Cenário Econômico Nacional – 28/11/2022

Cenário Econômico Nacional – 28/11/2022

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Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Mercado eleva previsão para inflação, Selic e câmbio após PEC do Estouro

Após discussões sobre PEC do Estouro e de falas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que questionou regras fiscais, o mercado piorou as projeções para os principais indicadores econômicos. O cenário de incerteza reflete tanto nas projeções para o dólar quanto para a inflação e taxa Selic, como mostra o Boletim Focus divulgado na segunda-feira (21).

Pela primeira vez após ficar inalterada por 16 semanas, a previsão para o dólar subiu a R$ 5,25 no final de 2022, contra R$ 5,20 na semana anterior. Para 2023, a previsão para a taxa de câmbio foi para R$ 5,24 no final de 2023, contra R$ 5,20 na semana anterior.

O documento também mostra uma revisão para a inflação do Brasil em 2022 e 2023. A pesquisa que consulta agentes do mercado financeiro prevê que o indicador encerre 2022 em 5,88%, frente aos 5,82% observados anteriormente, quarto aumento consecutivo nesta comparação. Para o próximo ano, a previsão foi de 4,94% para 5,01% da semana passada para esta.

O mercado também passou a ver uma taxa Selic terminal maior em 2023, de 11,50% após 10 semanas consecutivas em 11,25%. Para este ano, o valor foi mantido em 13,75%.

Após 3 meses de deflação, o IPCA teve uma alta de 0,59% em outubro, com a influência da elevação de preços do grupo de transportes, após passar os efeitos da desoneração de impostos sobre combustíveis.

O centro da meta oficial para a inflação para 2022, definido pelo Conselho Monetária Nacional (CMN), é de 3,5% para 2023, 3,25% e para 2024 é de 3% para 2025, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

O Focus também ajustou de 2,77% para 2,80% a precisão para o PIB de 2022. Para 2023, o valor foi mantido em 0,70%.

OCDE aumenta para quase 3% a expectativa de crescimento do PIB brasileiro

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aumentou a sua expectativa em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) para a economia brasileira neste ano a 2,8%. As informações foram divulgadas através de um relatório do órgão na terça-feira (22).

No mês de setembro, o órgão reviu suas projeções para 2,5%. Em relação ao próximo ano, a previsão também aumentou de 0,8% para 1,2% e, para 2024, permaneceu em 1,4%. “O crescimento em 2023 depende fortemente das principais economias dos mercados emergentes asiáticos, que serão responsáveis por quase três quartos do crescimento do PIB global no próximo ano, com os Estados Unidos e a Europa desacelerando acentuadamente”, afirmou trecho do documento.

Em relação à economia global, haverá um crescimento “abaixo dos resultados esperados antes da guerra”, já que os 3,1% devem recuar para 2,2% em 2023 e se recuperar com um ritmo abaixo da média em 2,7% em 2024.

Inflação de outubro pressiona mais famílias de renda alta

As famílias com renda maior que R$ 17.260,14, consideradas de renda alta, foram as que enfrentaram maior inflação em outubro, segundo estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ele aponta o encarecimento das passagens e dos planos de saúde entre as causas do cenário. Para esta faixa de renda, a variação de preços foi de 1,14%, enquanto a inflação geral da economia ficou em 0,59%.

Já as famílias de renda muito baixa (até R$ 1.726,01) e baixa (entre R$ 1.726,01 e R$ 2.589,02) tiveram os menores índices de inflação: 0,51% e 0,52%.

Mesmo assim, quando é analisada a inflação acumulada, tanto as famílias mais ricas quanto as mais pobres estão acima da média nacional, enquanto as de renda média estão abaixo da inflação geral.

Nos últimos 12 meses, as famílias de renda muito baixa têm 6,73% de inflação, enquanto a inflação geral é de 6,43%. As famílias de alta renda, por sua vez, acumulam 7,95% de aumento de preços em sua cesta de compras.

O Ipea explicou que, para as quatro classes de renda mais baixa, os maiores impactos na inflação vieram dos grupos alimentos e bebidas e saúde e cuidados pessoais. Enquanto isso, as famílias de renda mais média alta e alta sofreram mais com o aumento de preços nos transportes, com destaque para o reajuste das passagens aéreas (23,4%).

O instituto também detalha que, mesmo dentro de um mesmo grupo de despesas, há comportamentos diferentes dependendo da renda. No grupo saúde e cuidados pessoais, a alta dos artigos de higiene (2,3%) pressionou especialmente a inflação dos segmentos de renda mais baixa, enquanto o reajuste dos planos de saúde (1,4%) impactou mais a inflação das classes de renda mais alta.

Balança comercial tem superávit de US$ 1,833 bilhões na 3ª semana de novembro

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,833 bilhão na terceira semana de novembro de 2022. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,488 bilhões e importações de US$ 4,655 bilhões.

Em novembro, o resultado comercial acumula superávit de US$ 3,488 bilhões. No ano, o saldo é positivo em US$ 54,837 bilhões.

A média diária das exportações registrou nas três primeiras semanas de novembro aumento de 35%, com alta de 64,6% em agropecuária, crescimento de 25% em Indústria da transformação e de 40,9% em produtos da indústria extrativa.

Já as importações subiram 2,6%, com queda de 27,1% em agropecuária, crescimento de 1,3% em indústria extrativa e de 5,3% em produtos da indústria da transformação, sempre na comparação pela média diária.

72% dos brasileiros deixam de comprar itens corriqueiros para pagar conta de luz

Sete em cada dez brasileiros deixaram de comprar itens que normalmente consumem no mês para conseguir pagar a conta de luz em 2022. O motivo foi a alta no preço da energia elétrica, que teve uma variação anual de aproximadamente 6,5%.

Os resultados fazem parte de uma pesquisa feita pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), que ouviu mais de 2 mil pessoas, em 130 municípios do país. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.

Entre os itens corriqueiros que os brasileiros deixaram de comprar para arcar com a conta de luz estão vestuários, serviços em geral e alimentos não essenciais.

A pesquisa da Abraceel mostrou ainda que 44% deixaram de pagar a conta de luz em algum momento neste ano, por falta de condições financeiras. E 83% dos brasileiros afirmam que a energia elétrica passou a pesar mais no orçamento familiar nos últimos 12 meses.

Por fim, o estudo destaca que 85% dos brasileiros admitem economizar energia para reduzir a conta mensal de luz.

“A energia elétrica é considera cara ou muito cara pela maioria dos brasileiros: oito em cada dez. E as pessoas atribuem o alto custo do serviço aos impostos principalmente”, destacou um trecho da pesquisa da Abraceel.

Questão fiscal pode piorar inflação e atividade econômica

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) divulgou a edição de novembro do Boletim Macroeconômico, no qual ressalta a discussão sobre o arcabouço fiscal que poderá vigorar nos próximos anos.

Segundo a publicação, este é o principal tema do debate doméstico atual e, a única certeza, é que o setor público terá um déficit em 2023. Porém, o tamanho do déficit ainda não está claro. “Podemos ficar longe do superávit primário necessário para estabilizar a dívida pública”, aponta o relatório.

A proposta da PEC do Estouro, de acordo com o Boletim, exclui do teto para sempre os dispêndios que totalizariam R$ 175 bilhões. Nesta conta estão os R$ 600 do Auxílio Brasil, acrescidos dos R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos.

O estudo mostra que a prorrogação do auxílio em R$ 600 e o adicional requereriam em torno de R$ 70 bilhões, valor que não cabe dentro do teto de gastos, por isso a necessidade de se aprovar uma exceção à regra, o chamado “waiver fiscal”.

“Mas isso é menos de metade do valor pleiteado. Ou seja, apesar de a retórica ser que a excepcionalidade é para programas sociais, cerca de R$ 105 bilhões já estavam contemplados no Orçamento e no teto e seria necessário adicionar apenas R$ 70 bilhões à proposta”, ressalta o Boletim do Ibre.

Ou seja, os gastos diretos representarão cerca de 10% do PIB, aos quais se somarão os juros que incidirão sobre a dívida pública que terá de ser emitida para financiar esse aumento de gastos.

IPC-S desacelera a 0,65% na 3ª quadrissemana de novembro, diz FGV

O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou a 0,65% na terceira quadrissemana de novembro, ante alta de 0,70% na segunda leitura do mês. A informação foi divulgada na quarta-feira (23) pela Fundação Getulio Vargas. O indicador acumula alta de 4,59% em 12 meses, menor que o avanço de 4,65% na segunda medição de novembro.

Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação na terceira leitura de novembro. O destaque partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (1,29% para 0,38%), com influência do item passagem aérea (4,95% para 0,97%).

Saúde e Cuidados Pessoais (1,00% para 0,91%) e Habitação (0,39% para 0,37%) também registraram arrefecimento em suas taxas de variação. Nessas classes, os itens de maior peso foram artigos de higiene e cuidado pessoal (1,99% para 1,60%) e móveis para residência (0,99% para 0,10%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos Comunicação (-0,62% para -0,32%), Transportes (0,74% para 0,85%), Alimentação (0,88% para 0,95%), Vestuário (0,65% para 0,86%) e Despesas Diversas (0,12% para 0,17%) registraram avanço, com influência dos itens combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-1,05% para -0,33%), gasolina (1,33% para 1,74%), arroz e feijão (-1,25% para -0,77%), roupas masculinas (0,35% para 1,10%) e despachante (-0,05% para 0,21%), respectivamente.

Aumento de gasto público e incerteza sobre endividamento geram risco à estabilidade financeira, aponta Banco Central

O Banco Central fez um alerta na quinta-feira (24) sobre riscos à estabilidade financeira do país em um eventual cenário de elevação de gastos públicos e incerteza sobre a trajetória de endividamento do governo, com impacto sobre prêmios de risco e expectativas de inflação.

Em ata da reunião do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), a autoridade monetária afirmou que está atenta à evolução dos cenários doméstico e internacional, ressaltando que segue preparada para atuar, minimizando eventual contaminação desproporcional sobre os preços dos ativos locais.

“O aumento de gastos públicos e a incerteza sobre a trajetória do endividamento podem elevar os prêmios de risco e as expectativas de inflação, com reflexos à estabilidade financeira através do aumento da volatilidade dos ativos, da piora da capacidade de pagamento dos agentes, e da deterioração da qualidade do fluxo de capitais”, disse.

Também entre os pontos de atenção mencionados pelo BC está a persistência de elevado apetite ao risco das instituições financeiras, com ritmo alto de crescimento em modalidades mais arriscadas, como cartão de crédito e crédito não consignado, “o que requer mais atenção em um ambiente de piora do comprometimento de renda e do endividamento das famílias”.

O comitê ponderou que algumas instituições já mostram critérios de concessão mais restritivos nessas modalidades.

Em outro ponto de atenção, o BC destacou que as condições financeiras globais ficaram mais restritivas.

“A eventual materialização de cenários extremos de reprecificação de ativos financeiros globais devido ao aperto monetário, ao aumento da volatilidade e à deterioração da liquidez em mercados sistemicamente relevantes, além dos riscos de recessão, pode levar a impacto significante sobre economias emergentes”, disse, acrescentando que a exposição do sistema financeiro ao risco de taxa de câmbio é baixa.

O comitê concluiu que sua política macroprudencial neutra segue adequada ao atual momento, caracterizado pela ausência de acúmulo significativo de riscos financeiros. E ressaltou que os preços dos ativos e o crescimento do crédito não representam preocupação no médio prazo, embora existam incertezas a serem acompanhadas.

IPCA-15: “prévia da inflação” varia 0,53% em novembro, diz IBGE

Considerado uma “prévia da inflação oficial”, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) variou 0,53% em novembro, após ter registrado 0,16% em outubro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quinta-feira (24).

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,35% e, em 12 meses, de 6,17%, abaixo dos 6,85% dos 12 meses imediatamente anteriores, informou o instituto. Em novembro de 2021, a taxa foi de 1,17%.

O mercado esperava alta de 0,56% na comparação mensal e de 6,21%, na anual, segundo pesquisa da Reuters.

Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram variação positiva em novembro, com exceção de Comunicação, que ficou estável no período.

Os maiores impactos vieram de Alimentação e bebidas (0,54%) e Saúde e cuidados pessoais (0,91%). A alta no grupo Alimentação e bebidas foi puxado pelos alimentos para consumo no domicílio (0,6%). Destacam-se os aumentos nos preços do tomate (17,79%), da cebola (13,79%) e da batata-inglesa (8,99%). Além disso, os preços das frutas subiram 3,49%. No lado das quedas, está o leite longa vida (-6,28%), cujos preços já haviam recuado 9,91% em outubro.

A alimentação fora do domicílio subiu 0,4%, variação próxima à do mês anterior (0,37%). Enquanto a refeição subiu 0,36%, o lanche aumentou 0,54%. Em outubro, as variações haviam sido de 0,44% e 0,23%, respectivamente.

Em Saúde e cuidados pessoais, os destaques para o mês foram os itens de higiene pessoal, que subiram 1,76%, em especial os produtos para pele (6,68%), e os planos de saúde (1,21%).

Já o grupo Transportes saiu de queda de 0,64% no mês passado para alta de 0,49% em novembro, com preços dos combustíveis (2,04%) voltando a subir após cinco meses consecutivos de quedas.

Depois de caírem 5,92% em outubro, os preços da gasolina aumentaram 1,67% em novembro, contribuindo com o maior impacto individual no índice do mês. Além disso, os preços do etanol subiram 6,16% e os do óleo diesel, 0,12%. O gás veicular (-0,98%) foi o único a apresentar queda entre os combustíveis pesquisados pelo IBGE.

A maior variação no índice do mês veio do grupo Vestuário, com alta de 1,48%, resultado próximo ao do mês anterior (1,43%). O instituto destaca ainda a alta de 0,48% de Habitação, superior à de outubro (0,28%).

Quanto aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram variações positivas em novembro. As maiores ocorreram em Recife (0,78%), onde houve alta de 4,97% nos preços da gasolina (4,97%), e em Brasília (0,78%), onde pesou o aumento da energia elétrica (7,44%). Já a menor variação foi registrada em Curitiba (0,11%), em função das quedas nos preços das carnes (-3,05%) e das passagens aéreas (-8,27%).

Brasil registra déficit em conta corrente de US$ 4,625 bilhões em outubro, diz Banco Central

O Brasil registrou déficit em transações correntes de 4,625 bilhões de dólares em outubro, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 3,31% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central na sexta-feira (25).

A expectativa em pesquisa da Reuters com especialistas era de um déficit de 4,9 bilhões de dólares em outubro.

No mês, os investimentos diretos no país alcançaram 5,541 bilhões de dólares, abaixo dos 6,5 bilhões de dólares projetados na pesquisa.

Ministério da Economia confirma escolha de Ilan Goldfajn para presidência do BID

O ministério da Economia confirmou oficialmente a escolha de Ilan Goldfajn neste domingo para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “O resultado foi conquistado após campanha liderada pelo Ministério da Economia. O candidato brasileiro alcançou ampla maioria, superando os critérios de porcentual do capital votante do Banco e de apoio regional, o que permitiu que a eleição fosse concluída na primeira rodada”, enfatizou a Pasta por meio de nota divulgada no domingo (20).

Durante a semana, o ex-ministro da Fazenda e então um dos membros do governo de transição do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva, Guido Mantega, havia solicitado ao BID um adiamento da escolha de seu presidente. A ideia era indicar um nome que potencialmente fosse alinhado com a futura administração, mas depois da negativa da instituição, houve um aceno diplomático do Brasil reforçando que apoiaria o nome de Ilan.

O comunicado salientou que se trata da primeira vez que um brasileiro comanda a instituição, após ser estabelecida em 1959 e presidida por cidadãos de México, Chile, Uruguai, Colômbia e Estados Unidos da América. A Economia comentou também que o BID é a maior instituição financeira multilateral de fomento e integração do mundo e que atua em áreas como educação, saúde e infraestrutura para proporcionar qualidade de vida à população da América Latina e Caribe, sendo a principal fonte de financiamento para o desenvolvimento na região.

“A vitória do candidato é reconhecimento da plataforma apresentada pelo Brasil para o Banco que prioriza três eixos centrais”, trouxe a nota, destacando a infraestrutura física e digital, com mobilização de recursos privados e criação de oportunidades para a integração regional; o combate à pobreza, desigualdade e insegurança alimentar; e a mudança do clima e biodiversidade.

O processo eleitoral para a presidência do BID contou com a participação de candidatos de cinco países membros: Argentina, Brasil, Chile, México e Trinidad e Tobago. Os candidatos participaram de sabatina com representantes dos países que integram o Banco, no dia 13 de novembro, o que permitiu apresentarem suas prioridades para o BID e sugestões para a instituição contribuir a recuperação econômica da região.

Sobre Goldfajn, a Economia ressaltou que ele possui trajetória de destaque nos setores público e privado, além de ter experiência reconhecida como acadêmico. Ilan foi presidente do Banco Central do Brasil, entre os anos 2016 e 2019, e recentemente exerceu a posição de Diretor do Departamento de Hemisfério Ocidental no Fundo Monetário Internacional (FMI).

Bolsonaro envia ao Senado indicações de ouvidor para cinco agências reguladoras

Em fim de mandato, o presidente Jair Bolsonaro ainda quer emplacar novos nomes em agências reguladoras. Em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), Bolsonaro formalizou o envio ao Senado Federal de cinco indicações para o cargo de ouvidor nesses órgãos. Os indicados só poderão assumir os postos se forem aprovados pelo Senado e, posteriormente, nomeados pelo presidente da República.

Foram indicados: Luciana Lauria Lopes, para exercer o cargo de Ouvidora da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), na vaga decorrente do término do mandato de Joelma Maria Costa Barbosa; André Elias Marques, para exercer o cargo de Ouvidor da Agência Nacional de Mineração (ANM), na vaga decorrente do término do mandato de Paulo Ribeiro de Santana; André Ruelli, para exercer o cargo de Ouvidor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); Edgar Ribeiro Dias, para exercer o cargo de Ouvidor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na vaga decorrente do término do mandato de Daniela Hoffmann Lobato Chaves Lopes; e João Paulo Dias de Araújo, para exercer o cargo de Ouvidor da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), na vaga decorrente do término do mandato de João Luis Barroca de Andrea.

Alckmin nomeia ex-ministros para transição; Carvalho atuará na posse de Lula

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin nomeou três ex-ministros de Estado para integrar a equipe de transição do novo governo. Edição extra do Diário Oficial da União (DOU), informa que Inês da Silva Magalhães, que liderou a pasta das Cidades no Governo Dilma Rousseff, Luis Carlos Guedes Pinto, ministro da Agricultura de Luiz Inácio Lula da Silva, e Marcia Helena Carvalho Lopes, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome também no Governo Lula, irão exercer Cargo Especial de Transição Governamental (CETG) Nível IV.

Na mesma edição, Alckmin designou sete membros para compor a Assessoria Especial da Coordenação de Organização da Posse. Dentre os nomes, estão o do petista Gilberto Carvalho, que foi chefe de gabinete de Lula nos oito anos de mandato no Palácio do Planalto e ministro da Secretaria-Geral de Dilma Rousseff, e do diplomata Fernando Luis Lemos Igreja, que já foi embaixador do Brasil nos Emirados Árabes. Também estão no grupo Cassius Antônio da Rosa, Célia Maria Alves, Márcio Tavares dos Santos, Neudicleia Neres de Oliveira e Wagner Caetano Alves de Oliveira.

Em uma terceira portaria, Alckmin designou três servidores do Congresso Nacional, que atuarão como voluntários, para colaborar na Assessoria Especial da Coordenação de Articulação Política do Gabinete de Transição Governamental.

Tribunais começam a agendar diplomação de eleitos

Os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) do País começaram a agendar a diplomação dos eleitos nos respectivos Estados. No Distrito Federal, por exemplo, foi marcada para 19 de dezembro a cerimônia para governador, vice-governador, senadora, suplentes, deputados distritais e federais eleitos ou reeleitos.

A diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice Geraldo Alckmin (PSB) é responsabilidade do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ainda não foi agendada oficialmente.

A não oficialização da data deve-se ao fato de a prestação de contas da campanha de Lula no pleito deste ano ainda não ter sido avalizada pelo TSE. De acordo com o calendário eleitoral de 2022, encerrou-se no sábado, dia 19 de novembro, o prazo para a entrega do balanço final. O PT entregou as contas na sexta (18), segundo o tribunal.

Integrante da base de Bolsonaro, Republicanos diz que será independente no governo Lula

O Republicanos, partido da base de apoio político de Jair Bolsonaro no Congresso, anunciou que atuará de forma independente durante o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O Republicanos é a sigla de importantes aliados de Bolsonaro, como a senadora eleita e ex-ministra Damares Alves (DF), do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (RS).

“O Republicanos decidiu, por unanimidade, atuar na próxima legislatura de forma independente no Congresso Nacional, sem se negar ao diálogo e à colaboração. O partido seguirá mantendo o apoio às propostas que sejam positivas para a população brasileira”, afirmou em legenda em nota.

A decisão de não se opor ao petista no Congresso foi vista por aliados de Lula como um “aceno” da legenda ao governo eleito.

Até o momento, a base de apoio a Lula é formada por partidos que fizeram coligação com o PT durante as eleições. O PDT e o Cidadania anunciaram apoio no segundo turno. MDB e PSD integram a equipe do governo de transição e podem compor o governo.

Podemos anuncia incorporação do PSC, e partido terá 18 deputados e 7 senadores em 2023

O partido Podemos anunciou incorporação do PSC. Sigla mantém o nome Podemos e adota o número de urna do PSC: 20.

A incorporação vai ser formalizada em convenção marcada para o início de dezembro. Ao se tornarem uma sigla só, Podemos e PSC terão, em 2023, uma bancada de 18 deputados federais e 7 senadores. Será a oitava maior bancada da Câmara.

Nas eleições de outubro, o PSC não atingiu a cláusula de barreira, regra que estipula a quantidade mínima de parlamentares e de votos em todo o país que um partido precisa obter para manter acesso a determinadas verbas e direitos.

Ao não atingir a cláusula de barreira, o PSC perderia, em 2023, acesso aos fundos eleitoral e partidário, além de tempo de televisão e vaga nos debates das eleições 2024 e 2026, por exemplo.

Comissão aprova projeto com manobras para liberar verbas do orçamento secreto

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou na quarta-feira (23), um projeto que autoriza uma série de manobras no caixa do governo federal para adiar o pagamento de despesas obrigatórias e liberar verbas do orçamento secreto no fim deste ano. Hoje, estão bloqueados do orçamento secreto R$ 7,7 bilhões.

A proposta, revelada pelo Estadão, promove uma reengenharia no Orçamento da União com uma série de artifícios criticados por técnicos do Ministério da Economia e do Tribunal de Contas da União (TCU). O texto agora dependerá de aprovação do plenário do Congresso. Não há para a votação final.

Entre as manobras está a autorização para o governo deixar de pagar a totalidade de despesas obrigatórias, incluindo R$ 3,9 bilhões da Lei Paulo Gustavo, para destravar recursos das emendas do orçamento secreto. Na prática, o governo poderá usar o saldo de despesas obrigatórias não pagas para compensar outros gastos.

Além disso, o projeto autoriza o governo federal a mudar a destinação final de recursos de obras e outros repasses oriundos de emendas parlamentares que tiveram contratos assinados em 2019 e 2020. Assim, o governo poderá tirar recursos já empenhados (reservados e prontos para pagamento) de uma cidade e colocar em outra, conforme o interesse de aliados políticos.

Inicialmente, o projeto tratava apenas de uma autorização para adiar o prazo de envio de projetos que abrem créditos adicionais no Orçamento da União, um remanejamento comum no fim do ano, mas que não compromete despesas obrigatórias por lei.

O texto foi ampliado por meio de relatório apresentado pelo deputado AJ Albuquerque (PP-CE), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com a concordância do governo e articulação de líderes do Centrão. O projeto foi aprovado de forma simbólica, com votos contrários declarados verbalmente apenas pelos líderes do Novo e do PT.

O argumento dos líderes do Centrão para aprovar a proposta é impedir a paralisação de obras e destravar os recursos bloqueados pelo governo federal para cumprir o teto de gastos, incluindo as emendas do orçamento secreto.

Governo eleito pode propor mecanismo para amortecer preços de combustíveis, diz senador

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), integrante do grupo técnico de Minas e Energia na equipe de transição, afirmou na quinta-feira (24) que o governo eleito pode propor um mecanismo para amortecer preços de combustíveis em momentos de alta do valor do petróleo.

Segundo o petista, a equipe de transição estuda a implementação de um “colchão de amortecimento”, ou seja, a instituição de um subsídio, custeado, em parte, por dividendos da Petrobras, para que os valores cobrados dos consumidores possam ser menores.

De acordo com Jean Paul Prates, a medida não configuraria uma interferência na política da Petrobras nem congelamento de preços.

“A Petrobras vai fazer a política de preços dela, para os clientes dela, para o volume, qualidade de clientes. Enfim, como qualquer empresa”, declarou o integrante da transição.

O senador não informou se a política de amortecimento de preços em estudo será suficiente para compensar o aumento dos tributos federais (PIS/Cofins) sobre gasolina e diesel. A elevação está prevista para acontecer no início de 2023.

Nesta semana, o senador eleito Wellington Dias (PT-PI), coordenador dos ajustes no orçamento de 2023 na equipe de transição, disse ao G1 que a decisão de manter zerados os impostos federais sobre os combustíveis, deverá ficar para 2023.

A proposta de orçamento enviada pelo governo Jair Bolsonaro em agosto deste ano ao Congresso prevê a manutenção, no ano que vem, das desonerações de PIS/Cofins e Cide sobre gasolina, etanol e gás veicular; e de PIS/Cofins sobre diesel, gás de cozinha e querosene de aviação.

Dois meses antes de eleição, Lira busca apoio de partidos para seguir no comando da Câmara

Faltando pouco mais de dois meses para a eleição da Mesa Diretora da Câmara, no início de fevereiro, o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), intensificou a movimentação em busca de apoio para uma reeleição.

Nesta semana, Lira recebeu apoio público de mais partidos, incluindo duas das maiores bancadas que tomarão posse no próximo ano, União Brasil e Republicanos.

Até agora, oito partidos formalizaram apoio a Lira:

  • União Brasil (59 deputados a partir de 2023)
  • PP (47)
  • Republicanos (41)
  • PDT (17)
  • Podemos (12)
  • PSC (6)
  • Patriota (4)
  • PTB (1)

As legendas, juntas, terão 187 deputados no início do próximo ano.

Apesar de já ter confirmado apoio a Lira, o PDT deve realizar uma reunião no próximo dia 6 com a Executiva Nacional e a bancada para ratificar a decisão, segundo o líder do partido na Câmara, André Figueiredo (CE).

O presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), anunciou o apoio do partido ao lado de Lira, durante coletiva de imprensa convocada na quarta-feira (23).

“Nós confiamos na sua imparcialidade, na sua defesa do nosso poder Legislativo, na defesa das nossas instituições e, por consequência, no estado de Direito”, disse Bivar na ocasião.

Outros dois partidos com grandes bancadas formadas para a próxima legislatura, PL (99 deputados) e PSD (42), ainda não oficializaram apoio à recondução do deputado, mas já sinalizaram nos bastidores que também podem apoiar Lira.

No início de novembro, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, disse em uma coletiva de imprensa que a sigla iria apoiar a candidatura de Lira, desde que o presidente da Câmara trabalhasse para garantir um nome do PL na presidência do Senado. O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, elegeu as maiores bancadas nas duas Casas.

Lula testa aceitação de Haddad na Fazenda em dobradinha com Arida no Planejamento

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva testa as resistências ao nome de Fernando Haddad para o comando do Ministério da Fazenda com a possibilidade do ex-prefeito de São Paulo fazer uma dupla com o economista Persio Arida na equipe econômica do seu terceiro mandato na Presidência.

O primeiro sinal já foi dado por Lula. Haddad foi escalado pelo presidente eleito para representá-lo no almoço anual de dirigentes dos bancos na Febraban com a presença do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O encontro será na sexta-feira (25) em São Paulo. A aposta de Haddad cresceu depois que ele acompanhou Lula ao Egito, na COP-27.

Mesmo com problemas ainda na voz, depois da cirurgia para retirar uma lesão na laringe, a expectativa do seu entorno é de uma sinalização mais forte de Lula. Não seria ainda uma indicação oficial, mas “gestos” para mostrar que Haddad tem todas as condições políticas e técnicas para ocupar o cargo. Lula vai colocar Haddad para fazer “conversas” com representantes do mercado nos próximos dias.

Apesar da articulação, Haddad sofre resistências do mercado financeiro e também do meio político do Congresso, inclusive de parlamentares do próprio PT. Barreiras que os apoiadores à escolha do seu nome no PT acreditam que podem ser superadas.

Com a ideia de Persio Arida na equipe econômica, esse caminho poderia ser pavimentado na avaliação dos defensores do nome de Haddad. Uma forma de diminuir as resistências com Arida no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

A grande questão é se Arida, considerado um dos economistas mais brilhantes de sua geração e um dos formuladores do Plano Real, aceitaria ser uma figura secundária numa pasta que sempre foi considerada de menor poder na Esplanada, antes da formação do superministério da Economia de Paulo Guedes, que será dividido por Lula.

Com a necessidade de reforma não só do arcabouço fiscal para substituir o teto de gastos, mas também da gestão orçamentária, o novo Ministério do Planejamento poderia ganhar outro patamar, principalmente no caso de Lula resolver tocar a reforma administrativa, de reestruturação do serviço público.

Um tema caro na agenda de Arida é a modernização da administração pública e da institucionalização de buscas de resultados no serviço público, começando pelo processo de execução orçamentária financeira, cuja legislação é dos anos 60.

Por outro lado, é na equipe oriunda do antigo Ministério do Planejamento que se dão as negociações salariais do funcionalismo – um espeto complicado em tempos normais e muito mais difícil depois de anos de reajustes salariais congelados por Paulo Guedes. As negociações do orçamento secreto, esquema revelado pelo Estadão que consiste na transferência de verba a parlamentares sem critérios de transferência em troca de apoio político, são outra dor de cabeça para quem sentar na cadeira do Planejamento, concentrador da gestão orçamentária.

Setor de condomínios logísticos alcança 22 milhões de m² e bate recorde no país

O mercado de condomínios logísticos, espaços usados para armazenamento e distribuição de mercadorias, no Brasil somou 812 mil metros quadrados de áreas entregues no terceiro trimestre deste ano e chegou a 22,4 milhões de m² totais no país, o maior patamar da série histórica. Os dados são da plataforma Market Analytics da SiiLA, multinacional de análise de dados do mercado imobiliário comercial na América Latina.

Entre julho e setembro, foram 11 novos empreendimentos e sete expansões. O CEO da SiiLA, Giancarlo Nicastro, afirma que foi a terceira maior entrega de novo estoque já registrada desde o início do monitoramento do mercado pela empresa. Outros 4 milhões de m² devem ser finalizados até o fim de 2023, 80% deles na região Sudeste.

A ampliação dos imóveis logísticos também foi acompanhada pelo aumento da taxa de vacância, que passou de 8,89%, no segundo trimestre, para 10,25% no terceiro. Das áreas novas, por exemplo, 70% foram entregues vazias, ou seja, sem inquilinos.

Giancarlo Nicastro, no entanto, afirma que a taxa de vacância ainda está dentro do equilíbrio.

“O que a gente vê hoje de entregas são projetos que foram aprovados há três ou quatro anos, que estavam esperando um mínimo aquecimento do mercado. É importante lembrar que o setor tem um ciclo longo. E apesar de serem entregues vazios, existe ainda uma necessidade de expansão de atividades e até mudança de tipo de empreendimentos, como no setor de varejo, transporte e logística, e-commerce”, colocou à CNN Brasil.

Segundo o CEO da SiiLA, desde 2010, o mercado brasileiro passou a receber condomínios logísticos de alto padrão, que atenderam uma demanda reprimida. Com a pandemia e a aceleração das compras online, houve uma procura intensa por essas áreas.

Hoje, segundo ele, o Sudeste concentra cerca de 76% dos condomínios logísticos, com aproximadamente 18 milhões de m². Mas há necessidade e tendência de novos mercados, como a região Sul, onde a taxa de vacância é de pouco mais de 7%, Pernambuco, com quase 4%, e Ceará, com índice de imóveis vazios próximo a 0%.

Intenção de consumo das famílias tem maior patamar desde início da pandemia, diz CNC

Impulsionada pela Copa do Mundo e pela proximidade das festas de fim de ano, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no Brasil avançou 1,3% em novembro, na comparação com o mês anterior, e chegou a 89 pontos. É o maior patamar desde o início da pandemia de Covid-19.

O resultado foi divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) na segunda-feira (21). No mesmo mês do ano passado, o indicador registrava 73,4 pontos.

Segundo a CNC, o setor acelera desde julho. O resultado positivo em novembro foi puxado principalmente pela intenção de compra dos brasileiros para a Copa do Mundo 2022, que acontece no Catar, e teve início no domingo (20).

De acordo com o levantamento, 36% dos consumidores pretendem adquirir produtos relacionados ao mundial de futebol, como as camisetas da Seleção Brasileira, resultado 12 p.p. acima da Copa de 2018. A expectativa é da movimentação de R$ 1,5 bilhão no varejo.

Além da Copa, as festas de fim de ano também aumentam a expectativa do consumo das famílias brasileiras em novembro, desde a Black Friday até o Natal. Por isso, o índice que mais cresceu em novembro foi o de Nível de Consumo Atual, com uma alta de 3,1% no mês (73,8 pontos).

Confiança da indústria de construção cai em outubro, mostra sondagem da CNI

Em novembro de 2022, o Índice de Confiança do Empresário (ICEI) da Indústria da Construção caiu 6,2 pontos, para 53,9 pontos, abaixo, portanto, da média histórica (54,0), segundo sondagem mensal da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada na terça-feira (22).

Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminada é a confiança.

Os indicadores da CNI apontam que todos os componentes do ICEI registraram queda. A CNI destaca o índice de expectativas sobre a economia brasileira para os próximos seis meses, que indica migração de um estado de otimismo para um estado de pessimismo dos empresários da construção.

Entre outubro e novembro de 2022, o índice de expectativas sobre a economia brasileira caiu de 59,9 pontos para 48,3 pontos, cruzando a linha divisória dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. “A confiança dos empresários construção registra forte queda, movimento puxado, principalmente, pelo pessimismo em relação ao futuro da economia brasileira”, diz o documento.

Em novembro, os empresários da construção esperam, para os próximos seis meses, menor crescimento da atividade e menor número de lançamento de novos empreendimentos e serviços na comparação com outubro de 2022, segundo a entidade. Além disso, pretendem comprar menos insumos e matérias-primas e aumentar menos o número de empregados.

O levantamento mostra ainda que, em novembro, o índice de intenção de investimento da indústria da construção caiu 1,5 ponto, para 44,8 pontos. Apesar da queda, a intenção de investimento segue elevada comparativamente à sua média histórica (36,4 pontos).

Turismo brasileiro fatura de R$ 18,1 bilhões em setembro, diz FecomercioSP

O turismo brasileiro teve faturamento de R$ 18,1 bilhões em setembro, o maior valor para o mês desde 2014. Os números foram compilados pelo Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ao todo, o faturamento do turismo brasileiro teve crescimento de 29,2% na comparação com igual mês de 2021. No acumulado de 2022, o montante salta 32,5% e, na soma dos 12 meses encerrados em setembro, avança 29,6%.

Entre os setores do turismo, o maior faturamento foi contabilizado no transporte aéreo, com receita de R$ 6,066 bilhões, crescimento de 63,1% ante setembro de 2021, sustentado em parte pela alta de cerca de 40% do valor das passagens.

Em seguida, aparecem os serviços de alojamento e alimentação, com faturamento de R$ 4,973 bilhões, equivalente a um aumento de 20,2% na comparação interanual.

Completam a lista os transportes terrestres, com faturamento de R$ 2,965 bilhões (alta de 20% na comparação interanual); atividades culturais, recreativas e esportivas, com ganho de R$ 1,265 bilhão (19,7%); transporte aquaviário, que faturou R$ 48,886 milhões (16,4%); e locação de meios de transporte, agência de turismo, operadoras e outros serviços de turismo, com R$ 2,752 bilhões (7,4%).

Em nota, a presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui, afirma que os números devem continuar positivos entre outubro deste ano e fevereiro de 2023, devido à combinação de fatores como a Copa do Mundo, a alta temporada sem restrições à mobilidade e a procura por destinos brasileiros como alternativa às viagens ao exterior.

O levantamento da FecomercioSP é baseado nas informações da Pesquisa Anual de Serviços e da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, com um recorte para as atividades que têm relação total ou parcial com o turismo. Os números são atualizados mensalmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Copel analisa a aquisição de distribuidora da Enel no Ceará

Pouco depois de a Enel colocar à venda sua distribuidora no Ceará (antiga Coelce), como parte de um plano de reposicionamento global com desinvestimentos na ordem de 21 bilhões de dólares (R$ 115 bilhões), a Copel já despontou como potencial compradora do ativo.

Ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o diretor-presidente da companhia paranaense, Daniel Slaviero, disse que a empresa “pretende olhar, sim” o ativo, e que um dos objetivos no plano estratégico apresentado ontem a analistas e investidores é tentar a aquisição de uma distribuidora fora da área geográfica do Paraná.

“Se surgirem oportunidades nesse segmento, vamos olhar mais ativamente”, disse o executivo durante o Copel Day 2022, ontem, em São Paulo. Mais cedo, ele havia dito a investidores que pretende crescer nesse segmento, mas não havia citado nenhum ativo especificamente.

A Copel já atua no Nordeste, mas em geração. Começou a operar recentemente o complexo eólico Jandaíra, no Rio Grande do Norte. Embora no primeiro momento não exista uma sinergia direta entre os ativos de geração no Nordeste e a potencial aquisição em distribuição, a empresa considera que no futuro pode criar um hub para mais investimentos em parques eólicos. “(Pode-se) criar um outro grande cluster lá para expandir eólico e solar”, disse.

Em relação à Amazonas Energia, distribuidora amazonense que também está à venda, Slaviero negou interesse: “Não, é muito fora”.

O diretor-presidente da Copel disse que não tem previsão de participação no leilão de transmissão que será realizado no próximo mês, embora a empresa tenha interesse em crescer nesse segmento.

Ao longo do evento, a equipe da Copel sinalizou o interesse de obter mais 2 mil quilômetros de linhas de transmissão nos próximos anos, mas desde que os projetos tenham rentabilidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

40% das empresas brasileiras são dirigidas por mulheres, aponta pesquisa

Pesquisa inédita divulgada pela Serasa Experian na quarta-feira (23) mostra que das 20,6 milhões de empresas ativas no Brasil, 8,4 milhões são chefiadas por mulheres, o que representa 40,5% dos empresários no país. Dessas, a grande maioria, 84,7%, administra negócio sozinha, sem sócios. Entre os empreendedores homens, esse percentual é de 77,4%.

O levantamento, “O perfil da empreendedora brasileira”, revela ainda que as mulheres começam a empreender mais cedo: 36,3% têm entre 20 e 39 anos, enquanto os empreendedores nessa faixa etária somam 32,1%. No grupo da terceira idade, as mulheres também empreendem mais que os homens, sendo 20,4% contra 16,1%.

Entre os negócios com até dois anos de atuação, 17,2% são liderados por empreendedoras e 14,2% por empreendedores. Entra as empresas com três a cinco anos de atividade, as mulheres também têm maior presença que homens, sendo 28,8% e 25,3% respectivamente. Contudo, nas empresas com mais de cinco anos de criação, 60% são comandadas por homens e 53,9% por mulheres.

De acordo com a Serasa Experian, cerca de 29% dos negócios não sobrevivem mais de cinco anos no Brasil. “O pilar essencial para reverter essa realidade é investir na saúde financeira. Isso significa dar mais acesso à informação, linhas de crédito e, principalmente educação para um desenvolvimento sustentável. Especificamente sobre a presença feminina no setor, é imprescindível que possamos fomentar a capacitação para que cada vez mais mulheres tenham a oportunidade de se preparar para ocuparem esses lugares”, diz Cleber Genero, vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas da Serasa Experian.

O acesso ao crédito citado por Genero é um dos principais desafios. Apesar de a maioria das mulheres apresentarem menores chances de inadimplência como Pessoa Física (PF), o cenário inverte no caso de Pessoa Jurídica (PJ).

“O que a gente observa é que embora o hábito de monitoramento do escore PF já seja um hábito do brasileiro, o mesmo não ocorre quando ele tem uma empresa e um escore PJ. Muitas misturam as finanças pessoais com as do negócio. Além disso, elas não possuem o hábito de construir um histórico de capacidade de pagamento do negócio e não monitoram o escore do sócio”, analisa Genero.

A pesquisa da Serasa Experian mostra ainda que a atividade que as mulheres atuam com mais frequência é no comércio de confecções em geral, seguido por serviços. E a região que mais concentra negócios liderados por mulheres é a Sudeste (51,1%), seguida pela Nordeste (17,9%), Sul (17,4%), Centro-Oeste (9,1%) e Norte (4,4%).

Na análise das Unidades Federativas (UFs) é em São Paulo (27,8%) que estão a maior parte dos empreendimentos femininos, depois vem Rio de Janeiro (10,6%), Minas Gerais (10,3%) e Paraná (6,6%).

Banco Safra anuncia compra da totalidade do banco Alfa por R$ 1 bilhão

O Banco Safra anunciou que firmou acordo para compra da totalidade das ações do Conglomerado Financeiro Alfa, e Banco Alfa, pertencentes à Administradora Fortaleza. Segundo as partes, a operação é de R$ 1,03 bilhão.

“A transação é um marco na história do banco no Brasil. Serão beneficiados clientes, funcionários e acionistas do Conglomerado Financeiro Alfa e do Banco Safra. Compartilhamos valores, visão de longo prazo e paixão por trabalhar, isso nos dá enorme confiança na sintonia e sucesso dessa operação”, disse David Safra.

O Banco Safra é um dos maiores bancos privados do Brasil, parte do Grupo J. Safra, fundado por Joseph Safra. Segundo comunicado, a instituição possui patrimônio líquido de R$ 15,5 bilhões, com total de ativos de R$ 270 bilhões e recursos captados e administrados de R$ 300 bilhões. Conta com 10,5 mil colaboradores e atuação nos segmentos pessoa física e jurídica.

Já o Conglomerado Financeiro Alfa teve origem com o Banco da Lavoura de Minas Gerais, criado em 1925, e posteriormente renomeado para Banco Real na década de 1970. Após a venda do Real ao ABN Amro, em 1998, o banqueiro Aloysio de Andrade Faria criou o Alfa.

“É uma transação histórica no mercado financeiro brasileiro. Temos a convicção de que a operação entre os dois bancos seculares, fruto de trajetórias empreendedoras de sucesso e baseados em valores comuns, potencializará a qualidade, perenidade e excelência que sempre oferecemos aos nossos clientes e colaboradores”, afirmou Fábio Amorosino, CEO do Conglomerado Financeiro Alfa.

Rothschild & Co e Mattos Filho atuaram como assessores financeiro e legal da Administradora Fortaleza. Pelo Banco Safra a assessoria financeira foi do J.Safra Investment Banking e a assessoria legal foi da Pinheiro Neto Advogados.

Cartões lideraram forma de pagamento em 2021 com participação de 51%

O uso de cartões, nas modalidades crédito, débito e pré-pago, foi a forma preferida pela população brasileira para fazer pagamentos em 2021. A ferramenta foi utilizada em 51,1% das transações de pagamento realizadas no país no ano passado, seguido pelo uso do Pix (16,2%), débito direto (11,4%), boleto (9,8%), convênios (5,1%), TED (2,1%), transferências intrabancárias (1,8%), e outros (2,5%). Os dados, divulgados pelo Banco Central (BC), não contemplam as transações de pagamento utilizando dinheiro em espécie.

De acordo com o Banco Central, a TED foi o instrumento de pagamento que teve o maior valor médio por transação em 2021 (R$ 27,8 mil), seguido da transferência intrabancária (R$ 14,7 mil), mostrando que esses têm sido os instrumentos de pagamento utilizados para as transações de maior valor. O valor médio das transações com boleto foi R$ 1,3 mil; a transação média com PIX foi R$ 548, e com cartão, R$ 86.

Em relação ao canal de pagamento, o celular foi responsável por 60% da quantidade de transações, seguido das feitas no internet banking (17,8%); correspondentes bancários, como lotéricas (13,3%); agências de atendimento (5,7%); caixas 24 horas (2,4%), e outros (0,8%).

SELIC

As incertezas acerca dos rumos da política fiscal que serão tomados pelo governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) preocupa o mercado, que já vê a taxa Selic em 15% na primeira metade de 2023, conforme a curva de juros futuros.

“Esse comportamento dos juros mostra que o mercado está pedindo um prêmio, dado que o governo eleito está decidindo primeiro indicar o aumento de gastos que ocorrerá nos próximos anos, sem indicar como esse gasto será financiado”, explica Tony Volpon, ex-diretor do Banco Central.

O especialista explica que há três formas de financiamento de gastos novos: aumento de tributos, cortes em outras despesas ou uma combinação de inflação mais juros. “Dado que o governo não tem sido muito transparente com qual combinação desses três instrumentos será utilizada para financiar esse gasto extra, o mercado pede um prêmio bem acima daquilo que seria razoável em função dessa incerteza”, diz.

Para o economista, é improvável que a Selic chegue de fato a 15% no próximo ano, mas o comportamento do mercado é um importante alerta para o governo.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (28), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 13,75%, ante 13,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,55% na segunda prévia de novembro, informou na segunda-feira (21) a Fundação Getulio Vargas (FGV).

A deflação é menos intensa do que a registrada no segundo decêndio de outubro, quando o índice cedeu 0,83%.

Apenas um dos componentes do IGP-M registrou recuo nesta leitura.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) caiu 0,90%, após sofrer retração de 1,19% na medição anterior.

Em contrapartida, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) acelerou de alta de 0,29% para 0,54% e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) avançou 0,17%, ante queda de 0,06%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (28), a projeção para o IGP-M ficou em 5,95%, ante 6,01% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado a prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,53% em novembro, informou na quinta-feira (24) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os combustíveis voltaram a subir depois de cinco meses consecutivos de quedas, com alta de 2,04%, mostrando que os efeitos da redução da alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia e telecomunicações se dissiparam.

Em novembro a gasolina subiu 1,67%, depois de recuar 5,92% no mês anterior, exercendo o maior impacto individual no índice do mês. Os preços do etanol e do óleo diesel também avançaram, respectivamente, 6,16% e 0,12%.

O aumento de 0,49% nos custos de Transportes, após queda de 0,64% em outubro, também ajudou a pressionar o resultado do IPCA-15.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (28), os economistas aumentaram as estimativas do IPCA para 5,91%, ante 5,88% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O Monitor do Produto Interno Bruto (PIB), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou variação positiva de 0,4% na atividade econômica no terceiro trimestre em relação ao período anterior. Se comparado ao período de julho a setembro de 2021, o crescimento da economia é de 3,2%.

Conforme o indicador, houve recuo de 0,4% em setembro, em comparação a agosto e evolução de 2,3% com relação a setembro de 2021. Em valores correntes, a estimativa é de que o acumulado do PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, até o terceiro trimestre de 2022 somou R$ 7 trilhões 235 bilhões e 825 milhões.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (28), a projeção para o PIB ficou em 2,81%, ante 2,80% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (21), o Ibovespa fechou em alta, com as ações da Copel disparando mais de 20% em meio a planos de privatização para a elétrica paranaense, enquanto persistem preocupações com o rumo fiscal do país e novos surtos de Covid na China adicionam receios sobre a atividade econômica mundial. O índice Ibovespa teve alta de 0,9%, a 109.849,35 pontos. O volume financeiro somou R$ 29 bilhões.

Na terça-feira (22), o Ibovespa fechou em queda, renovando mínimas da sessão na parte da tarde, após a coligação do presidente Jair Bolsonaro entrar com representação no TSE pedindo uma “verificação extraordinária” do resultado da eleição deste ano. A notícia adicionou mais barulho a um mercado já tenso com as perspectivas fiscais do país para o próximo ano e a ausência de definições sobre a equipe ministerial do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O índice Ibovespa teve queda de 0,65%, a 109.036,54 pontos. O volume financeiro somou R$ 28 bilhões.

Na quarta-feira (23), o Ibovespa fechou em queda, após mais uma sessão volátil em que chegou a trabalhar abaixo dos 108 mil pontos no pior momento, uma vez que segue confinado principalmente por incertezas sobre o rumo fiscal do país. O índice Ibovespa teve queda de 0,18%, a 108.841,15 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,7 bilhões.

Na quinta-feira (24), o Ibovespa fechou em alta, com todas as ações no azul, em sessão marcada por liquidez reduzida diante de feriado nos Estados Unidos e estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo. O índice Ibovespa teve alta de 2,93%, a 112.032,18 pontos. O volume financeiro somou R$ 16,7 bilhões.

Na sexta-feira (25), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em queda de 1,02%, a 110.689,62 pontos. O apetite a risco moderado no exterior, com a volta dos mercados de Nova York após o feriado de Ação de Graças na quinta-feira (24), e a alta das commodities são insuficientes para animar o Ibovespa na sexta-feira (25). Os investidores aguardam o resultado do encontro que acontecerá entre Lula e aliados, que tentarão destravar a PEC da Transição, além do almoço da Febraban. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 2,55%, aos 108.976,70 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,2 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (25), por volta das 12h00, o dólar registrava alta de 0,9%, cotado a R$ 5,3578 na venda. O dólar tinha alta frente ao real na sexta-feira (25), acompanhando recuperação da divisa norte-americana contra pares arriscados no exterior e temores domésticos sobre qual será o texto final da PEC da Transição e quem o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva indicará ao cargo de ministro da Fazenda.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (25) cotado a R$ 5,4105, em alta desde a abertura dos negócios, alinhado ao fortalecimento da moeda norte-americana no exterior, o dólar ultrapassou o teto de R$ 5,40 ao longo da tarde em meio à fala de Haddad em almoço da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no qual o petista compareceu como representante do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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28/11/2022