Cenário Econômico Internacional – 14/04/2023

Cenário Econômico Internacional – 14/04/2023

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Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

FMI revisa fundos que apoiam países de baixa renda em meio à forte demanda e juros altos

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou uma série de iniciativas que apoiam países de baixa renda em meio à forte demanda por empréstimos e taxas de juros mais elevadas. Dentre as ações, está o Fundo de Redução da Pobreza e Crescimento (PRGT, na sigla em inglês), principal veículo do organismo para concessão de empréstimos a nações subdesenvolvidas.

O FMI defende que o PRGT tenha uma estratégia múltipla e esforços de países ricos para mobilizar contribuições conjuntas para preencher as lacunas e permitir uma base sustentável para a oferta de recursos a países de baixa renda no curto e longo prazo. Atualmente, este fundo enfrenta um déficit de cerca de US$ 1,6 bilhão em promessas de recursos de subsídios e em torno de US$ 4,7 bilhões em empréstimos para concluir o primeiro estágio da ação de financiamento de 2021.

“As finanças do PRGT estão sob tensão devido à demanda substancialmente mais forte por empréstimos e taxas de juros acentuadamente mais altas do que o previsto anteriormente”, avalia o Fundo, em nota à imprensa.

Desde a pandemia, o FMI apoiou mais de 50 países de baixa renda com mais de cerca de US$ 24 bilhões em empréstimos sem juros.

A diretora-gerente do organismo, Kristalina Georgieva, alertou, na quinta-feira, 6, para o peso da dívida de países emergentes e de baixa renda e o risco de uma onda de reestruturações. Convocou ainda os membros mais ricos do Fundo a ajudarem a resolver os déficits de arrecadação de recursos no PRGT.

Chefe do Banco Mundial eleva previsão de crescimento global para 2023, de olho em dívida

O presidente do Banco Mundial, David Malpass, disse que a instituição revisou ligeiramente sua perspectiva de crescimento global em 2023 para 2%, conta previsão de janeiro de 1,7%.

Ele alertou, no entanto, que a desaceleração do crescimento mais forte em 2022 aumentará o endividamento dos países em desenvolvimento.

Malpass disse à imprensa que a revisão para cima se deveu a uma perspectiva melhor para a recuperação da China dos bloqueios contra a Covid-19, com o crescimento agora estimado em 5,1% para este ano, contra 4,3% em janeiro.

As economias avançadas, incluindo os Estados Unidos, também estão se saindo um pouco melhor do que o Banco Mundial previu em janeiro.

Mas o chefe do Banco Mundial alertou que a turbulência no setor bancário e os preços mais altos do petróleo podem pressionar novamente para baixo as perspectivas de crescimento ainda este ano. Uma incompatibilidade de vencimento de ativos bancários levará algum tempo para ser resolvida e os bancos provavelmente retirarão o crédito.

Malpass disse que as reuniões técnicas esta semana com as autoridades chinesas podem ajudar a “quebrar o gelo” sobre o movimento potencial para o tão necessário alívio da dívida dos países pobres.

Ele afirmou que a China também será capaz de marcar alguns pontos políticos a um custo bastante baixo para suas instituições de crédito.

“Do ponto de vista de suas instituições, não é uma quantia tão grande”, disse Malpass. “É benéfico para a China fazer esse movimento” tanto do ponto de vista econômico quanto político.

FMI alerta para “vulnerabilidades” nas instituições financeiras não bancárias

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou nesta semana sobre “vulnerabilidades” entre as chamadas instituições financeiras não bancárias, dizendo que a estabilidade financeira global pode depender de sua resiliência. O Banco da Inglaterra chamou a atenção para a mesma questão no mês passado.

E investidores globais entrevistados pelo Bank of America no meio da recente crise bancária apontaram para um grupo de não bancos americanos, em vez de credores tradicionais, como o recém extinto Silicon Valley Bank (SVB), como a fonte mais provável de uma crise de crédito.

Mas o que exatamente são “não-bancos” e quão arriscados eles são?

O termo abrange empresas financeiras, exceto bancos, que fornecem todos os tipos de serviços financeiros, incluindo empréstimos para famílias e empresas. É uma lista diversificada: os “não-bancos” variam desde fundos de pensão e seguradoras até fundos mútuos e fundos de hedge de alto risco.

E o setor é grande. De acordo com o Conselho de Estabilidade Financeira, um órgão de reguladores globais e funcionários do governo, os “não-bancos” tinham cerca de US$ 239 trilhões em seus livros de contabilidade em 2021, representando pouco menos da metade do total de ativos financeiros do mundo.

O setor cresceu fortemente desde a crise financeira global em 2008, com sua base de ativos crescendo em média 7% ao ano, segundo dados do conselho.

À medida que as taxas de juros atingiram o fundo do poço nos anos que se seguiram à crise, muitos poupadores e investidores recorreram a “não-bancos” em busca de retornos mais elevados.

Enquanto isso, à medida que os reguladores impunham mais restrições aos empréstimos bancários, certos tipos de tomadores de empréstimos, como os consumidores de maior risco, procuravam cada vez mais não bancos para obter financiamento.

Os “não-bancos” que fornecem crédito são conhecidos como “bancos paralelos”, embora o termo seja frequentemente usado de forma imprecisa para designar todos os “não-bancos”. É esse tipo de instituição que está preocupando os investidores ouvidos pelo Bank of America.

Os bancos paralelos agora representam cerca de 14% dos ativos financeiros do mundo e, como muitos não bancos, operam sem o mesmo nível de supervisão regulatória e transparência dos bancos comuns.

Alguns dos riscos que os “não-bancos” correm aumentam quando as taxas de juros estão subindo, como estão agora. O tamanho maior do setor significa que seus problemas podem, por si só, desestabilizar todo o sistema financeiro, mas também podem se espalhar para os bancos tradicionais por meio de interconexões reais e percebidas.

Líderes financeiros do G7 prometem estabilidade financeira e diversidade em cadeias de suprimentos

Os líderes financeiros do G7 prometeram tomar medidas para manter a estabilidade do sistema financeiro global, após a recente turbulência bancária, e dar aos países de baixa e média renda papel mais relevante na diversificação das cadeias de suprimentos para torná-los mais resilientes.

O comunicado dos países não mencionou explicitamente a China, mas o uso do termo cadeia de suprimentos encaixa-se no esforço de “friend-shoring” das democracias industriais em trabalharem juntas para se tornarem menos dependentes de minerais para baterias, semicondutores e outros bens estratégicos da potência industrial asiática.

“Nos comprometemos a capacitar conjuntamente os países de baixa e média renda para desempenharem papéis maiores nas cadeias de suprimentos por meio de cooperação mutuamente benéfica, combinando finanças, conhecimento e parceria, o que ajudará a contribuir para o desenvolvimento sustentável e aumentar a resiliência da cadeia de suprimentos globalmente”, afirmaram os ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G7 no comunicado.

Reunidos à margem das reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial em Washington, os líderes disseram que discutiram os recentes desenvolvimentos do setor financeiro após a quebra de duas instituições financeiras dos EUA e a venda forçada do problemático banco global Credit Suisse. Eles disseram que isso “destaca a incerteza sobre as perspectivas econômicas globais e a necessidade de permanecer vigilante”.

Os ministros e presidentes reiteraram que o sistema financeiro é resiliente, apoiado por respostas governamentais rápidas à turbulência e reformas implementadas após a crise financeira de 2008.

“Continuaremos a monitorar de perto os desenvolvimentos do setor financeiro e estaremos prontos para tomar as medidas apropriadas para manter a estabilidade e a resiliência do sistema financeiro global”, disseram os líderes financeiros do G7.

Os ministros disseram que as cadeias de suprimentos precisam alcançar eficiência e resiliência, ajudando a manter a estabilidade macroeconômica e a tornar as economias mais sustentáveis. A declaração citou a necessidade de diversificar as cadeias de abastecimento “altamente concentradas” para tecnologias de energia limpa.

“Nesta iniciativa, permaneceremos firmes para proteger nossos valores compartilhados, preservando a eficiência econômica ao defender o sistema multilateral livre, justo e baseado em regras e a cooperação internacional”, disseram os líderes financeiros do G7, usando linguagem frequentemente usada para excluir a China e outros regimes autocráticos.

O G7 é formado pelos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e o presidente deste ano, o Japão, todas ricas democracias industriais.

O FMI alertou em suas últimas previsões econômicas que a fragmentação da economia global em blocos geopolíticos é um fator significativo na redução do potencial de crescimento de longo prazo, com apenas 3% de crescimento esperado em 2028. Essa é a menor projeção de cinco anos desde que o fundo começou a emitir tais previsões em 1990.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (10), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, em uma sessão que repercute a publicação do relatório de empregos (payroll) nos Estados Unidos na última sexta-feira (07), quando os mercados não operaram em virtude do feriado. O índice Dow Jones teve alta de 0,30%, a 33.586,52 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,10%, a 4.109,11 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,03%, a 12.084,36 pontos.

Na terça-feira (11), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, perdendo força na reta final da sessão conforme investidores aguardavam dados cruciais de inflação nos Estados Unidos e o início não oficial da temporada de balanços corporativos do primeiro trimestre. O índice Dow Jones teve alta de 0,29%, a 33.684,79 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,17%, a 4.108,94 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,43%, a 12.031,88 pontos.

Na quarta-feira (12), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, após a ata do Federal Reserve (Fed) apontam expectativa por recessão e induzir volatilidade nos negócios. Os três principais índices acionários oscilaram entre ganhos e perdas ao longo do dia, depois que a persistência do núcleo de inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos corroborou expectativa por mais aperto monetário. O índice Dow Jones teve queda de 0,11%, a 33.646,50 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,41%, a 4.091,95 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,85%, a 11.929,34 pontos.

Na quinta-feira (13), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, com a moderação dos preços ao produtor em março e um salto nos pedidos semanais de auxílio-desemprego trazendo alívio aos investidores preocupados com o quanto o Federal Reserve aumentará a taxa de juros para controlar a inflação. Por volta das 13h55, o índice Dow Jones registrava alta de 0,69%, a 33.878,16 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,87%, a 4.127,40 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 1,55%, a 12.114,41 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na quinta-feira 06.04.23 – O dólar comercial encerrou a quinta-feira (06) cotado a R$ 5,0581 com alta de 0,16%. No foco está o relatório payroll (dado de emprego) dos EUA em março, mas os mercados estarão fechados no Brasil, EUA e Europa, que devem repercutir os dados só na segunda-feira (10).

Na segunda-feira (10) – O dólar à vista registrou alta de 0,16%, cotado a R$ 5,0661 na venda. Em sintonia com a onda de fortalecimento da moeda norte-americana no exterior. Após dados do relatório de emprego (payroll) nos EUA em março. O dólar oscilou entre R$ 5,0934 na máxima e R$ 5,0394 na mínima.

Na terça-feira (11) – O dólar à vista registrou queda de 1,15%, cotado a R$ 5,0077 na venda. Com investidores atentos a sinais de grandes Bancos Centrais, como o Federal Reserve, e também a indicadores. O dólar oscilou entre R$ 5,0608 na máxima e R$ 4,9899 na mínima.

Na quarta-feira (12) – O dólar à vista registrou queda de 1,31%, cotado a R$ 4,9417 na venda. O otimismo em relação ao cenário de inflação e de juros no Brasil, somado ao ambiente positivo no exterior, fez o dólar estender as perdas ante o real, com a moeda norte-americana atingindo o menor valor de fechamento desde junho do ano passado. O dólar oscilou entre R$ 5,0110 na máxima e R$ 4,9176 na mínima.

Na quinta-feira (13) – Por volta das 13h55, o dólar operava em queda de 0,61% cotado a R$ 4,9118 na venda. Estendendo uma sequência de perdas que o levou ao menor patamar de encerramento em dez meses na véspera, com investidores reagindo a novos dados de inflação dos Estados Unidos e aproveitando um ambiente doméstico mais otimista.

Inflação ao consumidor no Chile marca 1,1% em março e Banco Central vê preços demorando a recuar

Os preços ao consumidor no Chile subiram 1,1% em março, mostraram dados da agência de estatísticas INE, aproximadamente em linha com as previsões do mercado, conforme o maior produtor mundial de cobre luta contra uma inflação teimosamente alta.

O número de março, que reverteu uma queda inesperada de 0,1% observada em fevereiro, levou a inflação em 12 meses para 11,1%, uma desaceleração frente aos 11,9% no mês anterior, mas ainda bem acima da meta do Banco Central de 2% a 4%. Economistas consultados pela Reuters esperavam alta de 1,0% no mês passado.

Os novos dados foram divulgados depois que o Banco Central do Chile manteve, nesta semana, sua taxa básica de juros inalterada em 11,25%, mas alertou que a economia está se ajustando mais lentamente do que o esperado e que a inflação está demorando mais para cair.

A autoridade monetária tem destacado os preços elevados do núcleo da inflação e, em relatório divulgado, afirmou que, embora as pressões de preços devam continuar a recuar nos próximos trimestres, convergirão para sua meta de 3% apenas no final de 2024.

O salto dos preços de março foi impulsionado principalmente pelos custos do ensino superior e lazer no início do ano letivo, disse o INE. Um total de 9 dos 12 grupos pesquisados, incluindo o de alimentos e bebidas não alcoólicas, registraram aumentos mensais.

Solidez nos empregos norte-americanos mantêm Fed no caminho para alta da taxa de juros em maio

Uma taxa de desemprego em patamares historicamente baixos nos EUA e o aumento dos salários provavelmente manterão o Federal Reserve propenso a aumentar as taxas de juros em mais um quarto de ponto percentual no próximo mês, à medida que os riscos de uma crise financeira diminuem, mas a preocupação com a inflação permanece alta.

O crescimento do emprego nos EUA está diminuindo, algo que os formuladores de políticas do Fed já previam ao aumentar os custos dos empréstimos. Mas a economia ainda criou 236.000 empregos em março e registrou acréscimos médios de 345.000 por mês durante o primeiro trimestre, bem acima do nível que o Banco Central vê como compatível com sua meta de inflação de 2%.

A taxa de desemprego caiu para 3,5% no mês passado, vindo de 3,6% em fevereiro, mesmo com a força de trabalho crescendo em cerca de meio milhão de pessoas e a taxa de participação subindo ligeiramente. O salário médio por hora aumentou 0,3%, crescimento ligeiro sobre o mês anterior.

O mais recente relatório sobre empregos no país oferece a última visão sobre o mercado de trabalho que as autoridades do Fed terão antes da reunião de política monetária marcada para os dias 2 a 3 de maio e ainda representa mais um passo para reorientar o debate, que era o de uma crise potencial provocada pelo colapso de dois bancos regionais e que agora deve voltar aos esforços habituais para conter a alta inflação.

Os investidores em títulos vinculados à taxa de juros de referência do Fed aumentaram suas apostas de que as taxas continuarão subindo, com um aumento de um quarto de ponto percentual no próximo mês, agora com quase dois terços de probabilidade.

“Apesar do enfraquecimento nas leituras de emprego na preparação para o relatório de emprego não agrícola, o crescimento do emprego ainda não entrou em colapso, embora haja sinais visíveis de moderação contínua”, escreveu Kathy Bostjancic, economista-chefe da Nationwide, logo após a divulgação do relatório.

Bostjancic disse que o Fed em geral ficaria satisfeito com os dados, embora tenha acrescentado que “ainda apoia outro aumento de juros em maio, que achamos que pode ser o último do ciclo de aperto. Seguido por uma longa pausa”.

Em um possível sinal adicional de alívio das pressões inflacionárias, o ritmo de crescimento salarial na comparação ano a ano caiu para 4,2% em março, de 4,6% no mês anterior, continuando uma tendência recente de queda.

Biden estende sanções à Rússia por mais um ano

O presidente dos EUA, Joe Biden, decidiu estender as sanções decretadas contra a Federação Russa por um ano, com base no fato de que as atividades do país “continuam a representar uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, política externa e economia dos Estados Unidos”.

De acordo com a Ordem Executiva 14024, emitida em 15 de abril de 2021, o governo russo tem realizado “esforços para minar a realização de eleições democráticas livres e justas e instituições democráticas nos Estados Unidos”.

A promulgação e expansão dessas sanções, bem como sua eficácia, foram criticadas por diversos analistas, que afirmam ter contribuído para os processos que muitos países, como China e Índia, estão desenvolvendo atualmente para reduzir sua dependência do dólar.

O senador Marco Rubio comentou as sanções, afirmando que outros grandes governos estão criando um mercado alternativo de pagamentos internacionais longe do dólar.

“Não teremos que falar sobre sanções em cinco anos porque haverá tantos países transacionando em moedas diferentes do dólar que não teremos a capacidade de sancionar.”

No entanto, o presidente Biden já havia manifestado sua posição sobre as sanções russas prévias e ampliadas antes, considerando-as como as “mais amplas” da história e afirmando que representam uma alternativa a um confronto militar direto.

“Você tem duas opções. Comece uma Terceira Guerra Mundial, entre em guerra com a Rússia, fisicamente. Ou dois, fazer com que o país que age de forma tão contrária ao direito internacional acabe pagando um preço por tê-lo feito.”

Crise bancária ainda não acabou, afirma CEO do JPMorgan

Jamie Dimon, presidente e CEO do JPMorgan Chase, compartilhou suas preocupações com a economia dos EUA, a recessão e a crise bancária em sua carta anual aos acionistas, publicada na semana passada.

A carta seguiu o recente colapso de vários grandes bancos nos Estados Unidos, incluindo o Silicon Valley Bank e o Signature Bank.

“A crise atual ainda não acabou e, mesmo quando ela passar, haverá repercussões dela nos próximos anos. Os eventos recentes não são nada parecidos com o que ocorreu durante a crise financeira global de 2008 (que mal afetou os bancos regionais)”, explicou.

Dimon destacou que a crise atual não é tão grave quando a crise de 2008:

“Naquela época, havia uma alavancagem enorme praticamente em todo o sistema financeiro. Esta atual crise bancária envolve muito menos atores financeiros e menos questões que precisam ser resolvidas”.

Comentando sobre os esforços do Federal Reserve para conter a inflação e os aumentos futuros de preços, Dimon opinou:

“Se tivermos inflação mais alta por mais tempo, o Fed pode ser forçado a aumentar as taxas mais do que as pessoas esperam, apesar da recente crise bancária.”

Além disso, ele alertou que o aperto quantitativo (QT) “pode ter impactos contínuos que podem, ao longo do tempo, ser outra força, elevando as taxas de longo prazo mais do que o previsto atualmente.”

Oposição na Argentina racha após “manipulação” do prefeito de Buenos Aires

A oposição ao atual governo argentino, que trabalha na busca por um nome para as eleições presidenciais deste ano, entrou em polvorosa após a decisão do atual prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, de convocar eleições para Buenos Aires para a mesma data do pleito nacional.

O ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri declarou-se “profundamente desapontado” a decisão de Larreta. Ambos estão entre os nomes mais importantes da Juntos por el Cambio (JxC), grande coalisão de centro-direita que une desde partidos mais novos, como o Proposta Repúblicana (Pro) quanto legendas mais tradicionais, como a União Cívica Radial. Segundo a agência de notícias argentina Telán, um dos pontos da discórdia, além da data em coincidência, está no fato de que a capital federal adotará um sistema de votação diferente, a chamada Cédula Eletrônica Única.

Larreta, aliás, vem sendo cotado como um dos nomes fortes da coalisão para ser o candidato à presidência. No lado governista, um novo nome deve ser escolhido, já que o atual mandatário, Alberto Fernández, tem sinalizado que não deve buscar a reeleição.

Macri se pronunciou logo após a deputada e ex-governadora da Província de Buenos Aires, ter postado em sua conta no Twitter um texto mostrando grande descontentamento. “O PRO e o JvC que prometemos aos argentinos não é isso. Não há ambição pessoal que esteja acima dos nossos valores e da equipe. Somos a mudança ou não somos nada”.

Inflação nos EUA fica abaixo do esperado em março, mas núcleo pressiona

A inflação cheia medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) nos Estados Unidos variou 0,1% em março, abaixo do valor esperado de 0,2% e dos 0,4% dos dados revisados do mês anterior. Com isso, a inflação na base anual ficou em 5%, abaixo da projeção de 5,2% e dos 6% anteriores, segundo informações divulgadas na quarta-feira (12).

Já o núcleo da inflação dos EUA subiu 0,4% em março, conforme esperado e abaixo dos 0,5% revisados do mês anterior. Na variação anual, o núcleo do IPC atingiu 5,6%, conforme projetado, acima dos 5,5% anteriores. O núcleo do IPC exclui preços voláteis, como commodities e alimentos.

Ata do Fed: economistas projetam leve recessão nos EUA no final do ano após eventos em bancos

A equipe do Federal Reserve (Fed) projeta que os Estados Unidos deverão passar por uma “recessão leve”, que poderá iniciar no fim deste ano, em resposta aos “efeitos econômicos dos recentes desdobramentos do setor bancário”, seguida de uma recuperação nos dois anos seguintes.

Na avaliação, publicada na ata da última reunião de política monetária do Banco Central norte-americano, a equipe também destaca que a previsão é de que o índice cheio de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), como também seu núcleo, chegue perto de 2% em 2024 e 2025.

A ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) destaca que alguns dirigentes observaram que, dada a inflação persistentemente alta e a força dos dados econômicos recentes, eles teriam considerado um aumento de 50 pontos base nos Fed Funds como apropriado, na ausência dos desenvolvimentos recentes no setor bancário. O Comitê elevou a taxa em 25 pontos. Devido ao potencial de desenvolvimentos do setor bancário para apertar as condições financeiras e pesar sobre a atividade econômica e a inflação, eles julgaram prudente aumentar o intervalo da meta em um incremento menor nesta reunião, diz a ata.

Por outro lado, o documento aponta que vários participantes do encontro consideraram manter a taxa inalterada. Os participantes da reunião geralmente concordaram com a importância de monitorar de perto as informações recebidas e suas implicações para as perspectivas econômicas, e que estavam preparados para ajustar suas opiniões sobre a postura apropriada da política monetária em resposta aos dados recebidos e aos riscos emergentes para as perspectivas econômicas, afirma o documento.

Os membros do Comitê concordaram que, ao determinar a extensão dos aumentos futuros nos juros, eles levariam em conta o aperto cumulativo da política monetária, os atrasos com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação e os desenvolvimentos econômicos e financeiros, afirma o documento.

Dirigentes do Federal Reserve (Fed) concordaram que as tensões bancárias serão consideradas nas decisões de política monetária da instituição.

Perspectivas silenciosas para a economia canadense

Apesar do progresso alcançado, a inflação ainda está pesando na economia do Canadá, de acordo com uma nova pesquisa do The Conference Board of Canada. De acordo com sua previsão anterior, o crescimento real do PIB ficará praticamente parado até o final de 2023. Para o ano como um todo, isso significa um ganho de 0,9%, seguido por apenas uma modesta melhora de 1,4% em 2024.

“É improvável que as preocupações com o sistema financeiro dos Estados Unidos se reflitam no Canadá, devido ao sistema bancário mais concentrado de nosso país”, afirmou Ted Mallett, Diretor de Previsões Econômicas do The Conference Board of Canada. “Os efeitos indiretos serão silenciados, e já se esperava que o investimento empresarial fosse fraco no Canadá, portanto, há relativamente poucos empréstimos comerciais a serem retirados”.

A economia global desacelerou acentuadamente no ano passado, à medida que os principais Bancos Centrais aumentaram as taxas de juros, mas, apesar da fraca expectativa de crescimento no curto prazo, as chances de uma recessão global severa diminuíram. A inflação continua sendo uma ameaça, mas dois desenvolvimentos importantes fornecem motivos para otimismo. A primeira é que o inverno ameno na Europa aliviou as preocupações de uma crise de energia, com os preços do gás natural agora mais baixos do que antes da invasão russa da Ucrânia. A segunda é a remoção da política de Covid-zero pela China, que viu sua economia abrir em um ritmo muito mais rápido do que o previsto.

Os distúrbios na cadeia de suprimentos, que restringiram significativamente a atividade de muitos setores de exportação no ano passado, mostraram sinais de diminuição nos últimos meses. Uma economia doméstica fraca, a depreciação do loonie e um declínio acentuado no investimento em máquinas e equipamentos levarão a uma atividade fraca para o total de importações reais este ano.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (10), as bolsas europeias não tiveram operações devido ao feriado de Páscoa.

Na terça-feira (11), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, ganhos em ações de bancos e petroleiras ajudaram a manter os negócios em território de alta, apesar de dado fraco de varejo na zona do euro e o clima incerto em Wall Street. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,62%, a 461,79 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,89%, a 7.390,28 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,37%, a 15.655,17 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,29%, a 6.136,36 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,89%, a 9.229,20 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,57%, a 7.785,72 pontos.

Na quarta-feira (12), as bolsas europeias fecharam em alta, após a inflação ao consumidor (CPI) desacelerar em ritmo mais forte que o esperado nos Estados Unidos em março. Os ganhos, no entanto, foram moderados pela persistência da expectativa por mais aperto monetário do Federal Reserve. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,13%, a 462,38 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,09%, a 7.396,94 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,31%, a 15.703,60 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,20%, a 6.148,92 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,40%, a 9.274,50 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,50%, a 7.824,84 pontos.

Na quinta-feira (13), as bolsas europeias fecharam em alta, com os investidores digerindo os principais dados de inflação dos EUA. Os bens de consumo lideraram os ganhos com um salto de 2,3%, enquanto os serviços públicos caíram 1%. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,44%, a 464,40 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,13%, a 7.480,83 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,16%, a 15.729,46 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,25%, a 6.164,28 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,30%, a 9.306,10 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,24%, a 7.843,38 pontos.

Produção industrial alemã cresce mais do que o esperado em fevereiro

A produção industrial na Alemanha cresceu mais do que o esperado em fevereiro devido em parte à fabricação de veículos, expandindo 2,0% em relação ao mês anterior, informou o Escritório Federal de Estatística.

Em pesquisa da Reuters, analistas apontavam leve alta de 0,1%.

O escritório também revisou o número de janeiro para um aumento de 3,7%, ante 3,5%. Com a revisão, o índice ajustado da produção desde dezembro de 2022 subiu 5,8%, o que mais do que compensou a expressiva queda de 2,4% em dezembro.

“A indústria alemã parece ter acordado da hibernação”, disse Carsten Brzeski, chefe global de macro do ING. “Apesar da forte recuperação, a produção industrial ainda está ligeiramente abaixo do nível pré-pandêmico.”

Na comparação anual, a produção industrial cresceu 0,6% em fevereiro.

A produção expandiu na maioria dos setores econômicos em fevereiro, mas a fabricação de veículos automotores, o maior setor industrial da Alemanha, foi responsável por uma parcela particularmente grande do crescimento, registrando um aumento de 7,6% sobre o mês.

Bancos Centrais da Europa Central dobram aposta em mensagens duras de política monetária

Os Bancos Centrais da Europa Central dobraram a aposta em mensagens duras de política monetária nas últimas duas semanas, em uma tentativa de persuadir grandes investidores a abandonar as apostas de que começarão em breve um ciclo de flexibilização dos juros.

Como os Bancos Centrais da Europa Central foram mais rápidos que seus principais pares para aumentar as taxas de juro, também se esperava que liderassem o processo de flexibilização. Embora isso ainda possa ser verdade, agora parece que acontecerá depois do que inicialmente previsto.

“A alta pressão salarial manterá o núcleo da inflação elevado e pode levar a um atraso na flexibilização monetária em comparação com as expectativas atuais”, disse o Erste Bank em uma nota.

O Banco Central da República Tcheca, apesar de ter se recusado a aumentar as taxas de juros desde o último mês de junho mesmo com cobranças para fazê-lo vindas de seu próprio departamento monetário e de analistas externos, tem apresentado mensagens mais austeras.

Seu correspondente húngaro, que alguns pensaram que começaria a flexibilizar em março, ao contrário, prometeu manter as taxas sem mudanças por um período prolongado para suprimir expectativas de inflação, o crescimento dos preços na Hungria pode ter caído em fevereiro, mas continua muito alto, em 25,4%.

O Banco Central da Polônia manteve as taxas estáveis nesta semana, e o presidente do órgão, Adam Glapinski, disse que ainda estava pronto para aumentá-las se necessário, embora as taxas não precisem subir mais se o desenvolvimento econômico seguir a perspectiva atual.

Confiança dos investidores da zona do euro melhora em abril

A confiança dos investidores na zona do euro melhorou em abril, após uma queda inesperada em março, em uma retomada da melhora dos últimos meses, já que a avaliação das condições atuais subiu para o nível mais alto em mais de um ano, mostrou uma pesquisa na terça-feira (11).

O índice Sentix para a zona do euro subiu para -8,7 pontos em abril, de -11,1 em março, superando as previsões.

Analistas consultados pela Reuters esperavam que o índice ficasse em -9,9 em abril.

Enquanto um subíndice sobre a situação atual subiu pelo sexto mês consecutivo em abril, de -9,3 para -4,3, o fato de ter permanecido em território negativo indica que a economia está, na melhor das hipóteses, em fase de estagnação, mostrou a pesquisa.

O subíndice de expectativas, por outro lado, manteve-se em -13,0.

“Não há dúvida de que a economia da zona do euro resistiu aos meses de inverno (no hemisfério norte) melhor do que muitos temiam no outono”, disse Sentix.

O inverno ameno e os esforços para economizar energia ajudaram a evitar uma perigosa escassez de energia, acrescentou.

A pesquisa com 1.300 investidores foi realizada entre 6 e 8 de abril, disse a Sentix.

Erdogan lança campanha eleitoral com promessa de reduzir inflação na Turquia

O presidente turco, Tayyip Erdogan, lançou sua campanha de reeleição na terça-feira (11) com a promessa de reduzir a inflação para um dígito e impulsionar o crescimento, enquanto busca estender suas duas décadas no poder em uma votação em 14 de maio.

Erdogan está enfrentando o maior desafio político desde que seu partido AK (AKP) chegou ao poder em 2002, com pesquisas mostrando queda de apoio nos anos recentes depois que políticas econômicas pouco ortodoxas abalaram a lira e provocaram um aumento da inflação.

Mesmo assim, o presidente repetiu seu mantra econômico de que investimentos, produção, exportações e um eventual superávit em conta corrente impulsionariam o Produto Interno Bruto.

“Vamos trazer a inflação de volta para um dígito e definitivamente salvar nosso país desse problema”, disse ele a uma multidão em um estádio em Ancara.

Os cortes agressivos nas taxas de juros levaram a inflação a um pico de 24 anos, acima de 85%, em outubro, antes de cair para quase 50% em março. A crise de custo de vida que se seguiu tomou conta dos lares turcos e espremeu ganhos e economias.

“Vamos melhorar ainda mais o investimento com uma estrutura baseada em uma economia de livre mercado integrada ao mundo”, disse o manifesto do partido governista, visando um crescimento anual de 5,5% em 2024-2028 e um PIB de 1,5 trilhão de dólares até o final de 2028.

Nas eleições presidenciais do próximo mês, Erdogan enfrentará o candidato da principal aliança de oposição, Kemal Kilicdaroglu.

Na última pesquisa da Metropoll, 42,6% dos entrevistados disseram que votariam em Kilicdaroglu e 41,1% em Erdogan no primeiro turno, com os outros dois candidatos presidenciais recebendo 7,2% de apoio.

Itália reduz previsão de crescimento em 2024 para 1,5%, citando taxas e guerra

O governo italiano cortou sua previsão de crescimento econômico para o próximo ano, levando em consideração o impacto negativo do aumento das taxas de juros, os efeitos da guerra na Ucrânia e crises localizadas no sistema bancário e financeiro internacional.

Em seu Documento Econômico e Financeiro, aprovado em reunião de gabinete, o Tesouro italiano prevê que o produto interno bruto crescerá 1,5% em 2024, abaixo da projeção anterior de 1,9% feita em novembro.

Em vez disso, a previsão do PIB de 2023 foi elevada para 1%, ante 0,6% anterior.

“Enfrentamos grandes desafios, das mudanças climáticas ao declínio demográfico da população italiana, mas também oportunidades significativas para abrir uma nova fase de crescimento para o nosso país”, disse o ministro da Economia e Finanças, Giancarlo Giorgetti.

O Tesouro observou que a economia italiana está mostrando uma “dose significativa de resiliência e vitalidade”.

Os últimos indicadores, incluindo índices de confiança das famílias e das empresas, mostram que nos primeiros meses de 2023 a economia voltou a crescer.

FMI prevê crescimento na zona do euro e espera leve recessão na Alemanha

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou ligeiramente sua previsão de crescimento econômico na zona do euro este ano, mas espera uma recessão superficial na potência alemã.

A economia da área de moeda única de 20 nações crescerá 0,8 por cento, melhor do que o crescimento de 0,7% estimado em janeiro, disse o FMI.

O FMI, no entanto, espera que a Alemanha encolha 0,1%, uma reversão do ligeiro crescimento que havia previsto em sua atualização anterior do World Economic Outlook em janeiro.

A nova previsão da instituição com sede em Washington contradiz as estimativas oficiais e de especialistas na Alemanha, que agora veem o país se esquivando da recessão este ano.

O Ministério da Economia alemão previu um crescimento de 0,2 por cento, depois de esperar anteriormente uma contração devido à crise energética provocada pelo conflito Rússia-Ucrânia.

A economia da Espanha está tendo um desempenho melhor, com o FMI prevendo um crescimento de 1,5%, ante 1,1% em sua previsão anterior.

A França, a segunda maior economia da zona do euro, ainda deve ter um crescimento de 0,7%, o mesmo que a Itália, cujas perspectivas foram levemente atualizadas.

Fora da UE, a economia da Grã-Bretanha deve encolher 0,3% enquanto o país luta contra uma crise de custo de vida, mas a previsão é uma atualização da estimativa anterior do FMI de uma contração de 0,6%.

O World Economic Outlook do FMI prevê um crescimento de 2,8 por cento para a economia global, abaixo dos 2,9% em seu relatório anterior, após revisões acentuadas para baixo para o Japão e mercados emergentes.

A perspectiva de crescimento da zona do euro para 2024 foi rebaixada para 1,4%, em comparação com 1,6% anteriormente.

Protestos na França contra a reforma previdenciária de Macron

Centenas de milhares de pessoas foram às ruas em toda a França na quinta-feira (13) para protestar contra as reformas previdenciárias do presidente Emmanuel Macron, em um último dia de manifestações antes de uma decisão judicial crucial sobre a legislação.

Como nos dias de protesto anteriores, houve confrontos entre a polícia e os manifestantes em todo o país, enquanto os manifestantes também invadiram a sede da empresa francesa de artigos de luxo LVMH em Paris.

Na sexta-feira (14), todos os olhos se voltarão para o Conselho Constitucional da França, a mais alta autoridade administrativa do país, que anunciará sua palavra final sobre a legislação previdenciária no último obstáculo antes que Macron possa sancioná-la.

A polícia espera que cerca de 400.000 a 600.000 pessoas participem em todo o país na quinta-feira (13). Isso seria menos da metade dos quase 1,3 milhão que se manifestaram em março no auge dos protestos contra as reformas, que incluem o aumento da idade de aposentadoria de 62 para 64 anos. “Agora não é hora de desistir, porque é isso que Macron espera”, disse Johan Chivert, um estudante da região de Creuse, no centro da França.

“Temos que seguir em frente e mostrar que as pessoas são contra essa reforma.”

As forças de segurança estavam em alerta, com cerca de 1.500 manifestantes anarquistas e radicais esperados em Paris, enquanto cidades regionais como Nantes e Rennes são novamente vistas como em risco de confrontos.

“A decisão do tribunal constitucional na sexta-feira (14) encerrará os procedimentos democráticos e constitucionais”, disse Macron a repórteres em uma viagem à Holanda, acrescentando que o debate público “continuará, com certeza”.

Economia do Reino Unido sobe acima dos níveis pré-Covid, apesar de não ter crescido em fevereiro

A economia do Reino Unido finalmente superou seus níveis pré-pandêmicos, mostram dados revisados, à medida que aumentam as perspectivas de que o crescimento superou as previsões oficiais para os primeiros três meses de 2023, apesar da estagnação em fevereiro.

O Produto Interno Bruto ficou inalterado entre janeiro e fevereiro, após uma expansão revisada de 0,4% no mês anterior, informou o Escritório de Estatísticas Nacionais na quinta-feira (13).

A leitura de fevereiro, fortemente afetada por greves no setor de serviços, ficou abaixo da previsão de expansão de 0,1% em pesquisa da Reuters.

No entanto, graças às revisões dos dados dos meses anteriores, a economia do Reino Unido terminou o mês 0,3% maior do que em fevereiro de 2020, antes das primeiras restrições da Covid-19 serem introduzidas. Em janeiro de 2023, o ONS estimou que a economia ainda estava 0,2% abaixo desse nível.

O aumento acima dos níveis pré-pandêmicos foi “uma conquista que deve ser comemorada”, disse Ellie Henderson, economista da Investec, embora ainda se compare mal com outras economias avançadas.

Nos últimos três meses de 2022, o último para o qual há dados disponíveis, a economia dos EUA foi 5% maior do que no último trimestre de 2019, enquanto a produção da zona do euro aumentou 2,4% no mesmo período.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (10), as bolsas asiáticas fecharam mistas, enquanto investidores digeriam o último relatório de empregos dos Estados Unidos, que sinalizou firmeza no mercado de trabalho americano. Com ganhos liderados por ações ligadas a transporte marítimo e jogos eletrônicos. O índice Xangai teve queda de 0,37%, a 3.315,36 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,42%, a 27.633,66 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong não teve operações devido ao feriado de Páscoa. O índice CSI300 teve queda de 0,45%, a 4.104,81 pontos.

Na terça-feira (11), as bolsas asiáticas fecharam mistas, após dados da inflação chinesa mais fracos do que o esperado e o Banco Central sul-coreano deixar seus juros inalterados. O índice Xangai teve queda de 0,05%, a 3.313,57 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,05%, a 27.923,37 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,76%, a 20.485,24 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,11%, a 4.100,15 pontos.

Na quarta-feira (12), as bolsas asiáticas fecharam mistas, com investidores à espera de novos dados de inflação dos Estados Unidos que deverão ajudar a determinar a trajetória dos juros do país. O índice Xangai teve alta de 0,41%, a 3.327,18 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,57%, a 28.082,70 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,86%, a 20.309,86 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,070%, a 4.097,29 pontos.

Na quinta-feira (12), as bolsas asiáticas fecharam mistas, após o Federal Reserve fazer um alerta de recessão que pesou em Wall Street e a divulgação de novos dados da balança comercial chinesa. O índice Xangai teve queda de 0,27%, a 3.318,36 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,26%, a 28.156,97 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,17%, a 20.344,48 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,69%, a 4.068,98 pontos.

China simula ataques a Taiwan no segundo dia de exercícios ‘Joint Sword’

Caças e navios de guerra chineses simularam ataques em Taiwan no domingo (09), enquanto cercavam a ilha durante um segundo dia de exercícios militares lançados em resposta à reunião de seu presidente com o presidente da Câmara dos EUA.

Os exercícios provocaram condenação de Taipei e pedidos de moderação de Washington, que disse estar “monitorando de perto as ações de Pequim”.

Apelidada de “Joint Sword”, a operação de três dias, que inclui ensaiar um cerco de Taiwan, será executada até segunda-feira (10), disse o Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação do Povo (PLA).

“Estou um pouco preocupado; estaria mentindo se dissesse que não”, disse Donald Ho, de 73 anos, que estava se exercitando na manhã de domingo em um parque de Taipei.

“Ainda estou preocupado porque se uma guerra estourar, ambos os lados vão sofrer muito”, disse à AFP.

Os jogos de guerra da China envolviam o envio de aviões, navios e pessoal para “as áreas marítimas e o espaço aéreo” nos quatro lados de Taiwan, disse o exército ao lançar os exercícios, projetados para flexionar os músculos militares de Pequim.

Um relatório da emissora estatal CCTV no domingo (09) disse que os exercícios “simulavam ataques conjuntos de precisão contra alvos importantes na ilha de Taiwan e nas águas circundantes”, acrescentando que as forças “continuavam a manter a situação de cercar a ilha”.

A força aérea também implantou dezenas de aeronaves para “voar no espaço aéreo alvo” e as forças terrestres realizaram exercícios para “ataques de precisão com vários alvos”, acrescentou o relatório.

A presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, denunciou imediatamente os exercícios, que ocorreram depois que ela se encontrou na semana passada com o presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, fora de Los Angeles, a caminho de casa após uma visita a dois países aliados na América Central.

Ela prometeu trabalhar com “os EUA e outros países com ideias semelhantes” diante do “expansionismo autoritário contínuo”.

Novo presidente do Banco Central do Japão diz que quer mais tempo para avaliar tendência da inflação

O novo presidente do Banco Central do Japão, Kazuo Ueda, disse na segunda-feira (10) que quer mais tempo para avaliar se o crescimento salarial será sustentado o suficiente para manter a inflação na meta de 2% do banco, sugerindo que não tem pressa para reduzir o estímulo.

Ueda enfrenta obstáculos, já que a desaceleração do crescimento global obscurece as perspectivas de uma recuperação sustentada da inflação e dos salários, um pré-requisito para eliminar gradualmente o controverso estímulo monetário de seu antecessor.

“Olhando para os atuais acontecimentos econômicos, de preços e financeiros, é apropriado manter o controle da curva de rendimento por enquanto”, disse Ueda em entrevista à imprensa na segunda-feira (10).

Se o Banco do Japão vir que pode alcançar sua meta de preços, pode precisar normalizar a política monetária, disse ele.

“Se não, pode ser que tenhamos que criar um arcabouço mais sustentável de olho nos efeitos colaterais do afrouxamento monetário.”

O mandato do acadêmico de 71 anos começou no domingo, sucedendo Haruhiko Kuroda, cujo segundo mandato de cinco anos terminou no sábado (08).

“Dada a alta incerteza econômica, o Banco do Japão se comunicará de perto com o governo e orientará a política monetária com flexibilidade”, disse Ueda a repórteres após se encontrar com o primeiro-ministro Fumio Kishida para receber sua carta oficial de nomeação.

Ueda também disse que concorda com o premiê de que não há necessidade imediata de revisar uma declaração conjunta entre o governo e o Banco do Japão, segundo a qual o Banco Central se compromete a atingir sua meta de inflação de 2% o mais rápido possível.

Os mercados estão em busca de pistas sobre quando Ueda poderá eliminar gradualmente uma política impopular de controle de rendimentos de títulos que atraiu críticas por distorcer os mercados e prejudicar as margens dos bancos.

Em audiências de confirmação parlamentar em fevereiro, Ueda enfatizou a necessidade de manter uma política ultrafrouxa para garantir que o Japão atinja de forma sustentável a meta de inflação de 2% do Banco do Japão, apoiada pelo crescimento salarial.

Mas, com a inflação acima da meta, muitos analistas esperam que o Banco Central ajuste ou encerre a política de controle da curva, que combina uma meta de 0,1% para os juros de curto prazo e de 9% para os rendimentos de 10 anos, já neste trimestre.

A inflação estagnada há muito tempo e o crescimento salarial do Japão estão mostrando sinais de mudança. Depois de atingir uma máxima de 41 anos de 4,2% em janeiro, o núcleo da inflação ao consumidor permanece acima de 3%, à medida que mais empresas sobem os preços em resposta ao aumento dos custos das matérias-primas.

Ueda presidirá sua primeira reunião de política monetária nos dias 27 e 28 de abril, quando o Banco Central produzirá novas previsões trimestrais de crescimento e preços até o ano fiscal de 2025.

Inflação ao consumidor desacelera e preços ao produtor da China recuam por demanda fraca

A inflação ao consumidor da China atingiu uma mínima em 18 meses e a queda nos preços ao produtor acelerou em março, uma vez que a demanda permaneceu persistentemente fraca, reforçando o argumento para que as autoridades tomem mais medidas para sustentar a recuperação econômica.

Em contraste com o aumento dos preços globalmente, a inflação no varejo e ao produtor da China permaneceu anêmica enquanto os setores de consumo e industrial lutam para se recuperar do golpe da pandemia. Analistas agora acham que a inflação ao consumidor pode ficar aquém das metas oficiais de Pequim este ano.

O índice de preços ao consumidor subiu 0,7% na comparação anual, o ritmo mais lento desde setembro de 2021 e mais fraco do que o avanço de 1,0% em fevereiro, informou o Escritório Nacional de Estatísticas nesta terça-feira. O resultado ficou aquém do aumento de 1,0% apontado em uma pesquisa da Reuters.

“O relatório de inflação da China em março sugere que a economia chinesa está passando por um processo de desinflação, o que aponta para um espaço maior para flexibilização da política monetária para impulsionar a demanda”, disse Zhou Hao, economista da Guotai Junan International.

O índice de preços ao produtor caiu 2,5% em relação ao ano anterior, o ritmo mais rápido desde junho de 2020 e em comparação com uma queda de 1,4% em fevereiro. O índice registra recuo agora por seis meses consecutivos.

A inflação dos preços dos alimentos, um dos principais impulsionadores da inflação ao consumidor, desacelerou para 2,4% em relação ao ano anterior, de 2,6% no mês anterior. Na comparação mensal, os preços dos alimentos caíram 1,4%.

Isso empurrou o índice para uma queda de 0,3% em relação ao mês anterior, após um recuo de 0,5% em fevereiro, frustrando as expectativas de que ficasse inalterado.

Coreia do Sul: Documento de inteligência dos EUA vazado ‘falso’, em meio a alegações de espionagem

A Coreia do Sul disse na terça-feira (11) que as informações contidas em um documento confidencial supostamente vazado dos Estados Unidos, que parecia basear-se em discussões internas entre as principais autoridades de segurança sul-coreanas, eram “falsas” e “alteradas”.

Vários documentos foram publicados recentemente nas mídias sociais, oferecendo um instantâneo parcial de um mês da guerra na Ucrânia, provocando uma disputa diplomática entre os EUA e alguns aliados.

Um dos documentos dava detalhes de discussões internas entre autoridades sul-coreanas sobre a pressão dos EUA sobre Seul para ajudar a fornecer armas à Ucrânia, sugerindo que os EUA poderiam estar espionando a Coreia do Sul, um de seus aliados mais importantes, e convidando a condenação do país asiático. legisladores.

O gabinete do presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol disse em um comunicado que as suspeitas de que seu escritório em Seul foi monitorado são “totalmente falsas” e que qualquer tentativa de abalar sua aliança com os EUA é um ato “comprometendo o interesse nacional”.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, conversou por telefone com seu homólogo sul-coreano na terça-feira, durante o qual os dois lados concordaram que grande parte do documento sobre a Coreia do Sul foi fabricado, disse o gabinete de Yoon.

Não detalhou qual parte do documento era falsa.

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul disse que durante a conversa telefônica que ocorreu a pedido de Austin, o chefe do Pentágono explicou sobre os recentes relatos da mídia sobre o vazamento e prometeu se comunicar de perto com a Coreia do Sul sobre o assunto.

A revelação ocorre apenas algumas semanas antes de Yoon se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington, em 26 de abril.

Alguns legisladores do principal partido de oposição da Coreia do Sul, o Partido Democrata, expressaram “forte pesar” na segunda-feira sobre a suposta vigilância, chamando-a de uma clara violação de soberania nacional e uma grande falha de segurança da administração Yoon.

Paquistão condena decisão da Índia de realizar reuniões do G20 na Caxemira

O Paquistão condenou a decisão da Índia de realizar as reuniões do G20 do próximo mês no território da Caxemira, chamando a medida de “irresponsável”.

A Caxemira é parcialmente governada pelos dois países com armas nucleares, que travaram duas de suas três guerras pelo controle da região.

A Índia atualmente detém a presidência rotativa do G20 por um ano e sediará a cúpula de líderes em Nova Délhi, no início de setembro.

Na sexta-feira (7), a Índia divulgou um calendário completo de eventos que antecedem a cúpula, que incluiu reuniões do G20 e Youth 20 na capital de verão da Caxemira, Srinagar, e em Leh, na região vizinha de Ladakh.

O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão emitiu uma declaração condenando a escolha dos locais em território disputado.

‘’O movimento irresponsável da Índia é o mais recente de uma série de medidas egoístas para perpetuar sua ocupação ilegal em Jammu e Caxemira’’, afirmou.

Em seguida, o ministério acusou a Índia de agir em “desrespeito às resoluções do Conselho de Segurança da ONU e em violação aos princípios da Carta da ONU e do direito internacional”.

O Ministério das Relações Exteriores da Índia não respondeu imediatamente a um pedido da Reuters para comentários sobre a declaração do Paquistão.

Há algum tempo Nova Délhi acusa o Paquistão de alimentar uma insurgência separatista em Jammu e Caxemira, a única região de maioria muçulmana na Índia. Islamabad nega a acusação, dizendo que apenas fornece apoio diplomático e moral para os caxemires que buscam autodeterminação.

Banco do Japão manterá afrouxamento monetário para atingir meta de inflação

O Banco do Japão continuará com o afrouxamento monetário para atingir sua meta de inflação de 2% acompanhada de aumentos salariais de maneira sustentável e constante, disse o novo vice-presidente do Banco Central japonês, Shinichi Uchida, na quarta-feira (12).

O comentário seguiu declarações anteriores do presidente da instituição, Kazuo Ueda, de que é apropriado manter a política monetária ultrafrouxa por enquanto, já que a inflação ainda não atingiu sua meta de 2% de forma sustentável.

A promessa repetida de Ueda de manter a política pode diminuir qualquer expectativa de reverter a postura de dinheiro fácil do Banco do Japão em breve, especialmente quando os mercados globais permanecem nervosos com o risco de contágio dos problemas do setor bancário dos EUA e da Europa.

Uchida disse que as instituições financeiras japonesas estão equipadas com capital suficiente e bases de captação de recursos, tornando “limitado” qualquer impacto dos problemas bancários ocidentais desde março.

Uchida estava lendo um discurso em reunião anual de associações de confiança em nome de Ueda, que está viajando para Washington para participar das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

“Espera-se que o ritmo dos aumentos de preços diminua no meio deste ano fiscal devido às medidas do governo para conter os preços de energia e à medida que os efeitos das empresas que repassam os custos diminuem”, disse Uchida.

“O Banco do Japão continuará com o afrouxamento monetário para atingir a meta de estabilidade de preços de maneira sustentável e estável, enquanto apoia a economia junto com aumentos salariais.”

Exportações da China têm alta inesperada, mas economistas alertam para fraqueza à frente

As exportações da China aumentaram inesperadamente em março, com as autoridades sinalizando aumento da demanda por veículos elétricos, mas analistas alertaram que a melhora reflete em parte o fato de fornecedores estarem recuperando as encomendas atrasadas após os problemas causados pela Covid-19 no ano passado.

As exportações em março dispararam 14,8% em relação ao ano anterior, interrompendo cinco meses consecutivos de quedas e surpreendendo economistas, que previam uma queda de 7,0% em pesquisa da Reuters.

Mas analistas dizem que o salto provavelmente está relacionado à pressa dos exportadores para atender a uma carteira de pedidos que foi afetada pela pandemia nos últimos meses, e alertaram que as perspectivas para a demanda global permanecem fracas.

“A onda de surtos de Covid em dezembro e janeiro provavelmente esgotou os estoques das fábricas. Agora que as fábricas estão operando com capacidade total, elas recuperaram os pedidos acumulados do passado”, disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management.

“É improvável que o crescimento forte das exportações se sustente, dadas as fracas perspectivas macro globais”, acrescentou.

Enquanto isso, as importações caíram menos do que o esperado, com economistas apontando uma aceleração na compra de produtos agrícolas, especialmente soja.

As importações caíram apenas 1,4%, contra previsão de queda de 5,0% e contração de 10,2% nos dois meses anteriores. Os aumentos nas importações de petróleo bruto, minério de ferro e soja no mês foram compensados por uma queda nas importações de cobre.

Atividades de fusões e aquisições na Arábia Saudita devem acelerar apesar da desaceleração global

As atividades de fusões e aquisições na Arábia Saudita devem acelerar em 2023, mesmo com o mundo testemunhando uma desaceleração nos negócios de M&A, de acordo com um novo relatório.

O relatório divulgado pela empresa de rede de serviços profissionais PwC Middle East observou que a Arábia Saudita se tornou um dos mercados mais atraentes para empresas internacionais que buscam novas fusões e aquisições.

Segundo o relatório, a Visão 2030 da Arábia Saudita, destinada a diversificar a economia do país, também desempenhou um papel fundamental para transformar o Reino em um centro para investidores internacionais.

“A Arábia Saudita espera uma maior aceleração na atividade de fusões e aquisições durante 2023, apesar de um forte fluxo de IPOs, já que a diferença nos múltiplos de avaliação entre essas duas rotas de saída diminui para investidores que desejam vender ativos”, disse Imad Matar, sócio de negócios da PwC Oriente Médio na Arábia Saudita.

Ele acrescentou: “Ao mesmo tempo, o Fundo de Investimento Público continuará a liderar as transações transfronteiriças de saída, além de alimentar os negócios domésticos. Os CEOs do Oriente Médio estão se preparando ativamente para um período mais dinâmico à frente, marcado pela transformação para fortalecer sua resiliência de longo prazo”.

O relatório disse que a visão nacional da Arábia Saudita, as estratégias industriais e várias iniciativas de turismo ajudarão a sustentar o crescimento econômico além da Visão 2030 e apoiar futuras oportunidades de fusões e aquisições.

Qatar visa a maior parte da economia halal global

A economia halal do Qatar tem testemunhado um crescimento maciço, com o país incentivando setores centrais com alto potencial de crescimento a desenvolver produtos e serviços prescritos pela lei islâmica, disse uma agência estatal.

De acordo com a Agência de Promoção de Investimentos do Catar, o estado registrou ativos de mercado no valor de US$ 156,4 bilhões nos mercados financeiros em 2021, seguidos por US$ 1 bilhão em seguros islâmicos, também conhecidos como takaful, US$ 14,2 bilhões em turismo islâmico, US$ 5,1 bilhões em saúde e US$ 849 milhões em fintech islâmica.

O estudo também destacou o papel do Catar no desenvolvimento do ecossistema de acreditação halal global e nacional, estabelecendo o Centro de Acreditação Halal da Organização de Cooperações Islâmicas e a evolução da orientação do Ministério da Saúde Pública sobre a importação de produtos alimentícios halal. 

O estado está se desenvolvendo como o centro da economia halal na região.

“A cadeia de valor da economia halal do país é apoiada por atores de todos os setores, desde a compra de insumos halal até a certificação e credenciamento de produtos para padrões halal e logística e distribuição para usuários finais”, afirmou o relatório. 

O Catar também está promovendo iniciativas como o programa “Halal Livelihood” do Ministério do Comércio e Indústria para aumentar a conscientização sobre a vida halal e a importância e potencial do takaful, investimentos verdes e emissão de sukuk. 

Como parte de sua ambiciosa Visão Nacional do Catar 2030, o país pretende se posicionar como um dos principais centros de comércio, turismo e investimento na região, inclusive em sua economia halal, classificada entre as 10 primeiras no Indicador de Economia Islâmica Global.

Condições de negócios não petrolíferos de Dubai se recuperam em março

O setor privado não petrolífero de Dubai cresceu no ritmo mais rápido desde setembro de 2022, com o Índice de Gerentes de Compras do Emirado atingindo 55,5 em março, segundo a S&P Global.

Em seu último relatório do Índice de Gerentes de Compras para Dubai, a agência de classificação global observou que essa melhora acentuada nas condições de negócios não petrolíferos foi apoiada por um crescimento mais forte na produção, emprego e estoques de compras.

De acordo com o índice, as leituras do PMI acima da marca de 50 mostram crescimento do setor privado não petrolífero, enquanto as abaixo de 50 sinalizam contração.

Em fevereiro, o PMI de Dubai ficou em 54,1, enquanto foi de 54,5 e 55,2 em janeiro e dezembro de 2022, respectivamente. 

“O Dubai PMI acelerou pela primeira vez em três meses em março, subindo para 55,5 de uma baixa de 12 meses de 54,1 em fevereiro, à medida que as empresas relataram maiores esforços para aumentar a força do lado da oferta à luz de uma nova expansão rápida na atividade. níveis”, disse David Owen, economista sênior da S&P Global Market Intelligence. 

Ele acrescentou: “Os aumentos subsequentes nos níveis de pessoal e estoques de materiais e componentes foram os mais acentuados em cerca de cinco anos, permitindo que as empresas aumentassem sua produção ao máximo por seis meses”.

O relatório, no entanto, acrescentou que o crescimento do atacado e do varejo atingiu uma mínima de 14 meses em março, já que esse setor, juntamente com a indústria de viagens e turismo, perdeu força em relação aos picos pós-Covid em 2022. 

KSA e Omã formam comitê para supervisionar o desenvolvimento da zona econômica de Dhahirah

A Arábia Saudita e Omã formaram um comitê para supervisionar o desenvolvimento da zona econômica integrada em Dhahirah. 

O comitê visa desenvolver um plano para o desenvolvimento, execução e gestão da zona econômica em Omã, bem como monitorar a implementação de todos os programas e iniciativas. 

O comitê trabalhará para o intercâmbio de experiências e práticas bem-sucedidas na gestão e operação de zonas econômicas entre os dois países. Também coordenará a realização de workshops informativos para comerciantes e investidores sobre a zona em ambos os países. 

A Autoridade Pública de Omã para Zonas Econômicas Especiais e Zonas Francas, também conhecida como OPAZ, liderou a decisão de formar o comitê presidido por Ahmed Al-Deeb, vice-presidente da OPAZ. 

Outros funcionários da OPAZ fazem parte do comitê, bem como membros do Ministério de Investimentos, Cidades Econômicas e Autoridade de Zonas Econômicas Especiais da Arábia Saudita e do Fundo de Desenvolvimento Saudita.

Uma das tarefas mais notáveis ​​sob a égide do comitê é supervisionar a implementação de um memorando de entendimento assinado entre a OPAZ e a Autoridade das Cidades Econômicas Sauditas e Zonas Econômicas Especiais. 

O comitê também supervisionará o estabelecimento de uma empresa saudita-omani que administrará e operará a zona econômica. 

A zona econômica encontra-se atualmente na sua primeira fase de estabelecimento que inclui infraestruturas, estradas, instalações eléctricas, redes de água e esgotos e tratamento de resíduos industriais. 

Investimentos estrangeiros na Arábia Saudita atingiram US$ 640 bilhões em 2022

Os investimentos estrangeiros na Arábia Saudita cresceram 2% em 2022, para SR2,4 trilhões (US$ 640 bilhões), em comparação com SR2,36 trilhões em 2021, informou o Banco Central Saudita, também conhecido como SAMA.

O relatório da SAMA apontou que os investimentos estrangeiros diretos representaram 42% do total de entrada de estrangeiros no Reino, o equivalente a SR 1,01 trilhão.

Revelou ainda que os investimentos de portfólio constituíram SR822,8 bilhões em 2022, enquanto outros ficaram em SR572,3 bilhões.

O Reino tem assistido a um aumento constante dos investimentos estrangeiros desde o lançamento da Visão 2030 em 2016, um programa que visa diversificar a economia do Reino que depende do petróleo há várias décadas.

Em 2016, os investimentos estrangeiros no Reino totalizaram SR1,26 trilhão e em seis anos, o número quase dobrou, o que indica fortemente o crescente apetite dos investidores no Reino.

No início deste mês, a Arábia Saudita conquistou o terceiro lugar no Oriente Médio e o sexto globalmente no ranking de Mercados Emergentes do Índice de Confiança de Investimento Direto Estrangeiro de 2023 divulgado por Kearney, afirmando a alta confiança dos investidores no Reino.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
14/04/2023