Cenário Econômico Internacional – 20/01/2023

Cenário Econômico Internacional – 20/01/2023

Cenário Econômico Internacional – 20/01/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Chefe do FMI espera manter previsão de crescimento global para 2023 estável em 2,7%

O Fundo Monetário Internacional não deve reduzir sua previsão de crescimento global de 2,7% em 2023, disse a chefe do credor global, observando que um temido aumento no preço do petróleo não se materializou e os mercados de trabalho permaneceram fortes.

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse que 2023 será outro “ano difícil” para a economia global, e a inflação permanece teimosa, mas ela não espera outro ano de rebaixamentos sucessivos como os vistos no ano passado, exceto por desdobramentos inesperados.

O FMI previu em outubro que o crescimento global desacelerará para 2,7% em 2023, depois de cair de 6,0% em 2021 para 3,2% em 2022. Anteriormente, o fundo havia previsto um crescimento de 2,9% para 2023, mas Georgieva disse que não espera mais cortes no prognóstico.

“O crescimento continua desacelerando em 2023”, disse ela a repórteres na sede do FMI em Washington. “A parte mais positiva do cenário está na resiliência dos mercados de trabalho. Enquanto as pessoas estiverem empregadas, mesmo que os preços sejam altos, as pessoas gastam… e isso tem ajudado o desempenho”.

Ela acrescentou que o FMI não espera grandes rebaixamentos, embora o número final não tenha sido determinado. “Essa é a boa notícia”.

Georgieva disse que o FMI espera que a desaceleração do crescimento global “chegue ao fundo do poço” e “se recupere no final de 2023 e início de 2024”.

Mas ela disse que uma grande incerteza permanece, citando o risco de um evento climático significativo, um grande ataque cibernético ou o perigo de uma escalada na guerra da Rússia na Ucrânia, por exemplo, através do uso de armas nucleares.

“Agora estamos em um mundo mais propenso a choques e temos que ter a mente aberta para uma virada de risco na qual nem estamos pensando”, disse ela. “Esse é a grande questão dos últimos anos. O impensável aconteceu duas vezes.”

Davos 2023: DP World prevê queda de 15% a 20% nos preços globais de fretes

A DP World espera que as taxas de frete caiam de 15% a 20% em 2023, à medida que a demanda esfria, disse o vice-presidente-executivo e diretor financeiro da empresa de logística global, Yuvraj Narayan, à Reuters.

Narayan disse que os primeiros sinais de queda na demanda são visíveis e as taxas de frete de transporte marítimo caíram fortemente em certas rotas, após agências como o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduzirem previsões de crescimento.

As taxas de frete são os preços pelos quais as cargas são entregues por contêiner de um ponto do globo para outro.

Os maiores problemas vêm de China, Europa e Estados Unidos, como os maiores países produtores e consumidores do mundo, disse Narayan, da DP World, em entrevista durante o Fórum Econômico Mundial em Davos.

Narayan disse que nas taxas de frete marítimo houve um declínio significativo nas taxas de frete entre 20% e 50% em relação aos picos do ano passado.

Houve três fatores primordiais para isso, disse Narayan, principalmente interrupções durante a pandemia de Covid-19, inflação na Europa devido à alta dos preços da energia e graves interrupções nas cadeias de suprimentos globais.

Essas interrupções persistem como resultado da guerra na Ucrânia e das sanções contra a Rússia, acrescentou.

73% dos CEOs globais preveem recuo no PIB nos próximos 12 meses, diz PwC

A PwC afirma que 73% dos executivos-chefes (CEOs) globais consultados por ela em uma pesquisa acreditam que o Produto Interno Bruto (PIB) sofrerá recuo nos próximos 12 meses. Segundo ela, trata-se da perspectiva mais pessimista desde que a questão foi primeiro colocada nesse levantamento, 12 anos atrás.

O levantamento anual da consultoria destaca que, para 39% dos CEOs globais consultados, o negócio de suas empresas “não será viável dentro de uma década, a menos que eles mudem de curso”.

No Reino Unido especificamente, apesar das “condições econômicas turbulentas”, 59% dos CEOs ouvidos não pretendem cortar pessoal, enquanto 86% não esperam reduzir salários.

Apenas 21% dos CEOs no Reino Unido esperam que a economia global melhore nos próximos 12 meses. Por outro lado, 48% deles se dizem “muito ou extremamente confiantes” nas perspectivas de receita em seus próprios negócios.

A pesquisa mostrou ainda o Reino Unido como o terceiro país mais importante para investimentos entre CEOs globais, ao lado da Alemanha, atrás apenas de EUA e China.

Em Davos, OMC diz esperar acordo multilateral sobre e-commerce até meados de 2024

A diretora-geral da Organização Mundial de Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, disse esperar que em meados de 2024 esteja finalizado um acordo multilateral para regular o comércio virtual no mundo. Segundo ela, 87 integrantes da OMC já trabalham nessa iniciativa.

“Espero que mais países se unam”, comentou ela, durante painel do Fórum Econômico Mundial, que está sendo realizado em Davos, na Suíça.

Ngozi Okonjo-Iweala lembrou que o comércio virtual tem florescido pelo mundo nos últimos anos, mas segundo ela ainda carece de regulação.

Para autoridade, as regras podem permitir um campo mais igualitário para a concorrência nesse segmento.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (16), as bolsas não tiveram operações devido ao feriado.

Na terça-feira (17), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, com balanços de grandes bancos no radar e dados da indústria de Nova York em foco. Ainda, dados do Produto Interno Bruto (PIB) da China também estiveram no radar dos negócios na sessão. O índice Dow Jones teve queda de 1,14%, a 33.910,85 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,20%, a 3.990,97 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,14%, a 11.095,11 pontos.

Na quarta-feira (18), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, depois que dados econômicos fracos e comentários duros com a inflação de autoridades do Federal Reserve provocaram temores de que o Banco Central norte-americano continuará a endurecer a política monetária, talvez o suficiente para causar uma recessão. O índice Dow Jones teve queda de 1,81%, a 33.296,96 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,56%, a 3.928,86 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,24%, a 10.957,01 pontos.

Na quinta-feira (19), as bolsas de valores de Nova York operavam em queda, com o ressurgimento de temores de recessão nos Estados Unidos, enquanto as ações da Procter & Gamble caíam após a empresa alertar sobre pressões de custos. Por volta das 13h00, o índice Dow Jones registrava queda de 0,63%, a 33.087,29 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,76%, a 3.899,04 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 0,96%, a 10.852,09 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 13.01.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (13) cotado a R$ 5,1064 com alta de 0,12%. Agentes do mercado atribuem o desempenho do real esta semana a uma combinação de dois fatores. Enquanto o ambiente externo se mostrou favorável, com a expectativa de desaceleração do aperto monetário nos Estados Unidos e a alta das commoditie.

Na segunda-feira (16) – O dólar à vista registrou alta de 0,83%, cotado a R$ 5,1486 na venda. Em sessão de menor liquidez devido a feriado nos Estados Unidos, diante de notícia de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia elevar o salário mínimo acima dos 1.320 reais prometidos pelo governo e de um cenário externo de maior cautela. O dólar oscilou entre R$ 5,162 na máxima e R$ 5,0939 na mínima.

Na terça-feira (17) – O dólar à vista registrou queda de 0,84%, cotado a R$ 5,1055 na venda. A apreciação do real se deu em meio a uma onda de valorização de divisas emergentes e de países exportadores de commodities. O dólar oscilou entre R$ 5,1583 na máxima e R$ 5,0966 na mínima.

Na quarta-feira (18) – O dólar à vista registrou alta de 1,12%, cotado a R$ 5,1626 na venda. Revertendo as perdas da manhã, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar possíveis mudanças no salário mínimo, bem como no Imposto de Renda (IR), e diante do fortalecimento da moeda norte-americana no exterior na parte da tarde. O dólar oscilou entre R$ 5,1743 na máxima e R$ 5,0668 na mínima.

Na quinta-feira (19) – Por volta das 13h00, o dólar operava em queda de 1,00% cotado a R$ 5,2141 na venda. Após críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à independência do Banco Central e com preocupações dos investidores sobre a cena fiscal, enquanto, no exterior, o foco seguia sobre a política monetária dos Estados Unidos.

Nicolás Maduro diz que economia venezuelana cresceu mais de 15% em 2022

O Produto Interno Bruto (PIB) da Venezuela cresceu mais de 15% em 2022, tendo sido o país da região que registou, em 2022, a recuperação econômica mais acelerada, anunciou o Presidente Nicolás Maduro.

“A Venezuela teve um crescimento, no ano de 2022, acima de 15%, do PIB, o maior crescimento económico da América Latina e Caraíbas”, disse o governante, sublinhando que o país registou crescimento positivo em todos os quatro trimestres de 2022, após sete anos de contração econômica.

Segundo Maduro, a Venezuela aumentou “os depósitos no sistema financeiro, a produção alimentar e industrial, a cobrança de impostos, as exportações não-tradicionais”. “Continuamos a avançar, em plena recuperação econômica”, acrescentou.

O presidente venezuelano falava durante a sessão anual de apresentação das suas “memórias e contas”, que teve lugar no hemiciclo da Assembleia Nacional eleita em 2020 e onde o “chavismo” tem a maioria.

Sem avançar dados econômicos sobre o último trimestre de 2022, Maduro disse que a Venezuela registrou um crescimento de 17,45% entre janeiro e março do ano passado, de 23,30% entre abril e junho e de 13,22% entre julho e setembro.

O chefe de Estado disse ainda que as exportações não tradicionais do país aumentaram 151% em relação ao ano anterior e as importações 106%.

Maduro revelou também que ordenou ao gabinete econômico que apresente, nas próximas semanas, um projeto de lei para simplificar e reduzir os custos dos processos de exportações venezuelanas.

Por outro lado, ordenou à banca pública e privada do país que aumente de 10% para 30% o financiamento em moeda estrangeira aos setores que produzam bens, riquezas e empregos no país.

O governante referiu ainda que o desemprego baixou de 8,9% para 7,8% na Venezuela, em 2022, e pediu à sua equipa que continue a trabalhar para reduzir aquela porcentagem e para reativar programas para os jovens.

Fed diz que alta nos custos de juros reduziu o que devolveu ao Tesouro dos EUA em 2022

O Federal Reserve disse que devolveu substancialmente menos dinheiro ao Tesouro dos Estados Unidos no ano passado do que no ano anterior, em meio ao aumento das despesas com juros vinculadas ao seu trabalho para reduzir a inflação.

O Fed disse em comunicado que seu lucro líquido no ano passado foi de preliminares 58,4 bilhões de dólares, em comparação com os 107,9 bilhões de dólares de 2021. O Banco Central norte-americano destacou que em setembro do ano passado começou a registrar o que é chamado de ativo diferido que contabiliza a perda, que foi de 18,8 bilhões de dólares no final do ano.

O Fed disse que transferiu 76 bilhões de dólares em ganhos semanais para o Tesouro. A medida contábil do ativo diferido registra a perda e será coberta no futuro quando o Banco Central retornar à lucratividade.

Por lei, o Fed devolve quaisquer ganhos excedentes ao Tesouro depois de cobrir suas despesas. O Banco Central ganha dinheiro com os juros dos títulos que possui e com os serviços que presta ao setor financeiro.

O Fed reiterou em seu comunicado que a situação de resultado líquido negativo em que agora opera não prejudica sua capacidade de seguir com seus objetivos de política monetária.

A virada para perdas técnicas para o Fed é impulsionada pela agressiva campanha de aumento dos custos dos empréstimos por parte do Banco Central no ano passado, que elevou sua meta de juros de níveis próximos de zero para entre 4,25% e 4,5% no final do ano. Isso aumentou drasticamente a quantidade de despesas com juros enfrentadas pelo Banco Central no ano passado.

Em 2022, o Fed diz que as despesas com juros subiram para 102,4 bilhões de dólares no ano passado, ante 5,7 bilhões de dólares em 2021.

Inflação de quase 100%: preços praticamente dobraram na Argentina em 2022

A Argentina viu os preços quase dobrarem no ano passado, quando a taxa de inflação anual do país atingiu seu nível mais alto em mais de 30 anos.

Dados oficiais mostram que os preços ao consumidor subiram 94,8% nos 12 meses encerrados em dezembro.

Foi o ritmo de inflação mais acelerado do país desde 1991.

No ano passado, o Banco Central da Argentina elevou sua principal taxa de juros para 75% enquanto tenta conter o aumento do custo de vida.

Em uma base mensal, a taxa de inflação mensal da Argentina ficou em 5,1% em dezembro.

O valor mensal foi uma pequena vitória para o governo do presidente Alberto Fernandez, já que a taxa de inflação mensal segue permanece abaixo do pico de 7,4% em julho.

Os políticos argentinos também podem se consolar com o fato de a taxa anual não ter atingido três dígitos em 2022.

Os aumentos de preços em dezembro foram liderados pelo aumento de custos em áreas como restaurantes, hotéis, bebidas alcoólicas e tabaco, que subiram mais de 7%.

Como a maioria dos países ao redor do mundo, a Argentina viu os preços subirem fortemente à medida que o custo das commodities, incluindo a energia, subiu.

Na Argentina, a alta dos preços é atribuída à elevada emissão de moeda pelo Banco Central e à guerra na Ucrânia.

Em dezembro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou mais US$ 6 bilhões dentro de um pacote de resgate para a Argentina, que é a segunda maior economia da América do Sul.

Esse foi o mais recente pagamento para a Argentina em um programa de 30 meses que deve atingir um total de US$ 44 bilhões.

Inflação nos EUA faz norte-americanos gastarem US$ 371 extras por mês com itens essenciais

De aluguel e mantimentos a serviços públicos, as famílias estão pagando muito mais todos os meses enquanto tentam acompanhar a inflação.

E embora a inflação tenha esfriado nos últimos meses, uma família típica gastou US$ 371 a mais em bens e serviços em dezembro do que um ano atrás, de acordo com a Moody’s Analytics.

A boa notícia é que o choque do custo de vida parece estar diminuindo e os contracheques estão começando a se recuperar.

No pico da inflação em junho passado, a família típica gastou US$ 502 adicionais por mês em comparação com o ano anterior, de acordo com a Moody’s.

Então, onde o choque está doendo mais?

As famílias estão gastando cerca de US$ 82,60 a mais por mês em moradia e US$ 72,01 a mais em alimentação, disse a Moody’s.

O Bureau of Labor Statistics disse que os norte-americanos gastaram 11,8% a mais em mantimentos do que um ano atrás. Os preços dos ovos aumentaram quase 60% no ano passado, o maior aumento anual desde 1973, em parte devido a uma crise de oferta causada pela gripe aviária.

Outros itens que estão custando mais às famílias por mês incluem serviços públicos (aumento de US$ 47,33), assistência médica (US$ 17,97 a mais), entretenimento (US$ 15,27) e bebidas alcoólicas (US$ 2,67), de acordo com a Moody’s.

O ponto positivo é a gasolina, onde a família típica economizou US$ 1,55 por mês em comparação com o ano anterior.

Parte da dor da inflação está sendo mitigada por uma mudança significativa nos últimos meses: os salários finalmente estão crescendo em um ritmo mais rápido do que a inflação.

E, ao mesmo tempo, o ritmo da inflação desacelerou claramente. Os preços ao consumidor aumentaram 6,5% em relação ao ano anterior em dezembro, o ritmo mais lento desde outubro de 2021.

A economia mexicana crescerá em 2023 bem abaixo de seu potencial

José Domingo Figueroa Palacios, presidente do Instituto Mexicano de Executivos de Finanças (IMEF), estimou que a economia mexicana crescerá 1,2% em 2023, uma taxa bem abaixo de seu potencial de crescimento anual.

“Para o México, 2023 parece difícil, com expectativa de crescimento do PIB de 1,2%, que, embora positivo, está bem abaixo dos 2% que poderiam ser considerados o atual potencial de crescimento e está sujeito a fortes riscos de baixa”, disse o engenheiro civil com mestrado em Planejamento pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM).

Somado a isso, o crescimento econômico do México pode ser ainda menor em 2023 se ocorrer uma recessão nos Estados Unidos, se persistir uma inflação acima do esperado e se continuar uma política monetária mais restritiva do que o esperado tanto nos Estados Unidos como no México.

Também a taxa do Produto Interno Bruto (PIB) pode ser diretamente afetada por uma chamada a um painel para resolver disputas sob o Tratado entre México, Estados Unidos e Canadá (TMEC) sobre a política energética do atual governo, bem como devido às pressões nas finanças públicas devido à falta de receitas causada pelo menor crescimento econômico e aos problemas financeiros e operacionais da Pemex.

Além disso, os rumos da economia mexicana podem ser afetados por um ambiente financeiro internacional agitado por riscos geopolíticos e problemas orçamentários nos Estados Unidos.

Balanços podem refletir primeiros sinais de recessão nos EUA

Justo quando investidores comemoram a possibilidade de a inflação nos EUA ter atingido um pico e de um pouso suave da economia, a atual temporada de balanços deve mostrar que muitos fatores ainda podem ser motivo de insônia.

Com custos em alta, primeiros efeitos das taxas de juros e gastos dos consumidores em queda, os resultados devem revelar o início de uma recessão dos lucros nos EUA, que tende a durar até o segundo semestre de 2023, segundo estrategistas da Bloomberg Intelligence.

Embora analistas tenham estado ocupados reduzindo as previsões nas últimas semanas, o consenso para os lucros corporativos em 2023 permanece “muito alto” com ou sem recessão econômica, de acordo com Michael Wilson, do Morgan Stanley, segundo o qual o mercado acionário pode cair cerca de 25% no primeiro trimestre sob pressão tanto de balanços ruins quanto de projeções fracas.

Madison Faller, estrategista global do JPMorgan Private Bank, espera comentários cautelosos dos líderes empresariais devido aos crescentes riscos de recessão, estoques acima do normal e pressões salariais.

“Com a desaceleração das economias desenvolvidas, acreditamos que as estimativas provavelmente continuarão a cair, mas não entrarão em colapso imediatamente”, disse Faller. “A degradação das margens provavelmente continuará em 2023 e será o foco nas discussões da gerência com os investidores.”

Embora os sinais dos balanços sejam importantes, o foco dos investidores está nos próximos passos do Federal Reserve. E com a possibilidade de os juros nos EUA e na Europa chegarem a um pico em meados do ano, quaisquer comentários sobre o impacto da política monetária devem ser examinados de perto. Investidores também estão ansiosos para saber se as empresas conseguiram garantir baixos custos de financiamento para os próximos anos e evitar amenizar o impacto das taxas de juros crescentes.

A desaceleração da demanda estará no centro das atenções nesta temporada de resultados como um prenúncio de recessão. Dados econômicos dos EUA mostraram que o consumo perdeu força em novembro em meio a taxas de juros mais altas e inflação elevada. Os americanos têm economizado e usado mais cartões de crédito, o que levanta a questão se serão capazes de continuar impulsionando o crescimento econômico ao longo de 2023.

Argentina recomprará US$ 1 bilhão em dívida externa, diz ministro da Economia

A Argentina recomprará títulos estrangeiros equivalentes a mais de 1 bilhão de dólares para melhorar o perfil da dívida do país e ajudar no acesso ao mercado de capitais, disse o ministro da Economia, Sergio Massa.

A medida se concentrará em títulos soberanos com vencimento em 2029 e 2030, acrescentou o ministro, com o programa definido para começar imediatamente, já que o país procura aproveitar uma “janela de oportunidade” após a queda do índice de risco.

A incomum medida, que, segundo Massa, pode ajudar a impulsionar o acesso do país aos mercados de capitais, ocorre em um momento em que a Argentina luta para repor as reservas em moeda estrangeira, conter a inflação desenfreada e sustentar o enfraquecimento da moeda local, o peso.

Nos últimos anos, a Argentina reestruturou mais de 100 bilhões de dólares em dívidas com credores privados e com o Fundo Monetário Internacional (FMI), com o qual fechou um acordo de 44 bilhões de dólares no ano passado para adiar os pagamentos.

EUA: Preços ao produtor e vendas do varejo de dezembro caem abaixo do esperado

A inflação nos Estados Unidos, medida pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP), acumulou uma alta de 6,2% nos últimos 12 meses encerrados em dezembro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 18. O resultado veio abaixo dos 6,8% esperados pelo mercado e dos 7,3% revisados do mês passado.

Quando observado apenas o mês de dezembro, o IPP recuou 0,5%, resultado veio menor do que a previsão de um recuo de 0,1% e da alta de 0,2% de novembro.

O núcleo do IPP no mês passado ficou em 0,1%, conforme projeção e abaixo dos 0,2% prévios. Já o núcleo do IPP anual ficou em 5,5%, abaixo dos 5,7% esperados e 6,2% prévios.

Já as vendas no varejo dos Estados Unidos caíram 1,1% em dezembro, abaixo da previsão de uma queda de 0,8%, segundo informou o Departamento de Comércio. O resultado ocorre após um recuo de 1% no mês anterior. O indicador anual é de alta de 6,02%, contra resultado anterior de 6,01%.

Excluindo gasolina e automóveis, as vendas caíram 0,7%, após queda de 0,5%.

Já o núcleo de vendas no varejo recuou 1,1% em dezembro, abaixo da queda de 0,4% projetada e também do resultado prévio de uma baixa de 0,6%.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (16), as bolsas europeias fecharam mistas, embora em negociações com volume reduzido devido a um feriado nos Estados Unidos, com papéis imobiliários e de varejo ajudando a compensar perdas nos setores ligados a commodities. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,46%, a 454,63 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,28%, a 7.043,31 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,31%, a 15.134,04 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,26%, a 6.015,77 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,12%, a 8.871,10 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,20%, a 7.860,07 pontos.

Na terça-feira (17), as bolsas europeias fecharam mistas, revertendo perdas iniciais, e fechando no maior patamar em nove meses, depois de uma reportagem afirmar que os formuladores de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) consideram um ritmo mais lento de aumento das taxas de juros. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,40%, a 456,46 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,48%, a 7.077,16 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,35%, a 15.187,07 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,29%, a 5.998,13 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,22%, a 8.890,40 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,12%, a 7.851,03 pontos.

Na quarta-feira (18), as bolsas europeias fecharam mistas, impulsionadas por balanços corporativos favoráveis, enquanto a confiança com a recuperação econômica da China elevou as ações de luxo, com a Hermes atingindo um recorde histórico em um determinado ponto do pregão. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,23%, a 457,53 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,09%, a 7.083,39 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,03%, a 15.181,80 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,50%, a 5.968,13 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,48%, a 8.933,30 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,26%, a 7.830,70 pontos.

Na quinta-feira (19), as bolsas europeias fecharam em queda, acompanhando o sentimento global mais fraco à medida que os investidores avaliam as perspectivas econômicas, um tópico importante na agenda do Fórum Econômico Mundial em Davos nesta semana. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,48%, a 450,75 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,80%, a 6.955,59 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,59%, a 14.940,25 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,56%, a 5.875,23 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,60%, a 8.790,60 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,07%, a 7.747,29 pontos.

Economia alemã fica estagnada no 4º trimestre e escapa de recessão por enquanto

A produção econômica alemã estagnou no último trimestre de 2022 e cresceu 1,9% no ano inteiro, mostraram dados, fortalecendo os sinais de que a maior economia da Europa pode, pelo menos durante os próximos meses, evitar uma recessão.

O aumento anual do Produto Interno Bruto (PIB) superou a expectativa de 1,8% em uma pesquisa da Reuters com economistas. O PIB em 2022 foi 0,7% superior ao de 2019, o ano anterior ao início da pandemia da Covid-19.

“A desaceleração econômica durante o semestre de inverno será, de acordo com os dados que temos agora, mais branda e mais curta do que o esperado”, disse o ministro da Economia, Robert Habeck, no relatório mensal do ministério.

Uma recessão é definida usualmente como dois trimestres sucessivos de contração, e o dado de crescimento zero para o quarto trimestre do Escritório Federal de Estatísticas é uma leitura inicial que ainda pode ser revisada.

Mas há sinais crescentes de que a economia, que cresceu no terceiro trimestre, pode evitar o pior de uma desaceleração desencadeada por uma queda no fornecimento de energia da Rússia após a invasão da Ucrânia.

Apesar desse cenário, que alimentou a inflação, a confiança empresarial alemão subiu mais do que o esperado em dezembro, mostrou uma pesquisa no mês passado.

Guerra da Rússia na Ucrânia desencadeou crise alimentar histórica

Os grãos estão mais uma vez deixando os portos ucranianos. O preço do fertilizante está caindo drasticamente. Bilhões de dólares em ajuda foram mobilizados.

No entanto, o mundo ainda está enfrentando a pior crise alimentar da história moderna, enquanto a guerra da Rússia na Ucrânia abala os sistemas agrícolas globais que já lutam contra os efeitos do clima extremo e da pandemia.

As condições do mercado podem ter melhorado nos últimos meses, mas especialistas não esperam alívio iminente.

Isso significa mais dor para as comunidades vulneráveis ​​que já lutam contra a fome. Também aumenta o risco de fome e fome em países como a Somália, que enfrenta o que a ONU descreveu como uma emergência alimentar “catastrófica”.

“Todas as principais causas da crise alimentar ainda estão conosco, conflito, Covid, mudança climática, altos preços dos combustíveis”, disse Cary Fowler, enviado especial dos EUA para segurança alimentar global, à CNN.

“Acho que temos que nos preparar para 2023 ser um ano difícil”.

A questão está na agenda de líderes governamentais e empresariais que se dirigem ao Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, esta semana.

Ela disputará a atenção dos participantes que discutem tópicos que vão desde custos de energia e manutenção da segurança global até inteligência artificial e mudanças demográficas.

David Beasley, chefe do Programa Mundial de Alimentos da ONU, tuitou que a reunião da elite ocorre em um “momento crítico”.

Sua agência recebeu US$ 14 bilhões em 2022, uma soma sem precedentes que incluiu mais de US$ 7 bilhões dos Estados Unidos. Isso ajudou a fornecer alimentos e assistência a cerca de 160 milhões de pessoas.

Os altos preços dos alimentos significam que o financiamento não pode ir tão longe, e a guerra da Rússia continua a gerar volatilidade. Mais trabalho também precisa ser feito para aumentar o abastecimento de alimentos em países com maiores necessidades.

Lane diz que BCE tem que continuar elevando juros para conter inflação

O Banco Central Europeu tem que elevar os juros a um nível que restrinja o crescimento e seu pico dependerá de como a economia responderá ao mais rápido ciclo de aperto monetário já registrado, disse o economista-chefe do BCE, Philip Lane, ao Financial Times.

O BCE elevou os juros em 2,5 pontos percentuais combinados desde julho na tentativa de conter um aumento histórico da inflação, mas as autoridades do Banco Central já disseram que mais aumentos serão necessários para que o crescimento dos preços, agora um pouco abaixo de 10%, volte à meta de 2% do BCE por volta de 2025.

“Precisamos elevar mais os juros”, disse Lane segundo o FT de terça-feira (17).

“No ano passado, poderíamos dizer que era claro que precisávamos elevar os juros a níveis mais normais, e agora dizemos, bem, na verdade precisamos levá-los para um território restritivo”.

Embora os mercados vejam a taxa de depósito de 2% atingindo um pico de cerca de 3,3% neste verão (no hemisfério norte), Lane adotou uma abordagem mais cautelosa, argumentando que a resposta de empresas, famílias e governos aos movimentos do BCE será fundamental.

Lane também disse que os governos da zona do euro, que estão gastando demais com subsídios agora, terão de assumir um papel maior no combate à inflação.

“Os governos também precisam recuar dos altos déficits que permanecem”, disse ele. “Ajuste fiscal significativo será necessário nos próximos anos”.

Uma vez que os juros sejam altos o suficiente para restringir o crescimento, o BCE precisará equilibrar o risco de fazer muito ou fazer menos, e isso pode ser um problema que se arrasta “por um ou dois anos”, disse Lane.

Polícia holandesa prende suposto chefe de segurança do Daesh

Autoridades holandesas prenderam um homem sírio na terça-feira (17) suspeito de ter sido chefe de segurança dos grupos extremistas Daesh e Jabhat Al-Nusra durante a guerra civil na Síria, disseram promotores.

“Suspeita-se que de sua posição no EI também tenha contribuído para os crimes de guerra que a organização cometeu na Síria”, disse o Ministério Público Nacional em um comunicado.

O homem de 37 anos, cujo nome não foi divulgado, foi detido na pequena vila de Arkel, cerca de 50 quilômetros (30 milhas) a leste da cidade portuária de Roterdã, disseram os promotores em um comunicado.

O homem é suspeito de ocupar “uma posição gerencial no serviço de segurança do EI” de 2015 a 2018, disseram os promotores. Por dois anos antes disso, ele supostamente realizou o mesmo trabalho para Jabhat Al-Nusra. Os promotores dizem que ele ocupou ambas as funções “dentro e ao redor do campo de refugiados de Yarmouk” ao sul da capital síria, Damasco.

O suspeito pediu asilo na Holanda em 2019 e depois se estabeleceu em Arkel, disseram os promotores. Ele deveria comparecer perante um juiz de instrução em Haia em 20 de fevereiro.

Não foi a primeira vez que as autoridades holandesas prenderam um suspeito do conflito sírio. No ano passado, um tribunal holandês condenou dois irmãos sírios por ocupar cargos importantes no Jabhat Al-Nusra entre 2011 e 2014.

Trens e voos são cancelados na França com greve contra reforma da Previdência

A maioria dos trens será cancelada na França na quinta-feira (19), com voos também afetados e interrupções significativas no metrô de Paris, como parte de uma greve nacional contra o plano do governo de fazer as pessoas trabalharem por mais tempo antes de se aposentarem.

Pesquisas de opinião mostram que a grande maioria dos franceses se opõe à reforma planejada, que aumentaria a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos, e quinta-feira será um teste para saber se isso pode se transformar em uma grande dor de cabeça para o governo.

Os sindicatos pediram aos trabalhadores que abandonassem em massa seus postos de trabalho no dia 19 de janeiro e saíssem às ruas em toda a França. O governo disse que vai se manter firme e pediu aos trabalhadores que não paralisem o país.

Apenas de um terço a um quinto das linhas de TGV de trens de alta velocidade estará operando, e apenas um em cada dez trens TER locais, disse a operadora de trem SNCF.

O tráfego internacional nas linhas Eurostar e Thalys deve ser quase normal, enquanto a conexão Lyria com a Suíça será fortemente interrompida, e outras conexões ferroviárias internacionais serão totalmente canceladas.

Em Paris, a grande maioria dos trens suburbanos RER será cancelada, enquanto três linhas de metrô serão totalmente fechadas e muitas outras serão interrompidas, disse a operadora de metrô RATP.

Enquanto isso, um em cada cinco voos de e para o aeroporto de Orly, perto de Paris, deve ser cancelado.

A França tem uma história de décadas de tentativas de reformar seu sistema previdenciário, um dos mais generosos e caros da Europa, e de protestos para tentar detê-los.

A reforma ainda não foi aprovada no Parlamento, onde o presidente Emmanuel Macron não tem maioria absoluta, mas espera obter os votos dos conservadores do Partido dos Republicanos.

Inflação anual na zona do euro diminui em dezembro para 9,2%

A inflação ao consumidor da zona do euro desacelerou conforme o esperado em dezembro, confirmou a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, na quarta-feira (18), devido a uma queda contínua nos preços de energia que anteriormente elevaram a taxa a níveis recordes.

A Eurostat disse que os preços nos 20 países que usam o euro caíram 0,4% em dezembro em relação ao mês anterior, acumulando alta anual de 9,2%. A leitura anual ficou em linha com uma estimativa preliminar e, portanto, com as expectativas do mercado.

Os preços de energia caíram 6,6% em relação ao mês anterior, para um aumento de 25,5% sobre o ano, desacelerando em relação ao avanço de 34,9% no mês anterior.

Como resultado, a energia deixou de ser o principal contribuinte para a taxa anual, acrescentando apenas 2,79 pontos percentuais, enquanto os alimentos contribuíram com 2,88 pontos. Os bens industriais não energéticos somaram 1,70 ponto percentual e os serviços mantiveram-se em 1,83 ponto.

Sem os componentes voláteis de energia e alimentos, os preços subiram 0,7% sobre o mês, para um aumento anual de 6,9%. Uma medida ainda mais restrita, que exclui também os preços do tabaco e do álcool, mostrou que a inflação subiu 0,6% em relação ao mês anterior, para uma alta de 5,2% sobre o ano.

Zona do euro pode evitar recessão, diz presidente do Banco Central francês

A economia da zona do euro está tendo um desempenho melhor do que o esperado há apenas alguns meses e o bloco de 20 países pode até evitar uma recessão, disse o presidente do Banco Central francês, François Villeroy de Galhau.

“Se eu olhar a situação da Europa, provavelmente é a mesma dos Estados Unidos, mais ou menos, a atividade está mais resistente do que o esperado, e devemos evitar uma recessão este ano, o que eu não teria (previsto) três meses atrás”, disse Villeroy em um painel do Fórum Econômico Mundial em Davos.

Ele acrescentou que a inflação deve atingir o pico no primeiro semestre do ano, com o núcleo atingindo seu pico somente após isso, e a batalha contra o rápido crescimento dos preços ainda não foi vencida.

Economia russa superou previsões para 2022

Putin disse que o Produto Interno Bruto (PIB) da Federação diminuiu apenas 2,5%, enquanto os especialistas previam uma queda profunda.

O Ministério do Desenvolvimento Econômico estima que o PIB tenha caído de janeiro a novembro de 2022, mas apenas 2,1%, enquanto alguns especialistas nacionais, sem falar nos estrangeiros, previam quedas de até 20%, disse o presidente.

No entanto, a economia do país revelou-se forte, com potencial interno, o que permitiu reorientar os mercados para ultrapassar as baterias de sanções impostas pelas nações ocidentais, precisou o chefe de Estado.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (16), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, após Wall Street encerrar a última semana em tom positivo. Em meio a temores de que o Banco do Japão (BoJ) aperte sua política monetária em reunião nesta semana. O índice Xangai teve alta de 1,01%, a 3.227,59 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,14%, a 25.822,32 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,04%, a 21.746,72 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,56%, a 4.137,96 pontos.

Na terça-feira (17), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, após a China divulgar que seu Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 3% em 2022, menos da metade da taxa do ano anterior. O índice Xangai teve queda de 0,10%, a 3.224,24 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,23%, a 26.138,68 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,78%, a 21.577,64 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,017%, a 4.137,24 pontos.

Na quarta-feira (18), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, com a de Tóquio saltando mais de 2%, após o Banco do Japão (BoJ) deixar sua política monetária inalterada, dissipando especulação de que apertaria as condições de crédito em meio a pressões inflacionárias. O índice Xangai teve alta de 0,0050%, a 3.224,41 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 2,50%, a 26.791,12 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,47%, a 21.678,00 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,17%, a 4.130,31 pontos.

Na quinta-feira (19), as bolsas asiáticas fecharam mistas, à medida que investidores se mostraram mais cautelosos após Wall Street sofrer na quarta-feira (18), a maior queda diária do ano. Por outro lado, os mercados tiveram ganhos moderados, sustentados pelo otimismo com a recuperação do gigante asiático após a abrupta reversão da política de “covid zero”, no mês passado. O índice Xangai teve alta de 0,49%, a 3.240,28 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,44%, a 26.405,23 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,12%, a 21.650,98 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,62%, a 4.156,01 pontos.

Rendimento de título de 10 anos do Japão quebra teto do BC em meio a pressão por mudança

O rendimento do título de referência de 10 anos do Japão ultrapassou o novo teto do Banco Central japonês, no desafio mais direto do mercado a décadas de política monetária ultrafrouxa.

Na sequência, uma onda de compras emergenciais de títulos conteve o movimento.

A especulação crescente de que a política de controle da curva de rendimentos do Banco do Japão poderá ser revisada, ou mesmo abandonada, já na próxima semana, fez com que os investidores buscassem saídas.

Isso elevou o rendimento do título de 10 anos em até 4 pontos-base, a 0,54%, o nível mais alto desde meados de 2015 e acima da faixa recentemente ampliada de -0,5% a +0,5% definida pelo Banco Central em uma decisão inesperada há apenas três semanas.

O estresse ficou evidente em toda a curva de rendimentos, forçando o Banco do Japão a anunciar duas rodadas separadas de compras de emergência no valor de cerca de 1,8 trilhão de ienes (13,9 bilhões de dólares) combinadas. O Banco Central já detém de 80% a 90% de algumas linhas de títulos.

A ação ajudou a restaurar a normalidade, e o rendimento de 10 anos diminuiu gradualmente, chegando a 0,5%.

“O ataque ao Banco do Japão, principalmente de investidores estrangeiros, continua”, disse Takafumi Yamawaki, chefe de pesquisa de juros para Japão no J.P. Morgan Securities.

Mais tarde, o Banco do Japão disse que realizará compras adicionais de títulos.

O Banco do Japão é um caso atípico de apego aos estímulos monetários, enquanto a maioria dos Bancos Centrais em todo o mundo está mergulhada em campanhas de altas de juros. Mas sinais de uma inflação mais rígida e um possível aumento nos salários estagnados do Japão encorajaram alguns investidores.

A maioria dos analistas domésticos, no entanto, acredita que nenhuma grande mudança ocorrerá até que Haruhiko Kuroda, atual presidente do Banco Central e autor da política de superestímulo do Japão, aposente-se no final de março.

Banco Central da China injeta novos fundos por meio de empréstimos de médio prazo e deixa taxa inalterada

O Banco Central da China intensificou as injeções de liquidez na segunda-feira (16), oferecendo mais empréstimos a alguns bancos por meio de seu mecanismo de empréstimo de médio prazo, uma medida que ocorre antes do Ano Novo Lunar, quando empresas e famílias normalmente buscam mais fundos.

A medida também ocorre em meio às expectativas de que as autoridades chinesas farão mais para estimular a economia do país devastada pela Covid-19. O Banco Central, no entanto, deixou a taxa de juros dos empréstimos inalterada pelo quinto mês consecutivo.

O Banco do Povo da China disse que ofereceu 779 bilhões de iuanes (116 bilhões de dólares) em empréstimos por meio de seu mecanismo de empréstimo de médio prazo de um ano (MLF) a uma taxa de juros de 2,75%.

Com empréstimos MLF no valor de 700 bilhões de iuanes previstos para expirar este mês, a operação resultou em uma oferta líquida de novos fundos de 79 bilhões de iuanes.

A medida visa manter a liquidez no sistema bancário “razoavelmente ampla” e atender totalmente à demanda de caixa das instituições financeiras, disse o Banco Central em um comunicado online.

Em uma pesquisa com 25 observadores do mercado na semana passada, a grande maioria dos participantes esperava que o Banco Central pelo menos mantivesse a liquidez atual no sistema bancário por meio da operação.

O Banco Central da China prometeu tomar novas medidas para elevar a confiança do mercado e aumentar o apoio a fabricantes e pequenas empresas, disse Xuan Changneng, vice-presidente do Banco Central na sexta-feira, à medida que crescem as expectativas de que a economia tenha uma recuperação sólida este ano.

O Banco Central também injetou 156 bilhões de iuanes em liquidez de curto prazo na segunda-feira (16), incluindo 82 bilhões de iuanes em recompras reversas de sete dias e outros 74 bilhões de iuanes por meio do prazo de 14 dias, disse o comunicado.

Índia visa cooperação dos Emirados Árabes Unidos no desenvolvimento da indústria de hidrogênio verde

A experiência e o know-how dos Emirados Árabes Unidos ajudariam a Índia em seu programa de hidrogênio verde, disseram autoridades e especialistas na terça-feira (17), após um novo acordo de cooperação entre Nova Délhi e Abu Dhabi.

O ministro de Energia e Energia Nova e Renovável, RK Singh, visitou os Emirados Árabes Unidos no fim de semana e assinou um memorando sobre desenvolvimento e investimento em hidrogênio verde com seu homólogo dos Emirados, o ministro de Energia e Infraestrutura Suhail Al-Mazrouei.

O hidrogênio verde, também chamado de hidrogênio renovável, pode ser usado como combustível. É produzido a partir da eletrólise da água em um processo movido a energia renovável e, portanto, não gera emissões poluentes de carbono.

Em todo o mundo, o hidrogênio verde está emergindo como uma futura alternativa aos combustíveis fósseis, e os Emirados Árabes Unidos foram um dos pioneiros em desenvolvê-lo. 

“Os Emirados Árabes Unidos não têm apenas uma vasta experiência, mas também muito progresso tecnológico em hidrogênio verde”, disse Sunjay Sudhir, embaixador da Índia nos Emirados Árabes Unidos, ao Arab News.

“Os Emirados Árabes Unidos também podem trazer investimentos”, disse ele, acrescentando que, como a Índia fez um enorme progresso no hidrogênio verde, havia “muitas complementaridades entre os dois países”.

No início deste mês, a Índia aprovou um plano de incentivo de 197,4 bilhões de rúpias (US$ 2,4 bilhões) para promover a indústria de hidrogênio verde e se tornar um grande exportador no campo.

O programa, Missão Nacional do Hidrogênio Verde, visa reduzir os custos de produção e aumentar a escala da indústria até 2030, pois visa a produção de 5 milhões de toneladas de hidrogênio verde gerando 125 GW de energia por ano.

Crescimento econômico da China cai em 2022 para um dos piores níveis em quase meio século

O crescimento econômico da China em 2022 caiu para um de seus piores níveis em quase meio século, já que o quarto trimestre foi duramente atingido pelas rigorosas restrições contra a Covid e por uma queda no mercado imobiliário, aumentando a pressão sobre as autoridades para adotar mais estímulos este ano.

O crescimento trimestral e alguns dos indicadores de dezembro, como as vendas no varejo, superaram as expectativas do mercado, mas os analistas observaram que o impulso econômico geral na China permaneceu fraco e destacaram os desafios enfrentados por Pequim depois que o país levantou abruptamente sua política de “Covid zero” no mês passado.

O produto interno bruto (PIB) cresceu 2,9% entre outubro e dezembro em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram nesta terça-feira dados da Agência Nacional de Estatísticas, contra um ritmo de 3,9% do terceiro trimestre.

O resultado ainda excedeu a expansão de 0,4% do segundo trimestre e as expectativas do mercado de um ganho de 1,8%.

O súbito relaxamento das rigorosas medidas antivírus de Pequim impulsionou as expectativas de retomada econômica este ano, mas também levou a um forte aumento nos casos de Covid que, segundo economistas, pode dificultar o crescimento a curto prazo.

A queda do setor imobiliário e a demanda global fraca também significam que a recuperação do crescimento dependerá muito dos consumidores.

“O ano de 2023 para a China será atribulado. Não apenas o país terá que enfrentar a ameaça de novas ondas de Covid-19, mas o agravamento do mercado imobiliário residencial do país e a fraca demanda global por suas exportações serão freios significativos”, disse Harry Murphy Cruise, economista da Moody’s Analytics, em uma nota.

Em 2022, o PIB expandiu 3,0%, bem aquém da meta oficial de “cerca de 5,5%” e desacelerando acentuadamente em relação ao crescimento de 8,4% em 2021. Excluindo a expansão de 2,2% após o golpe inicial da Covid em 2020, é o pior resultado desde 1976, o último ano da Revolução Cultural de uma década que arruinou a economia.

“Os dados de atividade em dezembro surpreenderam amplamente, mas continuam fracos, particularmente em segmentos do lado da demanda, como os gastos de varejo”, disse Louise Loo, economista sênior da Oxford Economics, em uma nota.

Os “dados até agora sustentam nossa visão de que o impulso de reabertura da China será um pouco anêmico no início, com os gastos dos consumidores sendo um dos mais atrasados nos estágios iniciais”, disse Loo.

Pesquisa da Reuters prevê que o crescimento irá se recuperar para 4,9% em 2023, à medida que os líderes chineses agem para com alguns dos principais entraves ao crescimento, a política de “Covid zero” e uma grave retração do setor imobiliário. A maioria dos economistas espera que o crescimento aumente a partir do segundo trimestre.

Uma forte recuperação na China poderia aliviar a esperada recessão global, mas também poderia causar mais dores de cabeça inflacionárias em todo o mundo justamente quando as autoridades estão começando a ter controle sobre os aumentos de preços recordes.

Banco Central do Japão mantém política monetária e iene cai

O Banco Central do Japão manteve na quarta-feira (18) as taxas de juros ultrabaixas, incluindo um limite para o rendimento de títulos que tinha dificuldades para defender, desafiando as expectativas do mercado de que iria eliminar gradualmente seu programa de estímulo em meio à crescente pressão inflacionária.

A decisão inesperada derrubou o iene contra outras moedas e os rendimentos dos títulos tiveram a maior queda em décadas, conforme os investidores desistiam das apostas que fizeram ao antecipar que o Banco Central reformularia sua política de controle de rendimento.

Em vez de mudar seu programa de estímulo, o Banco do Japão criou uma nova arma para evitar que as taxas de longo prazo subam demais – um movimento que alguns analistas tomaram como sinal de que o presidente da autoridade monetária, Haruhiko Kuroda, irá adiar grandes mudanças durante os meses restantes de seu mandato, que termina em abril.

“Esta medida nos permitirá baixar as taxas de juros de longo prazo, sem afetar diretamente a oferta e demanda do mercado de títulos do governo japonês”, disse Kuroda em uma coletiva de imprensa. “Gostaríamos de usar esta ferramenta para vários vencimentos, e de várias maneiras.”

Após dois duas de reuniões de política monetária, o Banco do Japão manteve intactas suas metas de controle de curva de juros, fixadas em -0,1% para taxas de juros de curto prazo e em torno de 0% para o rendimento a 10 anos, por votação unânime.

O Banco Central também não fez nenhuma alteração em sua orientação que permite que o rendimento dos títulos de 10 anos movimente 50 pontos-base para cima ou para baixo em relação à sua meta de 0%.

“A incerteza em relação à economia do Japão é muito alta. É necessário apoiar a economia com nossa política de estímulo, para garantir que as empresas possam aumentar os salários”, disse Kuroda.

O dólar subiu brevemente 2,4%, para 131,20 ienes, com o anúncio do Banco Central, marcando o maior salto diário desde março de 2020, enquanto o índice de ações japonês Nikkei saltou 2,5%, para 26.791,12 pontos, maior nível de fechamento desde 19 de dezembro.

Parlamento do Vietnã aprova renúncia do presidente

A Assembleia Nacional do Vietnã aprovou a renúncia do presidente Nguyen Xuan Phuc, um dia depois que ele renunciou dramaticamente como parte de uma campanha anticorrupção.

Sua partida repentina e sem precedentes ocorre durante um período de agitação política significativa no Vietnã, onde o expurgo anticorrupção e a luta entre facções resultaram na demissão de vários ministros.

Em uma reunião extraordinária fechada à mídia internacional, mais de 93% dos membros da Assembleia Nacional votaram a favor da renúncia de Phuc, informou a mídia estatal.

Sem sucessor, Vo Thi Anh Xuan, atual vice-presidente, torna-se automaticamente presidente interino, de acordo com a constituição.

O Vietnã autoritário é dirigido pelo Partido Comunista e oficialmente liderado pelo secretário-geral, presidente e primeiro-ministro.

As principais decisões são tomadas pelo politburo, que agora conta com 16.

A partida repentina de Phuc é um movimento altamente incomum no Vietnã, onde as mudanças políticas são normalmente cuidadosamente orquestradas, com ênfase na estabilidade cautelosa.

Na terça-feira (17), o Partido Comunista determinou que o homem de 68 anos era responsável por irregularidades cometidas por ministros seniores sob seu comando durante seu período de 2016 a 2021 como primeiro-ministro, antes de se tornar presidente.

Setor imobiliário da China encolhe 5,1% em 2022, mostra agência de estatísticas

O setor imobiliário da China encolheu 5,1% em 2022 em relação ao ano anterior, mostraram dados de valor agregado da Agência Nacional de Estatísticas, aumentando a pressão sobre as autoridades para reanimar o setor em 2023.

O valor agregado na indústria foi 7,2% menor no quarto trimestre do que no ano anterior, após uma contração anual de 4,2% observada no terceiro trimestre, segundo dados da agência.

Os números indicam que o setor imobiliário foi um dos maiores problemas para a economia chinesa no ano passado.

O crescimento econômico da China em 2022 caiu para uma das taxas mais fracas em quase meio século, atingido por uma queda no mercado imobiliário e por medidas rígidas da pandemia e surtos de Covid-19 que afetaram especialmente o segundo e o quarto trimestres.

As autoridades lançaram uma série de medidas econômicas para ajudar compradores de moradias e construtoras imobiliárias e aliviar um aperto de liquidez de longa data no setor, que atrasou a conclusão de muitos projetos habitacionais.

Apesar desse esforço, o investimento em imóveis em 2022 ainda foi 10% menor do que em 2021, a primeira queda desde que os registros começaram em 1999, e as vendas de imóveis caíram pelo maior nível desde 1992, mostrou a agência.

Inflação saudita sobe 3,3% ano a ano em dezembro de 2022

A taxa de inflação anual da Arábia Saudita aumentou 3,3% em dezembro de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021, de acordo com o último relatório divulgado pela Autoridade Geral de Estatísticas do Reino.

O relatório observou que o aumento no índice de preços ao consumidor do Reino foi impulsionado principalmente pelos preços mais altos de habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis, que subiram 5,9%, enquanto os preços de alimentos e bebidas aumentaram 4,2%.

A taxa de inflação da Arábia Saudita em dezembro é a mais alta desde junho de 2021, quando atingiu 6,2%.

De acordo com o relatório, os preços da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis aumentaram devido ao aumento das rendas reais da habitação em 6,8%, que por sua vez foi afetado pelo aumento dos preços dos arrendamentos de apartamentos em 18,1%.

Em novembro, a taxa de inflação na Arábia Saudita foi de 2,9%, enquanto se situava em 3,1% e 3% em setembro e outubro, respectivamente.

“Os preços da habitação foram o principal impulsionador da taxa de inflação em dezembro de 2022 devido à sua alta importância relativa na cesta de consumo saudita com um peso de 25,5%”, disse o GASTAT no relatório.

O relatório aponta ainda que os preços dos transportes no Reino aumentaram 4,1% face ao período homólogo, devido principalmente ao aumento dos preços de compra de automóveis em 5%.

Os preços dos restaurantes e hotéis registaram um aumento de 6,8% em dezembro, impulsionados por um aumento dos preços da restauração em 7%.

O relatório acrescentou que os preços da educação no Reino aumentaram 3,6% em relação ao ano anterior, com as taxas de educação pré-primária e primária subindo 5,9%.

Face a novembro, os preços da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis subiram 0,9%, enquanto os preços dos transportes e da restauração e hotelaria aumentaram 0,4% e 0,2%, respetivamente.

Inflação no Catar sobe 5,93% após a realização da Copa do Mundo

A inflação do Catar subiu 5,93% em relação ao ano anterior em dezembro de 2022, principalmente como resultado de um aumento nos preços de recreação e cultura, segundo dados da Autoridade de Planejamento e Estatística. 

O Índice de Preços ao Consumidor, medida abrangente da inflação, atingiu 108,20 pontos, registrando o maior salto anual desde setembro de 2022. 

Os dados do PSA divulgados na segunda-feira (16) indicaram que houve um aumento anual de preços em sete categorias, sendo o maior um aumento de 25,36% nos preços de recreação e cultura. 

Habitação, água, eletricidade e outros combustíveis seguiram-se com um aumento de 11,90%, restaurantes e hotéis 10,08% e alimentação e bebidas 1,62%.

Os três outros grupos, educação, transporte e móveis e equipamentos domésticos, todos testemunharam um aumento do IPC de menos de 1% ano a ano em dezembro. 

Os números significam que o Catar registrou o CPI mais alto entre as nações da região, e um relatório de classificação da Fitch publicado antes da Copa do Mundo da FIFA ser realizada no país antecipou as “pressões inflacionárias” do evento.

No entanto, o nível está abaixo dos níveis globais, cuja média foi de 8,3% em 2022, com economias avançadas situando-se em 6,6% e mercados emergentes e economias em desenvolvimento em 9,5%, segundo o Fundo Monetário Internacional.

A inflação anual do Catar caiu em quatro grupos, enquanto uma categoria permaneceu estável ao longo do ano. 

Guarda Revolucionária do Irã alocou US$ 3 bilhões em meio a economia paralisada

O regime do Irã está investindo bilhões de dólares no Corpo de Guardas Revolucionários Islâmicos enquanto o regime reforça seu aparato de segurança em meio a protestos, inflação crescente e uma economia em colapso.

A milícia recebeu US$ 3 bilhões no orçamento nacional, representando um aumento de 28% em relação ao ano passado, informou o The Times. No entanto, alguns especialistas estimam que sua receita real pode chegar a US$ 17 bilhões.

O IRGC, que desempenhou um papel na repressão violenta de protestos em todo o país, também recebe receita da venda ilegal de petróleo e é conhecido por financiar grupos terroristas em toda a região, incluindo o Hezbollah no Líbano e os Houthis no Iêmen.

O exército regular do Irã teve seu orçamento aumentado em 36%, para cerca de US$ 1,22 bilhão, e o orçamento da polícia aumentará em 44%, para US$ 1,55 bilhão.

O ministério de inteligência recebeu um aumento de 52%, aproximadamente US$ 500 milhões, enquanto o financiamento da prisão aumentou 55%, ou US$ 230 milhões.

O jornalista iraniano Kourosh Ziabari disse que a “militarização do orçamento” era contrária às necessidades do povo iraniano.

De acordo com o Centro Estatístico do Irã, a inflação atingiu mais de 50%, o nível mais alto da história recente. Mais da metade da população vive agora abaixo da linha da pobreza.

O especialista econômico iraniano Mardo Soghom disse ao The Times que as sanções ocidentais incapacitantes estavam forçando o governo a vender petróleo a preços reduzidos, com a China comprando a US$ 37 o barril, cerca de metade do preço global atual e deixando apenas US$ 7 de lucro para o Irã em cada barril.

Apesar de ter a segunda maior reserva de gás do mundo depois do Catar, o país carece de tecnologia para maximizar sua vasta riqueza. No auge do inverno, os iranianos estão sendo aconselhados a desligar o aquecimento.

“Eles precisam de plataformas maiores e bombas enormes para extrair o gás”, disse Soghom.

Até a rede de distribuição deles é uma fonte de desperdício, cerca de 40% da energia se perde, incluindo eletricidade.

Príncipe herdeiro da Arábia Saudita lança fundo de investimento em eventos definido para valer bilhões

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, anunciou o lançamento do Events Investment Fund (EIF), um fundo que visa desenvolver uma infraestrutura sustentável para os setores de cultura, turismo, entretenimento e esportes em todo o reino, informou a Saudi Press Agency relatado.

O FEI visa criar parcerias estratégicas para dinamizar a indústria local e aumentar o investimento estrangeiro. Ele irá conceituar, financiar e supervisionar o desenvolvimento de mais de 35 locais até 2030, informou a agência de notícias estatal.

O fundo se concentrará no desenvolvimento e aumento das oportunidades de investimento estrangeiro direto para uma contribuição de SR28 bilhões (US$ 7,45 bilhões) para o produto interno bruto do Reino até 2045.

A criação do EIF visa posicionar o Reino como o centro global de atividades culturais, turísticas, de entretenimento e esportivas. Procura desenvolver uma infraestrutura sustentável de classe mundial, incluindo arenas cobertas, galerias de arte, teatros, centros de conferências, pistas de corridas de cavalos, pistas de automobilismo e outras instalações em todo o Reino. O SPA informou que o fundo pretende entregar seu primeiro ativo até 2023.

O fundo está comprometido em manter os mais altos padrões ambientais, sociais e de governança. O objetivo é aumentar a contribuição anual do setor de turismo para o PIB para mais de 10% até 2030. O fundo também apoiará o Reino a atingir sua meta de se tornar um destino turístico global, atraindo mais de 100 milhões de visitantes até 2030 e tornando-o um dos países mais visitados do mundo.

Parlamento libanês não consegue eleger presidente pela 11ª vez

O parlamento do Líbano não conseguiu eleger um novo presidente pela 11ª vez na quinta-feira (19), prolongando um vácuo institucional em meio a uma das piores crises econômicas que o país enfrenta.

O MP Michel Moawad recebeu a maioria dos votos com 34, mas 37 legisladores devolveram votos em branco, de acordo com a agência de notícias libanesa.

Issam Khalife recebeu sete votos, enquanto Ziad Baroud ganhou apenas dois, e Edward Honein teve um.

Um governo provisório assumiu quando o ex-presidente Michel Aoun renunciou no final de outubro de 2022, paralisando uma série de reformas econômicas destinadas a impedir gastos desnecessários e combater a corrupção desenfreada.

As autoridades libanesas em abril de 2022 chegaram a um acordo provisório com o Fundo Monetário Internacional para um plano de recuperação condicionado a uma série de reformas econômicas e medidas anticorrupção.

No entanto, a organização internacional tem criticado os lentos esforços do Líbano para atender a essas demandas.

Enquanto isso, a libra libanesa atingiu na quinta-feira um novo recorde de baixa de 50.000 libras por dólar americano, disseram corretores de câmbio à Reuters, marcando uma perda de valor de mais de 95 por cento desde que o sistema financeiro do país implodiu em 2019.

A libra estava atrelada ao dólar a uma taxa de 1.507 em 1993, uma paridade que durou até 2019, quando décadas de gastos perdulários, má administração e corrupção desencadearam uma crise financeira.

Os bancos sem dinheiro do Líbano continuam a impor limites estritos às retiradas de moeda estrangeira desde outubro de 2019, amarrando as economias de milhões de pessoas.

Como a economia continua a afundar sem nenhuma reforma, alguns depositantes recorreram à invasão de agências bancárias e levaram suas economias presas à força.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
20/01/2023