão) e de vestuário, calçados e acessórios (R$ 0,77 bilhão).

“Apesar da tendência de desaceleração da inflação, o processo de encarecimento do crédito deverá impedir um avanço mais significativo das vendas, em uma data caracterizada pela predominância do consumo de bens duráveis, tradicionalmente mais dependentes das condições de crédito”, ponderou Bentes.

Ele lembra que a taxa média de juros das operações com recursos livres para pessoa física está no maior patamar dos últimos quatro anos e meio, de acordo com os dados do Banco Central.

A Black Friday já é a quinta data mais importante para o varejo brasileiro, atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais. A CNC coletou diariamente, ao longo dos últimos 40 dias, os preços dos itens mais buscados na internet para a data, com o objetivo de monitorar a chance de descontos efetivos nas campanhas de promoções.

“Neste período, 39% revelaram tendência de redução – porcentual que contrasta com os 26% observados às vésperas da Black Friday de 2021”, apontou o levantamento.

A entidade lembra que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 10,7% nos 12 meses encerrados em novembro de 2021, a mais elevada desde o início de 2016. Para os 12 meses encerrados em novembro de 2022, a expectativa é de um IPCA em torno de 6%.

SELIC

Os investidores abandonaram as expectativas de que os juros básicos no Brasil poderiam começar a cair na reunião de maio do Copom (Comitê de Política Monetária) após fala de Lula na quinta-feira (10) em encontro com aliados defendendo a ampliação de gastos para programas sociais. No dia seguinte ao resultado do segundo turno, a curva de juros futuros precificava uma Selic a 13,25% a.a. em maio, contra os atuais 13,75% a.a.

Porém, com dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) mais altos que o esperado e discurso do presidente eleito Lula apontando para mais gastos para atender programas sociais, o mercado zerou essa aposta e agora trabalha com a possibilidade do primeiro corte só acontecer no final de junho.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (14), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 13,75%, ante 13,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,60% na primeira prévia de novembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). A queda dos preços é menos intensa do que a registrada no primeiro decêndio de outubro, quando o índice teve retração de 1,01%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (14), a projeção para o IGP-M ficou em 6,32%, ante 6,35% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, acelerou para 0,59% em outubro, divulgou na quinta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta veio após três deflações seguidas, quedas de 0,68%, 0,36% e 0,29%, respectivamente, em julho, agosto e setembro.

Com o resultado, a inflação acumulada no ano chega a 4,7%. Já nos últimos 12 meses, ficou em 6,47%. Em outubro de 2021, a taxa havia sido de 1,25%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (14), os economistas aumentaram as estimativas do IPCA para 5,82%, ante 5,63% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

A Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia, informou, na quarta-feira (09), ter projetado uma expansão para o Produto Interno Bruto (PIB), em 2023, entre 1,4% e 2,9%. A pasta também investiga os indícios que levaram a atividade econômica brasileira a crescer mais do que as projeções.

De acordo com a nota informativa “Fundamentos para o maior crescimento econômico”, os modelos de projeção adotados tendem a incorporar uma “grande defasagem” para mudanças estruturais; por isso, há uma diferença entre o que é estimado e o que é consolidado.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (14), a projeção para o PIB ficou em 2,77%, ante 2,76% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (07), o Ibovespa fechou em queda, com a falta de definições sobre a equipe ministerial do novo governo abrindo espaço para realização de lucros, após uma semana positiva, endossada principalmente por compras de estrangeiros. O índice Ibovespa teve queda de 2,38%, a 115.342,40 pontos. O volume financeiro somou R$ 32 bilhões.

Na terça-feira (08), o Ibovespa fechou em alta, com relevante suporte das ações da Vale, enquanto o noticiário corporativo também fez preço, com CSN Mineração disparando após anunciar dividendos bilionários e Ecorodovias entre as maiores baixas após resultado com aumento no endividamento. O índice Ibovespa teve alta de 0,75%, a 116.212,98 pontos. O volume financeiro somou R$ 26,2 bilhões.

Na quarta-feira (09), o Ibovespa fechou em queda, com Bradesco despencando 17,65% após um desempenho trimestral decepcionante, enquanto um resultado sólido assegurou à Gerdau uma alta de 4,7%, em sessão repleta de balanços corporativos. O índice Ibovespa teve queda de 2,33%, a 113.450,82 pontos. O volume financeiro somou R$ 38,8 bilhões.

Na quinta-feira (10), o Ibovespa fechou em queda, uma bateria de resultados corporativos também repercutiu no penúltimo pregão da semana, que ainda mostrou um IPCA acima do esperado em outubro, corroborando o forte movimento vendedor. O índice Ibovespa teve queda de 3,35%, a 109.775,46 pontos. O volume financeiro somou R$ 52,2 bilhões.

Na sexta-feira (11), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em alta de 0,73%, a 110.581,19 pontos. Após tombo na véspera, com uma nova enxurrada de resultados corporativos no radar, entre eles o de Itaú Unibanco, enquanto agentes financeiros seguem atentos ao novo governo. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 2,26%, a 112.253,49 pontos. O volume financeiro somou R$ 49,8 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (11), por volta das 12h16, o dólar registrava queda de 2,08%, cotado a R$ 5,2844 na venda. O mercado de câmbio se beneficiou mais cedo do apetite por ativos de risco no exterior nesta manhã de queda de mais de 1% do índice DXY do dólar ante pares principais, valorização do índice EWZ do Brasil nos negócios no pré-mercado em Nova York e de salto em torno de 3% do petróleo após o relaxamento das restrições à Covid-19 na China.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (11) cotado a R$ 5,3337, em meio a negociações instáveis, com investidores ajustando posições depois de na véspera a moeda ter disparado ao ritmo mais rápido desde o início da pandemia diante de temores de descontrole fiscal sob o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
14/11/2022