Cenário Econômico Internacional – 03/02/2023

Cenário Econômico Internacional – 03/02/2023

Cenário Econômico Internacional – 03/02/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

OMS diz que Covid-19 ainda é uma emergência internacional

Três anos depois de a Organização Mundial da Saúde emitir o nível mais alto de alerta global sobre a Covid-19, disse na segunda-feira (30) que a pandemia continua sendo uma emergência internacional.

O comitê de emergência da agência de saúde da ONU para a Covid-19 se reuniu na última sexta-feira pela 14ª vez desde o início da crise.

Após essa reunião, o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, “concorda com o conselho oferecido pelo comitê em relação à pandemia de Covid-19 em andamento e determina que o evento continua a constituir uma emergência de saúde pública de interesse internacional (PHEIC)”, disse a organização em comunicado.

Tedros, disse, “reconhece as opiniões do comitê de que a pandemia de Covid-19 provavelmente está em um ponto de transição e aprecia o conselho do comitê para navegar por essa transição com cuidado e mitigar as possíveis consequências negativas”.

Mesmo antes da reunião, o chefe da OMS havia sugerido que a fase de emergência da pandemia não havia terminado, apontando para o aumento do número de mortes e alertando que a resposta global à crise “permanece prejudicada”.

“Ao entrarmos no quarto ano da pandemia, certamente estamos em uma posição muito melhor agora do que há um ano, quando a onda ômicron estava no auge e mais de 70.000 mortes eram relatadas à OMS a cada semana”, disse. ele disse ao comitê no início da reunião de sexta-feira (27).

Tedros disse que a taxa de mortalidade semanal caiu abaixo de 10.000 em outubro, mas voltou a subir desde o início de dezembro, enquanto o levantamento das restrições da Covid-19 na China levou a um aumento nas mortes.

Em meados de janeiro, quase 40.000 mortes semanais por Covid-19 foram relatadas, mais da metade delas na China, enquanto o número real “é certamente muito maior”, disse ele.

A OMS declarou pela primeira vez o chamado PHEIC, pois o que era então chamado de novo Coronavírus começou a se espalhar para fora da China em 30 de janeiro de 2020.

FMI eleva previsão de crescimento global em 2023 por reabertura da China e força nos EUA e Europa

O Fundo Monetário Internacional elevou na terça-feira (31) ligeiramente sua perspectiva de crescimento global em 2023 devido à demanda “surpreendentemente resistente” nos Estados Unidos e na Europa, alívio nos custos de energia e a reabertura da economia da China depois que Pequim abandonou suas rígidas restrições contra a Covid-19.

O FMI disse que o crescimento global ainda cairá para 2,9% em 2023 de 3,4% em 2022, mas suas últimas previsões no relatório Perspectiva Econômica Global marcam uma melhora em relação à previsão feita em outubro de crescimento de 2,7% este ano, com alertas de que o mundo pode facilmente cair em recessão.

Para 2024, o FMI disse que o crescimento global vai acelerar ligeiramente para 3,1%, mas isto é 0,1 ponto percentual abaixo da previsão de outubro, já que o impacto total do aumento mais acentuado das taxas de juros do Banco Central diminui a demanda.

O economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, disse que os riscos de recessão diminuíram e que os Bancos Centrais estão fazendo progressos no controle da inflação, mas é necessário mais trabalho para conter os preços e novas interrupções poderiam vir de uma nova escalada da guerra na Ucrânia e da batalha da China contra a Covid-19.

“Temos que estar preparados para esperar o inesperado, mas isso pode muito bem representar um ponto de inflexão, com o crescimento chegando ao fundo do poço e depois a inflação diminuindo”, disse Gourinchas aos repórteres sobre as perspectivas para 2023.

Desaceleração dos mercados emergentes atingiu menor nível em 2022, mas riscos permanecem, diz FMI

O Fundo Monetário Internacional elevou sua estimativa de crescimento da produção nos mercados emergentes para este ano, com projeções agora mostrando que a desaceleração econômica na região pode ter atingido o nível mais baixo em 2022, devido à reabertura da China, uma Índia resiliente e crescimento inesperado na Rússia.

Em sua atualização mais recente do relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI vê o crescimento nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento em 4% em 2023, 0,3 ponto percentual acima da projeção de outubro e 0,1 ponto percentual acima da estimativa de 3,9% para 2022. Para 2024, a projeção é de expansão de 4,2%.

A inflação, um obstáculo recente ao crescimento, é considerada alta, embora continue a desacelerar neste ano e no próximo. As economias emergentes e em desenvolvimento devem ter registrado aumentos de preços de 9,9% em 2022, desacelerando para 8,1% em 2023 e 5,5% em 2024, ainda acima da média de 4,9% do período de 2017 a 2019.

Liderando a taxa de crescimento em 2023, a estimativa para a Índia segue sendo de mais de 6% neste ano e no próximo, enquanto a revisão para cima da China em 0,8 ponto percentual a coloca no caminho para um crescimento acima de 5% este ano.

“Se olharmos para a China e a Índia juntas, elas respondem por cerca de 50% do crescimento mundial em 2023, portanto uma contribuição muito significativa”, disse Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe e diretor do departamento de pesquisa do FMI.

A Rússia, por outro lado, registrou um aumento de 2,6 pontos percentuais na projeção de crescimento para 2023, o que se traduz em uma estimativa de expansão de 0,3% neste ano. É de longe a maior revisão positiva entre as maiores economias.

As revisões para a Rússia se devem principalmente a uma receita de exportação “bastante alta” no ano passado, bem como a um estímulo fiscal forte de Moscou, parcialmente em gastos militares. No entendo, no médio prazo, ainda há uma forte queda na previsão de produção para a Rússia ligada à invasão da Ucrânia.

As expectativas para 2023 de Brasil e México, as maiores economias da América Latina, foram revisadas para cima em 0,2 e 0,5 ponto percentual, respectivamente. Para a América Latina e Caribe, o aumento geral na estimativa de crescimento foi de apenas 0,1 ponto percentual, para 1,8%.

Apesar da expectativa de crescimento mais rápido nos próximos anos para os mercados emergentes, quando considerados individualmente cerca de metade dessas economias tem projeções de crescimento em 2023 menores do que a estimativa para 2022, segundo o FMI.

ONU apresentará 8 robôs humanoides em cúpula sobre Inteligência Artificial

Oito robôs humanoides capazes de realizar tarefas para o bem social serão apresentados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em uma cúpula global sobre Inteligência Artificial (IA), que acontece nos dias 6 e 7 de julho em Genebra, na Suíça.

Por meio da União Internacional de Telecomunicações (ITU), a organização quer mostrar como as novas tecnologias e as IAs podem ajudar a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na luta contra a crise climática e o apoio à ação humanitária.

Estarão presentes no encontro mais de 20 especialistas em robótica e oito robôs humanoides, chamados Beonmi, Nadine, Sophia, Geminoid, 4NE-1, Ai-Da Robot, Grace e Desdemona. Eles mostrarão habilidades no combate a incêndios, distribuição de ajuda, prestação de cuidados à saúde e no manejo da agricultura sustentável.

“É do nosso interesse coletivo moldar a inteligência artificial mais rapidamente do que ela nos molda”, disse a nova secretária-geral da ITU, Doreen Bogdan-Martin, em comunicado.“Esta cúpula, a principal plataforma da ONU para a IA, reunirá as principais vozes que representam uma diversidade de interesses para garantir que a inteligência artificial possa ser um poderoso catalisador para o progresso em nossa corrida para salvar os ODS”, acrescentou.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (30), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, em um pregão marcado pela intensa liquidação de ações do setor de tecnologia. Com a agenda relativamente esvaziada, investidores mantiveram a cautela em relação ao pulso da economia global, enquanto aguardavam a decisão do Federal Reserve. O índice Dow Jones teve queda de 0,77%, a 33.717,09 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,30%, a 4.017,77 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,96%, a 11.393,81 pontos.

Na terça-feira (31), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, após um novo indício de arrefecimento da inflação nos Estados Unidos reforçar expectativa pela redução no ritmo de aperto monetário do Federal Reserve (Fed) na reunião marcada para quarta-feira (01). Uma bateria de balanços corporativos do quarto trimestre também esteve no radar de investidores. O índice Dow Jones teve alta de 1,09%, a 34.086,04 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,46%, a 4.076,60 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,67%, a 11.584,55 pontos.

Na quarta-feira (01), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, depois que o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, reconheceu que a inflação nos Estados Unidos começou a diminuir após um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de juros pelo Banco Central norte-americano, que emitiu um comunicado de que espera “aumentos contínuos”. O índice Dow Jones teve alta de 0,020%, a 34.092,96 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,05%, a 4.119,21 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 2,00%, a 11.816,32 pontos.

Na quinta-feira (02), as bolsas de valores de Nova York operavam mistas, conforme a Meta Platforms disparava após reduzir previsão de custos, enquanto uma mensagem mais branda do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, aumentava as apostas em um pouso mais suave para a economia dos Estados Unidos. Por volta das 13h50, o índice Dow Jones registrava queda de 0,32%, a 33.982,67 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 1,39%, a 4.176,42 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 2,88%, a 12.156,42 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 27.01.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (27) cotado a R$ 5,2077 com alta de 0,74%. O fortalecimento da moeda norte-americana no exterior abriu espaço para um movimento de correção no mercado de câmbio local, em dia de retorno das preocupações com o rumo da política fiscal, na esteira de sinais contraditórios vindos do governo Lula.

Na segunda-feira (30) – O dólar à vista registrou alta de 0,06%, cotado a R$ 5,1150 na venda. Ainda assim com a moeda brasileira tendo performance melhor do que a maioria de seus pares, enquanto agentes financeiros seguem na expectativa pelas decisões de política monetária a serem divulgadas nesta semana. O dólar oscilou entre R$ 5,1341 na máxima e R$ 5,0842 na mínima.

Na terça-feira (31) – O dólar à vista registrou queda de 0,75%, cotado a R$ 5,0767 na venda. Diante do enfraquecimento da moeda norte-americana no exterior, após dados nos Estados Unidos reforçarem sinais de arrefecimento da inflação, e com recepção positiva no mercado a declarações de autoridades do Ministério da Fazenda. O dólar oscilou entre R$ 5,1455 na máxima e R$ 5,0712 na mínima.

Na quarta-feira (01) – O dólar à vista registrou queda de 0,32%, cotado a R$ 5,0605 na venda. Com ativos de risco do mundo inteiro reagindo positivamente à decisão de política monetária do Federal Reserve, que veio em linha com o esperado, e ao discurso relativamente brando do chefe do Banco Central norte-americano, Jerome Powell. O dólar oscilou entre R$ 5,1122 na máxima e R$ 5,05 na mínima.

Na quinta-feira (02) – Por volta das 13h50, o dólar operava em queda de 1,00% cotado a R$ 5,0098 na venda. Depois que uma nova desaceleração no ritmo de aperto monetário do Federal Reserve e a manutenção da Selic em patamar elevado pelo Banco Central pintaram um quadro de diferencial de juros favorável à divisa doméstica.

Republicanos reelegem McDaniel, apoiada por Trump, como presidente do partido

O Comitê Nacional do Partido Republicano (RNC) dos EUA reelegeu Ronna McDaniel para um quarto mandato como presidente da legenda, dando um mandato pode manter a candidata apoiada por Donald Trump no principal posto do partido até as eleições presidenciais de 2024.

McDaniel venceu a desafiante Harmeet Dhillon por 111 votos a 51 por mais um mandato de dois anos em uma reunião de membros do RNC em Dana Point, na Califórnia, de acordo com uma autoridade do partido.

Os apoiadores de Dhillon expressaram descontentamento com a liderança do partido, dizendo que os recentes resultados eleitorais decepcionantes dos republicanos indicam a necessidade de mudança na forma como o RNC é liderado.

Durante seus três primeiros mandatos como presidente do Partido Republicano, McDaniel viu a derrota de Trump nas eleições presidenciais de 2020, assim como o desempenho aquém do esperado nas eleições de meio de mandato em novembro passado.

“É fundamental para nossas chances em 2024 que aqueles que apoiaram minha campanha se unam ao nosso partido e seus candidatos”, disse Dhillon, uma advogada da Califórnia que representou Trump em litígios eleitorais, em um comunicado.

Apoiadores de Dhillon disseram à Reuters que seu voto para derrubar McDaniel não foi um voto anti-Trump, mas um reflexo da insatisfação popular com a estrutura do partido.

Presidente do México chama titular do órgão eleitoral do país de racista e farsante

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse na segunda-feira (30) que o titular do Instituto Nacional Eleitoral (INE), Lorenzo Córdova, é um racista e um farsante.

O governo do México está em disputa com a autoridade eleitoral do país.

“É um servidor público, do meu ponto de vista, sem princípios, sem ideais, um farsante”, afirmou o presidente em uma entrevista coletiva.

Córdova “também demonstra que os graus e os títulos não são sinônimos de cultura, porque ele tem doutorado e é um racista”, afirmou López Obrador.

A acusação de racismo se refere a uma gravação de 2015 em que Córdova ridiculariza a forma de se comunicar de um homem indígena.

Tanto Córdova quanto outros membros do INE criticaram uma reforma eleitoral que o Congresso, dominado pelos governistas, aprovou em dezembro, que reduz o orçamento e a estrutura do órgão eleitoral.

Os funcionários alegam que se a reforma for aplicada, a realização de eleições confiáveis e transparentes estará em risco.

Espera-se que o INE e os partidos de oposição impugnem a norma perante a Suprema Corte do país.

No domingo (29), durante a apresentação de um livro que escreveu junto com Ciro Murayama, também integrante do INE, Córdova chamou os cidadãos a promoverem proteções contra a reforma eleitoral impulsionada pelo governo de López Obrador.

López Obrador rejeitou essas críticas, argumentando que o INE é ostentoso e apoiou fraudes eleitorais anteriormente.

EUA: “Tortura do teto da dívida” eleva risco de recessão, diz ING Economics

A perspectiva de dificuldade para um acordo para elevação do teto da dívida americana, em meio a um Congresso dividido, pode causar volatilidade nos mercados, no melhor dos casos, enquanto o pior cenário resultante de um calote tenderia a aumentar o risco de uma recessão mais profunda.

O impasse político tem potencial para durar um período maior do que em episódios anteriores, levando consequências na economia e nos mercados financeiros. O receio do ING é que a briga dos partidos resulte no fechamento de departamentos do governo, trabalhadores ​​sem pagamento, rebaixamentos de dívidas e um calote intencional pela primeira vez na história dos Estados Unidos.

O teto da dívida, existente desde 1917, traz um limite para o nível total de empréstimos do governo. De forma periódica, os parlamentares votam o aumento desse montante máximo, sendo que nos últimos 106 anos, o teto foi elevado mais de 100 vezes.

“Não fazer isso significa que o governo dos EUA não pode mais tomar dinheiro emprestado, levando a um risco muito real de não conseguir financiar suas obrigações, incluindo o pagamento de seus trabalhadores e os juros de suas dívidas pendentes. Essa é a situação em que nos encontramos hoje, com os empréstimos do governo no limite de US$ 31,381 trilhões”, detalham os analistas James Knightley, Padhraic Garvey e Chris Turner.

Caso o teto não sofra alterações e o governo fique, de fato, sem recursos, poderá suspender serviços não essenciais e obrigar funcionários do governo a entrarem em licença sem remuneração. “A crise do teto da dívida de 1995 viu 800.000 funcionários do governo dispensados ​​por cinco dias depois que uma Câmara controlada pelos republicanos se recusou a apoiar o orçamento do presidente democrata Bill Clinton e posteriormente vetou o projeto de lei republicano de gastos”, lembra o ING, que apontou outros problemas como queda de 40 pb nos rendimentos do Tesouro de 10 anos. Em 2011, o mesmo problema resultou na perda da classificação AAA dos EUA pela S&P e no recuo de 17% no S&P 500 entre 22 de julho e 8 de agosto.

Se um acordo não for viabilizado, todos os gastos além do que o governo arrecada com a receita tributária teriam que parar. “Isso significa que os gastos com defesa e os pagamentos de benefícios sociais enfrentam cortes dramáticos e os pagamentos e resgates de juros da dívida param, o que significa a inadimplência dos Estados Unidos”, completa o ING.

FMI eleva projeção de crescimento da Argentina para 4,6%

O Economista Chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Pierre-Olivier Gourinchas, anunciou a revisão em alta do Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina para 4,6% em 2022, um crescimento de 0,5% antes da previsão anterior, devido à forte atividade da indústria fabricação e comércio varejista.

Durante a apresentação do World Economic Outlook em janeiro, Gourinchas alertou que haverá uma desaceleração nos próximos anos, com crescimento de 2% neste ano, afetado pela recessão global e fatores externos como a guerra na Europa.

“Existem políticas de ajuste que estão sendo implementadas no país, que endurecem a política monetária e fiscal, e que vão tentar ancorar a inflação alta daqui para frente”, disse, acrescentando que estima que as metas pactuadas no programa de reestruturação da dívida externa serão cumpridas.

Custos trabalhistas nos EUA desaceleram no 4° trimestre

Os custos trabalhistas nos Estados Unidos aumentaram menos do que o esperado no quarto trimestre, uma vez que o crescimento dos salários desacelerou, o que oferece um impulso ao Federal Reserve em sua batalha contra a inflação.

O Índice de Custos do Emprego (ECI, na sigla em inglês), a medida mais ampla de custos trabalhistas, subiu 1,0% no quarto trimestre, após aumentar 1,2% no período de julho a setembro, informou o Departamento do Trabalho na terça-feira (31).

Economistas consultados pela Reuters projetavam alta de 1,1%.

Os custos de mão de obra aumentaram 5,1% em relação ao ano anterior, após avanço de 5,0% no terceiro trimestre.

O ECI é amplamente visto por formuladores de políticas e economistas como uma das melhores medidas da ociosidade do mercado de trabalho e um sinalizador do núcleo da inflação.

O relatório foi publicado no dia em que autoridades do Fed iniciam reunião de política monetária.

Fed sobe juros em 0,25 p.p., mas ainda antecipa “aumentos contínuos”

O Federal Reserve elevou sua meta de taxa de juros em 0,25 ponto percentual na quarta-feira (01), mas continuou a prometer “aumentos contínuos” nos custos de empréstimos como parte de sua batalha ainda não resolvida contra a inflação.

“A inflação diminuiu um pouco, mas continua elevada”, disse o Banco Central dos Estados Unidos em um comunicado que marcou um reconhecimento explícito do progresso feito na redução do ritmo de alta de preços em relação às máximas em 40 anos atingidas no ano passado.

Ainda assim, o Fed disse que a economia dos EUA desfruta de “crescimento modesto” e ganhos “robustos” de empregos, com os formuladores de política monetária ainda “altamente atentos aos riscos de inflação”.

“O Comitê (Federal de Mercado Aberto) antecipa que os aumentos contínuos na meta da taxa de juros serão apropriados para atingir uma postura de política monetária que seja suficientemente restritiva para trazer a inflação de volta para 2% ao longo do tempo”, disse o Fed.

O chair do Fed, Jerome Powell, não perdeu tempo enfatizando que o recente progresso na inflação, embora “gratificante”, ainda é insuficiente para sinalizar o fim das altas de juros.

“Precisaremos de muito mais evidências” de que a inflação está diminuindo para termos confiança de que ela está voltando para a meta”, disse Powell em entrevista coletiva após o final da reunião de política monetária de dois dias.

Dito isso, Powell afirmou acreditar que há uma trajetória de volta à meta de inflação de 2% do Fed sem uma desaceleração econômica significativa, e que podem faltar apenas “mais alguns aumentos de juros” para que se alcance o nível que o Banco Central considera suficientemente restritivo para reduzir a inflação.

Nikki Haley está pronta para entrar na corrida presidencial de 2024 nos EUA

Com o início da campanha planejado para 15 de fevereiro em Charleston, Carolina do Sul, a mulher de 51 anos se tornaria a segunda principal candidata republicana à presidência, depois que seu ex-chefe, Donald Trump, lançou sua candidatura em novembro.

A Sra. Haley seria a terceira indiana-americana a buscar uma indicação presidencial. Ela segue o governador da Louisiana, Bobby Jindal, cuja candidatura em 2015 nunca ganhou força significativa, e a atual vice-presidente Kamala Harris, que buscou a indicação de 2020.

Durante seu tempo como governadora da Carolina do Sul, a Sra. Haley desenvolveu uma reputação como uma líder amiga dos negócios que se concentrava em atrair grandes empresas para o estado. Ela ganhou destaque nacional por sua resposta ao tiroteio em massa com motivação racial na Igreja Emanuel AME de Charleston em 2015, que incluiu um esforço bem-sucedido para remover a bandeira confederada do terreno da capital do estado em Columbia.

Embora ela tenha apoiado o senador da Flórida Marco Rubio na disputa presidencial republicana de 2016, Trump ofereceu a ela um cargo em seu gabinete como embaixadora da ONU depois que ele ganhou a Casa Branca. Ela serviu lá por dois anos e, ao contrário de muitos dos primeiros nomeados de Trump, nunca teve um desentendimento público com o presidente.

A Sra. Haley, no entanto, criticou o comportamento do Sr. Trump até e durante o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos Estados Unidos por seus apoiadores. No dia seguinte ao motim, ela disse em um discurso que “suas ações desde o dia da eleição serão julgadas duramente pela história”.

Congresso do Peru rejeita eleição antecipada apesar dos protestos

Eleições antecipadas são uma das principais demandas dos manifestantes que realizam manifestações quase diárias nas últimas sete semanas, desde que o então presidente Pedro Castillo foi deposto.

A proposta de eleições antecipadas é apoiada por sua sucessora, Dina Boluarte, mas o Congresso está profundamente dividido.

A votação dessa semana, foi a terceira tentativa de adiar as eleições para este ano.

O Peru mergulhou na crise em 7 de dezembro, quando Pedro Castillo tentou dissolver o Congresso para evitar uma votação de impeachment contra ele.

O Congresso ignorou sua tentativa de dissolver a legislatura e prosseguiu com seu impeachment.

Castillo foi preso e está na prisão enfrentando acusações de rebelião e conspiração.

Dina Boluarte, sua vice-presidente, denunciou o que disse ter sido uma tentativa de golpe e foi empossada pelo Congresso como a nova presidente do país.

A princípio, ela disse que cumpriria todo o mandato presidencial até o final de 2026. Mas em poucos dias, com o país atingido por protestos em todo o país, ela instou o Congresso a antecipar a eleição.

Os legisladores concordaram em mudar a data da eleição para abril de 2024.

No entanto, a concessão não conseguiu diminuir a raiva dos manifestantes que exigem uma chance de eleger não apenas um novo presidente, mas também um novo Congresso, que muitos acham que gasta mais tempo brigando do que cuidando das necessidades dos peruanos.

Quase 50 pessoas foram mortas em confrontos entre manifestantes e as forças de segurança. O transporte e o turismo, uma das principais fontes de receita do Peru, foram severamente interrompidos.

O presidente Boluarte pediu calma e instou o Congresso a adiar novamente as eleições, propondo dezembro de 2023 como nova data.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (30), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, depois que dados de inflação mais elevados do que o esperado da Espanha alimentaram o nervosismo do mercado, à medida que investidores se preparam para uma série de aumentos nos juros de importantes Bancos Centrais nesta semana. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,17%, a 454,40 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,21%, a 7.082,01 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,16%, a 15.126,08 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,02%, a 5.876,20 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,12%, a 9.049,30 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,25%, a 7.784,87 pontos.

Na terça-feira (31), as bolsas europeias fecharam mistas, enquanto investidores ponderaram dados que indicaram crescimento da economia da zona do euro no quarto trimestre com a inesperada queda das vendas no setor varejista alemão, além de balanços corporativos. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,17%, a 454,40 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,01%, a 7.082,42 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,01%, a 15.128,27 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,17%, a 5.886,34 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,10% a 9.040,20 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,17% a 7.771,70 pontos.

Na quarta-feira (01), as bolsas europeias fecharam mistas, com investidores mantendo cautela no aguardo das decisões do Federal Reserve, que ocorre ainda nesta quarta, e do Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra na quinta-feira (02). Pouco antes do fechamento do pregão, as bolsas também foram empurradas para baixo por dados dos EUA. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,03%, a 453,09 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,07%, a 7.077,11 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,35%, a 15.180,74 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,35%, a 5.907,01 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,71%, a 9.097,80 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,14% a 7.761,11 pontos.

Na quinta-feira (02), as bolsas europeias fecharam em alta, com os investidores digerindo os aumentos das taxas de juros pelos Bancos Centrais europeus e o último movimento do Federal Reserve dos EUA. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,37%, a 459,29 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,26%, a 7.166,27 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 2,16%, a 15.508,66 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,85%, a 5.957,07 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,54%, a 9.238,20 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,76%, a 7.820,16 pontos.

Confiança econômica da zona do euro sobe em janeiro para máxima de sete meses

A confiança econômica da zona do euro subiu para uma máxima de sete meses em janeiro com mais otimismo em todos os setores, exceto construção, e em meio à forte queda das expectativas de inflação entre consumidores e empresas, mostraram dados na segunda-feira (30).

O Índice de Confiança Econômica da Comissão Europeia subiu para 99,9 este mês, o nível mais alto do índice desde junho de 2022, contra 97,1 em dezembro em revisado para cima.

O otimismo crescente destaca as expectativas de que uma desaceleração econômica esperada nos 20 países que compartilham o euro, caso aconteça, deve ser superficial, apesar das crises de preço de energia e custo de vida e da guerra na Ucrânia.

A pesquisa mensal da Comissão mostrou que as expectativas de inflação entre os consumidores caíram para 17,7 em janeiro, de 23,2 em dezembro, bem abaixo da média de longo prazo de 20,0, uma tendência que deve agradar ao Banco Central Europeu, que tem elevado os juros de forma acentuada para conter a inflação.

As expectativas de preço de venda entre os fabricantes também caíram acentuadamente para 31,9 em janeiro, de 37,8 em dezembro, um sinal de que as pressões inflacionárias na produção também estão diminuindo.

A Comissão disse que o otimismo na indústria subiu para 1,3, de -0,6 em dezembro, e nos serviços para 10,7, de 7,7. A confiança entre os consumidores melhorou para -20,9 em janeiro, de -22,1, e no setor de varejo para -0,8, de -2,7.

Ucrânia pede suprimentos de armas mais rápidos enquanto a Rússia pressiona ofensiva no Leste

Ataques de mísseis russos mataram três pessoas na cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, enquanto os combates aconteciam na região leste de Donetsk, onde a Rússia novamente bombardeou a cidade-chave de Vuhledar, disseram autoridades ucranianas.

O presidente Volodymyr Zelensky disse que a Ucrânia enfrenta uma situação difícil em Donetsk e precisa de suprimentos de armas mais rápidos e novos tipos de armamento, apenas alguns dias depois que os aliados concordaram em fornecer a Kiev tanques de guerra pesados.

“A situação é muito difícil. Bakhmut, Vuhledar e outros setores na região de Donetsk – há constantes ataques russos”, disse Zelensky em um vídeo na noite de domingo.

“A Rússia quer que a guerra se arraste e esgote nossas forças. Portanto, temos que fazer do tempo nossa arma. Temos que acelerar os eventos, acelerar os suprimentos e abrir novas opções de armas para a Ucrânia”.

Três pessoas morreram e seis ficaram feridas no domingo por ataques russos em Kherson, que danificaram um hospital e uma escola, disse a administração regional.

As tropas russas ocuparam Kherson logo após a invasão da Ucrânia por Moscou em fevereiro de 2022 e mantiveram a cidade até que as forças ucranianas a recapturassem em novembro. Desde sua libertação, a cidade tem sido regularmente bombardeada de posições russas do outro lado do rio Dnipro.

Depois de vários meses em queda, inflação na Espanha sobe para 5,8%

Os preços em Espanha subiram 5,8% este mês, comparando com janeiro de 2022, segundo uma estimativa oficial, que a confirmar-se, revela a primeira subida da inflação no país (numa décima) em cinco meses.

A taxa de inflação (subida dos preços comparando com o mesmo mês do ano anterior) foi de 10,5% em agosto, 8,9% em setembro, 7,3% em outubro, 6,8% em novembro e 5,7% em dezembro em Espanha, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol.

A Espanha fechou o ano passado com a inflação mais baixa da União Europeia, depois de no primeiro semestre de 2022 ter tido dos valores mais elevados e de em julho ter registado a taxa mais alta no país desde 1984.

Apesar do aumento recorde dos preços dos alimentos, que em dezembro voltou a situar-se acima dos 15% (15,7%), comparando com o mesmo mês do ano passado, valores que são os mais altos desde 1994, como sublinhou hoje o INE.

Segundo a estimativa para janeiro, sem os preços dos alimentos não elaborados e da energia (inflação subjacente), a variação dos preços em janeiro foi 7,5% em Espanha, mais cinco décimas do que os 7% de dezembro.

O aumento da inflação prevista em janeiro “deve-se, principalmente, aos preços dos combustíveis”, segundo o INE espanhol, que fez algumas mudanças no cálculo este mês, como a introdução dos preços da eletricidade no mercado livre, que excluía até agora.

França tem crescimento de 0,1% no 4º trimestre com alívio de crise energética

A França registrou leve crescimento no último trimestre de 2022, com a queda das importações de energia e os investimentos empresariais compensando um recuo nos gastos dos consumidores, mostraram números preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados na terça-feira (31).

A segunda maior economia da zona do euro cresceu 0,1% no período, abaixo dos 0,2% no terceiro trimestre, disse a agência nacional de estatísticas INSEE.

No entanto, os números preliminares do quarto trimestre superaram as previsões. Uma pesquisa da Reuters sobre as expectativas dos economistas havia previsto estagnação para o trimestre.

Os números do PIB da França no quarto trimestre também forneceram um contraste positivo com a Alemanha depois que dados da segunda-feira mostraram que a maior economia da zona do euro havia encolhido inesperadamente no quarto trimestre.

Para 2022 como um todo, a economia francesa cresceu 2,6%, em linha com as expectativas do governo.

“No papel, a França deve resistir melhor aos choques da política energética e monetária do que muitas outras economias europeias”, disse o economista Andrew Kenningham, economista-chefe da Capital Economics.

“Entretanto, a fraqueza da demanda interna no final do ano passado sugere que uma recessão é provável, embora não certa”, acrescentou ele.

Como em outras grandes economias, a França teve que enfrentar os altos preços de importação de energia durante grande parte de 2022, portanto, uma queda nos preços do gás e da energia no final do ano proporcionou um alívio muito necessário.

A INSEE disse que o comércio exterior acrescentou 0,5 ponto percentual ao PIB no último trimestre de 2022, já que as exportações caíram apenas 0,3 ponto percentual contra 1,9% para as importações com preços de energia mais baixos.

Isso ajudou a compensar a demanda interna fraca e a redução de estoques por empresas, o que subtraiu 0,2 ponto percentual do PIB.

Como a inflação recorde corroeu o poder de compra das famílias, os gastos dos consumidores pesaram sobre a demanda interna geral, caindo 0,9% em relação aos três meses anteriores.

Enquanto isso, os investimentos das empresas resistiram, crescendo 0,8%, embora isso tenha marcado uma forte desaceleração em relação aos 2,3% que a INSEE registrou nos três meses anteriores.

Vendas no varejo da Alemanha registram queda inesperada em dezembro em meio a alta de preços

As vendas no varejo da Alemanha caíram de forma inesperada em dezembro, com o período de compras de Natal prejudicado pela inflação alta e a crise energética reavivando temores de uma desaceleração mais acentuada na maior economia da Europa.

As vendas no varejo caíram 5,3% em dezembro em comparação com o mês anterior, informou o escritório federal de estatísticas. Analistas consultados pela Reuters previam um aumento de 0,2% em termos ajustados a preços.

“A forte queda nas vendas no varejo mostrou que nem mesmo o mercado de trabalho sólido por impedir que a inflação alta e a incerteza afetem o consumo privado”, disse Carsten Brzeski, chefe global de macro no ING.

As vendas no varejo caíram 6,4% em dezembro em termos reais na comparação com o ano anterior, informou o escritório de estatísticas.

Um pagamento único feito às famílias em dezembro como parte das medidas de alívio do governo para enfrentar o aumento das contas de energia ajudou a desacelerar a inflação harmonizada naquele mês para 9,6%, mas aparentemente fez pouco para estimular os gastos do consumidor.

Protestos na França contra a reforma previdenciária de Macron ganham força

Protestos contra o plano do presidente francês Emmanuel Macron de reformar o sistema previdenciário ganharam força, com mais de 1,27 milhão de pessoas nas ruas, segundo o Ministério do Interior.

O número de manifestantes aumentou ligeiramente em relação a uma primeira rodada de protestos em 19 de janeiro, pressionando o governo que luta para convencer os eleitores da necessidade das mudanças.

“O governo deve ouvir a rejeição massiva deste projeto e retirá-lo”, disse Patricia Drevon, do sindicato Force Ouvriere, em entrevista coletiva conjunta com outros líderes trabalhistas.

Mais dois dias de greves e protestos foram anunciados para a próxima semana, na terça e no sábado.

O plano de Macron de aumentar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos é uma política emblemática de seu segundo mandato, que ele defendeu na segunda-feira como “essencial”, dadas as previsões de déficits nos próximos anos.

“A reforma do sistema previdenciário está gerando questionamentos e dúvidas. Nós ouvimos isso”, escreveu a primeira-ministra Elisabeth Borne no Twitter, enquanto insistia na “responsabilidade” do governo de realizar as mudanças.

Os sindicatos afirmaram que o comparecimento em todo o país na terça-feira foi de cerca de 2,5 milhões, com a extrema esquerda CGT sugerindo 2,8 milhões no início do dia.

Greves paralisaram transportes, escolas e outros serviços públicos em todo o país.

“É uma das maiores manifestações organizadas em nosso país em décadas”, disse o chefe do sindicato moderado CFDT, Laurent Berger, enquanto uma grande multidão dominada por sindicalistas, funcionários do setor público e estudantes começava a marchar em Paris.

Os últimos protestos comparáveis ​​foram em 2010, também contra a reforma previdenciária, que atingiram 1,23 milhão de pessoas em seu pico, segundo dados oficiais, e 3,5 milhões, segundo os sindicatos.

Inflação da zona do euro cai mais do que o esperado em janeiro, mas núcleo mantém pressão

A inflação da zona do euro diminuiu pelo terceiro mês consecutivo em janeiro, mas o alívio pode ser limitado uma vez que o aumento do núcleo do índice de preços se manteve estável e já foram levantadas preocupações sobre a confiabilidade dos números.

A inflação anual no bloco monetário de 20 nações caiu para 8,5% no mês passado, de 9,2% em dezembro, segundos dados da agência de estatísticas da União Europeia na quarta-feira (01).

O número ficou bem abaixo da expectativa de 9% em pesquisa da Reuters.

O crescimento dos preços tem caído rapidamente desde que atingiu um recorde de 10,6% em outubro, mas o Banco Central Europeu já prometeu mais aumentos dos juros, temendo que sem custos de empréstimo mais altos a inflação possa ficar acima de sua meta de 2%.

O BCE vai se reunir na quinta-feira e deve aumentar os juros em 0,5 ponto percentual, para 2,5%, e a maior questão é quanto mais de aperto irá sinalizar.

É pouco provável que a queda da inflação elimine as preocupações das autoridades conservadoras de que o rápido crescimento dos preços está se enraizando, uma preocupação reforçada pelo núcleo da inflação nesta quarta-feira.

Excluindo os preços de alimentos e combustíveis, a inflação subiu de 6,9% para 7%, enquanto uma medida ainda mais restrita observada de perto pelo BCE manteve-se em 5,2%, superando as previsões de 5,1%.

O núcleo da inflação foi impulsionado por um salto nos preços de alimentos processados e bens industriais, mas a inflação dos serviços aliviou um pouco.

Outra questão é a confiabilidade dos dados. Ao contrário de outros meses, os dados da Alemanha, a maior economia do bloco, estão faltando, e a Eurostat foi forçada a usar uma estimativa baseada em modelos.

Os números de janeiro também são propensos a uma volatilidade incomum devido às mudanças de preços no início do ano, dizem economistas.

Banco da Inglaterra eleva juros em 50 bps, para 4%; sugere pico no meio do ano

O Banco da Inglaterra elevou sua principal taxa de juros em mais 50 pontos-base na quinta-feira (02), alertando que sua batalha contra a inflação ainda não acabou, mas levantou a possibilidade de um fim do aperto de sua política até meados do ano.

A medida, que era esperada pelos mercados financeiros, leva a taxa do Banco a 4%, a mais alta desde o crash financeiro de 2008.

Ao aumentar o custo das hipotecas e do crédito ao consumidor, ameaça acentuar uma já clara desaceleração econômica. O Fundo Monetário Internacional espera que o Reino Unido seja a única economia do G7 a encolher este ano, e os gastos das famílias já mostravam sinais de desaceleração no final do ano passado.

No entanto, o Banco foi forçado a continuar aumentando as taxas de juros porque a inflação também está mais alta do que nos EUA ou no resto da Europa e, em 10,5% em dezembro, não caiu tão rapidamente como tem em outros lugares.

“A inflação do IPC começou a recuar e é provável que caia acentuadamente no resto do ano como resultado de movimentos anteriores nos preços de energia e outros bens”, disse o Banco em um comunicado que acompanha as decisões. “No entanto, o mercado de trabalho continua apertado e as pressões domésticas de preços e salários têm sido mais fortes do que o esperado, sugerindo riscos de maior persistência da inflação subjacente.”

Mesmo assim, seus cálculos ainda mostraram que as atuais expectativas do mercado de um pico nas taxas em torno de 4,5% em meados de 2023 eram consistentes com a inflação caindo para sua meta de 2% no médio prazo. Isso sugere que não vê necessidade de aumentar a taxa do Banco em mais de 50 pontos básicos.

Assim como em dezembro, o Comitê de Política Monetária não foi unânime em sua decisão, com dois membros votando pela manutenção da taxa do Banco.

Os mercados do Reino Unido reagiram fortemente à orientação do Banco, que foi o sinal mais claro, mas está se aproximando do fim de seu ciclo de aperto.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (30), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, após uma semana de ganhos em Wall Street e à espera da decisão de juros do Federal Reserve. Em Hong Kong, os negócios foram pressionados por especulação sobre possível mudança da sede do Alibaba. O índice Xangai teve alta de 0,14%, a 3.269,32 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,19%, a 27.433,40 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,73%, a 22.069,73 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,47%, a 4.201,34 pontos.

Na terça-feira (31), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, com investidores demonstrando cautela antes de esperados novos aumentos de juros nos EUA e na Europa e após dados mostrarem recuperação mais fraca do que se esperava na manufatura chinesa. O índice Xangai teve queda de 0,42%, a 3.255,67 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,39%, a 27.327,11 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,03%, a 21.842,33 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,06%, a 4.156,86 pontos.

Na quarta-feira (01), as bolsas asiáticas fecharam em alta, os mercados acionários da Ásia se estabilizaram, com sinais de uma desaceleração dos salários nos Estados Unidos reforçando as esperanças de que o Fed pode indicar o fim dos aumentos de juros ao final de sua reunião. O índice Xangai teve alta de 0,90%, a 3.284,92 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,072%, a 27.346,88 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,05%, a 22.072,18 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,94%, a 4.195,93 pontos.

Na quinta-feira (02), as bolsas asiáticas fecharam mistas, o apetite por risco predominou na Ásia após o Fed elevar seus juros em 25 pontos-base, aliviando o ritmo de aperto monetário depois do aumento de 50 pontos-base de dezembro, como era amplamente esperado. O índice Xangai teve alta de 0,02%, a 3.285,67 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,20%, a 27.402,05 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,52%, a 21.958,36 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,35%, a 4.181,15 pontos.

China quer aumentar o consumo e importações com resfriamento de demanda global

O gabinete da China disse no sábado (28) que promoverá uma recuperação do consumo como o principal motor da economia e impulsionará as importações, informou a emissora estatal CCTV, em um momento em que as principais economias do mundo estão à beira da recessão.

Em uma reunião presidida pelo primeiro-ministro, Li Keqiang, o conselho de Estado da China também prometeu acelerar o lançamento de projetos de investimento estrangeiro, manter um iuan estável, facilitar as viagens internacionais e ajudar as empresas a participarem de feiras de negócios domésticas e internacionais.

O gabinete também reafirmou apoio ao setor privado e à economia de plataformas digitais, que sofreram uma série de repressões regulatórias nos últimos anos. Também discutiu medidas para apoiar os agricultores a iniciar o plantio na primavera, incluindo subsídios para a semeadura da soja, informou a CCTV.

Durante o feriado do Ano Novo Lunar, que dura uma semana e terminou na sexta-feira (27), o consumo na China aumentou 12,2% em relação ao mesmo período do ano passado, informou a autoridade tributária neste sábado, refletindo uma recuperação após o relaxamento de algumas das restrições mais rígidas contra a Covid-19.

Analistas da corretora japonesa Nomura disseram neste sábado que o consumo de serviços pessoais se recuperou notavelmente na China, como visto na recuperação das viagens e nas receitas do turismo. Mas eles disseram que as famílias provavelmente serão moderadas na liberação de demanda reprimida.

As exportações chinesas encolheram acentuadamente em dezembro com o arrefecimento da demanda global e um declínio mais modesto nas importações levou os analistas econômicos a preverem uma lenta recuperação da demanda doméstica nos próximos meses.

A economia da China cresceu 3% em 2022, quando ainda estavam em vigor medidas rigorosas de isolamento social, bem abaixo da meta oficial de “cerca de” 5,5%, mostraram dados oficiais no início deste mês.

O crescimento da China deve se recuperar para 4,9% em 2023, antes de se estabilizar em 2024, de acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas.

Banco Central do Japão deve estabelecer inflação em 2% como meta de longo prazo, diz painel

Um painel de acadêmicos e empresários recomendou ao Banco do Japão na segunda-feira (30) que torne sua meta de inflação de 2% um objetivo de longo prazo, em vez de uma meta que precise ser alcançada o mais rápido possível, em meio ao custo crescente do afrouxamento monetário prolongado.

A redefinição da meta precisa ser feita em um novo acordo de política monetária entre o governo e o Banco Central que substituiria o elaborado em 2013, disse o painel.

Na proposta, o painel também pediu a necessidade de aumentar os juros de acordo com os fundamentos econômicos e normalizar o funcionamento do mercado de títulos do Japão.

“A forma como o Banco do Japão conduz a política monetária deve ser reformulada”, disse Yuri Okina, uma participante do painel que é considerada uma das candidatas a se tornar a próxima vice-presidente do Banco Central, em entrevista coletiva.

“Ao tornar a inflação de 2% uma meta de longo prazo, o Banco do Japão pode tornar sua política monetária mais flexível”, disse ela.

Com o aumento dos custos das matérias-primas elevando a inflação bem acima de sua meta de 2%, o Banco Central japonês viu sua política ultrafrouxa ser atacada por investidores que apostam que a instituição aumentará os juros quando o segundo mandato de cinco anos do presidente Haruhiko Kuroda terminar em abril, e os de seus dois vices em março.

Nesta segunda-feira no Parlamento, Kuroda reiterou a importância de manter uma política monetária ultrafrouxa.

“A incerteza em relação à economia do Japão é extremamente alta. Portanto, é importante agora apoiar a economia e criar um ambiente onde as empresas possam aumentar os salários”, disse ele.

“O Japão ainda não previu que a inflação atinja de forma estável e sustentável nossa meta de inflação de 2%, apoiada por aumentos salariais”, disse Kuroda. “Como tal, precisamos manter nossa meta de inflação de 2% e nossa política monetária ultrafrouxa.”

O painel consistiu de cerca de 100 acadêmicos, empresários e dirigentes sindicais, incluindo aqueles que são membros dos principais conselhos governamentais.

Atividade econômica da China volta a crescer em janeiro, mostra PMI oficial

A atividade econômica da China voltou a crescer em janeiro, depois que uma onda de infecções por Covid-19 passou pelo país mais rapidamente do que o esperado após o abandono dos controles contra o vírus.

As encomendas domésticas e o consumo impulsionaram a produção, de acordo com os primeiros dados abrangentes a mostrar a rapidez com que a China está se recuperando de sua onda de Covid pós-reabertura, mas analistas alertaram que a economia enfrenta uma persistente fraqueza na demanda externa.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da indústria subiu para 50,1 em janeiro de 47,0 em dezembro, disse a Agência Nacional de Estatísticas na terça-feira (31).

Economistas em uma pesquisa da Reuters haviam previsto que o PMI chegaria a 48,0. Como o resultado ficou acima de 50,0, isso implica crescimento.

Uma recuperação na atividade não-manufatureira foi mais decisiva do que o esperado pelos economistas, mas ajudada por um aumento sazonal nos gastos para o feriado de Ano Novo Lunar. Esse índice, que cobre serviços, saltou para 54,4, de 41,6 em dezembro.

Ambos os índices tinham mostrado anteriormente que a economia estava contraindo desde setembro.

“Os dados do PMI mostraram que a confiança na produção, operação e situação do mercado melhorou significativamente”, escreveu Bruce Pang, economista chefe da Jones Lang Lasalle, em uma nota, destacando o nível do subíndice de novas encomendas de exportação, de apenas 46,1, como motivo de preocupação.

Como as economias estrangeiras enfraqueceram sob a pressão do aumento das taxas de juros, o mesmo aconteceu com a demanda pelas exportações da China, que no mês passado foram 9,9% inferiores às do ano anterior.

A recuperação da atividade em janeiro “é um pouco inesperada, pois todos ainda estão bastante cautelosos”, disse Dan Wang, economista-chefe do Hang Seng Bank China. “É difícil para o PMI acelerar no mesmo mês do Ano Novo chinês, já que os trabalhadores normalmente têm duas semanas de folga.”

“Todos os outros indicadores reais, emprego, estoque e prazos de entrega – pioraram. Os pedidos de exportação caíram, o que significa que os pedidos domésticos devem ter subido muito”, acrescentou ela.

O PMI Composto oficial, que combina indústria e serviços, subiu de 42,6 em dezembro para 52,9.

Coreia do Sul e EUA abordam a ameaça da Coreia do Norte à segurança regional

Os ministros da defesa da Coreia do Sul e dos EUA, Lee Jong Sup e Lloyd Austin, reuniram-se em Seul na terça-feira (31) para discutir a ameaça que a Coreia do Norte representa para a segurança na região.

As conversações vieram à medida que os países procuram reforçar as suas capacidades de contenção enquanto Pyongyang desenvolve os seus programas balísticos e nucleares. Os ministros indicaram que “na sua ordem de trabalhos estão previstas medidas possíveis para reforçar a credibilidade dos Estados Unidos” em questões relacionadas com a contenção e a desescalada.

Contudo, isto inclui também possíveis ações para “defender aliados” se necessário, incluindo contra ataques nucleares, de acordo com a agência noticiosa Yonhap.

Os dois debateram também exercícios militares conjuntos previstos para o próximo mês, mas espera-se também que realizem conversações sobre um possível aumento da ajuda à Ucrânia no contexto da invasão russa.

FMI: Índia e China responderão por 50% do crescimento global em 2023

A Índia, juntamente com a China, será responsável por metade do crescimento global este ano, contra 10% quando combinados EUA e a zona euro.

O crescimento global está desacelerando menos do que o esperado anteriormente, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) em seu Panorama Econômico Mundial atualizado.

“Desta vez, as perspectivas econômicas globais não pioraram”, escreveu Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe e diretor de pesquisa do FMI.

A reabertura da China abre caminho para uma rápida recuperação da atividade econômica, enquanto as condições financeiras globais melhoraram à medida que as pressões inflacionárias começaram a diminuir, avalia Gourinchas.

A demanda reprimida também poderá alimentar uma recuperação mais forte na China, de acordo com o relatório, intitulado.

Um enfraquecimento do dólar dos EUA em relação à sua alta de novembro, proporcionou algum alívio aos países emergentes e em desenvolvimento.

“Aumentamos ligeiramente as nossas previsões de crescimento para 2022 e 2023. O crescimento global desacelerará de 3,4% em 2022 para 2,9% em 2023, depois se recuperará para 3,1% em 2024”, explica o economista.

Para as economias avançadas, a desaceleração será mais pronunciada, com um declínio de 2,7% no ano passado para 1,2% e 1,4% neste ano e no próximo. Nove em cada 10 economias avançadas provavelmente desacelerarão.

“O crescimento dos EUA desacelerará para 1,4% em 2023, à medida que os aumentos das taxas de juros do Federal Reserve percorrerem o caminho da economia. As condições da área do euro são mais desafiadoras, apesar dos sinais de resiliência à crise energética, de um inverno ameno e de um generoso apoio orçamental. Com o Banco Central Europeu apertando a política monetária e um choque negativo nos termos de troca, devido ao aumento do preço de sua energia importada, esperamos que o crescimento caia em 0,7% este ano”, diz Gourinchas.

Os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento já atingiram o fundo do poço como um grupo, com o crescimento esperado para subir modestamente para 4% e 4,2% este ano e no próximo.

“As restrições e os surtos de Covid-19 na China diminuíram a atividade no ano passado. Com a economia agora reaberta, vemos o crescimento se recuperando”, disse o economista do FMI.

A Índia, juntamente com a China, será responsável por metade do crescimento global este ano, contra apenas um décimo para os EUA e a área do euro juntos.

A China e a Índia são destaques dos mercados emergentes, com a segunda maior economia do mundo se expandindo a um ritmo de 5,2% este ano, aumento de 0,8 ponto percentual em relação à projeção de outubro, após 3% em 2022.

A demanda reprimida também poderá alimentar uma recuperação mais forte na China, de acordo com o FMI.

Vice-presidente do Banco Central do Japão adverte contra enfraquecer meta de inflação

O vice-presidente do Banco do Japão, Masazumi Wakatabe, alertou na quinta-feira (02) contra o enfraquecimento da meta de inflação de 2% do Banco Central japonês, dizendo que isso prejudicaria os efeitos de sua política monetária ultrafrouxa.

Ele também disse que o Banco Central deve ser cauteloso ao fazer novos ajustes em sua política de controle da curva de rendimento (YCC), como ampliar o limite de variação em torno do rendimento do título de 10 anos.

As declarações vieram após uma proposta de um painel de acadêmicos e empresários para tornar a meta de inflação um objetivo de longo prazo, em vez de um que deve ser alcançado rapidamente, para que o Banco do Japão possa elevar os juros com mais flexibilidade.

Wakatabe, um defensor vocal do afrouxamento monetário agressivo, disse que enfraquecer a meta de inflação corre o risco de tornar o objetivo da política monetária do Banco Central muito vago.

“Isso pode minar a transparência da política monetária e sua eficácia”, disse ele em um discurso. “Isso se aplica a lidar não apenas com a deflação, mas também com a inflação.”

Wakatabe também disse que não houve “absolutamente nenhuma mudança” no compromisso do Banco Central de manter uma política ultrafrouxa.

Com a inflação excedendo a meta de 2%, os mercados estão especulando que o Banco do Japão começará a aumentar os juros quando o mandato do presidente Haruhiko Kuroda terminar em abril.

Os críticos da política ultrafrouxa do Banco Central japonês alertam para o custo crescente do afrouxamento prolongado, como distorções de mercado causadas pela defesa implacável do banco de seu limite de rendimento.

Presidente da China promete ajudar consumidores a gastar “sem preocupações”

O presidente da China, Xi Jinping, elaborou planos para reativar o consumo e reafirmou a ambição de acelerar a corrida do país rumo à independência tecnológica, dois dos maiores desafios enfrentados pela segunda maior economia do mundo.

A China estabelecerá um mecanismo de longo prazo para impulsionar o consumo, para que os consumidores tenham uma renda estável e possam gastar “sem preocupações”, disse Xi segundo a mídia estatal.

A China deve implementar de forma resoluta um plano estratégico para impulsionar a demanda doméstica, junto com esforços para promover reformas do lado da oferta, disse Xi segundo a mídia estatal em uma sessão de estudo do Politburo, órgão de tomada de decisões do Partido Comunista.

“Vamos estabelecer e melhorar um mecanismo de longo prazo para expandir o consumo dos residentes, para que os residentes possam consumir com renda estável, ousar gastar sem preocupações com o futuro e ter um forte desejo de gastar em um bom ambiente de consumo”, disse Xi.

A China também se esforçará para ser uma líder global em inovações científicas e tecnológicas importantes para alcançar a autossuficiência tecnológica e resolver o problema dos “controles” estrangeiros, disse Xi.

Xi e outros líderes chineses prometeram fortalecer o sistema estatal para alcançar avanços nas principais tecnologias, em meio às tensões com os Estados Unidos.

Enquanto isso, a China melhorará seu mecanismo de investimento, avançará na construção de novas infraestruturas, expandirá o investimento em indústrias de alta tecnologia e indústrias emergentes estratégicas, disse Xi.

Saudi Aramco assina acordos no valor de US$ 7,2 bilhões no iktva Forum

A Saudi Arabian Oil Co. assinou acordos avaliados em cerca de US$ 7,2 bilhões na sétima edição do In-Kingdom Total Value Add Forum em Dhahran em 30 de janeiro, anunciou a empresa.

A gigante da energia assinou mais de 100 acordos e memorandos de entendimento no primeiro dia do evento, que vai até 2 de fevereiro e é realizado sob o tema ‘Acelerando o Sucesso Futuro’.

Durante o fórum, a empresa também lançou a Aramco Digital Co. para acelerar seus esforços de transformação digital.

“O lançamento da Aramco Digital Company é um grande exemplo dessa inovação em ação, fornecendo IA de ponta e experiência em tecnologia emergente em um setor vital da economia”, disse Ahmad A. Al-Sa’adi, Aramco vice-presidente executivo de serviços técnicos.

Durante o evento, a Aramco assinou um contrato de parceria estratégica com a Zoom, além de fechar um acordo com a Taulia Inc. para implementar soluções de financiamento de fornecedores.

A empresa também firmou um acordo definitivo com a DHL para formar uma joint venture e oferecer serviços de aquisição e cadeia de suprimentos, e fez parceria com o Ministério de Investimentos da Arábia Saudita para desenvolver e promover oportunidades de investimento.

Outro acordo assinado pela Aramco durante o evento foi com a Accenture para acelerar a integração de sistemas e serviços de soluções digitais.

Também chegou a um acordo com a Achilles para desenvolver e localizar serviços de classificação ambiental, social e de governança.

Lucro líquido do Al Rajhi Bank aumentou 16% em 2022

O Al Rajhi Bank superou as estimativas dos analistas ao relatar um aumento de 16% em seu lucro líquido anual em 2022, liderado por um maior lucro operacional.

O lucro líquido agregado do segundo maior banco do Reino atingiu SR17,15 bilhões (US$ 4,57 bilhões) em 2022, acima dos SR14,75 bilhões do ano anterior, de acordo com um comunicado da bolsa na segunda-feira (30).

Abdullah bin Sulaiman alrajhi, presidente do conselho de administração, disse que o banco continuou a crescer em todos os níveis e alcançou seus objetivos estratégicos com base na fidelidade do cliente, confiança do investidor e profissionalismo de seus funcionários.

Os lucros do ano passado excederam as estimativas anteriores dos analistas de SR16,88 bilhões desde que o banco registrou um nível de receita operacional acima do esperado em 2022, mostraram dados da Refinitiv.

O lucro líquido mais alto foi impulsionado por um aumento de 11% ano a ano na receita operacional total, em meio a um aumento na receita líquida de financiamento e investimento, taxas de serviços bancários, receita líquida de câmbio e outras receitas operacionais.

“Estamos orgulhosos de ver o crescimento em vários setores contribuindo para o sucesso da Visão 2030 do Reino. O financiamento imobiliário para sauditas cresceu 30%; para clientes corporativos e de varejo”, disse alrajhi.

Ele acrescentou que o banco continua a liderar no fornecimento de produtos e serviços digitais, resultando em 94% de todas as contas abertas em 2022 por meio do aplicativo móvel do banco. “Além disso, também vimos um aumento de 109% no número de mulheres no banco e em suas subsidiárias, representando agora 28% da força de trabalho total.” 

Chefes do parlamento árabe e pan-africano discutem cooperação em interesses mútuos

O Presidente do Parlamento Árabe, Adel bin Abd al-Rahman al-Asoumi, reuniu-se na terça-feira (31) com o Presidente do Parlamento Pan-Africano, Chefe Fortune Charumbira. 

Os funcionários se reuniram à margem da Conferência da União dos Conselhos dos Estados Membros da Organização de Cooperação Islâmica na Argélia, disse um comunicado do Parlamento Árabe.

Os dois lados revisaram os interesses regionais e internacionais e concordaram com a coordenação total em fóruns internacionais em apoio a todos os assuntos árabes e africanos.

O presidente do Parlamento Árabe afirmou que as regiões árabe e africana possuem muitos denominadores comuns que contribuem para apoiar os assuntos árabes e africanos, especialmente a questão palestina e a crise da Líbia.

Primeiro-ministro israelense diz estar disposto a mediar entre Ucrânia e Rússia, se solicitado

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que estaria disposto a considerar servir como mediador entre a Rússia e a Ucrânia se solicitado por ambos os países em guerra e pelos Estados Unidos.

“Se for perguntado por todas as partes relevantes, certamente considerarei, mas não estou me forçando”, disse Netanyahu à CNN em uma entrevista. Ele acrescentou que teria que ser “o momento certo e as circunstâncias certas”.

O aliado próximo de Israel, os Estados Unidos, também precisaria perguntar porque “você não pode ter muitos cozinheiros na cozinha”, disse ele.

Netanyahu disse que foi convidado para ser um mediador logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro do ano passado, mas recusou porque era o líder da oposição de Israel na época, não o primeiro-ministro. “Eu tenho uma regra: um primeiro-ministro de cada vez”, disse ele.

Netanyahu não quis dizer quem o pediu para servir no cargo, mas disse que o pedido era “não oficial”.

A Ucrânia pediu ao antecessor de Netanyahu, Naftali Bennett, para atuar como mediador e Bennett se reuniu em março com o presidente russo, Vladimir Putin, e também conversou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mas ele não conseguiu negociar um acordo de paz.

Lucro líquido do Saudi National Bank em 2022 sobe 47% para US$ 4,96 bilhões

O Saudi National Bank reportou um aumento de 46,7% no lucro líquido em 2022 para SR18,6 bilhões (US$ 4,96 bilhões) de SR12,7 bilhões em 2021, estimulado por uma maior receita operacional e um declínio nas provisões para perdas de crédito esperadas.

O maior banco do reino, que no ano passado adquiriu uma participação de 9,88% na problemática instituição suíça de investimentos Credit Suisse, também registrou um aumento de 61% no lucro líquido no quarto trimestre de 2022 para SR4,8 bilhões, de SR2,96 bilhões durante o mesmo período em 2021.

Os resultados superaram a estimativa média dos analistas de SR18,2 bilhões, de acordo com dados da Refinitiv.

O banco disse em comunicado à Bolsa de Valores da Arábia Saudita que a receita operacional total cresceu 16,9%, para SR33 bilhões em 2022, de SR28,23 bilhões em 2021. 

Sua receita líquida de comissões especiais saltou 18,4% para SR26,29 bilhões entre janeiro e dezembro de 2022, de SR22,21 bilhões em 2021.

“A receita operacional total aumentou principalmente devido à maior receita líquida de comissões especiais em 18,4%, receita de serviços bancários em 21,1% e outras despesas operacionais menores em 12,4%”, disse o banco em comunicado a Tadawul.

Além disso, as despesas operacionais totais, incluindo imparidades, foram menores em 15,2%, principalmente devido a uma queda de 13,5% em outras despesas gerais e administrativas e uma queda de 57,4% em uma taxa líquida de imparidade para perdas de crédito esperadas.

O lucro por ação registrou um aumento impressionante de 46,7% para SR4,15 em 2022, de SR2,83 em 2021.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
03/02/2023