Cenário Econômico Nacional – 20/03/2023

Cenário Econômico Nacional – 20/03/2023

Cenário Econômico Nacional – 20/03/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Economistas projetam inflação e crescimento maiores neste ano

Analistas consultados pelo Banco Central elevaram suas projeções tanto para a inflação quanto para o crescimento da economia neste ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira (13).

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2023 subiu a 5,96%, de 5,90% antes, enquanto seguiu em 4,02% para 2024.

O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

A perspectiva de inflação mais alta este ano vem na esteira do aumento nas contas para os preços administrados. A pesquisa mostra agora expectativa de avanço de 9,13% para esses itens em 2023, de 9,05% antes.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento em 2023 aumentou em 0,04 ponto percentual e agora é de 0,89%. Para 2024, a projeção segue pela 11ª semana seguida em 1,50%.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros deve encerrar este ano a 12,75% e o próximo a 10,00%, sem alterações. O Focus mostra ainda que a Selic deve ser mantida nos atuais 13,75% na reunião de 21 e 22 de março.

Governo quer reduzir de 2,14% para 1,76% taxa de juros do empréstimo consignado

O governo federal irá propor a redução das taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras no crédito consignado para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Em reunião marcada para segunda-feira (13) do Conselho Nacional da Previdência Social, deverá ser discutida sugestão de reduzir o teto da taxa de juros de 2,14% para 1,76% ao mês. O piso também passaria de 1,80% para 1,61% ao mês.

O conselho não define as taxas que serão efetivamente aplicadas nas operações consignadas, mas estabelece um valor máximo para os juros cobrados. A expectativa é também que a taxa de juros de operações de cartão de crédito fique em um percentual inferior a 3% ao mês.

O conselho é presidido pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e tem outros 14 integrantes. São representantes do governo, dos aposentados e pensionistas, dos trabalhadores em atividade e dos empregadores.

Hoje o sistema financeiro tem cerca de 17 milhões de pessoas com contratos ativos de empréstimo consignado em relação ao INSS. Todos os meses são realizados quase um milhão de contratos de consignados.

Os contratos ativos totalizam mais de R$ 350 bilhões. Os novos teto e piso dos juros, se efetivamente aprovados, valem apenas para os futuros contratos.

Balança comercial registra superávit de US$ 3,396 bilhões na 2ª semana de março

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 3,396 bilhões na segunda semana de março. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o valor foi alcançado com exportações de US$ 8,305 bilhões e importações de US$ 4,909 bilhões.

O saldo acumulado em março chegou a US$ 4,207 bilhões, fruto de US$ 12,125 bilhões exportados e US$ 7,918 bilhões importados. No ano, o superávit é de US$ 9,319 bilhões.

As exportações registraram alta de 13,3% na média diária de março, até a segunda semana, ante março de 2022, com queda de 2,3% na Agropecuária, alta de 41,8% na Indústria Extrativa e alta de 8,0% nas vendas de produtos da Indústria de Transformação.

Já a média diária de importações caiu 0,2% no período, com queda de 8,4% na Agropecuária, recuo de 6,6% na Indústria Extrativa e alta de 0,5% em produtos da Indústria de Transformação.

Juro do consignado a aposentados é reduzido para 1,7% ao mês

Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pagarão menos nas futuras operações de crédito consignado. Por 12 votos a 3, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) aprovou o novo limite de juros de 1,7% ao mês para essas operações.

O novo teto é 0,44 ponto percentual menor que o antigo limite, de 2,14% ao mês, nível que vigorava desde o ano passado. O teto dos juros para o cartão de crédito consignado caiu de 3,06% para 2,62% ao mês. Propostas pelo próprio governo, as medidas entram em vigor assim que a instrução normativa for publicada no Diário Oficial da União.

Segundo o Ministério da Previdência Social, a diminuição beneficiará cerca de 8 milhões de cidadãos com empréstimos descontados diretamente na folha de pagamento. Desse total, cerca de 1,8 milhão de beneficiários chegaram ao limite máximo de desconto de 45% da aposentadoria ou pensão.

No encontro, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, anunciou a intenção de discutir o percentual de margem de desconto na folha na próxima reunião do CNPS, em 27 de abril. Lupi classificou as atuais taxas como “abusivas” e que punem pessoas vulneráveis. De acordo com o presidente do INSS, Glauco Wamburg, a média de renda dos aposentados e pensionistas que utilizam o crédito consignado está em R$ 1,7 mil.

O CNPS também aprovou, na reunião desta segunda, a formação de uma comissão de trabalho para analisar o sistema de cartão de crédito consignado para os beneficiários do INSS, com a mesma proporcionalidade conselho e que dever concluir a análise em 60 dias. Também foi aprovada uma comissão para discutir a composição e a competência do colegiado em até 90 dias.

BNDES tem salto de 46,2% no lucro líquido recorrente em 2022 a R$ 12,5 bilhões

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)registrou no ano passado um lucro líquido recorrente de 12,5 bilhões de reais, um salto de 46,2% na comparação com 2021, informou nesta terça-feira o banco de fomento.

O lucro foi recorde, segundo o próprio BNDES.

O resultado contábil líquido foi de 41,7 bilhões de reais, apoiado em fatores como receita de dividendos da Petrobras (17,2 bilhões de reais), recebimento de valores devidos pela operadora Oi e alienação de ações de Eletrobrás e JBS.

“Foi um recebimento recorde da Petrobras no ano passado e dificilmente isso vai se repetir. Tivemos vendas de ativos significativas em 2022, além de 4 bilhões extraordinários da Oi”, disse a jornalistas o diretor financeiro do banco, Alexandre Abreu, sobre o resultado do último ano do BNDES no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O diretor criticou a redução da carteira de crédito do BNDES. “A carteira de crédito hoje de 480 bilhões é igual a 2008. Era cerca de 7% do PIB e hoje é cerca 5%, uma perda de 30%. O banco reduz sua carteira de crédito de forma expressiva ao longo dos anos e isso é preocupante”, afirmou.

Segundo ele, antes da crise de 2008 o BNDES desembolsava o equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) e chegou a subir a 3% em 2013 e 2014, mas hoje esse valor está em 1%. “O banco desembolsa metade do que fazia antes, afirmou Abreu.

As participações societárias do banco somaram 62,7 bilhões de reais no ano passado, segundo o BNDES, sendo que 77% dos ativos estavam concentrados em Petrobras, JBS, Copel e Eletrobras.

O banco disse ainda que desde 2015 devolveu ao Tesouro 873 bilhões de reais, bem mais que os 646 bilhões de reais em desembolsos no mesmo período. “O banco desembolsou 227 bilhões de reais a mais para o Tesouro do que para o financiamento de setores como infraestrutura, indústria, micro, pequenas e médias empresas, entre outros”, disse o BNDES em nota.

Para 98% do mercado, política econômica do país está indo na direção errada, diz pesquisa

Pesquisa da Quaest, divulgada na quarta-feira (15), mostra que, para 98% dos agentes do mercado financeiro do Brasil, a política econômica do país está indo na direção errada. Apenas 2% dos entrevistados disseram que as propostas do governo seguem no caminho correto.

Em relação à expectativa com a economia para os próximos 12 meses, 78% responderam que a tendência é de piora. Para a opinião pública em geral, 62% esperam melhora no período, compara a pesquisa O Que Pensa o Mercado Financeiro.

O risco de recessão do Brasil também foi questionado. Dentro do mercado, 73% dos entrevistados responderam que o país corre o risco de uma recessão econômica. Já 27% descartaram esse risco.

Por fim, o questionário pergunta sobre expectativa em relação aos investimentos externos no Brasil nos próximos anos. Para 42% dos agentes, os investimentos devem diminuir, enquanto 20% espera que eles aumentem nos próximos anos.

A pesquisa realizou 82 entrevistas, entre os dias 10 a 13 de março, com fundos de investimentos com sede em São Paulo e Rio de Janeiro. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas online por meio da aplicação de questionários estruturados.

A pesquisa perguntou sobre o corte da taxa de juros. Para 45% dos respondentes, a chance do Banco Central antecipar os cortes de juros nos próximos 6 meses é baixa. Já 39% consideram regular a possibilidade. E 16% enxergam uma alta possibilidade de antecipação do corte.

Por fim, neste recorte, o instituto questionou sobre qual a chance da exoneração do presidente do BC nos próximos 6 meses. Essa expectativa é baixa pra 89% dos entrevistados e regular para 9%. Para 2% é chance é alta.

IGP-10 sobe 0,05% em março, dentro do esperado, e acumula alta de 1,12% em 12 meses

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) teve alta de 0,05% em março, ante taxa de 0,02% em fevereiro informou na quarta-feira (15) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com esse resultado, o índice acumula alta de 0,12% no ano e de 1,12% em 12 meses. O dado de março ficou em linha com do consenso Refinitiv, que apontava para inflação de 0,05% na comparação mensal.

Em março de 2022, o índice havia subido 1,18% no mês e acumulava elevação de 14,63% em 12 meses.

Selic: Corte de juros agora seria muito arriscado, diz economista-chefe do Itaú

A redução da taxa Selic pelo Copom no curto prazo “seria muito arriscado, com boa chance de dar errado”, disse o economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita em conversa com jornalistas, segundo relatou o Valor Econômico. “Não vejo tanto espaço assim [para o corte de juros]”, disse. O órgão do BC se reúne entre os dias 21 e 22 deste mês, e a expectativa dos especialistas ouvidos pelo Boletim Focus é de manutenção do patamar atual.

Na visão do economista do Itaú, apesar de ser preciso considerar eventuais mudanças de rota no ciclo de aperto monetário dos EUA por parte do Federal Reserve, eventuais alterações não teriam impacto para o cenário da Selic no Brasil.

Para Mesquita, porém, é preciso que o órgão esteja atento a mudanças no cenário, como um possível risco sistêmico ao sistema financeiro após a liquidação do Sillicon Valley Bank (SVB). “A experiência mostra que lá atrás, em 2011, quando o BC buscou se antecipar a um possível choque para defender a atividade econômica, colocando em segundo plano a meta de inflação, deu bastante errado”, disse.

O Itaú estima que a taxa básica de juros chegará a 12,5% no final do ano. A Selic está em 13,75% desde agosto do último ano, e a expectativa do mercado é que o ciclo do BC já tenha chegado ao seu ápice.

Analistas estimam, porém, que há chances de o Fomc elevar o ritmo de alta para 100 bps na próxima decisão, marcada para a próxima quarta-feira (22), segundo dados do monitor de taxa de juros do Fed do Investing.com.

Bancos privados suspendem oferta de empréstimo consignado do INSS

Bancos privados decidiram suspender a oferta de empréstimos consignados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A decisão acontece após o Conselho Nacional de Previdência reduzir, na segunda-feira (13), o juro máximo permitido nessa operação.

Após a diminuição da taxa, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) alertou que a medida poderia inviabilizar a operação.

Entre as instituições que decidiram interromper a oferta do crédito estão todos os grandes bancos privados, como Itaú Unibanco, Bradesco e Santander. O Itaú confirmou a decisão, os demais bancos, não.

Até o começo da noite desta quinta-feira, não havia indicações de que Caixa e Banco do Brasil suspenderiam as operações. Procurados pela CNN para confirmar sobre as operações de crédito consignado, os bancos ainda não retornaram.

Procurada, a Febraban informou que “cada banco tem sua estratégia comercial de negócio na concessão de linhas de crédito e não houve qualquer decisão coletiva”.

“Os bancos que ofertam o consignado não reportaram à Febraban a suspensão da linha de consignado para aposentados do INSS”, cita a entidade.

“Como essa decisão não é uma iniciativa setorial, cada banco tem sua política comercial de concessão de crédito, não cabendo reportar à Febraban as linhas de crédito que concedem ou deixam de conceder”, diz a federação dos bancos.

Com a decisão anunciada na segunda-feira, o juro do empréstimo consignado caiu de 2,14% para 1,70% ao mês e a taxa máxima do cartão consignado passou de 3,06% para 2,62% mensais.

Após essa medida, a Febraban alertou que a “redução do teto poderia comprometer ainda mais a oferta de empréstimo consignado e do cartão de crédito consignado”.

A entidade explicou, na época, que os “patamares de juros fixados não suportam a estrutura de custos do produto”.

Na ocasião, a Federação alertou que “os novos tetos têm elevado risco de reduzir a oferta do crédito consignado”.

Taxa de desemprego no Brasil tem 1ª alta em um ano e vai a 8,4% no trimestre até janeiro

O Brasil iniciou 2023 com aumento da taxa de desemprego no trimestre até janeiro pela primeira vez em um ano, em meio a um esgotamento da recuperação diante da reabertura econômica após a pandemia de Covid-19 e dos efeitos do aperto monetário.

A taxa de 8,4% divulgada na sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra aumento em relação aos 8,3% vistos no trimestre imediatamente anterior, de agosto a outubro.

É o primeiro avanço desde o trimestre encerrado em janeiro de 2022 e também representa alta ante a taxa de 7,9% registrada no quarto trimestre de 2022, até dezembro.

Ainda assim, é a mais baixa para o período de novembro a janeiro desde 2015 e fica bem abaixo dos 11,2% vistos no mesmo período do ano passado.

A expectativa em pesquisa da Reuters para a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua era de uma taxa de desemprego de 8,3%.

Resultados econômicos positivos e a reabertura após a pandemia deram fôlego ao mercado de trabalho no ano passado, apresentando inclusive aumento da formalidade.

No entanto, os efeitos defasados do aperto da política monetária, a taxa básica Selic saiu do menor nível histórico de 2% e está atualmente em 13,75%, e a desaceleração econômica global tendem a pesar sobre o cenário.

PL decide testar potenciais de Bolsonaro e Michelle em pesquisa interna

O PL decidiu testar os capitais político e eleitoral de Jair Bolsonaro e de Michelle Bolsonaro após os primeiros meses do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo relatos feitos à CNN, o partido encomendou um levantamento para consumo interno. A expectativa é de que ele seja finalizado até o final deste mês.

A pesquisa será a primeira feita pelo partido após a vitória de Lula e o anúncio de que Michelle será a presidente do PL Mulher, segmento feminino da legenda.

A ideia é que o levantamento faça um diagnóstico tanto da aprovação como da rejeição a Bolsonaro após o episódio de vandalismo de 08 de janeiro, do escândalo das joias e da temporada nos Estados Unidos.

E também uma análise sobre a imagem pública de Michelle, ou seja, os pontos fortes e fracos da ex-primeira-dama do ponto de vista dos eleitores brasileiros. O presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, já citou Michelle como um nome forte para 2026.

A expectativa é de que o partido faça um grande evento, no dia 21 de março, para oficializar a estreia política de Michelle. Na sequência, a partir de abril, ela deve fazer uma série de viagens nacionais.

Deputado petista Enio Verri é nomeado diretor-geral brasileiro de Itaipu

O deputado federal Enio Verri (PT-PR) foi nomeado como diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional. O ato saiu em edição extra do “Diário Oficial da União”.

O nome de Verri já havia sido aprovado para presidir a companhia pela Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBpar), estatal que controla Itaipu, no início do mês.

O mandato de Verri na Itaipu Binacional vai até 16 de maio de 2027. Ainda não há data de posse confirmada. Ele vai renunciar ao mandato de deputado federal para assumir o cargo, que também iria até o início de 2027. Segundo Verri, a renúncia deve sair na segunda-feira (13).

Verri ficará no lugar de Anatalicio Risden Junior, almirante da Marinha, que foi nomeado pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e cuja exoneração foi publicada no mesmo ato do Diário Oficial da União.

O diretor nomeado de Itaipu é economista, com doutorado em Integração da América Latina, pela Universidade de São Paulo (USP). Além de cargos no Executivo, foi deputado estadual do Paraná e está na Câmara dos Deputados desde 2015.

Para Haddad, quebra do SVB não parece suficiente para gerar crise sistêmica

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o colapso do SVB Financial Group, o maior banco norte-americano a quebrar desde a crise de 2008, não parece suficiente para gerar uma crise sistêmica. Mesmo assim, o ministro reconheceu que ainda não há informações suficientes para dimensionar o problema criado pelo episódio.

“Eu não sei se ele vai gerar uma crise sistêmica. Aparentemente, não. Não vi ninguém ainda tratar desse episódio como um Lehman Brothers, mas o fato é que é grave o que aconteceu”, disse, em evento organizado pelos jornais Valor Econômico e O Globo.

Haddad relatou ter passado o fim de semana conversando com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com bancos brasileiros para colher a percepção de risco. O ministro aguarda a volta do dirigente do BIS para discutir sobre o tema.

“Precisa ver se a autoridade monetária do Brasil vai ter de tomar alguma providência em virtude dos efeitos sobre as economias periféricas. Isso não está claro ainda, é o que vamos acompanhar ao longo do dia”, afirmou Haddad.

O ministro acrescentou que a reação do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) à quebra do SVB foi positiva para garantir os depositantes e evitar uma corrida bancária. Haddad lembrou ainda que o SVB é um banco regional, com carteira descasada.

Alckmin diz que reforma tributária vai ajudar a reduzir a taxa de juros

Em evento da ApexBrasil em São Paulo, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, defendeu que a reforma tributária somada à nova ancoragem fiscal vai ajudar numa “redução de taxa de juros extremamente necessária” e contribuir para o aumento de exportações com redução do acúmulo de crédito.

“A inflação não é de demanda, não faz sentido uma taxa tão alta. Não é a Selic que vai resolver”, comentou. Nas últimas semanas, o presidente Lula reclamou sobre a taxa Selic de 13,75% e da gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central.

Para Alckmin, a melhor solução tributária para o Brasil é o IVA, o imposto de valor agregado. “Alíquota pode ter mais de uma, não pode ter vários impostos incidindo sobre o consumo”, completou.

Ele também garantiu que a tributação de micro e pequenas empresas não será alterada na reforma. O ministro disse que o BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, vai divulgar, em breve, um programa de ajuda para exportações, além de um fundo garantidor para exportações.

Junta Orçamentária irá se reunir nesta semana e começará a discutir arcabouço fiscal, diz Rui Costa

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a reunião da Junta Orçamentária deve ocorrer ainda nesta semana para iniciar a análise de proposta do governo para o novo arcabouço fiscal.

O órgão formado pela Casa Civil e equipe econômica, entre outros, assessora diretamente o presidente da República na condução da política econômica e, neste caso, analisará as novas regras fiscais prometidas pelo governo federal para este primeiro semestre.

Costa disse ainda que não há detalhes sobre o “Voa, Brasil”, programa que prevê a redução de preços de passagens aéreas na intenção de democratizar o acesso a viagens de avião no país.

Governo propõe reajuste de 9% a servidores do Executivo

O governo federal oficializou uma nova proposta de reajuste salarial linear de 9% aos servidores do Executivo para vigorar a partir do mês de maio, com pagamento em 1º de junho, informou o Ministério da Gestão.

Somado a um reajuste de R$ 200 proposto para o valor do vale alimentação, o impacto para as despesas públicas será de R$ 11,2 bilhões este ano, segundo a pasta, valor já previsto no Orçamento de 2023.

Na primeira reunião da mesa de negociação com os servidores, em fevereiro, o governo havia proposto um reajuste de 7,8% para os salários pagos no início de abril, mais o aumento de R$ 200 no vale alimentação, para R$ 658 mensais.

O impacto estimado para o ano também era de R$ 11,2 bilhões, uma vez que o reajuste, ainda que menor, começaria a vigorar mais cedo.

Essa proposta foi rejeitada pelos servidores. A mesa de negociação deve ter uma nova reunião na próxima semana, segundo o ministério.

As principais carreiras do Executivo estão sem reajuste desde 2019, o que ajudou a conter os gastos do governo com salários, que representam o segundo maior grupo de despesas públicas depois da Previdência.

No ano passado, as despesas com salários e encargos somaram 337,9 bilhões de reais, uma queda real de 6,1% sobre 2021, segundo dados do Tesouro. No mesmo período, as despesas totais do governo subiram 2,1% acima da inflação.

Fazenda quer entregar reformas e não parar em fase de elaboração, diz secretário

O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, disse na quinta-feira (16) que sua pasta busca entregar reformas concretas, e não apenas parar na etapa de elaboração de políticas públicas.

“A secretaria não é só uma secretaria de formulação de políticas públicas, é uma secretaria de reforma”, disse Barbosa Pinto em evento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg).

“Reforma significa colocar a mão na massa, consertar o cano que está estragado, colocar os tijolos para construir coisas, então é uma secretaria que não quer parar na etapa da elaboração de políticas públicas, mas avançar e realmente entregar reformas que sejam relevantes para o mercado.”

O secretário disse que o governo quer melhorar a eficiência e a segurança do mercado de seguros, sem impor custos desnecessários à indústria e aumentando o alcance do setor de forma a atingir a população mais pobre.

Barbosa Pinto disse que o governo já começou a discutir uma reforma que afeta o setor de seguros, e afirmou que a Fazenda já começou “um diálogo com os mercados sobre quais serão as nossas prioridades nos próximos anos”.

Segundo ele, uma das necessidades detectadas pela pasta é alavancar a utilização de seguros no setor de infraestrutura.

PT e PL vão comandar as comissões temáticas mais poderosas da Câmara

Desde a posse dos novos deputados, há 43 dias, a Câmara votou apenas 11 projetos, entre eles a criação do Dia do Cirurgião Oncológico, e somente nesta quarta, 15, deu o primeiro passo para destravar seus trabalhos. A eleição dos presidentes das comissões temáticas, grupos de parlamentares que analisam os projetos antes da votação no plenário, marcou uma nova disputa. A partilha do poder reeditou a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os petistas ficaram com a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), enquanto o PL de Bolsonaro conquistou a de Fiscalização e Controle (CFC). Além de poder barrar a tramitação de propostas consideradas inconstitucionais, a CCJ também discute processos de impeachment do presidente da República, o que a torna ainda mais poderosa. A CFC, por sua vez, tem a missão de fiscalizar o governo.

Uma série de discordâncias entre os 20 partidos que compuseram a ampla base que elegeu Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Casa contribuiu para retardar a definição sobre o controle das comissões da Câmara. Como resultado da lentidão das atividades, apenas 11 projetos de lei foram aprovados em quase dois meses de trabalho, sete deles em homenagem à semana da mulher. Entre as demais propostas votadas estão o batismo do trecho de uma rodovia com o nome de Iris Rezende, político goiano que morreu em 2021.

No total, o PT ficou com a presidência de quatro comissões. O PL vai comandar outras cinco. A CCJ ficou com o ex-presidente do PT Rui Falcão (SP), enquanto que o PL escolheu a bolsonarista Bia Kicis (PL-DF) para a de fiscalização e controle.

Uma das estratégias da oposição a Lula é usar o colegiado para convocar ministros a prestar esclarecimentos. Ciente, os líderes do governo estão convocando deputados a integrarem o colegiado para impedir no voto que toda semana um membro do governo seja obrigado a se explicar.

“Estamos reforçando com o nosso time. MDB está reforçando, PSD está reforçando (a Comissão de Fiscalização) para ter uma frente lá para enfrentar. Vai ter bastante confusão”, admitiu o líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR). “Tem deputado que não quer e eu falei: ‘Gente, para quem está começando agora e ainda não tem uma área afim, ir para lá é o melhor dos mundos’.” Os bolsonaristas provocaram: “Partiu fazer requerimento para trazer ministro, bora”, disse o deputado André Fernandes (PL-CE), gargalhando.

No Senado, o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e seu principal aliado, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), conseguiram isolar a oposição. O grupo liderado pelo ex-ministro de Bolsonaro Rogério Marinho (PL-RN), que tentou barrar a reeleição de Pacheco à presidência, ficou sem nenhuma comissão relevante da Casa.

Na CCJ do Senado, foi mantido o próprio Alcolumbre. No ano passado, ele fez apenas 11 reuniões, sendo que apenas seis foram deliberativas, ou seja, para votar propostas. Na de Assuntos Econômicos, ficou o correligionário de Pacheco, Vanderlan Cardoso (GO). O senador Renan Calheiros (MDB-AL) será o presidente de Relações Exteriores. O petista Humberto Costa (PE) ficou com Assuntos Sociais.

Planalto delega a Lira definição de relator de nova regra fiscal

O Palácio do Planalto indicou a líderes partidários que a definição final do relator da proposta da nova regra fiscal caberá ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Hoje, o posto é disputado entre PP e União Brasil. Lira disse à CNN que o PP pediu para ficar com a relatoria da proposta, que deve ser apresentada até o final da próxima semana.

Segundo relatos feitos à CNN, o governo federal avalia que um nome menos afinado à gestão petista pode ajudar a convencer parlamentares oposicionistas a apoiarem a proposta.

Os auxiliares do governo também avaliam que, para uma tramitação célere da iniciativa, o apoio de Lira também é essencial. Por isso, a ideia é que ele defina o parlamentar para estar à frente do projeto.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para apresentar a proposta detalhada.

Haddad disse a jornalistas que já conversou com o Lula sobre o assunto e que a reunião de sexta-feira (17) servirá para “validar os parâmetros e o desenho”.

Governo quer reunir setores críticos a Lula em novo Conselhão

O governo federal pretende aproveitar o retorno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, para se aproximar de setores sociais que apoiaram a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

O colegiado federal será formado por cerca de 200 representantes e sua composição deve ser anunciada na próxima semana. A primeira reunião é programada para abril.

A ideia, segundo interlocutores do Planalto disseram à CNN, é que o Conselhão “rompa com o cercadinho bolsonarista”. Ou seja, que reúna em um mesmo colegiado perfis diferentes da sociedade, tanto afinados com a esquerda como com a direita.

A lista de convidados, a que a CNN teve acesso, inclui representantes do agronegócio, da indústria, do mercado financeiro e do segmento bancário.

Na relação, há, por exemplo, representantes de entidades como Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), além de empresas como Nubank, Itaú, BRF, Coteminas, Cosan, BTG, Magazine Luiza, Microsoft, Uber e Huawei.

Na lista de convidados, mais de 40% são mulheres, em um esforço para contemplar a pauta feminina, apesar de não ter atingido a paridade. A relação também inclui as diferentes regiões do país.

Além de representantes de segmentos da economia, o governo federal também convidou integrantes do Grupo Prerrogativas, conhecido pela posição contrária à Operação Lava Jato, líderes sindicais, ambientalistas, artistas e trabalhadores de aplicativos de entrega.

No primeiro mandato de Lula, o colegiado federal era composto de 96 participantes, a maior parte de empresários e sindicalistas.

O Conselhão chegou a funcionar na gestão de Michel Temer (MDB), após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), mas foi extinto no início do governo Jair Bolsonaro (PL). A queixa é de que o colegiado representava custo alto na compra de passagens aéreas.

Juros altos comprometem investimentos, principalmente entre as MPEs, avaliam entidades

Em relatório divulgado essa semana, o Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), órgão do Banco Central, destacou a questão dos juros no país na avaliação do cenário econômico e financeiro.

O Comef apontou que houve desaceleração no ritmo de concessão de crédito tanto para empresas como para o consumidor pessoa física. O dinheiro mais caro, com juros subindo para o cliente, diz o Comitê, apesar de a taxa Selic estar estacionada desde agosto do ano passado em 13,75%, também faz com que as instituições fiquem mais criteriosas para a concessão de crédito.

Para entidades industriais, o aperto no crédito pode impactar diretamente a capacidade produtiva do país, principalmente entre as empresas de menor porte. Na vida prática das empresas, os juros altos indicam a necessidade de se ter mais dinheiro para pagar dívidas, muitas vezes, contraídas num cenário em que a taxa estava perto da mínima, como era em 2021.

Segundo José Velloso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a taxa de juros elevada do Brasil “é uma disfuncionalidade de longa data”, que compromete o crescimento e o desenvolvimento econômico e, consequentemente, gera uma desindustrialização.

“O nível das taxas de juros gera um desinvestimento. Não existe atividade econômica que tenha retorno após pagar o custo dos juros”, afirma Velloso.

Além disso, o especialista também ressalta a questão de oportunidade. Quando os juros chegam em patamares como esse, emprestar dinheiro por meio dos títulos públicos para o governo se torna um investimento tão rentável que dificilmente o setor produtivo vale a pena.

A Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB), por sua vez, considera quer os juros altos e as dificuldades para obtenção de crédito prejudicam o desempenho da economia, e afetam principalmente as micro e pequenas empresas, com maior dificuldade para acesso a financiamentos.

Segundo levantamento do Serasa Experian, o número de falências de empresas, de todos os setores, avançou 56,5% em janeiro deste ano, em relação ao mesmo mês do ano passado, de 46 pedidos para 72. O aumento chega a 80% quando consideramos os 40 pedidos de falência registrados em janeiro de 2021.

Algumas medidas, aponta a CACB, poderiam ser adotadas para amenizar as dificuldades das MPEs, como linhas especiais de crédito, com mecanismos de garantias, como o Pronampe, o Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

“As altas taxas de juros resultam de fatores como a inflação e as incertezas na área fiscal, exigindo, principalmente, medidas que reestabeleçam a confiança dos agentes econômicos, prometidas pelo ministro Haddad”, afirma a CACB.

Petz pretende abrir entre 30 e 40 lojas neste ano

Em fato relevante divulgado, a Petz informou que pretende abrir de 30 a 40 lojas neste ano.

Segundo a companhia, com consistência dos retornos obtidos nas lojas das mais diversas cidades e regiões do país, a projeção estaria “em linha com expectativas compartilhadas à época da oferta pública inicial de ações da Petz em setembro de 2020”, levando em consideração “a oportunidade de continuar a consolidar sua posição de liderança no segmento Pet no Brasil”, mercado que considera ter grande fragmentação e potencial de crescimento, mesmo diante incertezas macroeconômicas.

As ações da Petz fecharam o pregão de sexta-feira (10) em queda de 5,25%, a R$5,96.

A média das estimativas de analistas compiladas pelo InvestingPRO é de um preço-justo de R$ 8,22, um potencial de alta de 38%.

Produção de motos sobe 13,4% e tem melhor fevereiro em 9 anos, diz Abraciclo

Com 121,4 mil unidades, o maior número para o mês desde 2014, a produção de motocicletas em fevereiro teve alta de 13,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Frente a janeiro, fevereiro, mês com menos dias úteis, mostrou queda de 1,2%.

O balanço foi divulgado pela Abraciclo, a entidade que representa as montadoras de motos instaladas no polo industrial de Manaus (AM). No primeiro bimestre, a produção somou 244,3 mil motocicletas, com aumento de 28,1% em relação ao mesmo período de 2022.

“Apesar do menor número de dias úteis devido ao feriado de Carnaval, todas as unidades fabris operaram normalmente em fevereiro e aceleraram o ritmo de produção”, disse o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, ao comentar os números.

Foi o melhor primeiro bimestre em dez anos. “Com a tendência de alta nos próximos meses, vamos em busca do equilíbrio entre oferta e demanda com os consumidores”, afirma Fermanian.

Para este ano, a previsão da Abraciclo é que a produção totalize 1,55 milhão de motos, o que corresponde a um crescimento de 9,7% na comparação com 2022.

Vendas no varejo caem 0,7% em fevereiro, diz índice da Cielo

As vendas no varejo brasileiro em fevereiro caíram 0,7%, descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês de 2022, segundo dados divulgados na terça-feira (14) pela maior empresa de meios de pagamento do país, Cielo.

Em termos nominais, o chamado “Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA)” teve alta de 6,7%.

Segundo a companhia, a queda das vendas descontada a inflação ocorreu em meio a uma base de comparação mais forte, já que no ano passado, “muitas cidades cancelaram o feriado” do Carnaval diante do surgimento da variante Ômicron do Covid-19.

“Foi a primeira retração do varejo após 15 meses de alta”, afirmou a Cielo.

Segundo a empresa, enquanto o setor de Turismo e Transporte cresceu em fevereiro, o de Bens Duráveis foi prejudicado por fechamento de lojas durante o Carnaval.

Fundo de gestora Starboard vence leilão do rodoanel norte

Um fundo de investimento da gestora brasileira especializada em reestruturações Starboard saiu vencedor do leilão do trecho norte do rodoanel metropolitano de São Paulo, oferecendo um deságio de 23% sobre o valor do aporte público necessário para conclusão da obra, que está parada há cerca de cinco anos e cujas origens remontam à década de 1990.

O desconto é sobre o valor de 1,4 bilhão de reais, a parte que compete ao Estado para a construção do trecho, informou a agência reguladora de transportes de São Paulo, Artesp. O lance vencedor no leilão, que começou com 1h20 de atraso, foi apresentado pelo Via Appia Fundo de Investimento em Participações Infraestrutura.

O fundo venceu propostas feitas por outros três grupos – o Consórcio Infraestrutura SP, formado por EPR 2 Participações e Voyager Participações, a gigante espanhola Acciona e o consórcio liderado pelo fundo XP Infra IV. Tanto Acciona, quanto o fundo da XP não passaram para a segunda etapa do leilão.

O investimento previsto no projeto é de mais de 3,4 bilhões de reais, dos quais 2 bilhões na conclusão das obras paradas desde 2018. O contrato é de 31 anos e o trecho cruza as cidades de São Paulo, Arujá e Guarulhos.

O leilão marca a primeira concessão do governo de SP sob o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro da Infraestrutura no governo Jair Bolsonaro que se elegeu no ano passado governador do Estado mais desenvolvido no país em sua primeira tentativa para o cargo, encerrando quase três décadas de gestão do PSDB.

Segundo Freitas, a expectativa de conclusão e início de operação do trecho norte do rodoanel é no segundo semestre de 2026. “Vamos fechar a saga do rodoanel, esta é a primeira obra de uma série que vamos concluir”, disse o governador, citando projetos que incluem a desestatização da empresa de água e saneamento Sabesp e uma passagem terrestre conectando as cidades litorâneas de Santos e Guarujá.

Stone reverte prejuízo e tem lucro ajustado de R$ 235 milhões no 4º trimestre

A Stone, empresa de maquininhas de cartões, encerrou o quarto trimestre de 2022 com lucro ajustado de R$ 235 milhões, comparado a um prejuízo de R$ 32,5 milhões do mesmo período do ano anterior. Ante o terceiro trimestre de 2022, o lucro cresceu 44%.

Para 2023, a companhia promete voltar a dar crédito aos pequenos lojistas e empresas menores, mas avisa que vai ser comedida.

O lucro líquido do quarto trimestre ainda teve impacto negativo dos ajustes nos preços das ações do Banco Inter que a companhia tinha em carteira, que levaram a perda de R$ 114 milhões.

Com isso, o resultado líquido ficou em R$ 78,8 milhões, ante uma perda de R$ 801,5 milhões do período final de 2021. No começo de 2023, a Stone vendeu o restante das ações que tinha do banco digital, ou seja, esse impacto vai desaparecer.

A Stone encerrou o ano com R$ 3,5 bilhões de caixa líquido, um número importante em tempos de escassez de recursos no mercado. Rafael Martins, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da empresa, conta que a geração de caixa no quarto trimestre foi a maior de 2022.

Isso levou a Stone a usar parte dos recursos para pagar dívidas. “Conseguimos aliar crescimento forte com ganho de rentabilidade”, disse ele sobre 2022, destacando que a empresa dobrou receitas no ano passado com crescimento das margens e do resultado.

Com mais empresas usando as maquininhas e serviços da Stone, as receitas somaram R$ 2,7 bilhões no quarto trimestre de 2022, expansão de 44% em 12 meses. O número ficou acima do que a empresa havia previsto para o período (R$ 2,6 bilhões).

O Ebitda ajustado (lucro antes dos impostos, juros e amortizações) somou R$ 316 milhões, ante um número negativo de R$ 49 milhões ao final de 2021, também acima do previsto (R$ 250 milhões).

Ao final de dezembro, a Stone tinha 2,5 milhões de clientes, a maioria de micro e pequenas empresas e comerciantes.

As maquininhas espalhadas nos pontos de vendas de seus clientes menores movimentaram R$ 81,9 bilhões nos três meses finais de 2022, crescimento de 23% em 12 meses e também acima da expectativa, que ia até R$ 79 bilhões.

FecomercioSP: Comércio de SP fecha 17,7 mil vagas em janeiro

O comércio paulista fechou 17,7 mil postos de trabalho com carteira assinada em janeiro, em dado que engloba varejo, atacado e revendas de automóveis. O saldo decorre de 123,3 mil demissões durante o mês, número superior às 105,7 mil admissões no período, que costuma ser de resultados negativos no emprego em função da dispensa de trabalhadores contratados para as vendas de fim de ano.

Os números são apresentados pela FecomercioSP, associação que representa empresas dos setores de comércio, serviços e turismo do Estado, tendo como fonte o Caged, onde são cadastradas as movimentações do mercado de trabalho formal.

Depois do número negativo de janeiro, atribuído à sazonalidade, a expectativa da FecomercioSP é de o saldo de empregos no comércio de São Paulo voltar a ficar levemente positivo no balanço de fevereiro. O próprio dado de janeiro veio um pouco melhor do que a perda de mais de 20 mil postos de trabalho esperada pela associação.

Para o ano, contudo, a tendência é a de que menos empregos sejam criados, prevê a FecomercioSP, citando a perspectiva de consumo mais fraco das famílias em meio ao quadro de juros altos, inflação persistente, endividamento elevado e inadimplência.

No setor de serviços, foram geradas, em janeiro, 3,6 mil vagas no Estado, neste caso, abaixo do esperado. Conforme a entidade, o início do ano letivo puxou para cima as contratações nas escolas. Por outro lado, os serviços administrativos e complementares eliminaram 7,5 mil vagas no primeiro mês do ano, um resultado puxado, principalmente, pelos cortes no segmento de seleção, agenciamento e locação de mão de obra.

Produção industrial registra menor índice desde 2017, diz CNI

A tendência da atividade industrial está desaquecida neste início de 2023, o indicador caiu 2,7 pontos. Os dados da Sondagem Industrial, levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostram quedas nos índices de produção e emprego, respectivamente, de 47,9 pontos para 45,2 pontos e de 49,2 pontos para 48,5 pontos, de janeiro para fevereiro.

De acordo com a CNI, esses indicadores variam de 0 a 100 e quanto mais distante da linha de corte, em direção ao zero, maior e mais disseminado é o recuo. Apesar de ser comum para o período, este ano a queda da produção e do emprego foi mais intensa do que nos anos anteriores.

“A produção costuma recuar mesmo na passagem de janeiro para fevereiro, porém, de 2017 para cá, este foi o menor índice. O número também é menor que a média histórica para o mês, com 46,5 pontos”, disse o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Na passagem de fevereiro para março de 2023, os índices de expectativa para os próximos seis meses mudaram pouco, segundo o levantamento. Apesar de seguirem acima dos 50 pontos, de uma forma geral, todos são inferiores às suas respectivas médias históricas, o que significa um otimismo moderado.

O índice de intenção de investimento ficou em 53,6 pontos em março de 2023, e apresenta um recuo de 0,4 ponto na comparação com fevereiro. Porém, segue acima da média histórica de 51,5 pontos e revela intenção de investir acima do usual.

A Sondagem Industrial é uma pesquisa mensal que ouve pequenas, médias e grandes indústrias para avaliar evolução da produção; número de empregados; utilização média da capacidade instalada; nível de estoques e estoque efetivo em relação ao planejado; expectativas e intenção de investimento. Foram consultadas 1.637 empresas entre 1º e 9 de março de 2023.

SELIC

Apesar das pressões do governo federal sobre o Banco Central (BC) para a queda de juros, a expectativa para a taxa Selic se manteve estável para o fim de 2023, 2024, 2025 e 2026 no Boletim Focus. A mediana para os juros básicos no fim de 2023 continuou em 12,75% ao ano, enquanto para o término de 2024 se manteve em 10,00%. Há quatro semanas, as estimativas já eram de 10,00% e 12,75%, nessa ordem.

Considerando apenas as 39 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2023 também seguiu em 12,75%. Para o fim de 2024, continuou em 10,00%, com 37 atualizações na última semana.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (20), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 12,75%, ante 12,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

A projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) manteve-se em 4,11% para 2023, e a projeção para a inflação medida pelo IGP-M manteve-se em 4,17% para 2024.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (20), a projeção para o IGP-M ficou em 4,08%, ante 4,11% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

Analistas consultados pelo Banco Central elevaram suas projeções tanto para a inflação quanto para o crescimento da economia neste ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2023 subiu a 5,96%, de 5,90% antes, enquanto seguiu em 4,02% para 2024.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (20), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 5,95%, ante 5,96% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reviu para baixo as expectativas de crescimento para a economia brasileira em 2023 e 2024, mostram números divulgados pela entidade na manhã de sexta (17).

Para este ano, o cenário é de um crescimento de 1%, 0,2 ponto percentual a menos do que o previsto em novembro e ligeiramente acima das projeções do boletim Focus, do Banco Central. Para 2024, a queda foi um pouco maior: 0,3 ponto percentual. A entidade espera um crescimento de 1,1% no PIB brasileiro no próximo ano, abaixo dos 1,5% estimado pela publicação do Banco Central.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (20), a projeção para o PIB ficou em 0,88%, ante 0,89 apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (13), o Ibovespa fechou em queda, diante do declínio de Petrobras na esteira dos preços do petróleo no exterior, em sessão marcada pela repercussão de medidas emergenciais tomadas por reguladores norte-americanos após o colapso do Silicon Valley Bank. O índice Ibovespa teve queda de 0,48%, a 103.121,36 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,5 bilhões.

Na terça-feira (14), o Ibovespa fechou em queda, prejudicado nesta sessão pelo tombo de mais de 17% de Natura&Co após resultado trimestral fraco, que refreou o efeito positivo de Wall Street, em meio a expectativas relacionadas à próxima decisão de juros do Federal Reserve (Fed). O índice Ibovespa teve queda de 0,18%, a 102.932,38 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,7 bilhões.

Na quarta-feira (15), o Ibovespa fechou em queda, com o tombo das ações do Credit Suisse reavivando preocupações sobre o sistema bancário global, mas fechou distante da mínima do dia, em meio a uma redução de perdas em Wall Street e expectativas relacionadas ao novo arcabouço fiscal no Brasil. O índice Ibovespa teve queda de 0,25%, a 102.675,45 pontos. O volume financeiro somou R$ 52,4 bilhões.

Na quinta-feira (16), o Ibovespa fechou em alta, encerrando uma sequência de cinco quedas, embalado pelo avanço de Wall Street, em meio a um certo alívio com a ajuda do Banco Central suíço ao Credit Suisse, embora a melhora siga frágil, principalmente com a decisão do Federal Reserve na próxima semana ainda em aberto. O índice Ibovespa teve alta de 0,74 %, a 103.434,66 pontos. O volume financeiro somou R$ 26,5 bilhões.

Na sexta-feira (17), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em queda de 1,43%, a 101.958,96 pontos. Acompanhando o tom negativo em praças acionárias na Europa e futuros norte-americanos, em pregão também marcado por vencimento de opções sobre ações na B3. Investidores continuam monitorando o noticiário referente ao setor bancário global, enquanto também se preparam para decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos e eventual anúncio da nova regra fiscal no país na próxima semana. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 1,4%, a 101.981,53 pontos. O volume financeiro somou R$ 34,2 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (17), por volta das 12h00, o dólar registrava alta de 0,71%, cotado a R$ 5,2770 na venda. Com investidores na expectativa pela divulgação do novo arcabouço fiscal do Brasil enquanto monitoram os temores globais sobre o setor bancário. Enquanto aguardam a nova regra fiscal em meio a dúvidas sobre sua sustentabilidade, investidores seguem de olho no exterior, onde os ativos arriscados mostravam desempenho misto ao fim de uma semana turbulenta.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (17) cotado a R$ 5,2702, com investidores continuando a buscar segurança em meio a temores sobre uma crise bancária global, enquanto seguiam na expectativa pelo novo arcabouço fiscal do Brasil.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
20/03/2023