Cenário Econômico Internacional – 25/11/2022

Cenário Econômico Internacional – 25/11/2022

Cenário Econômico Internacional – 25/11/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Barreiras comerciais devem custar à economia global abalada mais US$ 1,3 trilhão

As barreiras comerciais devem custar à economia global, já assediada por níveis sufocantes de inflação e níveis crescentes de insegurança alimentar, mais 1,4 trilhão, previu o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional.

Falando à margem da reunião dos líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico em Bangkok na semana passada, Kristalina Georgieva alertou contra o aumento da divisão, dizendo que os custos seriam severos.

“O mundo vai perder 1,5% do produto interno bruto apenas por causa da divisão que pode nos dividir em dois blocos comerciais. São US$ 1,4 trilhão”, disse ela à Bloomberg Television.

Georgieva disse que para os países asiáticos, o centro das cadeias globais de valor para eletrônicos, vestuário e bens industriais, a perda potencial pode ser duas vezes pior, ou mais de 3% do PIB.

A chefe do FMI pediu aos países asiáticos que trabalhem juntos para manter o crescimento, pois ela disse que eles estão mais bem equipados para enfrentar choques econômicos, graças às reservas significativas e à cooperação na região.

“Se somarmos a isso a fragmentação da economia mundial, será jogar gasolina no fogo”, disse ela. “Ninguém se beneficiará com isso.”

Georgieva destacou que a guerra na Ucrânia ainda se constitui como o principal fator pelo qual a economia global está testemunhando danos tão significativos.

“O fator mais prejudicial para a economia mundial é a guerra”, disse ela. “Quanto mais cedo a guerra terminar, melhor.”

Em 2018, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, começou a impor tarifas sobre as importações da China e os EUA e a China começaram a se tornar mais independentes.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que está considerando remover algumas das tarifas impostas por Trump a centenas de bilhões de dólares em produtos chineses.

Biden se reuniu com o presidente chinês Xi Jinping na cúpula do G20 da semana passada em Bali. Embora não tenha havido avanços decisivos, a reunião Biden-Xi trouxe a cada lado ganhos há muito esperados, embora modestos.

Em um blog preparado para a cúpula indonisiana do G20, o FMI classificou as perspectivas econômicas globais como sombrias, lamentou as perspectivas mais sombrias sobre o aperto da política monetária desencadeada pela inflação persistentemente alta e ampla, o fraco ímpeto de crescimento na China e as contínuas interrupções na oferta e insegurança alimentar. causada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

Ele disse que índices recentes de gerentes de compras que medem a atividade de manufatura e serviços sinalizaram fraqueza na maioria das principais economias do G20, com a atividade econômica devendo contrair enquanto a inflação permaneceu teimosamente alta.

Mais calotes de pequenos mercados emergentes são “prováveis” em 2023, diz Fitch

Mais inadimplências da dívida soberana são “prováveis” no próximo ano entre pequenos países emergentes, disse a agência de classificação de risco Fitch em sua perspectiva para 2023, citando a probabilidade de saltos repentinos nos custos de empréstimos, perda de acesso ao mercado e necessidades urgentes de financiamento.

Enquanto isso, o processo de reestruturação da dívida do Grupo dos 20 (G20), o Quadro Comum, que está em andamento na Zâmbia e na Etiópia e foi concluído no Chade, provou ser ineficaz para facilitar as reestruturações e é improvável que melhore no próximo ano, acrescentou a agência.

Dezenas de países emergentes, especialmente os menores e mais arriscados, chamados de mercados de fronteira, viram seus custos de empréstimos subirem para níveis insustentáveis em 2022, depois que o Federal Reserve entrou em um ciclo de aperto monetário em um esforço para conter a inflação crescente após a invasão russa da Ucrânia e bloqueios contínuos contra a Covid-19 na China.

“O acesso ao mercado de títulos internacionais continuará sendo um desafio para os mercados emergentes pequenos e de fronteira, e mais inadimplências são prováveis”, disse o relatório da Fitch. “Como em 2022, haverá casos de desafios de financiamento mais urgentes em mercados emergentes menores e de fronteira.”

Uma parcela maior dos mercados emergentes teve uma perspectiva positiva de classificação de crédito em comparação com os mercados desenvolvidos pela primeira vez desde 2018, disse a Fitch.

No entanto, 2022 foi o segundo pior ano para rebaixamentos de mercados emergentes, disse a agência de classificação de risco em comunicado que acompanha o relatório.

Fórum Global da Aliança das Civilizações: Guterres faz um apelo para a criação de uma aliança de paz

Marrocos acolhe o 9º Fórum Global da Aliança das Civilizações das Nações Unidas na cidade de Fez. Entre os temas em debate estão o papel dos líderes religiosos na promoção da paz, a ação e os esforços de combate ao racismo e a promoção da tolerância intercultural e religiosa.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que as forças da divisão e do ódio estão encontrando terreno fértil em uma realidade marcada por injustiças e conflitos.

No fórum, Guterres fez um apelo para a criação do que chamou de uma aliança de paz. A iniciativa teria o reconhecimento da diversidade como riqueza e garantiria “que todos possam viver com dignidade e oportunidades”.

O enviado especial para Aliança das Civilizações, Miguel Angel Moratinos, considerou necessário adotar formas de expressão com maturidade. Ele pediu ainda que o enfoque seja no desenvolvimento com terminologia positiva e ação política.

O subsecretário-geral destacou que diante de conceitos e atitudes negativos deve haver um vocabulário positivo. Diante da intolerância a defesa do respeito mútuo. Ele pediu maior convivência. Perante a exclusão e o separatismo, Moratinos destacou que seja defendida a inclusão e fraternidade.

Ele ressaltou que esse compromisso global deve e pode ser desenvolvido por uma aliança de paz.

PIB mundial: nova projeção é de alta de 3,1% em 2022

“A economia global está se recuperando da maior crise energética desde a década de 1970. O choque de energia empurrou a inflação a níveis não vistos há muitas décadas e está diminuindo o crescimento econômico em todo o mundo”, diz o presidente interino da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Álvaro Santos Pereira, no Economic Outlook 2022, divulgado pela entidade. O material apresenta projeções para o PIB mundial.

A OCDE prevê um crescimento global de 3,1% em 2022, e a estimativa para 2023 é de 2,2% e, para 2024, de 2,7%. A Ásia vai ser o motor do crescimento econômico mundial, visto que os Estados Unidos, América do Sul e Europa devem ter crescimentos bem menores.

Segundo o relatório, a economia mundial vive sob uma grande incerteza por causa da guerra na Ucrânia e a redução das restrições da Covid-19. “Elevada incerteza, desaceleração do crescimento, forte pressão inflacionária e o impacto contínuo da guerra na Ucrânia nos mercados de energia deixa os formuladores de políticas com escolhas difíceis para manter a estabilidade macroeconômica e melhorar as perspectivas de crescimento sustentável e inclusivo a médio prazo”, diz o relatório.

“Nas economias de porte médio e nas emergentes, a inflação dos preços ao consumidor atingiu 9,6% e 10,8%” Um dos pontos que mais chamam a atenção no relatório é que o crescimento econômico perdeu força por causa da inflação. “As pressões inflacionárias se intensificaram. Nas economias de porte médio e nas emergentes, a inflação dos preços ao consumidor atingiu 9,6% e 10,8%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2022”, diz o relatório.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (21), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, na expectativa pela publicação da ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve, enquanto investidores monitoram uma possível greve de ferroviários nos Estados Unidos e o aumento de casos de Covid-19 na China. O índice Dow Jones teve queda de 0,13, a 33.700,28 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,39%, a 3.949,94 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,09%, a 11.024,51 pontos.

Na terça-feira (22), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, com o mercado confiante na adoção de um ritmo mais lento no aumento de juros por parte do Federal Reserve (Fed), na véspera da divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária da instituição. A divulgação de balanços ainda impulsionou algumas ações, garantindo um clima positivo no mercado. O índice Dow Jones teve alta de 1,18%, a 34.098,10 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,36%, a 4.003,58 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,36%, a 11.174,41 pontos.

Na quarta-feira (23), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, com sólidos ganhos após a ata da reunião de novembro do Federal Reserve mostrar que os aumentos da taxa de juros podem desacelerar em breve. O índice Dow Jones teve alta de 0,30%, a 34.200,35 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,61%, a 4.027,46 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,01%, a 11.287,18 pontos.

Na quinta-feira (24), sem operações nas bolsas, devido ao feriado.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 18.11.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (18) cotado a R$ 5,3748 com queda de 0,50%. Na contramão do sinal predominante de alta da moeda norte-americana no exterior.

Na segunda-feira (21) – O dólar à vista registrou queda de 1,20%, cotado a R$ 5,3106 na venda. A perspectiva cada vez mais forte de desidratação da PEC da Transição e acenos do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva à agenda de responsabilidade fiscal levaram o dólar a recuar na sessão, na contramão da onda de fortalecimento da moeda norte-americana no exterior. O dólar oscilou entre R$ 5,3822 na máxima e R$ 5,2983 na mínima.

Na terça-feira (22) – O dólar à vista registrou alta de 1,30%, cotado a R 5,3797 na venda. A divisa chegou a cair nos primeiros minutos de negociação, mas inverteu o movimento e passou a subir ainda pela manhã. Com arrancada no final das negociações após tentativa da coligação do presidente Jair Bolsonaro de questionar o resultado da última eleição, em meio ainda a dúvidas de investidores sobre como ficará o texto final da PEC da Transição. O dólar oscilou entre R$ 5,3994 na máxima e R$ 5,2848 na mínima.

Na quarta-feira (23) – O dólar à vista registrou queda de 0,10%, cotado a R 5,3744 na venda. A indicação de que o Banco Central norte-americano pode reduzir o ritmo de aumento de juros nos Estados Unidos fez o dólar cair levemente, após a alta anterior. O dólar oscilou entre R$ 5,3994 na máxima e R$ 5,2848 na mínima.

Na quinta-feira (24) – Por volta das 13h50, o dólar operava em queda de 1,06% cotado a R$ 5,3176 na venda. Acompanhando o bom humor externo após sinalização de que o Banco Central dos Estados Unidos pode reduzir seu ritmo de aperto monetário, enquanto, no Brasil, a rejeição da ação que pede uma verificação extraordinária do segundo turno eleitoral sustentava o sentimento.

PIB do Chile registra maior queda trimestral em mais de 2 anos

A economia do Chile registrou no terceiro trimestre sua maior queda trimestral em mais de dois anos, mostraram dados do Banco Central, à medida que crescem os temores com a recessão no maior produtor de cobre do mundo.

O Produto Interno Bruto (PIB) contraiu 1,2% em relação ao segundo trimestre, disse o Banco Central, sua maior queda desde o segundo trimestre de 2020, quando a economia caiu 13% com a pandemia da Covid-19.

Economistas consultados pela Reuters esperavam uma queda de 1,0% na comparação trimestral.

A economia do Chile se recuperou rapidamente da crise relacionada à pandemia, mas foi atingida pela inflação alta, levando o Banco Central local a elevar agressivamente os juros para o nível atual de 11,25%.

Na comparação anual, de acordo com o Banco Central, a economia do Chile cresceu 0,3% no terceiro trimestre, ligeiramente acima das expectativas de alta de 0,2%.

Empresas nos EUA planejam aumentos salariais recordes em 2023, mostra pesquisa

Os empregadores planejam aumentar seus orçamentos salariais em 4,6% no próximo ano, o maior salto anual esperado em 15 anos.

Isso é de acordo com a mais recente pesquisa internacional da empresa de consultoria Willis Towers Watson, que incluiu respostas de 1.550 empregadores dos Estados Unidos. A pesquisa foi realizada de 3 de outubro a 4 de novembro. A grande maioria das organizações atribuiu a decisão ao salto da inflação e ao mercado de trabalho apertado.

Mas com a inflação nominal ainda em 7,7%, qualquer aumento que um funcionário receba abaixo desses níveis significa efetivamente que ele ganhará menos porque seu contracheque não comprará tanto.

Muitas vezes, o que as empresas esperam pagar mais em um determinado ano e o que acabam pagando difere com base nas condições do mercado. Este ano, por exemplo, 70% das organizações pesquisadas pela Willis Towers Watson disseram que gastaram mais do que planejaram originalmente. No geral, os empregadores acabaram gastando 4,2% a mais com salários neste ano do que em 2021.

Os empregadores indicaram que usarão várias maneiras de financiar aumentos salariais maiores no próximo ano: 21% disseram que reavaliariam seu pacote total de recompensas para garantir que ele tenha o maior impacto na retenção e engajamento; 17% disseram aumentar os preços; e 12% disseram reestruturar e reduzir o quadro de funcionários.

A maneira como os empregadores distribuirão o financiamento adicional para os salários não será uniforme.

Alguns trabalhadores terão reajustes muito mais altos do que a média. Isso dependerá de vários fatores, como o desempenho do funcionário e a taxa de mercado vigente para uma posição, o que pode exigir ajustes para cima da equipe existente. Novas leis de transparência salarial aumentarão a pressão para oferecer esses ajustes.

Homem mais rico do mundo, Elon Musk, perde US$ 100 bilhões em 2022

A fortuna do homem mais rico do mundo, Elon Musk, foi reduzida em US$ 100 bilhões em 2022, após o colapso das ações da Tesla. O preço das ações da montadora de veículos elétricos caiu pela metade desde setembro deste ano.

Apesar disso, Elon Musk continua sendo a pessoa mais rica do mundo, pois seu patrimônio líquido excede o de Bernard Arnault, o presidente da maior empresa de bens de luxo do mundo, a LVMH, em cerca de US$ 13 bilhões, de acordo com o Índice Bloomberg Billionaires.

De acordo com o mesmo índice, o patrimônio líquido do Musk também supera o do fundador da Amazon Jeff Bezos e do cofundador da Microsoft Bill Gates, por cerca de US$ 54 bilhões e US$ 57 bilhões, respectivamente.

O preço das ações da Tesla foi pressionado este ano como parte de um amplo recuo nos mercados de tecnologia devido ao receio de uma desaceleração econômica e aumentos agressivos das taxas de juros pelo Federal Reserve.

Os investidores também estão preocupados com os negócios da Tesla na China, dada a postura rígida da política de Covid-zero do país, e a capacidade da Musk de se concentrar em seu papel como CEO da Tesla após a aquisição de US$ 44 bilhões do Twitter.

Argentina volta a aumentar salário mínimo em meio à inflação

O governo da Argentina fechou um acordo na terça-feira (22) com empregadores e sindicatos para aumentar em 20% o salário mínimo obrigatório vigente no país, onde persiste uma alta inflação.

O aumento, o terceiro até agora neste ano, foi acertado durante reunião do Conselho Salarial, que reúne representantes do governo argentino, câmaras empresariais e centrais sindicais.

Segundo fontes sindicais, o Conselho concordou que o aumento de 20% seja aplicado em quatro parcelas: 7% em dezembro, 6% em janeiro, 4% em fevereiro e 3% em março.

Dessa forma, o novo salário mínimo chegará a 69.500 pesos (cerca de R$ 2.260 no câmbio oficial) em março, o que implica em uma recomposição de 110,5% entre março passado e março de 2023.

Segundo dados oficiais, a Argentina acumulou inflação de 66,1% nos primeiros nove meses do ano, enquanto os salários cresceram em média 61,2% no mesmo período.

O novo valor que o salário mínimo atingirá em março está abaixo do valor atual da cesta básica de alimentos e serviços para uma família típica, de 139.737 pesos (cerca de R$ 4.550).

Inflação dos EUA: Morgan Stanley diz que vai cair e uma ‘nova era’ está chegando

Os economistas do Morgan Stanley esperam um “declínio bastante acentuado da inflação” nos EUA até o final do próximo ano. A inflação ao consumidor pode cair para 4% ou 5% até junho próximo, e retornar para 2% ou 3% até o final de 2023, disseram os economistas do banco. Em outubro, o índice anual estava em 7,7%, menor do que o esperado e em relação aos 8,2% do mês anterior.

As ações se recuperaram na semana passada, pois os investidores esperavam um pico no aumento de preços. Os investidores seguiram de perto os comentários das autoridades do Federal Reserve, procurando pistas sobre quando o Banco Central dos EUA poderia parar seu aperto monetário na sua luta contra a inflação.

O banco alertou que “estamos em uma nova era”. Em outras palavras, há menos folga na economia, particularmente nos mercados de trabalho e de energia, o que significa que, quando a economia realmente se recuperar, a inflação voltará e “isso evitará que o Fed jamais reduza as taxas a zero”.

É um sinal de que a era do dinheiro barato acabou, anunciando tempos difíceis para setores como o de tecnologia. O Morgan Stanley acrescentou que os mercados estão em um ambiente de “boom-bust”, com ciclos econômicos mais curtos e quentes.

“Pensamos estar entrando num período em que as expansões econômicas vão durar entre três e quatro anos, ao contrário do período de oito a dez anos, porque a política monetária não pode vir em socorro tão rapidamente como no passado, porque a inflação vai ficar em segundo plano agora”.

Os economistas do banco disseram que ainda há duas áreas nas quais a inflação poderia ser “mais difícil”: energia e trabalho.

FMI aprova programa de apoio econômico ao Paraguai

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou um programa de apoio ao Paraguai, solicitado pelo governo para aplicar reformas, informou a instituição financeira.

Em outubro, o governo paraguaio chegou a um acordo com a equipe técnica do FMI sobre um conjunto de políticas macroeconômicas e reformas estruturais para obter um programa de dois anos sob o Instrumento de Coordenação de Políticas (PCI). O conselho executivo deu sinal verde.

O país segue se recuperando da pandemia em um contexto de aumento da inflação, mas “a perspectiva de uma recuperação em 2023 é favorável, e as autoridades estão implementando políticas para seguir um caminho de desenvolvimento mais forte, resiliente e inclusivo”, disse o FMI em um comunicado.

“As autoridades paraguaias implementaram medidas de apoio fiscal, social e financeiro apropriadas para mitigar o impacto negativo da pandemia e sustentar a recuperação em 2020 e 2021”, mas “este ano a economia enfrenta choques simultâneos, incluindo uma grave seca” e a alta da inflação mundial, explicou Kenji Okamura, subdiretor-geral do FMI, citado na nota.

Nesse contexto, o programa econômico, que será revisado semestralmente, “focará em políticas para garantir a estabilidade macroeconômica, fomentar o crescimento econômico e melhorar a proteção social”, afirmou, insistindo na importância de voltar ao teto de déficit fiscal de 1,5% do PIB em 2024.

Entre as principais medidas estão mobilizar mais receitas internas, reformar o fundo público de pensões, aumentar a eficiência do setor público e, a nível da política monetária, baixar a inflação para 4%. Além disso, o governo planeja combater a corrupção.

Ata do Fed: Membros apoiam a desaceleração dos aumentos das taxas ‘em breve’

A maioria dos formuladores de políticas do Federal Reserve apoiou a desaceleração do ritmo dos aumentos das taxas de juros “em breve” para avaliar o impacto defasado do aperto da política monetária na economia e na inflação.

“Uma maioria substancial dos participantes julgou que uma desaceleração no ritmo de aumento provavelmente seria apropriada em breve”, mostraram as atas do Fed. “As defasagens e magnitudes incertas associadas aos efeitos das ações de política monetária sobre a atividade econômica e a inflação estão entre as razões citadas sobre a importância de tal avaliação.”

Na conclusão de sua reunião anterior em 2 de novembro, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) elevou sua taxa de referência em 0,75 ponto percentual, para uma faixa de 3,75% a 4%.

Foi a quarta alta consecutiva de 0,75 ponto percentual nas taxas em até reuniões, mas o Fed também estendeu o tapete para desacelerar o ritmo de aumentos nas próximas reuniões, sinalizando vários fatores, incluindo o aperto cumulativo da política monetária, o impacto defasado da política monetária na economia e na inflação, que determinariam o tamanho das altas futuras.

Na esteira de dados recentes apontando para uma inflação desacelerada, mas ainda acima da tendência, vários membros continuaram a ecoar as expectativas do mercado de aumentos de juros menos agressivos.

“Os dados da inflação foram tranquilizadores, preliminarmente”, disse o vice-presidente do Federal Reserve, Lael Brainard. “Provavelmente será apropriado, em breve, passar para um ritmo mais lento de aumentos de taxas.”

Cerca de 80% dos traders esperam que o Federal Reserve diminua o ritmo de alta das taxas para 0,5% em dezembro, de acordo com a Ferramenta Fed Rate Monitor.

Com um ritmo mais lento de aumentos de taxas em grande parte precificado, a atenção dos investidores mudou para a taxa terminal dos Fed Funds, ou o nível em que as taxas provavelmente atingirão o pico. Após a decisão de política monetária em novembro, o chairman Jerome Powell disse em entrevista coletiva que “o nível final das taxas de juros será mais alto do que o esperado anteriormente [em setembro]”.

Os traders estão esperando que as taxas atinjam um pico de 5,00% a 5,25%, embora os membros do Fed, incluindo o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, tenham sugerido recentemente que as taxas podem precisar subir até 7% para reduzir a inflação.

No entanto, mesmo que as taxas atinjam um pico de cerca de 5%, ainda seriam as taxas mais altas observadas desde junho de 2006 e podem ser dolorosas para ativos de risco, com setores de crescimento do mercado, incluindo tecnologia, particularmente vulneráveis.

Atividade empresarial dos EUA enfraquece mais em novembro, mostra PMI

A atividade empresarial dos Estados Unidos contraiu pelo quinto mês consecutivo em novembro, com uma medida de novas encomendas caindo para o nível mais baixo em dois anos e meio, à medida que as taxas de juros mais altas diminuíam a demanda.

A S&P Global disse que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) – Composto preliminar dos EUA, que acompanha os setores de manufatura e serviços, caiu para 46,3 este mês, de uma leitura final de 48,2 em outubro.

Leitura abaixo de 50 indica contração no setor privado. A atividade está caindo sob o peso do ciclo de aumento de taxas de juros mais agressivo do Federal Reserve desde os anos 1980, com o objetivo de conter a inflação através da redução da demanda econômica.

O índice composto preliminar de novos pedidos caiu para 46,4, o nível mais baixo desde maio de 2020, de uma leitura final de 49,2 em outubro. Descartando a onda inicial da pandemia de Covid-19, esta foi a leitura mais fraca desde 2009.

O PMI preliminar de manufatura caiu para 47,6 este mês, a leitura mais baixa desde maio de 2020, de 50,4 em outubro. Economistas consultados pela Reuters projetavam leitura de 50.

Já o PMI preliminar do setor de serviços diminuiu de 47,8 em outubro para 46,1.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (21), as bolsas europeias fecharam em queda, em sessão marcada pela expectativa de um patamar restritivo no aumento da taxa de juros por parte do Banco Central Europeu (BCE) e com aumento de casos de Covid-19 na China pressionando os mercados. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,06%, a 433,06 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,15%, a 6.634,45 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,36%, a 14.379,93 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa fechou estável, a 5.766,14 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,84%, a 8.166,50 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,12%, a 7.376,85 pontos.

Na terça-feira (22), as bolsas europeias fecharam em alta, impulsionadas pela recuperação das ações de petróleo após perdas na sessão anterior, com os investidores no aguardo da próxima série de dados em busca de indicações sobre a saúde econômica do continente em meio a sinais mistos das autoridades sobre a trajetória dos juros. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,14%, a 432,86 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,35%, a 6.657,53 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,29%, a 14.422,35 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,40%, a 5.846,61 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,69%, a 8.326,90 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,03%, a 7.452,84 pontos.

Na quarta-feira (23), as bolsas europeias fecharam em alta, após, com investidores na expectativa pela divulgação das atas das mais recentes reuniões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve (Fed). Dados de atividade no continente também orientaram os negócios nesta sessão. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,60%, a 438,82 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,32%, a 6.679,09 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,04%, a 14.427,59 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,41%, a 5.870,77 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,11%, a 8.334,00 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,17%, a 7.465,24 pontos.

Na quinta-feira (24), as bolsas europeias fecharam em alta, os mercados europeus permaneceram otimistas na quinta-feira, com os investidores avaliando as últimas atas da reunião do Federal Reserve. Os investidores europeus também reagiram às leituras do PMI (índice de gerentes de compras) de novembro da zona do euro, que reafirmou que o bloco monetário de 19 membros entrou em recessão, mas mostrou a desaceleração na atividade empresarial diminuindo ligeiramente. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,50%, a 441,03 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,50%, a 6.712,66 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,78%, a 14.539,84 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,22%, a 5.883,46 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,75%, a 8.394,09 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,018%, a 7.466,60 pontos.

Expectativas por alívio da inflação na Alemanha aumentam com queda dos preços ao produtor

Os preços ao produtor alemão registraram a primeira queda mensal em dois anos e meio em outubro, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, aumentando as expectativas de que a inflação de dois dígitos na maior economia da Europa possa estar chegando ao pico.

Os preços ao produtor para produtos industriais caíram 4,2% no mês, devido principalmente a quedas nos preços da eletricidade e do gás natural distribuído, informou o Escritório Federal de Estatísticas. Analistas ouvidos pela Reuters previam alta de 0,9%.

O resultado deve ser boa notícia para o Banco Central Europeu, que vem elevando os juros de forma agressiva para conter as pressões de preços.

O crescimento dos preços ao produtor alimentou a inflação geral em um ritmo mais rápido do que o normal ao longo do último ano, portanto qualquer reversão mais ampla nas pressões pode reforçar as expectativas de que o aumento dos preços ao consumidor atinja o pico no quarto trimestre.

Mas a inflação subjacente, agora em torno de 5%, mostra poucos sinais de alívio, e dados detalhados de outubro divulgados na semana passada mostraram pressões de preços amplas e crescentes.

Os preços ao consumidor da Alemanha, harmonizados para comparação com outros países europeus, subiram 11,6% em outubro na base anual.

O governo alemão planeja adotar freios nos preços do gás e da eletricidade a partir do início do próximo ano para conter a inflação, que deve atingir 8% este ano e 7% em 2023.

Na comparação com outubro de 2021, os preços ao produtor de produtos industriais subiram 34,5% no mês passado, sinalizando algum alívio após taxa recorde em agosto e setembro de 45,8%.

Lane defende aumentos menores dos juros pelo BCE à frente

O Banco Central Europeu elevará os juros novamente em dezembro e no próximo ano para conter a inflação, mas esses aumentos podem ser menores do que os mais recentes, disse o economista-chefe do banco, Philip Lane, em entrevista publicada na segunda-feira (21).

Com a taxa de inflação em dois dígitos, o BCE elevou os juros em 200 pontos-base em apenas três meses a partir de mínimas recordes, e deve enxugar parte dos trilhões de euros injetados no sistema financeiro nos últimos anos.

Lane sugeriu que o próximo aumento de juros será menor do que as altas recordes de 75 pontos-base implementadas nas duas últimas reuniões do BCE, mas não será o último.

“Uma plataforma para considerar uma alta muito grande, como 75 pontos, não existe mais”, disse Lane, segundo o MNI. “Quanto mais você já fez em uma base cumulativa, isso muda as vantagens e as desvantagens de qualquer incremento.”

Ele disse que o BCE não está prestes a interromper seu ciclo de alta, mas “irá agir no momento apropriado para incrementos menores” e reduzirá sua carteira de títulos, a parte principal de sua política de estímulo da última década, de uma maneira “mais mecânica”.

“Não acho que estaremos interconectando reunião por reunião a decisão sobre a taxa de juros com o ritmo (dos reinvestimentos de títulos) nos próximos dois meses”, disse Lane. “Deve ser provavelmente mais mecânico do que isso.”

Ele indicou uma inflação mais alta no próximo ano do que o BCE esperava em setembro, à luz dos preços de energia mais elevados e déficits governamentais, e disse ainda que as perspectivas para 2024 e 2025 são mais mistas.

“Para esses anos, a previsão terá que equilibrar o fato de que a inflação tem um efeito indireto, por exemplo, no mecanismo salarial”, disse Lane. “Mas, por outro lado, temos o fato de que as condições financeiras são muito diferentes do que tínhamos na previsão de setembro.”

Europa será a mais afetada em desaceleração global, diz OCDE

A OCDE disse que a desaceleração global está afetando as economias de forma desigual, com a Europa sendo a mais afetada uma vez que a guerra da Rússia na Ucrânia atinge tanto a atividade comercial como provoca um pico nos preços da energia.

A organização prevê que a economia da zona do euro desacelerará de 3,3%este ano para 0,5% em 2023, antes de se recuperar para expandir em 1,4% em 2024.

Isto foi ligeiramente melhor do que na última perspectiva da OCDE em setembro, quando foi estimado um crescimento de 3,1% para este ano e de 0,3% em 2023.

Fora da zona do euro, a economia britânica deve encolher 0,4% no próximo ano, uma vez que enfrenta o aumento das taxas de juros, alta de preços e a confiança fraca. Anteriormente, a OCDE esperava um crescimento de 0,2%.

“Nosso cenário central não é uma recessão global, mas uma desaceleração significativa do crescimento para a economia mundial em 2023, bem como uma inflação ainda alta, embora em declínio, em muitos países”, disse o economista-chefe interino da OCDE, Álvaro Santos Pereira, no mais recente relatório Perspectiva Econômica.

‘Devemos continuar a reformar’: Parlamento da UE celebra 70º aniversário

O Parlamento Europeu pode não ser perfeito, mas deve continuar pressionando para reformar e fortalecer sua democracia enquanto celebra sua diversidade, disseram líderes europeus em uma cerimônia para marcar o 70º aniversário da instituição.

Roberta Metsola, a Presidente do Parlamento Europeu, deu início à comemoração da criação da Assembleia Comum da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço em 1952, sublinhando que desde então esta evoluiu para “o único parlamento transnacional, multipartidário e multipartidário diretamente eleito no mundo.”

“Não estou aqui para dizer que somos perfeitos. Não somos”, disse ela a seus colegas eurodeputados e comissários europeus reunidos na cidade francesa.

“Nosso processo às vezes é frustrante, o progresso nem sempre é rápido o suficiente, profundo o suficiente ou fácil o suficiente. Devemos continuar reformando. Devemos continuar pressionando por mudanças positivas, dia após dia”, disse ela.

“Mas estou orgulhosa de nossas conquistas como nossa forma de ser um farol da defesa da democracia, da forma como nunca fomos indiferentes”.

O aniversário real foi em 10 de setembro, mas uma série de eventos comemorativos estão programados para o próximo verão para marcar a ocasião.

Quando foi criado, era uma assembleia consultiva composta por 78 parlamentares nomeados provenientes dos parlamentos nacionais dos seis estados membros: Bélgica, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo e Holanda.

Supremo Tribunal do Reino Unido decide contra plano de voto pela independência escocesa

A Suprema Corte do Reino Unido decidiu na quarta-feira (23) que a Escócia não tem o poder de realizar um novo referendo sobre a independência sem o consentimento do governo britânico. O julgamento é um revés para a campanha do governo escocês para romper com o Reino Unido.

O tribunal superior decidiu que o Parlamento escocês “não tem poder para legislar sobre um referendo sobre a independência escocesa”.

O presidente da Suprema Corte, Robert Reed, disse que os cinco juízes foram unânimes no veredicto.

O governo escocês semi-autônomo quer realizar um referendo em outubro próximo com a pergunta “Deveria a Escócia ser um país independente?”

O governo conservador do Reino Unido em Londres se recusa a aprovar uma votação, dizendo que a questão foi resolvida em um referendo de 2014 que viu os eleitores escoceses rejeitarem a independência por uma margem de 55% a 45%.

O governo pró-independência de Edimburgo quer revisar a decisão, porém, argumentando que a saída do Reino Unido da União Europeia – à qual a maioria dos eleitores escoceses se opôs, mudou radicalmente o cenário político e econômico.

A primeira-ministra Nicola Sturgeon argumenta que ela tem um mandato democrático do povo escocês para realizar uma nova votação de secessão porque há uma maioria de apoio à independência no Parlamento escocês.

Durante as audiências da Suprema Corte no mês passado, Dorothy Bain, principal oficial de justiça do governo escocês, disse que a maioria dos legisladores escoceses foi eleita com o compromisso de realizar um novo referendo de independência. Ela também disse que um referendo seria consultivo, em vez de legalmente vinculativo, embora um voto “sim” criasse um forte impulso para a separação da Escócia.

O advogado do governo do Reino Unido, James Eadie, argumentou que o poder de realizar um referendo cabe ao Parlamento do Reino Unido em Londres, porque “é de importância crítica para o Reino Unido como um todo”, não apenas para a Escócia.

Credit Suisse diz que espera prejuízo bilionário no 4º trimestre

O Credit Suisse alertou na quarta-feira (23) que espera registrar seu quinto prejuízo trimestral seguido nos últimos três meses de 2022, à medida que saídas líquidas de ativos levaram sua divisão de gestão de riquezas a enfrentar dificuldades em meio a uma dolorosa reestruturação de suas operações.

O banco suíço prevê que terá prejuízo antes de impostos de cerca de 1,5 bilhão de francos suíços (US$ 1,58 bilhão) no quarto trimestre, uma vez que reduções em depósitos e ativos sob administração deverão afetar a receita líquida de juros, assim como tarifas e comissões recorrentes, arrastando sua unidade de gestão de riquezas para o vermelho.

O Credit Suisse, que tem sede em Zurique, sofreu perdas de depósitos e ativos nas primeiras duas semanas de outubro, após relatos na mídia social e um salto em seus swaps de default de crédito (CDS, na sigla em inglês) deflagrarem temores sobre a posição financeira do banco.

Em 11 de novembro, as perdas liquidas de ativos eram equivalentes a cerca de 6% do total de ativos sob gestão no fim de setembro, enquanto as saídas na divisão de gestão de riquezas estavam em torno de 10%.

“Na gestão de riquezas, essas saídas diminuíram substancialmente em relação aos elevados níveis das duas primeiras semanas de outubro de 2022, embora ainda não tenham sido revertidas”, disse o banco, em comunicado.

O Credit Suisse também projetou uma perda de aproximadamente 75 milhões de francos suíços com a venda de sua participação no Allfunds Group, que é listado em Amsterdã.

Os resultados finais do Credit Suisse irão depender de uma série de fatores, incluindo o desempenho de seu banco de investimentos no restante do trimestre, a continuidade da saída de posições não estratégicas, eventuais amortizações de ágio e possíveis vendas de bens imobiliários, acrescenta o comunicado.

Banco Central da Turquia reduz juros a 9% e diz que vai interromper afrouxamento

O Banco Central da Turquia cortou sua taxa de juros em 1,5 ponto percentual como esperado na quinta-feira (24), para 9%, e disse que decidiu interromper seu ciclo de afrouxamento.

O movimento atende o pedido do presidente Tayyip Erdogan de uma taxa de um dígito até o final do ano, apesar da inflação acima de 85%.

A lira enfraqueceu para uma mínima recorde de 18,66 contra o dólar após a decisão.

Com o corte desta quinta-feira, o Banco Central reduziu os juros em um total de 5 pontos percentuais em quatro meses. O banco diz que o estímulo é necessário dados os sinais de desaceleração econômica, mesmo quando os bancos centrais em todo o mundo correm na outra direção.

“É extremamente importante que as condições financeiras permaneçam dando suporte, em um período de incertezas crescentes em relação ao crescimento global, bem como uma maior escalada dos riscos geopolíticos”, disse o banco.

“Considerando os riscos crescentes relativos à demanda global, o Comitê avaliou que a taxa atual é adequada e decidiu encerrar o ciclo de corte de juros que começou em agosto.”

A inflação disparou desde 2021, alimentada por um ciclo de flexibilização pouco ortodoxo estimulado por Erdogan, o que desencadeou uma crise cambial no final do ano passado. Ele disse no mês passado que o banco continuaria a reduzir os juros todos os meses “enquanto eu estiver no poder”.

Erdogan, um “inimigo” autodeclarado das taxas de juros, pretende impulsionar os investimentos, a produção, as exportações e o emprego, ao mesmo tempo em que reduz as taxas de acordo com seu programa econômico.

Seis dos sete economistas consultados pela Reuters esperam uma mudança para um aperto monetário, que levaria a taxa a uma faixa de 16% e 35% em 2023.

Os analistas dizem que a trajetória monetária dependerá de Erdogan ser reeleito em uma eleição presidencial em maio ou junho do próximo ano, acrescentando que uma vitória da oposição poderia levar a Turquia retornar às políticas econômicas ortodoxas.

Eles não esperam uma mudança até as eleições.

O Banco Central projeta que a inflação cairá para 65,2% até o final de 2022, graças em grande parte aos efeitos base em dezembro, em comparação a uma estimativa de 70,25% na última pesquisa da Reuters.

Ministros da Energia rejeitam proposta de limite da UE para os preços do gás

Os ministros de energia da UE criticaram a mais recente proposta da Comissão Europeia de estabelecer o primeiro teto da UE para os preços do gás como imprópria e uma “piada de mau gosto” antes de uma reunião em Bruxelas.

Suas profundas divergências sobre o limite proposto atrasaram a aprovação de dois regulamentos de emergência separados para enfrentar a crise energética, onde o consenso já havia sido alcançado.

“É absolutamente inexequível, ineficiente e fora do escopo”, disse Teresa Ribera, ministra da Transição Ecológica da Espanha, na manhã de quinta-feira (24). “É uma piada de mau gosto.”

Sua contraparte maltesa, Miriam Dalli, disse que o limite, conforme projetado pela Comissão Europeia, “não era adequado para o propósito” e “definitivamente não era de natureza dinâmica”.

“As condições simultâneas que estão sendo impostas tornam improvável ou quase impossível realmente acionar esse mecanismo corretivo”, disse Dalli a repórteres. “Não foi isso que pedimos.”

Enquanto isso, a Holanda, um país que se opõe veementemente a qualquer intervenção nos preços, disse que o instrumento é “defeituoso” e potencialmente “prejudicial” à segurança do abastecimento e à estabilidade financeira da UE.

“É preciso fazer mais lição de casa”, disse o ministro da Energia holandês, Rob Jetten.

A República Tcheca, que detém a presidência rotativa do Conselho da UE, pretendia manter uma discussão sobre o preço máximo e avançar com dois regulamentos separados: um sobre compras conjuntas de gás e outro sobre regras de licenciamento mais rápido para tecnologias renováveis.

Mas um grupo de 15 países pró-cap, que estão profundamente insatisfeitos com o rascunho da Comissão Europeia, pressionou para vincular o teto de preço com os outros dois pacotes, a fim de garantir emendas em seu interesse.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (21), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, à medida que ponderam impactos da atual onda de casos de Covid-19 na China, que apresentou piora nos últimos dias e fez com que autoridades locais ordenassem novos lockdowns. Os recuos também ocorrem após sinalizações hawkish de dirigentes dos principais bancos centrais do mundo. O índice Xangai teve queda de 0,39%, a 3.085,04 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,16%, a 27.944,79 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,87%, a 17.655,91 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,85%, a 3.769,13 pontos.

Na terça-feira (22), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, em sessão em que investidores seguiram focados nos problemas enfrentados pela China para conter o recente aumento de casos de Covid-19 no país. A tendência moderou a expectativa do mercado por uma eventual reabertura completa e mudanças nas regras da política de “Covid-zero” de Pequim. O índice Xangai teve alta de 0,13%, a 3.088,94 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,61%, a 28.115,74 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,31%, a 17.424,41 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,012%, a 3.769,57 pontos.

Na quarta-feira (23), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, em linha com o movimento em Nova York na véspera, em pregão que não contou com negócios em Tóquio e marcado por expectativas otimistas acerca do aperto monetário do Federal Reserve (Fed) nos EUA, cuja ata da sua última reunião de política monetária será divulgada a tarde. O índice Xangai teve alta de 0,26%, a 3.096,91 pontos. O índice japonês Nikkei não teve operações devido ao feriado. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,57%, a 17.523,81 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,10%, a 3.773,53 pontos.

Na quinta-feira (24), as bolsas asiáticas fecharam mistas, a sinalização por um Fed mais brando supera preocupações acerca da pandemia de Covid-19 na China, que registrou na quinta (24) seu maior número histórico de novos casos em um dia, o que obrigou autoridades a recrudescerem restrições. O índice Xangai teve queda de 0,25%, a 3.089,31 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,95%, a 28.383,09 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,78%, a 17.660,90 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,44%, a 3.756,81 pontos.

Malásia vota nas eleições gerais, Anwar lidera corrida acirrada

Os malaios votaram em uma eleição geral que pode não acabar com a recente fase de instabilidade política no país do Sudeste Asiático, já que as pesquisas não previram um vencedor claro.

A aliança liderada pelo veterano líder da oposição Anwar Ibrahim deverá obter o maior número de assentos no parlamento, mas não conseguirá a maioria necessária para formar um governo.

A coalizão Barisan do primeiro-ministro Ismail Sabri Yaakob e outro bloco liderado pelo ex-primeiro-ministro Muhyiddin Yassin são outros candidatos importantes. A aliança de Muhyiddin era um parceiro minoritário no governo de coalizão de Ismail, e os dois poderiam se unir novamente para bloquear Anwar.

Sem um vencedor claro, a incerteza política pode persistir, já que a Malásia enfrenta desaceleração do crescimento econômico e aumento da inflação.

Ele teve três primeiros-ministros em tantos anos, incluindo Mahathir Mohamed, de 97 anos, que governou a Malásia por mais de duas décadas durante duas passagens no poder, e se levantou para uma última luta, embora não seja considerado um líder contendor.

Se Anwar conseguir o cargo principal, isso encerrará uma jornada notável para um político que em 25 anos passou de herdeiro aparente ao cargo de primeiro-ministro a prisioneiro político e a principal figura da oposição no país.

“No momento, acho que as coisas parecem boas e estamos cautelosamente confiantes”, disse Anwar a repórteres após votar no estado de Penang.

Ismail disse que sua coalizão almeja uma maioria simples, mas estaria aberta a trabalhar com outros se não conseguisse.

Os 21,1 milhões de eleitores elegíveis da Malásia, incluindo 6 milhões de novos, escolherão 222 legisladores para a câmara baixa do Parlamento. A corrida foi fluida, com pesquisas de opinião mostrando números significativos de indecisos nos dias anteriores à votação.

China mantém taxa de empréstimos pelo 3º mês seguido em novembro

A China deixou inalteradas suas taxas de empréstimo de referência pelo terceiro mês consecutivo na segunda-feira (21), já que o iuan mais fraco e uma saída de capital persistente continuavam a limitar a capacidade de Pequim de aliviar as condições monetárias para sustentar a economia.

Mas a demanda lenta por crédito e a piora das perspectivas de crescimento levaram alguns operadores e analistas de mercado a preverem uma redução marginal na taxa de referência de hipotecas já no próximo mês.

Como esperado, a taxa primária de empréstimo de um ano (LPR) foi mantida em 3,65%, enquanto a LPR de cinco anos permaneceu em 4,30%.

Pesquisa da Reuters com 22 observadores do mercado realizada na semana passada mostrou que todos os entrevistados esperavam que não houvesse nenhuma mudança na taxa LPR de um ano. Entretanto, cinco participantes esperavam uma redução da LPR de cinco anos.

A decisão sobre a LPR veio depois que o Banco do Povo da China rolou parcialmente na semana passada empréstimos de médio prazo a vencer e manteve a taxa de juros pelo terceiro mês consecutivo, o que sugere que as autoridades permaneciam atentas à possibilidade de enfraquecer mais o iuan ao afrouxar as condições monetárias.

Projeção de alta do PIB japonês é de 1,6%

A economia japonesa deve crescer 1,6% este ano, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que manteve sua estimativa para a expansão do país citando o novo pacote de política econômica que prevê apoiar a demanda interna, compensando parcialmente a confiança moderada das famílias e o rendimento real. Na projeção anterior, também estava prevista uma expansão de 1,6% depois de uma alta de 1,3% em 2021.

De acordo com o relatório da OCDE, após o pico no decorrer de 2022, a inflação global dos preços no consumidor cairá no final de 2023, à medida que os preços da energia se estabilizam, porém, depois aumentarão gradualmente novamente para 2% em 2024, à medida que o crescimento dos salários ganha impulso.

O mercado de trabalho continuará a apertar gradualmente, com a taxa de desemprego caindo para 2,4% em 2024, segundo a OCDE.

Banco Central da China emprestará US$ 28 bilhões a bancos para conclusão de moradias

O Banco Central chinês vai liberar 200 bilhões de iuanes (27,92 bilhões de dólares) em empréstimos a seis bancos de varejo para a conclusão de habitações, disse o vice-presidente da instituição, Pan Gongsheng, segundo publicação do jornal estatal Economic Daily.

As autoridades chinesas estão conversando com os bancos sobre um plano operacional concreto para a medida e irão apresentá-la oficialmente no curto prazo, disse Pan durante uma reunião conjunta entre o Banco Popular da China e a Comissão Reguladora de Bancos e Seguros do país.

O movimento visa reduzir a possibilidade de alastramento de riscos imobiliários, proteger os direitos e interesses legítimos dos proprietários e apoiar a demanda por moradias entre novos compradores e a necessidade de melhorar as condições de vida atuais, disse Pan.

Pan acrescentou que filiais no exterior dos principais bancos devem elevar a ajuda em garantias onshore de empréstimos offshore tomados por empresas imobiliárias de alta qualidade.

Na semana passada, a Reuters informou que os reguladores chineses elaboraram 16 medidas, incluindo extensões de pagamento de empréstimos, como parte de um pacote de resgate destinado a aumentar a liquidez no setor imobiliário.

Índia destaca crescentes laços e comércio com os Emirados Árabes Unidos após acordo histórico

A Índia destacou suas crescentes relações bilaterais com os Emirados Árabes Unidos, depois que os ministros das Relações Exteriores das nações mantiveram conversações em Nova Délhi após uma série de reuniões de alto nível entre os dois países este ano.

A Índia e os Emirados Árabes Unidos assinaram no início deste ano um acordo histórico, o Acordo de Parceria Econômica Abrangente, que entrou em vigor em maio. O pacto reduz as tarifas de quase 80% de todos os produtos e fornece acesso com isenção de impostos a 90% das exportações indianas.

Os Emirados Árabes Unidos são o terceiro maior parceiro comercial da Índia, depois dos EUA e da China, com um volume de comércio bilateral de US$ 43,3 bilhões em 2020-21. É também o lar de mais de três milhões de expatriados indianos, que enviam bilhões de dólares em remessas para suas famílias a cada ano.

“Apreciamos o progresso em nosso relacionamento bilateral, especialmente em comércio, investimento, assuntos consulares, educação e segurança alimentar”, disse o Ministro de Relações Exteriores da Índia, Dr. S. Jaishankar, em um tweet após se encontrar com seu homólogo dos Emirados, Sheikh Abdullah bin Zayed Al-Nahyan.

O Ministério das Relações Exteriores da Índia disse que o comércio bilateral Índia-EAU mostrou “crescimento apreciável” sob o pacto de livre comércio, com as exportações indianas atingindo US$ 16 bilhões entre abril e setembro deste ano, um aumento de cerca de 24%.

Os Emirados Árabes Unidos também investiram mais de US$ 10 bilhões na Índia nos últimos dois anos, mostraram dados do ministério.

O ministério disse que a Índia está explorando oportunidades para maior cooperação em educação, com a principal faculdade de engenharia do país, o Instituto Indiano de Tecnologia de Delhi, tendo conversado com seu parceiro dos Emirados Árabes Unidos, ADEK, para estabelecer um campus em Abu Dhabi.

“Em linha com o CEPA dos Emirados Árabes Unidos-Índia, estamos buscando aumentar nossa cooperação econômica para atingir nossa ambiciosa meta de aumentar nosso valor comercial não petrolífero para cerca de US$ 100 bilhões nos próximos cinco anos”, disse Al-Nahyan, conforme relatado por Agência de notícias dos Emirados WAM.

Xiaomi tem queda de receita no 3º trimestre

A fabricante chinesa de smartphones Xiaomi divulgou uma queda de 9,7% na receita do terceiro trimestre, afetada por medidas de isolamento social na China e diminuição da demanda do consumidor.

O faturamento do terceiro trimestre atingiu 70,17 bilhões de iuans (US$ 9,81 bilhões), abaixo dos 78,063 bilhões no mesmo trimestre do ano anterior, ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas de 70,52 bilhões de iuans.

O lucro líquido caiu 59,1%, para 2,12 bilhões de iuans, ante 5,176 bilhões um ano atrás.

O consumo na China permaneceu fraco no terceiro trimestre, pois as cidades de todo o país continuam implementando lockdowns para impedir a propagação do Coronavírus.

As vendas de smartphones no terceiro trimestre caíram 11% na China e 9% globalmente, disse a empresa de pesquisa Canalys.

A receita de smartphones, que representam cerca de 60% das vendas totais da Xiaomi, caiu 11,1% ano a ano.

Em 2021, a Xiaomi viu um aumento nas vendas depois de conquistar participação de mercado da rival Huawei, cuja capacidade de adquirir componentes eletrônicos foi afetada por sanções dos Estados Unidos.

Coreia do Sul desacelera aperto monetário e eleva juro básico em 0,25 pb., a 3,25%

O Banco Central da Coreia do Sul, conhecido como BoK, decidiu elevar sua taxa básica de juros em 0,25 pontos-base, a 3,25%, após concluir reunião de política monetária na quinta-feira (24), pelo horário local. Com o ajuste, que veio em linha com as expectativas, o BC sul-coreano desacelerou o ritmo de aperto de sua política, após aumentar a taxa de recompra de sete dias em 50 pontos-base em outubro.

O BoK também cortou sua projeção para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Sul em 2023, de 2,1% para 1,7%. Em 2021, a economia sul-coreana se expandiu 4,1%, mas o crescimento perdeu força este ano, com as exportações apresentando queda em outubro pela primeira vez em dois anos em meio à demanda global fraca.

Em relação à inflação, o BoK agora espera que os preços ao consumidor subam 5,1% no próximo ano, e não mais 5,2%. A nova projeção, no entanto, segue muito acima da meta de inflação do BoK, de 2%.

Arábia Saudita e Tailândia assinam acordos históricos sobre energia

A visita do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman a Bangkok teve mais impacto do que apenas criar um vínculo entre os dois reinos, tocou os sentimentos dos tailandeses, estimulando as esperanças de um relacionamento frutífero e duradouro. 

A chegada do príncipe herdeiro à Tailândia marcou a primeira visita de um membro da realeza saudita ao país após três décadas de relações diplomáticas e econômicas congeladas.

Os laços entre a Arábia Saudita e a Tailândia foram restaurados no início deste ano, quando o primeiro-ministro tailandês, Prayuth Chan-ocha, visitou Riad em janeiro e os dois países concordaram em trabalhar na cooperação bilateral em um “avanço histórico”.

A Tailândia convidou o príncipe herdeiro para ser um convidado especial na cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico.

Enquanto suas reuniões com a liderança da Tailândia renderam numerosos memorandos sobre energia, turismo e normalização das relações diplomáticas, os tailandeses que falaram com o Arab News disseram que também era importante para eles em um nível pessoal.

“O líder da Arábia Saudita, o príncipe herdeiro e primeiro-ministro, é amplamente respeitado por nosso povo”, disse Tanee Sangrat, diretor-geral de informações do Ministério de Relações Exteriores da Tailândia e em breve embaixador da Tailândia nos EUA.

A visita foi “observada de perto e seguida pelo povo tailandês na Tailândia e em todo o mundo”, disse ele ao Arab.

Com a restauração dos laços com a Arábia Saudita, a Tailândia encontrou não apenas um novo parceiro poderoso para navegar nos voláteis mercados de energia e na transição energética, mas também, como muitos disseram, uma “porta de entrada” para o Oriente Médio.

Kuwait reduz seu déficit fiscal pela primeira vez em 3 anos

O Kuwait reduziu seu déficit orçamentário para 2,99 bilhões de dinares kuwaitianos (US$ 9,7 bilhões) em 2021/22, uma queda de 72,2% em relação ao ano anterior, pois a receita do petróleo aumentou seu tesouro, anunciou o Ministério das Finanças.

O Kuwait, cujo ano fiscal termina em 31 de março, viu seu déficit encolher pela primeira vez desde o ano fiscal de 2018/19, embora um déficit orçamentário de 12,1 bilhões de dinares do Kuwait fosse originalmente previsto. 

O Kuwait superou o déficit orçamentário real do ministério, pois registrou mais do que a receita prevista do petróleo. Esperava que as receitas do petróleo chegassem a 9,1 bilhões de dinares do Kuwait neste ano fiscal, mas registrou quase o dobro desse valor.  

O ministério observou que as receitas de petróleo do país registraram cerca de 16,22 bilhões de dinares do Kuwait no ano fiscal de 2021/22, um aumento de 84,5% em relação ao ano anterior.  

Desde que um superávit de 5 bilhões de dinares do Kuwait foi registrado no ano fiscal de 2013/14, o Kuwait tem testemunhado déficits anuais, com o menor chegando em 2018/19 em 1,3 bilhão de dinares do Kuwait.

Os déficits subsequentes continuaram a se expandir, atingindo 3,9 bilhões de dinares do Kuwait no ano seguinte e 10,8 bilhões de dinares do Kuwait no ano seguinte, de acordo com dados do ministério.  

O relatório estimou que o Kuwait registrará um déficit de 0,1 bilhão de dinares do Kuwait no próximo ano financeiro, com o petróleo respondendo por 91% da receita.

Irã lança novos ataques contra grupos curdos no Iraque

O Irã lançou novos ataques transfronteiriços com mísseis e drones na terça-feira (22) contra grupos de oposição iranianos-curdos baseados no norte do Iraque, a quem acusa de alimentar uma onda de protestos na república islâmica.

O Irã foi abalado por mais de dois meses de agitação civil provocada pela morte da mulher curda-iraniana Mahsa Amini, 22, após sua prisão por supostamente violar o estrito código de vestimenta para mulheres.

A agência de notícias iraniana Tasnim disse que a Guarda Revolucionária Islâmica “lançou uma nova rodada de ataques contra grupos terroristas baseados na região do Curdistão iraquiano”, o segundo ataque desse tipo em dois dias.

O relatório disse que a sede do Partido da Liberdade do Curdistão “foi alvo de mísseis e drones suicidas” perto de Kirkuk.

Um oficial militar curdo iraquiano, um policial local e um porta-voz do partido confirmaram à AFP novos ataques na região.

“Tomamos nossas precauções e esvaziamos o local, não houve vítimas”, disse à AFP o porta-voz do Partido da Liberdade do Curdistão, Khalil Nadri.

O porta-voz do governo regional do Curdistão, Lawk Ghafuri, disse no Twitter: “Hoje a República Islâmica do Irã alvejou grupos de oposição iranianos em duas áreas na região do Curdistão com foguetes”.

Ele disse que os locais atingidos foram na cidade de Perdi, nome curdo de Altun Kupri, ao norte de Kirkuk, e na região de Degala, a leste de Irbil, a capital regional.

Desde a década de 1980, o Curdistão iraquiano recebeu vários grupos de oposição iranianos-curdos que, no passado, travaram uma insurreição armada contra Teerã.

Nos últimos anos, suas atividades diminuíram, mas a nova onda de protestos no Irã voltou a alimentar as tensões.

Citigroup almeja mais negócios na região do Golfo

A equipe de banco de investimento CN do Citigroup Inc aumentou em 50% nos últimos dois anos e mais pessoas estão sendo adicionadas nos Emirados Árabes Unidos e na Arábia Saudita, juntando-se a rivais que buscam tirar proveito de um mercado de oferta pública inicial do Golfo em alta.

A região do Golfo tornou-se um ponto brilhante para as vendas públicas de ações este ano, impulsionadas pelos altos preços do petróleo e pelos programas de privatização liderados pelo governo.

Os emissores do Golfo levantaram cerca de US$ 16 bilhões em IPOs este ano, respondendo por cerca de metade do total de receitas de IPO da Europa, Oriente Médio e África, mostram dados da Refinitiv.

O crescimento nos mercados de capitais do Golfo contrasta fortemente com os EUA e a Europa, onde os bancos globais vêm reduzindo o número de funcionários em uma seca de negociações.

O Citigroup transferiu seu diretor de energia, renováveis ​​e serviços públicos, Omar El Duraie, de Londres para Dubai este ano.

Está planejando adicionar mais pessoas na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos até o final do ano, disse Miguel Azevedo, chefe de banco de investimento do Citi para o Oriente Médio e África, excluindo a África do Sul.

“Este ano a região tem estado extremamente ativa enquanto o resto do mundo está em pausa”, disse ele à Reuters. “Espero que o próximo ano seja muito semelhante a este ano.”

Lucro líquido das empresas listadas na Arábia Saudita sobe 32% com destaque nos setores de energia e bancos

As empresas de energia e os bancos ajudaram a alimentar um aumento anual de 32% nos lucros agregados das empresas listadas na Arábia Saudita no terceiro trimestre de 2022, de acordo com um relatório divulgado pela Kamco Invest.

A análise observou que o lucro líquido atingiu US$ 51,9 bilhões nos três meses até o final de setembro, acima dos US$ 39,3 bilhões no mesmo período de 2021.

O relatório, no entanto, observou que o lucro agregado das empresas da Arábia Saudita no terceiro trimestre registrou uma queda de US$ 7,4 bilhões em comparação com o trimestre anterior deste ano, onde o lucro líquido total ficou em US$ 59,3 bilhões.

Em toda a região do Conselho de Cooperação do Golfo, as empresas listadas registraram uma queda trimestral de 8%, para US$ 76,9 bilhões, devido à queda nos lucros das empresas de energia e materiais.

“Em termos de regiões, apenas as empresas listadas nos Emirados Árabes Unidos apresentaram lucros mais altos durante o trimestre, enquanto os agregados para o restante dos países do GCC mostraram um declínio trimestral durante o terceiro trimestre de 2022”, escreveu Kamco no relatório.

As empresas que operam no setor de energia do Reino testemunharam o lucro máximo durante o terceiro trimestre em US$ 41,2 bilhões, impulsionadas pelos preços do petróleo bruto e volumes vendidos.

O relatório observou ainda que o lucro das instituições bancárias na Arábia Saudita aumentou para US$ 4,4 bilhões durante o terceiro trimestre, acima dos US$ 3,5 bilhões no mesmo período de 2021.

No setor bancário, o Al Rajhi Bank registrou um lucro de US$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre, sustentado por um maior financiamento líquido e receita de investimento, taxas de serviços bancários e receita cambial.

O Saudi National Bank reportou um aumento de 24,6% no lucro líquido para US$ 1,3 bilhão, impulsionado por uma queda de 16,1% nas despesas operacionais devido a um menor encargo líquido de deterioração para perdas de crédito.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
25/11/2022