Cenário Econômico Internacional – 05/05/2023

Cenário Econômico Internacional – 05/05/2023

Cenário Econômico Internacional – 05/05/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Inflação alta ainda é o principal temor para economia global, dizem economistas

A inflação persistentemente alta continua sendo a maior preocupação econômica neste ano, mesmo com a maioria dos Bancos Centrais chegando ao fim da série de altas de juros, de acordo com pesquisas da Reuters com economistas que também atualizaram suas previsões de crescimento para 2023 em relação a três meses atrás.

Com o desempenho da economia global melhor do que o esperado até agora neste ano, a maioria das principais economias deve escapar de uma recessão total ou superficial, sugerindo que as autoridades têm seu trabalho reduzido para controlar a inflação.

As previsões medianas para a maioria das 45 economias cobertas foram atualizadas em relação à pesquisa de janeiro. A pesquisa estimou o crescimento global em 2,5% no ano, acima dos 2,1% esperados três meses atrás, mas abaixo da visão de 2,8% do Fundo Monetário Internacional.

Os economistas também atualizaram suas perspectivas de inflação. As previsões medianas foram elevadas para mais de dois terços das 45 economias pesquisadas e os economistas disseram que estão se preparando para que a inflação supere suas previsões, e não as subestime.

Mais de três quartos dos economistas, 207 de 268, que responderam a uma pergunta adicional, disseram que o maior risco para sua visão de inflação em 2023 é que ela seja maior do que o esperado. Apenas 61 disseram que poderia ser menor do que o previsto.

O Fed deve realizar uma alta final de 25 pontos-base nos juros em maio e depois mantê-los estáveis pelo resto de 2023, mostrou a última pesquisa da Reuters.

O Banco Central Europeu (BCE) deve elevar sua taxa de depósito em um valor semelhante na próxima semana e novamente em junho, e o Banco da Inglaterra também deve aumentar sua taxa em maio.

Quando questionados sobre qual é o maior risco para a economia global no curto prazo, uma pequena maioria dos economistas, 94 de 176, escolheu a inflação persistentemente alta. Os 82 restantes selecionaram a turbulência financeira.

A economia norte-americana deve crescer 1,1% e 0,8% neste ano e em 2024, respectivamente. O crescimento econômico na China deve subir para 5,4% este ano, ante 3,0% no ano passado.

Chefe do FMI diz que mais vulnerabilidades no setor bancário podem ser expostas

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, disse nesta segunda-feira que espera que mais fraquezas sejam expostas no setor bancário, apenas algumas horas após o JPMorgan Chase resgatar o First Republic Bank.

Falando na Conferência Global do Milken Institute de 2023, em Beverly Hills, Califórnia, Georgieva abordou imediatamente o maior tópico do dia; a crise bancária que tem enervado os investidores há semanas.

Ela disse que a rápida transição de taxas de juros baixas para muito mais altas desempenhou um papel na descoberta de fraquezas em certos bancos e acrescentou que a dor pode não ter acabado.

“Isso não significa que temos um passe livre”, disse ela. “Isso não significa que não haveria mais vulnerabilidades por vir.” Os investidores disseram à margem da conferência que estão preocupados com a possibilidade de mais dramas pela frente, já que os mercados podem ter como alvo outros bancos menores e vulneráveis.

Georgieva disse que o que chamou a atenção no último resgate foi a rapidez com que os depósitos se afastaram do First Republic, com sede em São Francisco, e disse que a velocidade se deve em parte ao poder das mídias sociais.

Índia e China serão responsáveis por mais da metade do crescimento mundial em 2023

A China e a Índia serão responsáveis por mais da metade do crescimento mundial neste ano, prevê o Fundo Monetário Internacional (FMI), que divulgou um relatório sobre a região da Ásia-Pacífico.

O FMI previu que o produto interno bruto (PIB) da região da Ásia-Pacífico aumentará 4,6% em 2023, um aumento de 0,3 ponto percentual em relação à projeção de outubro passado. O relatório estima um crescimento mundial de 2,8%.

A China será responsável por 34,9% do crescimento global e a Índia por 15,4%, segundo o FMI. Juntos, os dois países somam 50,3% da projeção de crescimento para este ano.

A região da Ásia-Pacífico deverá ser responsável por cerca de 70% do crescimento econômico global. Esta é “uma parcela muito maior do que vimos nos últimos anos”, disse Krishna Srinivasan, diretor do Departamento da Ásia e Pacífico do FMI, em entrevista coletiva.

O FMI também aproveitou o relatório para aumentar a projeção de crescimento da China para 2023 em 0,8 ponto percentual, para 5,2%.

A segunda maior economia do mundo vive momento de retomada graças ao fim das rígidas políticas da “covid zero”. O FMI vê o consumo, e não o investimento, como o grande impulsionador do crescimento chinês neste ano.

Guerra no Sudão representa ‘fracasso’ da ONU, diz seu secretário-geral

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou, que o mundo “fracassou” em impedir a guerra entre generais rivais no Sudão, onde as Nações Unidas pedem garantias de segurança para fornecer ajuda humanitária.

Apesar de um “acordo de princípio” para prolongar até 11 de maio uma trégua que, até o momento, não foi respeitada, “combates e explosões” foram registrados nesta quarta-feira em Cartum, capital do país, com aviões militares sobrevoando o céu, relataram moradores à AFP.

Desde 15 de abril, um conflito opõe o Exército, liderado pelo general Abdel Fatah al Burhan, e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR) do general Mohamed Hamdan Daglo.

Ao menos 550 pessoas morreram e 5.000 ficaram feridas, segundo o último balanço disponível, embora estes números possivelmente sejam muito maiores.

Nesta quarta, o secretário-geral das Nações Unidas reconheceu em Nairóbi, no Quênia, que a ONU “foi surpreendida” por este conflito. “Podemos dizer que fracassamos em impedi-lo”, admitiu Guterres.

“Um país como o Sudão, que tem sofrido tanto, que se encontra em uma situação econômica e humanitária tão desesperada, não pode permitir uma luta pelo poder entre duas pessoas”, declarou o chefe das Nações Unidas.

Cerca de 850 quilômetros a leste de Cartum, o secretário-geral adjunto da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, chegou a Porto Sudão, uma cidade costeira onde não há combates.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (01), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, com investidores digerindo o leilão de fim de semana para venda de ativos do First Republic Bank e se preparando para outro aumento esperado da taxa de juros pelo Federal Reserve nesta semana. O índice Dow Jones teve queda de 0,15%, a 34.047,74 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,05%, a 4.167,33 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,12%, a 12.211,75 pontos.

Na terça-feira (02), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, em uma sessão na qual são pressionadas pelos temores com o setor bancário americano. Os riscos com bancos de menor escala persistem, e contaminaram os papéis de outras instituições ao longo do dia. O índice Dow Jones teve queda de 1,08%, a 33.684,53 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,16%, a 4.119,58 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,08%, a 12.080,51 pontos.

Na quarta-feira (03), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, em uma sessão volátil que acompanhou a alta de juros do Federal Reserve (Fed) e a coletiva de imprensa do presidente da autoridade, Jerome Powell, que seguiu a decisão. O índice Dow Jones teve queda de 0,80%, a 33.414,24 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,70%, a 4.090,75 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,46%, a 12.025,33 pontos.

Na quinta-feira (04), as bolsas de valores de Nova York operavam em queda, depois que o movimento do PacWest Bancorp para explorar opções estratégicas aprofundou os temores sobre a saúde dos bancos regionais, contrariando o otimismo pela sinalização do Federal Reserve de que pode pausar suas altas de juros. Por volta das 13h00, o índice Dow Jones registrava queda de 1,25%, a 32.996,73 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,91%, a 4.053,34 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 0,59%, a 11.954,15 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 28.04.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (28) cotado a R$ 4,9874 com alta de 0,14%. Sustentado pela manhã por investidores comprados no mercado futuro e influenciado pelo exterior, onde a divisa dos EUA também subia ante outras moedas de países emergentes.

Na segunda-feira (01) – Sem cotação devido ao feriado.

Na terça-feira (02) – O dólar à vista registrou alta de 1,19%, cotado a R$ 5,0467 na venda. O dia de agenda esvaziada no Brasil deixou o dólar livre para seguir a tendência vinda do exterior, onde a moeda norte-americana se mantinha em queda ante outras divisas de exportadores de commodities, na esteira de dados econômicos mais fracos nos Estados Unidos. O dólar oscilou entre R$ 5,0535 na máxima e R$ 4,9932 na mínima.

Na quarta-feira (03) –O dólar à vista registrou queda de 1,09%, cotado a R$ 4,9919 na venda. Com investidores ajustando posições e reagindo ao cenário externo, onde a moeda norte-americana também recuava ante outras divisas e com o Federal Reserve sinalizando possível pausa no ciclo de alta de juros. O dólar oscilou entre R$ 5,0523 na máxima e R$ 4,9834 na mínima.

Na quinta-feira (04) – Por volta das 13h00, o dólar operava em alta de 0,57% cotado a R$ 5,0202 na venda. Acompanhando recuperação externa da moeda norte-americana, conforme investidores continuavam digerindo as decisões de política monetária da véspera do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil.

Gastos do consumidor nos EUA ficam estáveis em março; núcleo do PCE continua forte

Os gastos dos consumidores dos Estados Unidos ficaram inalterados em março, enquanto as pressões da inflação subjacente permaneceram fortes, o que pode levar o Federal Reserve a elevar os juros novamente no próximo mês.

A leitura inalterada nos gastos dos consumidores no mês passado, divulgada pelo Departamento de Comércio, seguiu-se a um ganho revisado para baixo de 0,1% em fevereiro. Economistas consultados pela Reuters previam que os gastos dos consumidores cairiam 0,1%.

Os dados foram incluídos no relatório antecipado do Produto Interno Bruto para o primeiro trimestre divulgado na quinta-feira, que mostrou os gastos dos consumidores aumentando a uma taxa anualizada de 3,7% no período, após subirem 1,0% no trimestre de outubro a dezembro.

A economia cresceu a um ritmo de 1,1%, já que a aceleração nos gastos dos consumidores foi compensada por empresas liquidando estoques em antecipação à demanda mais fraca ainda neste ano. A economia cresceu a uma taxa de 2,6% no quarto trimestre.

A leitura estável do mês passado nos gastos dos consumidores colocou o consumo em um caminho de crescimento mais baixo no segundo trimestre. Isto provavelmente refletiu os norte-americanos se tornando mais avessos a preços altos, bem como a expiração de um aumento temporário dos benefícios do Programa de Assistência Nutricional Suplementar, autorizado pelo Congresso para proteger pessoas e famílias de baixa renda contra as dificuldades da pandemia da Covid-19.

A economia está enfrentando vários obstáculos, incluindo juros mais altos à medida que o Fed combate à inflação e condições de crédito mais rígidas, o que pode prejudicar os gastos dos consumidores e das empresas. Um impasse para aumentar o limite de empréstimos de 31,4 trilhões de dólares do governo federal também representa uma ameaça.

Economia do Canadá cresceu 0,1% em fevereiro, diz Statscan

A economia canadense cresceu 0,1% em fevereiro, informou a Statistics Canada.

Em seu último relatório sobre crescimento econômico, a estimativa preliminar da agência federal sugeriu que o produto interno bruto real cresceu a uma taxa anualizada de 2,5% no primeiro trimestre.

O número de fevereiro ficou abaixo do esperado pelo Statistics Canada, já que o comércio atacadista e varejista, bem como a manufatura, todos contraíram.

Impulsionando o PIB real em fevereiro foi o crescimento no setor público, serviços profissionais, científicos e técnicos, construção e finanças e seguros.

O Statistics Canada revisou para cima seus números de janeiro para o PIB real para 0,6%.

Espera-se que a economia canadense pare este ano e potencialmente entre em recessão, já que as altas taxas de juros pesam sobre consumidores e empresas.

O Banco do Canadá está mantendo sua principal taxa de juros estável em 4,5%, a mais alta desde 2007.

A estimativa preliminar da agência federal para março sugere que a economia contraiu 0,1%.

Argentinos celebram 1º de maio com atos contra o FMI

Organizações sociais e partidos de esquerda da Argentina comemoraram o Dia do Trabalho, na segunda-feira (01), com atos contra as condições de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e cobrando medidas para amenizar os efeitos da inflação.

O governo “priorizou o acordo com o Fundo Monetário ao invés do sofrimento da grande maioria das pessoas que hoje se reúnem para denunciar esta situação em que vivem as nossas famílias”, advertiu José ‘Pepe’ Gazpio, do Movimento Popular pela Dignidade.

“Mas também queremos afirmar que nem tudo está perdido e que precisamos de política para ouvir mais os setores que hoje lotam as ruas e praças”, acrescentou Gazpio, integrante desta organização social que se mobilizou na Avenida 9 de Julho, onde cerca de 4.000 pessoas se reuniram sob o slogan “Não ao FMI”.

Em meio a bandeiras vermelhas e pretas, militantes prepararam ensopados em panelas gigantes para distribuir entre os manifestantes em um dos inúmeros atos que aconteceram em comemoração ao Dia do Trabalhado, feriado na Argentina.

Embora a taxa oficial de desemprego tenha fechado o ano passado em 6,3%, a menor em várias décadas, a inflação, que acumula 102% em 12 meses, corrói a renda e, mesmo com empregos, a pobreza está próxima de 40% em um país de 46 milhões de habitantes.

Em meio a uma corrida cambial que agrava a alta dos preços, o governo argentino busca renegociar o acordo com o FMI para refinanciar uma dívida contraída em 2018 por US$ 44 bilhões (R$ 154,5 bilhões, na cotação da época), o que prevê um programa de forte disciplina fiscal.

Os atos de 1º de maio também serviram para expressar o repúdio às reformas trabalhistas que vários presidenciáveis da oposição de direita prometeram promover.

Biden convoca reunião para tentar evitar crise fiscal nos EUA

O Tesouro dos Estados Unidos alertou na segunda-feira (01) que pode ficar sem dinheiro para pagar todas as contas do governo em junho sem um aumento no limite da dívida, levando o presidente Joe Biden a convocar os quatro principais líderes do Congresso para a Casa Branca na tentativa de evitar uma crise fiscal.

Uma pessoa familiarizada com os planos disse à Reuters que Biden ligou para o presidente da Câmara, o republicano Kevin McCarthy, em Jerusalém, assim como o líder democrata da Câmara Hakeem Jeffries, o líder da maioria no Senado Chuck Schumer, e o líder republicano Mitch McConnell, e os convidou para uma reunião em 9 de maio para falar sobre o teto da dívida e os gastos federais.

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse em uma carta ao Congresso que é improvável que a agência cumpra todas as obrigações de pagamento do governo dos EUA “no início de junho e potencialmente já em 1º de junho” sem uma ação do Congresso.

A nova “data X” potencial, que leva em conta as receitas fiscais de abril, permanece praticamente inalterada em relação à estimativa anterior, divulgada em janeiro, de que o governo poderia ficar sem dinheiro por volta de 5 de junho. Mas Yellen também acrescentou algum espaço de manobra.

“As receitas e despesas federais são inerentemente variáveis, e a data real que o Tesouro esgota as medidas extraordinárias pode ser semanas depois dessas estimativas”, escreveu ela aos parlamentares.

“É impossível prever com certeza a data exata em que o Tesouro não conseguirá pagar as contas do governo, e continuarei a atualizar o Congresso nas próximas semanas à medida que mais informações estiverem disponíveis”, escreveu, instando o Parlamento a agir rapidamente para elevar o limite.

Após atingir o limite de empréstimos de 31,4 trilhões de dólares em 19 de janeiro, Yellen havia dito anteriormente que o Tesouro manteria os pagamentos de dívidas, benefícios federais e faria outros desembolsos usando recebimentos de caixa e medidas extraordinárias de gerenciamento de caixa.

Eleição de Peña consolida direita no Paraguai e dá força para renegociar Tratado de Itaipu

A eleição de Santiago Peña consolida o poder da direita no Paraguai, e dá ao Partido Colorado um sólido mandato para renegociar o Tratado de Itaipu Binacional com o Brasil.

Poderia também dar ao ex-presidente Horacio Cartes, que dirige o partido, uma carta na manga para negociar com os Estados Unidos uma postura mais branda em relação aos seus supostos crimes, em troca de o Paraguai manter as relações diplomáticas com Taiwan.

“Foi a maior vitória do Partido Colorado desde a queda da ditadura”, avalia a analista política paraguaia Marta Ferrara, diretora-executiva da ONG Sementes para a Democracia, de Assunção.

O tradicional partido conquistou a maioria nas duas casas do Congresso e ganhou 15 dos 17 governos e assembleias estaduais.

“Foi uma derrota catastrófica para a oposição”, continua Ferrara.

A oposição de centro e de esquerda se dividiu. Como terceira força, emergiu o populista Paraguayo Cubas. Com isso, desbancou a esquerda, liderada pelo ex-presidente Fernando Lugo, que recebeu apoio do Brasil sob Dilma Rousseff quando sofreu impeachment, em 2012.

Efraín Alegre, do Partido Liberal, ficou em segundo lugar com 27% dos votos, contra 43% para Santiago Peña. Um resultado bem inferior ao das eleições anteriores, quando perdeu para o atual presidente Mario Abdo Benítez, também do Partido Colorado, por menos de 4 pontos percentuais.

Segundo a analista, Alegre perdeu votos ao abandonar o centro e se aliar à direita.

O Tratado de Itaipu completou 50 anos dia 26, e com isso pode ser renegociado.

“A principal conversa será a respeito do Anexo C, que se refere às bases financeiras e ao Custo do Serviço de Eletricidade”, observa o economista paraguaio Julio Cesar Insaurralde, que atua em São Paulo como consultor de negócios com o país.

A cada um dos países cabe 50% da energia produzida. Como o Paraguai não consome toda essa fatia, o contrato atual obriga o Paraguai a ceder ao Brasil a energia que não utiliza, a preço subsidiado.

O Paraguai gostaria de vendê-la a preço de mercado, inclusive para outros países. O Brasil, tradicionalmente, não aceita essa hipótese.

Ações de bancos regionais dos EUA despencam com retorno de turbulências no setor

As ações de bancos norte-americanos de médio porte caíam antes da abertura dos mercados na quarta-feira (03), com o PacWest Bancorp e Western Alliance Bank estendendo perdas do início desta semana após o colapso de uma terceira grande instituição financeira regional em dois meses.

A intervenção dos EUA sobre o First Republic Bank e sua venda para o JPMorgan Chase trouxe a turbulência do setor bancário de volta à tona e provocou uma liquidação de ações no setor com investidores temendo qual a próxima peça do dominó a cair.

O índice KBW Regional Banking Index fechou na terça-feira (02) no menor nível desde dezembro de 2020.

“A onda de preocupação está aumentando sobre a saúde debilitada de carteiras de bancos regionais dos EUA, com muitos sentados em grandes perdas não realizadas”, disse Susannah Streeter, diretora da Hargreaves Lansdown.

“A facilidade de saques na era digital está causando aumento do nervosismo, dada a velocidade dos colapsos bancários ao longo últimos dois meses”, acrescentou.

As ações do PacWest caíam 10,5% nesta quarta-feira. O Western Alliance Bank recuava 7,2%, enquanto Comerica e Zions Bancorp tinham perdas de 3,3% e 2,6%, respectivamente.

O PNC Financial Services Group caía 1,8%. O banco afirmou que seu controlador e a unidade bancária poderão fazer uma oferta de até 15 bilhões de dólares em papéis comerciais como forma de garantir liquidez adicional.

Acordo de paz com Colômbia só avançará com cessar-fogo sem erros, diz ELN

Um cessar-fogo entre o grupo rebelde colombiano Exército de Libertação Nacional (ELN) e o governo precisa ser cumprido em “100%” se quiser ganhar a confiança do povo colombiano, disse o chefe da delegação do ELN antes de novas conversas em Havana.

O presidente de esquerda da Colômbia, Gustavo Petro, reiniciou as negociações de paz com o ELN no ano passado, mas essas negociações foram interrompidas em março, depois que o ELN matou nove soldados colombianos perto da fronteira com a Venezuela.

Qualquer cessar-fogo precisa ser “atingível e mensurável” para conquistar a população colombiana, disse o negociador-chefe do ELN, Pablo Beltrán, a repórteres pouco depois de chegar à Havana para uma terceira rodada de negociações desde a eleição de Petro.

“Queremos que o povo colombiano veja que um cessar-fogo é possível e que concordamos em cumprir”, disse Beltrán. “Isso (seria) um cessar-fogo preliminar, não o fim do conflito, por isso estamos interessados que funcione 100%, ou seja, zero erro.”

Beltrán afirmou que o ataque de março que matou nove soldados foi provocado por uma “campanha ofensiva” dos militares colombianos.

“Houve uma série de ataques. Qual foi nossa resposta? Para nos defendermos. Essa era a diretriz”, declarou Beltrán.

O ataque do ELN, segundo o governo de Petro, prejudicou a confiança dos colombianos no compromisso do grupo com a paz. Mas Beltrán disse que os militares colombianos também mataram seus combatentes em operações desde o início das negociações.

Fed eleva juros em 0,25 p.p. e sinaliza possível pausa no ciclo de aperto monetário

O Federal Reserve elevou na quarta-feira (04) a taxa de juros em 0,25 ponto percentual e sinalizou que deve pausar os aumentos, dando tempo às autoridades para avaliar as consequências das recentes falências de bancos, aguardar a resolução de um impasse político sobre o teto da dívida dos Estados Unidos e monitorar o curso da inflação.

A medida marca uma nova etapa de sua gestão da recuperação da pandemia de Covid-19, com o que pode ser o aumento final da taxa básica de juros e maior atenção aos riscos enfrentados pela economia. A decisão unânime elevou a taxa de juros de referência do Banco Central dos EUA para a faixa de 5,00% a 5,25%, no décimo aumento consecutivo do Fed desde março de 2022.

Em uma mudança evidente, o Banco Central não diz mais que “antecipa” que novas elevações de juros serão necessárias, apenas que observará os dados recebidos para determinar se mais aumentos “podem ser apropriados”.

A mudança lembrou a linguagem usada quando o Banco Central interrompeu os aumentos de juros em 2006, que diz que “para determinar até que ponto um aperto adicional da política monetária pode ser apropriado” as autoridades estudarão como a economia, a inflação e mercados financeiros se comportam nas próximas semanas e meses.

A nova redação não garante que o Fed manterá os custos de empréstimos estáveis ​​em sua próxima reunião de política monetária em junho, e o comunicado destacou que “a inflação permanece elevada” e os ganhos de empregos ainda “estão em ritmo robusto”.

Na conferência de imprensa após a divulgação da decisão sobre os juros, o chair Jerome Powell disse que o Fed ainda vê a inflação como muito elevada e que as altas pressões de preços continuam a ser motivo de preocupação para o Banco Central.

Por causa disso, Powell disse que é muito cedo para dizer que o ciclo de aumento dos custos de empréstimos acabou. “Estamos preparados para fazer mais” com incrementos de juros, se necessário, e as autoridades não decidiram na reunião pausar os aumentos na reunião de junho, e o que acontece a seguir com os custos de empréstimos é uma decisão que as autoridades tomarão em uma abordagem “reunião a reunião”, disse Powell.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (01), as bolsas europeias não tiveram operações devido ao feriado.

Na terça-feira (02), as bolsas europeias fecharam em queda, em mais um dia marcado pelos renovados temores com o setor bancário, que foram impulsionados por uma série de bancos de menor escala nos Estados Unidos. Algumas das principais quedas nas ações vieram de instituições financeiras. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,24%, a 461,08 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,45%, a 7383,20 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,23%, a 15.726,94 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,41%, a 6.124,70 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,83%, a 9.072,30 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,24%, a 7.773,03 pontos.

Na quarta-feira (03), as bolsas europeias fecharam mistas, um dia após a maior queda em um mês, com a especulação crescente de que o Federal Reserve pode entregar seu último aumento na taxa de juros, enquanto as ações de energia estenderam perdas. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,31%, a 462,51 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,28%, a 7.403,83 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,56%, a 15.815,06 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,92%, a 6.068,21 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,06%, a 9.076,70 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,20%, a 7.788,37 pontos.

Na quinta-feira (04), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, com os investidores digerindo os últimos aumentos de juros do Federal Reserve dos EUA e do Banco Central Europeu. As ações de mídia fecharam em queda de 2,7% e os recursos básicos caíram 1,8%, já que a maioria dos setores encerrou a sessão em território negativo. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,46%, a 460,36 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,85%, a 7.340,77 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,51%, a 15.734,24 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,36%, a 6.090,34 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,36%, a 9.043,60 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,10%, a 7.702,64 pontos.

Inflação alemã cai para nível mais baixo desde início da guerra na Ucrânia

Os preços ao consumidor alemão registraram em abril o menor aumento desde o início da guerra na Ucrânia, à medida que os preços de energia caem ainda mais.

Os preços ao consumidor subiram 7,6% no ano em abril, mostraram dados preliminares do escritório federal de estatísticas. Esta foi a leitura ano a ano mais baixa desde março de 2022.

Os analistas esperavam que a inflação anual permanecesse inalterada em relação a março, em 7,8%.

A alta dos preços de energia de 6,8% em abril voltou a ser mais branda do que o índice geral de inflação, como ocorreu em março, evidenciando uma tendência de queda dos preços de energia.

Um efeito de base explica parte dessa desaceleração: o índice estava em alta em abril de 2022, depois que os preços da energia dispararam após a invasão russa da Ucrânia, então a comparação ano a ano veio menor.

Além disso, as medidas de alívio do governo alemão também estão contribuindo para a atual desaceleração dos preços da energia, disse o escritório de estatísticas.

Os preços dos alimentos em abril continuaram apresentando crescimento acima da média, registrando alta de 17,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Retração da indústria da zona do euro se aprofundou em abril, mostra PMI

A atividade industrial da zona do euro contraiu ainda mais no mês passado, embora não tanto quanto se pensava inicialmente, enquanto o custo das matérias-primas caiu no ritmo mais rápido em quase três anos, mostrou uma pesquisa.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial final do HCOB, compilado pela S&P Global, caiu para 45,8 em abril, ante 47,3 em março, superando a leitura preliminar de 45,5, mas bem abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração pelo 10º mês consecutivo.

O subíndice de produção caiu abaixo da marca de equilíbrio, indo a 48,5 em abril, de 50,4 no mês anterior.

“Esse declínio foi bastante amplo em toda a zona do euro, com os índices PMI regionais na França e na Itália também mostrando queda na produção, enquanto a produção na Alemanha e na Espanha ficou quase estagnada”, disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.

Os custos de insumos caíram no ritmo mais rápido desde maio de 2020 e isso significa que as fábricas mal aumentaram seus preços, mas a demanda ainda enfraqueceu. O subíndice de preços de produção caiu para uma mínima de 29 meses de 51,6, contra 53,4 antes.

Empréstimos fracos e dados de inflação abrem caminho para alta menor nos juros do BCE

Os bancos da zona do euro estão restringindo o fornecimento de crédito e um importante indicador da inflação finalmente desacelerou, mostraram dados na terça-feira (02), reforçando o argumento para uma menor alta nos juros do Banco Central Europeu (BCE) ainda esta semana.

O núcleo da inflação na zona do euro, uma medida observada de perto que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, desacelerou em abril pela primeira vez desde janeiro de 2022, embora tenha permanecido em elevados 7,3%, mostrou a leitura preliminar do Eurostat.

E uma pesquisa do BCE sobre os dados de empréstimos de março revelou que os bancos estão restringindo o acesso ao crédito, mesmo com o colapso da demanda dos mutuários, resultando no ritmo mais lento de crescimento do crédito para as famílias desde 2018.

Os dados desta terça-feira (02) indicaram que o aumento mais acentuado nos custos de empréstimos na história do BCE está começando a afetar a economia.

Isso pode permitir que o BCE siga o Federal Reserve em elevar os juros em apenas 0,25 ponto percentual após uma série de altas maiores, e continuar a diminuir gradualmente suas medidas de estímulo da era da crise, um processo conhecido como aperto quantitativo (QT).

O BCE está na difícil situação de ter que causar mais impacto financeiro às famílias e empresas para trazer a inflação de volta à sua meta de 2%, ante 7% em abril.

No entanto, os efeitos dos últimos aumentos de juros do BCE, no valor de 350 pontos-base desde julho de 2022, estavam começando a se tornar visíveis.

A Pesquisa de Empréstimos Bancários (BLS) do BCE para o primeiro trimestre mostrou que 38% dos bancos nos 20 países que compartilham o euro relataram um declínio na demanda por crédito de empresas nos primeiros três meses deste ano, a maior proporção desde a crise financeira global de entre 2008 e 2009.

“O nível geral dos juros foi relatado como o principal impulsionador da redução da demanda por empréstimos, em um ambiente de aperto da política monetária”, disse o BCE.

E os bancos estavam tornando mais difícil para as empresas inscritas obterem um empréstimo ou linha de crédito, com 27% líquidos de credores relatando padrões de crédito mais rígidos.

Inflação na zona do euro aumenta, mas núcleo tem desaceleração inesperada

A inflação da zona do euro acelerou no mês passado, mas o crescimento do núcleo dos preços diminuiu inesperadamente, ampliando os argumentos de um aumento menor da taxa de juros na reunião de política monetária do Banco Central Europeu.

A inflação desacelerou acentuadamente em relação às leituras de dois dígitos no final do ano passado, mas continua muito alta, tornando necessário outro aumento de juros e deixando apenas seu tamanho para debate, com as autoridades do BCE divididos entre um movimento de 25 e 50 pontos-base.

O crescimento geral dos preços nas 20 nações que compartilham o euro acelerou para 7,0% em abril na base anual, ante 6,9% no mês anterior, informou a Eurostat, em linha com as expectativas em uma pesquisa da Reuters com economistas.

Mas o foco nos últimos meses tem recaído diretamente na inflação subjacente ou núcleo, um aumento surpreendente que sugere que as pressões de preços estão aumentando e que o BCE não tem um entendimento firme de para onde a inflação pode estar indo.

Excluindo os preços voláteis de alimentos e combustíveis, o núcleo da inflação desacelerou para 7,3%, de 7,5%, enquanto uma medida ainda mais estreita, que exclui álcool e tabaco, desacelerou para 5,6%, de 5,7%, ficando abaixo da projeção de 5,7% e marcando o primeiro declínio desde junho passado.

Em um acontecimento esperançoso para o BCE, a inflação de alimentos processados, álcool e tabaco desacelerou 1 ponto percentual, para 14,7%, sugerindo que uma reviravolta tão esperada nos preços dos alimentos pode estar acontecendo agora.

A pequena surpresa do núcleo da inflação ocorre no momento em que a pesquisa trimestral do BCE sobre empréstimos bancários aponta para uma queda excepcionalmente grande na demanda por crédito em meio a critérios de empréstimos mais rígidos, aumentando o argumento para um aumento menor nos juros.

O BCE elevou as taxas de juros em pelo menos 50 pontos-base em cada uma de suas últimas seis reuniões.

Inflação na Turquia desacelera para 44% em abril antes de eleições históricas

A inflação anual na Turquia desacelerou para 43,68% em abril, mostraram dados oficiais na quarta-feira (03), recuando antes das eleições em que segundo pesquisas o presidente Tayyip Erdogan corre o risco de derrota em grande parte por uma crise de custo de vida no país.

Cortes de juros pouco ortodoxos buscados por Erdogan provocaram uma crise cambial no final de 2021, levando a inflação para uma máxima de 24 anos de 85,51% no ano passado. A taxa desacelerou em dezembro e atingiu 50,51% em março com efeito de base favorável e a lira relativamente estável.

O índice de preços ao consumidor subiu 2,39% em abril em relação ao mês anterior, disse o Instituto Estatístico Turco. Os números oficiais ficaram um pouco abaixo da expectativa de 2,60% na base mensal e de 44% na anual em pesquisa da Reuters.

A crise do custo de vida corroeu as economias das famílias e também a popularidade de Erdogan antes das eleições presidenciais e parlamentares de 14 de maio, vistas como o maior teste do presidente em seus 20 anos no poder.

Algumas pesquisas mostram Erdogan atrás de seu principal oponente, Kemal Kiliçdaroğlu.

O efeito de base que ajudou a reduzir a leitura anual até agora este ano deve desaparecer nos próximos meses, e os economistas dizem que a inflação pode subir novamente. A estimativa média de final de ano foi de 46,5% na pesquisa da Reuters.

Alguns economistas esperam um retorno à política monetária ortodoxa após a eleição, independentemente do resultado, mas Erdogan disse recentemente que os juros continuarão caindo enquanto ele estiver no poder.

Rússia diz que Ucrânia atacou Kremlin com drones em tentativa fracassada de matar Putin

A Rússia acusou a Ucrânia, na quarta-feira (3), de atacar o Kremlin com drones durante a noite em uma tentativa fracassada de matar o presidente Vladimir Putin.

O Kremlin disse que dois drones foram usados no suposto ataque à residência de Putin na cidadela do Kremlin, mas foram desativados por defesas eletrônicas.

O Kremlin afirmou ainda que a Rússia se reserva o direito de retaliar, um comentário que sugere que Moscou pode usar o suposto incidente para justificar uma nova escalada na guerra de 14 meses com a Ucrânia.

Não houve comentários imediatos das autoridades ucranianas.

“Dois veículos aéreos não tripulados foram apontados para o Kremlin. Como resultado de ações oportunas tomadas pelos militares e serviços especiais com o uso de sistemas de radar de guerra, os dispositivos foram colocados fora de ação”, disse o Kremlin em um comunicado.

“Consideramos essas ações um ato terrorista planejado e um atentado contra a vida do presidente, realizado na véspera do Dia da Vitória, o desfile de 9 de maio, no qual também está prevista a presença de convidados estrangeiros.”

“O lado russo se reserva o direito de tomar medidas de retaliação onde e quando achar adequado.”

O Kremlin afirmou que fragmentos dos drones foram espalhados no território do Kremlin, mas não houve vítimas ou danos materiais.

Atividade empresarial da zona do euro cresce em abril com forte demanda por serviços, mostra PMI

O crescimento da atividade empresarial da zona do euro acelerou em abril, embora menos do que inicialmente indicado, já que o setor de serviços mais do que compensou a desaceleração na indústria, de acordo com uma pesquisa que também mostrou que a inflação estava em seu nível mais baixo em dois anos.

O Índice de Gerentes de Compras Composto (PMI) do HCOB, visto como um bom indicador da saúde econômica geral, subiu para 54,1, pico de 11 meses, abaixo da leitura preliminar de 54,4, mas acima dos 53,7 de março.

Abril foi o quarto mês consecutivo da pesquisa acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.

O PMI que cobre o setor de serviços no bloco atingiu a máxima de um ano de 56,2, acima dos 55,0 de março, mas novamente abaixo da estimativa preliminar de 56,6.

“O setor de serviços está em boa forma na zona do euro… Itália e Espanha são atualmente as principais forças motrizes”, disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.

O índice de novos negócios subiu de 54,2 para 55,4, em parte impulsionado pela recuperação da demanda de exportação, que cresceu em seu ritmo mais rápido desde julho de 2021. A melhoria das condições de demanda também incentivou as empresas de serviços a contratar ao ritmo mais rápido desde maio de 2022.

Por outro lado, uma pesquisa do setor manufatureiro na terça-feira mostrou que a atividade industrial no bloco contraiu pelo 10º mês consecutivo.

Os custos de insumos aumentaram no ritmo mais fraco desde fevereiro de 2021, enquanto o índice composto de preços de produção caiu para a mínima de dois anos de 56,8, apoiando ainda mais o argumento de um aumento menor dos juros pelo Banco Central Europeu em sua reunião de política monetária na quinta-feira (04).

Setor de serviços da Itália cresce em abril no ritmo mais rápido desde agosto de 2021

O setor de serviços da Itália cresceu pelo quarto mês consecutivo em abril e no ritmo mais rápido desde agosto de 2021 em meio ao aumento da confiança e crescimento contínuo em novos negócios, mostrou uma pesquisa na quinta-feira (04).

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) do HCOB Global aumentou para 57,6 de 55,7 em março, subindo ainda mais acima do nível 50 que separa o crescimento da contração.

O resultado superou a previsão média de 56,7 em uma pesquisa da Reuters com 10 analistas.

“O setor de serviços da Itália parece estar ganhando robustez e isso pode ter algo a ver com o turismo, que segundo a autoridade estatística começou o ano com taxas de crescimento extraordinárias”, disse Tariq Kamal Chaudhry, economista do HCOB.

O subíndice de novos negócios da pesquisa subiu de 56,2 para 56,3, enquanto o indicador de expectativas de negócios aumentou de 64,9 para 65,7.

No entanto, a evolução dos preços foi menos positiva. O subíndice de preços de insumos aumentou de 61,5 para 62,9, enquanto o índice de preços cobrados aumentou de 53,6 para 54,4.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (01), as bolsas asiáticas não tiveram operações devido ao feriado.

Na terça-feira (02), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, o apetite por risco predominou na Ásia após reguladores nos EUA assumirem o First Republic Bank e venderem a maior parte de seus ativos ao JPMorgan, ajudando a reduzir tensões no setor bancário norte-americano. O índice Xangai não teve operações devido ao feriado. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,12%, a 29.157,95 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,20%, a 19.933,81 pontos. O índice CSI300 não teve operações devido ao feriado.

Na quarta-feira (03), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, com os investidores preocupados com o fato de que a desaceleração da economia dos Estados Unidos e os problemas em bancos regionais do país possam desacelerar o crescimento da Ásia. O índice Xangai não teve operações devido ao feriado. O índice japonês Nikkei não teve operações devido ao feriado. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,18%, a 19.699,16 pontos. O índice CSI300 não teve operações devido ao feriado.

Na quinta-feira (04), as bolsas asiáticas fecharam em alta, após o Federal Reserve elevar juros na véspera e dados mostrarem que a atividade manufatureira chinesa está em contração. O índice Xangai teve alta de 0,82%, a 3.350,46 pontos. O índice japonês Nikkei não teve operações devido ao feriado. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,27%, a 19.948,73 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,029%, a 4.030,25 pontos.

Atividade industrial da China esfria inesperadamente em abril

A atividade industrial da China encolheu de maneira inesperada em abril, mostraram dados oficiais, que aumentam a pressão sobre os formuladores de políticas públicas para que recuperem uma economia ainda em retomada pós-Covid, em meio a um cenário de demanda global moderada e setor imobiliário fragilizado.

O índice de gerentes de compras (PMI) industrial caiu de 51,9 em março para 49,2 em abril, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas da China, abaixo da marca de 50 pontos que separa expansão de contração.

O índice ficou abaixo das expectativas de 51,4 apontadas por economistas em uma pesquisa da Reuters e marcou a primeira contração desde dezembro, quando o PMI industrial oficial estava em 47,0.

A segunda maior economia do mundo cresceu mais rápido do que o esperado no primeiro trimestre graças ao robusto consumo de serviços, mas a produção industrial ficou para trás em meio a um fraco crescimento global.

A desaceleração dos preços e o aumento da poupança bancária estão suscitando dúvidas sobre a demanda.

O Politburo, órgão decisório do Partido Comunista, enfatizou na sexta-feira que restaurar e expandir a demanda é a chave para uma recuperação durável. Ele alertou que a melhora atual é principalmente restauradora “com ímpeto fraco e demanda insuficiente”.

“A falta de demanda do mercado e o efeito de rápida recuperação da atividade industrial no primeiro trimestre” estão entre os fatores que levaram à contração em abril, disse Zhao Qinghe, estatístico sênior do Escritório Nacional de Estatísticas.

Os novos pedidos de exportação caíram de 50,4 para 47,6, mostrou o PMI.

Atividade fabril do Japão contrai em ritmo mais lento em abril, mostra PMI

A atividade fabril do Japão retraiu pelo sexto mês consecutivo em abril, mas uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira mostra que o setor de manufatura caminha para a estabilização em meio a um declínio mais lento nos novos pedidos.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial final do Japão subiu ligeiramente para 49,5 em abril, ante 49,2 em março, mas seguiu em território de contração.

Os novos pedidos recuaram ao ritmo mais lento desde julho, permanecendo abaixo do limite de 50,0 pelo décimo mês consecutivo, com a demanda de entrada se estabilizando moderadamente.

A produção industrial também encolheu pelo décimo mês consecutivo, com alguns fabricantes apontando a escassez de matérias-primas como fator de peso negativo na produção.

A economia do Japão tem se recuperado de forma moderada da crise causada pela Covid, mas o país registrou aumento nas falências, de acordo com um relatório econômico mensal do governo japonês apresentado na semana passada, reiterando um alerta sobre a volatilidade financeira global em resposta aos recentes colapsos dos bancos ocidentais.

Presidente das Filipinas fortalecerá relações com os EUA durante visita

O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., disse que seu próximo encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é essencial para promover o interesse nacional de seu país e fortalecer a “aliança muito importante” entre Manila e Washington.

Marcos partiu de Manila para a primeira visita de estado de um líder filipino a Washington em quase uma década, após uma série de compromissos de alto nível no ano passado, incluindo seu encontro com Biden à margem da Assembleia Geral da ONU em Nova York. em setembro e a visita da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, às Filipinas em novembro.

Marcos disse: “Minha visita aos Estados Unidos e, mais especialmente, meu encontro com o presidente Joe Biden é essencial para promover nossos interesses nacionais e fortalecer essa aliança tão importante”.

Sua viagem ocorre em um momento de crescente tensão geopolítica sobre a autogovernada Taiwan e preocupações com a conduta da China no disputado Mar da China Meridional. Também ocorre em meio a laços de defesa filipinos-americanos mais fortes, marcados por seus maiores exercícios militares conjuntos em abril e uma recente expansão do acesso dos EUA às bases Filipinas.

Marcos destacou sua determinação em fortalecer os laços filipinos-americanos “em uma ampla gama de áreas que não apenas abordam as preocupações de nossos tempos, mas também aquelas que são críticas para promover nossos principais interesses”, citando áreas como segurança alimentar, mudança climática, segurança cibernética e resiliência econômica.

As Filipinas reafirmariam seu “compromisso de promover nossas alianças de longa data como um instrumento de paz e um catalisador do desenvolvimento na região da Ásia-Pacífico”, acrescentou Marcos, ao mesmo tempo em que pressiona “por um maior envolvimento econômico” com os EUA.

Embora o líder filipino tenha buscado boas relações tanto com a China quanto com os Estados Unidos, os laços das Filipinas com este último só estão voltando depois de anos sob o governo do ex-presidente Rodrigo Duterte, que distanciou Manila de Washington em favor de Pequim.

Chanceler da China visita Mianmar e reforça amizade entre os dois países

O ministro das Relações Exteriores da China se reuniu com o líder da junta militar de Mianmar, na capital Naipidau, para discutir a crise no país do Sudeste Asiático e fortalecer os laços bilaterais, anunciou a emissora estatal de televisão de Mianmar, MRTV.

Qin Gang disse após uma reunião com o chefe da junta, Min Aung Hlaing, que sua visita “não apenas indica a amizade dos dois países, mas também a posição da China e Mianmar no cenário mundial”, disse a MRTV.

Mianmar está em turbulência política e econômica desde que os militares derrubaram o governo eleito da vencedora do Nobel Aung San Suu Kyi em 2021, e lideraram uma repressão violenta contra adversários pró-democracia. A maior parte da comunidade global, especialmente as potências ocidentais, tem evitado cada vez mais a junta, mas a China e a Rússia continuam firmes aliadas do regime militar.

Qin discutiu a estabilidade e o desenvolvimento de Mianmar com o general, disse a MRTV.

“Eles trocaram opiniões sobre a situação política em Mianmar e sobre ações para estabilidade e desenvolvimento, aumento do comércio fronteiriço e cooperação em energia, incluindo investimentos”, disse a emissora.

Qin visitará Mianmar e a Índia entre 2 e 5 de maio, informou o Ministério das Relações Exteriores da China em comunicado nesta terça-feira, acrescentando que na Índia ele participará de uma reunião de ministros das Relações Exteriores do grupo Organização de Cooperação de Xangai.

Bangladesh assina contrato de empréstimo de US$ 2,25 bilhões com o Banco Mundial

O Banco Mundial concordou em conceder um empréstimo de US$ 2,25 bilhões a Bangladesh para seus cinco projetos de desenvolvimento e resilientes ao clima.

Um acordo de empréstimo foi assinado em Washington, DC durante um evento que marcou os 50 anos de parceria entre a nação do sul da Ásia e o Banco Mundial.

Falando no evento, a Premier de Bangladesh, Sheikh Hasina, disse: “Não estamos aqui para orar. Queremos nosso direito de desenvolver uma parceria com o Banco Mundial. Tomamos empréstimos e pagamos o dinheiro com juros”.

O presidente do Banco Mundial, David Malpass, também esteve presente no evento.

A agência de notícias estatal Bangladesh Sangbad Sangstha informou que os cinco projetos para os quais o empréstimo será concedido incluem Resilient Infrastructure Building Project (RIVER), Bangladesh Environmental Sustainability and Transformation (BEST), Accelerating Transport and Trade Connectivity in Eastern South Asia (ACCESS), Bangladesh Fase-1, Primeiro Desenvolvimento Verde e Resiliente do Clima de Bangladesh (GCRD) e Microempresa Sustentável e Transformação Resiliente (SMART).

Falando à mídia, Salman Fazlur Rahman, assessor do primeiro-ministro de Bangladesh para indústria privada e investimentos, disse que este é o “maior acordo de empréstimo” entre seu país e o Banco Mundial.

Setor industrial da China registra contração em abril e freia recuperação econômica

A atividade industrial da China contraiu inesperadamente em abril, com a queda dos pedidos e a demanda doméstica fraca arrastando o setor manufatureiro, mostrou uma pesquisa privada na quinta-feira (04), colocando em risco as perspectivas econômicas para o segundo trimestre.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) do Caixin/S&P Global para a indústria chinesa caiu para 49,5 em abril, de 50,0 em março. A marca de 50 separa o crescimento da contração mensalmente.

A leitura ficou abaixo da expectativa de 50,3 em uma pesquisa da Reuters e marcou a primeira contração desde janeiro, quando o fim da política de Covid zero levou a uma onda de infecções em toda a China e atingiu brevemente as linhas de produção.

A pesquisa ecoa o PMI oficial igualmente decepcionante divulgado no domingo e reflete a desigualdade da recuperação econômica da China, com o setor de serviços até agora superando a manufatura e ajudando a segunda maior economia do mundo a crescer robustos 4,5% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior.

“As últimas leituras da pesquisa são consistentes com um crescimento ainda rápido no início do segundo trimestre, mas o impulso está diminuindo em relação ao que foi alcançado no primeiro”, disse Julian Evans-Pritchard, chefe de economia da China na Capital Economics.

O crescimento da produção desacelerou pelo segundo mês consecutivo em abril, uma vez que novos pedidos mais fracos do que o esperado reduziu a produção, mostrou a pesquisa privada do Caixin.

Os novos pedidos encolheram pela primeira vez em três meses, embora as novas encomendas de exportação tenham voltado a crescer após contração em março.

FMI vê incerteza sobre política monetária do Japão

O Fundo Monetário Internacional alertou na quinta-feira (04) sobre a “incerteza” em torno da direção da política monetária do Japão, dizendo que uma possível mudança nas taxas de juros ultrabaixas pode ter um impacto significativo nos mercados financeiros globais.

Krishna Srinivasan, diretor do Departamento da Ásia e Pacífico do FMI, também apontou para os riscos que cercam as perspectivas econômicas da Ásia. Esses riscos decorrem do enfraquecimento das exportações para economias avançadas, da desaceleração da produtividade na China e da fragmentação do comércio global, disse o diretor.

“No médio prazo, esperamos que a economia chinesa experimente uma desaceleração na produtividade e no investimento, o que reduzirá o crescimento abaixo de 4% até 2028”, disse ele.

“Além disso, vemos um risco de que a economia global se fragmente em blocos comerciais”, o que pode ser um golpe particularmente pesado para a Ásia dependente de exportações, disse Srinivasan em um briefing na reunião anual do Banco Asiático de Desenvolvimento em Incheon.

Enquanto a maioria dos Bancos Centrais asiáticos deve continuar apertando a política monetária, o Japão continua sendo uma exceção com a inflação ainda moderada – embora isso possa mudar.

“Há incerteza sobre a direção da política monetária no Japão, em meio a um aumento da inflação”, disse Srinivasan.

“Mudanças na política monetária do Japão que levam a novos aumentos nos rendimentos dos títulos do governo podem ter repercussões globais por meio de investidores japoneses, que têm grandes posições de investimento em instrumentos de dívida no exterior”, disse Srinivasan.

“O reequilíbrio da carteira desses investidores pode desencadear um aumento nos rendimentos globais, causando saídas de carteira para alguns países”, acrescentou.

Com a inflação excedendo sua meta de 2%, os mercados estão repletos de especulações de que o Banco do Japão (BOJ) poderia modificar sua política de controle de rendimento de títulos nos próximos meses.

O BOJ manteve as taxas de juros ultrabaixas, mas anunciou um plano para revisar seus movimentos anteriores de política monetária, preparando o terreno para o novo governador, Kazuo Ueda, eliminar gradualmente o maciço programa de estímulo de seu antecessor.

Ministros árabes promovem reunião histórica com chanceler da Síria

Um grupo de ministros das Relações Exteriores árabes realizou uma reunião histórica com seu colega sírio na segunda-feira (01), na Jordânia, para discutir como normalizar os laços com a Síria, como parte de uma resolução política para o conflito de mais de uma década no país, disseram autoridades.

As negociações são as primeiras entre o governo da Síria e um grupo de países árabes desde a decisão de suspender a adesão da Síria à Liga Árabe em 2011, após uma repressão aos protestos contra o presidente Bashar al-Assad.

A Jordânia pediu à Síria que se envolva com os países árabes em conjunto em um roteiro passo a passo para acabar com o conflito, abordando as questões de refugiados, detidos, contrabando de drogas e milícias apoiadas pelo Irã na Síria –todas as quais afetam seus vizinhos.

Antes de os ministros de Síria, Egito, Iraque, Arábia Saudita e Jordânia se sentarem para conversar em Amã, o chanceler sírio Faisal Mekdad se reuniu bilateralmente com seu colega jordaniano Ayman Safadi, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Jordânia.

Eles discutiram sobre refugiados, questões de água e segurança nas fronteiras, incluindo a luta contra o contrabando de drogas, disse o ministério.

Banco Mundial alerta para declínio do crescimento econômico na Palestina

O Banco Mundial alertou ontem que o crescimento econômico nos territórios palestinos ocupados “suavizaria” em 2023 devido às contínuas restrições israelenses à mobilidade, acesso e comércio.

Em um relatório, o diretor do Banco Mundial para a Cisjordânia e Gaza, Stefan Emblad, disse: “Fontes exógenas de riscos, como nas áreas de preços de alimentos e energia, significam que as perspectivas econômicas gerais permanecem sombrias”.

O relatório saudou os esforços da Autoridade Palestina para realizar reformas, incluindo a redução da massa salarial do setor público, mas alertou que as restrições israelenses e a dependência de doadores estrangeiros afetam negativamente as economias da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

Emblad enfatizou que elevar os padrões de vida, melhorar a sustentabilidade das contas fiscais e reduzir o desemprego de maneira significativa exigirá taxas de crescimento significativamente mais altas.

Ele observou que a Autoridade Palestina (AP) deve continuar avançando nas reformas prioritárias, a fim de aumentar as receitas, melhorar a gestão da dívida e aumentar a sustentabilidade das finanças públicas.

Emblad pediu aos doadores e ao governo israelense que cooperem com a Autoridade Palestina “para alcançar a consolidação fiscal e colocar a economia em uma base mais sólida”.

O relatório citou um relatório anterior do Banco Mundial que observou que as restrições na Cisjordânia e o bloqueio imposto a Gaza continuam entre os mais importantes obstáculos à estabilidade, crescimento e desenvolvimento do setor privado nos territórios palestinos.

“Se não for aliviada ou levantada, espera-se que a economia palestina continue operando bem abaixo de seu potencial”, afirmou.

PMI saudita atinge 59,6 em abril, com melhora nas atividades de negócios não petrolíferos

As atividades gerais de negócios não petrolíferos da Arábia Saudita testemunharam uma melhora em abril, já que a forte demanda doméstica desencadeou um aumento de novos pedidos no ritmo mais rápido desde setembro de 2014, revelou um rastreador da economia.  

O último relatório do Índice de Gerentes de Compras do Riyad Bank na Arábia Saudita, anteriormente conhecido como S&P Global Saudi Arabia PMI, revelou que o PMI do Reino subiu para 59,6 em abril, de 58,7 em março. Isso é um pouco menor do que o pico de oito anos em fevereiro, quando a métrica atingiu 59,8.

De acordo com o índice, as leituras do PMI acima da marca de 50 mostram crescimento do setor privado não petrolífero, enquanto as abaixo de 50 sinalizam contração.

Naif Al-Ghaith, economista-chefe do Riyad Bank, disse: “Os dados do PMI de abril destacaram outra expansão acentuada da atividade comercial na economia do setor privado não petrolífero do Reino. Assistimos ao aumento do turismo, aumento dos gastos do consumidor e novas oportunidades de negócios relacionadas a grandes projetos de infraestrutura.”

“Além disso, os planos de expansão de negócios de longo prazo tornaram a taxa de criação de empregos um pouco mais forte do que a média observada no primeiro trimestre de 2023”, acrescentou.

De acordo com o relatório, a criação de empregos continuou em abril, conforme sinalizado por um aumento no número total de empregos pelo 13º mês consecutivo.

PMI saudita atinge 59,6 em abril, com melhora nas atividades de negócios não petrolíferos.

O relatório, no entanto, observou que os novos pedidos do exterior caíram pela primeira vez desde fevereiro de 2022 devido à intensa concorrência e condições econômicas menos favoráveis ​​nos mercados externos.

FMI diz que inflação deve desacelerar crescimento no Oriente Médio este ano

As economias do Oriente Médio e da Ásia Central provavelmente desacelerarão este ano, à medida que a inflação persistentemente alta e o aumento das taxas de juros afetam seus ganhos pós-pandemia, disse o Fundo Monetário Internacional na quarta-feira, de acordo com a Associated Press.

A Perspectiva Econômica Regional do FMI culpou em parte o aumento dos custos de energia, bem como os preços elevados dos alimentos, pelo crescimento mais lento estimado. O relatório disse que enquanto as economias dependentes do petróleo dos estados do Golfo Árabe e outros na região colheram os benefícios dos preços elevados do petróleo, outros países, como o Paquistão, viram o crescimento entrar em colapso após inundações sem precedentes no verão passado ou quando os problemas econômicos pioraram.

A desaceleração regional também ocorre como uma explosão de combates no Sudão entre dois generais rivais, que há apenas um ano, como aliados, orquestraram um golpe militar que derrubou a transição do país africano para a democracia, ameaça uma nação onde o FMI e o Banco Mundial continuam em processo de alívio da dívida. segurar.

O aumento das taxas de juros, usadas pelos Bancos Centrais em todo o mundo para tentar conter o aumento da inflação, aumenta os custos do empréstimo de dinheiro. Isso afetará os países com dívidas mais pesadas, alertou o FMI.

“Este ano estamos vendo a inflação novamente sendo a questão mais desafiadora para a maioria dos países”, disse à AP Jihad Azour, diretor do Departamento do Oriente Médio e Ásia Central do FMI, acrescentando: “Para aqueles que têm um alto nível de endividamento, o desafio do aumento da taxa de juros globalmente, bem como o aperto da política monetária, os está afetando.”

A previsão do FMI prevê que o crescimento regional cairá de 5,3% no ano passado para 3,1% neste ano. No geral, a inflação regional deve ficar em 14,8%, inalterada em relação ao ano passado, já que a guerra da Rússia contra a Ucrânia continua pressionando o abastecimento global de alimentos e afetando os mercados de energia.

SAMA eleva juros após decisão do Fed dos EUA

O Banco Central da Arábia Saudita, também conhecido como SAMA, elevou sua principal taxa de juros em 25 pontos-base, em linha com o Federal Reserve dos EUA, na tentativa de conter a inflação.

O banco elevou sua taxa de acordo de recompra em 25 bps para 5,75%, e a taxa de acordo de recompra reversa em 25 bps para 5,25%.

A medida seguiu o Fed aumentando as taxas de juros dos EUA em um quarto de ponto percentual, o décimo aumento consecutivo desde março de 2022.

A maioria dos Bancos Centrais do Conselho de Cooperação do Golfo acompanha os movimentos da taxa básica de juros do Fed, já que suas moedas estão atreladas ao dólar americano, de modo que o anúncio da SAMA foi imediato.

O Banco Central dos Emirados Árabes Unidos elevou sua taxa básica de depósitos overnight em 25 pontos-base, para 5,15%, a partir de quinta-feira (04), informou a agência de notícias estatal WAM.

O Banco Central do Bahrein também elevou suas principais taxas de juros em 25 bps. Sua taxa de depósito de uma semana aumentou de 5,75% para 6% e a taxa de depósito overnight para 5,75%.

A taxa de depósito de quatro semanas foi aumentada para 6,75%, disse um comunicado do banco.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
05/05/2023