Cenário Econômico Internacional – 23/12/2022

Cenário Econômico Internacional – 23/12/2022

Cenário Econômico Internacional – 23/12/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Acordo histórico na Conferência da ONU sobre a biodiversidade no planeta

Os mais de 190 países reunidos na Conferência das Nações unidas sobre a Biodiversidade, que está a decorrer em Montreal, no Canadá, chegaram a um acordo para proteger 30% do planeta até 2030 e para desbloquear 30 mil milhões de dólares de ajuda anual à conservação da biodiversidade por países em desenvolvimento.

Apenas a República Democrática do Congo se opôs.

“Demos juntos um passo histórico em frente”, disse Steven Guilbeault, o Ministro do Ambiente do Canadá, o país anfitrião da cimeira.

A conferência, COP15, decorreu sob égide da China, que presidiu aos trabalhos e deu um contributo decisivo para que o mundo alcançasse este acordo.

O principal objetivo da Conferência era a adopção do quadro global de biodiversidade pós-2020.

O Projeto lançado em Julho de 2021, baseava-se nas lições aprendidas com o Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020 e as suas Metas de Biodiversidade, onde se reconhecia que era necessária uma ação política urgente a nível global, regional e nacional para transformar os modelos económicos, sociais e financeiros de modo a que as tendências que exacerbaram a perda de biodiversidade se estabilizem até 2030 e permitam a recuperação dos ecossistemas naturais, com melhorias líquidas até 2050.

O ministro chinês da Ecologia e Ambiente, Huang Runqiu, que presidiu à conferência, disse que a China não pouparia esforços para alcançar o acordo.

Pandemia e guerra adiam extinção da pobreza extrema, explica Banco Mundial

Desde 1990, o Banco Mundial acredita poder reunir informações estatísticas sobre o consumo das famílias em qualquer canto do planeta. E consegue, também por isso, saber se estão diminuindo ou aumentando a pobreza e a miséria.

Pois algo deu errado com os humanos depois da Covid e da Guerra da Ucrânia. A população vivendo na miséria saltou de 8,4% do total mundial, em 2019, para 9,3% em 2020. Um imenso grupo de 700 milhões de pessoas passou a engrossar o contingente da pobreza extrema. As informações estão em podcast da instituição e foram divulgadas em Washington, onde ela está sediada ao lado do irmão gêmeo FMI.

Os economistas que participaram do programa se basearam em relatório recém-publicado que é um grande raio-X dos estragos que a crise sanitária e a guerra provocaram no mercado de trabalho e, em consequência, no padrão de consumo das famílias.

Ruth Hill, especialista em renda, diz que em 1990 cerca de 38% dos habitantes da Terra viviam em condições de miséria. Pois esse número decresceu até 2019 para apenas 8%, em razão sobretudo do desenvolvimento econômico no Sudeste Asiático e no Pacífico, regiões que mais combateram com sucesso a existência de barreiras ao bem-estar material.

Dentro desse mesmo processo, entre 1990 e 2014, período para o qual estão fechadas comparações mais precisas, pouco mais de 1 bilhão de pessoas abandonou a miséria. Mais uma vez Sudeste Asiático e Pacífico foram as regiões que mais enriqueceram. O verbo não é bem esse, já que a população não ficou mais rica; em verdade, “desempobreceu”, e não é do Banco Mundial o neologismo.

Vieram então a pandemia e a Ucrânia, e o mundo ficou mais pobre, com a inflação desencadeada pelo aumento dos preços dos grãos e dos combustíveis fósseis.

Com isso foi preciso empurrar para a frente a data de 2030 para que a pobreza extrema seja declarada mundialmente extinta, meta que chegou a ser definida pela tecnocracia do Banco Mundial. Ou então que essa forma mais aguda permaneça residual, só em alguns bolsões.

Apesar desse quadro pessimista, os participantes da discussão, como o economista Paul Blake, afirmam que a longo prazo o que ocorreu foi a diminuição da velocidade com a qual caíam a miséria e a pobreza. Não há, felizmente, reversão dessa tendência. Em termos mundiais a pobreza não irá voltar a seus antigos e dramáticos patamares.

Demanda global por petróleo avança em outubro e atinge 99% do nível pré-pandemia

A demanda global por petróleo avançou, em outubro, contrariando a tendência sazonal, de acordo com novos dados da Iniciativa de Dados de Organizações Conjuntas (Jodi, na sigla em inglês).

A demanda global avançou em 75 mil barris por dia (bpd) em outubro, 1,7 milhão de bpd acima do nível de 1 ano atrás, puxada sobretudo por ganhos na China, nos Estados Unidos e na Índia.

Já a produção global de petróleo recuou 228 mil bpd em outubro, puxada por perdas em Rússia, Arábia Saudita e Estados Unidos.

Enquanto os mercados ficaram mais apertados em comparação com setembro, os estoques globais de petróleo e produtos refinados avançaram de modo contrário ao normal na temporada, para 37,9 milhões de barris. Os estoques globais seguem 406 milhões de barris abaixo da média dos últimos cinco anos.

A demanda global estava em 99% dos níveis pré-covid em outubro, enquanto a produção de petróleo estava em 96% dos níveis pré-pandêmicos.

Os dados mostraram que a produção russa de petróleo caiu 107 mil bpd, a 9,88 milhões de bpd, e recua 378 mil bpd em relação aos níveis anteriores à invasão da Ucrânia. Já a produção russa de gás aumentou um pouco pelo terceiro mês seguido, embora ainda mais de 22% abaixo dos níveis de março.

Países em desenvolvimento correm risco de crises de dívida com empréstimos externos chegando a US$ 62 bilhões

As economias em desenvolvimento enfrentam riscos crescentes relacionados à dívida, já que os pagamentos do serviço da dívida devem chegar a US$ 62 bilhões em 2022, mostrou um relatório recente do Banco Mundial.  

Isso ocorre quando a dívida externa total dos países de baixa e média renda atingiu US$ 9,2 trilhões até o final de 2021, de acordo com o Relatório da Dívida Internacional do Banco Mundial. 

A figura representa mais de 100 por cento do seu valor em comparação com uma década antes. 

O relatório do órgão financeiro global observou que os países mais pobres que são elegíveis para tomar empréstimos da Associação Internacional de Desenvolvimento do Banco Mundial agora gastam mais de um décimo de suas receitas de exportação para servir sua dívida externa pública de longo prazo e com garantia pública. 

Além disso, a dívida externa total dos países elegíveis para tomar empréstimos da AID aumentou cerca de 200% ao longo da década, atingindo US$ 1 trilhão.  

O Banco Mundial alertou que o aumento das taxas de juros e a desaceleração do crescimento global podem levar um grande número de países a crises de dívida. “Cerca de 60 por cento dos países mais pobres já estão em alto risco de sobreendividamento ou já estão em dificuldades”, acrescentou. 

O presidente do Banco Mundial, David Malpass, disse que o relatório mostrou um aumento dramático nas vulnerabilidades da dívida enfrentadas pelos países de baixa e média renda e pediu medidas urgentes para ajudar os países a alcançar níveis de dívida mais sustentáveis.   

“Precisamos de uma abordagem abrangente para o problema da dívida, incluindo redução da dívida, reestruturação mais rápida e maior transparência”, disse Malpass em comunicado no relatório International Debt Statistics 2022.  

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (19), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, com aversão a ativos de risco por parte de investidores sendo alimentada pela piora na confiança das construtoras americanas, que contribui para a perspectiva de recessão no país em 2023. O índice Dow Jones teve queda de 0,49%, a 32.757,54 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,90%, a 3.817,66 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,49%, a 10.546,03 pontos.

Na terça-feira (20), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, investidores se mostraram preocupados com a fraqueza do varejo neste final de ano e o aumento dos rendimentos dos títulos de dívida aumentou a pressão após decisão surpreendente de política monetária pelo Banco do Japão. O índice Dow Jones teve alta de 0,28%, a 32.849,74 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,10%, a 3.821,60 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,01%, a 10.547,11 pontos.

Na quarta-feira (21), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, com apoio de resultados trimestrais positivos de Nike e FedEx, bem como da divulgação de dados que mostraram melhora na confiança do consumidor e redução nas expectativas dos investidores para a inflação. O índice Dow Jones teve alta de 1,60%, a 33.376,48 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,49%, a 3.878,44 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,54%, a 10.709,37 pontos.

Na quinta-feira (22), as bolsas de valores de Nova York operavam em queda, depois que novos dados destacaram a força da economia dos Estados Unidos e agravaram as preocupações com o contínuo aperto da política monetária pelo Federal Reserve. Por volta das 13h35, o índice Dow Jones registrava queda de 1,36%, a 32.922,49 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 1,86%, a 3.806,14 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 2,67%, a 10.423,04 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 16.12.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (16) cotado a R$ 5,2941 com queda de 0,41%. Na contramão do exterior, em movimento que alguns investidores atribuíram a entraves na tramitação da PEC da Transição e da Lei das Estatais no Congresso.

Na segunda-feira (19) – O dólar à vista registrou alta de 0,28%, cotado a R$ 5,309 na venda. Após a decisão do ministro do STF Gilmar Mendes de conceder liminar que retira o Bolsa Família da regra do teto de gastos, com investidores tentando entender como a medida afeta a tramitação da PEC da Transição na Câmara dos Deputados. No exterior, ajudando a limitar as perdas do real, o dólar caía ligeiramente contra uma cesta de moedas fortes. O dólar oscilou entre R$ 5,3399 na máxima e R$ 5,2914 na mínima.

Na terça-feira (20) – O dólar à vista registrou queda de 1,93%, cotado a R$ 5,2066 na venda. Tirando uma alta limitada e pontual no início dos negócios, o dólar operou em baixa durante o dia. A possibilidade de enxugamento da PEC, que amplia o teto de gastos em R$ 145 bilhões, já havia circulado ontem e ganhou contornos mais concretos ao longo da sessão. O dólar oscilou entre R$ 5,3251 na máxima e R$ 5,1765 na mínima.

Na quarta-feira (21) – O dólar à vista registrou queda de 0,07%, cotado a R$ 5,203 na venda. Depois do forte desmonte de posições defensivas no mercado de câmbio futuro por estrangeiros e fundos locais ontem, investidores preferiram adotar uma postura mais cautelosa à espera do fim da tramitação da PEC da Transição. O dólar oscilou entre R$ 5,2203 na máxima e R$ 5,1601 na mínima.

Na quinta-feira (22) – Por volta das 13h35, o dólar operava em queda de 0,69% cotado a R$ 5,1673 na venda. O mercado local acompanha o vai e vem da moeda norte-americana ante pares rivais no exterior, onde predominam quedas leves em meio a expectativas pela publicação da leitura final do PIB dos Estados Unidos no terceiro trimestre.

Argentina: Banco Central decide manter taxa de juros após inflação de novembro

O Banco Central da República Argentina (BCRA) decidiu manter a taxa de juros no país, seguindo a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) local de novembro. Em comunicado, a autoridade monetária considera que a manutenção da taxa de referência contribuirá para consolidar a estabilidade financeira e cambial e reforçar a tendência de abrandamento gradual da inflação no médio prazo. Atualmente, a taxa básica de juros no país é de 75% ao ano.

O BCRA disse que seguirá observando a evolução do CPI, que marcou desaceleração em novembro, tanto no nível geral, 4,9%, quanto no núcleo da inflação, 4,8%. O Banco Central avalia que “ratifica sua política de normalização das taxas de juros”, com a meta de alcançar gradualmente uma taxa de juros real positiva que seja uma proteção eficaz para a poupança em pesos, além de um importante instrumento para a política anti-inflacionária, afirma.

O BCRA “mantém o compromisso de observar atentamente a evolução dos agregados monetários, bem como as intervenções destinadas a evitar uma volatilidade financeira excessiva que possa ter um impacto negativo na formação dos preços”, afirma.

Crise imobiliária deve continuar nos EUA, mas especialistas mostram otimismo

As taxas de hipoteca nos Estados Unidos caíram recentemente, mas ainda estão subindo dramaticamente em relação ao ano anterior, graças ao aumento dos rendimentos dos títulos de longo prazo, à medida que o Federal Reserve aumentou as taxas de juros.

Embora isso já tenha tido um impacto negativo no mercado imobiliário, obteremos mais detalhes esta semana sobre o quão pior o dano se tornou.

Uma longa lista de dados habitacionais está disponível. Na terça-feira (20), o US Census Bureau (agência de recenseamento dos EUA) reportará os números de início de moradias e licenças de construção para novembro, seguido pela divulgação na sexta-feira (23) dos dados de vendas de novas residências para o mesmo mês.

No meio disso, estarão os números de vendas de casas existentes em novembro da Associação Nacional de Corretores de Imóveis na quarta-feira (21), bem como dados semanais sobre taxas de hipoteca e aplicações na quinta-feira (22).

Nos últimos meses, as vendas de casas novas e existentes têm diminuído constantemente devido ao aumento das taxas e ao fato de os preços das casas permanecerem teimosamente altos para compradores iniciantes.

O início das habitações e as licenças de construção têm sido mais agitados mês a mês, mas esses números caíram em relação ao ano anterior.

Ainda assim, há alguns sinais promissores de que o pior pode passar em breve. As ações da Lennar, uma das maiores construtoras residenciais dos EUA, subiram após divulgar os lucros na semana passada.

A receita superou as previsões e a orientação da empresa para o número de residências que espera entregar no próximo ano também foi um pouco maior do que as estimativas dos analistas.

Os investidores da Lennar “podem estar olhando para 2023, talvez cruzando o vale da recessão para a recuperação potencial”, de acordo com Kenneth Leon, analista da CFRA Research.

Parlamentares dos EUA pedem acusações criminais contra Trump

Os legisladores que investigam o ataque do ano passado ao Capitólio dos Estados Unidos recomendaram na segunda-feira (19) que Donald Trump seja acusado de vários crimes, incluindo insurreição, aumentando as apostas em uma investigação criminal paralela que pode colocar o ex-presidente na prisão.

O comitê seleto da Câmara dos Representantes pediu a acusação – bem como acusações de obstrução de um processo oficial e conspiração para fraudar os Estados Unidos, após uma investigação de 18 meses sobre a invasão do Congresso em 6 de janeiro de 2021.

Pelo menos cinco pessoas morreram depois que uma multidão incitada pelas falsas alegações de Trump de uma eleição roubada e dirigida a marchar no Congresso pelo presidente derrotado saqueou a sede da democracia dos EUA em uma tentativa frustrada de impedir a transferência de poder para o presidente Joe Biden.

O comitê bipartidário votou unanimemente para encaminhar as acusações ao Departamento de Justiça após comentários de abertura da vice-presidente Liz Cheney, nos quais ela acusou Trump de “claro abandono do dever” ao não tentar imediatamente impedir o motim e o chamou de “inadequado para qualquer escritório.”

“Nenhum homem que se comportasse dessa maneira naquele momento poderá servir em qualquer posição de autoridade em nossa nação novamente”, disse ela.

As referências são vistas como amplamente simbólicas, já que o painel não tem controle sobre as decisões de cobrança, que cabem ao Departamento de Justiça.

As acusações podem resultar na proibição de cargos públicos para o republicano de 76 anos, que ainda detém um poder considerável no Partido Republicano, e até mesmo na prisão.

Dívida da Venezuela com o Brasil cresce e chega a US$ 1,2 bilhão em atraso

A dívida da Venezuela com o Brasil já chegou à casa do bilhão. De acordo com o Ministério da Economia, em 29 de novembro de 2022, os atrasos do país vizinho nos pagamentos de seus débitos com o Brasil somavam US$ 1,225 bilhão, o equivalente a R$ 6,3 bilhões, já contabilizados os juros moratórios.

A dívida da Venezuela é herança de acordos fechados entre a ditadura venezuelana e empresas brasileiras, durante os governos do PT, para a contratação de serviços de engenharia do Brasil, além de empréstimos para a compra de aeronaves, carnes e lácteos. As parcelas de pagamento se encerrariam em 2024, se estivessem sendo pagas. E, se a Venezuela continuar descumprindo suas obrigações, o montante da dívida subirá em US$ 214,5 milhões até lá.

O ministério das Relações Exteriores envia periodicamente ofícios de cobrança à diplomacia venezuelana, informando o valor devido. Mas quem tem recebido as comunicações é a embaixadora María Teresa Belandria, representante do governo de Juan Guaidó, reconhecido desde 2019 pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) como presidente legítimo da Venezuela. Sem acesso a recursos financeiros do país, que é comandado de fato pelo ditador Nicolás Maduro, o governo interino não tem condições de quitar os débitos.

Após gestão de Musk no Twitter, Wall Street rebaixa avaliação da Tesla

A administração do Twitter por Elon Musk, incluindo o bloqueio de vários perfis de jornalistas, “prejudicou gravemente” o sentimento do mercado em torno da Tesla e corre o risco de provocar uma reação de anunciantes e consumidores, alertou um analista de Wall Street.

A Oppenheimer & Co. rebaixou sua classificação da Tesla, onde Musk é o CEO, apenas por causa dos riscos apresentados pela propriedade e gerenciamento do Twitter pelo bilionário.

“Acreditamos que o Sr. Musk está cada vez mais isolado como administrador das finanças do Twitter com seu gerenciamento de usuários na plataforma. Vemos potencial para um ciclo de feedback negativo com a saída de anunciantes e usuários do Twitter”, escreveu Colin Rusch, analista da Oppenheimer, a clientes.

Um êxodo de anunciantes só vai corroer ainda mais as finanças do Twitter e forçar Musk a se desfazer de ainda mais ações da Tesla para cobrir o buraco de caixa, escreveu a empresa.

Oppenheimer citou especificamente a decisão do Twitter na semana passada de banir vários jornalistas, incluindo Donie O’Sullivan, da CNN, como um catalisador para o rebaixamento.

Chile inaugura primeira planta industrial do mundo para combustíveis verdes

Em Punta Arenas, na região de Magallanes, no extremo sul do Chile, a primeira planta industrial do mundo para combustíveis ecológicos foi inaugurada essa semana. A CNN Brasil foi o único veículo brasileiro a cobrir o lançamento do complexo industrial.

A Siemens Energy, junto com a startup chilena Highly Innovative Fuels (HIF) e várias outras empresas internacionais foram as responsáveis pelo projeto, que promete ser parte de uma verdadeira revolução tecnológica. A base de todo o processo é composta por dois elementos bem conhecidos e presentes na região: o vento e a água.

No evento, fechado para jornalistas e convidados, a confirmação: foi dada a largada para a produção dos primeiros litros dos chamados “e-fuels”, capazes de abastecer desde carros a navios e aviões, ao mesmo tempo em que reduzem as emissões de carbono. O projeto é chamado de “Haru Oni”, que significa ventos fortes na língua dos indígenas da região.

“É uma das gasolinas mais limpas do mundo entrando em operação. Absolutamente, é uma grande inovação sendo feita agora e não no futuro”, afirma André Clark, VP Sênior LATAM da Siemens Energy.

Na fase piloto, a produção do e-metanol atingiu 750 mil litros por ano. Mas as metas são bem mais ambiciosas: de 55 milhões de litros de e-gasoline por ano até 2025 e de 550 milhões de litros por ano até 2027. Isso é combustível suficiente para mais de um milhão de pessoas dirigirem seus carros por quase um ano.

Durante coletiva de imprensa, autoridades chilenas e alemãs, diretamente envolvidas no projeto, reforçaram a importância de políticas e projetos focados em um futuro mais sustentável contra as mudanças climáticas.

Confiança do consumidor dos EUA se recupera em dezembro

A confiança do consumidor norte-americano se recuperou em dezembro, com a inflação recuando e o mercado de trabalho permanecendo forte, mas os temores de uma recessão no próximo ano persistiram, mostrou uma pesquisa na quarta-feira (21).

O Conference Board disse que seu índice de confiança do consumidor aumentou para leitura de 108,3 este mês, de 101,4 em novembro. Economistas consultados pela Reuters previam queda para 101,0. A pesquisa dá mais ênfase ao mercado de trabalho, que segue apertado.

As expectativas de inflação em 12 meses dos consumidores caíram para 6,7%, menor nível desde setembro de 2021, de 7,1% no mês passado.

PIB dos EUA sobe 3,2% no terceiro trimestre, acima do esperado

O Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2022 dos Estados Unidos subiu 3,2%, de acordo com divulgação final de dados feita na quinta-feira (22). O resultado veio acima dos 2,9% previstos pelo mercado, conforme leitura anterior.

Também foi divulgada nesta manhã a inflação nos Estados Unidos, medida pelo núcleo de preços PCE, que subiu 4,70% no terceiro trimestre. O resultado veio acima da projeção de 4,60%, conforme a leitura anterior. O PCE é um dos principais indicadores que o Federal Reserve leva em consideração em suas decisões sobre as taxas de juros.

O índice cheio ficou em 4,3%, conforme a leitura anterior.

Por fim, completando a bateria de dados, os pedidos iniciais por seguro-desemprego da semana passada nos EUA vieram abaixo da previsão de 222 mil benefícios dos economistas do mercado e acima do número revisado da semana anterior, de 214 mil, segundo dados do Departamento de Trabalho. Foram 216 mil benefícios solicitados.

Já o número de solicitações contínuas veio abaixo da previsão de 1,683 milhão. O resultado de 1,672 milhão é também menor do que o número revisado da semana passada de 1,678 milhão.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (19), as bolsas europeias fecharam em alta, sustentadas pelo setor de energia, depois de fortes vendas generalizadas na semana passada provocadas por temores crescentes de uma recessão global, na esteira das promessas de novos aumentos de juros pelos principais Bancos Centrais. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,27%, a 425,87 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,32%, a 6.473,29 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,36%, a 13.942,87 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,28%, a 5.705,30 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,30%, a 8.136,80 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,40%, a 7.361,31 pontos.

Na terça-feira (20), as bolsas europeias fecharam mistas, em sessão marcada pela decisão de juros do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), que aumentou as preocupações sobre a perspectiva da economia global, dados da inflação ao produtor da Alemanha e com falas sobre perspectivas de juros para o Banco Central Europeu (BCE). O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,40%, a 424,18 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,35%, a 6.450,43 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,42%, a 13.884,66 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,57%, a 5.737,94 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,68%, a 8.191,90 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,13%, a 7.370,62 pontos.

Na quarta-feira (21), as bolsas europeias fecharam em alta, com os bancos ampliando os ganhos e os resultados positivos da Nike impulsionando o setor de varejo da região, enquanto a melhora das perspectivas econômicas para a zona do euro também elevou o ânimo. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,71%, a 431,44 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 2,01%, a 6.580,24 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,54%, a 14.097,82 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,48%, a 5.765,52 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,43%, a 8.302,30 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,72%, a 7.497,32 pontos.

Na quinta-feira (22), as bolsas europeias fecharam em queda, entre drivers locais, investidores acompanharam comentários do vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, que reforçaram a expectativa por mais juros na zona do euro. Além disso, saiu a última leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido no terceiro trimestre, que piorou em relação à prévia. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,03%, a 427,01 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,14%, a 6.504,94 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,41%, a 13.898,96 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,093%, a 5.760,17 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,42%, a 8.267,20 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,37%, a 7.469,28 pontos.

Banco Central russo mantém juros em 7,5% com aumento dos riscos de inflação

O Banco Central da Rússia manteve a taxa básica de juros em 7,5% em sua última reunião do ano, mas descartou os riscos da inflação à frente e disse que a mobilização militar do país está aumentando a escassez de mão de obra.

“O balanço de riscos de médio prazo continua inclinado para os riscos pró-inflação”, disse o banco em comunicado. “A escassez de mão de obra está aumentando em muitos setores em meio aos efeitos da mobilização parcial”.

A onda de cortes de juros pelo Banco Central terminou em setembro, após a reversão gradual de um aumento emergencial da taxa para 20% no final de fevereiro, após a decisão da Rússia de enviar dezenas de milhares de soldados à Ucrânia e a imposição de amplas sanções ocidentais em resposta.

O Banco da Rússia fez seis cortes nos juros desde fevereiro, mas agora manteve-os em 7,5% em suas duas últimas reuniões. Em outubro, alertou que a mobilização militar parcial, ordenada pelo presidente Vladimir Putin em setembro, poderia alimentar a inflação no longo prazo devido ao encolhimento da força de trabalho.

A manutenção da taxa estava em linha com a previsão de analistas consultados pela Reuters nesta semana.

A inflação, que o Banco Central almeja em 4%, estava em 12,65% em 12 de dezembro, de acordo com o Ministério da Economia. A previsão de inflação de final de ano do Banco Central é entre 12% e 13%.

BCE proíbe autoridades de especulação financeira após reação negativa e escândalos do Fed

O Banco Central Europeu proibiu suas principais autoridades de selecionar ações e títulos individuais ou realizar negócios de curto prazo, após uma série de escândalos no Federal Reserve e reações negativas na Europa.

Os definidores de juros e supervisores bancários do BCE não poderão mais investir em ações ou títulos individuais, mas apenas em fundos “amplamente diversificados” e terão que manter esses investimentos por pelo menos um ano, a partir de um mês antes.

A Reuters foi a primeira a informar no ano passado que 13 dos 25 membros do Conselho de Administração do BCE selecionaram seus próprios fundos, ações e títulos, em alguns casos, incluindo dívida do governo que o BCE está acumulando sob seus programas de estímulo ou ações de empresas cuja dívida o Banco Central compra.

Como o BCE tem o poder de influenciar os mercados financeiros, como fez na quinta-feira (15) ao sinalizar sua intenção de elevar os juros mais do que o esperado, isso desencadeou uma reação de parlamentares, acadêmicos e ativistas pró-transparência.

Algumas de suas sugestões foram incorporadas pelo BCE em seu novo Código de Conduta, que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2023.

Entre outras mudanças, autoridades do BCE precisarão notificar o Comitê de Ética do BCE 30 dias antes de fazer qualquer transação de valor superior a 50.000 euros.

Os responsáveis do BCE sujeitos às novas regras terão também de divulgar todos os investimentos realizados no último ano civil, sendo a informação publicada anualmente no site do banco.

Seus cônjuges e filhos menores de idade também deverão relatar qualquer transação de valor superior a 10.000 euros ao BCE, mas essas informações não serão levadas a público.

O Fed foi abalado por uma série de controvérsias ao longo do ano passado, que resultaram na renúncia antecipada de três autoridades, incluindo o então vice-chair, Richard Clarida.

Confiança empresarial alemã sobe mais do que o esperado em dezembro, diz Ifo

A confiança empresarial alemã subiu mais do que o esperado em dezembro, conforme a maior economia da Europa se aproxima do final do ano com perspectivas melhores apesar da crise energética e da inflação alta, informou uma pesquisa na segunda-feira (19).

O instituto Ifo disse que seu índice do clima de negócios subiu para 88,6, de uma leitura revisada de 86,4 em novembro.

Pesquisa da Reuters com analistas apontava para uma leitura de 87,4 de dezembro.

O indicador que mede como as empresas avaliam sua situação atual também registrou aumento maior do que o esperado em dezembro, para 94,4, de uma leitura revisada de 93,2 em novembro. O resultado interrompe seis quedas seguidas e ficou acima da expectativa de 93,5.

As empresas alemãs estão entrando na temporada de final de ano com um senso de esperança, disse o presidente do Ifo, Clemens Fuest.

Nas últimas semanas, surgiram sinais de que a economia alemã poderia evitar o pior de uma crise econômica desencadeada por um recuo no fornecimento de energia da Rússia após a invasão da Ucrânia.

Espanha testará redução da jornada de trabalho para ajudar a aumentar a produtividade das empresas

A Espanha lançou um projeto-piloto para ajudar pequenas e médias empresas industriais a reduzir a jornada de trabalho em pelo menos meio dia sem prejudicar os salários, na tentativa de aumentar a produtividade.

As empresas que solicitam a ajuda devem criar maneiras de aumentar a produtividade que compensem os custos salariais excedentes, disse o Ministério da Indústria em comunicado à imprensa descrevendo o plano de 10 milhões de euros.

Essas melhorias devem ser implementadas em até um ano, enquanto a empresa deve manter o programa por pelo menos dois anos.

O debate sobre o chamado “modelo escandinavo”, que sustenta que a produtividade aumentará se as horas de trabalho forem reduzidas, não é novo, mas ganhou força durante a crise de Covid-19 entre empresas, setor público e políticos.

No primeiro ano do projeto, o governo financiará parcialmente os custos salariais das empresas que reduzirem o horário de trabalho e também ajudará a financiar a formação e o custo de medidas para melhorar a produtividade.

Apenas trabalhadores com contrato sem termo podem fazer parte do programa, e as mulheres devem ser representadas de acordo com sua participação no quadro de funcionários da empresa.

Pelo menos 30% da força de trabalho deve reduzir a jornada de trabalho se a empresa tiver até 20 trabalhadores, enquanto se a empresa tiver entre 21 e 249 funcionários, pelo menos 25% dos trabalhadores devem fazer parte do plano.

União Europeia define teto para preço do gás natural de 180 euros por megawatt-hora

Os Estados membros da União Europeia (UE) chegaram a um acordo por um teto ao preço do gás no bloco, no valor de 180 euros por megawatt-hora (MWh).

O “mecanismo temporário”, como definiu a UE, entra em vigor a partir de 15 de fevereiro de 2023 e será monitorado pela Agência de Cooperação dos Reguladores de Energia (Acer, na sigla em inglês).

O teto será ativado toda vez que o contrato futuro do mês seguinte do Instrumento de Transferência de Título (TTF, em inglês) exceder 180 euros/MWh por três dias úteis ou quando o preço do GNL futuro atingir 35 euros/MWh acima da referência do mercado global pelo mesmo período.

Com o mecanismo ativo, transações futuras de gás natural dentro do preço dinâmico de leilão, referência para os mercados globais do produto, não devem ter permissão para acontecer, segundo a UE.

Uma vez ativado, o teto terá duração mínima de 20 dias úteis e só será retirado quando o preço dinâmico de leilão estiver abaixo de 180 euros/MWh por três dias úteis consecutivos.

De acordo com a Comissão, ele também pode ser desativado a qualquer momento caso exista uma emergência na cadeia de suprimentos regional do bloco, com estoques insuficientes para atender a demanda.

A Acer será responsável pelo monitoramento e notificação em casos de ativação ou desativação do teto de preços ao gás natural.

Sentimento do consumidor alemão mantém a trajetória de alta, diz GfK

O sentimento do consumidor alemão deve ampliar sua recuperação no início do ano, mostrou pesquisa do instituto GfK na quarta-feira (21), uma vez que as medidas do governo para aliviar o aumento dos preços da energia parecem estar tendo efeito.

O instituto disse que seu índice de sentimento do consumidor subiu a -37,8 para janeiro, de -40,1 em dezembro e acima da expectativa de analistas em pesquisa da Reuters de -38,0.

“Com o terceiro aumento consecutivo, o sentimento do consumidor está lentamente saindo das mínimas. A luz ao final do túnel está ficando um pouco mais brilhante”, disse o especialista em consumo do GfK Rolf Buerkl.

Entretanto, apesar da leve melhora, a confiança do consumidor ainda está em um ponto baixo. Outubro registrou a leitura mais baixa em mais de uma década, de -42,8.

Uma leitura negativa sugere queda no consumo privado em uma base anual.

Buerkl disse que a recuperação ainda está instável e pode ser abalada, por exemplo, por um salto significativo nos preços da energia caso a situação geopolítica se deteriorar.

“A luz no final do túnel se tornaria mais escura novamente com muita rapidez, ou até mesmo se apagaria completamente”, disse ele.

Zelensky se encontrará com Biden e se dirigirá ao Congresso em Washington

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky estava indo para Washington na quarta-feira (21) para uma cúpula com o presidente Joe Biden e um discurso para uma sessão conjunta do Congresso em sua primeira viagem conhecida fora do país desde que a invasão da Rússia começou em fevereiro.

A viagem altamente sensível está ocorrendo após 10 meses de uma guerra brutal que viu dezenas de milhares de mortos e feridos em ambos os lados do conflito, juntamente com a devastação de civis ucranianos. Também ocorre quando os legisladores dos EUA devem votar um pacote de gastos de fim de ano que inclui cerca de US$ 45 bilhões em assistência de emergência à Ucrânia e enquanto o Pentágono se prepara para enviar mísseis terra-ar Patriot ao país para se defender.

Zelensky partiu para o exterior depois de fazer uma viagem ousada e perigosa na terça-feira (20) para o que chamou de o ponto mais quente na linha de frente de 1.300 quilômetros (800 milhas) do conflito, a cidade de Bakhmut, na disputada província de Donetsk, na Ucrânia. Ele elogiou as tropas ucranianas por sua “coragem, resiliência e força” enquanto a artilharia explodia ao fundo.

Em um comunicado, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse que Biden espera a visita e que o discurso ao Congresso demonstrará “o forte apoio bipartidário à Ucrânia”.

“A visita enfatizará o firme compromisso dos Estados Unidos em apoiar a Ucrânia pelo tempo que for necessário, inclusive por meio da prestação de assistência econômica, humanitária e militar”, disse ela.

Autoridades americanas e ucranianas deixaram claro que não vislumbram uma resolução iminente para a guerra e estão se preparando para que os combates continuem por algum tempo. Biden repetiu que, embora os EUA armarão e treinem a Ucrânia, as forças americanas não estarão diretamente envolvidas no conflito.

Biden e Zelensky discutiram pela primeira vez a ideia de uma visita a Washington durante seu telefonema mais recente, em 11 de dezembro, e um convite formal ocorreu três dias depois, disse um alto funcionário do governo dos EUA, informando repórteres sob condição de anonimato por causa do assunto delicado. natureza da visita. Zelensky aceitou o convite e foi confirmado no domingo (18), quando a Casa Branca começou a coordenar com a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, para organizar o discurso no Congresso.

Economia do Reino Unido contrai mais no 3º trimestre do que estimado antes

A economia britânica contraiu no terceiro trimestre mais do que o calculado antes, deixando-a em último lugar entre o Grupo das Sete principais nações avançadas, antes do que ser um 2023 fraco.

Dados mostraram na quinta-feira (22) que a produção econômica caiu 0,3% na comparação com o trimestre anterior, em comparação com uma estimativa anterior de queda de 0,2%, disse a Agência de Estatísticas Nacionais.

A agência disse que os dados colocaram o Reino Unido no último lugar entre o G7 em termos de crescimento trimestral, embora as leituras tenham sido pressionadas para baixo pelo feriado bancário para o funeral da rainha Elizabeth.

O investimento empresarial caiu 2,5% em termos trimestrais, em comparação com uma primeira estimativa anterior de queda de 0,5%.

“Olhando para o futuro, o Reino Unido provavelmente continuará a ter um desempenho mais fraco. Prevemos que o Reino Unido sofra a recessão mais profunda entre as principais economias avançadas em 2023, devido à severidade dos obstáculos causados tanto pela política monetária quanto pela fiscal”, disse a economista Gabriella Dickens, da Macroeconomia Pantheon.

A agência disse que a produção econômica britânica no terceiro trimestre estava 0,8% abaixo do nível do final de 2019, em comparação com uma estimativa anterior de 0,4% abaixo e em contraste com outros países do G7 que se recuperaram.

Enquanto o setor de serviços expandiu 0,1% no trimestre, quedas na indústria e construção arrastaram o número para baixo.

A grande maioria dos economistas entrevistados pela Reuters prevê que a economia vai contrair novamente no trimestre atual, normalmente considerado como recessão.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (19), as bolsas asiáticas fecharam em queda, em meio a temores de recessão global diante do aperto monetário promovido por grandes Bancos Centrais do Ocidente e preocupações renovadas com a situação da covid-19 na China. O índice Xangai teve queda de 1,92%, a 3.107,12 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,05%, a 27.237,64 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,50%, a 19.352,81 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,54%, a 3.893,22 pontos.

Na terça-feira (20), as bolsas asiáticas fecharam em queda, em meio a persistentes temores sobre a perspectiva da economia global, após o Banco do Japão (BoJ) fazer um inesperado ajuste em sua política monetária e o Banco Mundial cortar projeções de crescimento para a China. O índice Xangai teve queda de 1,07%, a 3.073,77 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 2,46%, a 26.568,03 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,33%, a 19.094,80 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,65%, a 3.829,02 pontos.

Na quarta-feira (21), as bolsas asiáticas fecharam mistas, com algumas delas se recuperando de perdas recentes após Wall Street encerrar os negócios de terça-feira (20) com ganhos modestos. O dia também foi de perdas em meio a preocupações com a reversão desordenada da política de “Covid zero” de Pequim. O índice Xangai teve queda de 0,17%, a 3.068,41 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,68%, a 26.387,72 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,34%, a 19.160,59 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,040%, a 3.830,54 pontos.

Na quinta-feira (22), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, impulsionadas pelos avanços de mais de 1% em Nova York na véspera. Ações de empresas de tecnologia lideraram os ganhos e puxaram principalmente ações em Hong Kong, cujo índice de referência liderou os ganhos. O índice Xangai teve queda de 0,46%, a 3.054,43 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,46%, a 26.507,87 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 2,71%, a 19.679,22 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,14%, a 3.836,03 pontos.

Confiança empresarial na China cai a menor nível em quase uma década pela Covid

A confiança empresarial da China caiu para o nível mais baixo desde janeiro de 2013, mostrou pesquisa da World Economics na segunda-feira (19), refletindo o impacto do surgimento de casos de Covid19 na atividade econômica com o levantamento abrupto de muitas medidas de controle da pandemia.

O índice caiu para 48,1 em dezembro de 51,8 em novembro, mostrando a pesquisa da World Economics com gerentes de vendas de mais de 2.300 empresas, realizada entre 1 e 16 de dezembro. O índice foi o mais baixo desde que a pesquisa começou em 2013.

Os resultados da pesquisa estão entre os primeiros indicadores de como o sentimento empresarial foi afetado na segunda maior economia do mundo, após o forte relaxamento das rigorosas medidas de contenção da Covid em 7 de dezembro ter desencadeado uma onda ainda crescente de casos de Covid em toda a China.

“A pesquisa sugere fortemente que a taxa de crescimento da economia chinesa diminuiu drasticamente, e pode estar caminhando para a recessão em 2023”, disse a World Economics.

O PIB da China deve crescer apenas 3% este ano, seu pior desempenho em quase meio século.

A pesquisa mostrou que a atividade empresarial caiu com força em dezembro, com os índices dos gerentes de vendas nos setores de industrial e de serviços abaixo do nível 50, que separa crescimento de contração.

Japão vai avaliar revisão de mandato de combate à deflação, dizem fontes

O Japão vai avaliar no próximo ano uma revisão de seu plano de décadas para combater a deflação, disseram fontes, no momento em que os mercados financeiros apostam que um iene fraco e o aumento dos preços ao consumidor forçarão o Banco Central a finalmente abandonar sua política monetária ultrafrouxa.

O governo pode iniciar a revisão depois que um novo presidente do Banco do Japão for nomeado em abril, disseram as fontes, um movimento que pode aumentar a chance de um ajuste na política monetária do atual presidente, Haruhiko Kuroda.

Sob forte pressão do então primeiro-ministro Shinzo Abe para tomar medidas mais ousadas para vencer a deflação, o Banco Central assinou uma declaração conjunta com o governo em 2013 e se comprometeu a atingir sua meta de 2% de inflação “o mais cedo possível”.

O compromisso serviu de base para o estímulo monetário radical de Kuroda e como justificativa para manter as taxas de juros do Japão ultrabaixas, mesmo quando outros Bancos Centrais apertavam a política monetária para combater a inflação alta.

Algumas autoridades do governo do premiê Fumio Kishida estão interessadas em rever a declaração que se concentra em passos para vencer a deflação – um objetivo que ficou fora de sincronia com os recentes aumentos da inflação, disseram.

“Dado que teremos um novo presidente do Banco do Japão, provavelmente haverá um novo comunicado”, disse uma das autoridades do governo. “Mas ainda não há uma decisão sobre como seria uma”, disse a fonte. Uma segunda autoridade repetiu essa opinião.

A agência de notícias Kyodo informou no sábado que o governo vai revisar a declaração conjunta para fazer da meta de inflação do Banco Central um objetivo mais flexível, com alguma margem de manobra.

Quando perguntado sobre a notícia da Kyodo, o secretário-chefe de gabinete, Hirokazu Matsuno, disse a repórteres nesta segunda-feira que não havia nenhuma verdade na afirmação de que o governo está disposto a rever a declaração.

Primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, passa por voto de confiança

O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, passou por um voto de confiança, consolidando sua liderança depois que uma eleição geral no mês passado não produziu um vencedor claro.

Anwar, cuja coalizão liderou a eleição de 19 de novembro com 82 assentos, posteriormente formou um governo de unidade com vários partidos rivais menores. Mas a aliança de oposição centrada na Malásia do ex-primeiro-ministro Muhyiddin Yassin, que tem 74 assentos parlamentares, questionou sua legitimidade.

A votação, convocada pelo governo de Anwar no início de uma sessão parlamentar especial de dois dias, foi uma demonstração de força destinada a remover dúvidas sobre sua autoridade para governar e a estabilidade de seu governo. Líderes de partidos em seu governo concordaram na sexta-feira com um pacto de cooperação para um mandato de cinco anos, dando a ele o apoio de 148 legisladores, uma maioria de dois terços que nenhum líder teve desde 2008.

A moção foi aprovada por votação simples. depois de um debate pelos legisladores.

A oposição criticou anteriormente uma cláusula do pacto de cooperação do governo que colocava os legisladores em risco de perder seus assentos se não seguissem a linha, chamando-a de inconstitucional e opressiva. Os legisladores do governo defenderam a medida como necessária para garantir que o governo não seja prejudicado pela ação de legisladores individuais. A Malásia tem sido abalada pela instabilidade política desde as eleições de 2018 com uma série de três primeiros-ministros antes de Anwar assumir devido a disputas internas e deserções partidárias.

Banco Central do Japão choca mercados com mudança inesperada na política de curva de juros

O Banco Central do Japão chocou os mercados na terça-feira (20) com um ajuste inesperado em seu controle de rendimento de títulos ao permitir que as taxas de juros de longo prazo aumentem mais, movimento que busca aliviar alguns dos custos do estímulo monetário prolongado.

Investidores esperavam que o Banco do Japão não fizesse nenhuma alteração em seu controle da curva de juros até que o presidente da autoridade monetária, Haruhiko Kuroda, deixe o cargo em abril.

Ao explicar que essa é uma tentativa de dar vida ao mercado de títulos, o Banco do Japão decidiu permitir que o rendimento dos títulos de 10 anos se movam com uma banda de 0,50 ponto percentual tanto para cima quanto para baixo em relação à meta de 0%, contra faixa anterior de 0,25 ponto.

Mas o Banco Central manteve sua meta de rendimento e disse que aumentará acentuadamente a compra de títulos, um sinal de que a mudança foi um ajuste fino da política monetária ultrafrouxa atual, em vez da retirada de estímulo.

Kuroda afirmou que a mudança busca eliminar distorções na forma da curva de juros e garantir que os benefícios do programa de estímulo do banco sejam direcionados aos mercados e empresas.

“O passo de hoje tem como objetivo melhorar as funções do mercado, ajudando assim a aumentar o efeito de nossa flexibilização monetária. Portanto, não é um aumento da taxa de juros”, disse Kuroda em uma conferência de imprensa.

“Esta mudança aumentará a sustentabilidade de nosso arcabouço de política monetária. Não é absolutamente uma revisão que levará ao abandono do controle da curva ou a uma saída da política monetária frouxa.”

Como amplamente esperado, o Banco Central japonês deixou inalteradas suas metas de controle da curva de rendimentos, fixadas em -0,1% para as taxas de juros de curto prazo e em torno de zero para o rendimento dos títulos a 10 anos, ao encerrar sua reunião de política monetária na terça-feira (20).

O Banco do Japão também disse que aumentará as compras mensais de títulos do governo japonês para 9 trilhões de ienes (67,5 bilhões de dólares) por mês, em relação aos 7,3 trilhões de ienes anteriores.

China mantém taxas de empréstimo de referência pelo 4º mês consecutivo

A China deixou inalteradas as taxas de juros de referência na terça-feira (20) pelo quarto mês consecutivo, em linha com as previsões da maioria dos observadores do mercado que, no entanto, esperam mais afrouxamento monetário para sustentar a economia.

A taxa primária de empréstimo de um ano (LPR) permaneceu em 3,65%, enquanto a LPR de cinco anos foi mantida em 4,30%.

O Banco do Povo da China (PBOC) aumentou na semana passada as injeções de dinheiro no sistema bancário e disse que manteria sua taxa de empréstimo de médio prazo (MLF) de um ano pelo quarto mês. Os observadores do mercado consideram os anúncios da MLF como guias para quaisquer mudanças na LPR.

Em uma pesquisa subsequente da Reuters, 17 dos 27 observadores do mercado não previram nenhuma mudança em nenhuma das duas LPR, mas disseram que medidas de afrouxamento já deveriam estar em andamento depois que líderes prometeram na semana passada se concentrar na estabilização da economia e intensificar o ajuste de políticas para garantir que as metas sejam atingidas.

“O Banco Central provavelmente guiará as LPRs para baixo nos próximos meses, especialmente a LPR de cinco anos, para apoiar o setor imobiliário e empréstimos empresariais de longo prazo”, disseram economistas do Commerzbank em nota.

Japão alerta para situação da Covid na China e corta estimativa para produção industrial

O Japão prestará atenção à situação da Covid-19 na China, além ficar atento aos riscos de uma desaceleração econômica global, aumentos de preços e restrições de abastecimento, de acordo com seu relatório mensal de dezembro.

O relatório econômico do Escritório do Gabinete foi divulgado no momento em que o Japão, a terceira maior economia do mundo, se depara com um crescimento global lento e altos custos de importação que pesaram sobre suas exportações e atividades industrial.

O governo cortou sua visão sobre a produção industrial pela primeira vez em seis meses, uma vez que a demanda global por semicondutores está em pausa, mas manteve sua avaliação sobre a economia geral, dizendo que ela está “melhorando moderadamente”.

“Se a situação de infecção da China impactar as cadeias de fornecimento ou o comércio, também poderá ter impacto na economia do Japão, como vimos neste ano”, disse um funcionário do Escritório do Gabinete.

Enquanto isso, Tóquio melhorou sua visão sobre o sentimento empresarial pela primeira vez em um ano para dizer que está mostrando sinais de recuperação. Anteriormente, o governo disse que a recuperação do sentimento empresarial estava em pausa.

Coreia do Sul e EUA consideram exercícios com fogo real em meio a ameaças da Coreia do Norte

A Coreia do Sul e os Estados Unidos estão considerando realizar sua primeira demonstração conjunta de fogo real em grande escala em seis anos em 2023 em meio às crescentes ameaças militares da Coreia do Norte, disse o Ministério da Defesa de Seul na quinta-feira (22).

Os exercícios foram divulgados enquanto a Coreia do Sul e os Estados Unidos discutem os preparativos para o 70º aniversário de sua aliança no próximo ano, disse o porta-voz do ministério Jeon Ha-gyu.

“Para marcar essa ocasião, estamos explorando várias maneiras de mostrar a presença de nossos militares e as capacidades de dissuasão esmagadoras da aliança contra a Coreia do Norte”, disse Jeon em um briefing regular.

“Uma demonstração combinada de tiro ao vivo pode ser uma das opções.”

A manifestação seria outra demonstração conjunta de força a ser retomada após um hiato de anos sob o novo presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol, que prometeu reforçar as capacidades militares e a prontidão para deter o desenvolvimento de armas da Coreia do Norte.

Na terça-feira (20), os Estados Unidos voaram com seus caças furtivos F-22 Raptor para exercícios conjuntos com a Coreia do Sul pela primeira vez desde 2018, horas depois que a Coreia do Norte criticou os dois países e prometeu mais testes de mísseis.

Em setembro, os aliados realizaram seus primeiros exercícios com um porta-aviões dos EUA desde 2018.

Tais exercícios foram interrompidos pelo antecessor de Yoon, Moon Jae-in, que havia priorizado o engajamento com o Norte, que os denunciou como um ensaio para a invasão. A Coreia do Norte testou um número sem precedentes de mísseis este ano, incluindo mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) projetados para atingir o continente americano. Também concluiu os preparativos para o que seria seu primeiro teste nuclear desde 2017, disseram autoridades de Seul e Washington.

Novo acordo do Egito com o FMI visa reduzir a dívida do governo

O novo pacote de apoio financeiro de US$ 3 bilhões do Fundo Monetário Internacional para o Egito visa reduzir a dívida do governo para menos de 80% do produto interno bruto no médio prazo, informou a Reuters citando um relatório do gabinete divulgado no sábado (17).

O FMI não exigiu que o governo egípcio cortasse gastos com subsídios, disse o relatório, acrescentando que o novo programa visa fortalecer a rede de proteção social para os cidadãos.

Esta aprovação demonstra confiança na capacidade do país de cumprir suas obrigações internacionais e alcançar o crescimento econômico almejado, afirmou o Serviço de Informações Estatais do Egito, segundo o governo, em comunicado divulgado pelo centro de mídia do Gabinete.

As declarações do governo vieram depois que o conselho executivo do FMI aprovou na sexta-feira (16) um pacote de apoio financeiro de US$ 3 bilhões por 46 meses para o país mais populoso do mundo árabe, dizendo que catalisaria financiamento adicional de cerca de US$ 14 bilhões.

O Egito negociou seu último empréstimo com o FMI quando as consequências econômicas da guerra na Ucrânia exacerbaram a escassez de moeda estrangeira resultante do grande déficit comercial do Egito.

Em um documento de referência sobre o Egito, o FMI disse que o novo programa financiaria parte da lacuna de financiamento em moeda estrangeira do país e que o Cairo garantiu US$ 5 bilhões em novos financiamentos para o ano fiscal que termina em junho de 2023.

Desse total, US$ 2 bilhões viriam da venda de participações em empresas do setor privado e US$ 3 bilhões de apoio multilateral, separado da rolagem de depósitos de países do Golfo no Banco Central do Egito.

Prêmio total do setor de seguros saudita no terceiro trimestre aumenta mais de 31%, para US$ 3,46 bilhões

O setor de seguros da Arábia Saudita registrou um aumento de 31,9% em seus prêmios totais brutos emitidos para SR13 bilhões (US$ 3,46 bilhões) no terceiro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com um relatório recente divulgado pelo Banco Central Saudita, também conhecido como SAMA.

Os prêmios brutos emitidos são os prêmios totais que uma seguradora subscreve durante um período específico antes das deduções de despesas como cessões e comissões, e seu aumento significa um desenvolvimento geral do setor.

O Relatório Trimestral do Setor de Seguros da SAMA revelou que o GWP do setor de saúde, que representa 58,2% do GWP geral do Reino, aumentou 26,5% no terceiro trimestre, atingindo SR7,6 bilhões em comparação com o período correspondente de 2021.

Jarmo Kotilaine, economista e estrategista com foco na região do Golfo, disse ao Arab News que o aumento no GWP geral do Reino não está necessariamente ligado ao desempenho financeiro de empresas individuais.

“Obviamente, as empresas se beneficiaram do ambiente econômico mais benigno e da redução dos riscos pós-Covid. Mas o setor é diversificado e ainda bastante fragmentado. O desempenho de cada empresa varia. Isso é parte do motivo pelo qual a SAMA vem pressionando pela consolidação há muito tempo”, disse Kotilaine.  

De acordo com Mohamed Ramady, economista londrino e ex-professor da Universidade de Petróleo e Minerais King Fahd, o setor de seguros saudita virou a esquina após a desaceleração da pandemia de Covid.

“O aumento nos prêmios brutos subscritos no terceiro trimestre de 2022 indica que os setores privado e governamental estão agora mais encorajados a assumir novos negócios e garantir riscos, e os indivíduos também estão aumentando seus esquemas de seguro de saúde pessoal, com mais empresas assegurando funcionários de acordo com o governo regulamentos para fazê-lo”.

PIB dos Emirados Árabes Unidos deve crescer 7,6% em 2022

O Banco Central dos Emirados Árabes Unidos espera um crescimento real do produto interno bruto de 7,6% este ano, uma revisão para cima de mais de um ponto percentual, enquanto reduz as expectativas de crescimento no próximo ano, informou a agência de notícias estatal WAM.

Esperava-se que o PIB real crescesse 3,9% em 2023, revisado para baixo em relação à estimativa anterior. O ministro da economia dos Emirados Árabes Unidos disse no início deste mês que o PIB deve crescer 6,5% este ano e mais de 7% no ano que vem.

Tunísia prende ex-primeiro-ministro Ali Laarayedh

O juiz antiterrorismo da Tunísia decidiu prender Ali Laarayedh, ex-primeiro-ministro e alto funcionário do partido de oposição islâmico Ennahda, após horas de investigação sobre suspeitas de envio de jihadistas à Síria, disseram advogados.

“O juiz investigativo emitiu uma decisão de prisão contra o ex-primeiro-ministro Ali Laarayedh no que é conhecido como arquivo de jihadistas de deportação”, disse a advogada Ines Harrath.

“Isso é verdade”, disse Mokthat Jmayi, outro advogado de Laarayedh, à Reuters, sem dar mais detalhes.

O Ennahda negou em um comunicado as acusações de terrorismo, chamando-o de ataque político a um inimigo do presidente Kais Saied para esconder “o fracasso catastrófico das eleições”.

Apenas 11,2% dos eleitores da Tunísia votaram nas eleições parlamentares de sábado, disse Farouk Bouasker, chefe da comissão eleitoral, depois que a maioria dos partidos políticos boicotou a votação como uma farsa para reforçar o poder do presidente Kais Saied.

Depois que os números do comparecimento foram anunciados, os principais partidos, entre eles a Frente de Salvação, que inclui o Ennahda e seu arquirrival, o Partido Constitucional Livre, disseram que Saied não tinha legitimidade e deveria renunciar, convocando protestos em massa.

Primeiro-ministro de Israel Netanyahu diz ter fechado acordo para formar novo governo

O primeiro-ministro de Israel há mais tempo no cargo, Benjamin Netanyahu, disse que conseguiu um acordo para formar um novo governo após semanas de negociações inesperadamente duras com parceiros religiosos e de coalizão de extrema-direita.

“Consegui (formar um governo)”, disse Netanyahu no Twitter, minutos antes do prazo de meia-noite estabelecido pelo presidente Isaac Herzog. Um porta-voz de Herzog confirmou que a declaração de Netanyahu foi recebida.

O conservador Likud, de Netanyahu, e partidos nacionalistas religiosos próximos às comunidades de colonos ultraortodoxos e da Cisjordânia obtiveram uma maioria confortável na eleição de 1º de novembro, prometendo a ele 64 das 120 cadeiras do parlamento.

Mas o acordo para formar um governo foi prejudicado por disputas sobre um pacote de legislação proposta em questões que vão desde a autoridade de planejamento na Cisjordânia até o controle ministerial sobre a polícia.

O novo governo, que Netanyahu agora deve apresentar dentro de uma semana, assumirá o cargo após um ano que registrou os piores níveis de violência na Cisjordânia em mais de uma década, com mais de 150 palestinos e mais de 20 israelenses mortos.

Um governo estável seria a saída de um período turbulento em que os israelenses foram às urnas cinco vezes em menos de quatro anos. Mas as semanas de disputas deixaram claro que a coalizão ainda pode enfrentar tensões internas significativas.

Sua composição, bem como propostas que dariam ao parlamento maiores poderes para anular decisões judiciais, também causaram alarme em Israel e no exterior. Os críticos veem uma ameaça à independência do sistema de justiça.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
23/12/2022