Cenário Econômico Nacional – 13/03/2023

Cenário Econômico Nacional – 13/03/2023

Cenário Econômico Nacional – 13/03/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Mercado mantém expectativas de inflação para 2023 e 2024, mas sobe conta para prazo mais longo

Analistas consultados pelo Banco Central mantiveram suas expectativas para a inflação deste ano e do próximo, interrompendo uma recente sequência de elevação, embora o prognóstico para o avanço dos preços num prazo mais longo tenha voltado a subir.

A pesquisa semanal Focus, divulgada na segunda-feira (06), estima que o IPCA avançará 5,90% em 2023 e 4,02% em 2024, sem alterações em relação à sondagem anterior.

A projeção deste ano interrompeu uma sequência de 11 altas consecutivas, enquanto a conta para o ano que vem permaneceu inalterada pela segunda semana seguida, estabilidade que veio após série de cinco aumentos.

O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e, para 2024 e 2025, é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Por outro lado, economistas elevaram sua estimativa de inflação para 2026 pela terceira vez seguida, a 3,77%, de 3,75% na semana anterior. Isso deve alimentar temores de investidores de desancoragem das expectativas após recentes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à conduta da política monetária pelo Banco Central e às metas de inflação.

O mercado manteve a perspectiva de que a Selic encerrará este ano em 12,75% e o seguinte em 10,00%, segundo o Focus, mas elevou a projeção para os juros ao final de 2026 em 0,05 ponto percentual, a 8,75%. A taxa está atualmente em 13,75%.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano melhorou marginalmente pela terceira semana seguida, a 0,85%, de 0,84% na semana anterior. Para 2024 segue em 1,50% pela décima semana seguida. Na última quinta-feira, dados do IBGE mostraram que o PIB cresceu 2,9% em 2022, com queda de 0,2% no último trimestre sobre os três meses imediatamente anteriores.

Mulheres têm rendimento 21% inferior ao dos homens, mostra pesquisa

Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o rendimento médio mensal das mulheres no mercado de trabalho brasileiro é 21% menor do que o dos homens – R$ 3.305 para elas e R$ 2.909 para eles. Os dados, divulgados na segunda-feira (06), têm como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no terceiro trimestre de 2022.

Mesmo nos setores de atividades em que as mulheres são maioria, em média, elas recebem menos. Nos serviços domésticos, as trabalhadoras ocupam cerca de 91% das vagas, e o salário é 20% mais baixo que o dos homens. Em educação, saúde e serviços sociais, mulheres representam 75% do total e têm rendimentos médios 32% abaixo dos recebidos pelos homens.

No setor de serviços domésticos, as mulheres com menos de um ano de estudo recebem R$ 819; com ensino fundamental incompleto, R$ 972; com ensino fundamental completo, R$ 1.092; com médio incompleto, R$ 926; com médio completo, R$ 1.087; com superior incompleto, R$ 1.120; e com superior completo, R$ 1.257.

No mesmo setor, os homens com menos de um ano de estudo, recebem R$ 1.061; com ensino fundamental incompleto, R$ 1226; com ensino fundamental completo, R$ 1.386; com médio incompleto, R$ 986; com médio completo, R$ 1.470; com superior incompleto, R$ 1.156; e com superior completo, R$ 1.771.

Nas áreas de educação, saúde, e serviços sociais, as mulheres com menos de um ano de estudo recebem R$ 1.565; com ensino fundamental incompleto, R$ 1.333; com fundamental completo, R$ 1.358; com médio incompleto, R$ 1.261; com médio completo, R$ 1.718; com superior incompleto, R$ 1.840; e com superior completo, R$ 4.063.

Com menos de um ano de estudo, os homens que trabalham nessas áreas recebem R$ 1.928; com ensino fundamental incompleto, R$ 1.750; com fundamental completo, R$ 1.551; com médio incompleto, R$ 1.554; com médio completo, R$ 2.076; com superior incompleto, R$ 2.302; e com superior completo, R$ 6.331.

“A desigualdade de gênero no mercado de trabalho reproduz e reafirma esse desequilíbrio já existente em todas as esferas da sociedade, sob a forma do machismo. A partir dos papéis atribuídos a homens e mulheres, negros e negras, desenham-se as desigualdades e as relações de poder, seja econômico, sexual ou político”, destaca a pesquisa do Dieese.

Índice de variação de aluguéis sobe 1,06% em fevereiro, aponta FGV

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) subiu 1,06% em fevereiro de 2023. O resultado significa uma desaceleração na comparação com a taxa de 4,20% registrada em janeiro. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV) que calcula o indicador, com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses passou de 10,74% em janeiro de 2023 para 8,73% em fevereiro de 2023.

Os dados divulgados na terça-feira (07) pelo IBRE apontam ainda que entre janeiro e fevereiro, metade das cidades analisadas pelo IVAR acompanharam a tendência do índice médio e registraram desaceleração. Estes são os casos de São Paulo (de 2,84% para 2,10%) e Porto Alegre (de 10,15% para -4,71%). Já as duas restantes, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, notaram alta na variação do aluguel residencial. A primeira passou de 1,45% para 3,11% e a segunda de 0,72% para 5,97%.

Duas das quatro cidades componentes do IVAR tiveram desaceleração nas taxas interanuais entre fevereiro 23 a fevereiro 22. Em São Paulo caiu de 8,20% para 7,91% e em Porto Alegre de 16,79% para 7,42%. Nas outras restantes houve movimento contrário e avançaram nas taxas anuais. Belo Horizonte saiu de 9,82% para 12,12% e Rio de Janeiro de 8,51% para 9,10%.

Conforme a FGV, o IVAR foi criado para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil. A próxima divulgação do indicador está prevista para o próximo dia 5 de abril.

IGP-DI sobe 0,04% em fevereiro, ante estimativa de queda de 0,02%

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,04% em fevereiro, ante alta de 0,06% em janeiro. Com este resultado, o índice acumula alta de 0,09% no ano e de 1,53% em 12 meses. O indicador foi divulgado na terça-feira (07) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre).

O dado veio mais alto que as previsões de mercado: o consenso Refinitiv estimava deflação de 0,02% no mês.

Em fevereiro de 2022, o índice havia subido 1,50% e acumulava elevação de 15,35% em 12 meses.

Indicador antecedente de emprego do Brasil tem recuperação em fevereiro, mas segue em patamar baixo

O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil avançou 0,8 ponto em fevereiro, a 74,7 pontos, compensando queda que havia sido registrada em janeiro, mostraram dados divulgados na terça-feira (07) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, havia recuado 0,8 ponto no mês anterior. Apesar da recuperação do terreno perdido, o índice segue em níveis historicamente baixos, segundo a FGV.

“As expectativas de desaceleração econômica do ano têm impactado o ímpeto de contratação de pessoal ocupado das empresas, impedindo que o IAEmp volte a ganhar fôlego em 2023”, explicou Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.

“A inversão para uma trajetória positiva e sustentável nos próximos meses dependerá da melhora do quadro macroeconômico e da evolução positivas das atividades setoriais”.

União pagou R$ 1,34 bilhão de dívidas de estados em fevereiro

O Tesouro Nacional pagou, em fevereiro, R$ 1,341 bilhão em dívidas atrasadas de estados. Desse total, a maior parte, R$ 847,66 milhões, é relativa a atrasos de pagamento de Minas Gerais. Em seguida, vieram débitos de R$ 193,42 milhões do estado do Rio de Janeiro e de R$ 76,74 milhões de Goiás.

A União também cobriu dívidas dos seguintes estados: R$ 61,3 milhões do Rio Grande do Sul, R$ 44,71 do Maranhão, R$ 44,26 do Piauí, R$ 41,38 de Pernambuco e R$ 31,54 do Espírito Santo.

Os dados estão no Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito, divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional. As garantias são executadas pelo governo federal quando um estado ou município ficar inadimplente em alguma operação de crédito. Nesse caso, o Tesouro cobre o calote, mas retém repasses da União para o ente devedor até quitar a diferença, cobrando multa e juros.

Nos dois primeiros meses do ano, a União quitou R$ 2,249 bilhões de dívidas em atraso de entes subnacionais. Desse total, R$ 1,036 bilhão coube a Minas Gerais, R$ 372,04 milhões ao Maranhão, R$ 300,43 ao Rio de Janeiro, R$ 164,38 milhões ao Piauí e R$ 155,03 milhões a Goiás.

O número de estados com dívidas em atraso cobertas pelo Tesouro aumentou de sete, em janeiro, para oito em fevereiro, com a inclusão do Espírito Santo, que não fazia parte da lista. Em 2022, além dos estados acima, tiveram garantias honradas pela União Alagoas e Rio Grande do Norte.

Em relação aos municípios, o Tesouro não cobriu débitos atrasados de prefeituras neste ano. No ano passado, a União honrou R$ 32,06 milhões de garantias da Prefeitura de Taubaté (SP).

As garantias honradas pelo Tesouro são descontadas dos repasses da União aos entes federados, como receitas dos fundos de participação e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), entre outros. Sobre as obrigações em atraso incidem juros, mora e outros custos operacionais referentes ao período entre o vencimento da dívida e a efetiva honra dos valores pela União.

Cerca de 2,7 milhões de pessoas resgatam R$ 180 milhões em valores esquecidos

No segundo dia de saques após a reabertura do Sistema de Valores a Receber (SVR), cerca de 2,7 milhões de pessoas pediram o resgate de R$ 180,07 milhões, divulgou o Banco Central (BC). O balanço abrange os pedidos realizados desde a terça-feira (07) às 10h até as 17h de quarta (08).

Segundo o BC, o maior valor resgatado por uma pessoa física corresponde a R$ 749,5 mil. Em relação às pessoas jurídicas, a maior quantia resgatada chegou a R$ 252,3 mil. O número de pessoas que pediram o resgate de valores falecidos desde o início do programa soma 797,8 mil.

Diferentemente de terça-feira, o BC informa que não houve fila virtual nesta quarta. No primeiro dia de saques, na terça-feira, a espera média na fila virtual chegou a duas horas durante a manhã. Ao longo da tarde, o tempo de espera reduziu-se rapidamente até ser zerado por volta das 17h15, segundo o BC.

De acordo com a autoridade monetária, o SVR permanecerá aberto para todos, sem interrupções programadas, para que cada um possa recuperar os valores esquecidos no sistema financeiro. “Independentemente do montante, o recurso pertence ao cidadão e deve a ele ser devolvido”, destacou o órgão.

As consultas foram reabertas em 28 de fevereiro. Conforme o balanço mais recente do BC, 23,8 milhões de consultas haviam sido feitas. Desse total, 6,9 milhões (29%) apontaram quantias a receber e 16,8 milhões (71%) não encontraram valores esquecidos.

Segundo o BC, cerca de 38 milhões de pessoas físicas e 2 milhões de pessoas jurídicas têm cerca de R$ 6 bilhões a receber. Para sacar os valores (pessoa física) ou de falecidos, o usuário precisa ter conta no Portal Gov.br de nível prata ou ouro. Para reaver valores de pessoa jurídica, precisa ter conta no Portal Gov.br com o Cadastro Nacional Pessoa Jurídica vinculado (com qualquer tipo de vínculo, exceto colaborador).

Reforma tributária tem potencial de aumentar PIB em 12% ou mais em 15 anos, diz Appy

O secretário especial para a reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou que a mudança no sistema tributário em análise no Congresso Nacional tem potencial de proporcionar um crescimento adicional de 12% ou mais no Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos 15 anos em um cenário tido como conservador.

Appy usou o número, baseado em pesquisas acadêmicas, para defender que todos os setores da economia ganhariam com a aprovação da reforma tributária, mesmo setores que inicialmente seriam afetados com uma carga tributária maior.

Em um cenário otimista, esse crescimento adicional seria de 20%, segundo Appy. As maiores variações se dariam pelo consumo das famílias e investimentos. Entre os principais setores da economia, a indústria e a construção civil seriam os principais beneficiados.

“A reforma tributária gerará o crescimento adicional da economia [PIB] de 12% ou mais em 15 anos. Hoje, isso representaria R$ 1,2 trilhão a mais no PIB de 2022. Ou seja, se a reforma tivesse sido aprovada há 15 anos, cada brasileiro teria hoje mais R$ 460 por mês de renda”, escreveu Appy em sua apresentação exibida na reunião no grupo de trabalho da Câmara.

Appy foi um dos convidados a discutir as propostas de reforma tributária em tramitação na Câmara dos Deputados. O ex-senador Roberto Rocha (que foi relator da PEC que está no Senado) e o deputado Baleia Rossi (autor da PEC que está na Câmara) também participaram da audiência. O senador Davi Alcolumbre, autor da PEC do Senado, estava previsto para participar, mas não compareceu à audiência por causa de outros compromissos.

Os participantes demonstraram otimismo com a aprovação da reforma tributária neste ano e elogiaram o empenho do governo federal com a proposta, especialmente pela presença do secretário Bernard Appy e do envolvimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o tema.

Confiança dos pequenos negócios volta a crescer em fevereiro, revela pesquisa

Após cinco meses de queda, a confiança dos negócios de pequeno porte na economia voltou a crescer em fevereiro, revelou pesquisa divulgada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Todos os setores pesquisados, indústria, comércio e serviços, registraram melhoria nas expectativas.

Segundo a Sondagem das Micro e Pequenas Empresas, o índice geral de confiança das empresas pesquisadas ficou em 88,4 pontos, com avanço de 3,8 pontos em relação a janeiro, quando estava em 84,6 pontos. Indicadores acima de 100 pontos mostram confiança e, abaixo desse nível, sinalizam pessimismo.

O principal fator que contribuiu para a melhoria nas expectativas foi o desempenho da indústria de transformação. O indicador para o setor fechou em 94 pontos, com alta de 4 pontos. Os segmentos de alimentos e vestuários apresentaram alta.

Em contrapartida, a confiança caiu nos segmentos refino e produtos químicos, e metalurgia e produtos de metal.

No comércio, o índice de confiança das micro e pequenas empresas cresceu de 81,8 pontos para 86,3 pontos. O indicador para o comércio está no maior nível desde novembro do ano passado.

Segundo Sebrae e a FGV, todos os segmentos do comércio melhoraram neste mês, com destaque para veículos, motos e peças (lojas de autopeças e pequenas revendedoras).

Em relação aos serviços, o índice de confiança subiu 1,2 ponto, para 86 pontos, interrompendo uma sequência de cinco meses de queda. Dos cinco segmentos pesquisados, quatro acompanharam a alta do setor, com destaque para serviços de informação e comunicação.

O único ramo dos serviços que foi na contramão foram os transportes, cuja confiança recuou pela sexta vez seguida, com queda de 7,4 pontos.

Inflação acelera a 0,84% em fevereiro, pressionada por educação, diz IBGE

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) —que mede a inflação oficial do país, acelerou a 0,84% em fevereiro, após alta de 0,53% em janeiro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na sexta-feira (10).

Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 5,60%.

O número ainda fica bem acima do centro da meta para 2023, de 3,25%, e do teto da meta, de 4,75%.

O mercado esperava alta mensal de 0,8% e avanço de 5,54% em 12 meses.

Nove dos oito grupos pesquisados pelo instituto tiveram alta no mês, com destaque para o setor de educação, como tradicionalmente acontece no mês, marcado por reajustes das instituições de ensino, destaca Pedro Kislanov, gerente da pesquisa, em nota.

Sindicatos querem ser ouvidos na elaboração da política econômica

Em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, representantes de entidades sindicais pediram para também serem ouvidos no processo de elaboração da política econômica do país. Os sindicalistas ofereceram ao ministro uma série de projetos ligados à geração de emprego, sistema tributário e crescimento econômico.

“O movimento sindical e o movimento popular têm uma produção muito grande de projetos que podem ajudar o país a retomar o crescimento vigoroso, com geração de emprego de qualidade. Temos uma produção grande sobre o sistema tributário, e a reforma tributária é uma prioridade do governo. Não pode ouvir só a Faria Lima [avenida em São Paulo conhecida por ser sede de grandes empresas, principalmente do ramo financeiro], tem que ouvir também os trabalhadores, deixamos isso muito claro a ele”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sergio Nobre.

De acordo Nobre, os sindicalistas reivindicaram ao ministro maior participação nos conselhos de elaboração da política econômica do governo. “Nós queremos participar de fóruns, inclusive o Carf [Conselho Administrativo de Recursos Fiscais]. O Carf não pode ter só representantes dos empresários para decidir sobre a questão de tributações. Nós, os trabalhadores, também queremos fazer parte desse conselho”, destacou Nobre.

O presidente da CUT disse que os sindicatos manifestaram ao ministro o descontentamento em relação à elevada taxa de juros, hoje em 13,75% ao ano. Eles adiantaram a Haddad que farão manifestações no dia 21 de março, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para definir a taxa básicas de juros.

“Não tem justificativa para os juros estarem nesse patamar. Nós vamos fazer manifestações pela queda dos juros, na porta dos prédios do Banco Central, no Brasil inteiro, no próximo dia 21. É importante que o Copom ouça o clamor das ruas e da classe trabalhadora, que precisa de emprego”, disse.

Em relação ao salário mínimo, Nobre disse que o valor para este ano já foi definido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em R$ 1.320, mas o movimento sindical reivindica um valor maior ao que foi anunciado, e pleiteia a construção de uma política de valorização do salário mínimo para os próximos anos.

“Nós fizemos um cálculo. Se a política de valorização [do salário mínimo] não tivesse sido interrompida, hoje ele estaria no patamar de R$ 1.382. Então, a gente vai reivindicar que essa diferença seja considerada”, disse.

PL busca nome moderado para disputa à prefeitura de São Paulo

O PL, de Jair Bolsonaro, busca um nome de perfil moderado para a disputa à prefeitura de São Paulo em 2024.

A avaliação da cúpula do partido, baseada em pesquisas internas, é de que o lançamento de um nome mais afinado com o bolsonarismo teria pouca viabilidade na disputa eleitoral.

Em 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu Jair Bolsonaro na capital paulista. Além disso, nomes de direita com perfil moderado tiveram mais êxito, como o governador Tarcísio de Freitas e o senador Marcos Pontes.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, no entanto, tem afirmado em conversas reservadas que não tem pressa para definir a escolha.

O dirigente do partido não exclui um eventual apoio à reeleição do prefeito Ricardo Nunes, do MDB, mas defende apoio a um nome que poderia ter maior viabilidade eleitoral contra uma candidatura de Guilherme Boulos, do PSOL.

Segundo levantamento da Paraná Pesquisas, hoje 60% da população paulistana não sabe o nome do atual prefeito de São Paulo. Nunes assumiu após a morte de Bruno Covas, em 2021.

Hoje, o deputado federal Ricardo Salles, do PL, é pré-candidato à sucessão municipal. O nome dele, no entanto, enfrenta resistência na cúpula do partido por seu perfil ser considerado mais radical.

Na sigla, são citados como nomes ideais o ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Paulo Skaf, do Republicanos, e o apresentador José Luiz Datena, do PSC. Os dois, no entanto, resistem a uma eventual candidatura.

Governo Lula apresenta na ONU documento com críticas ao governo da Nicarágua

Após ter sido alvo de críticas, o governo brasileiro apresentou na terça-feira (07), à Organização das Nações Unidas (ONU) nova posição e preocupações com o governo ditatorial da Nicarágua. Ao repudiar a decisão de autoridades do país da América Central de retirada de nacionalidade de opositores ao regime de Daniel Ortega, o governo brasileiro colocou-se à disposição para acolher as pessoas afetadas pela medida.

“O governo brasileiro acompanha os acontecimentos na Nicarágua com a máxima atenção e está preocupado com alegações de graves violações de direitos humanos e de restrições ao espaço democrático naquele país, em particular execuções sumárias, detenções arbitrárias tortura contra dissidentes políticos”, declarou o governo brasileiro. E, ainda: “o Brasil está pronto para explorar maneiras pelas quais essa situação possa ser abordada de forma construtiva, em diálogo com o governo da Nicarágua e com todos os atores relevantes”.

A declaração brasileira ocorreu após o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter se recusado a assinar um manifesto de 55 países contra a ditadura de Ortega na Nicarágua e a favor da população nicaraguense. O silêncio gerou incômodo na comunidade internacional e na segunda-feira, 6, repercutiu no País. A nação da América Central vem adotando a retirada de nacionalidade de críticos ao regime de Ortega para reprimir opositores.

A declaração desta terça-feira pontua que o governo recebeu com extrema preocupação a decisão de autoridades da Nicarágua de determinar a perda da nacionalidade de mais de 300 cidadãos nicaraguenses. “Ao reafirmar seu compromisso humanitário com a proteção de pessoas apátridas e com a redução da apatridia, o governo brasileiro coloca-se à disposição para acolher as pessoas afetadas pela medida, ao abrigo do estatuto especial previsto na Lei de Migração brasileira”, disse o Brasil à ONU.

Durante a campanha eleitoral, Lula evitou condenar o regime de Ortega, o que elevou críticas do seu então principal adversário, o então presidente Jair Bolsonaro.

Inquérito sobre joias de diamantes vai correr sob segredo de Justiça, diz PF

O inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) para investigar o caso das joias trazidas ilegalmente para o Brasil por uma comitiva do governo Bolsonaro vai correr em sigilo na Delegacia Especializada de Combate a Crimes Fazendários da superintendência da corporação em São Paulo.

Os investigadores têm 30 dias para concluir o inquérito, mas o prazo pode ser prorrogado se houver necessidade. Umas das primeiras medidas da investigação deverá ser o depoimento de integrantes da comitiva que trouxe as joias da Arábia Saudita.

O inquérito foi aberto por determinação do Ministério da Justiça. O ministro Flávio Dino citou “lesões a serviços e interesses” da União.

As joias foram apreendidas pela Receita Federal em outubro de 2021, quando um então assessor do Ministério das Minas e Energia tentou passar pela alfândega do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, sem declarar as peças. O conjunto com colar, brincos, relógio e anel da marca suíça Chopard é avaliado em R$ 16,5 milhões.

O ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, admitiu que sua comitiva trouxe o que seria “presente” do regime da Arábia Saudita para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro, mas alegou que ninguém sabia o que tinha dentro dos pacotes, porque eles estavam fechados.

O governo Bolsonaro escalou três ministérios (Relações Exteriores, Minas e Energia e Economia) para tentar recuperar as joias, que seguem retidas pela Receita Federal.

Também na segunda-feira (06), o Ministério Público Federal (MPF) pediu que a Receita encaminhe “todas as informações disponíveis” sobre a entrada das joias no Brasil. O órgão afirma que recebeu apenas um “relato simples” sobre a apreensão e que a denúncia só feita na última sexta-feira (03), depois que o Estadão revelou o caso.

STJ: Ministro adia análise da incidência do PIS/Cofins sobre desconto a varejista

O ministro Gurgel de Faria, da 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pediu mais tempo para julgar a ação que discute a incidência de PIS/Cofins sobre descontos e bonificações dados aos varejistas. A análise estava marcada para a tarde desta terça-feira (07). Até agora, dois dos cinco ministros do colegiado votaram de forma favorável aos contribuintes.

Ao pedir vista pela primeira vez, em novembro do ano passado, Gurgel destacou que o tema é inédito na Corte e disse que “gostaria de lançar um olhar um pouco mais demorado a respeito da matéria para estudá-la”.

A Corte avalia um recurso apresentado pela Cencosud Brasil contra decisão que a obrigou a recolher o tributo sobre descontos e bonificações de anos passados. A controvérsia ganhou corpo em 2017, quando a Receita Federal orientou os fiscais a cobrarem PIS/Cofins sobre os valores recebidos como bonificações e abatimentos de fornecedores. A partir de então, a prática que era frequente no varejo começou a ser multada.

Os descontos e bonificações são concedidos pelos fornecedores quando os revendedores precisam abater algum tipo de custo, decorrentes da produção de materiais publicitários para divulgação das mercadorias ou de logística, por exemplo. Varejistas argumentam que esse desconto não gera um acréscimo de patrimônio das empresas, e por isso não deveria ser enquadrado como receita – base da incidência do PIS/Cofins.

Seguiremos trabalhando para levar pautas da FPA ao Plenário da Câmara, diz Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), disse que seguirá trabalhando para levar as pautas da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ao Plenário da Câmara. “Vamos fazer política da pacificação. Vamos prezar pela segurança jurídica e previsibilidade no campo”, disse Lira durante a cerimônia de posse do presidente da frente, deputado federal Pedro Lupion (Progressistas-PR). O presidente da Câmara lembrou que contou com apoio da bancada ruralista nas duas eleições para a presidência da Casa.

Lira afirmou também que a frente representa o setor mais importante do Brasil. “Todos sabemos da importância do agronegócio brasileiro”, disse.

A ex-ministra da Agricultura e coordenadora política da FPA no Senado, Tereza Cristina (Progressistas-MS), disse que a bancada é a favor da reforma agrária, mas contra a invasão de terras. “Juntos queremos promover a paz no campo e a segurança jurídica. Somos a favor da reforma agrária e contra a invasão de terra. Juntos, ministro Paulo Teixeira, podemos integrar o pequeno produtor. Juntos, ministro Fávaro, temos um Plano Safra pela frente e teremos que conversar muito”, disse a senadora durante a cerimônia de posse de Lupion.

A manifestação da ex-ministra ocorre em meio às invasões de terras por movimentos sociais. Também presente no evento, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, repudiou as invasões. “Enquanto for governador de Goiás, não terá invasão de terra no Estado”, assegurou aos presentes.

O coordenador político da frente na Câmara dos Deputados, Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), afirmou que a frente confia no diálogo com os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura. “Aqui a nossa bandeira é o agro. O agro sustentável e sem vilanização”, enfatizou.

TCU adia julgamento sobre a privatização do Porto de Santos

O Tribunal de Contas da União (TCU) adiou o julgamento do processo sobre a privatização do Porto de Santos, conforme adiantou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. O presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, indicou que a análise do tema pode ser retomada na próxima sessão plenária.

O processo estava previsto na pauta de quarta-feira (08), mas a discussão foi adiada por causa da ausência dos ministros Walton Rodrigues e Vital do Rêgo.

Os ministros foram responsáveis por dois dos três pedidos de vista que interromperam o julgamento em dezembro do ano passado.

PSB e Solidariedade negociam para formar federação partidária

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) e o Solidariedade negociam para formar uma federação partidária.

Se as conversas caminharem e houver aprovação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as legendas atuarão como um “partido único” nos próximos quatro anos, o que inclui, por exemplo, atuação conjunta na Câmara dos Deputados e candidaturas únicas a cargos majoritários, como às prefeituras (em 2024), aos governos estaduais e à Presidência da República (em 2026).

Os presidentes Carlos Siqueira, do PSB, e Paulinho da Força, do Solidariedade, tiveram um encontro para discutir a possibilidade.

Para o líder do Solidariedade, há “disposição” em ingressar numa federação. À CNN, ele alega que o modelo contribuirá com a formação de chapas competitivas para os cargos legislativos nas duas próximas eleições.

Paulinho da Força mencionou ainda que as negociações para formação da federação partidária incluem também o PDT. A CNN procurou representantes do partido, que confirmaram haver tratativas para que a legenda ingresse em uma federação, mas não deu detalhes sobre quem seriam os demais integrantes.

Na quinta-feira (09), o PSB levará a pauta à reunião de sua Executiva nacional.

As siglas terão novas reuniões, em que regras para candidaturas e outras questões serão tratadas. Um desses encontros deve ocorrer já na próxima semana.

Em outubro de 2022, o PSB elegeu 14 deputados federais. Já o Solidariedade, quatro.

Sem cumprir a cláusula de desempenho, que determina a eleição de 11 deputados ou 2% dos votos para a Câmara em pelo menos 9 estados, a legenda se fundiu ao Pros, que tinha três cadeiras, para garantir acesso ao fundo partidário e a tempo de propaganda eleitoral em TV e rádio. Com a fusão, são sete representantes.

Assim, a federação chegaria a 21 deputados, tornando-se a oitava maior bancada da Casa.

Já no Senado, o PSB tem quatro cadeiras, enquanto o Solidariedade não está representado.

Tarcísio de Freitas diz que São Paulo vai ser “parceiro do governo” em relação à reforma tributária

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que o estado será parceiro do governo federal a respeito da reforma tributária. A declaração foi dada depois da reunião do governador com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, no Palácio do Planalto.

Tarcísio disse que sabe da dificuldade da reforma tributária e entende que não é uma coisa fácil. Segundo ele, tratar dessa resolução por partes é o caminho para avançar nesse assunto.

“Resolve o que é mais fácil primeiro, dá o primeiro passo, simplifica os tributos federais, uniformiza as regras de ICMS para os estados, porque isso vai ter a possibilidade de eliminar parte dessa guerra fiscal. Depois você vai dando outros passos, vai ganhando confiança”, afirmou.

O governador do estado mais populoso do país também comentou sobre o arcabouço fiscal. Na sua avaliação, o equilíbrio fiscal é o que traz confiança para o mercado, já que diminui os juros e anima os investidores.

“Eu acho que se a gente eliminar ruído na economia e, principalmente, mostrar que tem um compromisso forte, a gente vai ter condição de dar passos vigorosos na direção do crescimento”, acrescentou Tarcísio.

A ministra Simone Tebet afirmou, na quinta-feira (09), que o novo arcabouço fiscal vai agradar a todos, inclusive ao mercado. O governo federal espera aprovar a reforma tributária ainda no primeiro semestre deste ano.

Amorim se reúne com Maduro e lideranças de oposição na Venezuela

O ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial da Presidência brasileira, chegou a Caracas, na Venezuela, para reuniões com o presidente Nicolás Maduro e lideranças da oposição. O objetivo é tentar pavimentar o caminho para garantir eleições livres no país vizinho em 2024.

A missão foi organizada em sigilo, mas acabou revelada por Maduro em uma publicação nas redes sociais. Amorim também vai se encontrar com o advogado Gerardo Blyde, que chefiou a delegação da oposição em uma rodada de negociações no México em novembro.

Segundo fontes do Itamaraty, Amorim deve se encontrar ainda com representantes de mais duas correntes políticas de oposição. No entanto, assessores de Juan Guaidó, que tentou ocupar a Presidência do país, disseram à reportagem que não sabiam da visita do brasileiro.

A Venezuela é uma ditadura e Maduro está no poder desde 2013, quando sucedeu seu padrinho Hugo Chávez. O chavismo comanda o país desde 1999 e foi aos poucos capturando as instituições e o sistema político.

Além das eleições do ano que vem, Amorim e Maduro também devem tratar da dívida de US$ 682 milhões da Venezuela com o Brasil. O país deu calote em empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras de construtoras brasileiras envolvidas em casos de corrupção.

Durante o governo Jair Bolsonaro (PL), Brasil e Venezuela romperam relações diplomáticas, deixando os 20 mil brasileiros que vivem no país sem assistência. O governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT) reabriu a embaixada no início do ano.

Setor de serviços do Brasil tem contração pela 1ª vez desde maio de 2021, mostra PMI

O setor de serviços do Brasil caiu em território de contração pela primeira vez em quase dois anos em fevereiro, com redução da demanda e aceleração nas taxas de inflação, mostrou uma pesquisa privada.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global para os serviços brasileiros caiu a uma leitura de 49,8 em fevereiro, ante 50,7 em janeiro, ficando abaixo da marca de 50 que separa expansão de contração pela primeira vez desde maio de 2021.

“Depois de ver as taxas de crescimento esfriarem a cada mês desde as eleições presidenciais, o setor de serviços do Brasil entrou em contração em fevereiro”, disse Pollyanna de Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence.

“Os participantes da pesquisa observaram uma maior relutância entre os clientes em solicitar seus serviços devido à incerteza futura”, acrescentou ela.

De fato, os novos negócios solicitados às empresas de serviços diminuíram em fevereiro, encerrando uma sequência de expansão de 21 meses, mostraram os dados do PMI. Ao mesmo tempo, houve uma terceira queda consecutiva nas encomendas internacionais feitas a prestadores de serviços brasileiros, enquanto os empregadores diminuíram o número de funcionários.

Segundo a S&P Global, houve novo aumento dos preços de insumos em fevereiro, com empresas de serviços relatando custos mais altos de alimentos, combustíveis, mão de obra e serviços públicos.

“A depreciação do real e o restabelecimento do ICMS também elevaram o peso dos custos”, explicou Lima. “Apesar da fraca demanda por serviços, as empresas repassaram uma parcela considerável de suas despesas para os clientes. Os custos de insumos e os preços cobrados pela produção aumentaram às taxas mais fortes em três e sete meses, respectivamente.”

Por outro lado, o Índice de Atividade Futura, que mede a confiança empresarial no setor de serviços, subiu para seu maior nível em quatro meses, saindo do menor patamar em um ano e meio atingido em janeiro.

Com contração tanto na atividade de serviços quando no setor industrial do Brasil, o PMI Composto do país caiu para 49,7 em fevereiro, de 49,9 no mês anterior, continuando abaixo da marca de 50,0 que separa contração de crescimento.

Aumento da temperatura vai afetar a produção de feijão no Brasil

Até 2050, o Brasil precisa aumentar em 44% a produção nacional de feijão para atender a demanda do mercado. Isso significa 1 milhão e meio de toneladas a mais por ano. É o que mostra pesquisa desenvolvida pela Embrapa e pela Universidade de São Paulo.

Mas, para dificultar essa tarefa, os produtores terão de enfrentar uma elevação na temperatura de até 2,8ºC nas próximas duas décadas, prevista pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas.

A região Centro-Oeste e os estados de Minas Gerais e da Bahia podem ser as áreas mais afetadas, e podem inclusive ter que alterar o calendário para plantio.

Segundo Alexandre Bryan, pesquisador da Embrapa, a concentração de gás carbônico prejudica, especialmente, a fase reprodutiva da lavoura, impedindo a formação de vagens e grãos de feijão. Por isso, a tendência é cair a produtividade nos próximos anos. Mas os produtores podem se adaptar às novas condições plantio com a escolha de grãos mais resistentes. O feijão tipo preto apresenta uma tolerância maior a situações adversas. Então, quer dizer, a gente sabe que o preto sobressai em algumas condições. Então, tem diferença entre os tipos de feijão. A questão toda é que o mercado é restrito. Feijão preto, basicamente, é consumido no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro e o resto do brasil é o carioca e esse é um problema.

Alexandre Bryan destaca também que a queda de produtividade e aumento de demanda é um assunto que deve passar por políticas públicas, tanto em relação ao investimento em pesquisa para a geração de plantas mais adaptadas, quanto em relação à agricultura familiar. “Então, é interessante ter uma política pública para a agricultura familiar, na qual ela possa produzir feijão em conjunto com outras culturas, ou em rotação com outras culturas, tendo também floresta no meio, tendo um planejamento que tenha diversidade. Porque se você tem diversidade tem maior, tem também maior sustentabilidade. A gente sabe que diversidade diminui, é uma forma minimizar o impacto das mudanças climáticas.”

Dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostram que, hoje, a produção anual de feijão no país é de 12 BILHÕES de reais por ano, chegando a 2 milhões e oitocentas mil toneladas.

Empresa busca parceria estrangeira para obra de R$ 50 bilhões do trem-bala

Depois de receber a autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a TAV Brasil conversa com empreiteiras na tentativa de tirar do papel o trem de alta velocidade entre São Paulo e o Rio de Janeiro, obra a um custo estimado de R$ 50 bilhões. O diretor-presidente da TAV Brasil, Bernardo Figueiredo, diz que os contatos passaram a ser feitos pelas próprias empresas estrangeiras interessadas no projeto.

O executivo foi diretor da ANTT e comandou o projeto do primeiro trem de alta velocidade ainda no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2007. Em 2012, foi indicado pela então presidente Dilma Rousseff à presidência da Etav, estatal que licitaria o projeto do trem de alta velocidade, mas o projeto não vingou. Ele também acabou por não ser reconduzido ao cargo na agência.

Figueiredo afirmou que o projeto original previa, por exemplo, 20 quilômetros de túnel na cidade São Paulo, enquanto o novo não contempla a obra. A ideia é terminar o trajeto na região de Pirituba, extremo da zona norte de São Paulo. Do lado carioca, a obra acabaria em Santa Cruz, podendo ser acessada, a partir dali, por meio de uma eventual parceria com a rede da Supervia. São 34 estações de Santa Cruz à região central do Rio.

“Essa é uma questão que está resolvida. Não entraremos dentro dos centros urbanos, mas buscaremos parcerias. A partir destes pontos, podemos negociar conexões com outras redes, ou eventuais construções de ramais”, disse Figueiredo.

O número de paradas também foi cortado pela metade. Enquanto o primeiro traçado do trem-bala desenvolvido durante o primeiro governo Dilma previa a construção de até oito estações em seu trajeto de 400 km, o novo projeto conta com apenas quatro – São Paulo, São José dos Campos, Volta Redonda e Rio de Janeiro. A ideia é oferecer ao passageiro diversos tipos de viagens, inclusive sem parada. O traçado inteiro, de 378 km, poderá ser feito em viagens de 1 hora e 30 minutos, com velocidade aproximada de 350 km/h, disse Figueiredo.

Produção de veículos cresce em fevereiro ante janeiro, diz Anfavea

As montadoras do Brasil produziram 5,6% mais em fevereiro ante janeiro, alcançando 161,2 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, informou a associação que representa o setor, Anfavea.

Na comparação com fevereiro do ano passado, o volume montado no mês passado foi 2,9% menor, segundo os dados. O total também representa o menor resultado para o mês desde pelo menos 2020.

Já no bimestre, o setor acumulou alta de 0,8% na produção, a 313,8 mil veículos.

As vendas de novos no mês passado recuaram 9% ante janeiro, pressionadas em parte por um período menor de licenciamentos, para 129,9 mil unidades. O desempenho também foi o mais fraco para o mês desde pelo menos 2020.

Nos primeiros dois meses do ano, os emplacamentos cresceram 5,4%, para 272,8 mil veículos, informou a Anfavea.

A entidade afirmou ainda que as exportações em fevereiro de veículos montados caíram 17,2% sobre o mesmo mês de 2022, para 34,3 mil unidades.

Gol tem prejuízo líquido recorrente de R$ 381,6 milhões no 4º trimestre

A Gol encerrou o quarto trimestre de 2022 com prejuízo líquido recorrente de R$ 381,6 milhões, montante 47,1% menor do que o prejuízo recorrente de igual período do ano anterior. Já o lucro líquido foi de R$ 230,9 milhões no quarto trimestre de 2022, revertendo prejuízo de R$ 2,8 bilhões do quarto trimestre de 2021.

Os números não são auditados. Segundo a empresa, as demonstrações financeiras ainda se encontram em processo de revisão pelos auditores independentes e serão divulgadas após a conclusão dos respectivos trabalhos. A data prevista é 28 de março.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente do trimestre foi de R$ 1,168 bilhão, o maior desde o quarto trimestre de 2019, destaca a companhia. O resultado é 370% maior que o quarto trimestre de 2021. A margem Ebitda recorrente foi de 25%, 16,2 pontos porcentuais (p.p.) acima do mesmo período do ano anterior.

A receita operacional líquida da companhia alcançou R$ 4,7 bilhões no quarto trimestre do ano passado, 61,7% maior que o quarto trimestre de 2021.

Em seu release de resultados, o presidente da Gol, Celso Ferrer, ressalta que o ano de 2022 foi marcado pelo retorno às operações normais em muitos aspectos. “Focamos no controle de custos e no aumento de nossas margens, e nossos fortes resultados no trimestre são evidências de que nossa abordagem está funcionando”, avalia.

O executivo destaca ainda que a demanda dos clientes continua a crescer, principalmente dos viajantes a negócios e “Bleisure” (mistura de negócios com lazer). “Ao entrarmos em 2023, manteremos a consistência de nosso desempenho operacional e fortaleceremos nossa malha aérea com rotas que aumentem ainda mais nossos níveis de produtividade”, afirma.

Mercado de capitais têm em fevereiro volume mais baixo de captações desde 2020, diz Anbima

Em fevereiro, as captações do mercado de capitais totalizaram R$ 13 bilhões, o que corresponde a uma queda de 51,2% em relação ao mês anterior. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O resultado representa o volume mensal mais baixo desde maio de 2020.

Segundo a associação, até o momento, as ofertas em andamento e em análise somam R$ 14 bilhões e R$ 5,2 bilhões, respectivamente (desconsiderando o volume das ofertas de ações).

A avaliação da Anbima é de que o resultado refletiu o ambiente de aversão ao risco que marcou o início do ano diante dos eventos de crédito e os pedidos de recuperação judicial de empresas ocorridos no período.

Além disso, a associação cita a falta de indicação de um novo arcabouço fiscal para este ano e a perspectiva de manutenção de juros altos por mais tempo em meio a questionamentos do próprio governo quanto à condução do sistema de metas de inflação pelo BC.

As debêntures representaram 50,9% do volume total emitido em fevereiro, o que correspondeu a um volume de R$ 6,6 bilhões, contra R$ 18,7 bilhões do mês anterior.

A Anbima contabilizou 19 operações realizadas com este ativo contra 25 registradas em janeiro. Já as emissões de CRAs vieram em seguida, equivalentes a uma parcela de 14,6% do volume colocado.

As notas comerciais vêm mantendo sua representatividade com parcela de 10,5%, o que correspondeu a um montante de R$ 1,4 bilhão.

Entre os subscritores das ofertas de debêntures, 59,3% foram para intermediários e demais participantes da oferta e 33,2% para os fundos de investimentos. Nessas colocações, 43,1% foram direcionadas para o refinanciamento de passivo, parcela bem superior ao mesmo período do ano passado, que foi de 26,4%.

“Esse aumento possivelmente está vinculado às mudanças nas expectativas das curvas de juros de médio e longo prazo”, diz a associação.

Vale aprova novas indicações ao conselho de administração

A Vale disse na quinta-feira (09) que seu conselho de administração aprovou uma lista de novas nomeações recomendadas para o colegiado, com os acionistas devendo deliberar sobre os indicados em uma reunião marcada para 28 de abril.

Praticamente metade do quadro do conselho, atualmente com 13 membros, deve mudar, segundo o comunicado enviado ao mercado, com a saída de nomes como Mauro Cunha e o ex-CEO da Petrobras Roberto Castello Branco.

Entre as novas indicações estão o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung e o novo chefe da Previ, João Luiz Fukunaga.

Os atuais presidente e vice-presidente da Vale, José Duarte Penido e Fernando Buso Gomes, também foram indicados para um novo mandato no conselho, acrescentou a empresa.

Outros indicados incluem os atuais conselheiros Manuel Oliveira, Marcelo Gasparino, Daniel Stieler e Rachel Maia, além dos novos membros Douglas Upton, Luis Henrique Guimarães, Shunji Komai e Vera Inkster, disse a Vale.

Magazine Luiza reverte lucro e tem prejuízo líquido de R$ 35,9 milhões no 4º trimestre

O Magazine Luiza reverteu lucro líquido de R$ 93 milhões no quarto trimestre de 2021 e registrou prejuízo líquido de R$ 35,9 milhões no último trimestre de 2022.

O resultado ajustado, que exclui efeitos não recorrentes, foi de R$ 15,2 milhões, 80,8% menor em relação ao prejuízo ajustado de um ano antes.

O Ebitda somou R$ 642,3 milhões, ante Ebitda negativo de R$ 7,9 milhões no mesmo período do ano anterior. Já o Ebitda ajustado foi de R$ 673,7 milhões, alta de 176,7%.

No trimestre, as vendas totais, incluindo lojas físicas, e-commerce com estoque próprio e marketplace cresceram 15,5% e atingiram R$ 18 bilhões. O comércio eletrônico cresceu 15,9% e as lojas físicas tiveram alta de 14,7% nas vendas. A Receita Líquida da companhia foi de R$ 11,2 bilhões, alta de 18,8%.

Em 2022, as vendas do Magazine Luiza cresceram 8,2% e atingiram R$ 60,2 bilhões. Já o prejuízo líquido ajustado dos foi de R$ 372,1 milhões no ano.

A companhia explica que o crescimento das vendas em conjunto com o aumento da margem bruta, contribuiu para as últimas linhas do resultado. A empresa defende que o prejuízo líquido ajustado melhorou “significativamente em relação aos últimos trimestres em função da eficiência operacional e se aproximando do equilíbrio”.

A companhia gerou mais de R$ 2 bilhões de caixa operacional no quarto trimestre de 2022. Em função disso, a posição de caixa líquido aumentou, de R$ 1,8 bilhão em setembro de 2022, para R$ 3,5 bilhões em dezembro.

A varejista encerrou o ano com uma posição de caixa total no valor de R$ 10,6 bilhões, considerando caixa e aplicações financeiras de R$ 2,7 bilhões e recebíveis de cartão de crédito disponíveis de R$ 7,9 bilhões. A empresa destacou ainda que os vencimentos da dívida bruta estão no longo prazo, distribuídos entre 2024 e 2026.

SELIC

O Boletim Focus divulgado na segunda-feira (06), mostra pela terceira vez consecutiva projeções de uma Taxa Básica de Juros de 12,75% em 2023.

Já para o ano de 2024, a expectativa é de que a Taxa Selic termine em 10%. Nesse caso, a projeção do Boletim Focus também e a mesma pela segunda semana consecutiva.

Vale lembrar que esta nova projeção fica abaixo da taxa Selic atual, que está em 13,75% após a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que optou pela manutenção dos juros em 1º de fevereiro.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (13), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 12,75%, ante 12,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,20% na primeira prévia de março, vindo de baixa de 0,23% na mesma leitura do mês anterior e de recuo de 0,06% no encerramento de fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

A desaceleração foi puxada pelo recuo do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que contraiu 0,36%, ante queda de 0,48% no mesmo período em fevereiro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) arrefeceu a 0,36%, ante alta de 0,51%, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) recuou 0,02%, ante alta de 0,31%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (13), a projeção para o IGP-M ficou em 4,11%, ante 4,11% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

A projeção para o IPCA, índice oficial de inflação deste ano, seguiu em 5,90% após 11 altas consecutivas. Um mês antes, a mediana era de 5,78%. Para 2024, horizonte cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do BC, a projeção continuou em 4,02% pela segunda semana seguida, de 3 93% há quatro semanas.

A reoneração dos combustíveis fez o Bradesco revisar sua projeção para a inflação dos preços administrados em 2023 para 8,7%. Com isso, o banco elevou sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no fim do ano, de 5,7% para 5,9%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (13), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 5,96%, ante 5,90% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O mercado financeiro aumentou a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) de 2023 para 0,85%. O resultado apresenta uma alta em relação ao relatório da última semana, que mostrava projeção em 0,84%.

Já para 2024, a previsão de crescimento permaneceu estável em 1,5%.

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB avançou 2,9% em 2022, contra uma alta de 5% no ano anterior.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (13), a projeção para o PIB ficou em 0,89%, ante 0,85 apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (06), o Ibovespa fechou em alta, investidores repercutiram o plano de crescimento anunciado pela China e seguem monitorando eventuais sinais sobre os juros nos Estados Unidos. No Brasil, as atenções ficaram nos detalhes da nova regra fiscal que substitui o teto de gastos e no noticiário corporativo. O índice Ibovespa teve alta de 0,80%, a 104.700,32 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,3 bilhões.

Na terça-feira (07), o Ibovespa fechou em queda, após o titular do Banco Central dos Estados Unidos chancelar apostas de uma alta maior e talvez mais rápida da taxa de juros para controlar a inflação na maior economia do mundo. No Brasil, agentes financeiros seguem também na expectativa do detalhamento da nova regra fiscal, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmar na véspera que sua pasta fechou sua contribuição para o desenho do novo arcabouço. O índice Ibovespa teve queda de 0,45 %, a 104.227,93 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,1 bilhões.

Na quarta-feira (08), o Ibovespa fechou em alta, com a chance de anúncio de um arcabouço fiscal para o país neste mês servindo como argumento para compras, enquanto o noticiário corporativo corroborou o tom, com as ações da Gol disparando após resultado operacional mais forte do que as expectativas. O índice Ibovespa teve alta de 2,22%, a 106.540,32 pontos. O volume financeiro somou R$ 25,7 bilhões.

Na quinta-feira (09), o Ibovespa fechou em queda, em meio a noticiário corporativo intenso, com Hapvida despencando mais de 30% por receios sobre a solvência da empresa de serviços de saúde, que avalia opções para fortalecer sua estrutura financeira, incluindo emissão de ações. O índice Ibovespa teve queda de 1,38%, a 105.071,19 pontos. O volume financeiro somou R$ 26,7 bilhões.

Na sexta-feira (10), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em queda de 1,13%, a 103.880,06 pontos. Com agentes financeiros adotando cautela antes de dados de emprego dos Estados Unidos, em meio a preocupações sobre um aumento maior e mais rápido dos juros norte-americanos. Na pauta brasileira, o IPCA acelerou em fevereiro, enquanto o noticiário corporativo destacava resultados de empresas como Embraer, Arezzo, Magazine Luiza e Via, entre outros, bem como acordo da CVC Brasil para reestruturar dívidas. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 1,38%, a 103.618,20 pontos. O volume financeiro somou R$ 24,5 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (10), por volta das 12h00, o dólar registrava alta de 0,72%, cotado a R$ 5,1785 na venda. Com investidores aguardando um importante relatório de emprego dos Estados Unidos que pode oferecer pistas sobre a trajetória de aperto monetário do Federal Reserve, enquanto monitoram o noticiário envolvendo o novo arcabouço fiscal do Brasil.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (10) cotado a R$ 5,2082, dados mistos do relatório de emprego (payroll) nos EUA esfriaram um pouco as apostas em torno da possibilidade de que o Federal Reserve acelere o passo e anuncie neste mês uma alta da taxa de juros em 50 pontos-base – o que abriu espaço para uma baixa do dólar frente a pares fortes.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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13/03/2023