Cenário Econômico Internacional – 24/03/2023

Cenário Econômico Internacional – 24/03/2023

Cenário Econômico Internacional – 24/03/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Para OCDE, impactos de política monetária começaram a aparecer no setor bancário

Os impactos da política monetária restritiva liderada por Bancos Centrais ao redor do mundo começaram a aparecer no setor bancário, indica a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em relatório divulgado. O documento aponta que o aperto monetário para combater a inflação é um dos riscos centrais para o crescimento global, considerando as incertezas sobre a escala e duração necessárias para o ciclo restritivo reduzir a inflação sustentadamente.

“Aumentos contínuos nas pressões sobre custos ou alta nas expectativas de inflação de médio e longo prazo podem levar Bancos Centrais a manterem taxas altas por mais tempo, provocando movimentos de grande escala nos mercados financeiros”, observa a OCDE.

A organização ressalta que, até o momento, o ciclo de aperto provocou reprecificação das classes de ativos e gerou grandes perdas não realizadas em carteiras de títulos de instituições financeiras. “Em várias economias, o crescimento real e esperado do crédito desacelerou, tornando-se até negativo em algumas pesquisas recentes sobre empréstimos bancários, inclusive na área do euro”, informa o relatório.

Contudo, a OCDE projeta que a inflação deve reduzir nos próximos dois anos, permitindo certo relaxamento na política monetária em algumas economias já em 2024.

O relatório reduziu a previsão inflação total em países do G20 de desaceleração de 5,4% para 4,5% em 2024, enquanto a projeção do núcleo reduziu de 4,2% para 4,0% neste ano e se manteve em 2,5% para o próximo ano.

Bancos Centrais globais toma medidas e reforçam fluxo de dinheiro para ajudar bancos

Os principais Bancos Centrais do mundo, diante do risco de uma rápida perda de confiança na estabilidade do sistema financeiro, agiram no domingo para reforçar o fluxo de dinheiro em todo o mundo.

Em coordenação com os Bancos Centrais de outros lugares, o Federal Reserve ofereceu swaps diários de moeda para garantir que os bancos no Canadá, Reino Unido, Japão, Suíça e zona do euro tenham dólares necessários para operar.

A mudança anunciada é uma expansão modesta de um programa existente no qual o Fed paga semanalmente dólares a outros grandes Bancos Centrais em troca de moeda local. Ao fazer isso, o Fed, na verdade, oferece empréstimos de curto prazo e de baixo risco que garantem que as principais economias do mundo tenham oferta adequada da moeda de reserva global para atender às demandas locais.

Os swaps diários, que começam nesta segunda-feira e se estendem pelo menos até o final de abril, “servirão como um importante suporte de liquidez para aliviar as tensões nos mercados globais de financiamento, ajudando assim a mitigar os efeitos de tais tensões na oferta de crédito para famílias e empresas”, disse o Fed em um comunicado.

Os bancos da zona do euro tomaram apenas 5 milhões de dólares emprestados na segunda-feira (20) junto ao Banco Central Europeu através do instrumento apresentado no domingo (19).

As linhas de swap do Banco Central mostraram poucos sinais de crise até agora, com Bancos Centrais estrangeiros mantendo swaps pendentes com o Fed por apenas 472 milhões de dólares em 15 de março, contra 446 bilhões de dólares no início da pandemia e um pico de 583 bilhões em 2008.

Mas problemas entre bancos de médio porte dos EUA, bem como o anúncio no domingo de um resgate de emergência do gigante suíço Credit Suisse, levantaram preocupações sobre uma crise de crédito iminente e possivelmente contracionista. Tal crise poderia surgir se o público perder a confiança nos bancos ou os bancos perderem a confiança uns nos outros, e começarem a limitar sua exposição a novos empréstimos.

Os problemas no Credit Suisse em particular, uma das maiores instituições financeiras do mundo, provocaram ondas de choque nos mercados globais na semana passada, aumentando os temores de uma nova crise financeira e ameaçando atrapalhar os esforços dos banqueiros centrais para combater a inflação elevada.

O Credit Suisse se viu em extrema necessidade de liquidez na semana passada, até que seu próprio Banco Central lançou ajuda.

Não estamos no caminho certo, mas há soluções para aquecimento global, diz IPCC

O relatório divulgado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apontou que é necessário reduzir as emissões de gases de efeito estufa pela metade até 2023.

Em entrevista à CNN Rádio, a vice-presidente do IPCC Thelma Krug explicou que a mensagem é de que “de fato não estamos no caminho para limitar o aquecimento a um nível que minimize os impactos projetados para o futuro.”

Ao mesmo tempo, porém, ela destaca que “há potenciais soluções”, como “cooperação internacional, políticas públicas.”

“Não estamos no caminho, mas há como estar, num futuro próximo”, completou.

Thelma destacou que é inequívoca a contribuição humana para o impacto no clima.

“Temos cenários para o futuro que podem levar a algo sustentável e outros em que teremos situações insustentáveis, distribuídas de forma que os mais vulneráveis serão os mais afetados.”

Ela lembra que as regiões de maior vulnerabilidade já são as mais impactadas em questões como insegurança alimentar, hídrica e energética.

“Caminho para minimizar impactos é com cooperação internacional, transferência de tecnologia, financiamento, capacitação.”

OCDE eleva projeções para PIB global em 2023 e 2024

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ampliou suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2023 (de 2,2% para 2,6%) e 2024 (de 2,7% para 2,9%), à medida que a pressão da alta inflação sobre a renda diminui na maior parte dos países.

Sinais positivos estão começando a aparecer na economia global, com a melhora no sentimento de consumidores e empresas, preços de energia e alimentos caindo e a reabertura da China, aponta a organização no seu relatório de perspectivas econômicas, divulgado há pouco.

A OCDE reduziu a previsão para a expansão do PIB dos EUA em 2023, de 2,5% a 1,5%, e em 2024, de 1,0% a 0,9%. Para a zona do euro, houve aumento nas estimativas deste ano (de 0,5% a 0,8%) e no próximo (de 1,4% a 1,5%). Já as projeções para a China melhoraram em 2023 (de 4,6% a 5,3%) e em 2024 (de 4,1% a 4,9%).

No entanto, a OCDE alerta que essa recuperação ainda é frágil, rondada por riscos como a incerteza sobre o curso da guerra na Ucrânia e a força do impacto do aperto monetário dos Bancos Centrais.

Segundo o relatório, as mudanças realizadas na política monetária “podem continuar a expor vulnerabilidades financeiras de grande endividamentos e avaliações de ativos distorcidas”. A médio prazo, a fragmentação das cadeias globais de comércio e mudanças de empresas para localizações de menor distância (near-shoring, em inglês) também representam riscos, devido ao aumento de custos envolvido em ambos os processos.

O relatório ressalta que o crescimento global no ano passado desacelerou para 3,2%, abaixo das expectativas da instituição no início do ano. Entre os motivos, a organização destacou a guerra na Ucrânia, a crise do custo de vida e a desaceleração na China.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (20), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, após o UBS anunciar compra do Credit Suisse e alguns economistas apontarem possibilidade de pausa no aperto do Federal Reserve (Fed), arrefecendo preocupações com os sistemas bancários dos EUA e da Europa. O índice Dow Jones teve alta de 1,20%, a 32.244,58 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,89%, a 3.951,57 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,39%, a 11.675,54 pontos.

Na terça-feira (21), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, quando temores generalizados sobre a liquidez no setor bancário diminuíram e as atenções dos participantes do mercado se voltaram para o Federal Reserve, que deve concluir sua reunião de política monetária de dois dias com um aumento de 0,25 ponto percentual em sua taxa básica de juros. O índice Dow Jones teve alta de 0,98%, a 32.560,60 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,30%, a 4.002,87 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,58%, a 11.860,11 pontos.

Na quarta-feira (22), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, depois que o Federal Reserve anunciou um aumento amplamente esperado de na taxa básica de juros de 0,25 ponto percentual e deu sinais de estar prestes a interromper futuros incrementos em razão da recente turbulência no setor financeiro. O índice Dow Jones teve queda de 1,63%, a 32.030,11 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,65%, a 3.936,97 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,6%, a 11.669,96 pontos.

Na quinta-feira (23), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, com as ações de tecnologia e de crescimento, que são sensíveis aos juros, avançando depois que o Federal Reserve sinalizou que pode estar perto de interromper os aumentos de juros em meio à turbulência no setor bancário. Por volta das 13h50, o índice Dow Jones registrava alta de 0,95%, a 32.333,35 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 1,120%, a 3.984,15 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 1,86%, a 11.887,06 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 17.03.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (17) cotado a R$ 5,2702 com alta de 0,58%. Em sintonia com o cenário internacional, onde a moeda norte-americana também avança ante divisas de países emergentes e exportadores de commodities. Os investidores têm motivos internos e externos para voltarem a adotar postura cautelosa.

Na segunda-feira (20) – O dólar à vista registrou queda de 0,52%, cotado a R$ 5,2430 na venda. Agentes aproveitaram o sinal predominante de baixa da moeda americana no exterior, em meio à diminuição dos temores de uma crise de crédito mais aguda nos Estados Unido e na Europa, para realizar lucros e ajustar posições. O dólar oscilou entre R$ 5,2847 na máxima e R$ 5,2342 na mínima.

Na terça-feira (21) – O dólar à vista registrou alta de 0,052%, cotado a R$ 5,2457 na venda. O mal-estar em relação ao adiamento para abril da apresentação do novo arcabouço fiscal, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, trouxe certa pressão de alta para o dólar ante o real, mas ainda assim a moeda norte-americana fechou perto da estabilidade, com investidores à espera das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. O dólar oscilou entre R$ 5,2544 na máxima e R$ 5,2179 na mínima.

Na quarta-feira (22) – O dólar à vista registrou queda de 0,17%, cotado a R$ 5,2370 na venda. Na esteira do cenário externo, onde a moeda norte-americana também recuava ante outras divisas após o Federal Reserve anunciar um aumento de 0,25 ponto percentual em sua taxa básica, para a faixa de 4,75% a 5,00% ao ano, como era esperado. O dólar oscilou entre R$ 5,2792 na máxima e R$ 5,2060 na mínima.

Na quinta-feira (23) – Por volta das 13h50, o dólar operava em alta de 0,70% cotado a R$ 5,2736 na venda. Em meio a temores de que o governo reforce as críticas ao Banco Central, depois que a autarquia manteve a taxa Selic em elevados 13,75% na véspera e não deu indícios de planejar cortá-la em breve.

Parlamentares dos EUA vão analisar aumento do limite do seguro de depósito bancário do FDIC

Três proeminentes parlamentares dos Estados Unidos em questões bancárias disseram no domingo (19) que irão considerar se é necessário um limite de seguro federal mais alto para depósitos bancários no intuito de conter uma crise financeira marcada pela retirada de grandes depósitos não segurados de bancos menores e regionais.

“Acho que aumentar o limite do seguro do FDIC é uma boa medida”, disse a senadora democrata Elizabeth Warren, no programa “Face The Nation” da CBS, referindo-se ao limite atual de 250.000 dólares por depositante do FDIC (fundo federal garantidor de depósitos).

Perguntada sobre qual deveria ser o novo nível mais alto, Warren, membro do Comitê Bancário do Senado, disse: “Essa é uma pergunta que temos que analisar. Seriam 2 milhões de dólares, 5 milhões? São 10 milhões? As pequenas empresas precisam poder contar com o recebimento de seu dinheiro para pagar empregados, pagar as contas de serviços essenciais”.

Warren se recusou a discutir conversas que teve com o governo Biden sobre tal medida, mas disse que um aumento no limite do seguro “é uma das opções que deve estar na mesa agora”.

O deputado republicano Patrick McHenry, chairman do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos EUA, disse que trabalhará para tratar da adequação do seguro de depósito do FDIC, mas acrescentou que não teve conversas com autoridades do governo Biden sobre o aumento do limite.

“O que farei, por meio da legislação e da função de supervisão, é determinar se precisamos ou não tratar do nível de depósito do FDIC”, disse McHenry no mesmo programa da CBS.

Durante a crise financeira que eclodiu em 2008, o FDIC elevou o limite de depósito de 100.000 dólares para 250.000 dólares, e temporariamente respaldou todos os depósitos para proteger bancos menores.

Crescimento da América Latina está ameaçado se turbulência bancária se espalhar, diz economista-chefe do BID

A América Latina pode registrar crescimento econômico zero este ano se a crise bancária nos Estados Unidos e na Europa “se espalhar para o mundo inteiro”, disse o economista-chefe do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Eric Parrado.

A autoridade, que falou durante a conferência anual da organização na Cidade do Panamá, explicou que o BID continua otimista de que na região “temos resiliência para enfrentar esses tipos de choques”.

O presidente do BID, Ilan Goldfajn, disse na quarta-feira que a América Latina tem um sistema financeiro “muito resiliente e bem administrado”.

As ações e moedas da região caíram na quarta-feira, com os investidores preocupados com a estabilidade do banco suíço Credit Suisse após a falência do Silicon Valley Bank.

Se a crise bancária não se espalhar para a região, o BID prevê um crescimento de 1% em 2023 e 1,9% em 2024, significativamente abaixo do crescimento de 3,9% em 2022, que foi melhor do que o esperado.

Parrado disse que as estimativas de crescimento mais baixas se devem em parte à demanda mundial reduzida, preços mais altos de matérias-primas e taxas de juros elevadas para conter a inflação.

Embora a inflação anual média na região tenha começado a diminuir, ela atingiu 9,6% em julho de 2022, a maior marca desde a crise financeira global de 2008, segundo o BID.

Enquanto os Bancos Centrais continuam a manter ou apertar a política monetária, o BID aconselhou os países a priorizar subsídios para os setores mais pobres e incentivar o investimento em infraestrutura e emprego formal, enquanto controlam os índices da dívida pública.

Secretária do Tesouro dos EUA diz que está comprometida em proteger depósitos bancários

O sistema bancário dos Estados Unidos está se estabilizando após fortes medidas dos reguladores, mas novas ações para proteger os correntistas podem ser justificadas se instituições menores sofrerem fugas de depósitos que ameacem mais contágio, disse a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, em comentários preparados para banqueiros na terça-feira (21).

Em trechos de falas preparadas para uma conferência da Associação Americana de Banqueiros, Yellen disse que as medidas do governo tomadas nos últimos dias para proteger os depósitos sem seguro em dois bancos falidos e para criar novas ferramentas de liquidez do Federal Reserve mostraram um “compromisso resoluto de tomar as medidas necessárias para garantir que as economias dos correntistas e o sistema bancário permaneçam seguros.”

Yellen, falando mais de uma semana depois que o Silicon Valley Bank e o Signature Bank foram fechados, disse que as ações “decisivas e contundentes” estavam fortalecendo a confiança pública no sistema bancário dos EUA e protegendo a economia norte-americana.

“As medidas que tomamos não foram focadas em ajudar bancos ou classes de bancos específicos. Nossa intervenção foi necessária para proteger o sistema bancário dos Estados Unidos como um todo”, disse Yellen nos comentários divulgadas pelo Tesouro. “E ações semelhantes podem ser justificadas se instituições menores sofrerem fugas de depósitos que representem risco de contágio.”

PIB do Chile encolhe 2,3% na comparação anual do 4º trimestre de 2022

O Produto Interno Bruto (PIB) do Chile encolheu 2,3% no quarto trimestre de 2022 ante igual período do ano anterior, informou o Banco Central local. A queda foi atribuída ao comércio e aos impostos sobre produtos, que recuaram 8,2% e 7,8%, respectivamente.

Em relação ao terceiro trimestre, o PIB chileno cresceu 0,1% entre outubro e dezembro. Neste caso, a expansão foi sustentada pela atividade mineradora, com alta de 3,4%.

Bilionários pedem corte de juros para evitar uma crise nos EUA

Com a crise bancária nos Estados Unidos (EUA), o mercado começa a pedir que o Federal Reserve (Fed) reduza os juros. Nesse sentido, dois dos maiores bilionários do país se manifestaram a favor dessa proposta.

Em primeiro lugar veio o investidor Bill Ackman, fundador da Pershing Square Capital. De acordo com Ackman, o Fed deveria interromper temporariamente sua política de alta de juros para estabilizar o sistema bancário e prevenir o contágio.

Na sequência, Elon Musk, CEO da Tesla e uma das pessoas mais ricas do mundo, endossou o tuíte de Ackman. E foi além: Musk pediu que o Fed reduza as taxas em 50 pontos-base (0,5%).

Atualmente, as taxas de juros do Fed estão entre 4,5% e 4,75%, mas o mercado aposta que o Fed deve continuar a subir. A maioria do mercado espera um aumento de 25 pontos-base (0,5%), só que 26% dos agentes acha que o Fed vai elevar os juros em 0,5%.

Ackman destacou os recentes colapsos bancários nos EUA, que afetaram os acionistas e os detentores de títulos. Para o investidor, tudo isso ocorreu por causa dos juros elevados, que comprometeram o balanço dos bancos.

Além dos já fechados Silvergate, Silicon Valley Bank (SVB) e Signature, outras instituições financeiras também passaram por dificuldades significativas. O First Republic Bank, por exemplo, viu suas ações despencarem mais de 90% no mês passado.

Na visão de Ackman, a turbulência permanece “sem solução” enquanto o Fed continuar a subir as taxas de juros. Isso porque conforme os juros sobem, os títulos em poder dos bancos perdem valor, comprometendo seus balanços.

Presidente argentino considera injusta e desmedida crise diplomática com o Equador

O presidente argentino, Alberto Fernández, considerou grave, injusta e desmedida a decisão de seu contraparte equatoriano, Guillermo Lasso, de retirar o embaixador equatoriano em Buenos Aires em meio a uma crise diplomática.

A crise se originou com a fuga para a Venezuela da ex-ministra María de los Ángeles Duarte, foragida da justiça equatoriana, que até 14 de março passado estava refugiada na embaixada argentina.

“Em nossa embaixada uma pessoa que gozava de plena liberdade se encontrava refugiada. A Argentina não tem o dever de custódia sobre ela, nem nenhuma capacidade de limitar seus movimentos”, expressou Fernández em uma carta publicada no Twitter.

A saída de Duarte da sede da embaixada “foge da vontade e da capacidade de decisão das autoridades diplomáticas” argentinas, acrescentou.

“A reação desmedida do senhor presidente (Lasso) de expulsar o embaixador argentino é o que verdadeiramente afeta o vínculo positivo que argentinos e equatorianos mantemos com sucesso”, sustentou.

“A gravidade e a injustiça dessa decisão, demonstra que é seu excesso o que verdadeiramente prejudica a relação dos nossos povos”, acrescentou o presidente argentino.

Fed eleva taxa de juros em 0,25 ponto percentual nos EUA, conforme esperado

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) elevou na quarta-feira (22), a taxa básica de juros dos Estados Unidos, ao fim da reunião de dois dias de política monetária. O colegiado decidiu subir a taxa dos fed funds em 0,25 ponto percentual (25 pontos-base – pbs). Assim, as fed funds passam da atual faixa de 4,50%-4,75% para o intervalo de 4,75%-5,00%. Além disso, o Comitê informou que “algum endurecimento adicional da política pode ser apropriado”, visando convergir a inflação à meta de 2% e elevou as projeções de juros para o ano que vem. A votação foi unânime.

Na última decisão, em 1º de fevereiro, o Fed subiu os juros em 0,25 ponto percentual e disse que ainda esperava entregar “aumentos contínuos”, diante da insistência das pressões inflacionárias.

A decisão foi em linha com 85,6% dos investidores que estimavam a elevação nessa magnitude, de acordo com a ferramenta Monitor da Taxa de Juros do Federal Reserve do Investing.

As últimas semanas foram de aumento da cautela nos mercados, após a quebra de dois bancos americanos, Silicon Valley Bank e Signature Bank – e receios sobre um possível contágio. No entanto, em comunicado, o Fed ponderou que o sistema bancário americano é sólido e resiliente.

“Acontecimentos recentes devem resultar em condições de crédito mais restritivas para famílias e empresas e pesar na atividade econômica, nas contratações e na inflação. A extensão desses efeitos é incerta. O Comitê permanece altamente atento aos riscos de inflação”, destacou a autoridade monetária americana.

BofA e UBS cortam previsão para juros do Fed em meio a crise bancária

O Bank of America (NYSE:BAC) e o UBS reduziram suas expectativas para a taxa de juros terminal dos Estados Unidos na quinta-feira (23), depois que o Federal Reserve insinuou que pode interromper sua campanha de aperto monetário devido à turbulência no setor bancário.

A taxa de referência do Fed está agora numa faixa de 4,75% a 5%, após alta de 0,25 ponto percentual na quarta-feira.

Embora a ação do Fed tenha sido amplamente precificada, uma minoria de participantes do mercado sinalizava a possibilidade de uma pausa nos aumentos de juros após o colapso de dois credores de médio porte dos EUA, bem como a aquisição do problemático banco global Credit Suisse pelo UBS.

Analistas do BofA disseram que o consequente aperto inesperado nos padrões de empréstimos bancários pode substituir novos aumentos na taxa básica de juros.

O BofA e o UBS não esperam mais um aumento dos juros em junho e veem o pico da taxa do Fed em maio, em 5% a 5,25% e em 5,25% a 5,5%, respectivamente.

O Goldman Sachs, que esperava que o Fed fizesse uma pausa na quarta-feira (22), manteve sua previsão de taxa terminal na faixa de 5,25% a 5,5%, mas agora vê o pico das taxas em junho, em vez de julho.

A crise bancária pode desencadear uma crise de crédito com implicações “significativas” para a economia, que pode desacelerar ainda mais este ano do que se pensava anteriormente, disseram autoridades do Fed.

Os mercados monetários, que mais cedo neste mês chegaram a precificar uma taxa terminal próxima a 6% em setembro, agora veem um pico de 4,9% em maio.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (20), as bolsas europeias fecharam em queda, sob o impacto da recuperação dos papéis do setor bancário dos menores patamares em três meses provocadas pelo acordo do UBS para comprar o Credit Suisse por uma fração de seu valor de mercado. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,98%, a 440,60 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,27%, a 7.013,14 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,12%, a 14.933,38 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,79%, a 5.769,33 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,31%, a 8.833,10 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,93%, a 7.403,85 pontos.

Na terça-feira (21), as bolsas europeias fecharam em queda, com as ações de bancos na liderança da recuperação após uma série de medidas para estabilizar o setor, enquanto investidores esperavam por movimentos menos agressivos do Federal Reserve em sua reunião de política monetária esta semana. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,33%, a 446,47 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,42%, a 7.112,91 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,75%, a 15.195,34 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,76%, a 5.871,07 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 2,45%, a 9.049,40 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,79%, a 7.536,22 pontos.

Na quarta-feira (22), as bolsas europeias fecharam mistas, ampliando os ganhos pelo terceiro dia, com investidores no aguardo de uma decisão crucial de política monetária do Federal Reserve em meio à turbulência no setor bancário. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,15%, a 447,16 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,26%, a 7.131,12 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,14%, a 15.216,19 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,63%, a 5.833,88 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,44%, a 9.009,30 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,41%, a 7.566,84 pontos.

Na quinta-feira (23), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, com os investidores digerindo os últimos aumentos nas taxas de juros do Federal Reserve dos EUA e do Banco da Inglaterra. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,19%, a 446,29 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,11%, a 7.139,25 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,038%, a 15.210,39 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,54%, a 5.802,37 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,49%, a 8.965,60 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,89%, a 7.499,60 pontos.

Supervisores do BCE não vem contágio na Europa após resgates de bancos nos EUA e na Suíça

Os supervisores do Banco Central Europeu não veem contágio para os bancos da zona do euro em meio à turbulência recente, disse uma fonte, depois que credores dos Estados Unidos deram ao First Republic Bank um resgate de 30 bilhões de dólares e obtiveram valores recordes do Federal Reserve.

Grandes bancos norte-americanos resgataram na quinta-feira o banco com sede em San Francisco, que foi pego pela volatilidade do mercado desencadeada pelo colapso de dois outros credores norte-americanos de médio porte.

O pacote de resgate veio menos de um dia depois que o Credit Suisse conseguiu um empréstimo emergencial do Banco Central suíço de até 54 bilhões de dólares para reforçar sua liquidez. As ações do segundo maior banco da Suíça caíam nas negociações desta sexta-feira apesar da medida.

O BCE, que na quinta-feira (16) elevou as taxas de juros, realizou outra reunião do conselho de supervisão nesta semana em um movimento incomum antes de uma reunião agendada para a próxima semana.

Os supervisores do BCE não viram nenhum contágio para os bancos da zona do euro com a turbulência do mercado, disse à Reuters uma fonte familiarizada com o conteúdo da reunião, acrescentando que os supervisores foram informados de que os depósitos permaneceram estáveis nos bancos da zona do euro e a exposição ao Credit Suisse era irrelevante.

Um porta-voz do BCE recusou-se a comentar.

Os bancos da zona do euro ainda detêm cerca de 4 trilhões de euros em excesso de liquidez, que estão dispostos a devolver ao BCE agora que o empréstimo junto ao Banco Central se tornou mais caro.

As ações do setor bancário global têm sofrido desde que o Silicon Valley Bank entrou em colapso na semana passada devido a perdas relacionadas a títulos que aumentaram quando a taxa de juros subiu no ano passado, levantando questões sobre o que mais poderia acontecer.

Embora os dois acordos e as ações de autoridades tenham ajudado a restaurar um pouco da calma nos mercados globais, analistas e investidores ainda estão preocupados que o potencial para uma crise bancária total está longe de terminar.

A escala do estresse foi ressaltada por dados divulgados na quinta-feira, mostrando que os bancos nos EUA buscaram quantidades recordes de liquidez de emergência do Fed nos últimos dias, aumentando o tamanho do saldo do Banco Central após meses de contração.

O acordo do First Republic foi elaborado por negociadores poderosos, incluindo a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen; o chair do Fed, Jerome Powell; e o CEO do JP Morgan, Jamie Dimon, disse uma fonte familiarizada com a situação.

“Eles vão deixar o dinheiro no First Republic para mantê-lo vivo por interesse próprio… para impedir a corrida aos bancos. Então eles vão retirá-lo gradualmente e o banco terá uma morte lenta”, disse Mathan Somasundaram, fundador da Deep Data Analytics em Sydney.

UBS compra Credit Suisse por US$ 3,2 bilhões; banco terá US$ 5 trilhões em ativos

O UBS fechou a compra do rival Credit Suisse por US$ 3,2 bilhões, quantia três vezes maior do que a oferta inicial. A operação foi confirmada no domingo (19) pelo Banco Nacional da Suíça (SNB, na sigla em inglês), que participou ativamente das negociações.

Segundo os termos do acordo, os acionistas do Credit Suisse receberão 1 ação do UBS para cada 22,48 ações do Credit Suisse detidas, o que equivale a 0,76 francos suíços por papel, totalizando 3 bilhões de francos suíços (US$ 3,2 bilhões).

Além disso, o SNB concordou em oferecer uma linha de liquidez de 100 bilhões de francos suíços ao UBS como parte do acordo.

“Com a aquisição do Credit Suisse pelo UBS, foi encontrada uma solução para garantir a estabilidade financeira e proteger a economia suíça nesta situação excepcional”, disse a autoridade monetária em comunicado.

Já o UBS informou que com a compra do Credit Suisse terá mais de US$ 5 trilhões em ativos investidos. “Esta aquisição é atraente para os acionistas do UBS, mas, sejamos claros, no que diz respeito ao Credit Suisse, este é um resgate de emergência”, afirmou o presidente do banco, Colm Kelleher.

Para tentar conter a sangria em torno da retirada de recursos, o conselho executivo correu para o mercado em busca de uma capitalização, prometendo um plano de reestruturação e maior rigidez nas regras de conformidade.

E conseguiu. Com ajuda do SNB, o Credit levantou US$ 4.2 bilhões, ajudando a acalmar preocupações do mercado. Mas qualquer tranquilidade veio abaixo com o colapso ‘gêmeo’ do SVB e do Signature no fim de semana passado, gerado, em última instância, por questões semelhantes àquelas enfrentadas pelos suíços.

Economia alemã caminha para contração no 1º trimestre, diz Banco Central

A economia da Alemanha encolherá novamente no primeiro trimestre do ano e a inflação subjacente pode se mostrar persistente, mesmo que o crescimento geral dos preços deva desacelerar acentuadamente em breve, disse o Banco Central alemão em um relatório mensal.

A maior economia da Europa contraiu 0,4% no último trimestre de 2022 e seu vasto setor industrial está apenas começando a se recuperar, enquanto a inflação elevada pesa fortemente sobre o consumo.

“A atividade econômica alemã provavelmente cairá novamente no trimestre atual”, disse o Bundesbank. “No entanto, o declínio provavelmente será menor do que no último trimestre de 2022.”

Embora uma recessão – dois trimestres consecutivos de taxas negativas – continue sendo o resultado mais provável, o mercado de trabalho está se mostrando resiliente e o Banco Central disse que espera desenvolvimentos positivos contínuos para o emprego.

O Banco Central Europeu elevou as taxas de juros em 350 pontos-base desde julho, o ritmo mais rápido já registrado, para domar a inflação galopante, mas o crescimento dos preços ainda pode se manter acima da meta de 2% até 2025.

A inflação geral na Alemanha provavelmente cairá em março, à medida que os altos preços da energia forem eliminados da conta, mesmo que o aumento dos preços permaneça desconfortavelmente alto.

“Dito isso, a o núcleo do índice está se mostrando excepcionalmente persistente”, disse o banco. “Pode até aumentar ligeiramente no meio do ano.”

O núcleo da inflação da zona do euro, que exclui os preços voláteis de alimentos e combustíveis, tem aumentado mesmo com a queda da taxa de inflação geral, já que os preços altos de energia do ano passado estão afetando outros custos e salários.

Lagarde, do BCE, diz para bancos se prepararem para potencial cenário menos favorável

Os bancos europeus devem se preparar para um crescimento econômico mais lento, custos de financiamento mais altos e volumes de empréstimos menores, disse a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.

“As instituições financeiras individuais devem preservar cuidadosamente seus níveis atuais de resiliência, para garantir que possam enfrentar um ambiente potencialmente menos favorável”, disse ela a parlamentares europeus.

Lagarde estava discursando como presidente do Conselho Europeu de Risco Sistêmico e repetia amplamente o conteúdo do relatório de setembro emitido pelo conselho.

Governo francês sobrevive a dois votos de desconfiança e reformas previdenciárias devem seguir

Dois votos de desconfiança contra o governo do presidente francês Emmanuel Macron foram rejeitados no parlamento do país, abrindo caminho para a implementação das reformas previdenciárias imensamente impopulares.

O voto de desconfiança, ou moção de censura, é um processo formal no qual os membros do parlamento votam se querem ou não que o atual líder permaneça no cargo. A primeira moção recebeu 278 votos, apenas nove a menos dos 287 necessários para passar.

Ela foi apresentada pelo pequeno grupo parlamentar “LIOT”, que representa vários pequenos partidos, e era considerada a mais provável dentre as duas a ameaçar o governo.

A segunda moção, apresentada na semana passada pelo partido de extrema-direita National Rally, atraiu menos apoio, com apenas 94 legisladores votando a favor.

O governo desencadeou poderes constitucionais especiais na última quinta-feira (16) para aprovar a controversa legislação que aumenta a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos para a maioria dos trabalhadores, provocando uma onda de protestos e greves em todo o país.

No entanto, embora o governo tenha sobrevivido às moções contra ele, a raiva contra as reformas não mostra sinais de fim.

Ministro russo alerta para possível “colisão nuclear” entre Rússia e Ocidente

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse que faltam cada vez menos passos antes de uma potencial “colisão nuclear” entre o país e o Ocidente, informou a agência de notícias Interfax.

Shoigu estava respondendo a relatos da mídia de que a Grã-Bretanha forneceria à Ucrânia munição contendo urânio empobrecido, uma medida à qual ele disse que Moscou responderia, de acordo com a Interfax.

Na segunda-feira (20), dezessete estados-membros da União Europeia (UE) e a Noruega concordaram em adquirir munição em conjunto para “ajudar a Ucrânia e reabastecer os estoques nacionais”, disse a Agência Europeia de Defesa (EDA) em um comunicado à imprensa.

Os Estados Unidos também anunciaram o repasse de mais US$ 350 milhões em ajuda militar para a Ucrânia, segundo o secretário de Estado do país, Antony Blinken.

Ucrânia e FMI fecham acordo sobre recursos para apoio fiscal e reconstrução

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou um acordo determinando o envio de aproximadamente US$ 15,6 bilhões para a Ucrânia, com o objetivo de apoiar a estabilidade fiscal e financeira, além de ajudar na reconstrução pós-guerra. O acordo inclui uma série de políticas financeiras e macroeconômicas que devem receber suporte durante 48 meses por meio do Fundo de Facilidade Estendida (EEF, na sigla em inglês) do FMI.

Em nota, a instituição afirma que o acordo reflete o “compromisso contínuo” em apoiar a Ucrânia e que o mesmo deve ajudar a mobilizar financiamento em larga escala de doadores e parceiros internacionais.

A execução do acordo deve acontecer em duas partes. Na primeira, com duração prevista de 12 a 18 meses, o governo ucraniano deverá fortalecer a estabilidade fiscal, financeira, externa e de preços com medidas como mobilização de receita, eliminação do financiamento monetário, avaliação da saúde do setor bancário, entre outras. Já a segunda fase consistirá em expandir essas ações para garantir estabilidade macroeconômica, apoiar recuperação e iniciar o mais cedo possível a reconstrução do país.

Segundo o FMI, uma recuperação gradual da economia ucraniana é esperada nos próximos trimestres, à medida que a atividade se recupera dos danos severos de infraestrutura, embora ainda exista o risco de expansão do conflito. A equipe da instituição projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) da Ucrânia neste ano pode variar entre recuo de 3% a avanço de 1%, considerando que o país enfrenta grandes incertezas.

Banco Central da Suíça eleva juro para 1,5%, apesar de turbulência causada por Credit Suisse

O Banco Central da Suíça, conhecido como SNB, decidiu elevar juros pela quarta vez consecutiva na quinta-feira (23), apesar da recente turbulência no setor bancário do país que levou o Credit Suisse a ser comprado pelo UBS numa operação de emergência intermediada por autoridades suíças.

O SNB aumentou seu juro básico em 50 pontos-base (pb), para 1,5%, igualando o ajuste de meio ponto porcentual da reunião anterior, em dezembro.

Em comunicado, o BC suíço disse que a elevação tem o objetivo de combater pressões inflacionárias e alertou que não pode descartar que “altas adicionais sejam necessárias para garantir a estabilidade dos preços no médio prazo”.

A inflação voltou a subir desde o início do ano, situando-se em 3,4% em fevereiro, especialmente pelos preços mais elevados da eletricidade, dos serviços turísticos e da alimentação. A previsão é de inflação média anual em 2,6% para 2023, e de 2,0% para 2024 e 2025.

O SNB também comentou que as medidas tomadas no fim de semana pelo governo federal pela autoridade supervisora do mercado financeiro suíço (Finma) e pelo próprio BC “interromperam a crise” deflagrada pelo Credit Suisse.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (20), as bolsas asiáticas fecharam em queda, após autoridades suíças intermediarem a venda do problemático Credit Suisse em meio a temores de uma crise bancária global e à espera de uma nova decisão de juros do Federal Reserve. O índice Xangai teve queda de 0,48%, a 3.234,91 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,42%, a 26.945,67 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,65%, a 19.000,71 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,50%, a 3.939,08 pontos.

Na terça-feira (21), as bolsas asiáticas fecharam em alta, à medida que Wall Street se recuperou ontem em meio a um alívio nas preocupações sobre o setor bancário global após a compra do Credit Suisse pelo UBS. O índice Xangai teve alta de 0,64%, a 3.255,65 pontos. O índice japonês Nikkei não teve operações devido ao feriado local. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,36%, a 19.258,76 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,10%, a 3.982,38 pontos.

Na quarta-feira (22), as bolsas asiáticas fecharam em alta, mais uma vez acompanhando Wall Street, que na terça-feira (21) estendeu um rali em meio à recuperação de ações de bancos após a recente turbulência no setor. O índice Xangai teve alta de 0,31%, a 3.265,75 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,93%, a 27.466,61 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,73%, a 19.591,43 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,43%, a 3.999,44 pontos.

Na quinta-feira (23), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, depois que o Federal Reserve suavizou seu tom sobre futuros aumentos na taxa de juros dos Estados Unidos, impulsionando o sentimento dos investidores. O índice Xangai teve alta de 0,64%, a 3.286,65 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,17%, a 27.419,61 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 2,34%, a 20.049,64 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,99%, a 4.039,09 pontos.

China mantém taxas de empréstimo em março pelo 7º mês

A China deixou suas taxas de empréstimo de referência inalteradas pelo sétimo mês consecutivo em março, como esperado, com a economia já se beneficiando das medidas tomadas na semana passada, enquanto se recupera da pandemia.

A necessidade de um afrouxamento monetário mais iminente diminuiu depois que o Banco do Povo da China disse em 17 de março que cortará a quantidade de dinheiro que os bancos devem ter como reservas, disseram analistas do mercado.

Na segunda-feira (20), a taxa de empréstimo primária de um ano (LPR) foi mantida em 3,65%, enquanto a LPR de cinco anos ficou inalterada em 4,30%.

Economistas dizem que, se a China reduzir as taxas de empréstimo à medida que outros países as elevam, o aumento dos diferenciais de rendimento pressionará para baixo o iuan e as saídas de capital de risco.

Uma série de dados nas últimas duas semanas mostrou que a atividade econômica se recuperou nos primeiros dois meses de 2023, à medida que o consumo e o investimento em infraestrutura impulsionaram a recuperação após os distúrbios da pandemia. Isso compensou a demanda global fraca e uma desaceleração persistente no setor imobiliário da China.

Em uma pesquisa da Reuters realizada na semana passada, todos os 22 participantes previram manutenção nas taxas de empréstimo. Essa unanimidade foi rara em pesquisas anteriores.

Xuan Changneng, vice-presidente do Banco Central chinês, disse no fim de semana que o colapso do Silicon Valley Bank mostrou como as rápidas mudanças na política monetária no exterior estão tendo efeitos colaterais.

Em outro movimento na semana passada para aumentar a demanda, o Banco Central da China aumentou as injeções de liquidez de médio prazo ao rolar empréstimos vencidos, embora tenha mantido a taxa de juros desses empréstimos. Essa taxa, chamada taxa de empréstimo de médio prazo, serve como um guia para mudanças no LPR.

Alguns economistas ainda veem espaço para a LPR cair este ano para apoiar os empréstimos e aumentar a confiança dos investidores.

Sistemas econômico e bancário da Índia são fortes, diz Modi

Os sistemas econômico e bancário da Índia são fortes mesmo em meio à turbulência que abala os mercados globais, disse o primeiro-ministro Narendra Modi.

“Em meio a uma crise global, hoje o sistema econômico da Índia é forte, o sistema bancário é forte. Esse é o poder de nossas instituições”, disse Modi em uma reunião do India Today.

As ações de bancos em todo o mundo foram duramente atingidas nos últimos dias pelo colapso de dois bancos americanos de médio porte. Embora as autoridades tenham resgatado os credores no limite, a turbulência gerou preocupações sobre o que pode estar à espreita no sistema financeiro global mais amplo.

Banco Central do Japão debateu efeitos colaterais de política monetária frouxa na reunião de março

O Banco do Japão deve estar pronto para trabalhar ainda mais a fim de melhorar as funções do mercado se necessário, disse uma autoridade do banco central japonês na reunião de março, ressaltando a preocupação do banco com o custo crescente de sua política de controle de rendimento de títulos.

Embora os problemas bancários globais tenham diminuído a pressão sobre as taxas de juros de longo prazo, o debate ressalta o desafio que o novo presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, enfrenta para manter os custos de empréstimos baixos, sem drenar a liquidez do mercado com a compra agressiva de títulos.

Na reunião de março, o Banco Central manteve sua política monetária ultrafrouxa, incluindo um controverso teto de 0,5% para o rendimento dos títulos de 10 anos, que estava sob ataque dos mercados que apostavam em um aumento da taxa de juros no curto prazo.

Muitos membros da diretoria do Banco do Japão disseram que a instituição deve manter seu estímulo monetário maciço para apoiar a economia e garantir que o Japão atinja de forma sustentável sua meta de inflação de 2%, mostrou o resumo das opiniões da reunião de março na segunda-feira (20).

Mas alguns membros expressaram preocupação com as distorções persistentes na curva de rendimentos, que o Banco do Japão procurou conter em dezembro elevando o limite de rendimento dos títulos de 10 anos de 0,25% para 0,5%.

“Embora o aumento dos spreads de títulos corporativos tenha parado, os efeitos da deterioração no funcionamento do mercado de títulos do governo japonês permanecem e justificam um monitoramento próximo”, de acordo com uma opinião.

Embora as medidas tomadas desde dezembro tenham sido eficazes até certo ponto, as funções do mercado não foram fixadas fundamentalmente, de acordo com outro.

“É necessário garantir que a transmissão dos efeitos do afrouxamento monetário seja sustentável e eficaz, trabalhando, se necessário, para melhorar o funcionamento dos mercados, incluindo os mercados de títulos corporativos e swaps”, disse a autoridade que emitiu o segundo parecer.

Ex-presidente de Taiwan Ma Ying-jeou fará visita à China continental

O ex-presidente de Taiwan Ma Ying-jeou visitará a China continental na próxima semana, a primeira viagem desse tipo de um ex-líder taiwanês desde o fim da Guerra Civil Chinesa em 1949.

Ele prestará homenagem a seus ancestrais na província de Hunan, no Sudoeste, e liderará uma delegação de estudantes taiwaneses para interagir com colegas da China continental em várias cidades, disse sua fundação em um comunicado.

Ma, um membro sênior do partido de oposição Kuomintang (KMT) de Taiwan, estará na China continental entre 27 de março e 7 de abril.

Embora a viagem seja totalmente privada, ela está repleta de simbolismo histórico e ocorre em um momento de aprofundamento das tensões sobre o futuro de Taiwan.

O Partido Comunista da China nunca controlou Taiwan, mas reivindica a democracia autônoma da ilha como sua e se recusou repetidamente a descartar a possibilidade de tomá-la à força.

Primeiro-ministro do Japão chega a Kiev para “visita histórica” na Ucrânia

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, chegou à capital da Ucrânia como parte de uma “visita histórica”, disse Emine Dzheppar, vice-ministra de Relações Exteriores da Ucrânia, na terça-feira (21).

“A Ucrânia está feliz em receber o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. Esta visita histórica é um sinal de solidariedade e forte cooperação entre a Ucrânia e o Japão”, disse ela em uma postagem em sua conta oficial no Twitter, acompanhada de uma foto mostrando a chegada.

“Somos gratos ao Japão por seu forte apoio e contribuição para nossa futura vitória”, acrescentou.

Segundo a NHK, emissora pública japonesa, é a primeira visita de um primeiro-ministro japonês a um país em conflito desde a Segunda Guerra Mundial.

Coreia do Norte dispara vários mísseis de cruzeiro em sua costa leste, diz Coreia do Sul

A Coreia do Norte disparou vários mísseis de cruzeiro ao largo de sua costa leste na quarta-feira (22), disseram militares da Coreia do Sul, o mais recente de uma série de testes de armas enquanto forças sul-coreanas e norte-americanas conduzem exercícios militares conjuntos.

Os mísseis foram disparados por volta das 10h15 (0115 GMT) da província de Hamgyong do Norte, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS).

Não ficou imediatamente claro quantos projéteis foram disparados e exatamente de que tipo eram.

Os militares estavam em alerta máximo e as autoridades de inteligência sul-coreanas e americanas estavam analisando detalhes dos mísseis, disse o JCS.

“Concluiremos com sucesso nosso exercício Freedom Shield, conforme planejado, sob firme postura de defesa combinada”, disseram os militares em comunicado.

Os aliados devem concluir 11 dias de exercícios, chamados de “Escudo da Liberdade 23”, na quinta-feira (23).

Os lançamentos de quarta-feira (22) ocorrem apenas três dias depois que a Coreia do Norte disparou um míssil balístico de curto alcance em direção ao mar ao largo de sua costa leste.

A Coreia do Norte há muito se irrita com os exercícios conduzidos pelas forças sul-coreanas e norte-americanas, dizendo que são uma preparação para uma invasão do Norte.

A Coreia do Sul e os Estados Unidos negam isso, dizendo, em vez disso, que precisam se preparar para se defender da agressão norte-coreana.

A agência de notícias sul-coreana Yonhap disse que os lançamentos de quarta-feira (22) podem ter envolvido mísseis de cruzeiro estratégicos do Norte. “Estratégico” é normalmente usado para descrever armas com capacidade nuclear.

O último disparo conhecido da Coreia do Norte de seus mísseis estratégicos de cruzeiro foi em 12 de março, quando disse ter disparado dois deles de um submarino.

A Coreia do Norte intensificou seus testes militares nas últimas semanas, disparando um míssil balístico intercontinental na semana passada e conduzindo o que chamou de simulação de contra-ataque nuclear contra os EUA e a Coreia do Sul no fim de semana.

Banco Central de Taiwan aumenta inesperadamente as taxas de juros devido a preocupações com a inflação

O Banco Central de Taiwan elevou sua taxa básica de juros na quinta-feira (23) em um movimento surpresa, refletindo preocupações com a inflação, apesar da recente turbulência do mercado causada por falências de bancos americanos e europeus, o que pode influenciar novas decisões de taxas este ano.

O Banco Central, em decisão unânime, elevou a taxa básica de desconto em 12,5 pontos-base (bps) para 1,875%, a quinta alta desde que iniciou a atual rodada de aperto em março do ano passado.

O governador Yang Chin-long disse em uma coletiva de imprensa após a reunião que o aumento dos juros ocorreu principalmente devido a preocupações com a inflação e que o objetivo da política monetária é manter a estabilidade dos preços domésticos.

Os aumentos das taxas de Taiwan são suaves e graduais e, embora esse movimento não tenha sido o que o mercado esperava, o Banco Central não pode ser chamado de hawkish, acrescentou.

Questionado se este seria o último aumento de taxa este ano, Yang disse: “A incerteza é muito grande, particularmente a confiança e o efeito de contágio no público dos bancos regionais dos EUA.”

Economistas em uma pesquisa da Reuters esperavam que o Banco Central se mantivesse firme, embora oito dos 24 economistas entrevistados esperassem que o Banco Central elevasse a taxa para 1,875%.

Banco Nacional Saudita diz que seu investimento no Credit Suisse ‘não tem impacto’ nos planos de crescimento ou nos lucros

O maior acionista do Credit Suisse, o Saudi National Bank, confirmou que “não há impacto” em seus planos de crescimento ou lucratividade depois que o problemático credor suíço foi comprado pelo UBS.

O SNB fez um investimento de SR5,5 bilhões (US$ 1,4 bilhão) no banco em novembro de 2022, mas um mês depois representava apenas 0,5% dos ativos totais da empresa saudita e aproximadamente 1,7% de sua carteira de investimentos.

O gigante bancário UBS está comprando o Credit Suisse por quase US$ 3,25 bilhões, em um acordo orquestrado por reguladores em um esforço para evitar mais turbulências no sistema bancário global.

As autoridades suíças pressionaram para que o UBS assumisse o controle de seu rival menor depois que um plano para o Credit Suisse tomar empréstimos de até 50 bilhões de francos (US$ 53,76 bilhões) não conseguiu tranquilizar os investidores e os clientes do banco.

Em comunicado à bolsa de valores saudita, o SNB disse: “Mudanças na avaliação do investimento do SNB no Credit Suisse não têm impacto nos planos de crescimento do SNB e nas orientações prospectivas para 2023”.

As ações do Credit Suisse e de outros bancos despencaram depois que a falência de dois bancos nos Estados Unidos provocou preocupações sobre outras instituições potencialmente instáveis ​​no sistema financeiro global.

O Credit Suisse está entre as 30 instituições financeiras conhecidas como bancos globalmente importantes do ponto de vista sistêmico, e as autoridades estão preocupadas com as consequências caso ele falhe.

Em dezembro de 2022, o impacto no Índice de Adequação de Capital do SNB do declínio da marcação a mercado no Credit Suisse foi estimado em 15 pontos básicos com impacto zero em relação à lucratividade.

No entanto, com o novo anúncio, o impacto potencial no Índice de Adequação de Capital do SNB é de cerca de 35 pontos base, também com impacto zero quando se trata de lucratividade.

Dito isso, o SNB também garantiu que quaisquer mudanças na avaliação de seus investimentos no Credit Suisse não terão impacto na orientação do SNB para 2023 nem em seus planos de crescimento no futuro.

Com ativos ultrapassando SR945 bilhões, o SNB continua a ter capitalização saudável e liquidez que permanece acima dos limites prudenciais.

COP28 pode passar da negociação para a ação, dizem especialistas

A organização dos Emirados Árabes Unidos da Conferência de Mudanças Climáticas da ONU ainda este ano pode transformar o futuro do fórum internacional anual e criar um impulso para que ele se torne menos sobre negociação e mais sobre ação, disseram especialistas.

“A COP28 pode realmente se tornar uma COP para ação. E poderia iniciar uma transformação do que as COPs são, desde aquelas reuniões de negociadores, até a tentativa de criar uma estrutura para a governança climática em todo o mundo, em algo que visa principalmente encorajar a ação climática”, disse Karim Elgendy, membro associado do think tank Chatham House, com sede no Reino Unido.

Estamos resolvendo muitos dos problemas de justiça climática. Resolvemos a maioria dos detalhes do Acordo de Paris e o que realmente temos pela frente é acelerar e aumentar a ambição de metas de redução de carbono em todo o mundo.

“A COP28 tem essa oportunidade de fazer exatamente isso e levar todas as partes a avançar com a redução de carbono”, acrescentou.

Elgendy falou em um briefing antes da publicação do relatório final do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas em seu sexto ciclo de avaliação na segunda-feira (20), no qual delineou algumas descobertas importantes e implicações importantes para os países do Oriente Médio e as expectativas para a presidência da COP28 dos Emirados Árabes Unidos.

O órgão da ONU para avaliar a ciência relacionada à mudança climática, cujas sessões plenárias na Suíça terminam no domingo, destilará suas conclusões dos seis relatórios produzidos desde 2015 e as reunirá em um único relatório “síntese”, um manual abrangente para enfrentar a crise.

Elgendy disse que o fato de o Egito ter sediado a COP27 do ano passado colocou um “pequeno destaque” na região, como Cairo disse que estava sediando em nome da África, mas a conferência de Dubai colocaria um “real destaque” no Oriente Médio e especialmente no Conselho de Cooperação do Golfo. países.

O Relatório do Grupo de Trabalho II do IPCC de 2022 descreveu o impacto regional das mudanças climáticas no Oriente Médio como preocupante em relação a como a temperatura local e a precipitação são projetadas para mudar. As previsões atuais indicam que nas próximas décadas as condições de trabalho e vida na região desértica irão piorar. A seca persistente, a escassez de água e o aumento do nível do mar podem diminuir drasticamente a segurança alimentar na região sem grandes cortes rápidos e imediatos nas emissões.

Iraque realizará eleições provinciais em 6 de novembro

O parlamento do Iraque estabeleceu 6 de novembro como a data para as eleições para os conselhos provinciais, órgãos poderosos que foram dissolvidos em meio a protestos antigovernamentais em 2019.

“As eleições provinciais ocorrerão em 6 de novembro de 2023”, disse um comunicado do parlamento, depois que os legisladores concordaram com a data durante a noite.

As eleições para os conselhos, as primeiras em uma década, ocorrerão em 15 das 18 províncias iraquianas, excluindo as três províncias da região autônoma do Curdistão, no norte do Iraque.

Os conselhos provinciais, criados pela constituição de 2005 após a queda do regime de Saddam Hussein, têm um poder relativamente significativo no Iraque federal, incluindo a alocação de orçamentos para saúde, transporte e educação.

As últimas eleições provinciais ocorreram em 2013, quando os partidários do então primeiro-ministro Nuri Al-Maliki venceram.

As próximas eleições provinciais deveriam ter ocorrido em 2018, mas foram adiadas.

Um ano depois, em meio a grandes comícios antigovernamentais, os manifestantes exigiram e obtiveram a dissolução dos conselhos provinciais, em parte porque os críticos os acusaram de estarem repletos de corrupção.

Alaa Al-Rikabi, um parlamentar independente que surgiu após o movimento de protesto de outubro de 2019, condenou o retorno dos conselhos.

“Nós nos recusamos a permitir que eles sejam reintegrados”, disse ele, acrescentando que eles “abrem as portas para a corrupção”.

Contratos de aluguel de imóveis na Arábia Saudita sobem 81% e chegam a US$ 20,2 bilhões

Os acordos de aluguel residencial e comercial da Arábia Saudita quase dobraram de valor no ano passado, atingindo SR76 bilhões (US$ 20,2 bilhões) em comparação com SR41,9 bilhões em 2021.

De acordo com dados da Autoridade Geral Imobiliária Ejar, o valor total das transações de aluguel comercial totalizou SR40,9 bilhões no ano passado, enquanto as de imóveis residenciais atingiram SR35,1 bilhões.

No setor residencial, o valor total dos negócios de aluguel de apartamentos testemunhou um aumento de 76% em relação ao ano anterior em 2022, para SR29,6 bilhões. 

O valor total dos negócios de andar totalizou cerca de SR 3,1 bilhões, um aumento de 51% em comparação com 2021, enquanto o valor total dos negócios de moradias chegou a SR 2,9 bilhões – um aumento de 49%. 

Os acordos comerciais para lojas cresceram 108% em valor total, atingindo SR17,4 bilhões em 2022, enquanto o valor total de exposições e acordos de escritórios saltou 157% e 77% para SR7,2 bilhões e SR4 bilhões, respectivamente.

Em termos de cidades, Riad ficou em primeiro lugar com o maior número de contratos de aluguel em 2022 avaliados em SR24,7 bilhões, seguido por Jeddah com SR17 bilhões e Makkah em SR4,9 bilhões.

Os mais baixos foram Najran, com SR249 milhões, seguido por Arar com SR226 milhões e Al Bahah com SR148 milhões.

Riade foi a cidade mais alta em termos de oferta de unidades, com 470.000 unidades residenciais e 181.000 unidades comerciais em 2022.

Bancos SAMA e GCC acompanham alta de juros de 25 bps do Fed

O Banco Central da Arábia Saudita aumentou sua taxa de juros em 25 pontos-base para 5,5%, ecoando a decisão do Federal Reserve dos EUA para conter a inflação.

Um comunicado do banco, também conhecido como SAMA, observou que sua taxa de recompra reversa também aumentou para 5%.

Embora a inflação ainda esteja subindo no Reino, a taxa anual caiu para 3% em fevereiro, abaixo dos 3,4% do mês anterior.

O aumento da taxa de juros de um quarto de ponto do Fed segue-se a meses de aumentos maiores, já que subiu 25 pontos-base em fevereiro, 50 pontos-base em dezembro e 75 pontos-base em novembro, setembro, julho e junho.

Embora a decisão do Banco Central dos EUA tenha sido motivada por seu desejo de reduzir a alta inflação, isso desempenhou um papel importante na condução da política monetária da região do Golfo, já que a maioria das moedas da região está atrelada ao dólar.

Após a decisão do Fed dos EUA, os Bancos Centrais regionais também entraram em ação para aumentar suas taxas de juros. 

Além disso, o Banco Central dos Emirados Árabes Unidos aumentou sua taxa básica para 4,9%, a partir de quinta-feira (23).

O Bahrein também elevou sua taxa principal em 25 pontos base, com sua taxa de facilidade de depósito de uma semana subindo para 5,75%, enquanto a taxa de depósito overnight atingiu 5,5%. 

O Banco Central do Catar, que manteve suas taxas inalteradas no mês passado, aumentou suas taxas de empréstimo e depósito para 5,75% e 5,25%, respectivamente. 

A inflação na região do GCC é maior do que em quase 10 anos, mas ainda menor do que em vários países ocidentais, variando entre 5 e 6% no ano passado.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
24/03/2023