Cenário Econômico Internacional – 10/03/2023

Cenário Econômico Internacional – 10/03/2023

Cenário Econômico Internacional – 10/03/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Cibersegurança é ameaça clara à estabilidade do sistema financeiro, mostra FMI

A maioria das autoridades financeiras de economias emergentes e em desenvolvimento não implementou regulações de cibersegurança para o setor financeiro, de acordo com pesquisa do Fundo Monetário Internacional (FMI) que avaliou 51 países. Essa é a realidade em 42% das nações pesquisadas. A organização identificou ainda que 56% dos Bancos Centrais ou autoridades de supervisão não têm uma estratégia cibernética nacional. “Cibersegurança é uma ameaça clara à estabilidade financeira”, afirmou.

A instituição advertiu que conexões financeiras e tecnológicas estreitas dentro do setor financeiro podem facilitar a rápida disseminação de ataques e, portanto, causar interrupções e perda de confiança generalizadas.

“Fintechs que dependem fortemente de novas tecnologias digitais podem tornar o setor financeiro mais eficiente e inclusivo, mas também mais vulnerável a riscos cibernéticos”, afirmou o Fundo.

O FMI pontuou que a dependência comum de provedores de serviços significa que os ataques têm maior probabilidade de ter implicações por todo o sistema. “A concentração de riscos em serviços comumente usados, incluindo computação em nuvem, serviços de segurança e operadoras de rede, pode afetar setores inteiros. Perdas podem ser altas”, avaliou.

Banco Mundial suspende parceria com Tunísia após ataques contra migrantes

De acordo com uma carta enviada às suas equipes pelo presidente do BM, David Malpass, consultada pela agência France-Presse (AFP), a instituição não está em condições de continuar as suas missões na Tunísia “perante a situação”.

“As autoridades de segurança e inclusão de migrantes e minorias fazem parte dos valores centrais de inclusão, respeito e antirracismo” do BM, pode ler-se na missiva.

A decisão diz respeito ao Quadro de Parceria (CPF), que serve de base ao acompanhamento do Conselho de Administração (CA) do BM para avaliar e apoiar o país nos seus programas de ajuda.

Em concreto, a instituição deixa de poder lançar um novo programa de apoio com o país até que o conselho se reúna, tendo sido decidido adiar esta reunião sobre a Tunísia “até novo aviso”, segundo a carta de Malpass.

“Os projetos financiados permanecem e os projetos em andamento permanecem em andamento”, referiu à AFP fonte próxima do BM.

A ONU mostrou-se preocupada com a campanha contra os migrantes subsaarianos em curso na Tunísia e condenou as recentes palavras do presidente do país, que agravaram esta crise, considerando-as racistas e xenófobas.

“Condenamos sem reservas todas as declarações xenófobas, racistas e que procuram aumentar o ódio racial”, destacou o porta-voz das Nações Unidas, Stéphane Dujarric, durante a conferência de imprensa diária.

O organismo liderado por António Guterres reagiu, desta forma, à campanha de detenções e perseguições policiais contra a população migrante na Tunísia, que também está a sofrer ataques e expulsões das suas casas por parte da população local.

ONU destaca papel feminino na tecnologia no Dia Internacional da Mulher

Reconhecer e celebrar as mulheres e meninas que defendem o avanço da tecnologia transformadora e da educação digital. Esse é um dos focos da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, que em 2023 aborda o tema “Por um mundo digital inclusivo: inovação e tecnologia para igualdade de gênero”. Tal abordagem está relacionada, ainda, às diretrizes da agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

De acordo com a ONU, as reflexões acerca do tema proposto para este ano visam à exploração do impacto do espaço de gênero digital na ampliação das desigualdades econômicas e sociais, assim como destacam a importância da proteção aos direitos das mulheres e meninas em espaços digitais.

Dados da ONU Mulheres mostram que a não participação das mulheres no mundo digital eliminou 1 trilhão de dólares do Produto Interno Bruto (PIB) de países de baixa e média renda nos últimos 10 anos. Até 2025, segundo estimativas da organização internacional, essa perda poderá ter um acréscimo de 1,5 trilhão, se não houver mudança.

O fato de o público feminino não estar presente no âmbito digital integra também a disparidade de oportunidades e direitos econômicos. De acordo com o Banco Mundial, cerca de 2,4 bilhões de mulheres em todo o mundo têm menos direitos que os homens. Além disso, 178 países mantêm barreiras legais que impedem a plena participação econômica das mulheres e 86 colocam restrições a esse grupo para o mercado de trabalho.

O fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian Da Costa, chama a atenção à urgente necessidade de implementação das metas da agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente às diretrizes atreladas ao ODS 5, que abordam a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as meninas e mulheres.

“É preciso compreender que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estão ligados entre si, e incentivar e promover a igualdade de gênero não é simplesmente um ponto dessa agenda, mas, sim, uma das bases para que todos os outros ODS sejam alcançados. Tendo como referência a ONU, o mundo empresarial é chamado, neste Dia Internacional da Mulher, a reavaliar as estratégias e ressaltar os valores que a própria data destaca, como justiça, dignidade, esperança e tenacidade”, conclui.

Candidato à presidência do Banco Mundial pede novo modelo econômico sustentável

O candidato americano à presidência do Banco Mundial, Ajay Banga, pediu uma renovação do modelo de desenvolvimento econômico para enfrentar melhor as mudanças climáticas.

O mundo não pode continuar “com o velho modelo de um sistema de crescimento com altas emissões”, defendeu o atual vice-presidente da General Atlantic, em viagem ao Quênia.

“Não podemos pagar, nem nossos filhos”, disse Banga a repórteres em Nairóbi.

O indiano-americano de 63 anos foi indicado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no mês passado, para assumir o posto da instituição financeira internacional após o atual presidente, David Malpass, anunciar que pretende deixar o cargo antes do fim de seu mandato.

O ex-CEO da Mastercard, até agora o único candidato declarado, pede uma maior “adaptação” para frear o aquecimento global, defendendo parcerias com o setor privado.

O Banco Mundial começou a aceitar candidaturas no mês passado em um processo que vai durar até 29 de março.

Nas próximas semanas, ele planeja se reunir com autoridades da Europa e de países asiáticos, incluindo China, Índia e Japão, além da América Latina.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (06), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, diante da recuperação dos juros dos Treasuries. As perspectivas de política monetária restritiva nos Estados Unidos por um período prolongado dificultaram a sustentação do ímpeto positivo. O índice Dow Jones teve alta de 0,12%, a 33.431,44 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,07%, a 4.048,42 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,11%, a 11.675,74 pontos.

Na terça-feira (07), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, em dia marcado por cautela seguindo comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, reforçando expectativas por aperto monetário mais agressivo. O índice Dow Jones teve queda de 1,72%, a 32.856,46 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,53%, a 3.986,37 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,25%, a 11.530,33 pontos.

Na quarta-feira (08), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, investidores lidaram com mensagens mistas do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, e dos dados econômicos, antes dos próximos relatórios de trabalho e inflação, que podem determinar a trajetória futura da alta dos juros do Banco Central norte-americano. O índice Dow Jones teve queda de 0,18%, a 32.798,40 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,14%, a 3.992,01 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,40%, a 11.576,00 pontos.

Na quinta-feira (09), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, com um aumento acima do esperado nas solicitações semanais de auxílio-desemprego amenizando o nervosismo em relação ao aumento dos juros, antes de um importante relatório de criação de vagas que pode determinar a trajetória da política monetária do Federal Reserve. Por volta das 13h50, o índice Dow Jones registrava alta de 0,089%, a 32.827,64 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,18%, a 3.999,18 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,36%, a 11.618,24 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 03.03.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (03) cotado a R$ 5,2002 com queda de 0,07%. Em mais um dia em que as cotações foram influenciadas de forma decisiva pelo exterior, onde a moeda norte-americana recuava ante divisas de países emergentes, ainda que em margens estreitas.

Na segunda-feira (06) – O dólar à vista registrou queda de 0,58%, cotado a R$ 5,1699 na venda. Sob influência do exterior e com participantes do mercado aproveitando as cotações mais elevadas, em especial perto do início da tarde, para vender a moeda norte-americana no Brasil. O dólar oscilou entre R$ 5,2176 na máxima e R$ 5,1622 na mínima.

Na terça-feira (07) – O dólar à vista registrou alta de 0,44%, cotado a R$ 5,1937 na venda. Um dos eventos econômicos mais aguardados desta semana, o depoimento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ao Congresso deu força ao dólar em todo o mundo e fez a moeda norte-americana fechar em alta ante o real no Brasil. O dólar oscilou entre R$ 5,2058 na máxima e R$ 5,1553 na mínima.

Na quarta-feira (08) – O dólar à vista registrou queda de 1,02%, cotado a R$ 5,1401 na venda. A apreciação do real se deu em um dia marcado por forte apetite ao risco no mercado doméstico, em razão do otimismo com a divulgação iminente da nova proposta de arcabouço fiscal. O dólar oscilou entre R$ 5,1860 na máxima e R$ 5,1012 na mínima.

Na quinta-feira (09) – Por volta das 13h50, o dólar operava em alta de 0,19% cotado a R$ 5,1498 na venda. Em meio a otimismo com a possibilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva bater o martelo sobre o arcabouço fiscal no curtíssimo prazo, antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve, nos dias 21 e 22 deste mês.

Argentina e FMI discutem metas de reservas ligadas à exportação, diz fonte do governo

A Argentina e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estão fechando um acordo para metas de reservas cambiais mais flexíveis este ano, dependendo das exportações do país sul-americano, afirmou uma fonte do governo à Reuters.

O país endividado, um importante exportador de grãos, está passando por uma forte seca que está prejudicando suas colheitas de soja, milho e trigo, bem como suas esperanças de exportação, uma derrota nos planos do governo de recompor as reservas de dólares esgotadas.

A Argentina e o FMI estabeleceram metas que incluíam a reconstrução de reservas em um acordo de dívida de 44 bilhões de dólares fechado no ano passado, que substituiu um programa que fracassou em evitar que o país caísse em uma crise econômica.

No entanto, o impacto da recente seca e os altos preços ligados à guerra na Ucrânia levaram a conversas sobre a flexibilização das metas de reservas para este ano.

“Eles estão finalizando as metas de reservas para o ano, com cenários de queda ou aumento das exportações”, disse a fonte do governo, pedindo para não ser identificada porque as negociações ainda estão em andamento. A fonte acrescentou que ainda não há data definida para um anúncio.

O Ministério da Economia se recusou a comentar.

O FMI não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

As reservas líquidas em moeda estrangeira do Banco Central da Argentina estão atualmente em cerca de 4,4 bilhões de dólares, segundo analistas privados.

De acordo com a última revisão do FMI, a Argentina tinha como meta aumentar as reservas líquidas para um acumulado de 5 bilhões de dólares até o final de 2022, 5,5 bilhões de dólares no final de março e 9,8 bilhões de dólares no final deste ano.

Autoridades argentinas foram a Washington na semana passada para negociações com o FMI sobre a última revisão do programa de financiamento estendido do país para o quarto trimestre de 2022. A aprovação é necessária para desbloquear um desembolso de 5,3 bilhões de dólares, crucial para a realização de pagamentos ao FMI por um valor semelhante nos meses de março e abril.

EUA preparam novas regras para investimentos na China

O governo de Joe Biden está preparando um novo programa que pode proibir investimentos dos EUA em certos setores na China. Esse é um novo passo para proteger as vantagens tecnológicas americanas, em meio à competição crescente entre as duas maiores economias do mundo.

Em relatórios fornecidos aos legisladores no Capitólio, os departamentos do Tesouro e do Comércio disseram que estão considerando um novo sistema regulatório para lidar com o investimento dos EUA em tecnologias avançadas no exterior, que podem representar riscos à segurança nacional, de acordo com cópias dos relatórios vistos pelo The Wall Street Journal.

Os relatórios dizem que Biden pode proibir alguns investimentos e, ao mesmo tempo, coletar informações sobre outros investimentos para informar as etapas futuras.

Embora os relatórios não identifiquem setores de tecnologia específicos que o governo Biden considera arriscados, eles disseram que setores que poderiam aprimorar as capacidades militares dos rivais seriam o foco do programa.

Pessoas familiarizadas com o trabalho no novo programa esperam que ele cubra investimentos de capital privado e capital de risco em semicondutores avançados, computação quântica e algumas formas de inteligência artificial.

As autoridades americanas querem impedir que os investidores americanos forneçam financiamento e conhecimento para empresas chinesas, que possam melhorar a velocidade e a precisão das decisões militares de Pequim, por exemplo. Além disso, o documento do Tesouro disse que o programa se concentraria em “impedir que o capital e a experiência dos EUA sejam explorados de maneiras que ameacem a segurança nacional, sem impor um fardo indevido aos investidores e empresas dos EUA”.

Os relatórios também não identificam quais países se enquadrariam nas novas regras, embora as pessoas familiarizadas com o assunto disseram que esperam que sejam investimentos dos EUA na China. Os departamentos do Tesouro e do Comércio destacaram ainda que esperavam finalizar uma política sobre o assunto em um futuro próximo.

Chile inicia segunda tentativa de redigir nova Constituição

O Chile iniciou sua segunda tentativa de escrever uma nova Constituição conforme um grupo de especialistas nomeados pelo Congresso para começar a preparar um projeto preliminar foi instalado na segunda-feira (06).

Espera-se que a nova proposta seja mais moderada do que a primeira, que os eleitores rejeitaram em setembro passado e que teria sido uma das cartas mais progressistas do planeta.

Os especialistas trabalharão por três meses sobre 12 bases institucionais com as quais os parlamentares concordaram quando deram sinal verde para iniciar o processo no final do ano passado.

A advogada independente Veronica Undurraga, nomeada pelo partido de centro-esquerda PPD para a comissão, foi eleita sua presidente. Um Comitê Técnico de Admissibilidade de 14 membros também começa a atuar como árbitro. O projeto será então entregue a um Conselho Constitucional eleito.

Os cidadãos elegerão os 50 membros do conselho em 7 de maio. Em seguida, o órgão trabalhará com o esboço dos especialistas em junho, enquanto a votação para aprovar ou rejeitar o texto proposto será realizada em 17 de dezembro.

“Após a experiência da reescrita fracassada de 2021-22, parece provável que os eleitores endossem a moderação tanto na votação de maio para o Conselho quanto no referendo que se segue. Supondo que tudo corra conforme o planejado, o Chile terá uma nova Constituição até o final deste ano”, disse a consultoria Teneo.

A atual Constituição do país remonta à ditadura de Augusto Pinochet, embora tenha passado por dezenas de reformas ao longo dos anos.

Encomendas à indústria nos EUA caem em janeiro com demanda menor por aeronaves civis

Novas encomendas de produtos manufatureiros fabricados nos Estados Unidos caíram em janeiro, puxadas para baixo por uma queda nos pedidos de aeronaves civis, mas aumentos no setor de máquinas e uma gama de outros produtos sugeriu que a manufatura pode estar recuperando terreno.

O Departamento de Comércio disse que as encomendas à indústria caíram 1,6% após um aumento de 1,7% em dezembro. Os economistas pesquisados pela Reuters tinham previsto uma queda de 1,8% nos pedidos. Na comparação anual, os pedidos aumentaram 4,3% em janeiro.

O Instituto de Gestão de Fornecimento informou na semana passada que a manufatura, que representa 11,3% da economia dos EUA, contraiu pelo quarto mês consecutivo em fevereiro, embora o ritmo de declínio tenha diminuído e os novos pedidos tenham melhorado a partir de um recorde de baixa de mais de dois anos e meio.

Como o Banco Central dos EUA deve continuar elevando os juros até o verão (do hemisfério norte), uma rápida reviravolta na manufatura é, no entanto, improvável. A manufatura também está sendo prejudicada pela valorização do dólar em relação às moedas dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos e pelo abrandamento da demanda global.

A queda nos pedidos das fábricas em janeiro refletiu principalmente uma queda de 13,3% nos equipamentos de transporte, que se seguiu a um salto de 15,8% em dezembro. A queda foi puxada por uma redução de 54,5% nas encomendas de aeronaves civis. As encomendas de veículos a motor aumentaram 1,3%.

Casa Branca não interferirá no Fed, mas espera que autoridades “respirem” e avaliem mais dados

A Casa Branca não interferirá na forma como o Federal Reserve administra a inflação dos Estados Unidos, disse uma autoridade da Casa Branca quando questionada sobre os comentários do chair do Banco Central norte-americano, Jerome Powell, de que o Fed provavelmente precisará aumentar a taxa de juros mais do que o esperado devido a dados fortes recentes.

No entanto, a autoridade disse que é importante lembrar que os fortes dados de empregos de janeiro representam apenas um mês de informações e é preciso prestar atenção a novos dados que serão divulgados ainda este mês.

“A Casa Branca não vai interferir na gestão do Fed”, afirmou a autoridade. “Mas estamos lidando com um mês de dados e as pessoas precisam sentar e respirar.”

Após forte alta nos juros, BCs da América Latina não mostram sinais de reversão

Os Bancos Centrais latino-americanos têm frustrado esperanças de que reverteriam fortes aumentos em suas taxas de juros, em meio a uma inflação teimosamente alta, expectativas de maior aperto monetário por parte do Federal Reserve e, em alguns casos, riscos políticos.

Os Bancos Centrais latino-americanos frequentemente estiveram na vanguarda da recente batalha global para conter a inflação, com os aumentos de juros totalizando mais de 10 pontos percentuais em alguns países.

No Brasil, por exemplo, o Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75% no mês passado, mas disse que estava considerando manter os juros no atual pico de seis anos por mais tempo do que o mercado esperava, devido aos riscos fiscais sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Até o ano passado, a pesquisa semanal Focus do BC com economistas previa cortes de juro em junho de 2023, mas sondagens mais recentes já adiaram a previsão para o final do ano, com expectativa de que a Selic chegue ao final de dezembro em 12,75%.

A política monetária do BC tem enfrentado críticas cada vez mais veementes de Lula, que disse que ela ameaça desencadear uma crise de crédito e prejudicar o crescimento econômico.

Na vizinha Argentina, o Banco Central interrompeu um ciclo de alta de juros de dez meses em outubro, deixando sua impressionante taxa de referência de 75% inalterada desde então, com sinais de que a inflação anual de quase 100% do país está diminuindo.

Mas as esperanças de um possível corte de juros na Argentina se dissiparam com um novo aquecimento dos preços, disseram fontes à Reuters recentemente, acrescentando que “não parece apropriado fazer mudanças monetárias” no futuro próximo.

No Chile, o Banco Central manteve sua taxa básica de juros inalterada em janeiro e destacou nesta semana que não tem pressa em reverter o processo, já que a inflação continua acima da meta.

Uma pesquisa do Banco Central local com operadores agora estima que não haverá cortes de juros até maio, o que provavelmente tornará o Chile o primeiro a se mover nessa direção.

Uma questão importante que os bancos enfrentam é reduzir o núcleo da inflação, uma métrica importante para as autoridades, que elimina alguns preços voláteis de alimentos e energia e levou mais tempo do que o esperado para desacelerar na América Latina e em outros lugares também.

“Vimos o pico da inflação de bens na maioria dos países, mas a inflação de serviços está se mostrando muito mais teimosa”, disse Kimberly Sperrfechter, analista da Capital Economics, explicando que as taxas também devem permanecer “bastante altas” ao longo de 2024.

EUA: Oferta de empregos desacelera, mas vem acima do esperado em janeiro

A oferta de emprego (JOLTS) dos Estados Unidos apresentou resultado de 10,824 milhões em janeiro, segundo dados apresentados pelo Bureau of Labor Statistics. O resultado veio acima do projetado, que era de 10,5 milhões, mas abaixo do revisado do mês de dezembro, com 11,234 milhões.

Também foram divulgados hoje os dados da variação de Empregos Privados ADP, que registrou 242 mil vagas em fevereiro.

O Relatório Nacional de Emprego ADP é uma medida da variação mensal de emprego privados não-agrícolas, prévia para o payroll.

As projeções consensuais de analistas compiladas pelo Investing.com indicavam 200 mil vagas, mostrando o aquecimento da economia americana no mês de fevereiro. Os dados revisados do mês anterior eram de 119 mil vagas.

Fed manterá aumento de juros até que comece a recessão

Com o mercado agora quase convencido de que o Federal Reserve irá acelerar novamente o aumento da taxa de juros para meio ponto percentual em sua próxima reunião, após alta 0,25 ponto percentual na reunião anterior, a TS Lombard disse que o Fed não será capaz de parar seu ciclo de aumento das taxas de juros até que o país entre em recessão.

“Não há saída até que ele [o presidente do Fed, Jerome Powell] crie uma recessão, até que o desemprego aumente, e é quando as taxas do Fed deixarão de ser aumentadas”, disse Steven Blitz, economista-chefe da TS Lombard nos EUA, à CNBC.

Ele ressaltou que o Fed não tinha clareza sobre o teto para o aumento das taxas de juros na ausência de uma tal retração econômica.

“Eles não sabem onde está a taxa máxima, porque não sabem onde a inflação se estabiliza sem uma recessão”, explicou ele.

Lembre-se de que Powell disse em seu testemunho perante o Congresso na terça-feira que os dados econômicos mais fortes do que o esperado das últimas semanas sugerem que “o nível final das taxas de juros provavelmente será mais alto do que o esperado”.

A próxima decisão do Fed será tomada em 22 de março, e será fundamental para os mercados globais de ações. Os investidores estão neste momento precificando uma alta de 50 pontos-base com 78,6% de probabilidade. Atualmente, a taxa de juros nos EUA está no intervalo de 4,5%-4,75%.

“Haverá uma recessão, e o Fed vai empurrar o envelope até a taxa de desemprego atingir pelo menos 4,5%, ou mesmo 5,5% na minha opinião”, disse Blitz.

Além da fraqueza do mercado acionário americano nas últimas semanas, Blitz sugeriu que uma “crise de ativos e o início de uma potencial crise de crédito”, na forma de cortes nos empréstimos por parte dos bancos, poderia estar em andamento.

“Ou você tem uma recessão a meio do ano e a taxa máxima é de 5,5%, ou há um impulso suficiente, os números de janeiro estão certos e o Fed continua, e se continuar, acho que chegará a 6,5% (…) antes que as coisas realmente comecem a desacelerar e reverter”, acrescentou ele.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (06), as bolsas europeias fecharam mistas, depois que autoridades do Banco Central Europeu (BCE) apoiaram a necessidade de mais aumentos nas taxas de juros, enquanto investidores avaliaram a recuperação abaixo do esperado nas vendas no varejo da zona do euro em janeiro. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,02%, a 464,18 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,34%, a 7.373,21 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,48%, a 15.653,58 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,43%, a 6.043,11 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,49%, a 9.511,00 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,22%, a 7.929,79 pontos.

Na terça-feira (07), as bolsas europeias fecharam mistas, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicar que os juros podem subir mais que o previsto anteriormente. Os comentários reverteram o impulso que os negócios vinham recebendo de indicadores econômicos locais. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,77%, a 460,60 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,46%, a 7.339,27 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,60%, a 15.559,53 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,22%, a 6.030,11 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,01%, a 9.415,00 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,13% a 7.919,48 pontos.

Na quarta-feira (08), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, conforme dados de emprego melhores do que o esperado nos EUA alimentaram preocupações com a retórica agressiva do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre a taxa de juros, enquanto investidores também avaliaram números de crescimento da zona do euro no quarto trimestre. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,08%, a 460,99 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,20%, a 7.324,76 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,46%, a 15.631,87 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,43%, a 6.056,29 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,58%, a 9.466,10 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,13%, a 7.929,92 pontos.

Na quinta-feira (09), as bolsas europeias fecharam mistas, com os investidores digerindo mais comentários do presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell. As ações de mineração registraram a maior queda, enquanto as de alimentos e bebidas contrariaram a tendência, subindo. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,19%, a 460,13 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,12%, a 7.315,88 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,0086%, a 15.633,21 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,0056%, a 6.056,63 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,38%, a 9.430,50 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,63%, a 7.879,98 pontos.

Telecom Italia recebe mais uma proposta para venda de ativos

A Telecom Italia informou em comunicado publicado na noite de domingo (05) que recebeu uma oferta não vinculante de um consórcio formado pela CdP Equity (CDPE) e pela Macquarie Infrastructure and Real Assets (Europe) Limited, em nome da MAM Funds, para seus ativos de rede telefônica fixa, entre eles os ativos e atividades da FiberCop, bem como sua fatia na Sparkle. Por volta das 8h (de Brasília), o papel da empresa tinha alta de 2,20% na Bolsa de Milão.

A oferta, que vence em 31 de março, será avaliada pelo comitê encarregado disso na companhia, bem como para eventual análise subsequente do conselho da Telecom Italia, diz o texto.

A Telecom Italia havia recebido proposta anterior de negócio com KKR & Co. No mês passado, a empresa italiana afirmou que a oferta da KKR por uma fatia da rede da companhia não refletia totalmente o valor dos ativos e suas expectativas. A oferta da KKR também tem prazo de 31 de março. Com informações da Dow Jones Newswires.

Economista-chefe do BCE vê necessidade de juros mais altos após março

O Banco Central Europeu (BCE) terá que continuar subindo as taxas de juros após a reunião deste mês, diante da forte inflação subjacente, declarou Philip Lane, economista-chefe da instituição, na segunda-feira (06).

“A atual informação sobre as pressões da inflação subjacente sugere que o mais adequado é elevar as taxas após a nossa reunião de março”, disse Lane, que é uma figura influente na diretoria do BCE, em um discurso em Dublin, sem comentar sobre a extensão desse aperto após o mês de março.

“Embora tenha ocorrido uma clara reversão da inflação de energia, com mais sinais de desaceleração da inflação de alimentos, não houve um arrefecimento da inflação básica”, explicou Lane, destacando que “os preços na categoria de bens permanecem fortes”.

Os dados de inflação acima das expectativas para o mês de fevereiro, especialmente o núcleo, que acelerou para 5,6%, desencadearam uma forte queda nos títulos da zona do euro na semana passada, com os investidores precificando expectativas de que o BCE possa subir sua taxa de depósito para a máxima histórica de 4% até o fim do ano e só comece a reverter essa trajetória em 2024.

O BCE sinalizou um aumento de 50 pontos-base em suas três principais taxas de juros na reunião de 16 de março. Muitos analistas também começaram a prever um aumento similar na reunião seguinte, de maio. Os comentários de Lane, considerado um dos dirigentes menos rígidos do BCE, sugerem que há pouca resistência a essa ideia em Frankfurt, onde o banco está sediado.

França enfrenta ‘paralisação’ em protestos contra reforma das pensões

Os sindicatos da França se preparam para um confronto crucial contra o presidente Emmanuel Macron na terça-feira (07), com novas greves e protestos planejados contra uma polêmica reforma previdenciária que atrasaria a idade de aposentadoria para milhões.

Os sindicatos prometeram paralisar o país com as mudanças propostas, que incluem aumentar a idade mínima de aposentadoria de 62 para 64 anos e aumentar o número de anos que as pessoas têm para fazer contribuições para uma pensão completa.

“Peço a todos os funcionários, cidadãos e aposentados do país que são contra a reforma das pensões que protestem em massa”, disse o chefe do sindicato CFDT, Laurent Berger, à estação de rádio France Inter.

“O presidente não pode ficar surdo” aos protestos, acrescentou.

Macron colocou o plano no centro de sua campanha de reeleição no ano passado, e seu gabinete diz que as mudanças são essenciais para evitar que o sistema previdenciário caia em déficit nos próximos anos.

Mas eles enfrentam forte resistência tanto do parlamento quanto das ruas, com quase duas em cada três pessoas em todo o país apoiando protestos contra ele, de acordo com uma pesquisa do grupo de pesquisa Elabe publicada na segunda-feira (06).

“Eles estão certos em fazer greve”, disse Ali Toure, um trabalhador da construção civil de 28 anos, enquanto esperava por um trem suburbano RER atrasado em uma estação ao norte de Paris.

“O trabalho manual é difícil. Não é grande coisa se eu chegar atrasado por um mês, meu chefe vai esperar!” ele disse.

O sindicato linha-dura CGT disse que as entregas de combustível das refinarias em toda a França foram bloqueadas desde a manhã de terça-feira, o que pode fazer com que os postos de gasolina fiquem sem combustível se os protestos continuarem como os sindicatos esperam.

Reino Unido impedirá pessoas que chegam ilegalmente de permanecer no país

Qualquer pessoa que chegue ilegalmente ao Reino Unido será impedida de permanecer, disse o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, em entrevista, antes da nova legislação que deve ser estabelecida nesta semana.

Sob pressão de seus próprios parlamentares para encontrar uma solução para o fluxo de imigrantes que chegam ao Reino Unido pelo canal da Europa, Sunak fez da parada de pequenos barcos uma de suas cinco principais prioridades.

“Não se engane, se você vier aqui ilegalmente, não poderá ficar”, disse Sunak ao jornal Mail on Sunday.

De acordo com a prática atual, os requerentes de asilo que chegam ao Reino Unido muitas vezes podem permanecer no país para que seu caso seja ouvido.

Uma nova lei para resolver o problema deve ser definida na terça-feira (07), informou o jornal, depois que mais de 45.000 pessoas fizeram a perigosa travessia no ano passado. Os pedidos de asilo no Reino Unido estão abaixo da média da União Europeia, mostram dados oficiais.

No ano passado, o ex-primeiro-ministro Boris Johnson fechou um acordo para enviar dezenas de milhares de imigrantes, muitos deles vindos do Afeganistão, Síria ou outros países em guerra, para Ruanda.

A política enfrentou uma batalha legal depois que o primeiro voo de deportação planejado foi bloqueado por uma liminar de última hora concedida pelo Tribunal Europeu de Direitos Humanos. Foi considerado legal pela Suprema Corte de Londres em dezembro, mas os oponentes estão tentando apelar desse veredito.

Economia da zona do euro fica estagnada no 4º trimestre de 2022

A zona do euro ficou estagnada no quarto trimestre de 2022 em relação aos três meses anteriores, disse a agência europeia de estatísticas na quarta-feira (08), revisando ligeiramente para baixo os números de crescimento do PIB e de emprego.

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a zona do euro registrou expansão de 1,8%, informou a Eurostat em comunicado. Em 14 de fevereiro, a agência havia divulgado estimativas preliminares de 0,1% na comparação trimestral e de 1,9% na base anual.

As revisões ainda confirmaram que a zona do euro evitou por pouco uma recessão técnica anteriormente esperada.

Grécia, Malta e Chipre registraram crescimento trimestral de mais de 1%, com quedas observadas na Alemanha, Estônia, Itália e Lituânia.

A Eurostat disse que os gastos públicos contribuíram com 0,2 ponto percentual, as variações nos estoques acrescentaram 0,1 ponto e o comércio, com 1,0 ponto. Contribuições negativas vieram de gastos das famílias e da formação bruta de capital fixo.

A Eurostat também revisou para baixo o número de crescimento do emprego na zona do euro para 0,3% em relação ao trimestre anterior, de 0,4% relatado anteriormente. Na base anual houve aumento de 1,5%, em linha com as estimativas anteriores.

Isso elevou o número total de pessoas com empregos para 165 milhões, 3,6 milhões a mais do que no final de 2019, pouco antes da pandemia de Covid-19.

Bruxelas confirma que disciplina orçamental regressa em 2024

Ainda sem uma proposta legislativa para a revisão do quadro de governação econômica da União Europeia, a Comissão avançou, na quarta-feira (08), uma série de recomendações para os governos prepararem os respectivos programas de estabilidade e convergência e projetos de orçamento para 2024, deixando já um sério aviso de que no próximo ano voltará a propor a abertura de procedimentos por défice excessivo aos Estados membros que ultrapassarem o limite dos 3% do PIB (e que podem ser vários).

Porém, Bruxelas também fez saber que vai abster-se de aplicar a regra que obriga os Estados-membros a uma redução de 1/20 da dívida pública acima do patamar dos 60% do PIB fixado nos tratados: apesar dos atrasos no calendário para a revisão das regras orçamentais, a convicção é de que os ministros das Finanças dos 27 chegarão a um acordo para mudar os atuais critérios para o esforço de consolidação nos países com dívida pública elevada, como é o caso de Portugal.

Com a cláusula de escape do Pacto de Estabilidade e Crescimento a expirar no final deste ano, o executivo comunitário voltará a introduzir metas quantitativas nas suas recomendações específicas aos países para a sua política orçamental em 2024, neste período em que as regras estiveram suspensas, Bruxelas apenas forneceu orientações gerais, lembrando aos Estados-membros que as suas opções políticas devem “promover o crescimento sustentável e inclusivo” e, ao mesmo tempo, “assegurar a sustentabilidade da dívida a médio prazo”.

Enquanto decorrem as negociações políticas entre os Estados-membros, que ainda estão bastante divididos quanto às futuras regras orçamentais, o executivo está a recomendar que os governos tenham em consideração as principais linhas de reforma que avançou em novembro passado. “Entretanto, as atuais regras continuam a ser aplicáveis”, lembrou o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis.

Vendas no varejo da Alemanha caem 0,3% em janeiro; previsão era de alta de 2%

O volume de vendas no varejo da Alemanha caiu 0,3% em janeiro ante dezembro em termos reais e recuou 6,9% ante o mesmo mês do ano passado, de acordo com dados com ajustes sazonais divulgados pelo Destatis, o departamento federal de estatísticas.

Os dados vieram piores do que as estimativas. O consenso Refinitiv esperava volume 2% mais alto no mês e queda de 6,1% na comparação anual.

O volume de negócios foi 0,6% menor do que o registrado em janeiro de 2020, mês imediatamente anterior à pandemia de Covid-19.

Villeroy, do BCE, diz que inflação na França deve atingir o pico no 1º semestre de 2023

A inflação na França atingirá o pico no primeiro semestre deste ano, disse a autoridade do Banco Central Europeu François Villeroy de Galhau na quinta-feira (09), acrescentando que a inflação na zona do euro ainda está muito alta e sua redução continua sendo a principal prioridade da política monetária do BCE.

“Não posso comentar sobre os juros, mas o que é muito importante são as expectativas de inflação”, disse Villeroy. “O pico virá neste semestre e depois a inflação cairá pela metade até o final do ano.”

As autoridades do BCE estão determinadas a trazer a inflação de volta para a meta de 2% entre o final de 2024 e o final de 2025, disse Villeroy, afirmando que farão “o que for preciso” para atingir esse objetivo, ecoando as observações feitas pela presidente do BCE, Christine Lagarde, nesta semana.

O BCE já elevou os juros em 3 pontos percentuais desde julho e prometeu outro aumento de 0,50 ponto percentual em 16 de março, mas os investidores têm especulado recentemente sobre a possibilidade uma alta ainda maior devido aos dados de inflação ainda altos.

Várias autoridades têm alertado que as altas de juros do BCE precisam continuar até que o núcleo da inflação mude de rumo e comece a cair em direção à meta de 2%.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (06), as bolsas asiáticas fecharam mistas, após uma rodada de fortes ganhos em Wall Street no fim da semana passada, mas a de Xangai ficou pressionada depois de a China estabelecer o que analistas descreveram como “modesta” meta de crescimento para este ano. O índice Xangai teve queda de 0,19%, a 3.322,03 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,11%, a 28.237,78 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,17%, a 20.603,19 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,52%, a 4.109,01 pontos.

Na terça-feira (07), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, em meio a tensões geopolíticas entre EUA e China e à espera de falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. O índice Xangai teve queda de 1,11%, a 3.285,10 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,25%, a 28.309,16 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,33%, a 20.534,48 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,46%, a 4.048,85 pontos.

Na quarta-feira (08), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizar uma escalada mais agressiva dos juros básicos americanos. O índice Xangai teve queda de 0,06%, a 3.283,25 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,48%, a 28.444,19 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,35%, a 20.051,25 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,36%, a 4.034,11 pontos.

Na quinta-feira (09), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, após dados da inflação chinesa mais fracos do que o esperado e enquanto investidores ponderam as chances de mais altas de juros agressivas nos EUA. O índice Xangai teve queda de 0,22%, a 3.276,09 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,63%, a 28.623,15 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,63%, a 19.925,74 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,35%, a 4.019,85 pontos.

Ministério chinês critica decisão dos EUA de impor sanções a empresas do país

Um porta-voz do Ministério do Comércio da China criticou a decisão dos Estados Unidos de colocar diversas empresas chinesas em sua lista de alvos de sanções no comércio, baseado no “suposto envolvimento com a Rússia e com o Irã” por parte do país asiático. “A China se opõe firmemente a isso”, disse o porta-voz, referindo-se às sanções.

Em publicação feita no site do Ministério do Comércio chinês, o porta-voz exigiu que os EUA “imediatamente corrijam os seus erros e parem com sua repressão irracional a empresas chinesas”.

O funcionário acrescentou que “a China tomará as medidas necessárias para proteger resolutamente os direitos e interesses legítimos das empresas do país”.

Taiwan alerta para ‘entrada repentina’ de militares da China perto da ilha

O ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, alertou na segunda-feira (06) que a ilha deve estar em alerta este ano para uma “entrada repentina” dos militares chineses em áreas próximas ao seu território em meio às crescentes tensões militares no Estreito de Taiwan.

A China intensificou suas atividades militares em torno de Taiwan nos últimos anos, incluindo incursões quase diárias da Força Aérea na zona de identificação de defesa aérea da ilha.

No entanto, Taiwan ainda não relatou nenhum incidente de forças chinesas entrando em sua zona contígua, que fica a 24 milhas náuticas (44,4 km) de sua costa. Mas abateu um drone civil que entrou em seu espaço aéreo perto de uma ilhota na costa chinesa no ano passado.

Respondendo a perguntas de legisladores no parlamento, Chiu disse que o Exército Popular de Libertação da China (PLA) pode encontrar desculpas para entrar em áreas próximas ao espaço aéreo e marítimo territorial de Taiwan, à medida que a ilha intensifica seus intercâmbios militares com os Estados Unidos, para a ira de Pequim.

Ele disse que o PLA pode fazer uma “entrada repentina” na zona contígua de Taiwan e se aproximar de seu espaço territorial, que a ilha define como 12 milhas náuticas de suas costas.

“(Eu) faço esses comentários especificamente este ano, o que significa que eles estão fazendo tais preparativos”, disse Chiu. “Olhando para o futuro, eles usariam a força se realmente precisassem.”

Taiwan prometeu exercer seu direito de autodefesa e contra-atacar se as forças armadas chinesas entrarem em seu território.

No ano passado, a China realizou exercícios militares sem precedentes em torno de Taiwan em reação a uma visita à ilha da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi.

Exportações e importações da China caem com redução da demanda global

As exportações da China em janeiro e fevereiro caíram novamente em relação aos mesmos períodos do ano anterior, mostraram dados alfandegários na terça-feira (07), enquanto as importações também voltaram a recuar, e em ritmo mais rápido, refletindo a desaceleração da economia global e a fraqueza da demanda doméstica.

As exportações da China nos dois meses foram 6,8% menores em relação a um ano antes, superando expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 9,4%. As importações caíram 10,2%, resultado bem abaixo da estimativa de recuo de 5,5%.

Dezembro já havia mostrado uma forte queda anual de 9,9% nas exportações, em meio ao arrefecimento da demanda global, enquanto as importações daquele mês tombaram 7,5%.

A agência alfandegária da China publica dados comerciais combinados de janeiro e fevereiro para suavizar as distorções causadas no calendário pelo Ano Novo Lunar, que em 2023 caiu no primeiro mês do ano.

No entanto, a expectativa é que as importações continuem a se recuperar gradualmente à medida que a confiança do consumidor retorna após fim em dezembro de medidas de isolamento social contra Covid-19. As autoridades chinesas sempre alertaram que as exportações poderiam sofrer com o aumento do risco de uma recessão global.

Irmã de Kim Jong Un adverte Pyongyang pronto para agir contra EUA e Coreia do Sul

A influente irmã do líder da Coreia do Norte alertou na terça-feira (07) que seu país está pronto para tomar uma “ação rápida e esmagadora” contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul, um dia depois que os EUA lançaram um bombardeiro B-52 com capacidade nuclear em uma demonstração de fortalecer contra o Norte.

O treinamento americano-sul-coreano de segunda-feira (06) envolvendo o bombardeiro B-52 sobre a península coreana foi o mais recente de uma série de exercícios entre os aliados nos últimos meses. Seus militares também estão se preparando para reviver seus maiores exercícios de campo no final deste mês.

Kim Yo Jong não detalhou nenhuma ação planejada em sua declaração, mas a Coreia do Norte costuma testar mísseis em resposta aos exercícios militares dos EUA e da Coreia do Sul porque os vê como um ensaio de invasão.

“Estamos atentos aos movimentos militares inquietos das forças dos EUA e dos militares fantoches sul-coreanos e estamos sempre de prontidão para tomar ações apropriadas, rápidas e esmagadoras a qualquer momento, de acordo com nosso julgamento”, disse Kim Yo Jong no comunicado divulgado pela mídia estatal.

“Os movimentos militares demonstrativos e todo tipo de retórica dos EUA e da Coreia do Sul, que são tão frenéticos que não passam despercebidos, sem dúvida fornecem (a Coreia do Norte) condições para ser forçada a fazer algo para enfrentá-los”, disse ela.

Após o treinamento de segunda-feira, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul disse que a implantação do B-52 demonstrou as capacidades decisivas dos aliados para deter as agressões norte-coreanas. Os EUA enviaram um bombardeiro B-1B de longo alcance ou vários B-1Bs para a península algumas vezes no início deste ano. No mês passado, os EUA e a Coreia do Sul também realizaram uma simulação em Washington com o objetivo de aprimorar sua resposta às ameaças nucleares norte-coreanas.

Os salários reais do Japão caem no ritmo mais rápido desde 2014, com a forte inflação cobrando seu preço

Os salários reais do Japão caíram mais em quase nove anos em janeiro, mostraram dados oficiais, com a inflação de quatro décadas pressionando o poder de compra dos consumidores e prejudicando os esforços dos formuladores de políticas para reviver uma economia devastada pela Covid.

As tendências salariais na terceira maior economia do mundo estão sob escrutínio do mercado porque as autoridades do Banco do Japão disseram que os aumentos salariais, combinados com a inflação de 2 por cento, são essenciais para reduzir sua política monetária frouxa. 

O Banco Central deve manter suas taxas de juros ultrabaixas em uma revisão de política, enquanto aguarda uma transição de liderança que pode acabar com o estímulo radical do chefe cessante Haruhiko Kuroda.

Os salários reais ajustados pela inflação, um barômetro do poder de compra das famílias, caíram 4,1% em janeiro em relação ao ano anterior, a maior queda desde maio de 2014, mostraram dados do Ministério do Trabalho na terça-feira (07). Seguiu-se uma queda revisada de 0,6 por cento em dezembro.

“Os salários reais provavelmente atingiram o fundo do poço em janeiro, já que os subsídios do governo às tarifas de eletricidade e gás entraram em vigor em fevereiro e os efeitos básicos dos aumentos dos preços das commodities terminaram”, disse Azusa Kato, economista sênior do BNP Paribas Securities. 

“Dado que os aumentos salariais estão ganhando força em direção às negociações trabalhistas anuais neste mês, o Banco do Japão ficará sob pressão para ajustar seu controle da curva de juros já nesta semana. Mesmo se estiver estável, permanecerá sob pressão.” 

A queda nos salários reais ocorre quando grandes empresas japonesas, incluindo Toyota, Nintendo e Fast Retailing, atendem aos apelos dos formuladores de políticas e demandas sindicais, anunciando planos para aumentos salariais históricos.

China diz que haverá confronto com consequências catastróficas se EUA não mudarem postura

O novo ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, alertou que “conflito e confronto” com os Estados Unidos são inevitáveis ​​se Washington não mudar de rumo, fazendo uma repreensão severa e abrangente às políticas dos EUA em sua primeira coletiva de imprensa no novo cargo.

Qin, que até recentemente era embaixador da China nos EUA, construiu uma reputação de ser um diplomata cuidadoso e talentoso no exterior.

Mas ele adotou um tom muito mais combativo em sua primeira aparição como ministro das Relações Exteriores na reunião parlamentar anual da China, alertando sobre as “consequências catastróficas” do que descreveu como uma “aposta imprudente” de Washington na forma como trata suas companheiras superpotências.

“Se os Estados Unidos não pisarem no freio, mas continuarem acelerando no caminho errado, nenhuma barreira poderá impedir o descarrilamento e certamente haverá conflito e confronto”, disse Qin à margem do Congresso Nacional do Povo em Pequim. “E quem arcará com as consequências catastróficas?”, acrescentou.

No evento altamente roteirizado, Qin deu o tom da política externa da China para o próximo ano e além, repreendendo os EUA pelo aumento das tensões bilaterais e defendendo a estreita parceria de Pequim com Moscou.

Câmara baixa do Japão aprova Ueda como próximo presidente do Banco Central

A câmara baixa do Parlamento do Japão aprovou na quinta-feira (09) os indicados do governo para os cargos de presidente e vices do Banco Central japonês, definindo uma nova liderança que terá a tarefa de orientar uma saída suave da política monetária ultrafrouxa.

A câmara alta votará as indicações na sexta-feira. A aprovação pelas duas câmaras é vista como garantida, já que a coalizão governista detém a maioria dos assentos em ambas as casas.

Com a aprovação, o candidato do governo, Kazuo Ueda, sucederá oficialmente o atual presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, cujo segundo mandato de cinco anos termina em 8 de abril.

Os indicados aos dois cargos de vice-presidente, Shinichi Ueda e Ryozo Himino, assumirão o cargo a partir de 20 de março, sucedendo Masayoshi Amamiya e Masazumi Wakatabe.

Ueda presidirá sua primeira reunião de política monetária nos dias 27 e 28 de abril, quando o conselho produzirá novas previsões de crescimento trimestral e de preços até o ano fiscal de 2025.

Com a inflação excedendo a meta do Banco Central, Ueda enfrenta o desafio de acabar com a controversa política de controle de rendimento dos títulos, que atraiu críticas públicas por distorcer as funções do mercado e esmagar as margens dos bancos.

“É verdade que há vários efeitos colaterais decorrentes do estímulo. Mas a política atual do Banco do Japão é um meio necessário e apropriado para alcançar uma inflação de 2%”, disse Ueda ao Parlamento no mês passado, sinalizando que não terá pressa em elevar os juros.

Ueda, no entanto, disse que tem ideias sobre como o Banco do Japão pode abandonar seu estímulo monetário massivo e está aberto à ideia de conduzir uma revisão abrangente de sua estrutura de políticas.

Palestinos observam com cautela os protestos anti-Netanyahu em Israel

Os palestinos nos territórios ocupados e dentro de Israel estão observando cautelosamente a escalada de protestos em massa irados por israelenses.

Dezenas de milhares de israelenses estão se manifestando contra o contencioso plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de reformar o sistema jurídico do país, enquanto o governo avança com as mudanças propostas.

Os manifestantes se opõem à legislação que Netanyahu e seus aliados de direita e religiosos esperam aprovar, que limitaria os poderes da Suprema Corte de decidir contra o legislativo e o executivo, ao mesmo tempo em que daria aos legisladores poderes decisivos na nomeação de juízes.

Os defensores da medida dizem que a Suprema Corte precisa ser controlada para não invadir a esfera política. Mas seus críticos dizem que o plano enfraquecerá os tribunais, colocará em risco as liberdades civis e prejudicará a economia, junto com os laços de Israel com seus aliados ocidentais.

Alguns palestinos estão cautelosos porque as políticas do governo israelense de extrema direita estão relacionadas a reformas judiciais e podem afetar seu futuro político e existencial, enquanto outros estão otimistas com os protestos e os apoiam.

Outros consideram as manifestações um problema interno de Israel pelo qual não deveriam se interessar.

No entanto, os palestinos em geral concordam que tudo o que acontece na política israelense os afeta diretamente, seja segurança, vida, economia ou mesmo política, já que vivem sob a ocupação israelense.

Esmat Mansour, um especialista palestino em assuntos israelenses, disse ao Arab News: “Grande parte das reformas que se pretende implementar enfraquecerá o judiciário israelense, que é um destino para os palestinos apresentarem queixas e apelações contra as medidas da ocupação israelense contra eles.”

Algumas das leis promulgadas pelo Knesset (parlamento de Israel) e as decisões militares tomadas pelo exército israelense contra os palestinos nos territórios ocupados podem ser anuladas pela Suprema Corte de Israel, acrescentou.

O crescimento do setor privado não petrolífero saudita acelera com o PMI atingindo a maior alta em 8 anos em fevereiro

O setor privado não petrolífero da Arábia Saudita testemunhou o maior crescimento desde 2015 em fevereiro, quando o Índice de Gerentes de Compras do Reino atingiu 59,8, ante 58,2 em janeiro.

O último relatório PMI da Arábia Saudita do Riyad Bank, anteriormente S&P Global Saudi Arabia PMI, observou que o PMI do Reino para dezembro de 2022 ficou em 56,9; em novembro, o índice atingiu 58,5.

Segundo o índice, leituras acima da marca de 50 indicam crescimento, enquanto as abaixo de 50 sinalizam contração.

“As condições econômicas permanecem favoráveis ​​nas atividades de negócios em fevereiro de 2023, já que o crescimento no setor privado não petrolífero saudita acelerou para o nível mais alto em quase oito anos”, disse Naif Al-Ghaith, economista-chefe do Riyad Bank.

Ele acrescentou: “Apesar das condições monetárias mais apertadas, o equilíbrio entre demanda e oferta parecia robusto e estimulado pelos projetos em andamento em todo o Reino, causando aumentos mais acentuados na produção e novos pedidos para empresas, bem como aumento na demanda por mão de obra. Isso foi acompanhado por uma forte melhoria no desempenho do fornecedor e uma redução acentuada nos prazos de entrega.” 

De acordo com o relatório, o aumento do PMI foi impulsionado por um aumento substancial na demanda ligada à melhoria das condições econômicas.

O relatório observou ainda que as empresas do Reino relataram aumentos mais rápidos na produção, emprego e compras, já que o otimismo em relação ao próximo ano permaneceu robusto. 

“As empresas demonstraram um forte grau de confiança em relação à atividade futura, já que as atuais condições de mercado melhores são promissoras, juntamente com as expectativas positivas em relação à recuperação nas economias emergentes”, acrescentou Al-Ghaith. 

Enquanto isso, o número de empregos em empresas não petrolíferas também aumentou pela segunda taxa mais rápida em cinco anos, principalmente porque as empresas aumentaram suas contratações para preencher vagas a fim de atender à demanda futura.

Sheik Mohammed Al-Thani é empossado como primeiro-ministro do Catar

O Sheik Mohammed bin Abdulrahman Al Thani foi empossado como primeiro-ministro do Catar no Amiri Diwan na terça-feira (07), informou a agência de notícias do Catar (QNA). Ele substituirá o Sheik Khalid bin Khalifa bin Abdulaziz Al-Thani, que atuou como primeiro-ministro e ministro do Interior, responsável pela segurança interna desde 2020.

Isso aconteceu na presença do Sheik Tamim bin Hamad al-Thani, Emir do país.

O Sheik Mohammed serviu como ministro das Relações Exteriores do Catar desde 2016 e será substituído como ministro do Interior na terça-feira (07) pelo Sheik Khalifa bin Hamad bin Khalifa Al-Thani.

Hezbollah apoia candidatura presidencial de aliado de Assad

O Hezbollah anunciou que apoiará o ex-ministro Suleiman Franjieh, amigo e apoiador do presidente sírio Bashar Assad, como candidato à presidência libanesa.

O anúncio veio dois dias depois que o Presidente Parlamentar Nabih Berri, um aliado do Hezbollah, anunciou seu apoio à nomeação de Franjieh.

Frangieh, 56, é herdeiro de uma dinastia política cujo avô de mesmo nome serviu como presidente de 1970 até a guerra civil libanesa de 1975-90.

O Líbano não tem chefe de Estado desde que o mandato do ex-presidente Michel Aoun terminou em outubro passado, aprofundando a paralisia institucional em um país que enfrenta uma crescente crise econômica.

Embora Franjieh tenha o apoio do partido Movimento Amal de Berri, é altamente improvável que ele ganhe os 65 votos parlamentares necessários para ser eleito.

O secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse que sua equipe está “comprometida com o quórum de dois terços na eleição do presidente na primeira e na segunda sessão”.

Um observador político disse ao Arab que “o Hezbollah, o Movimento Amal e seus aliados acreditam que Franjieh é o único candidato de fato e eles não têm um plano B, e esse assunto pode levar o país ao inferno”.

Berri até agora rejeitou qualquer emenda constitucional que permitiria a nomeação do comandante do exército Gen. Joseph Aoun para a presidência.

O parlamento inclui 128 deputados, metade dos quais são cristãos e a outra metade muçulmanos, com base na constituição.

Índice de Produção Industrial da Arábia Saudita sobe 6,8% em janeiro

O Índice de Produção Industrial da Arábia Saudita subiu 6,8% em janeiro em relação ao ano anterior, impulsionado pela alta produção em mineração e pedreiras e atividades manufatureiras, de acordo com o último relatório divulgado pela Autoridade Geral de Estatísticas.

O IPI é um indicador econômico que reflete as variações relativas no volume da produção industrial do Reino e é calculado com base no levantamento da produção industrial.

O relatório do GASTAT observou que a mineração e extração cresceram 3% em janeiro, em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

As atividades de mineração e extração testemunharam um aumento em janeiro, quando a Arábia Saudita aumentou sua produção de petróleo para mais de 10 milhões de barris por dia.

De acordo com o relatório, as atividades manufatureiras no Reino aumentaram 19,2% em relação ao ano anterior em janeiro de 2023, enquanto o fornecimento de eletricidade e gás diminuiu 3,4%.

O relatório refere que os pesos relativos dos setores extrativo e extrativo, indústria transformadora e comercialização de eletricidade e gás no IPI são de 74,5 por cento, 22,6 por cento e 2,9 por cento, respectivamente.

Durante 2022, o índice de produção industrial registrou taxas de crescimento positivas que atingiram o pico em abril de 2022. 

Embora o IPI do Reino ainda mostre tendências positivas, seu crescimento desacelerou pelo nono mês consecutivo, de um crescimento ano a ano de 26,7 registrado em abril de 2022.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
10/03/2023