Cenário Econômico Internacional – 17/03/2023

Cenário Econômico Internacional – 17/03/2023

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Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Indicado dos EUA para liderar Banco Mundial ganha mais apoio

Três laureados com o Nobel e dezenas de líderes civis, filantrópicos e ambientais endossaram o candidato dos Estados Unidos para liderar o Banco Mundial, o ex-presidente-executivo da Mastercard Ajay Banga.

Joseph Stiglitz, que ganhou o prêmio Nobel de Economia em 2001; a presidente da New America Foundation, Anne-Marie Slaughter; e Fred Krupp, presidente do Fundo de Defesa Ambiental; estão entre as 53 pessoas que assinaram uma declaração de apoio a Banga.

“Ajay Banga possui uma rara combinação de liderança; histórico de construção de alianças bem-sucedidas nos setores público, privado e social; e experiência de trabalho em países em desenvolvimento”, escreveram eles.

“Ele é a pessoa certa para liderar o Banco Mundial neste momento crítico.”

A declaração reflete o impulso crescente para a candidatura de Banga, um cidadão norte-americano nascido na Índia que ganhou apoio de seu país de origem, além de Quênia, Gana e Bangladesh, e recebeu críticas positivas de França e Alemanha na reunião do G20, no mês passado.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, indicou Banga, de 63 anos, no mês passado para substituir David Malpass, que anunciou renúncia após meses de controvérsia sobre falha inicial em dizer que apoiava o consenso científico sobre as mudanças climáticas.

Os signatários destacaram o trabalho de Banga em um programa agrícola na América Latina destinado a fortalecer a resiliência dos agricultores aos desastres climáticos e um programa de seguro agrícola que ele estruturou com o Banco Mundial de Alimentos e parceiros privados.

“Ele entende que o Banco Mundial deve servir como um multiplicador de forças, definindo a agenda certa e, em seguida, catalisando ações entre governos, setor privado, bancos multilaterais de desenvolvimento, sociedade civil e filantropia”, disse a declaração.

FMI monitora implicações para estabilidade financeira após colapso do SVB

O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que está monitorando as potenciais implicações para a estabilidade financeira do colapso do Silicon Valley Bank, mas disse estar confiante de que Washington está tomando as medidas reguladoras apropriadas.

“Estamos monitorando de perto os desenvolvimentos e potenciais implicações para a estabilidade financeira, e temos plena confiança de que os formuladores de políticas nos Estados Unidos estão tomando as medidas apropriadas para enfrentar a situação”, disse um porta-voz do FMI à Reuters em comunicado.

Colapso do SVB abala bancos globais em meio a temores de contágio

O colapso do SVB continuava afetando as ações de bancos globais, com investidores preocupados com a saúde financeira de alguns credores, apesar das garantias do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e de outros formuladores de políticas.

Um indicador de risco de crédito no sistema bancário da zona do euro atingiu seu nível mais alto desde meados de julho, conforme as tensões com o risco de contágio após o colapso de dois bancos dos EUA elevaram as preocupações dos investidores sobre o impacto nos credores do aumento das taxas de juros.

O índice de bancos europeus recuava, embora distante da mínima, quando caiu mais de 1%, um dia após registrar sua maior perda percentual em mais de um ano.

As ações do Credit Suisse recuavam cerca de 2% depois que o banco disse que as saídas de clientes “se estabilizaram em níveis muito mais baixos, mas ainda não foram revertidas” em seu relatório anual de 2022.

E o britânico HSBC perdia cerca de 1% em seu quarto dia consecutivo de perdas. O HSBC comprou o braço britânico do SVB, resgatando um importante credor para start-ups de tecnologia no Reino Unido.

Na Ásia, as ações do setor bancário estenderam suas quedas, com as empresas japonesas particularmente atingidas, depois que a ansiedade sobre o risco sistêmico provocou uma derrocada mais ampla nos mercados.

As instituições financeiras japonesas têm reservas de capital suficientes para absorver quaisquer perdas causadas por riscos externos, como o aumento das taxas de juros no exterior, disse o Banco do Japão, sem mencionar diretamente o colapso do SVB.

Os esforços de Biden para tranquilizar os mercados e depositantes após medidas emergenciais dos EUA para fortalecer os bancos, dando-lhes acesso a financiamento adicional, não conseguiram dissipar as preocupações dos investidores sobre o potencial contágio para outros bancos em todo o mundo.

“As corridas aos bancos começaram (e) os mercados interbancários ficaram estressados”, disse Damien Boey, estrategista-chefe de ações do banco de investimentos Barrenjoey, com sede em Sydney. “As medidas de liquidez deveriam ter parado essas dinâmicas, mas a Main Street está observando as notícias e as filas, não a engenharia financeira”.

Uma corrida para reavaliar as expectativas das taxas de juros também afetava os mercados, já que os investidores apostam que o Federal Reserve dos EUA relutará em aumentar na próxima semana.

PIB do G20 desacelera no 4º trimestre, com alta tímida de 0,3%

O Produto Interno Bruto (PIB) dos países que compõem o G20 fechou o 4º trimestre do ano passado com uma ligeira alta de 0,3%, segundo dados divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O resultado significa uma desaceleração em relação ao trimestre anterior, que registrou alta de 1,4%.

De acordo com a OCDE, o crescimento médio do PIB dos países do G20 em 2022 foi de 3,2%, bem abaixo do resultado do ano anterior (+6,3%).

No último trimestre do ano passado, praticamente todos os integrantes do G20 tiveram um desempenho fraco na economia.

Entre outubro e dezembro de 2022, houve contração do PIB na Alemanha (-0,4%), na Coreia do Sul (-0,4%), no Brasil (-0,2%), na Itália (-0,1%) e na África do Sul (-1,3%).

Entre os países que integram o G20, a maior alta do PIB em 2022 foi da Arábia Saudita, que cresceu 8,7%. O menor crescimento anual foi do Japão (1%).

Em comunicado, a OCDE classificou 2022 como um “ano volátil”, com alta de 0,7% do PIB dos países do G20 no 1º trimestre e recuo de 0,2% no 2º.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (13), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, com investidores preocupados com o contágio do colapso do Silicon Valley Bank, mas o pregão foi instável e alguns setores se beneficiaram das esperanças de que o Federal Reserve possa aliviar os aumentos da taxa de juros. O índice Dow Jones teve queda de 0,28%, a 31.819,14 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,15%, a 3.855,76 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,45%, a 11.188,84 pontos.

Na terça-feira (14), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, depois que dados de inflação em grande parte dentro da meta e menos nervosismo com o contágio no setor bancário arrefeceram expectativas em relação ao tamanho do aumento da taxa de juros na reunião de política monetária do Federal Reserve na próxima semana. O índice Dow Jones teve alta de 1,06%, a 32.155,40 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,68%, a 3.920,56 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 2,14%, a 11.428,15 pontos.

Na quarta-feira (15), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, pressionadas pelos temores quanto ao setor bancário, que foram renovados com crise do Credit Suisse, e após uma série de dados locais, incluindo de inflação. O índice Dow Jones teve queda de 0,87%, a 31.875,17 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,69%, a 3.892,18 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,05%, a 11.434,05 pontos.

Na quinta-feira (16), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, apesar das preocupações com uma crise bancária global, fomentando temores de que o Federal Reserve também possa apertar a política monetária por mais tempo. Por volta das 13h50, o índice Dow Jones registrava alta de 0,95%, a 32.177,08 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 1,44%, a 3.947,81 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 2,01%, a 11.663,67 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 10.03.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (03) cotado a R$ 5,2082 com alta de 1,30%. Em uma sessão marcada pela aversão global a ativos de maior risco, o dólar à vista fechou em forte alta ante o real no Brasil, com os investidores buscando a proteção da moeda norte-americana e reduzindo posições na bolsa de valores e em contratos futuros de DI.

Na segunda-feira (13) – O dólar à vista registrou alta de 1,16%, cotado a R$ 5,2688 na venda. Dando continuidade ao movimento de aversão ao risco disparado na sexta-feira (10), com investidores no Brasil em busca da proteção da moeda norte-americana, enquanto o Federal Reserve (Fed) atua para segurar a crise de crédito nos Estados Unidos. O dólar oscilou entre R$ 5,2828 na máxima e R$ 5,2125 na mínima.

Na terça-feira (14) – O dólar à vista registrou queda de 0,22%, cotado a R$ 5,2574 na venda. Embora o dia tenha sido de acomodação, com os investidores globais em busca de ativos mais arriscados após o impacto da falência de dois bancos nos EUA, o ambiente de incerteza segurou uma queda maior do dólar no Brasil. O dólar oscilou entre R$ 5,2620 na máxima e R$ 5,2217 na mínima.

Na quarta-feira (15) – O dólar à vista registrou alta de 0,70%, cotado a R$ 5,2943 na venda. A forte aversão ao risco nos mercados globais, disparada por mais um banco em crise, desta vez o europeu Credit Suisse, fez o dólar fechar em alta firme ante o real. O dólar oscilou entre R$ 5,3288 na máxima e R$ 5,2725 na mínima.

Na quinta-feira (16) – Por volta das 13h50, o dólar operava em queda de 0,27% cotado a R$ 5,2802 na venda. Com investidores pesando o alívio de temores com o Credit Suisse contra um posicionamento ainda agressivo do Banco Central Europeu (BCE).

Argentina deve manter taxa de juros em 75% em março, diz fonte do Banco Central

O Banco Central da Argentina deve manter sua taxa básica de juros em 75% neste mês, apesar da inflação anual se aproximando de 100%, disse à Reuters uma fonte do banco com conhecimento das discussões.

Isso marcaria o sexto mês consecutivo de manutenção da taxa Leliq de 28 dias inalterada depois que o Banco Central interrompeu um longo ciclo de aperto em outubro do ano passado.

A taxa se traduz em cerca de 107% em uma base anualizada, disse a fonte, consultora do BC argentino, acrescentando que, por enquanto, isso tem reduzido a pressão para aumentar as taxas de juros, apesar da inflação.

“Ainda mantém a taxa positiva em relação à inflação”, disse a pessoa. “Se a inflação continuar pressionada, em abril ela (taxa de juros) pode subir para ajudar a esfriar a economia, mas é uma análise semana a semana”, disse a fonte.

Um porta-voz do banco não respondeu a um pedido de comentário.

A Argentina está enfrentando uma inflação alta, baixas reservas em moeda estrangeira e rígidos controles de capital que distorcem o valor da moeda local. Sua produção de grãos, crucial para a economia, também está sendo prejudicada pela seca.

O Banco Central elevou a taxa de referência durante todo o ano passado para 75% em setembro, a partir de 38% no início de 2022.

“Também acredito que o Banco Central estará inclinado a manter a taxa de referência em março, aproveitando a calmaria do câmbio”, disse o economista local Gustavo Ber.

“Mas possivelmente no futuro ele retomará o reajuste se a inflação continuar acelerando.”

A Argentina realizará eleições presidenciais no final deste ano e vem tentando melhorar o perfil de sua dívida com grandes trocas de dívida local para adiar os pagamentos.

Fed cria programa de emergência para tentar aplacar os efeitos do colapso do SVB

O Federal Reserve (Fed) anunciou no domingo (12), a criação de um programa de emergência para tentar conter os efeitos do colapso do Silicon Valley Bank (SVB) sobre o sistema bancário dos Estados Unidos. Em comunicado, o Banco Central americano afirmou estar preparado para lidar com qualquer pressão de liquidez que emergir.

Segundo a nota, o Fed fornecerá financiamento adicional às instituições depositárias por meio do novo Programa de Financiamento a Prazo do Banco (BTFP), que oferecerá empréstimos com vencimento de até um ano a bancos, associações de poupança, uniões de crédito e outras que comprometem Treasuries, dívidas de agências e títulos garantidos por hipotecas e outros ativos qualificados como garantia.

“O BTFP será uma fonte adicional de liquidez contra títulos de alta qualidade, eliminando a necessidade de uma instituição de vender rapidamente esses títulos em momentos de estresse”, explica.

O Fed terá a seu dispor US$ 25 bilhões do Fundo de Estabilização Cambial como lastro para o novo instrumento, mas não espera ter que usar os recursos.

Reguladores americanos garantiram, neste domingo, a resiliência do sistema bancário americano, em meio às repercussões do colapso do Silicon Valley Bank (NASDAQ:SIVB) e do Signature Bank (NASDAQ:SBNY), duas das maiores instituições financeiras a quebrar desde a crise de 2008.

Em comunicado no qual anunciou a criação de um programa de emergência, o Fed assegurou que as posições de liquidez e capital dos bancos no país estão “fortes”.

O Banco Central americano enfatizou que os depositários podem obter recursos pela janela de redesconto, que permanecem “abertas e disponíveis”. Serão aplicadas na janela as mesmas margens utilizadas para os títulos elegíveis ao novo programa, o que amplia ainda mais o valor do empréstimo.

“O Conselho do Fed está monitorando de perto as condições em todo o sistema financeiro e está preparado para usar toda a sua gama de ferramentas para apoiar famílias e empresas, e tomará medidas adicionais conforme apropriado”, ressaltou.

Biden diz que sistema bancário dos EUA é seguro após colapso do SVB

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o sistema bancário dos Estados Unidos é “seguro” e prometeu regulamentação bancária mais rígida, depois que os reguladores norte-americanos foram forçados a intervir com uma série de medidas de emergência após o colapso do SVB Financial Group e do Signature Bank ameaçando desencadear uma crise mais ampla.

“Os norte-americanos podem confiar que o sistema bancário é seguro. Seus depósitos estarão lá quando você precisar deles”, disse Biden.

Os responsáveis pelos bancos serão destituídos, observou Biden, e os investidores perderão dinheiro. “Eles assumiram um risco conscientemente, e quando o risco não compensou, eles perderam seu dinheiro. É assim que o capitalismo funciona”, disse.

Biden também prometeu uma nova regulamentação após a maior falência de um banco no país desde a crise financeira de 2008.

“Vou pedir ao Congresso e aos reguladores bancários que fortaleçam as regras para os bancos, para tornar menos provável que esse tipo de falência aconteça novamente e para proteger os empregos americanos como uma pequena empresa”, disse.

A equipe econômica do governo trabalhou com os reguladores no fim de semana nas medidas, que incluíam garantia de depósitos em ambos os bancos, criação de um novo mecanismo para dar aos bancos acesso a fundos de emergência e facilitar os empréstimos do Federal Reserve em emergências.

As ações de bancos na Europa e na Ásia caíram na segunda-feira antes da abertura do mercado dos Estados Unidos, enquanto os futuros dos índices de ações norte-americanas caíram, mesmo com alguns investidores apostando em uma pausa nos aumentos das taxas de juros pelo Federal Reserve. Os futuros do S&P 500 caíram 0,7% e pareceram não se consolar com os comentários de Biden, que em grande parte acompanharam sua declaração escrita anterior.

O Federal Deposit Insurance Corporation dos Estados Unidos disse nesta segunda-feira que transferiu todos os depósitos do Silicon Valley Bank para um banco recém-criado e que todos os depositantes teriam acesso ao seu dinheiro.

Boric fecha primeiro ano de gestão no Chile com avanços na economia

Presidente mais jovem da história do Chile, Gabriel Boric, 36 anos, completou o primeiro ano de mandato contabilizando surpresas tanto positivas quanto desafiadoras para a continuidade do governo. O ex-líder estudantil e deputado da Frente Ampla derrotou o ultraconservador José Antônio Kast com margem larga no segundo turno, o que não amenizou as dúvidas quanto à sua capacidade de comandar o país. Doze meses depois, o esquerdista comemora melhorias na segurança e números econômicos animadores. Na última quarta-feira, porém, sofreu um forte revés no Congresso com a rejeição da reforma tributária, considerada um pilar do seu programa de governo.

A comemoração do primeiro ano de governo começou com uma reunião de gabinete, renovado parcialmente na véspera, e uma saudação a centenas de manifestantes que se aglomeravam do lado de fora do palácio presidencial, em outro acesso do prédio, havia um grupo menor de pessoas, convocadas por um coletivo de extrema-direita, que protestavam contra a gestão do presidente. Boric cumprimentou os apoiadores, tirou fotos, recebeu presentes e, no pronunciamento, fez questão de enfatizar que insistirá com a reforma tributária, que inclui novos impostos para as maiores fortunas e a mineração.

A intenção é arrecadar 3,6 pontos percentuais adicionais do PIB para financiar, entre outras mudanças, o aumento de 25% da aposentadoria básica universal. “O ano de 2022 não foi fácil. Porém, apesar disso, vejo brotos verdes. Temos todas as condições para avançar e colocar em prática as bases de um estado de bem-estar e garantir os direitos sociais”, disse o presidente.

Logo após a derrota, Boric avisou que colocará todo o governo “para trabalhar e construir uma maioria que torne possível” a reforma tributária. O projeto foi rejeitado com os votos da oposição de direita. Acredita-se que a ausência na sala de três deputados de esquerda tenha impedido o governo de somar os votos suficientes para a aprovação. Dois dias depois, o presidente fez ajustes em sua equipe com foco, segundo ele, em melhorar a gestão e equilibrar as forças da coalizão de esquerda que o acompanha.

Inflação nos EUA de fevereiro chega a 6% em doze meses

A inflação cheia medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,4% em fevereiro, igual ao valor esperado e abaixo dos 0,5% dos dados revisados do mês anterior.

Com isso, a inflação na base anual ficou em 6%, igual à projeção e abaixo dos 6,4%% anteriores, segundo informações divulgadas na terça-feira (14).

Já o núcleo da inflação dos Estados Unidos subiu 0,5% em fevereiro, acima dos 0,4% esperados pelos mercados e dos 0,4% revisados do mês anterior. Na variação anual, o núcleo do IPC atingiu 5,5%, igual ao projetado e abaixo dos 5,6% anteriores. O núcleo do IPC exclui preços voláteis, como commodities e alimentos.

Inflação na Argentina supera 100% pela primeira vez desde 1991

A taxa de inflação anual da Argentina passou de 100% em fevereiro, disse a agência de estatísticas do país, atingindo os três dígitos pela primeira vez desde 1991, quando o país estava saindo da hiperinflação.

O aumento mensal do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi de 6,6% no segundo mês do ano, acima das previsões dos analistas. A inflação anual chegou a 102,5%, com a inflação acumulada no bimestre em 13,1%.

Nos mercados, lojas e residências da Argentina, o impacto da espiral de preços está sendo sentido intensamente, conforme uma das taxas de inflação mais altas do mundo pesa nas carteiras das pessoas.

“Não sobra nada, não tem dinheiro, as pessoas não têm nada, então como compram?” disse a aposentada Irene Devita, 74 anos, enquanto verificava as etiquetas de preços em uma feira em San Fernando, nos arredores de Buenos Aires.

Com a inflação tão alta, os preços mudam quase semanalmente.

“Outro dia cheguei e pedi três tangerinas, duas laranjas, duas bananas e meio quilo de tomates. Quando ele me disse que custava 650 pesos, eu disse a ele para tirar tudo e deixar só os tomates porque não tenho dinheiro suficiente”, disse Devita.

O governo tem tentado em vão domar o aumento dos preços, que prejudica o poder aquisitivo das pessoas, a poupança, o crescimento econômico do país e as chances do partido governista de se manter no poder nas eleições apertadas em outubro.

Nas ruas, a inflação domina as conversas. Semeia frustração e raiva, pois os salários geralmente ficam abaixo do custo dos produtos, apesar dos esquemas do governo para limitar os preços e limitar as exportações de grãos para aumentar a oferta doméstica.

Patricia Quiroga, 50, disse que 100% de inflação é impossível de suportar, enquanto esperava na fila para fazer suas compras.

“Estou cansada, cansada, apenas cansada de tudo isso, dos políticos que lutam enquanto o povo morre de fome”, disse ela à Reuters. “Isso não pode mais continuar.”

Preços ao consumidor nos EUA têm leve desaceleração em fevereiro

Os preços ao consumidor nos Estados Unidos subiram em fevereiro em meio aos salgados custos de aluguel de moradias, mas economistas estão divididos sobre se o aumento da inflação será suficiente para pressionar o Federal Reserve a aumentar a taxa de juros novamente na próxima semana, após a falência de dois bancos regionais.

O índice de preços ao consumidor subiu 0,4% no mês passado, após avanço de 0,5% em janeiro, informou o Departamento do Trabalho. Isso reduziu o aumento na base anual para 6,0% em fevereiro, o menor ganho nessa base de comparação desde setembro de 2021. O índice havia subido 6,4% nos 12 meses até janeiro.

O índice atingiu um pico de 9,1% em junho na comparação anual, maior nível desde novembro de 1981.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice subiu 0,5%, após alta de 0,4% em janeiro. Nos 12 meses até fevereiro, o chamado núcleo da inflação ao consumidor avançou 5,5%, após alta de 5,6% em janeiro.

Economistas consultados pela Reuters projetavam alta de 0,4% tanto para o índice cheio quanto para o núcleo no mês. A inflação mensal está subindo ao dobro da taxa que os economistas dizem ser necessária para levar a inflação de volta à meta de 2% do Fed.

O relatório de inflação foi publicado em meio à turbulência no mercado financeiro desencadeada pelo colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, o que forçou os reguladores a tomarem medidas emergenciais para fortalecer a confiança no sistema bancário.

Também foi divulgado antes da reunião de política monetária do Fed na próxima terça e quarta-feiras, e depois um relatório na sexta-feira passada mostrando que o mercado de trabalho ainda está apertado, mas desaceleração da inflação salarial.

Economistas disseram que o relatório desta terça-feira continua sendo importante para as autoridades, apesar do nervosismo nos mercados financeiros.

O chair do Fed do Fed, Jerome Powell, disse aos parlamentares na semana passada que o Banco Central dos EUA provavelmente precisaria aumentar os juros mais do que o esperado, levando os mercados financeiros a esperar uma alta de 0,5 ponto percentual na próxima semana.

Mas essa expectativa foi reduzida para 0,25 ponto após o relatório de emprego.

Embora os mercados financeiros ainda esperem nesta terça um aumento de 0,25 ponto percentual, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, o medo de contágio da crise bancária levou alguns economistas, incluindo os do Goldman Sachs, a esperar que o Fed faça na próxima semana uma pausa em seu ritmo mais forte de aperto monetário desde a década de 1980.

O Fed aumentou sua taxa de juros de referência em 4,50 pontos percentuais desde março passado, do nível próximo a zero para a faixa atual de 4,50% a 4,75%.

A economia no México está se movendo lentamente

Na última semana, foram lidas no México opiniões muito otimistas sobre a economia. Após a reunião do renomado analista Ian Bremmer com o presidente Andrés Manuel López Obrador, Bremmer se expressou positivamente sobre a segunda maior economia da América Latina. “O México tem sua parcela de problemas”, escreveu ele, mas “tanto política quanto economicamente, o México é forte e está ficando ainda mais forte”.

O secretário de Finanças e Crédito Público, Rogelio Ramírez de la O, publicou uma coluna no jornal Milenio na qual afirmava que “a nova política econômica neste governo foi bem-sucedida” apesar de choques externos como a covid-19 pandemia e o aumento global das taxas de juros. Tanto Bremmer quanto Ramírez de la O se referem a uma nova tendência global que pode tornar o México uma potência manufatureira mundial: a realocação de empresas da Ásia para países mais próximos dos Estados Unidos. Espera-se que este seja o tema central da Convenção Bancária do México, que começa nesta quinta-feira em Mérida (Yucatán), e que contará com a participação de Ramírez de la O e do presidente López Obrador.

A responsabilidade fiscal da Administração e o aumento do salário mínimo são algumas das suas conquistas, afirma Sofía Ramírez Aguilar, diretora do centro de pesquisa e análise México.

As receitas em divisas não se devem apenas ao investimento em carteira, as exportações fortaleceram-se e o turismo recuperou. Além disso, o mercado de trabalho teve uma recuperação significativa das restrições impostas à subcontratação, de modo que até agora este ano foram criados mais de 200.000 empregos formais registrados na previdência social.

A macroeconomia, do ponto de vista fiscal, parece saudável, argumenta Ramírez Aguilar, “mas do ponto de vista da produção estamos estagnados”. Apenas no último trimestre do ano passado, o México voltou ao nível do Produto Interno Bruto (PIB) pré-pandêmico, o último país da região a fazê-lo. E o PIB per capita mostra que o país está nos níveis de 2014, segundo estimativas do México.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (13), as bolsas europeias fecharam em queda, ainda em repercussão à crise do Silicon Valley Bank (SVB), e também pressionado pelo setor de energia, puxado para baixo pelas grandes quedas do petróleo. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 2,42%, a 442,80 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 2,90%, a 7.011,50 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 3,04%, a 14.959,47 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 2,15%, a 5.896,08 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 3,31%, a 8.977,65 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 2,58% a 7.548,63 pontos.

Na terça-feira (14), as bolsas europeias fecharam em alta, ajudadas por uma perspectiva resiliente para o setor bancário da região em face do colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e o crescente otimismo com uma desaceleração nas altas de juros do Federal Reserve. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,53%, a 449,56 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,86%, a 7.141,57 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,83%, a 15.232,83 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,40%, a 5.978,61 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 2,23%, a 9.159,00 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,17%, a 7.637,11 pontos.

Na quarta-feira (15), as bolsas europeias fecharam em queda, depois que papéis bancários retomaram sua liquidação devido às renovadas preocupações dos investidores sobre o estresse no setor, com o Credit Suisse atingindo nova mínima recorde. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 2,92%, a 436,45 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 3,58%, a 6.885,71 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 3,27%, a 14.735,26 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 2,77%, a 5.812,87 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 4,37%, a 8.759,10 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 3,83%, a 7.344,45 pontos.

Na quinta-feira (16), as bolsas europeias fecharam em alta, após uma sessão instável durante a qual o Banco Central Europeu disse que aumentaria as taxas de juros em 50 pontos básicos, apesar da recente volatilidade nos bancos da região. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,26%, a 441,97 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 2,03%, a 7.025,72 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,57%, a 14.967,10 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,91%, a 5.865,99 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,50%, a 8.890,20 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,89%, a 7.410,03pontos.

França tem mais um dia de protestos contra planos de reforma da previdência de Macron

A França registrou o sétimo dia de manifestações no sábado (11) contra a proposta de reforma da previdência do governo do presidente Emmanuel Macron, em meio a greves em andamento que afetaram refinarias, transporte público e coleta de lixo.

Uma coalizão de sindicatos franceses espera manter a pressão sobre o governo para que desista da proposta de reforma, cuja principal medida é uma extensão de dois anos na idade de aposentadoria, para 64 anos.

De acordo com números do Ministério do Interior, a expectativa é que até 1 milhão de pessoas participem de mais de 200 atos pelo país, enquanto o Senado continua a analisar a reforma. Uma potencial votação sobre o texto é esperada para domingo à noite.

As manifestações começaram às 10h (horário local) nas ruas das principais cidades, incluindo Toulouse e Nice. Uma marcha em Paris estava programada para às 14h.

Na terça-feira (07), 1,28 milhão de pessoas saiu às ruas em manifestações, na maior adesão desde o início dos protestos, de acordo com números do governo. Os sindicatos estimaram um total em 3,5 milhões de pessoas.

As pesquisas de opinião mostram que a maioria dos eleitores se opõe ao plano de Macron, enquanto uma apertada maioria apoia as greves.

Um porta-voz da petrolífera TotalEnergies disse à Reuters que as greves continuam nas refinarias e depósitos da empresa no país, enquanto que a operadora pública de ferrovias SNCF disse que os serviços nacionais e regionais permaneceriam em sua maioria interrompidos durante o fim de semana.

Em Paris, o lixo continua a se amontoar nas ruas, com os moradores mencionando uma presença crescente de ratos, de acordo com a mídia local.

Um dia adicional de greves e protestos em todo o país está previsto para 15 de março.

Ministros da zona do euro defendem postura fiscal mais rígida para 2024

Os ministros das Finanças da zona do euro defenderam na segunda-feira (13) uma recomendação da Comissão Europeia para começar a apertar a política fiscal, eliminando de forma gradual o apoio do governo contra preços elevados de energia para empresas e famílias.

A Comissão Europeia pediu na semana passada aos governos da UE que comecem gradativamente a apertar a política fiscal, uma vez que uma esperada recessão técnica não se materializou, o mercado de trabalho está muito forte e os custos dos empréstimos estão em alta acelerada conforme o Banco Central Europeu trabalha para reduzir a inflação elevada.

“Embora a incerteza em torno das perspectivas, principalmente em relação a fatores geopolíticos e relacionados à energia, permaneça elevada, os riscos para o crescimento parecem mais equilibrados do que anteriormente”, disseram os ministros em comunicado.

“Concordamos que, ao longo de 2023 a 2024, políticas fiscais prudentes devem buscar garantir a sustentabilidade da dívida no médio prazo, ao mesmo tempo em que aumentam o crescimento potencial de maneira sustentável e abordam as transições verdes e digitais e os objetivos de resiliência por meio de investimentos e reformas”, afirmaram.

“À luz das perspectivas econômicas e em um contexto de inflação elevada e condições de financiamento mais apertadas, reiteramos que não se justifica um estímulo fiscal amplo à demanda agregada”, disseram.

Os ministros ressaltaram seu compromisso de coordenar melhor as políticas de apoio à economia contra os altos preços da energia, de modo a não colocar em desvantagem competitiva os países mais pobres, que não podem arcar com tantos subsídios à energia quanto os mais ricos.

“Na ausência de novos choques de preços, continuaremos a eliminar gradualmente as medidas de apoio à energia, o que também contribuiria para reduzir os déficits governamentais”, afirmaram os ministros em seu comunicado.

Stournaras, do BCE, diz que colapso do SVB não deve afetar bancos da zona do euro

O colapso do Silicon Valley Bank não deve afetar os bancos da zona do euro, disse o presidente do Banco Central grego, Yannis Stournaras, em entrevista publicada por um jornal na terça-feira (14).

“Não vemos impacto do SVB (Silicon Valley Bank) nos bancos da zona do euro ou nos bancos gregos”, disse Stournaras, que faz parte do Conselho de 26 membros do BCE, ao jornal Kathimerini.

Macron pressiona ‘unidade’ europeia em reunião com Orban

O presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu o primeiro-ministro húngaro de extrema direita, Viktor Orban, no Palácio do Eliseu para um jantar de trabalho no qual destacou a necessidade de “unidade” europeia na guerra da Ucrânia, informou o gabinete do presidente.

Ao contrário da maioria dos líderes europeus, Orban tem criticado abertamente a posição do bloco sobre o conflito, criticando o que ele descreveu como uma “guerra indireta” sendo travada contra a Rússia enquanto pede um cessar-fogo.

No jantar desta segunda-feira, Macron “reafirmou a necessidade da unidade dos países europeus no apoio à Ucrânia face à agressão russa, nomeadamente através da aplicação estrita de sanções”, segundo a equipa do presidente.

A dupla também tocou na adesão da Finlândia e da Suécia à OTAN.

Hungria e Turquia são os únicos dois membros da aliança de 30 nações que não ratificaram as candidaturas de ambos os países.

Budapeste é altamente dependente das importações de energia da Rússia, e Orban prometeu manter os laços com o Kremlin enquanto se recusa a enviar armas para Kiev. Ele também criticou as sanções contra Moscou, embora a Hungria tenha ficado do lado de seus parceiros da UE no assunto.

A Hungria também está envolvida em uma longa disputa com a União Europeia sobre as preocupações em Bruxelas sobre a corrupção.

Em dezembro, Bruxelas congelou bilhões de euros em fundos pendentes de reformas anticorrupção esperadas de Budapeste.

Também na agenda do jantar, que ocorreu antes de uma reunião do Conselho Europeu no final deste mês, estavam as questões de competitividade industrial e migração, com Orban tendo sido criticado no passado por suas políticas contra refugiados não europeus.

Economia alemã deverá sofrer leve contração em 2023, diz Ifo

A economia alemã não conseguirá escapar de uma recessão em 2023, mas após duas contrações trimestrais iniciará sua recuperação, disse o instituto econômico Ifo.

No primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) deve contrair 0,2%, de acordo com as previsões do Ifo publicadas na quarta-feira (15). A economia encolheu 0,4% no quarto trimestre de 2022 em comparação com os três meses anteriores.

Uma recessão é comumente definida como dois trimestres sucessivos de contração.

O instituto prevê que a produção econômica em 2023 permanecerá aproximadamente no mesmo nível do ano anterior, contraindo 0,1%.

Em contraste, o governo alemão prevê crescimento de 0,2% este ano, e outro importante instituto econômico alemão, o IfW, elevou sua previsão de expansão nesta quarta-feira para 0,5%, de 0,3%, dizendo que a redução de gargalos deve contribuir para uma tendência de alta.

Ambos os institutos prevêem que a economia recupere em 2024, com o Ifo a prever um crescimento de 1,7% e o IfW de 1,4%, enquanto a inflação vai se manter elevada este ano antes de cair no próximo.

Em 2023, a inflação deverá cair para 6,2%, ante 6,9% no ano passado, enquanto em 2024 cairá para 2,2%, segundo o Ifo.

Da mesma forma, o IfW vê os preços ao consumidor subindo 5,4% este ano e 2,1% no ano que vem.

“Chegamos ao pico da inflação”, disse o pesquisador econômico do Ifo, Timo Wollmershaeuser, citando a queda dos preços da energia e a diminuição dos gargalos na cadeia de oferta. No entanto, o forte aumento dos salários está criando uma nova pressão sobre os preços, acrescentou.

“A inflação alta está reduzindo a renda disponível das famílias e levando a um declínio nos gastos do consumidor privado no ano atual”, disse o IfW. Uma “perda perceptível de poder de compra” de 1,8% está no horizonte, acrescentou o instituto.

Esquerda da Itália escolhe política ‘anti-Meloni’ Elly Schlein para liderar o partido

O Partido Democrático (PD) de centro-esquerda da Itália escolheu Elly Schlein como sua nova líder.

A deputada de 37 anos emergiu como uma estrela emergente na política italiana e espera que sua ascensão a líder do partido traga um novo começo para a sitiada centro-esquerda, que sofreu uma derrota devastadora nas eleições gerais de setembro, que viram os irmãos da italiana Giorgia Meloni e sua aliança de direita chegam ao poder com uma vitória esmagadora.

O ítalo-americano Schlein nasceu na Suíça e possui tríplice nacionalidade. Ela é jovem e abertamente bissexual, uma feminista e pró-europeia apaixonada que se posiciona como uma “verdadeira” esquerdista, alguém que apela para os mais desprivilegiados da sociedade, ao invés das “elites” que a esquerda moderna é frequentemente acusada de cortejar.

Os meios de comunicação descreveram Schlein como a “anti-Giorgia Meloni” e a compararam à deputada americana Alexandria Ocasio-Cortez, que também é conhecida por sua plataforma socialmente progressista.

A reputação de Schlein de ser uma política de convicção corajosa rompendo as fileiras do enfadonho estabelecimento político da Itália também levou os comentaristas a vê-la como a resposta da esquerda à PM Giorgia Meloni, cuja própria ascensão meteórica das margens da política italiana foi atribuída a ela. persona carismática e apelo de massa.

Credit Suisse diz que tomará empréstimo de até US$ 53,7 bilhões do Banco Central da Suíça

O Credit Suisse anunciou a intenção de acessar uma linha de liquidez adicional fornecida à instituição pelo Banco Nacional da Suíça (SNB, o Banco Central do país) no valor de até 50 bilhões de francos suíços, ou US$ 53,7 bilhões (R$ 285 bilhões).

Segundo o Credit Suisse, esse reforço de liquidez dará suporte aos principais negócios e clientes do banco, à medida que a instituição toma medidas necessárias para criar um “banco mais simples e focado nas necessidades do cliente”.

O Credit informou ainda que vai comprar de detentores uma parcela de sua dívida, em uma oferta que expira em 22 de março.

Uma parte serão de títulos emitidos em dólar, no valor de até US$ 2,5 bilhões, e outra, de papéis emitidos em euros, no montante de até 500 milhões de euros.

“Essas medidas demonstram uma ação decisiva para fortalecer o Credit Suisse à medida que continuamos nossa transformação estratégica para agregar valor aos nossos clientes e outras partes interessadas. Agradecemos ao SNB e à FINMA [principal autoridade de supervisão financeira do país] enquanto executamos nossa transformação estratégica. Minha equipe e eu estamos decididos a avançar rapidamente para oferecer um banco mais simples e mais focado, construído em torno das necessidades do cliente”, escreveu o CEO do Credit, Ulrich Koerner.

O Mercado teve um dia de tensão na quarta-feira (15), frente à possibilidade de o Credit Suisse enfrentar uma crise de liquidez, que poderia contaminar o sistema financeiro internacional.

As ações do banco chegaram a perder 30% de seu valor depois que o seu principal acionista, o Saudi National Bank (SNB), descartou a hipótese de oferecer mais ajuda à instituição, que enfrenta sérias dificuldades desde o ano passado.

As perdas nas bolsas ao redor do mundo, que recuaram frente às notícias no banco, foram amenizadas no fim do dia depois de o SNB e a principal autoridade de supervisão financeira do país (FINMA, na sigla em inglês) afirmarem que o Credit Suisse atende às exigências de capital e liquidez impostas aos bancos considerados “sistematicamente importantes”.

Turbulência financeira ofusca planos de alta de juros do BCE

Os formuladores de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) se reúnem na quinta-feira (16) em meio a turbulências nos mercados financeiros que podem forçá-los a se desviar dos planos de outro forte aumento das taxas de juros devido a temores de uma nova crise financeiro, mesmo com a inflação elevada.

Depois de aumentar os juros desde julho em seu ritmo mais rápido já registrado para conter a inflação, o BCE havia prometido outro aumento de 0,50 ponto percentual nesta quinta-feira e sinalizou mais movimentos nos próximos meses.

Mas o colapso, na semana passada, do SVB nos Estados Unidos levantou preocupações sobre o estresse em todo o setor bancário e fez com que as ações despencassem, com o Credit Suisse, há muito enfrentando problemas, no centro das perdas na Europa.

Embora as ações estejam subindo nesta quinta-feira depois que o Banco Central da Suíça garantiu uma ajuda de 54 bilhões de dólares ao Credit Suisse, a volatilidade mantinha os mercados sob estresse, uma preocupação para o BCE já que a política monetária trabalha via sistema financeiro.

Isso exige que o BCE, o Banco Central de 20 países que usam o euro, concilie seu mandato de combate à inflação com a necessidade de manter a estabilidade financeira diante da turbulência.

“O suporte fornecido pelo Banco Nacional Suíço ao Credit Suisse remove o risco sistêmico a um ponto em que o BCE ainda poderá elevar os juros hoje em 0,50 ponto”, disse Lorne Baring, diretor executivo do B Capital SA.

Dando suporte a um aumento maior dos juros, as novas projeções econômicas do BCE mostrarão a inflação ainda bem acima de sua meta de 2% em 2024 e ligeiramente acima em 2025, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto.

Enquanto isso, as projeções para a inflação subjacente, um indicador da durabilidade do avanço dos preços, devem ser elevadas, uma indicação de que a desinflação será prolongada e a política monetária terá de permanecer restritiva por algum tempo.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (13), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, após reguladores nos EUA se mobilizarem no fim de semana para conter os impactos da falência do banco americano SVB Financial Group. Dezenas de empresas chinesas, especialmente do setor de saúde, divulgaram comunicados nos últimos dias para esclarecer que sua exposição ao SVB é irrelevante. O índice Xangai teve alta de 1,20%, a 3.268,70 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,11%, a 27.832,96 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,95%, a 19.695,97 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,05%, a 4.008,69 pontos.

Na terça-feira (14), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, com agressiva venda de ações de bancos em Tóquio e em outros mercados, enquanto investidores monitoram as consequências da recente quebra de dois bancos regionais dos Estados Unidos, o Silicon Valley Bank (SVB) e o Signature Bank. O índice Xangai teve queda de 0,72%, a 3.245,31 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 2,19%, a 27.222,04 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,27%, a 19.247,96 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,60%, a 3.984,70 pontos.

Na quarta-feira (15), as bolsas asiáticas fecharam em alta, à medida que ações de bancos em Wall Street, em Nova York, recuperaram-se na terça-feira (14) em meio a expectativas de que riscos de contágio do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank tenham sido contidos. O índice Xangai teve alta de 0,55%, a 3.263,31 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,03%, a 27.229,48 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,52%, a 19.539,87 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,055%, a 3.986,90 pontos.

Na quinta-feira (16), as bolsas asiáticas fecharam em queda, após um tombo nas ações do Credit Suisse realimentar temores sobre uma possível crise no setor financeiro após a recente quebra de dois bancos nos EUA. O índice Xangai teve queda de 1,12%, a 3.226,89 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,80%, a 27.010,61 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,72%, a 19.203,91 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,20%, a 3.939,15 pontos.

Economia do Japão cresce 0,1% no 4º trimestre e evita recessão por pouco

A economia do Japão evitou por pouco uma recessão nos meses finais de 2022 ao registrar leve crescimento diante de um consumo frágil e depois de encolher no terceiro trimestre, mostraram dados revisados, ressaltando o desafio para as autoridades que tentam ampliar a recuperação.

A inflação alta recorde e a desaceleração do crescimento global em meio ao amplo aperto monetário em muitos países prejudicaram a retomada pós-pandemia da terceira maior economia do mundo, apesar do relaxamento das restrições contra a Covid, subsídios de energia e política monetária ultrafrouxa.

As empresas, sob pressão do governo para aumentar os salários para elevar o consumo das famílias, estão lutando para seguir em frente diante da demanda fraca em um momento crucial de negociações trabalhistas.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresceu 0,1% entre outubro e dezembro em dados anualizados, contra uma estimativa preliminar de expansão de 0,6% e muito abaixo da previsão de economistas de um aumento de 0,8% em pesquisa da Reuters.

No terceiro trimestre, a economia havia encolhido 1,1%, em dado revisado.

A expansão se traduz em uma variação trimestral quase estável de 0,02%, mostraram dados divulgados pelo Escritório do Gabinete, contra uma leitura preliminar e estimativa dos economistas de crescimento de 0,2%.

“Houve uma recuperação menos forte nos serviços (gastos), enquanto o aumento da inflação provavelmente também reduziu o consumo”, disse Wakaba Kobayashi, economista do Instituto de Pesquisa Daiwa.

O consumo privado, que representa mais da metade do PIB do país, cresceu 0,3%, mostraram os dados, contra estimativa inicial de aumento de 0,5%.

Xi Jinping da China planeja visita à Rússia já na próxima semana

O presidente chinês, Xi Jinping, planeja viajar para a Rússia para se encontrar com seu homólogo, Vladimir Putin, já na próxima semana, disseram pessoas familiarizadas com o assunto, o que seria mais cedo do que o esperado.

Os planos para uma visita surgem no momento em que a China se oferece para intermediar a paz na Ucrânia, um esforço que foi recebido com ceticismo no Ocidente, devido ao apoio diplomático da China à Rússia.

A agência de notícias russa Tass informou em 30 de janeiro que Putin havia convidado Xi para visitá-lo na primavera. O Wall Street Journal informou no mês passado que uma visita a Moscou poderia ocorrer em abril ou no início de maio.

O Ministério das Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre a possibilidade de Xi ir a Moscou e o Kremlin se recusou a comentar.

Nenhum outro detalhe estava imediatamente disponível.

As fontes informadas sobre o assunto não quiseram ser identificadas devido à sensibilidade do assunto.

No mês passado, Putin recebeu o principal diplomata da China, Wang Yi, em uma visita a Moscou e sinalizou que Xi viajaria para a Rússia.

China e Rússia firmaram uma parceria “sem limites” em fevereiro de 2022, quando Putin visitou Pequim para a abertura das Olimpíadas de Inverno, semanas antes da Rússia invadir a Ucrânia, e os dois lados continuaram a reafirmar a força de seus laços.

Xi se encontrou pessoalmente com Putin 39 vezes desde que se tornou presidente, mais recentemente em setembro durante uma cúpula na Ásia central.

Na segunda-feira (13), Xi encerrou a sessão anual do parlamento da China, o Congresso Nacional do Povo, durante a qual foi confirmado por unanimidade em um terceiro mandato como presidente.

Banco Central do Japão mantém juros baixos em última reunião de Kuroda

O Banco Central do Japão manteve as taxas de juros ultrabaixas e evitou fazer mudanças em sua controversa política de controle de rendimentos de títulos, deixando opções em aberto antes de uma transição de liderança em abril.

Embora amplamente esperada pela maioria dos analistas, a decisão fez com que o iene e os rendimentos dos títulos locais caíssem, já que alguns investidores desistiram das apostas de que o presidente do Banco Central, Haruhiko Kuroda, ajustaria o controle da curva de rendimento em sua última reunião de política monetária.

Kuroda deixa o banco com um legado misto: seu estímulo maciço é elogiado por tirar a economia da deflação, mas prejudicou os lucros de bancos e distorceu a função do mercado com taxas de juros baixas por tempo prolongado. E o crescimento econômico do país permaneceu morno.

“O Banco do Japão tem tomado várias medidas para mitigar os efeitos colaterais de sua flexibilização monetária. Posso dizer que os benefícios de nosso afrouxamento monetário excederam em muito os deméritos”, disse Kuroda após a reunião, defendendo seu programa de estímulo de uma década.

Em sua reunião de dois dias encerrada na sexta-feira, o Banco do Japão manteve sua meta para os juros de curto prazo em -0,1% e a de rendimento dos títulos de 10 anos em torno de 0%.

Também deixou inalterada a faixa definida em torno da meta do rendimento de 10 anos que permite que o retorno caia ou suba até 0,5%. Os mercados têm testado cada vez mais o limite superior dessa faixa, já que os investidores apostam que o Banco Central terá que mudar de rumo em breve.

“A decisão de manter as taxas de juros tem um custo. O Banco do Japão será forçado a continuar com suas fortes compras de títulos para conter a especulação de ajustes adicionais na curva de rendimento, o que piorará a liquidez do mercado”, disse Norihiro Yamaguchi, economista sênior da Oxford Economics.

Muitos investidores esperam que o Banco Central elimine gradualmente o limite de rendimento quando o sucessor de Kuroda, Kazuo Ueda, assumir o comando em abril.

A maioria dos economistas consultados pela Reuters espera que o Banco do Japão acabe com a política de controle de rendimentos este ano, com metade dizendo que Ueda fará ajustes dentro de três meses.

“Ueda não agirá de forma abrupta e provavelmente esperará até sua segunda reunião em junho para mudar a orientação futura e o controle da curva”, disse Masamichi Adachi, economista sênior do UBS Securities para o Japão.

Coreia do Norte lança 2 mísseis no mar enquanto aliados realizam exercícios

A Coreia do Norte testou dois mísseis balísticos de curto alcance na terça-feira (14) em outra demonstração de força depois que os Estados Unidos e a Coreia do Sul iniciaram exercícios militares que Pyongyang vê como um ensaio de invasão, disseram seus vizinhos.

Os mísseis foram lançados da cidade costeira de Jangyon, no sudoeste, e voaram pela Coreia do Norte antes de pousar no mar na costa leste do país, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em comunicado. Ele também disse que os militares sul-coreanos aumentaram sua postura de vigilância e mantiveram a prontidão em estreita coordenação com os Estados Unidos.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse a repórteres que as autoridades ainda estão reunindo detalhes dos lançamentos norte-coreanos e que não houve relatos imediatos de danos em águas japonesas.

Pyongyang pode intensificar ainda mais seus testes de armas nos próximos dias em uma resposta direta aos exercícios militares dos aliados, que estão planejados para acontecer até 23 de março. Na semana passada, o líder norte-coreano Kim Jong Un ordenou que suas tropas estivessem prontas para repelir o que chamou de “movimentos frenéticos de preparação para a guerra” dos rivais de seu país.

As preocupações com o programa nuclear da Coreia do Norte aumentaram acentuadamente depois que o Norte testou no ano passado uma série de mísseis, muitos deles com capacidade nuclear, e ameaçou abertamente usá-los em possíveis conflitos com os Estados Unidos e a Coreia do Sul.

A Coreia do Norte parece estar usando as negociações há muito paradas com os Estados Unidos e os crescentes exercícios EUA-Coreia do Sul como uma chance de ampliar seus arsenais de armas para aumentar sua influência em negociações futuras com os Estados Unidos.

As ameaças norte-coreanas, juntamente com a crescente assertividade da China, levaram os Estados Unidos a buscar o reforço de suas alianças com a Coreia do Sul e o Japão. Mas alguns especialistas dizem que uma cooperação solidificada Washington-Seul-Tóquio poderia levar Pyongyang, Pequim e Moscou a fortalecer seus próprios laços trilaterais. China e Rússia, envolvidas em confrontos separados com os EUA, repetidamente bloquearam as propostas dos EUA e de seus aliados para endurecer as sanções da ONU contra a Coreia do Norte.

Na segunda-feira, a Coreia do Norte disse ter testado dois mísseis de cruzeiro de um submarino. Isso implicava que os mísseis de cruzeiro estavam sendo desenvolvidos para transportar ogivas nucleares e afirmava que o teste mais recente verificava a postura da “dissuasão da guerra nuclear” do país.

China promete garantir operações normais durante reformas institucionais

A China implementará cuidadosamente reformas institucionais e garantirá operações ordenadas, informou a mídia estatal, citando a primeira reunião de gabinete presidida pelo novo primeiro-ministro, Li Qiang.

Li, o ex-chefe do Partido Comunista de Xangai, foi nomeado primeiro-ministro no sábado, durante sessão anual do Parlamento da China e tem a tarefa de reanimar a segunda maior economia do mundo após três anos de restrições contra a Covid-19.

As reformas institucionais continuam sendo “uma importante tarefa política no momento” e a China garantirá que todo o trabalho seja realizado normalmente, informou a mídia estatal, citando comentários da reunião.

“As reformas institucionais devem ser encaradas como uma oportunidade de adequação às necessidades de construção de um novo padrão de desenvolvimento e de promoção do desenvolvimento de qualidade.”

Na semana passada, o Parlamento da China aprovou um plano para uma ampla reforma das instituições do governo central, incluindo a formação de um órgão regulador financeiro e de uma agência nacional de dados, além da reformulação de seu Ministério de Ciência e Tecnologia.

O novo gabinete comandado por Li enfrenta o desafio de colocar a economia de volta nos trilhos após as restrições contra a Covid-19, sentimento fraco tanto do consumidor quanto das empresas, crescimento global lento e incertezas geopolíticas.

Kim Jong-un dispara mais mísseis, se prepara para ‘guerra real’ e lança temor sobre o Japão

A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos de curto alcance sobre o mar do Japão, informou o Exército da Coreia do Sul, na véspera do início dos maiores exercícios militares conjuntos em cinco anos com os Estados Unidos.

Os dois países aliados aumentaram a cooperação militar diante da crescente atividade armamentista da Coreia do Norte, que executou um número recorde de testes de mísseis no ano passado.

O Estado-Maior Conjunto de Seul informou que o Exército “detectou dois mísseis balísticos de curto alcance” disparados em direção ao mar do Japão entre 7h41 (19h41 de Brasília, segunda-feira) e 7h51, que percorreu 620 quilômetros.

“Nosso Exército reforçou a vigilância em preparação para disparos adicionais”, afirmou o comando do Exército sul-coreano.

O porta-voz do governo do Japão, Hirokazu Matsuno, informou que os mísseis não caíram nas águas territoriais de seu país, mas Tóquio teme que Pyongyang execute “outras ações provocadoras”.

Grupo Dialog da Malásia se expandirá para armazenamento de combustíveis renováveis

O Dialog Group da Malásia lançou sua expansão de operações de terminal para instalações de armazenamento de combustíveis renováveis ​​em Johor, marcando sua primeira incursão no mercado de renováveis, informou a empresa em comunicado na quinta-feira (16).

A empresa pretende iniciar as operações para esta expansão, que será conectada a cais de carregamento de caminhões e instalações marítimas existentes, em seu site Tanjung Langsat 3 até o final de 2024.

“A instalação de armazenamento consistirá em tanques de armazenamento com capacidade de 24.000 metros cúbicos destinados a matérias-primas e produtos de combustíveis renováveis”, disse o presidente executivo da empresa, Ngau Boon Keat.

Esses combustíveis renováveis ​​incluem óleo de cozinha usado, sebo, óleo de pirólise, efluente de fábrica de óleo de palma e biodiesel, como éster metílico de óleo de cozinha usado e éster metílico de ácidos graxos, acrescentou.

A empresa também tem planos de integrar e colaborar com plantas de pré-tratamento ou hidrotratamento para misturar combustíveis renováveis ​​e convencionais, disse Ngau.

O Dialog Group possui atualmente três terminais em Tanjung Langsat, com seu site Tanjong Langsat 3 com capacidade de armazenamento de 205.000 metros cúbicos para produtos energéticos.

Paquistão elogia Arábia Saudita e Irã por retomarem relações diplomáticas

O Paquistão saudou a normalização das relações diplomáticas entre a Arábia Saudita e o Irã, chamando-a de “importante avanço diplomático” e aplaudindo o papel da China em ajudar os dois lados a chegarem a um acordo.

Os dois países do Oriente Médio decidiram restabelecer os laços e reabrir as missões diplomáticas ao chegar a um acordo mediado pelas autoridades chinesas.

O desenvolvimento foi anunciado em uma declaração trilateral que mencionou a reabertura das embaixadas dentro de dois meses, juntamente com a renovação da cooperação bilateral em outras áreas.

“O Paquistão acredita firmemente que este importante avanço diplomático contribuirá para a paz e a estabilidade na região e além”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado. “Elogiamos o papel desempenhado pela liderança visionária da China na coordenação deste acordo histórico que reflete o poder do engajamento construtivo e do diálogo significativo.”

O Ministério das Relações Exteriores elogiou a “liderança sagaz” da Arábia Saudita e do Irã na sequência do desenvolvimento.

“Com uma história de consistente apoio e coordenação de esforços para preencher as lacunas entre os dois países irmãos, o Paquistão continuará a desempenhar um papel construtivo no Oriente Médio e na região”, acrescentou. “Esperamos que este passo positivo defina um modelo para a cooperação e harmonia regional.”

Deve-se lembrar que o reino decidiu rebaixar suas relações diplomáticas com o Irã depois que manifestantes atacaram instalações diplomáticas sauditas em 2016.

O acordo, que se materializou após várias rodadas de negociações entre os dois países do Oriente Médio, também foi saudado por outros Estados como um desenvolvimento positivo para a região.

Arábia Saudita e Coreia do Sul aprofundam laços comerciais e econômicos

A Arábia Saudita e a Coreia do Sul revisaram maneiras de aprimorar a cooperação nas áreas de empreendedorismo e inovação, enquanto o Ministro de Investimentos do Reino, Khalid Al-Falih, se reuniu com o Ministro de Pequenas e Médias Empresas e Startups do país do leste asiático, Lee Young, em Riad.

Durante a reunião, os dois ministros discutiram oportunidades de parcerias de investimento, além de conseguir a entrada de PMEs coreanas no Reino, informou a Saudi Press Agency.

Vários memorandos de entendimentos também foram assinados durante a visita da delegação coreana à Arábia Saudita, que visam apoiar as PMEs, além de permitir que os empresários entrem no campo com mais confiança e ênfase.

Esses MoUs também ajudarão a atrair investimentos nas áreas de saúde e tecnologias agrícolas, inteligência artificial para cidades inteligentes, automação digital, turismo e indústria hoteleira, conteúdos digitais e robôs.

Em entrevista ao Arab nos bastidores da conferência de empreendedorismo Biban 2023 em Riad, Young disse que esperava que o aumento dos laços com a Arábia Saudita encorajasse as empresas de seu país a explorar o mercado global.

“Apesar de termos muitas startups, a maioria delas é voltada para o mercado interno”, disse ela.

As relações entre os dois países estão se fortalecendo e, em 2022, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman visitou a Coreia para assinar um MoU com relação a empresas de grande porte, PMEs e startups. 

Ela acrescentou: “Na época, o governo saudita explicou em quais áreas eles estavam interessados. Por exemplo, smartphones, novas energias e conteúdo semelhante a jogos”.  

Como parte de sua estratégia de diversificação econômica, em linha com os objetivos traçados na Visão 2030, a Arábia Saudita está fortalecendo seus laços comerciais e econômicos com diversos países.

A ocupação hoteleira de Riad atinge 75,5%, a maior desde 2008

A taxa de ocupação hoteleira de Riad atingiu 75,5% em fevereiro, a maior cifra desde 2008, de acordo com dados preliminares da empresa de monitoramento da indústria hoteleira STR.

Todas as três principais métricas de desempenho, ocupação, diária média e receita por quarto disponível, registraram números mais altos em comparação com os níveis pré-pandêmicos em 2019.

Em comparação com 2019, a ocupação saltou 23,4%, a diária média aumentou 34%, para SR801,46 (US$ 213,46), e a receita por quarto disponível aumentou 65,3%, para SR605,06, de acordo com a empresa de análise, que é uma divisão do Grupo CoStar.

Os dados revelaram ainda que o mercado registou uma taxa de ocupação superior a 90 por cento durante três dias consecutivos, 6 a 8 de fevereiro, o que se deveu sobretudo à Conferência e Exposição Internacional de Ciência.

Em janeiro, a atividade hoteleira no Oriente Médio e na África contrariou uma tendência global ao ver um aumento no final de 2022, de acordo com dados divulgados pela STR.

Os números mostram que, em dezembro, 238.635 quartos de hotel estavam contratados na região, um aumento de 1,1% em relação ao mesmo mês de 2021.

Esse aumento contrastou com todas as outras regiões, com a Europa registrando um declínio de 11,2%, a Ásia-Pacífico registrando uma queda de 5,4% e as Américas registrando uma queda de 3,2%.

Liderando o caminho na construção de quartos de hotel no Oriente Médio e na África estava a Arábia Saudita, respondendo por 40.742. Os Emirados Árabes Unidos ficaram em segundo lugar, com 27.456 quartos.

Os desenvolvimentos na Arábia Saudita estão de acordo com a meta do Reino de atrair 100 milhões de visitantes para suas fronteiras até o final da década, como parte de seu plano Visão 2030.

Inflação saudita diminui para 3% em fevereiro

A taxa de inflação da Arábia Saudita diminuiu para 3% em fevereiro de 2023, contra 3,4% registrados em janeiro, impulsionada por uma ligeira queda nos preços de alimentos e bebidas, de acordo com o último relatório divulgado pela Autoridade Geral de Estatísticas.

A taxa de inflação situou-se em 3,3% e 2,9% em dezembro e novembro, respetivamente.

O índice mensal de preços no consumidor foi afetado pela queda de 0,7% dos preços dos alimentos, de acordo com a data, que também revelou que os preços dos transportes caíram 0,5% em fevereiro face ao mês anterior.

Isto deveu-se principalmente à diminuição dos preços dos automóveis em 0,9%.

Também houve queda de 0,5% nos preços de móveis, equipamentos domésticos e manutenção. 

No entanto, ano a ano, a inflação continua subindo de acordo com a tendência global, já que a inflação do Reino foi de 1,6% em fevereiro de 2022. 

GASTAT observou que o aumento no índice de preços ao consumidor da Arábia Saudita em fevereiro foi impulsionado principalmente pelos preços mais altos de habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis, que subiram 7% em relação ao ano anterior.

Os preços de alimentos e bebidas subiram 3,1% em fevereiro em comparação com o mesmo mês do ano passado.

O relatório observou que os preços da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis aumentaram devido ao aumento dos aluguéis reais de moradias em 8,3%, que por sua vez foi afetado pelo aumento dos preços dos aluguéis de apartamentos em 21,4%.

Enquanto isso, o índice de preços no atacado da Arábia Saudita aumentou 2,7% em relação ao ano anterior em fevereiro de 2023, impulsionado principalmente pelos preços mais altos de produtos alimentícios, bebidas, tabaco e têxteis.

O relatório do GASTAT também revelou que os preços de produtos alimentícios, bebidas, tabaco e têxteis aumentaram 6,3% em fevereiro em relação ao ano anterior, enquanto os preços dos laticínios subiram 19,5%.

O WPI do Reino, no entanto, suavizou 0,1% em fevereiro de 2023 em comparação com janeiro de 2023 como resultado da queda nos preços de outros bens transportáveis ​​em 0,6%, acrescentou o relatório.

Em relação a janeiro, os preços de minérios e minerais também caíram 0,7% em fevereiro, devido à queda nos preços de pedras e areia.

Presidente do Banco Central do Líbano participa de interrogatório sobre corrupção

O chefe do Banco Central do Líbano compareceu na quinta-feira (16) para interrogatório pela primeira vez perante uma equipe jurídica europeia que visita Beirute em uma investigação de lavagem de dinheiro ligada ao governador.

Vários países europeus estão investigando Riad Salameh, que nos últimos anos foi acusado de vários crimes relacionados à corrupção. Salameh é governador do Banco Central do Líbano desde 1993.

O interrogatório foi originalmente agendado para quarta-feira. Salameh não apareceu.

Autoridades judiciais disseram à Associated Press que a juíza Helena Iskandar, que representa o estado libanês no interrogatório na investigação europeia, acusou Salameh, seu irmão Raja e a sócia Marianne Hoayek de corrupção e ordenou a detenção depois que o chefe do Banco Central não apareceu. Seus bens também foram congelados. Os funcionários falaram sob condição de anonimato, pois não estavam autorizados a falar com a imprensa.

Além da investigação europeia, há outros processos legais contra Salameh em andamento no Líbano. No final de fevereiro, o promotor público de Beirute, Raja Hamoush, acusou os três de corrupção, incluindo desvio de fundos públicos, falsificação, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e violação das leis tributárias. A delegação europeia está investigando a lavagem de cerca de US$ 330 milhões. O interrogatório deve durar até sexta-feira (17), disseram as autoridades judiciais.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
17/03/2023