Cenário Econômico Internacional – 06/04/2023

Cenário Econômico Internacional – 06/04/2023

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Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Chefe do FMI pede que membros preencham lacuna de financiamento para fundo de países pobres

A chefe do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, pediu aos países membros que preencham a crescente lacuna enfrentada por um fundo que fornece empréstimos sem juros aos países mais pobres, citando a crescente demanda por financiamento.

A chefe do FMI pediu aos países membros que intensifiquem as promessas para o Fundo de Redução da Pobreza e Crescimento, citando estimativas que mostraram que a demanda por financiamento dele atingiu quase 40 bilhões de dólares no período de 2020 a 2024, o que é mais de quatro vezes a média histórica.

Escrevendo em um blog, Georgieva disse que as promessas para o Fundo, visto como crítico para ajudar os países a enfrentar a pandemia de Covid-19, atingiram apenas 75% da meta de 16,0 bilhões de dólares e menos da metade dos 3,1 bilhões necessários em recursos de subsídio.

“O fracasso em garantir esses recursos colocaria em risco a capacidade do FMI de fornecer o apoio tão necessário aos países de baixa renda, à medida que buscam estabilizar suas economias em um mundo cada vez mais propenso a choques”, escreveu Georgieva.

“Compromissos adicionais são urgentemente necessários para atingir a meta de arrecadação de fundos acordada até as reuniões anuais de outubro no Marrocos.”

Ela disse que a questão será abordada em 12 de abril durante uma sessão especial de doadores e beneficiários de financiamento concessional do FMI, citando uma estimativa do FMI de que as necessidades de financiamento dos países de baixa renda chegariam a cerca de 440 bilhões de dólares até 2026.

O Fundo de Redução da Pobreza e Crescimento fornece empréstimos sem juros que apoiam programas econômicos em países em desenvolvimento, o que, por sua vez, ajuda a estimular financiamento adicional de doadores, escreveu Georgieva no blog.

Ministros do comércio do G7 realizam 1ª reunião do ano em meio à tensão comercial global

Os ministros do Comércio dos países do G7 realizaram sua primeira reunião do ano via teleconferência na terça-feira (04) para discutir controles de exportação e segurança econômica.

“Reafirmamos que os controles de exportação são uma ferramenta fundamental para enfrentar os desafios apresentados pelo desvio de tecnologia crítica para aplicações militares, bem como para outras atividades que ameaçam a segurança global, regional e nacional”, disse um comunicado divulgado após a reunião.

A reunião ocorreu dias depois que o Japão disse que irá restringir as exportações de certos equipamentos de fabricação de semicondutores, alinhando seus controles comerciais com as restrições à tecnologia de fabricação de chips dos EUA, destinadas a desacelerar os avanços tecnológicos e militares da China.

Os países do G7 disseram que ampliarão seu contato com parceiros fora do grupo para aumentar a resiliência da cadeia de suprimentos e expressaram preocupação com a coerção econômica “que interfere nas escolhas legítimas de outro governo”, sem nomear países específicos.

Os ministros do Comércio do G7, formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá, vão se reunir no Japão em outubro.

ONU confirma 146 atividades irregulares com material nuclear em 2022

O Banco de Dados de Incidentes e Tráfico da Agência Internacional de Energia Atômica, Aeia, registrou no ano passado 146 incidentes de atividades ilegais ou não autorizadas com uso de material nuclear e radioativo.

A análise demonstra que foram mantidos os níveis dos últimos anos, em termos de incidentes ligados ao tráfico ilícito ou uso malicioso.

O acesso aos detalhes da chamada Itdb é confidencial e somente está aberto aos 143 Estados participantes e organizações internacionais, como a Organização Internacional de Polícia Criminal, Interpol.

Os casos envolvem material nuclear, radioisótopos e material contaminado radioativamente, como sucata.

Denúncias de golpes ou trotes com uso do tipo de material supostamente nuclear ou radioativo foram enviadas de forma voluntária por 31 países. Em cinco dos 146 incidentes, as informações apontam associação com tráfico ou uso malicioso.

A Aiea destaca que três deles envolveram golpes. O material usado em outros dois incidentes relacionados ao tráfico foram apreendidos pelas autoridades nos países denunciantes.

A diretora da Divisão de Segurança Nuclear da Aiea, Elena Buglova, disse que a atuação conserva e avalia as informações relatadas para identificar ameaças e padrões comuns.

A análise das tendências apoia a cooperação internacional em segurança nuclear e ajuda os Estados “a melhorar seus regulamentos que regem o uso, armazenamento, transporte e descarte de material nuclear ou radioativo.”

Um total de 4.075 casos irregulares com material nuclear foram registrados no Itdb desde 1993. Um total de 344 deles estavam relacionados ao tráfico ou uso malicioso.

A frequência de tais incidentes permanece baixa, enquanto os casos de tentativas de golpes envolvendo material não nuclear que se dizia ser nuclear ou radioativo têm aumentado.

FMI pede regras para setor financeiro não bancário a fim de evitar turbulência

O setor não bancário agora responde por metade dos ativos de todo o sistema financeiro mundial e deve ser regulado com mais rigor para proteger sua estabilidade, disseram economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A divulgação da pesquisa ocorre uma semana antes de o FMI e o Banco Mundial convocarem uma reunião semestral de autoridades de Bancos Centrais e ministros das Finanças em Washington, em meio às consequências das falências de bancos dos Estados Unidos e da Europa no mês passado.

Nos anos que se seguiram ao colapso de Wall Street em 2008, os governos promoveram o crescimento econômico mantendo os juros baixos e reforçando a supervisão dos bancos tradicionais.

De acordo com o documento do FMI, isso levou trilhões de dólares em ativos financeiros para as mãos de hedge funds, seguradoras, planos de pensão e outros fora do setor bancário que podem fazer investimentos mais arriscados em busca de lucros, mas com menos salvaguardas e escassez de dados disponíveis do tipo necessário para supervisão.

“As autoridades precisam de ferramentas apropriadas para enfrentar a turbulência” entre os intermediários financeiros não bancários, disseram membros do FMI em um post de blog. “Vigilância, regulamentação e supervisão robustas são pré-requisitos essenciais.”

Em tempos de inflação alta, um estresse de mercado pode deixar os Bancos Centrais enfrentando escolhas difíceis entre objetivos contraditórios: por um lado, a necessidade de apertar a política monetária para manter os preços sob controle; enquanto, por outro lado, sentir a pressão para estabilizar instituições ou mercados com injeções de dinheiro, de acordo com o trabalho de pesquisa.

Como resultado, os intermediários financeiros não bancários “precisam ser regulamentados e supervisionados de uma infinidade de ângulos diferentes”, afirmou, inclusive com divulgação de dados e requisitos de governança para gerenciar riscos e regras para gerenciamento de capital e liquidez.

Os Bancos Centrais ainda podem enfrentar crises, mas suas intervenções devem ser temporárias, visando áreas específicas que representam a maior ameaça, fornecendo acesso a empréstimos especiais ou atuando como credores de último recurso sob condições estritas com supervisão rigorosa dos reguladores, disse o documento do FMI.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (03), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, após a notícia do corte na produção de petróleo da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) aumentar preocupações sobre a pressão da energia sobre a inflação. O índice Dow Jones teve alta de 0,98%, a 33.601,15 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,37%, a 4.124,50 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,27%, a 12.189,45 pontos.

Na terça-feira (04), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, os índices chegaram a ter apoio no início do dia, em meio à divulgação de indicadores, mas o tom negativo prevaleceu, com temores sobre a perda de fôlego da economia dos Estados Unidos. O índice Dow Jones teve queda de 0,59%, a 33.402,38 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,58%, a 4.100,60 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,52%, a 12.126,33 pontos.

Na quarta-feira (05), as bolsas de valores de Nova York operavam mistas, uma vez que dados de criação de empregos no setor privado mais fracos do que o esperado para março aprofundaram temores de que os rápidos aumentos de juros pelo Federal Reserve possam levar a economia dos Estados Unidos a uma recessão. Por volta das 13h55, o índice Dow Jones registrava queda de 0,0051%, a 33.400,69 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,60%, a 4.075,88 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 1,47%, a 11.947,54 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 31.03.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (31) cotado a R$ 5,0698 com queda de 0,55%. O dólar acumula nos últimos cinco pregões desvalorização de 3,48%, a maior queda semanal desde a semana encerrada em 2 de dezembro de 2022 (-3,61%), quando o mercado absorvia a desidratação da PEC da Transição, que abriu espaço para gastos extrateto no primeiro ano de governo Lula.

Na segunda-feira (03) – O dólar à vista registrou alta de 0,045%, cotado a R$ 5,0709 na venda. Interrompendo uma sequência de seis sessões consecutivas de perdas, com os investidores à espera de novidades na área fiscal brasileira, enquanto no exterior a moeda norte-americana sustentava perdas ante as demais divisas. O dólar oscilou entre R$ 5,0829 na máxima e R$ 5,0415 na mínima.

Na terça-feira (04) – O dólar à vista registrou alta de 0,23%, cotado a R$ 5,0823 na venda. Mas sem força para se afastar dos patamares mais recentes, com investidores à espera de novidades sobre o novo arcabouço fiscal e com o exterior contribuindo para que a moeda terminasse no positivo. O dólar oscilou entre R$ 5,0998 na máxima e R$ 5,0522 na mínima.

Na quarta-feira (05) – Por volta das 13h55, o dólar operava em queda de 0,51% cotado a R$ 5,0568 na venda. Com investidores reagindo a dados econômicos dos Estados Unidos mais fracos do que o esperado, que podem forçar o Federal Reserve a pausar sua trajetória de aperto monetário.

Regulador dos EUA busca venda de portfólios de Silicon Valley Bank e Signature Bank, dizem fontes

A Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), agência norte-americana que atua nas garantias de depósitos bancários, contratou consultores para vender carteiras de ativos que os novos donos do Silicon Valley Bank e do Signature Bank rejeitaram, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

Os portfólios são compostos por ativos de baixo rendimento, como títulos do Tesouro e títulos lastreados por agências do governo dos Estados Unidos, que os dois bancos regionais acumularam enquanto as taxas de juros estavam próximas de zero.

Se o First Citizens Bancshares Inc, novo proprietário do Silicon Valley Bank, ou o New York Community Bancorp Inc, que adquiriu o Signature Bank, tivessem assumido os ativos, eles teriam que realizar perdas, visto que os juros agora estão bem acima do rendimento desses ativos.

As carteiras de ativos do Silicon Valley Bank e do Signature Bank têm um valor de face de cerca de 90 bilhões e 26 bilhões de dólares, respectivamente, de acordo com registros regulatórios e declarações de autoridades do governo.

A FDIC se recusou a comentar.

Não está claro quanto o fundo de depósito da FDIC pode perder com a venda das carteiras. O fundo, usado para garantir depósitos em instituições falidas, é reabastecido por uma taxa de todos os bancos dos EUA que são membros do esquema de seguro de depósito da FDIC.

A FDIC estima que as vendas do Silicon Valley Bank e do Signature Bank custarão ao fundo de depósito 20 bilhões e 2,5 bilhões de dólares, respectivamente. Ela divulgará os números finais assim que as vendas das carteiras de empréstimos dos bancos e suas carteiras de ativos forem concluídas.

Alguns dos empréstimos foram repassados para First Citizens e New York Community com apoio da FDIC, enquanto outros estão à venda separadamente. A FDIC contratou o Newmark Group Inc para vender cerca de 60 bilhões de dólares de empréstimos do Signature Bank, informou a Reuters esta semana.

O Silicon Valley Bank deu uma ideia das perdas potenciais em sua carteira de ativos em 8 de março, dois dias antes de falir, quando vendeu 21,5 bilhões de dólares para atender às retiradas de clientes, percebendo uma perda de 1,8 bilhão de dólares. A carteira estava rendendo em média 1,79%, muito abaixo do rendimento do Tesouro de 10 anos que na ocasião estava em torno de 3,9%.

FMI flexibiliza metas de reservas para a Argentina

A diretoria executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse no sábado (01) que, com a aprovação da quarta revisão de seu programa de empréstimo para a Argentina, foi confirmada uma modificação na meta de reservas líquidas pelo Banco Central do país.

A Argentina vem lutando contra uma seca severa que prejudicou as exportações agrícolas.

Em um comunicado ampliado depois de informar o desbloqueio de 5,4 bilhões de dólares para a Argentina na sexta-feira (31), o FMI detalhou o desembolso para os cofres argentinos, mas não forneceu uma data para os novos objetivos trimestrais de reservas.

Fed pode adotar mais uma alta de juros, mesmo com arrefecimento da inflação

As autoridades do Federal Reserve podem encontrar algum conforto em dados divulgados, que mostraram arrefecimento de um indicador importante da inflação em fevereiro, mas não está claro se isso marcará progresso suficiente para o Banco Central dos Estados Unidos encerrar sua campanha de aperto.

O Departamento de Comércio dos EUA informou que o índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) subiu 5,0% em fevereiro em relação a um ano antes, abaixo do aumento de 5,3% de janeiro. Uma medida do núcleo da inflação, vista como um melhor indicador de futuros aumentos de preços, ficou um pouco abaixo do esperado, em 4,6%.

Mas com o Fed tentando chegar a uma inflação anual de 2%, as autoridades provavelmente ficarão com receio de declarar vitória cedo demais.

“Ainda é cedo para avaliar se realmente chegamos tão longe quanto precisamos”, disse a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, em entrevista à Bloomberg Television.

Potencialmente preocupante para os formuladores de política monetária do Banco Central pode ser a pressão contínua na inflação de serviços, excluindo habitação, uma medida que o chair do Fed, Jerome Powell, disse estar observando com atenção.

Contratos futuros vinculados à taxa básica de juros do Fed implicavam uma chance um pouco acima de 50% de o Banco Central manter a política monetária inalterada em sua reunião de 2 a 3 de maio, revertendo apostas anteriores de que era mais provável um aumento de 0,25 ponto percentual nos custos dos empréstimos, para a faixa de 5,00% a 5,25%.

Operadores também estavam apostando mais fortemente que o Fed começará a cortar juros já em julho, com a taxa básica devendo atingir a faixa de 4,25% a 4,50% até o final deste ano, com base nos futuros.

As autoridades do Fed no início deste mês sinalizaram que a maioria espera mais um aumento de 0,25 ponto percentual este ano e, ao contrário das expectativas do mercado, eles não planejam nenhum corte de juros até 2024.

Elas terão muito mais dados econômicos para avaliar na contagem regressiva para a próxima reunião de política monetária, incluindo uma leitura mensal sobre o mercado de trabalho na próxima semana e mais dados sobre a inflação a serem divulgados no final de abril.

Ainda mais importante será a leitura do estresse no setor bancário após o colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank no início deste mês, incluindo sobre se o aperto nas condições de crédito está diminuindo a demanda o suficiente para que novos aumentos de juros sejam desnecessários.

Instituto Nacional de Estatísticas do Chile Relata uma queda na produção industrial

O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) do Chile informou que o Índice de Produção Industrial caiu 1,1% em fevereiro em comparação com o mesmo mês em 2022.

Este resultado foi determinado pelo declínio constante na fabricação, que foi de 3,6 pontos naquele período, particularmente na fabricação de produtos químicos.

Isto reverte a tendência positiva mostrada em janeiro, de acordo com a declaração do INE.

A produção de mineração aumentou em 1,7%, impulsionada pelo setor metalúrgico, onde houve um aumento na mineração e processamento de cobre.

O Chile é um dos principais produtores mundiais deste metal, embora com exceção da Codelco, que foi nacionalizada em 1971 pelo então presidente Salvador Allende, as outras grandes corporações sejam de propriedade estrangeira, incluindo a BHP da Austrália e as multinacionais Antofagasta Minerals e Anglo American, entre outras.

O relatório do INE também incluiu a situação tensa no comércio, onde a atividade de varejo caiu drasticamente em 10%, o que não pôde ser compensado pelo fraco crescimento do setor atacadista de 0,5 pontos.

A economia nacional global caiu 5,8% em 2020, quando a pandemia de Covid-19 começou, mas se recuperou em 11,7 pontos em 2021 e fechou no ano passado em 2,4.

O principal obstáculo no momento é a alta inflação, que está atingindo com mais força os bolsos dos estratos médio e baixo da população.

Setor manufatureiro dos EUA cai ao nível mais fraco em quase 3 anos em março, mostra ISM

A atividade manufatureira dos Estados Unidos caiu para o nível mais baixo em quase três anos em março, conforme novos pedidos continuaram a contrair, e o desempenho pode piorar ainda mais em meio ao aperto nas condições de crédito.

O Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) que seu PMI de manufatura caiu para 46,3 no mês passado, a leitura mais baixa desde maio de 2020, contra 47,7 em fevereiro.

Economistas consultados pela Reuters previam que o índice cairia para 47,5.

Foi o quinto mês consecutivo em que o PMI ficou abaixo da marca de 50, o que indica contração na indústria. Mas os chamados dados concretos sugerem que a manufatura, que responde por 11,3% da economia, continua crescendo moderadamente.

A manufatura expandiu a uma taxa anualizada de 4,5% no quarto trimestre, informou o governo norte-americano na semana passada. Relatórios do mês passado também mostraram leves ganhos nas encomendas de bens de capital, excluindo aeronaves, em fevereiro, assim como na produção manufatureira.

O aumento dos custos dos empréstimos, à medida que o Federal Reserve luta contra a inflação alta, esfriou a demanda por bens, que normalmente são comprados a crédito. A demanda pode ficar sob pressão após a recente falência de dois bancos regionais, que estressaram o setor financeiro.

Os bancos apertaram os requisitos para oferecer empréstimos, o que pode dificultar o acesso de pequenas empresas e famílias ao crédito.

De acordo com uma análise do Goldman Sachs, a manufatura pode ser duramente atingida por um declínio no crédito bancário, já que as empresas dependem de empréstimos para capital de giro ou para financiar gastos de capital. Mas o banco observou que a manufatura dependente do crédito bancário também “tende a ter firmas maiores que, tudo mais constante, terão mais facilidade em encontrar fontes alternativas de capital”.

No mês passado, o Fed elevou sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, mas indicou que está prestes a interromper aumentos nos custos de empréstimos por causa da turbulência nos mercados financeiros. O Banco Central dos EUA aumentou sua taxa básica de juros em 4,75 pontos percentuais desde março passado, de nível próximo de zero para a faixa atual de 4,75% a 5,00%.

Donald Trump é acusado de esquema de suborno para aumentar chances nas eleições de 2016

O ex-presidente Donald Trump se declarou inocente em um momento histórico na terça-feira (04) de 34 acusações criminais de falsificação de registros comerciais, quando promotores o acusaram de orquestrar pagamentos a duas mulheres antes da eleição de 2016 nos Estados Unidos para suprimir a publicação de seus encontros sexuais com ele.

Promotores em Manhattan alegam que Trump – o primeiro presidente dos EUA ou ex-presidente dos EUA a enfrentar acusações criminais – falsificou registros comerciais para ocultar uma violação das leis eleitorais durante sua bem-sucedida campanha de 2016.

As duas mulheres eram a atriz de filmes adultos Stormy Daniels e a ex-modelo da Playboy Karen McDougal.

Vestindo um terno azul-escuro e gravata vermelha, Trump sentou-se, subjugado, com as mãos cruzadas na mesa da defesa enquanto entrava com seu apelo ladeado por seus advogados.

“Inocente”, disse Trump, 76 anos, quando questionado sobre como ele se declarou.

O favorito na disputa pela indicação republicana em 2024, Trump respondeu com respostas como “sim” quando o juiz perguntou se ele entendia um direito. A certa altura, o juiz levou a mão ao ouvido como se fosse pedir uma resposta.

O promotor Chris Conroy disse: “O réu Donald J. Trump falsificou registros comerciais de Nova York para ocultar uma conspiração ilegal para minar a integridade da eleição presidencial de 2016 e outras violações das leis eleitorais”.

Embora a falsificação de registros comerciais em Nova York por conta própria seja uma contravenção punível com não mais de um ano de prisão, é elevada a um crime punível com até quatro anos quando feito para promover ou ocultar outro crime, como violações da lei eleitoral.

Os promotores durante a acusação disseram que Trump fez uma série de postagens ameaçadoras nas redes sociais, incluindo uma ameaça de “morte e destruição” se ele fosse acusado. O juiz pediu às partes que “abstenham-se de fazer declarações que possam incitar à violência ou à agitação civil”.

Trump não disse nada ao entrar no tribunal ou ao sair cerca de uma hora depois.

México crescerá 1,5% em 2023, com Argentina estagnada e contração no Chile, diz Banco Mundial

O Banco Mundial estima que a economia do México registre crescimento de 1,5% em 2023, enquanto a Argentina deve enfrentar estagnação e o Chile sofrer uma contração de 0,7% em seu Produto Interno Bruto (PIB) no ano atual. As projeções estão no relatório “A promessa de integração – oportunidades em uma economia global em mutação”, publicado essa semana.

No caso mexicano, o Banco Mundial ainda estima crescimento de 1,8% em 2024 e de 2,0% em 2025. O órgão também chama a atenção para o fato de que há fuga de capital em boa parte dos países em desenvolvimento, inclusive na América Latina e no Caribe, com retornos mais altos no G7, mas o México aparece como “notável exceção” nesse movimento.

O país tem registrado um crescimento nos fluxos de investimento estrangeiro direto de quase 40% ao longo de dez anos, enquanto na América do Sul houve recuo de 8,6% na mesma comparação.

A entidade ainda destaca o fato de que houve piora na perspectiva econômica para Chile, Argentina e Colômbia, na região da América Latina e do Caribe, enquanto as projeções para Brasil e México “têm se estabilizado” e o Peru tem crescimento previsto maior, de 2,1% em 2023.

Encomendas à indústria nos EUA têm segunda queda mensal consecutiva em fevereiro

As novas encomendas de produtos fabricados nos Estados Unidos caíram pelo segundo mês consecutivo em fevereiro, em meio à queda na demanda por aeronaves civis e sinais de que os gastos das empresas com equipamentos permaneceram fracos no primeiro trimestre.

As encomendas à indústria caíram 0,7%, após queda de 2,1% em janeiro. Economistas consultados pela Reuters projetavam recuo de 0,5%. Os pedidos aumentaram 3,0% na comparação anual em fevereiro.

O aumento dos custos dos empréstimos, à medida que o Federal Reserve luta contra a inflação elevada, esfriou a demanda por bens, que normalmente são comprados a crédito. A demanda pode ficar sob pressão após a recente falência de dois bancos regionais, que estressaram o setor financeiro.

O Instituto de Gestão de Fornecimento informou na segunda-feira que seu PMI de manufatura caiu em março para a leitura mais baixa desde maio de 2020. Todos os subcomponentes do PMI caíram abaixo do limite de 50 pela primeira vez desde 2009.

As encomendas de equipamentos de transporte caíram 2,8%, após queda de 14,0% em janeiro. As encomendas de veículos automotores subiram 0,8%, mas foram superadas por uma queda de 6,6% nas encomendas de aeronaves civis.

Os pedidos de máquinas tiveram queda de 0,6%, enquanto as encomendas de computadores e produtos eletrônicos subiram 0,1%. As encomendas de equipamentos, aparelhos e componentes elétricos aumentaram 0,7%.

O Departamento de Comércio também informou que os pedidos de bens de capital não relacionados à defesa, excluindo aeronaves, que são vistos como uma medida dos planos de gastos das empresas em equipamentos, caíram 0,1% em fevereiro, em vez da alta de 0,2% relatada no mês passado.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (03), as bolsas europeias fecharam mistas, em uma sessão marcada por temores com a inflação global, à medida que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados anunciou que fará cortes adicionais voluntários em sua produção da commodity. Contudo, papéis de petroleiras saltaram e apoiaram os principais índices acionários do continente. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,03%, a 457,72 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,32%, a 7.345,96 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,31%, a 15.580,92 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,53%, a 6.078,72 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,22%, a 9.212,07 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,54% a 7.673,00 pontos.

Na terça-feira (04), as bolsas europeias fecharam mistas, com o setor de energia recuando devido a preocupações com a demanda por petróleo após dados econômicos fracos nos Estados Unidos, enquanto os preços ao produtor da zona do euro caíram pelo quinto mês consecutivo em fevereiro. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,08%, a 457,34 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,01%, a 7.344,96 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,14%, a 15.603,47 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,32%, a 6.059,24 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,28%, a 9.183,20 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,50%, a 7.634,52 pontos.

Na quarta-feira (05), as bolsas europeias fecharam mistas, com a incerteza sobre as perspectivas econômicas globais em primeiro plano. As telecomunicações lideraram os ganhos com alta de 1,8%, seguidas pelas ações de saúde, com alta de 1,7%. Enquanto isso, os estoques de construção e materiais caíram 2,6% e os de tecnologia caíram 1,8%. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,25%, a 456,20 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,39%, a 7.316,30 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,53%, a 15.520,17 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,38%, a 6.082,12 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,56%, a 9.234,70 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,37%, a 7.662,94 pontos.

Conselho do FMI aprova empréstimo de US$ 15,6 bilhões para a Ucrânia

O conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou um pacote de financiamento de 15,6 bilhões dólares de quatro anos para a Ucrânia como parte de um pacote de apoio internacional no total de 115 bilhões de dólares, conforme a invasão da Rússia se estende pelo segundo ano, disse o FMI.

A expectativa é de que a decisão ajude a liberar financiamento em larga escala provenientes de doadores e parceiros internacionais da Ucrânia, para ajudar a resolver o problema da balança de pagamentos do país, obter viabilidade externa de médio prazo e restaurar a sustentabilidade da dívida, disse o Fundo em um comunicado.

O FMI apontou que o novo mecanismo de fundo estendido permitiria o desembolso imediato de cerca de 2,7 bilhões de dólares para a Ucrânia.

De Guindos, do BCE, alerta para riscos amplos no setor financeiro

O Banco Central Europeu (BCE) está monitorando riscos amplos em todo o setor financeiro e agirá para preservar a estabilidade na zona do euro, disse o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, em discurso no sábado (01).

De Guindos procurou acalmar o nervosismo quanto ao setor bancário na zona de moeda única, dizendo que os bancos têm fortes posições de capital e liquidez, mas alertou sobre perigos mais amplos em outras partes do sistema.

“Em nossa opinião, as vulnerabilidades no sistema financeiro prevalecem no setor financeiro não bancário, que cresceu rapidamente e aumentou a tomada de riscos durante o ambiente de juros baixos”, disse De Guindos no fórum empresarial Ambrosetti no norte da Itália.

Ele disse que reformas para lidar com essas vulnerabilidades são essenciais.

“Deve ser dada prioridade a políticas que ajudem a criar resiliência no setor, como reduzir a incompatibilidade de liquidez, mitigar o risco de alavancagem e melhorar a preparação de liquidez em uma ampla gama de instituições”, disse ele.

O BCE tem aumentado as taxas de juros para tentar conter o aumento da inflação, mas há preocupações de que esses custos de empréstimos mais altos estejam alimentando a turbulência nos mercados financeiros.

Inflação turca cai para quase 50% com a aproximação de eleições

A inflação anual ao consumidor da Turquia caiu para 50,51% em março, mostraram dados oficiais na segunda-feira (03), ligeiramente abaixo da previsão antes das eleições presidenciais e parlamentares de 14 de maio.

A inflação foi alimentada por uma crise cambial no final de 2021 que a levou a um pico de 24 anos acima de 85% em outubro, antes de cair com um efeito de base favorável para 55,2% em fevereiro.

A alta dos preços afetou os ganhos das famílias e prejudicou a popularidade do presidente Tayyip Erdogan, tornando as eleições de maio seu maior desafio político de todos os tempos.

A lira enfraqueceu ligeiramente para 19,2020 em relação ao dólar após os dados, de 19,9600 anteriormente.

Os preços ao consumidor de março subiram 2,29% em relação ao mês anterior, menos do que os 2,85% previstos em pesquisa da Reuters.

Os aumentos dos preços ao consumidor em março foram liderados pelo setor de restaurantes e hotéis, cujos preços subiram 70,7% em relação ao ano anterior, seguido de perto por um aumento de 67,9% em alimentos e bebidas não alcoólicas.

No mês passado, o Banco Central da Turquia manteve sua taxa de juros depois de reduzi-la para 8,5% para apoiar o crescimento e o emprego após o terremoto que abalou região sul do país.

Erdogan pediu estímulo monetário nos últimos anos, com o objetivo de alcançar a estabilidade de preços reduzindo os custos dos empréstimos, aumentando as exportações e transformando os déficits em conta corrente em superávits.

KKR conclui captação de seu maior fundo de aquisição na Europa

A KKR disse na terça-feira (04) que concluiu seu sexto e maior fundo europeu de private equity em 8 bilhões de dólares, um impulso significativo para a empresa de investimentos em um momento de volatilidade do mercado e diminuição do interesse do mercado em grandes aquisições.

O fundo vai mirar investimentos em economias desenvolvidas da Europa Ocidental, afirmou a KKR.

A companhia afirmou que atualmente administra pouco mais de 28 bilhões de dólares em ativos em sua plataforma na Europa.

“Criar este fundo no atual ambiente do mercado demonstra a forte confiança dos investidores em nossa equipe e plataforma na Europa”, disse Alisa Amarosa Wood, sócia da KKR.

Alemanha prevê que irá evitar recessão, dizem fontes

A Alemanha deve escapar por pouco de uma recessão e registrar crescimento modesto no primeiro trimestre do ano, de acordo com as previsões dos principais institutos econômicos vistas pela Reuters na terça-feira (04).

As chamadas Previsões Econômicas Conjuntas, que serão apresentadas em Berlim na quarta-feira (05), preveem expansão de 0,1% do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre. Isso segue uma contração de 0,4% no quarto trimestre de 2022.

Uma recessão é comumente definida por dois trimestres sucessivos de contração.

Os cinco institutos econômicos que preparam as Previsões Econômicas Conjuntas preveem um crescimento do PIB da Alemanha de 0,3% para 2023, ante uma contração prevista de 0,4% no outono (no Hemisfério Norte), disseram à Reuters duas fontes familiarizadas com os dados.

Para 2024, os institutos – quatro alemães e um austríaco, projetam crescimento do PIB de 1,5%, abaixo do 1,9% anterior.

Em seu relatório econômico anual publicado em janeiro, o governo alemão previu um crescimento de 0,2% para 2023. O Ministério da Economia atualizará suas previsões incorporando os resultados das Previsões Econômicas Conjuntas na primavera (no Hemisfério Norte).

Os institutos econômicos preveem uma inflação de 6,0% em 2023, antes de uma desaceleração para 2,4% em 2024.

As Previsões Econômicas Conjuntas são preparadas pelo Instituto Ifo, pelo Instituto Halle de Pesquisa Econômica, pelo Instituto Kiel para a Economia Mundial, pelo RWI, Instituto Leibniz de Pesquisa Econômica e pelo Instituto Austríaco de Pesquisa Econômica.

Banco Central britânico pode precisar cortar juros mais cedo do que esperado, diz autoridade

O Banco da Inglaterra provavelmente precisará começar a cortar os juros mais cedo do que se pensava, após aumentá-los acentuadamente nos últimos meses em meio a sinais de pressões inflacionárias mais fracas, disse a autoridade Silvana Tenreyro na terça-feira (04).

“Espero que o alto nível atual da taxa bancária exija uma reversão mais cedo e mais rápida, para evitar uma queda significativa da inflação”, disse Tenreyro no texto de um discurso que fará na conferência anual da Royal Economic Society em Glasgow.

Tenreyro deu um de dois votos para deixar os custos de empréstimos inalterados em março, enquanto a maioria de seus colegas no Comitê de Política Monetária apoiou uma alta de 25 pontos-base na taxa bancária, para 4,25%, e tem se oposto a aumentos de juros desde dezembro.

Investidores preveem atualmente uma chance de 75% de nova alta de juros de 25 pontos pelo Banco Central britânico em maio e mais de 50% de probabilidade de outro aumento em agosto.

Mas Tenreyro disse que há sinais de arrefecimento no mercado de trabalho a partir dos dados de crescimento salarial do setor privado, que caíram de forma acentuada nos últimos meses, e ela espera que a inflação caia bem abaixo da meta de 2% do Banco da Inglaterra.

“Com a taxa bancária entrando em território restritivo, acho que uma postura mais flexível é necessária para cumprir a meta de inflação no médio prazo”, disse ela.

Crise bancária mostra necessidade de pagamentos “conservadores”, diz regulador da UE

Os bancos da União Europeia precisam ser “conservadores” com dividendos e outros pagamentos após a recente turbulência no setor, e devem se concentrar em manter suas reservas, disse o regulador bancário do bloco europeu à Reuters.

José Manuel Campa, presidente da Autoridade Bancária Europeia, disse que os bancos têm fortes reservas de capital e liquidez, com uma importante medida de lucratividade agora no pico de uma década.

Mas não está claro com que rapidez o aumento dos juros afetará a economia e os clientes dos bancos, disse ele.

“O impacto virá com certeza”, disse Campa à Reuters. “Esse impacto continuaremos a monitorar.”

O órgão fiscalizador, com sede em Paris, garante que os supervisores bancários nacionais apliquem as regras bancárias da UE e coordena verificações regulares de saúde dos bancos em todo o bloco, com os resultados do último teste de estresse previsto para o verão (no Hemisfério Norte).

As ações do setor bancário despencaram no mês passado, após o colapso do Silicon Valley Bank e de outros credores norte-americanos e a aquisição forçada do Credit Suisse pelo UBS.

Esses eventos devem levar os credores da UE a examinar mais de perto seu planejamento de capital, principalmente dividendos e outras distribuições, para reforçar a confiança do mercado e do cliente, disse Campa.

“Eles devem olhar para cenários conservadores”, disse ele.

Embora os bancos agora tenham posições de liquidez muito fortes, eles terão que pagar os empréstimos dos Bancos Centrais, disse ele. “Precisamos garantir que eles permaneçam com os chamados ativos líquidos de alta qualidade suficientes”, disse Campa, ex-autoridade do banco espanhol Santander.

Recuperação da zona do euro acelerou em março com demanda por serviços, mostra PMI

A recuperação da zona do euro acelerou no mês passado, mas a recuperação foi desigual entre indústrias e países, de acordo com uma pesquisa que mostrou que as pressões de preços permaneceram elevadas na região.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto da S&P Global, visto como um bom indicador da saúde econômica geral, subiu em março para 53,7, máxima em 10 meses, ante 52,0 em fevereiro, mas abaixo da leitura preliminar de 54,1.

Março foi o terceiro mês consecutivo acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.

“A economia da zona do euro continua a se recuperar da pausa que vimos no final de 2022 e a última pesquisa do PMI garantirá nova convicção à visão de que, pelo menos por enquanto, a zona do euro está livre de uma recessão”, disse Joe Hayes, economista sênior da S&P Global.

“O aumento de março na atividade econômica refletiu principalmente o forte crescimento no setor de serviços. O ímpeto aqui é encorajador, dado o aperto na renda familiar devido à inflação alta e ao aumento dos custos de empréstimos.”

O PMI que cobre o setor de serviços saltou para 55,0 ante 52,7 em fevereiro, embora abaixo da preliminar de 55,6.

Isso contrasta com um PMI de indústria publicado na segunda-feira, que mostrou que a atividade nas fábricas caiu ainda mais no mês passado, uma vez que os consumidores sentiram o aperto do aumento do custo de vida.

A S&P Global disse que também há uma diferença entre os países membros, com um considerável impulso ascendente ao crescimento vindo da Espanha e, em menor grau, da Itália. Mas a atividade na Alemanha e na França aumentou apenas modestamente, pintando um quadro mais conservador da saúde econômica.

Apesar do aumento dos custos, a demanda por serviços atingiu o pico em 10 meses e o índice de novos negócios subiu de 52,2 para 54,2, em parte impulsionado por um aumento na demanda de exportação pela primeira vez desde maio do ano passado.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (03), as bolsas asiáticas fecharam em alta, enquanto investidores digeriam uma inesperada decisão de grandes produtores de petróleo de reduzir sua oferta. O índice Xangai teve alta de 0,72%, a 3.296,40 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,52%, a 28.188,15 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,04%, a 20.409,18 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,98%, a 4.090,57 pontos.

Na terça-feira (04), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, enquanto investidores seguiram avaliando os efeitos de um inesperado corte na oferta de petróleo de grandes produtores e após decisão do Banco Central australiano de pausar uma campanha recorde de aumentos de juros. O índice Xangai teve alta de 0,49%, a 3.312,56 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,35%, a 28.287,42 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,66%, a 20.274,59 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,31%, a 4.103,10 pontos.

Na quarta-feira (05), as bolsas asiáticas fecharam em queda, com o iene mais forte e temores de uma recessão nos Estados Unidos pesando sobre as ações de automóveis e energia. As ações que haviam subido nos últimos dias foram vendidas por investidores que buscavam lucros, com papéis de energia entre os mais atingidos. O índice Xangai não teve operações devido ao feriado. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,68%, a 27.813,26 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong não teve operações devido ao feriado. O índice CSI300 não teve operações devido ao feriado.

Banco Central da China pede defesas mais fortes contra crise financeira

A China deve acelerar a legislação da Lei de Estabilidade Financeira e melhorar outros arranjos legais destinados a prevenir e descartar riscos financeiros, escreveram três autoridades do Banco do Povo da China no China Finance, uma publicação ligada ao Banco Central.

As autoridades financeiras devem fortalecer a supervisão da precisão de dados das instituições financeiras para evitar riscos, segundo o artigo, dizendo que esclarecimentos devem ser extraído da crise do Silicon Valley Bank.

A China também deve permitir que o sistema de depósito de seguro desempenhe o seu papel, permitindo que o mecanismo lide com bancos problemáticos de maneira rápida e ordenada, de modo a prevenir efetivamente riscos sistemáticos, disseram os autores.

Os bancos comerciais da China como um todo são sólidos e estáveis, disse o artigo.

Os autores disseram que a China deve consolidar as reservas de capital para lidar com riscos financeiros para garantir que haja recursos suficientes para eliminar os riscos em tempo hábil.

Coreia do Sul, EUA e Japão realizam exercício submarino anti-Coreia do Norte

As marinhas sul-coreana, norte-americana e japonesa iniciaram seus primeiros exercícios antissubmarinos em seis meses na segunda-feira (03) para aumentar sua coordenação contra as crescentes ameaças de mísseis norte-coreanos, disseram militares da Coreia do Sul.

Os exercícios de dois dias ocorrem no momento em que a recente revelação pela Coreia do Norte de um tipo de ogiva nuclear de campo de batalha gerou preocupações de que o país possa realizar seu primeiro teste nuclear desde 2017.

O porta-aviões Nimitz e destróieres navais da Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão, informou o Ministério da Defesa da Coreia do Sul em comunicado.

O treinamento foi organizado para melhorar as capacidades dos três países para responder às ameaças à segurança submarina representadas pelos mísseis balísticos lançados por submarinos da Coreia do Norte e outros ativos, disse o comunicado. Autoridades de defesa sul-coreanas disseram que os três países devem detectar e rastrear veículos subaquáticos sul-coreanos e americanos não tripulados que se apresentam como submarinos inimigos e outros ativos.

Mísseis lançados por submarinos pela Coreia do Norte são sérias ameaças à segurança dos Estados Unidos e seus aliados porque é mais difícil detectar tais lançamentos com antecedência. No ano passado, a Coreia do Norte vem testando sofisticados mísseis balísticos lançados sob a água e pressionando para construir submarinos maiores, incluindo um de propulsão nuclear.

No mês passado, a Coreia do Norte realizou uma enxurrada de testes de mísseis em resposta aos exercícios militares bilaterais anteriores entre Coreia do Sul e Estados Unidos. As armas testadas incluíram um drone subaquático com capacidade nuclear e um míssil de cruzeiro lançado de submarino, o que sugere que a Coreia do Norte está tentando diversificar os sistemas de armas subaquáticas.

Fotografias na mídia estatal da Coreia do Norte na semana passada mostraram o líder Kim Jong Un perto de cerca de 10 ogivas de ponta vermelha chamadas “Hwasan (vulcão)-31” com diferentes números de série. Um pôster em uma parede próxima listava oito tipos de armas de curto alcance que podem carregar a ogiva “Hwasan-31”. Os voos de teste anteriores dessas armas mostram que elas são capazes de atingir alvos importantes na Coreia do Sul, incluindo bases militares dos EUA lá.

Alguns observadores dizem que a revelação da ogiva pode ser um prelúdio para um teste nuclear, já que os dois últimos testes da Coreia do Norte em 2016 e 2017 seguiram a divulgação de outras ogivas. Se realizar um teste nuclear, será sua sétima detonação no geral e a primeira desde setembro de 2017.

PMI industrial do Japão sobe de 47,7 em fevereiro para 49,2 em março

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria do Japão avançou de 47,7 em fevereiro a 49,2 em março, informaram a S&P Global e o Jibun Bank. Apesar da melhora, a leitura continua abaixo da marca de 50, que separa contração da expansão na pesquisa.

Segundo a pesquisa, as condições gerais de negócios entre os fabricantes japoneses se deterioraram pelo quinto mês consecutivo em março, em meio a reduções sustentadas na produção e nos novos pedidos. No entanto, ambos os segmentos registraram as contrações mais suaves desde outubro passado.

Os estoques de pós-produção aumentaram em seu ritmo mais acentuado desde fevereiro de 2009. As empresas manufatureiras japonesas continuaram observando que os encargos de custos permaneceram historicamente elevados, mas eles diminuíram para o nível mais baixo em 19 meses.

China protegerá o iuan e a estabilidade financeira, diz presidente do Banco Central

A China protegerá o iuan e a estabilidade financeira, disse o presidente do Banco Central, Yi Gang, em um fórum financeiro na terça-feira (04).

As falas de Yi após a crise bancária global foram citadas em um comunicado publicado no site do Banco do Povo da China.

A China tomou uma série de medidas para reduzir os riscos financeiros e se proteger contra os riscos financeiros sistêmicos, disse Yi.

“Se surgirem riscos financeiros, eles prejudicarão os interesses do público em geral e podem até causar problemas sociais”, disse Yi.

Supremo Tribunal do Paquistão considera ilegal atrasar eleições provinciais e ordena votação

A Suprema Corte do Paquistão ordenou na terça-feira (04) que as eleições para assembleias em duas províncias deveriam acontecer até 15 de maio, depois de determinar que um atraso na votação da comissão eleitoral era ilegal, disseram três canais de TV e um advogado.

As províncias de Punjab e Khyber Pakhtunkhwa eram governadas por partidários do ex-primeiro-ministro Imran Khan, que tem pressionado por eleições em todo o país desde que foi deposto há um ano, depois de perder um voto de confiança.

A Comissão Eleitoral do Paquistão adiou as eleições nas duas províncias para 8 de outubro, alegando falta de recursos. As eleições estavam originalmente marcadas para 30 de abril.

A Suprema Corte decidiu que o atraso era ilegal e a votação deveria ser realizada entre 30 de abril e 15 de maio, informou a mídia.

O advogado de Khan, Ali Zafar, confirmou a decisão aos repórteres.

O primeiro-ministro Shehbaz Sharif rejeitou o pedido de Khan para novas eleições e seu governo apoiou o atraso da comissão eleitoral, dizendo que não era possível organizar eleições enquanto o país lutava contra uma crise econômica.

China adverte que acordo básico entre Filipinas e EUA ‘põe em risco a paz regional’

A China alertou que Washington está “colocando em risco a paz regional” em um novo acordo com as Filipinas que prevê o uso de quatro bases adicionais pelas tropas americanas, incluindo uma perto do disputado Mar da China Meridional e outra não muito longe de Taiwan.

“Por interesse próprio, os EUA mantêm uma mentalidade de soma zero e continuam a fortalecer seu destacamento militar na região”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning.

“O resultado será inevitavelmente o aumento da tensão militar e o perigo da paz e estabilidade regional”, acrescentou.

Manila e Washington, aliados de longa data do tratado, concordaram em fevereiro em expandir a cooperação em “áreas estratégicas” das Filipinas, enquanto buscam conter a crescente assertividade de Pequim sobre a autogovernada Taiwan e a construção de bases chinesas no Mar do Sul da China.

O Acordo de Cooperação de Defesa Aprimorada de 2014, conhecido como EDCA, deu às forças dos EUA acesso a cinco bases Filipinas.

Posteriormente, foi expandido para nove, mas as localizações das quatro novas bases foram retidas até segunda-feira, enquanto o governo consultava as autoridades locais.

Os quatro locais foram avaliados pelos militares filipinos e considerados “adequados e mutuamente benéficos”, disse o Gabinete Presidencial de Comunicações em um comunicado.

O Departamento de Defesa dos EUA confirmou que os locais anunciados eram os quatro novos locais da EDCA.

Ele também disse em um comunicado que aumentaria os “US$ 82 milhões que já alocamos para investimentos em infraestrutura nos sites EDCA existentes”, sem especificar quanto.

Fundador da Foxconn, Terry Gou anuncia candidatura presidencial em Taiwan

Terry Gou, o bilionário fundador da gigante de tecnologia Foxconn, anunciou na quarta-feira (05) que está buscando a nomeação presidencial do Kuomintang, principal partido de oposição de Taiwan, para “evitar a guerra” com a China.

Taiwan elegerá seu próximo líder em janeiro de 2024 para suceder o presidente Tsai Ing-wen, cujos dois mandatos no poder foram marcados por crescentes tensões com Pequim.

Retornando de uma visita aos Estados Unidos, Gou, de 72 anos, disse a repórteres que “existe o risco de uma guerra estourar a qualquer momento” e que o Partido Democrático Progressista (DPP) de Tsai deve ser eliminado para “evitar a guerra”.

Tsai deixará o cargo em maio de 2024, após cumprir o máximo de dois mandatos permitidos. O vice-presidente William Lai, 63, disse que buscará a indicação do DPP.

“Tenho que dizer aos jovens honestamente que votar no DPP, que defende a independência de Taiwan, odeia a China e é anti-China, é contra seus interesses”, disse Gou.

“Não podemos tomar… (paz) como garantida, requer que as pessoas façam a escolha certa.”

Seu anúncio veio antes da reunião agendada de Tsai com o presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, durante uma escala em Los Angeles na quarta-feira (05), após uma visita à América Central.

Cortes de produção da OPEP + provavelmente elevarão os preços do petróleo acima de US$ 100 o barril

Os surpreendentes cortes adicionais de produção do grupo OPEP+ podem empurrar os preços do petróleo para US$ 100 o barril, apertar o mercado e encorajar as refinarias a diversificar a oferta, disseram analistas e traders.

Os preços do petróleo saltaram mais de US$ 4 o barril na segunda-feira, depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, incluindo a Rússia, anunciaram novos cortes na produção de cerca de 1,16 milhão de barris por dia de maio até o resto do ano.

As promessas elevarão o volume total de cortes do grupo conhecido como OPEP+ desde novembro para 3,66 milhões de bpd, segundo cálculos da Reuters, o equivalente a 3,7 por cento da demanda global.

Esperava-se que a OPEP + mantivesse a produção estável este ano, já tendo cortado 2 milhões de bpd em novembro de 2022.

A Rystad Energy disse acreditar que os cortes aumentarão o aperto no mercado de petróleo e elevarão os preços acima de US$ 100 o barril pelo resto do ano, possivelmente levando o Brent a US$ 110 neste verão.

O UBS também espera que o Brent chegue a US$ 100 até junho, enquanto o Goldman Sachs elevou sua previsão de dezembro em US$ 5, para US$ 95.

O Goldman disse que liberações estratégicas de reservas de petróleo nos EUA e na França, devido a greves em andamento, bem como a recusa de Washington em reabastecer seu SPR no ano fiscal de 2023, podem ter motivado a ação da OPEP +.

Um funcionário de uma refinaria sul-coreana disse que o corte era uma “má notícia” para os compradores de petróleo e que a Opep estava tentando “proteger seus lucros” contra as preocupações de uma desaceleração econômica global.

O corte na oferta aumentaria os preços da mesma forma que as economias enfraquecidas deprimem a demanda e os preços dos combustíveis, espremendo os lucros das refinarias, disseram o funcionário do refino sul-coreano e um trader chinês.

Riad registra a menor taxa de desemprego da Arábia Saudita

Riad registrou a taxa de desemprego mais baixa da Arábia Saudita, de 6,7%, à medida que o Reino progride constantemente para atingir as metas traçadas em sua Visão 2030.

De acordo com os últimos dados divulgados pela Autoridade Geral de Estatísticas, a taxa de desemprego em Madinah foi registrada em 12,2%, seguida por Jazan em 11% e Makkah em 7% no final do quarto trimestre de 2022.

O Reino estabeleceu uma meta de taxa de desemprego de 7% até 2030.

O relatório observou ainda que a taxa de desemprego na Província Oriental da Arábia Saudita é de 6,9% até o final de 2022.

A taxa de desemprego entre os sauditas também diminuiu significativamente no quarto trimestre de 2022, atingindo 8%, ante 9,9% no terceiro trimestre.

A taxa de desemprego da população total na Arábia Saudita no quarto trimestre atingiu 4,8%.

“A queda impressionante na taxa de desemprego resultou de um efeito duplo da diminuição da participação na força de trabalho e, ao mesmo tempo, do crescimento do emprego”, disse o GASTAT em seu relatório.

O relatório do GASTAT acrescentou ainda que a taxa de desemprego entre os sauditas com doutorado foi a mais baixa, de 0,2%.

Por outro lado, os sauditas com diploma de bacharel ou equivalente tiveram a maior taxa de desemprego de 9,9% no quarto trimestre de 2022.

A taxa de desemprego entre portadores de diploma saudita e graduados do ensino médio ficou em 8,1% e 7,4%, respectivamente, acrescentou o relatório.

Atividade empresarial saudita em março mantém o ímpeto: relatório do PMI

A produção do setor privado saudita e a criação de novos negócios tiveram um aumento acentuado em março, levando a um aumento no número de funcionários em todos os setores e ao crescimento do emprego que estava entre os mais fortes dos últimos cinco anos, revelou um rastreador da economia.

O último relatório do Índice de Gerentes de Compras do Riyad Bank na Arábia Saudita, anteriormente conhecido como S&P Global Saudi Arabia PMI, revelou que a métrica do Reino atingiu 58,7, uma forte indicação de que os esforços contínuos de diversificação econômica estão progredindo de forma constante. 

De acordo com o índice, as leituras do PMI acima da marca de 50 mostram crescimento do setor privado não petrolífero, enquanto as abaixo de 50 sinalizam contração. 

“As condições de negócios permanecem fortemente positivas no final do primeiro trimestre de 2023, pois a melhoria das condições de mercado e o aumento dos gastos com desenvolvimento ajudaram a impulsionar a demanda no setor privado não petrolífero”, disse Naif Al-Ghaith, economista-chefe do Riyad Bank no relatório.

O PMI do Reino, no entanto, desacelerou ligeiramente em relação a fevereiro, quando atingiu o recorde de 59,8 em oito anos.

Em janeiro, o PMI do Reino foi de 58,2, enquanto em dezembro ficou em 56,9. 

O aumento do PMI da Arábia Saudita nos últimos meses, que é uma indicação direta do crescimento robusto do setor privado, também ajudou o Reino a reduzir a taxa de desemprego. 

Um novo relatório divulgado pela Autoridade Geral de Estatísticas revelou que o desemprego entre os sauditas está em seu nível mais baixo desde que os registros começaram em 1991.

A taxa caiu para 8% no quarto trimestre de 2022, de 9,9% nos três meses anteriores. 

Para o governo saudita, a criação de empregos é uma parte fundamental da agenda econômica Visão 2030 para reduzir a dependência de décadas do Reino do petróleo.

A pesquisa do PMI observou ainda que as empresas não petrolíferas na Arábia Saudita tiveram um aumento acentuado na entrada de novos negócios em março, pois a melhoria das condições do mercado e o aumento dos gastos com desenvolvimento ajudaram a aumentar a demanda, enquanto algumas empresas opinaram que um aumento relativamente leve nos preços de produção havia apoiou o crescimento das vendas.

Jordânia emite US$ 1,25 bilhão em Eurobonds com 7,5% de excesso de subscrição seis vezes

A Jordânia emitiu US$ 1,25 bilhão em Eurobonds a 7,5% que foram subscritos seis vezes, refletindo a confiança dos investidores globais na estabilidade fiscal e monetária do país, disse o ministro das Finanças.

O ministro das Finanças da Jordânia, Mohammad Al Ississ, disse que o excesso de assinaturas permitiu ao governo levantar o montante em um prazo de cinco anos e nove meses dos US$ 750 milhões originais buscados após atrair ofertas no valor de mais de US$ 4,7 bilhões.

“Os investidores aplaudiram a estabilidade fiscal e monetária da Jordânia… isso reduziu os riscos e os custos”, disse Al Ississ em comunicado enviado à Reuters.

O governador do Banco Central, Adel al-Sharkas, disse que a alta demanda é um testemunho da “força dos fundamentos da economia jordaniana”.

Al Ississ disse que mais de 230 instituições de investimento, incluindo os principais fundos dos EUA, Europa e Golfo, se acumularam na última emissão, permitindo uma redução nos rendimentos em um momento em que outros soberanos lutavam para atrair o interesse dos investidores.

A mudança para os mercados globais também facilita as emissões de dívida do governo aos bancos locais para financiar o déficit que bloqueou o crédito ao setor privado, dizem os banqueiros.

O compromisso da Jordânia com as reformas do Fundo Monetário Internacional e a confiança nas perspectivas dos investidores ajudaram a manter os ratings soberanos estáveis ​​em um momento em que outros mercados emergentes estavam sendo rebaixados, disse Al Ississ.

Fitch eleva economia da Arábia Saudita para A+

A economia da Arábia Saudita recebeu um impulso depois que a agência internacional de classificação de crédito Fitch elevou sua nota para o Reino para A+.

O aumento foi atribuído à forte posição financeira da Arábia Saudita, relação dívida/produto interno bruto favorável e ativos estrangeiros líquidos soberanos garantidos.

A Fitch acrescentou que a melhoria do rating está condicionada ao compromisso contínuo da Arábia Saudita com o progresso constante das reformas fiscais, econômicas e de governança.

O aumento da classificação seguiu diretamente o anúncio surpresa do Reino de cortes na produção de petróleo, juntamente com outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, conhecidos como OPEP +, o que levou a um aumento nos preços globais. 

O relatório disse: “A elevação dos ratings da Arábia Saudita reflete seus fortes balanços fiscais e externos, com dívida do governo/PIB e ativos externos líquidos soberanos (SNFA) consideravelmente mais fortes do que as medianas ‘A’ e ‘AA’, e significativa buffers na forma de depósitos e outros ativos do setor público”.

O relatório da Fitch alertou sobre possíveis armadilhas, apontando que, apesar dos esforços do governo para diversificar a economia e capacitar o setor não petrolífero, a receita do petróleo saudita representará cerca de 60% da receita total do orçamento em 2023-2024.

“A dependência do petróleo, os fracos indicadores de governação do Banco Mundial e a vulnerabilidade a choques geopolíticos continuam a ser fragilidades relativas, embora existam algumas indicações de melhoria nestes fatores”, disse a agência.

O preço do equilíbrio fiscal do Reino em 2022 atingiu US$ 86 por barril.

O petróleo Brent precificou mais de US$ 85 por barril na quarta-feira (05), dias após os cortes na produção de petróleo, quando estava perto de US$ 80 por barril.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
06/04/2023